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segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Melhorar o desempenho escolar é uma parceria entre a família e a escola, visando um futuro promissor




A família e a escola são os dois primeiros ambientes sociais da criança, referência para sua conduta e são fundamentais no crescimento e desenvolvimento, desempenhando funções e responsabilidades distintas. Contudo, o desempenho escolar pode ser afetado por muitos fatores, tais como: competência e habilidade do professor, ambiente da sala de aula, condições econômicas da família, material didático.

Os pais precisam transmitir para os filhos, por meio de suas atitudes, o quanto a escola é importante. E quanto mais ativos os pais na vida escolar, maior a chance de o filho tirar boas notas no boletim e concluir uma faculdade.

O envolvimento dos pais na escola ajuda a diminuir as diferenças de aprendizado entre os mais ricos e os mais pobres, e é fator determinante do sucesso educativo. Melhora a qualidade da educação e o aproveitamento escolar dos alunos e influencia no comportamento geral do aluno, como por exemplo maior concentração nos estudos e nas aulas, disciplina, maior habilidade para lidar com professores, colegas e administração da escola.

Mas muitas vezes os pais não sabem como proceder para ajudar seus filhos a serem bons alunos. Ainda há alguns pais que se atrapalham com a lição de casa, outros trabalham demais e acabam não participando das atividades, reuniões e apresentações escolares.

A participação da família na vida escolar traz vantagens para a escola, pois aumenta as suas informações para orientar os seus filhos, os docentes ficam com as tarefas mais facilitadas e bem-sucedidas, além de ficarem mais bem vistos e compreendidos pelos pais. Os professores, além de informar os pais sobre as notas dos seus filhos devem informar da progressão dos filhos. E por outro lado, os pais devem reconhecer que as tarefas da escola não se limitam a pura transmissão de conhecimentos, mas também proporcionam um engajamento dos filhos à vida.

Tanto a escola como a comunidade são espaços de socialização e de aprendizagem. Os pais devem interessar-se pelas aspirações, verificar as dificuldades dos seus filhos e conversarem sempre com eles, motivando-os nos estudos.  E essa “parceria” entre família e escola faz com que a criança se sinta mais integrada e segura, apesar das múltiplas diversidades que possam existir.

O papel da família é de extrema importância no processo de formação da criança e reflete em todos aspectos do seu desenvolvimento, pois “a cultura familiar” inclui tudo, desde comida, música, vestuário e arte, estilo de vida, atividades extras, hábitos sociais/familiares, saúde, história, férias, educação, atitudes, etc. Embora este processo de socialização varie de família para família.

Os pais transmitem valores como autoridade, disciplina, obediência e respeito. Ainda partilham conhecimentos. E devem organizar uma rotina familiar diária, elaborando um horário de forma a proporcionar tempo de sono suficiente, uma hora e lugar adequado para o estudo, uma hora certa para finalizar os trabalhos de casa, fixar o tempo passado em frente à televisão e aparelhos eletrônicos.

Uma boa colaboração, cooperação e interação entre a família e a escola traduz-se sempre em vantagens para as duas instituições. Os pais compreendem melhor o desempenho dos professores. E a escola passará a contar com mais recursos comunitários na materialização das diversas atividades, pois o envolvimento das famílias melhora a imagem da escola e aproxima a escola da comunidade. Portanto compete aos pais e à escola a tarefa de tornar as crianças cidadãos participativos e conscientes dos seus deveres e direitos





Valéria Borges da Silveira - escritora e poetisa. Formada em administração, é pós-graduada em direito, orientação e supervisão escolar, gestão empresarial e gestão cultural. Além disso, a profissional coordena diversos projetos sociais no Estado do Paraná.  






Como acabar com o sedentarismo da criança?




As antigas brincadeiras de rua, que estimulavam o movimento das crianças, foram substituídas há alguns anos pela diversão virtual. Essa mudança de hábito é uma das causas do desenvolvimento e aumento da obesidade infantil em todo o mundo. Para reverter esse quadro, estimular a prática de atividade física é uma importante alternativa.

A cardiologista infantil e médica do exercício e do esporte do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Silvana Vertematti, ressalta que a identificação e a diversão durante uma atividade são fatores primordiais para a aderência da criança a um novo estilo de vida.

Porém, o processo não depende somente de um lado. Os pais e a escola devem participar dessa iniciativa, apresentando diferentes opções de exercícios. A médica explica que este trabalho é equivalente à introdução alimentar, o qual merece mais de uma tentativa, mas nunca forçando situações indesejadas.

A escolha do exercício não é uma questão simples quando se trata de crianças acima do peso. É preciso tomar alguns cuidados para que os benefícios da atividade física não sejam transformados em consequências graves, bloqueando essa nova fase da vida, como alerta Silvana Vertematti.

"Com a criança obesa, devemos tomar cuidado com a escolha do exercício. Além da possibilidade de não se identificar, atividades de grande impacto podem causar problemas musculares e nas articulações devido ao peso", complementa.

As atividades que geram fortalecimento muscular e com um bom componente aeróbico são as mais indicadas. De acordo com a especialista, uma ótima opção é a natação, por conseguir unir diferentes benefícios. "Trata-se de um excelente exercício, porque exige força, gasto de energia e, por outro lado, não apresenta nenhum impacto pelo fato de ser realizada na água."

Dados recentes da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) mostram que aproximadamente 7,3% das crianças menores de cinco anos estão acima do peso, sendo as meninas as mais afetadas: 7,7%.

Silvana Vertematti pontua ainda que o excesso de peso na infância, em longo prazo, pode desencadear problemas cardiovasculares e doenças crônicas degenerativas, como a síndrome metabólica, diabetes, hipertensão e arteriosclerose. "Fazer atividade física ajuda a criança a crescer ativa, fortalece ossos e articulações e ajuda a controlar o peso", salienta. No caso específico das crianças obesas, o acompanhamento nutricional aliado ao exercício físico é fundamental".





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