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quinta-feira, 19 de outubro de 2017

AEDES AEGYPTI



Governo Federal convoca postos de saúde, de assistência social e escolas para combater o mosquito antes do verão 


Ação acontecerá de 23 a 27 de outubro e tem o objetivo de mobilizar a sociedade sobre a importância de eliminar possíveis focos do mosquito antes do período mais chuvoso do ano 


O Governo Federal promoverá de 23 a 27 de outubro a Semana Nacional de Mobilização dos setores da Educação, Assistência Social e Saúde para o combate ao Aedes aegypti. Mais de 210 mil unidades públicas e privadas de todo o Brasil estão sendo mobilizadas pela Sala Nacional de Coordenação e Controle, que reúne os ministérios da Saúde, da Integração, da Defesa, do Desenvolvimento Social e da Educação, a Casa Civil e a Secretaria de Governo da Presidência da República, além de outros órgãos convidados.

O objetivo é que durante esta semana a população seja alertada sobre a importância de combater mosquito transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya, já antes do verão, período do ano quando acontece o maior volume de chuvas, o que facilita reprodução do aedes aegypti. Ao todo serão mobilizadas 146.065 escolas da rede básica, 11.103 centros de assistência social e 53.356 unidades de saúde.

“Não podemos baixar a vigilância. É melhor cuidar do foco do mosquito do que sofrer as consequências de não ter feito essa iniciativa. Vamos reforçar, ainda mais, a necessidade de eliminar os criadouros, convocando toda a sociedade para esse trabalho já antes do verão, quando começam as chuvas”, aconselhou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.     
   
Estados e municípios tem autonomia para definir quais ações serão realizadas para mobilizar as áreas, mas a orientação da Sala Nacional é que sejam realizadas atividades que envolvam a prevenção e o combate do Aedes, como mutirões de limpeza, distribuição de materiais informativos, realização de rodas de conversas educativas, oficinas, teatros e gincanas.

“Campanhas como essa são essenciais para combater o mosquito, porque estimulam a participação da população. A comunidade precisa ter consciência e participar de ações de prevenção a essas doenças. Precisamos estar unidos para vencer essa batalha”, ressalta o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Ainda para aproveitar o momento de mobilização, a Sala Nacional também indicou aos gestores que fossem inseridas equipes nas unidades de ensino para confeccionar Cartões Nacionais de Saúde aos estudantes que não possuem cadastro no Sistema Único de Saúde (SUS).


SALA NACIONAL – Instalada para o enfrentamento à Microcefalia, desde o final de 2015, a Sala Nacional de Coordenação e Controle é coordenada pelo Ministério da Saúde e tem como objetivos gerenciar e monitorar a intensificação das ações de mobilização e combate ao mosquito Aedes aegypti.

Uma das ações realizadas em conjunto com estados e municípios é a realização de visitas aos imóveis com objetivo vistoriar e eliminar possíveis focos do aedes Aegypti, além de orientar a população sobre prevenção e combate ao mosquito. 

No primeiro semestre deste ano, foram vistoriados mais de 151,8 milhões de domicílios particulares e coletivos, estabelecimentos de ensino, estabelecimentos de saúde, estabelecimento de outras finalidades e edificação em construção no país.


DADOS - As doenças transmitidas pelo Aedes aegypti têm tido queda expressiva em todo Brasil. De acordo com o Boletim Epidemiológico, até o dia dois (2) de setembro deste ano, foram notificados 219.040 casos prováveis de dengue em todo o país, uma redução de 85,2% em relação ao mesmo período de 2016 (1.483.623).

O mesmo estudo mostrou que foram registradas 171.930 notificações de casos prováveis de febre chikungunya. A redução é de 34,2% comparado ao ano anterior, que atingiu o número de 261.645 casos. Em relação ao Zika, os casos caíram 92,6%. Foram registrados 15.586 casos prováveis em todo país, enquanto em 2016, o Brasil registrou 211.487 notificações. A incidência reduziu 92,5%, passando de 102,6 em 2016 para 7,6 neste ano.



SERVIÇO
Semana de Mobilização das Unidades de Saúde, Cras e escola para o Combate ao Aedes
Dias: 23 a 27 de outubro
Locais: Redes de saúde, educação e assistência social de todo o país




Fernanda de Lima  
Agência Saúde


Estudo descobre célula responsável pelo autismo



Descoberta feita por cientistas brasileiros pode ajudar a busca por tratamento para a síndrome


Pesquisa realizada na Universidade de São Paulo (USP) demonstrou que os astrócitos, células do cérebro, de indivíduos saudáveis são capazes de melhorar a forma e o funcionamento de neurônios de indivíduos com autismo.

O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) afeta uma a cada 68 crianças com até oito anos de idade no mundo, segundo o Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos EUA. No Brasil, não há informações consolidadas, mas, considerando dados da OMS, há cerca de dois milhões de indivíduos afetados e poucas clínicas e serviços específicos para esse tipo de tratamento.

A pesquisadora brasileira Dra. Patrícia Beltrão Braga, da USP, em colaboração com a Dra. Graciela Pignatari e o Dr. Alysson R. Muotri, médicos da startup de biotecnologia TISMOO, conduziu o estudo, que foi realizado durante o doutoramento de Fabiele Russo. A pesquisa produziu, através da reprogramação de células da polpa de dentes de leite de indivíduos com autismo, células do sistema nervoso, os neurônios e astrócitos.

Depois de vários experimentos, foi possível observar que os astrócitos eram os responsáveis pelas características dos neurônios dos autistas, o que pode refletir no quadro clínico/comportamental desses indivíduos. Descobriu-se também que astrócitos de indivíduos saudáveis podem melhorar a forma e o funcionamento de neurônios de indivíduos com TEA. E que o contrário também é verdadeiro, ou seja, astrócitos de indivíduos com autismo podem piorar a forma e o funcionamento dos neurônios de pessoas sem autismo.

A pesquisa também identificou uma substância que o astrócito produzia em excesso, uma interlecina-6 (IL-6), e, ao bloquear a ação desta citocina, foi possível melhorar os neurônios de indivíduos com autismo. "Esta é uma importante descoberta, que poderá se tornar uma forma de tratamento para o autismo. É uma nova maneira de olhar para o transtorno e uma porta que se abre para entender seus mecanismos. Nosso objetivo agora é aprofundar as pesquisas e entender por que os astrócitos se comportam desta maneira", explica a Dra. Patrícia.




Fontes: CM Comunicação Corporativa 








Especialista do Seconci-SP explica os principais sintomas da sífilis e as formas de tratamento



Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita é celebrado no próximo sábado, dia 21 de outubro


Com a proximidade do ‘Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita’, celebrado no próximo sábado, 21/10, o Seconci-SP (Serviço Social da Construção) esclarece os principais sintomas e formas de tratamento desta doença que tem apresentado aumento expressivo no número dos casos registrados. Segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde, no período de janeiro de 2010 a junho de 2016, foram registrados mais de 227 mil casos de sífilis adquirida. Entre 2014 e 2015, o crescimento de sífilis adquirida foi de cerca de 32%, entre as gestantes 20,9% e congênita, de 19%.

O ginecologista do Seconci-SP, Wilson Kiyoshi Ueda, explica que a sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum e o contágio pode ocorrer através de relação sexual, de mãe para filho no momento do parto (vertical) e, de forma mais rara, por meio de transfusão de sangue. “Após a contaminação, a doença se desenvolve em três estágios”, comenta.

Na primeira fase, que dura de 10 a 90 dias (média de três semanas), na maioria das vezes úlceras (cancro duro) surgem nos órgãos genitais e desaparecem em algumas semanas (aproximadamente duas semanas), levando o paciente à falsa impressão de que está curado. Segundo o especialista, além de serem indolores, nas mulheres estes sinais podem se manifestar na genitália interna (por exemplo, no colo do útero), o que dificulta ainda mais a sua detecção.

Na sequência, o paciente entra na fase secundária, em que os sintomas são variados e duram em média de quatro a 12 semanas. “Nesse período a pessoa pode apresentar manchas na pele em diferentes partes do corpo, diversas lesões como alopecia (perda de cabelo), especialmente na cabeça e na parte distal das sobrancelhas (madarose)”, ressalta.

Após as fases iniciais, se não for tratada, a sífilis entra no chamado período de latência. “Nessa etapa não há sintomas, mas o indivíduo continua infectado”, esclarece o especialista do Seconci-SP. Na última etapa, denominada terciária, os sinais podem levar de dois a 40 anos depois do início da infecção para aparecer e a doença pode causar problemas mais graves aos pacientes, como danos no cérebro ou na médula, no nervo ótico, nos sistemas ósseo e cardiovascular e lesões cutâneas.

O médico comenta ainda que, quando a contaminação ocorre de mãe para filho, durante o parto, a criança pode apresentar manchas na pele algumas horas após o nascimento ou sequelas tardias, como a má formação do céu da boca e o chamado ‘nariz de sela’ – deformação nasal em que a ponte do nariz (sua parte superior) é achatada.

Além disso, segundo o ginecologista, quando uma gestante infectada não trata a sífilis existe uma probabilidade muito grande de aborto, bebês prematuros ou nascer morto. Existe ainda a possibilidade de manifestações clínicas em estágio precoce, como lesões bolhosas nas palmas das mãos, plantas dos pés, ao redor da boca e ânus, rinites sero sanguinolentas e outras lesões. Na fase da sífilis tardia encontramos a tíbia em sabre, fronte ‘olímpica’ e o nariz em ‘sela’. Por esse motivo, é muito importante que as mães realizem o pré-natal durante toda a gravidez. “A maioria das vezes a doença é descoberta sem querer, em um exame de rotina”, comenta.

O dr. Wilson explica que a detecção da sífilis é simples e rápida, podendo ser realizada por meio de análise laboratorial do sangue ou pela coleta de material diretamente nas feridas. Já o tratamento é feito à base de penicilina, mas a dosagem e período do tratamento vão depender da fase da doença em que o indivíduo se encontra. 

“Quando a pessoa está nos primeiros estágios da doença ela tomará de uma a três doses de penicilina benzatina. Contudo, se já estiver na fase terciária, por exemplo, o tratamento é hospitalar e ela poderá ficar até quatorze dias internada para receber a medicação”, pontua.

O ginecologista do Seconci-SP reforça que o uso do preservativo e a realização de exames anuais são as melhores formas de prevenção. “É preciso estar protegido durante todo o ato sexual, pois o contato com úlceras de uma pessoa que tenha sífilis pode levar à contaminação”, conclui.  






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