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sábado, 11 de novembro de 2017

Por que as pessoas mentem tanto?


Segundo especialistas, faltar com a verdade é comportamento não só frequente como vital para a existência humana.


Se todo mentiroso passasse pela mesma situação que Pinóquio, a maioria das pessoas provavelmente teria um nariz avantajado. Segundo especialistas, as pessoas mentem até 200 vezes por dia. O que parece uma cifra exagerada, na verdade não é, se forem levadas em conta situações corriqueiras, como aquela desculpa para se evitar um encontro indesejado ou quando alguém elogia a roupa nova de alguém, apesar de achar a peça de gosto duvidoso.

Mentiras são parte da vida cotidiana. E a maioria das pessoas mente por razões sociais. De acordo com uma pesquisa publicada em 2016, cerca de 60% dos alemães admitem que mentem pelo menos uma vez por dia. A sondagem indica que 49% mentem quando tentam encorajar os outros. E 37% afirmam que mentem para proteger amigos.

"Cortesia e tato muitas vezes desempenham um papel quando nos desviamos da verdade", diz Klaus Fiedler, professor de Psicologia Social na Universidade Ruprecht Karls, de Heidelberg.

Ele garante que mentir é, na maioria dos casos, algo que não está relacionado com egoísmo ou com má intensão, mas tem motivação social. Muitas vezes, é uma forma de evitar magoar o próximo, como quando alguém recebe um presente que não gosta e, mesmo assim, se esforça para abrir um amplo sorriso e agradecer pela gentileza.

Mentiras são necessárias à convivência humana. Até as crianças aprendem cedo a usar a artimanha. A diferença é que elas ainda não têm prática e muitas vezes são traídas pelos olhos, o pestanejar ou as orelhas vermelhas.

Já os adultos sabem como aumentar sua credibilidade ao mentir. Nas profissões onde é importante vender a si mesmo ou seu produto todos os dias, é mesmo vital saber torcer a verdade para obter um resultado mais favorável.


Transtorno de personalidade

Mas também há casos em que as mentiras são parte de um transtorno de personalidade mais amplo, como lembra o psicólogo austríaco Werner Stangl. "Por exemplo, no caso de pessoas que passam a vida desempenhando e acabam presas em uma rede de meias-verdades e mentirinhas".

Apesar disso, Fiedler não vê a mentira como algo, em si, negativo. "Há 20 anos que venho afirmando que devemos desistir de nossa hipocrisia e de nosso conceito moralista sobre a mentira. Com isso, não fazemos justiça à essência da mentira", afirma.

"Mas eu, pessoalmente me tornei cada vez mais um fanático da verdade nos últimos anos”, pondera o psicólogo, garantindo que nunca conta mentiras para sua mulher, mesmo as mais inofensivas. "É desejável que preservemos os ideais de verdade e sinceridade, mas, por outro lado, devemos ser altamente seletivos quando lidamos com a verdade. Caso contrário tudo pode ir água abaixo."

Esta "abordagem altamente seletiva da verdade" não serve apenas para lidar com os outros, mas também para nos relacionarmos com nós mesmos. "Mentir para si mesmo torna a vida mais suportável", explica Werner Stangl, acrescentando que, para uma autoestima saudável e uma atitude positiva perante a vida, é até mesmo essencial que não sejamos implacavelmente honestos com nós mesmos todos os dias.

"Assim como no caso dos outros, nós também não gostamos de ouvir a dura realidade de nossa própria voz interior, como que somos culpados de algo ou infelizes em um aspecto de nossas vidas”, frisa.

Fiedler ressalta que mentiras estão presentes em todas as culturas, embora em quantidades variáveis. "Superficialmente, por exemplo, a sociedade na região asiática é muito mais marcada por cortesia com hipocrisia. Mas quanto mais perto se olha, mais claro fica que as mentiras ocorrem de uma maneira diferente. Alguns mentem com relação a sentimentos, outros, mais na área comercial. Alguns mentem mais com palavras, outros, com linguagem corporal, como no caso de um sorriso forçado.




Deutsche Welle
Fonte: O DEBATE




sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Câncer de mama também atinge os homens



Alterações genéticas, má alimentação e uso de hormônios estão entre as causas da doença nos homens


Neste Novembro Azul, a Sociedade Brasileira de Mastologia alerta que os homens também podem ser acometidos pelo câncer de mama. Apesar de a doença atingir, principalmente, mulheres, nos homens ocorre em menor quantidade – um caso diagnosticado para cada 100 casos em mulheres. A falta de informação e o preconceito são os principais inimigos da doença, já que os homens têm menor propensão a procurar médicos, e quando procuram encontram dificuldade de acesso.

Estudos mostram que a média de idade dos homens que apresentam a doença varia de 50 a 70 anos. Na maioria dos casos, a detecção é feita em estágio avançado, o que pode dificultar o tratamento e haver metástase. “O principal motivo dessa demora no diagnóstico é o preconceito. Pelo fato do câncer de mama ter as mulheres como alvo, há uma falta de conscientização sobre a importância dos exames de rotina. Entre as principais causas da doença nos homens estão as alterações genéticas e hormonais, alimentação rica em gorduras, excesso de álcool ingerido, além do uso de anabolizantes ou de hormônios”, esclarece o presidente da SBM, Antonio Luiz Frasson.

Segundo ele, a melhor maneira de combater a doença é a informação orientando os homens quanto à possibilidade de também terem câncer de mama, assim como manter hábitos saudáveis de vida, como alimentação balanceada, atividade física regular, redução do consumo de álcool, abolição do tabagismo, controles do diabetes e peso, além de procurar o médico regularmente. Quando existe a queixa de um nódulo, o diagnóstico é feito por meio do histórico do paciente e de exames como mamografia, ultrassonografia e biópsia do tumor. O tratamento dependerá do estágio do tumor, podendo ser feito através de cirurgia, radioterapia ou quimioterapia.

O tratamento do câncer de mama masculino assemelha-se ao feminino. A cirurgia está indicada para praticamente todos os casos. No homem, devido ao pequeno volume mamário, a cirurgia consiste na retirada da mama e na realização de biópsia de um gânglio axilar, para avaliar a extensão da doença. Na presença de comprometimento axilar, realiza-se também a retirada de linfonodos axilares. Quanto mais cedo for iniciado o tratamento, menor a extensão da cirurgia e menor a necessidade de receber quimioterapia e radioterapia.










Ameaça silensiosa: câncer de ovário tem sintomas discretos e pode evoluir rapidamente se não tratado em estágio inicial



Tipo de tumor ginecológico tem baixa incidência e apresenta boas respostas ao tratamento quando diagnosticado precocemente; Especialista do Centro Paulista de Oncologia (CPO) – Grupo Oncoclínicas alerta sobre os principais sinais de alerta da doença 


Pouco se ouve falar sobre câncer de ovário, mas atualmente é considerado o tumor ginecológico mais difícil de ser diagnosticado e também combatido, já que é assintomático. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), são registrados no Brasil aproximadamente cinco mil novos casos por ano, sendo que ¾ são diagnosticados em estágios avançados.

De acordo com o Dr. Daniel Gimenes, oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO) – Grupo Oncoclínicas, o câncer de ovário possui maior incidência em mulheres acima dos 50 anos, sendo na grande maioria dos casos não é possível identificar previamente fatores de risco que justifiquem o aparecimento da condição. "Um dos fatores que torna esse tipo de câncer tão agressivo é o fato de se iniciar a partir de mutações genéticas não hereditárias que, por sua vez, alteram as características das células e apresentam alta capacidade de se multiplicarem rapidamente, fazendo com que a doença atinja um estágio avançado rapidamente quando não tratado", explica .

Entre os fatores que possivelmente contribuem para o aparecimento da doença alguns estudos sugerem que o número excessivo de ovulações pode levar ao surgimento de tumores, sendo possível adotar como método preventivo o uso de pílula anticoncepcional. "Esses levantamentos concluíram que o uso contínuo da medicação por cinco anos pode diminuir em até 60% a incidência deste de câncer de ovário", diz o Dr. Daniel.

O especialista ainda ressalta que apenas 10% dos tumores ovarianos são decorrentes da predisposição genética hereditára – causados por uma mutação em certos genes, herdada de pai ou mãe, que pode aumentar o risco de surgimento do tumor. "Nestes casos, é possível realizar exames específicos de análise genética em mulheres cujo histórico familiar deste tipo de câncer sugira a possibilidade de hereditariedade como fator causador da condição – em especial quando avó e mãe apresentaram tumores de ovário. Nestas situações, diante de uma comprovação da suspeita, é possível indicar medidas como a cirurgia preventiva de retirada dos ovários, mas, ainda assim, esta é uma decisão que deve ser tomada de forma conjunta por paciente e médico", pontua o oncologista do CPO.


Fique atento aos possíveis sinais e aos tratamentos

O sintoma do câncer de ovário é discreto e demora a se manifestar. Por isso, na maioria dos casos, é diagnosticado tardiamente, quando a doença já se espalhou pelo aparelho reprodutor, dificultando o tratamento. Quando aparentes, pode ocorrer um aumento do volume abdominal, aumento na vontade de urinar, alterações no ciclo menstrual, dor durante a relação sexual, entre outros.

Mesmo sendo o câncer ginecológico com maior índice de óbito no mundo, se diagnosticado precocemente, existem altas chances de cura. Exames como palpação abdominal, toque vaginal e ultrassom são muito recomendados para detectar a doença e tentar reverter, assim, este cenário.

"O problema é que os sintomas, quando aparentes, são parecidos com os desconfortos do dia a dia da mulher e, na maioria dos casos, são deixados de lado. Por isso, é recomendado que a mulher procure um especialista caso perceba qualquer alteração, mesmo que pareça usual. Além disso, é aconselhável realizar os exames ginecológicos anualmente", afirma o Dr.Daniel.

A definição do tratamento para pacientes com câncer de ovário depende do tipo e estágio da doença. Entre os fatores analisados estão ainda a idade e desejo de ter filhos da paciente. "A orientação depende de uma avaliação do histórico da mulher e suas condições de saúde como um todo. Em linhas gerais, a cirurgia ainda é o principal tratamento, podendo significar a retirada bilateral ou unilateral do órgão - quando há a possibilidade de preservação de um ovário e uma trompa de Falópio. A quimioterapia pode ser indicada, dependendo do caso, antes ou após a intervenção cirúrgica", destaca o Dr. Daniel. "A busca por gestações após câncer de ovário deve ser discutida com o médico, já que dependerá de uma abordagem personalizada do caso", finaliza.





Grupo oncoclínicas




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