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terça-feira, 28 de novembro de 2017

Verão exige cuidados especiais para quem sofre com crises respiratórias


O período não está isento de alergias, rinites e sinusites. Aprenda a encontrar os fatores de risco e previna-se
 

O verão é a estação mais querida dos brasileiros. Afinal, ela combina férias, viagens, festas de fim de ano e muita diversão. E nas viagens a rotina é... não ter rotina! A mudança de horários, banhos de praia e piscina, a ingestão de sorvete e bebidas geladas e o ar condicionado bombando podem ser uma delícia que prejudica a saúde – ainda mais de quem sofre com doenças respiratórias, como rinite e sinusite.

A Dra. Maura Neves, médica otorrinolaringologista da clínica MedPrimus, da capital paulista, destaca que é preciso atenção com a saúde nasal nas férias para evitar doenças. “O cloro da piscina é um irritante nasal que pode desencadear crises de rinite, tanto pela entrada direta da água clorada no nariz quanto pela inalação de gases provenientes da água”, orienta. Já a água do mar não faz mal quando em contato com o nariz, exceto em casos de contaminação por esgoto -- “o que pode causar diversos tipos de infecções, como as gastrointestinais”, explica.


Choque térmico

O ar condicionado pode ser mocinho ou bandido durante o verão: apesar do conforto térmico que propicia, o aparelho resseca o ar. “Ao inalarmos o ar mais seco, ocorre o ressecamento de toda a via respiratória, em especial o nariz, o que leva a alteração dos batimentos ciliares e o espessamento do muco nasal. Com isso, as infecções e crises de alergias respiratórias são facilitadas”, conta a médica.

As mudanças bruscas de temperatura entre o ambiente climatizado e o externo também demandam atenção por serem irritantes nasais. “Até mesmo as viagens de avião podem desencadear problemas respiratório por conta do ar seco e frio do ar condicionado e a recirculação do ar entre um aglomerado de pessoas. Isso reduz as defesas naturais do nariz e favorece a disseminação de doenças respiratórias”, alerta.

Uma dica importante para manter a rinite e a sinusite bem longe é realizar lavagens nasais com soro fisiológico para manter a função adequada de defesa, umidificação e filtração do ar, além de caprichar na hidratação. “O indicado é o consumo de 30 ml de água para cada kg corporal”, ensina a Dra. Maura. No caso dos pacientes crônicos, o uso de medicamentos prescritos e a lavagem nasal com solução salina são recomendados para o ano todo. “Esse tipo de lavagem, quando realizada de forma diária, é capaz de prevenir até gripes e resfriados”, finaliza Dra. Maura.






Dra. Maura Neves - otorrinolaringologista da Clinica MedPrimus
Clínica MEDPRIMUS




Seconci-SP dá orientações no Dia Mundial de Combate à AIDS



Enfermidade atingiu 48 mil brasileiros em 2016, segundo dados da ONU


O dia 1º de dezembro foi escolhido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como Dia Mundial da Luta Contra a AIDS (Síndrome de Imunodeficiência Adquirida). A data tem como objetivo levar informação sobre a doença e diminuir o preconceito. E o Seconci-SP (Serviço Social da Construção) aproveita este período para esclarecer as principais dúvidas sobre a enfermidade, que em 2016 atingiu 48 mil brasileiros, de acordo com a UNAids, órgão da Organização das Nações Unidas (ONU).

O clínico geral do Seconci-SP, dr. José Alfredo Penteado, explica que a AIDS é causada pelo vírus Imunodeficiência Humana (HIV), que ataca o sistema imunológico responsável por defender o organismo de doenças. “Após se instalar no sangue, o vírus se multiplica atacando principalmente as células linfócitos CD4. A partir desse processo, surgem os primeiros sintomas como febre ou gripe, e com o tempo o aparecimento de doenças oportunistas mais graves resultantes da queda da imunidade ou defesa do organismo”.

O especialista salienta ainda que o vírus pode passar por um período de incubação no organismo. Por isso, o fato de o indivíduo ter HIV não significa que ele possui AIDS, logo há soropositivos que não desenvolvem a doença ou demoram anos para apresentar os sintomas, porém podem transmitir. Portanto, é sempre importante realizar o teste com periodicidade e se proteger em todas as situações.

O contágio pode ocorrer através de relação sexual vaginal, oral e anal sem uso do preservativo; materiais não esterilizados que estejam contaminados, e transmissão vertical, quando a mãe passa a doença para o filho durante a gestação e amamentação. É obrigatório por lei que toda gestante faça o teste de HIV logo nas primeiras consultas do pré-natal, e se negativo, repete-se o exame no terceiro trimestre de gestação. Em caso positivo, são realizados exames de carga viral para acompanhar a evolução da paciente, que ao medicar-se corretamente, pode gerar um bebê saudável.

O diagnóstico pode ser feito por meio de exames laboratoriais (teste fluido oral e sanguíneo) de forma gratuita no Sistema Único de Saúde (SUS) e Centro de Referência e Treinamento DST AIDS (CRT). “O exame deve ser feito após 30 dias da situação de exposição ao vírus, a chamada janela imunológica. Em alguns casos, o período pode alterar dependendo da reação do organismo, sendo necessário repetir o exame no intervalo de 3 a 9 meses”, enfatiza o médico.

Penteado ressalta também que o Seconci-SP dispõe de estrutura laboratorial completa para a realização dos exames necessários para a detecção da enfermidade e equipe de orientação. Por esta razão, é muito importante que o trabalhador procure atendimento caso tenha alguma suspeita. 

O tratamento da AIDS é feito através de 22 medicamentos antirretrovirais que são divididos em 38 apresentações, fornecidos gratuitamente pelo SUS. Estes medicamentos combatem o vírus e fortalecem o sistema imune, pois sua cura ainda não foi descoberta. “A dosagem da medicamentação é escolhida de acordo com o grau da síndrome, contribuindo para aumentar o tempo de vida do paciente e diminuir o risco de desenvolver outras doenças, como por exemplo, tuberculose, pneumonia e câncer”, orienta. 


Informações importantes

O Ministério da Saúde oferece atendimento gratuito após a exposição ao HIV através da Profilaxia Pós-Exposição, ou simplesmente PEP, responsável por utilizar medidas de prevenção contra a multiplicação do vírus. O procedimento é indicado para pessoas que podem ter sido expostas ao vírus em situações como: violência sexual, relação desprotegida (sem o uso do preservativo ou ruptura) e acidente ocupacional (contato direto com objetos perfurocortantes ou com material biológico contaminados).

A PEP consiste na ingestão de uma pílula em uma dose diária única até 72 horas após o contato, mas dependendo da avaliação do médico, poder ser orientada dosagem diária no período de 28 dias. “O atendimento é garantido pela Constituição Federal, pela Lei 8080/90 (Lei Orgânica do SUS) e pela Lei 9313/96, que determina a gratuidade da oferta universal de Terapia Antirretroviral (TARV) para aqueles que preencham os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Seguir as orientações médicas é essencial para que o tratamento não apresente falhas. Dessa forma, a probabilidade de reprodução do vírus é mínima” comenta.

Outra estratégia de prevenção que envolve o uso de medicamento antirretroviral, é Profilaxia Pré-exposição (PrEP). O recurso, que obteve seu registro aprovado pela Anvisa em maio deste ano, diminui de maneira significativa as chances de contrair o HIV em caso de uma exposição e deve ser usado em conjunto com a camisinha. A PrEP será oferecida apenas para pessoas mais vulneráveis ao contágio; poderão ser homens que fazem sexo com homens, gays, população trans, profissionais do sexo e casais sorodiferentes (quando um já tem o vírus e o outro não). O comprimido único deve ser ingerido diariamente e não incentiva relações sem preservativo, apenas poderá será uma alternativa para grupos de riscos que estão vulneráveis ao contato com o vírus.




Doença pulmonar grave ainda é desconhecida na região sul do país



 Apesar de ter alta incidência de doenças respiratórias, 4 a cada 5 pessoas não conhecem a Fibrose Pulmonar Idiopática, doença crônica e grave que causa enrijecimento progressivo dos pulmões


Os dados do DATASUS apontam que, entre agosto do ano passado e agosto deste ano, a região sul ocupou a terceira posição em número de internações por conta de doenças do aparelho respiratório[i]. O estado do Paraná, por exemplo, apresenta o dobro de internações feitas no Rio de Janeiro. Especialistas destacam que a incidência de doenças respiratórias costuma ser maior no Sul devido ao clima frio e úmido dessa região. Isso porque o ar fica mais propício à proliferação de vírus e a umidade do ar é favorável para o surgimento de mofo e fungos, fatores que podem agravar o quadro de pacientes com doenças respiratórias. 

A pesquisa Panorama da Saúde Respiratória do Brasileiro, encomendada pela farmacêutica Boehringer Ingelheim ao IBOPE Inteligência[ii], alerta que algumas dessas doenças ainda não são conhecidas pela população. É o caso da Fibrose Pulmonar Idiopática (FPI), condição rara, grave e crônica que afeta os pulmões, provocando o enrijecimento progressivo do órgão. Os dados revelam que 4 a cada 5 pessoas não sabem nada a respeito da Fibrose Pulmonar Idiopática na região sul do país. 

Além disso, 42% dos entrevistados da região acreditam que a FPI é grave, mas não sabem que ela pode ser fatal. “A doença é caracterizada pelo surgimento de cicatrizes, que chamamos de ‘fibroses’, nos pulmões, que perdem sua elasticidade e a capacidade de movimento para a respiração adequada. A condição se desenvolve em pouco tempo e o paciente perde a capacidade pulmonar progressivamente”, aponta o Dr. Adalberto Rubin, pneumologista da Santa Casa de Porto Alegre (RS). A FPI tem como principais sintomas a falta de ar e a tosse seca, facilmente atribuídos ao envelhecimento, tabagismo[iii] e outras doenças cardíacas e respiratórias, o que pode confundir o diagnóstico.

O desconhecimento da doença e de seus sintomas tem como consequência a dificuldade do diagnóstico, como explica o Dr. Rubin: “Por ser uma doença rara, sobre a qual os pneumologistas ainda têm pouco conhecimento e os dados sobre sua incidência exata ainda não foram coletados, o diagnóstico da Fibrose Pulmonar Idiopática costuma ser difícil e demorado.

 Infelizmente, é comum que os pacientes só tenham o diagnóstico 2 ou 3 anos após o início dos sintomas”. A FPI atinge entre 14 e 43 pessoas em cada 100 mil no mundo[iv]. Ainda não existem dados específicos sobre a prevalência da doença no Brasil, mas estima-se que seja entre 13 e 18 mil casos por 100.000 habitantes[v]. Devido à similaridade dos sintomas da Fibrose Pulmonar Idiopática com os de outras doenças respiratórias e mesmo cardíacas, estima-se que 50% dos pacientes com FPI sejam diagnosticados de forma equivocada[vi].

A Fibrose Pulmonar Idiopática ainda é de causa desconhecida. Contudo, é mais comum entre fumantes ou ex-fumantes e em pessoas que foram expostas a poluentes ambientais ou no trabalho. Geralmente, a doença é mais prevalente em homens e acomete principalmente pessoas com idade superior a 50 anosiii.

 Essa característica gera um alerta para a população sulina, que apresenta um aumento significativo da sua população idosa. Só na primeira década do século XXI, houve um crescimento de 47% da proporção de pessoas com idade acima de 60 anos no estado[vii]. “O envelhecimento da população e o fato de que a região sul do Brasil apresenta uma das maiores taxas de internamento por doença respiratória no país indicam a necessidade de conscientizar a população sobre essas doenças”, reforça o Dr. Rubin. Os fatores ambientais também podem contribuir para o desenvolvimento da FPI. Na parte sul do estado de Santa Catarina, há uma concentração de indústrias de extração de carvão[viii], que pode provocar o aparecimento de doenças pulmonares.

Embora 86% da população do sul não conheça a existência de tratamento para a Fibrose Pulmonar Idiopáticaii, já existe medicamento que desacelera a progressão da doença em 50%. “O nintedanibe, lançado no Brasil em 2016, representa a esperança para pacientes com a doença. Estudos mais recentes mostram que existem alguns pacientes que conseguiram estabilizar a doença durante o tratamento”, explica o Dr. Adalberto Rubin.



Sobre a pesquisa PANORAMA DA SAÚDE DO BRASILEIRO
Para entender melhor o panorama da saúde respiratória do brasileiro, a Boehringer Ingelheim do Brasil encomendou ao IBOPE Inteligência a coleta de dados de uma pesquisa nacional com homens e mulheres entre 18 e 65 anos das classes A, B e C, de todos os estados do Brasil. O principal objetivo era realizar um levantamento sobre o quanto a população conhece as doenças respiratórias, suas percepções sobre sintomas, tratamentos e impacto nas atividades de rotina, além de saber mais sobre o comportamento de quem respondeu apresentar alguma(s) dessas doenças. A pesquisa, feita via entrevistas por telefone assistida por computador com 2.010 pessoas entre 22 de maio e 04 junho de 2015, demonstrou que 44% dos brasileiros apresentam sintomas respiratórios (tosse, falta de ar, chiado no peito, coriza) que, geralmente, são percebidos como manifestações de doenças como asma, bronquite, DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica).



Boehringer Ingelheim
www.boehringer-ingelheim.com.br e www.facebook.com/BoehringerIngelheimBrasil

 


[ii] Pesquisa “Panorama da Saúde do Brasileiro”, encomendada pela Boehringer Ingelheim do Brasil para o Ibope Inteligência, 2015.

[iii] RUBIN, Adalberto Sperb, et al. "Diretrizes de doenças pulmonares intersticiais da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia." Jornal Brasileiro de Pneumologia 38.suppl. 2 (2012): S1-S133.

[iv] Raghu G, Weycker D, Edelsberg J, Bradford WZ, Oster G. Incidence and prevalence of idiopathic pulmonary fibrosis. Am J Respir Crit Care Med 174 (7), 810 - 816 (2006).

[v] Baddini-Martinez, José, and Carlos Alberto Pereira. "Quantos pacientes com fibrose pulmonar idiopática existem no Brasil?." Jornal Brasileiro de Pneumologia 41.6 (2015): 560-561.

[vi] Collard HR, Tino G, et al. Respir Med 2007;101:1350–4.

[vii] Gottlieb, Maria Gabriela Valle, et al. "Envelhecimento e longevidade no Rio Grande do Sul: um perfil histórico, étnico e de morbi-mortalidade dos idosos." Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia 14.2 (2011): 365-380.

[viii] Fonseca, Fernanda Rodrigues, and Cíntia Honório Vasconcelos. "Estudo da distribuição de doenças respiratórias no estado de Santa Catarina, Brasil." Cad Saúde Colet 19.4 (2011): 454-460.





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