Pesquisar no Blog

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Os três "E"s do século 21



Não é novidade que o mundo está caminhando para uma era de maiores desigualdades sociais, colapsos econômicos e disrupções em praticamente 90% das indústrias e negócios que conhecemos. Dados recentes demonstram que, ao menos dos Estados Unidos, mais de 65% dos americanos, nos próximos anos, irão perder seus empregos e terão de migrar para os chamados "servicos freelancers". Mas e no Brasil, o que podemos esperar dessa reviravolta do século 21? 

Uma das forças inevitáveis dessas mudanças é a tecnologia aliada a inteligência artificial e a mecanização avançada de praticamente todas as atividades repetitivas e mecânicas desenvolvidas pelo homem. Afinal, um robô pode fazer muito mais e melhor, com menos custo, do que um ser humano. Pode ser cruel, mas é efetivo. E o mercado busca efetividade! 

A grande questão surge quando começamos a analisar o impacto dessas mudanças no meio social. A desigualdade ficou escancarada no mais recente estudo feito no Brasil, onde os 6 brasileiros mais ricos concentram a renda dos 100 milhões mais pobres… um choque óbvio! Mas um choque… 

Porém, quando você, trabalhador, que está endividado, com bancos participando ativamente do seu orçamento, com a inflação corroendo seu poder de compra, com aumentos recorrentes (desde alimentos a combustíveis), que caminho seguir em um mundo onde o dinheiro está escasso, o desemprego bate a sua porta e o mercado está tão disperso quanto todas as inovações que vemos dia a dia? 

Minha teoria está na base de aplicação (ou da falência) dos 3 "es" do século 21: Emprego, Empregabilidade e Empreendedorismo. Explico. 

Toda economia de mercado baseia-se fundamentalmente nessa estrutura. Não estou falando dos teóricos econômicos nem acadêmicos. Estou falando do mundo real. Afinal, uma economia sem empregos, sem empregabilidade e sem empreendedores, vai invariavelmente sucumbir. 

O primeiro "E" de emprego, retrata o que estamos ficando "sem". O termo significa o trabalho que precisa ser feito mediante remuneração e subordinação de uma pessoa a outra. A nova economia caminha a passos largos para uma onda de desemprego jamais vista, que vai obrigar governos a criarem mecanismos de suporte social nunca antes imaginados para tantos desempregados. Hoje já somos 14 milhões deles! 

O segundo "E" trata da empregabilidade. A empregabilidade é aquilo que possibilita que eu tenha aptidões ou capacidades relevantes para que eu possa atuar em diversas frentes, ou ser "desejado" pelo mercado como profissional. Assim, uma pessoa empregável, dificilmente fica sem emprego. Ser qualificado para tanto nos parece o maior desafio afinal. 

Já o terceiro e último "E" do empreendedorismo, fecha o ciclo: é aquela iniciativa que cria oportunidades baseadas nas carências ou deficiências do mercado, e consequentemente busca pessoas empregáveis para os empregos criados pela iniciativa empreendedora. Percebem o ciclo? 

Contudo, como estamos enfrentando essa crise institucional de empregos, estamos com muitos trabalhadores que não estão sendo "empregaveis" para o mercado, justamente em função das iniciativas empreendedoras que, por sua vez, estão criando um mercado cada vez mais exigente de profissionais que sejam interessantes, e não meramente executores. 

No mundo do século 21, ser empregável significa não ter apenas uma formação em uma área do conhecimento. Significa sim, ser multifuncional, conectado, atualizado, humano e eficiente. Significa voltar para a escola, mas não aquela que conhecemos e fomos formados, mas sim uma nova escola, que vem sendo criada por empreendedores! Mas para isso os trabalhadores precisam de iniciativas que possibilitem a eles se re-capacitarem a cada novo ciclo, para então retornarem ao mercado e assim manter a roda da fortuna girando. 

As diferenças sociais tendem a ficar cada vez mais gritantes e escancaradas com as tecnologias. Afinal, quanto mais eficientes, mais iremos perceber o quanto somos injustos e focados em manter um sistema de trocas baseado no seculo 19. Afinal, gerar empregos parece ter se tornado coisa do passado, ja que, para um mercado altamente informatizado, os "empregaveis" teriam seu caminho certo, e os empreendedores vão investir cada vez mais em soluções que necessitem mais e mais de empregáveis. 

Nos resta saber se, na ponta final dos resultados, os "não empregaveis" terão sua chance de se "empregabilizar" ou se deverão se sujeitar unicamente a uma distribuição de renda universal mínima, mais conhecido dos brazucas como bolsa-família. Em qual dos "E"s você está agora? 




Vinicius Carneiro Maximiliano Carneiro - advogado corporativo e gestor contábil. Com MBA em Direito Empresarial pela FGV e especialista em Direito Eletrônico pela PUC/MG, atuou como advogado de Propriedade Intelectual no Brasil para a Motion Picture Association (MPA), Associação de Defesa da Propriedade Intelectual (ADEPI) e também para a União Brasileira de Video (UBV). Em seguida, foi gestor de projetos especiais na Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES) - e Business Software Alliance (BSA). Nomeado pela OAB/SP para a Comissão de Mercado de Capitais e Governança Corporativa. É diretor executivo da Etecon Contabilidade, escritório especializado em questões fiscais e contábeis para empresas tradicionais e da nova economia digital. Membro do Conselho curador do Instituto Lumina Educacional, que tem foco na educação diferenciada para a geração que já nasce em um mundo mecanizado e digital. Autor do livro "Dinheiro na Multidão" – Oportunidades x Burocracia no Crowdfunding Nacional", obra em que analisa o mercado de financiamento coletivo no Brasil e as questões fiscais e burocráticas que podem impactar esse segmento de mercado. Sempre na linha de estudos e pesquisas voltados para a "vida real e prática das empresas", lança-se agora no estudo aprofundado dos impactos da Inteligência Artificial no mercado de trabalho brasileiro. A automatização, a robotização e as novidades tecnológicas, estão levantando questões que não estão sendo acompanhadas.




9 motivos que levam os recrutadores a não chamar os candidatos para entrevistas de emprego



Confira dicas da psicóloga do Quero Bolsa, Maria Fernanda Alves, para aumentar chances de conquistar uma vaga de trabalho


Com a retomada da economia, o nível desemprego voltou apresentar queda no País. A taxa de desocupação caiu de 13,3% para 12,6% no trimestre encerrado em agosto, segundo os dados mais recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Embora o índice de desemprego mostre sinais de avanço, mais de 13 milhões de brasileiros ainda continuam em busca de ocupação. A fim de auxiliar esse contingente, a psicóloga do Quero Bolsa, Maria Fernanda Alves, preparou uma lista com nove erros mais cometidos pelas pessoas no momento de pleitear uma nova oportunidade de trabalho e que, consequentemente, impedem de serem chamadas para entrevistas de emprego. Confira a seguir:


1 - Destinatário errado
É preciso ficar atento ao endereço de e-mail que foi disponibilizado para envio do currículo, uma letra fora do lugar e seu currículo pode ir parar no limbo virtual. “O candidato deve checar o endereço eletrônico no site ou páginas oficiais da empresa. Às vezes, quando alguém compartilha uma vaga no Facebook, Linkedin ou Whatsapp, pode cometer algum erro de digitação”, indica a especialista.


2- Falta de dados ou informações incorretas
Verifique se o telefone no currículo está correto. Alguns recrutadores preferem realizar ligações para agendar a entrevista de emprego. Caso o número esteja errado, a chance de perder a oportunidade é altíssima. Muitas pessoas podem pensar: ‘ah, o recrutador pode mandar um e-mail?’. No entanto, algumas empresas possuem vagas com grande senso de urgência e com ampla quantidade de postulantes na fila. Então esse candidato com o "número inexistente" poderá ser facilmente substituído por outro que estava com tudo correto e atendendo ao perfil da vaga.


3 - Currículo fora do perfil
Existem vagas em que os requisitos são mais flexíveis, mas muitas exigem requisitos indispensáveis ao candidato ideal. Por mais que você pense: ‘Ah, me enquadro em 50%. Deve dar!’. Na maioria das vezes o candidato não é chamado para a entrevista de emprego. “A dica é sempre inserir a vaga do seu interesse no assunto do e-mail. Algumas empresas podem estar com diversas oportunidades abertas e o recrutador pode selecionar seu currículo para o cargo mais adequado ao seu perfil”, afirma Maria Fernanda.


4- Objetivo do currículo difere da vaga
Se a empresa para qual você está se candidatando procura um Técnico em Radiologia e no objetivo do seu currículo estiver escrito "Técnico Administrativo" o arquivo provavelmente será descartado naquele instante. Talvez nem dê tempo do recrutador verificar, por exemplo, que você possui  anos de experiência como Técnico em Radiologia. “Por isso, o objetivo do currículo precisa sempre estar alinhado com a oportunidade de emprego”, revela.


5- Erros de português no currículo
Para uma vaga que exija troca de e-mails ou comunicação frequente, erros de português são inadmissíveis. Muitos candidatos enviam currículo sem pontuação e acentuação, ou erram a concordância. “Muitas vezes estas falhas levam o recrutador a descartar o currículo. Antes de enviá-lo, revise o conteúdo e, se possível, peça para que outras pessoas deem uma verificada”, alerta a profissional do Quero Bolsa.


6- Envio fora do prazo
Muitas empresas divulgam uma data limite para envio do currículo. Se você perder o prazo, corre o risco de nem ter o documento aberto, pois simplesmente não cumpriu um requisito básico. Algumas companhias podem aproveitar o seu currículo para o banco de talentos, mas, nesse caso, o mais indicado é tentar contato direto com o recrutador e questionar se ainda consegue concorrer à oportunidade, mesmo após o prazo.


7- Pretensão salarial diferente do previsto
No caso da empresa divulgar uma determinada vaga com o salário de R$ 1.500,00 e no seu currículo, por exemplo, constar pretensão salarial de R$ 4.000,00, dificilmente o recrutador irá lhe chamar para a entrevista de emprego. “O correto é inserir uma remuneração compatível com a vaga que está buscando. Vale lembrar que a pretensão deve seguir a lógica da remuneração praticada pelo mercado para sua área de atuação e não o quanto deseja ganhar”, argumenta.


8- Currículos melhores
Algumas vagas são muito concorridas e os RH's recebem centenas de currículos. Nesse caso, são selecionados aqueles currículos que, além de se encaixarem no perfil da vaga, apresentem diferenciais. Essas variáveis podem ser uma experiência relevante, intercâmbio, ou qualquer outra atividade adequada para a vaga e empresa. “Por isso, é recomendável realizar cursos de atualização ou livres e trabalho voluntário. Enfim, faça o que puder para ter um plus no currículo e ser o candidato com destaque”, aconselha.


9- Falha no RH
Esse fator também pode acontecer. Muitas vezes os recrutadores recebem centenas de currículos - muitos fora do perfil - para apenas uma vaga e podem não conseguir avaliar o currículo a tempo da rodada de entrevistas presenciais, perdendo você e diversos outros talentos. “Caso considere a vaga perfeitamente adequada ao seu no perfil, recomendo a tentativa de contato com o RH da empresa. Verifique também se não há algum funcionário dessa companhia na sua lista de amigos nas mídias sociais. Ele pode auxiliar ou até realizar a indicação ao gestor da área”, conclui Maria Fernanda.





Quero Bolsa





Cinco dicas para melhorar suas chances de conseguir um emprego



Você já se sentiu como se o seu currículo tivesse ido parar em um buraco negro? Se sim, você não está sozinho. É frustrante não ter retorno de uma empresa. No entanto, para os empregadores, é frustrante garimpar inúmeros currículos na esperança de encontrar uma agulha no palheiro: o candidato que melhor se adeque às suas necessidades.

A boa notícia é que quem busca um emprego pode ajudar a acelerar esse processo. Uma vez que você tenha identificado um emprego interessante, o seu objetivo principal deve ser deixar claro para o empregador em potencial o porquê você é o candidato ideal para o cargo.

O que pode ajudar você a se destacar em meio à multidão? Um recente estudo com dados relacionados à busca por emprego, elaborado pelo Indeed, revelou cinco passos para o sucesso:


  1. Seja seletivo – Se houver uma chance, ela é o bastante. A coisa mais importante que você pode fazer para melhorar as suas oportunidades é avaliar com cuidado cada emprego para o qual você se candidata a fim de garantir que você seja adequado para o cargo. Quando você achar uma oferta atraente, pergunte a si mesmo: 1) Eu sou qualificado para o emprego? e 2) Eu realmente desejo esse emprego?

  1. Reduza as suas opções – Ao mesmo tempo em que pode parecer que se candidatar a muitos empregos aumenta as suas chances de conseguir um emprego, este não é necessariamente o caso. De fato, a nossa pesquisa demonstra que as pessoas com o maior número de candidaturas eram muito menos prováveis (39% menos prováveis) de receberem uma resposta positiva dos empregadores.

  1. Escolha e se candidate para cada emprego com cuidado – A qualidade é mais importante do que a quantidade. Direcione a sua energia para se candidatar a poucas vagas de alta qualidade:
    • Leia todo o anúncio de emprego
    • Selecione o que é atraente para você
    • Garanta que você possa demonstrar as habilidades e qualificações exigidas
    • Preste atenção às instruções para preencher a vaga
    • Leia atentamente e responda todas as perguntas da oferta de emprego
    • Revise as suas respostas antes de se candidatar

  1. Seja organizado – Da mesma forma que estuda para uma prova ou realiza um trabalho difícil, reserve tempo suficiente para realizar a sua busca. Organize-se e acompanhe o status de cada emprego para o qual você se candidatou.

  1. Mantenha um currículo limpo – Tenha um currículo “limpo” à mão que você possa alterar para se adaptar a cada vaga de emprego. Por exemplo, incluindo detalhes relevantes ou enfatizando experiências passadas para se adaptar a um emprego específico. Não comece apenas com o último currículo que você criou para outro emprego.






Paul Wolfe - Vice-Presidente Sênior de Recursos Humanos do Indeed

Fontes: SilkRoad e Icims
 Indeed.com.br





Posts mais acessados