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quinta-feira, 14 de setembro de 2017

LULA FINGINDO SER LULA



        Se dependesse da arte de representar eu estaria sujeito à morte por inanição. Não consigo imitar sequer a mim mesmo. Por isso, aprecio o dom e o talento dos bons imitadores, especialmente se associam essa capacidade com a produção de textos de humor para, com sua dicção, desempenharem tais habilidades.

        O ex-presidente Lula tem sido um prato cheio para imitadores. Recentemente, circulou nas redes sociais um áudio em que ele estaria falando com Rui Falcão sobre o desastre que representava o depoimento de Palocci. Numa torrente de palavrões, tendo ao fundo sons do Jornal Nacional para dar foros de veracidade à gravação, o ex-presidente esbravejava contra o delator por estar "entregando tudo".

        Semana passada, a coluna Painel, da Folha, contou que o deputado Fábio Faria (PSD-RN) ligou para seu colega Dudu da Fonte (PP-PE) fingindo ser Lula e gravou a conversa. O pernambucano, ao ouvir a voz do outro lado da linha perguntando-lhe se estava em Brasília e se poderia conversar, exclamou exultante: "Presidente, que saudade!".

        Ainda que Lula suscite afetos políticos, parece mais provável que tais efusões estejam referenciadas aos tempos de bonança que a conjuntura internacional proporcionou para os países em desenvolvimento nos primeiros anos deste século. Foi o período em que se consolidou na América Ibérica o prestígio de alguns governantes com estratégias populistas semelhantes às de Lula: os Kirchner, Hugo Chávez, Evo Morales, Rafael Correa, Daniel Ortega. De todos, tirante o destino incerto do "bolivariano" refundador da Venezuela, o brasileiro é o mais encrencado, tal a teia de corrupção em que se envolveu.

        O desditoso petista, de uns anos para cá, se tornou o pior imitador de si mesmo. Os demais que o arremedam têm o humor a seu favor. A gente os ouve e ri. Lula nem isso. O que dele se escuta é pura falsificação, hipocrisia, bazófia, num script composto para colher aplausos de um público descrente mas aprisionado na rede dos favores. Os pequenos favores ao rés do chão; os grandes favores no alto do palanque.






Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.





2095? Não, homens e mulheres precisam valer o mesmo - já!





Você já deve ter ouvido falar que a igualdade de gênero no mundo, pelo menos no que diz respeito à remuneração de homens e mulheres que ocupam o mesmo cargo, só acontecerá em 2095 (segundo dados do Fórum Econômico Mundial). Não gosto dessa "realidade" numérica, pois ela engessa tomadas de decisão. Afinal, em 2095 estaremos (quase) todos mortos.

O que mais me preocupa é um outro índice do FEM, segundo o qual, o Brasil ocupa o 124º lugar, entre 142 países, no ranking de igualdade de salários. Atualmente, estamos na penúltima posição nas Américas, à frente apenas do Chile. Por aqui, as mulheres recebem, em média, 74% da remuneração dos homens, de acordo com a mais recente pesquisa da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).

Digo que isso me preocupa porque esse é um desafio de muito fácil resolução. Simples de verdade. Basta às empresas fazer o correto: pagar o mesmo a homens e mulheres que cumprem as mesmas funções dentro da organização.

Estou há cerca de seis anos no PayPal Brasil. Durante esse período, trabalhei muito, me foram confiadas diversas responsabilidades, enfrentei grandes desafios e tive dois filhos - o segundo há pouco mais de seis meses. Pouco depois de retornar de minha licença maternidade, de volta ao dia a dia de executiva que é uma das razões da minha vida, fui alçada ao cargo mais alto da companhia no País.

O que isso demonstra? Que mulheres são tão competentes quanto os homens, tão qualificadas, tão importantes dentro do organograma de qualquer empresa e devem ser tratadas como tal.

Segundo os últimos dados do IBGE, nós respondemos, atualmente, por 43,8% da força de trabalho no Brasil. Mas nossa participação vai caindo conforme o nível hierárquico sobe. As mulheres representam somente 37% dos cargos de direção e gerência nas empresas nacionais. E lá no topo, nos comitês executivos das grandes empresas, não chegamos aos 10%.

Se levarmos em consideração uma outra medição recente do Pnad, sobre escolaridade, esse gap fica ainda mais inexplicável. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, das mulheres ocupadas com 16 anos ou mais de idade, 18,8% têm ensino superior completo, enquanto que, entre os homens na mesma categoria, esse percentual é de 11%.

E mais: a escolaridade das mulheres é maior também na esfera profissional. Elas são maioria nos cursos de qualificação de mão de obra, de acordo com estudo do Plano Nacional de Qualificação, do Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS). Os números não mentem: de 2003 a 2012, do 1,8 milhão de alunos e alunas dos cursos de qualificação, 713 mil eram mulheres, ou seja, mais de 60% do total.

Por isso, quando alguém vem a público para relembrar a "realidade" do Forum Econômico Mundial, de que, mantidas as atuais condições de temperatura e pressão, mulheres e homens terão salários iguais em 2095, eu logo penso: "2095? Nem pensar! Vamos continuar trabalhando pela igualdade  já!".



Paula Paschoal - diretora geral do PayPal Brasil




Sociedade Brasileira de Cancerologia alerta: mudanças no estilo de vida podem evitar câncer de pâncreas



Manter o peso ideal e abrir mão do cigarro podem ajudar a evitar a doença em quatro a cada 10 pacientes 


Quatro a cada 10 casos de câncer de pâncreas poderiam ser evitados se o tabagismo fosse deixado de lado, por ser extraordinariamente danoso para a saúde, seguidos de má alimentação, excesso no consumo de bebidas alcoólicas, sedentarismo e poluição, por exemplo. O desafio da medicina é identificar a doença precocemente. “O diagnóstico do câncer de pâncreas costuma ser difícil, já que não há exames para rastreamento. Em geral, a doença só é diagnosticada quando os sintomas se manifestam já em estágio avançado”, explica o cancerologista Robson Moura, presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC).

A força dos fatores externos aumenta o risco de câncer. Sabe-se que 85% dos cânceres são considerados evitáveis. “Fumantes, pessoas com histórico familiar e portadores de pancreatite têm pré-disposição para desenvolver câncer de pâncreas. Adotar um novo estilo de vida é capaz de mudar, rapidamente, a incidência de um determinado tumor”, orienta Dr. Moura.



Como evitar


O pâncreas é responsável pela produção de hormônio que controla o nível de glicose na corrente sanguínea e pelas enzimas que agem na digestão de alimentos. Para evitar agravos significativos ao órgão, algumas medidas simples, devem ser adotadas. Confira!

· Saiba sobre seu histórico familiar;


· Evite o cigarro e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas;


· Pratique atividade física com regularidade;


· Faça um check-up clínico frequentemente;


· Mantenha uma alimentação saudável e balanceada, à base de frutas, verduras e legumes.








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