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quinta-feira, 1 de junho de 2017

Saiba quais são as regras para viajar de avião com medicamentos



Medicamentos de uso contínuo exigem maior atenção. Regras para viagens ao exterior são diferentes. Fique atento!

Com alguns feriados à vista e o fim do ano se aproximando, é chegada a hora de começar a planejar suas viagens. Entretanto, para evitar imprevistos é importante ficar atento a certas regras, como o transporte de medicamentos, em especial, os de uso contínuo.

Para alertar os viajantes, a Allianz Global Assistance, líder global no segmento de seguro e assistência viagem, que no Brasil atua como representante de seguro da Allianz Seguros, separou algumas dicas importantes sobre o tema, que podem evitar muita "dor de cabeça" para o consumidor.

O Coordenador Médico da Allianz Global Assistance, José Sallovitz, mais conhecido como Doutor Zuza, responde às principais dúvidas sobre o tema.


Levando a farmácia na bagagem
 

Faço uso de medicação de uso contínuo. Eu posso viajar? Quais cuidados devo ter?

Os passageiros que fazem uso de medicação contínua ou controlada podem viajar tranquilamente, desde que tomem algumas medidas preventivas. Apesar de não ser obrigatório, em viagens dentro do Brasil, é indicado levar uma prescrição médica, registrada no nome do viajante, constando os medicamentos desse tipo que estão sendo transportados. Já no exterior, com diferentes normas sanitárias, é recomendado que o passageiro leve consigo também uma versão em inglês da receita e, se possível, a nota fiscal dos medicamentos.


Qual a quantidade de medicamentos que eu posso transportar?

Isso varia de acordo com o tempo que você irá passar fora. Entretanto, uma boa dica é levar uma quantidade extra, para uma semana a mais, por exemplo, caso a sua viagem de retorno tenha que ser adiada.


Consigo comprar meus medicamentos de uso contínuo e controlado no exterior?

A prescrição médica brasileira não tem validade no exterior. Para isso, o viajante teria que passar numa consulta em um hospital local e solicitar uma receita do país em questão. Vale ressaltar que consultas clínicas não emergenciais, como essa, não estão cobertas pelo seguro viagem. Por isso, previna-se e leve a quantidade correta dos seus medicamentos.


Durante a viagem, onde devo carregar meus medicamentos?

Sempre na sua bagagem de mão e dentro dos blísteres, a embalagem original do medicamento. Caso um imprevisto como extravio da mala aconteça, você terá os seus remédios consigo, o que no caso de medicamentos de uso contínuo são de extrema importância.


E os medicamentos de uso de rotina, que não precisam de receita. Posso leva-los sem preocupação?

Essa é uma questão importante. Alguns medicamentos de uso irrestrito aqui no Brasil, como a Dipirona Sódica, são proibidos em certos países, como nos Estados Unidos. Outro ponto de atenção é o uso de anti-inflamatórios. Em muitos países do exterior a sua compra só é possível com uma prescrição médica local. Por isso, vale a pena levar em sua bagagem esse remédio, mesmo que seja apenas por precaução.










5% da população mundial é afetada pela gagueira



O problema ainda atinge 70 milhões de pessoas no mundo que gaguejam cronicamente por falta de tratamento e orientação

A gagueira é um distúrbio da fluência da fala, caracterizado por repetições, prolongamentos da silaba ou hesitações e pode estar acompanhada por movimentos (piscar olhos, por exemplo) e emoções negativas que revelam insegurança e trazem prejuízos  na comunicação e algumas vezes pode atrapalhar o aprendizado durante a fase escolar. Se não for tratado, o problema na vida adulta afeta a vida social e profissional. 

A fonoaudióloga Ana Lúcia Duran da capital paulista conta que isso acontece porque cada som da fala tem um tempo usual para ser falado. “Esse tempo depende da região onde a fala é produzida. No caso da gagueira, alguns sons demoram mais para serem ditos por falha na temporalização em áreas corticais do hemisfério esquerdo. Esse tempo maior interfere na fluência e caracteriza o quadro”, explica.

A gagueira  do desenvolvimento tem seu início na infância (entre 3 e 6 anos) e pode continuar (ou não) na vida adulta. “Depende se for tratado corretamente”, fala a fono que ainda diz que “pessoas que não tratam a gagueira tem a produção da fala mais trabalhosa, têm dificuldades em fazer a ligação entre sons, sílabas, palavras e a formação de frases simples não é automática ou espontânea”.

Isso é um distúrbio causado por diversos fatores que podem estar ligados à genética e geralmente está associado com ansiedade desencadeada  por algum fator social, no ambiente familiar ou escolar.

A gagueira adquirida, ou seja de causa neurológica, ocorre após hemorragia cerebral ou traumatismo craniano que causam lesões permanentes.

Ana conta que a incidência é maior no sexo masculino e segundo pesquisas, isto deve-se a determinados genes responsáveis pela etiologia da gagueira aparecerem mais nos homens. 

Vale lembrar que ninguém é 100% fluente, ou seja, situações de comunicação sob grande carga de estresse podem desencadear uma disfluência momentânea. A especialista fala ainda que se  a gagueira persistir por mais de oito semanas, sem a influência de fatores externos, deve-se buscar ajuda especializada para não tornar o problema crônico.






FONTE: Ana Lúcia Duran - Fonoaudióloga clínica (graduada pela EPM/UNIFESP) e educacional (autora e responsável pelo projeto “Oficina de linguagem”, vencedor dos prêmios PNGE/2015 e Semeando boas práticas/2016), pós graduada em psicomotricidade.



Você precisa sim consumir gorduras, saiba porque



 Apostar em alimentos ricos em gorduras boas é a melhor opção em uma dieta saudável


Uma recente pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde apontou que a obesidade não para de crescer na população brasileira. Dados inéditos revelam que uma em cada cinco pessoas no País está acima do peso. A prevalência da doença passou de 11,8%, em 2006, para 18,9%, em 2016. No combate ao excesso de peso, seja por questões estéticas ou de saúde, é comum que se retire a gordura da dieta. Em um primeiro momento, pode parecer o certo, se relacionarmos, de forma simplista, que a ingestão de gordura resulta nos pneuzinhos em nosso corpo. Contudo, não é bem assim na prática.

“É fundamental estar ciente de que elas também contribuem para um bom funcionamento do corpo e, por isso, o ideal é manter o equilíbrio. É preciso conhecer os alimentos e suas propriedades para fazer escolhas certas, sem simplesmente deixar as gorduras de lado”, explica a endocrinologista Janaina Koenen. Ela ressalta que é fundamental entender o papel da gordura em nosso organismo e adicioná-la de forma correta à alimentação, mesmo quando a intenção é emagrecer.

“O papel de vilã nutricional que a gordura ocupa atualmente pode estar com os dias contados. Diversos estudos já mostram que mesmo a saturada, encontrada em carnes, ovos e queijos, não está associada a doenças cardiovasculares como se acreditou por muitos anos”, pondera Koenen. Segundo a endocrinologista, esse grupo de alimentos foi condenado a partir de hipóteses não comprovadas sobre o colesterol, no entanto, é crescente o número de estudos que já identificaram que a gordura boa deve predominar. “Uma dieta equilibrada pode ter mais de 50% de gorduras totais, existem artigos que falam até em 70%”, frisa.


E o colesterol?

“Apenas por volta de 20% do colesterol sanguíneo vem da dieta, pois a maior parte é produzida naturalmente no fígado. Ou seja, já foi demonstrado que comer mais gordura não necessariamente se traduz em ter um LDL maior”, comenta Koenen. Segundo a médica, ocorre que o LDL tem sete subtipos, agrupados por tamanho em quatro classes: I, II, III, e IV, sendo apenas uma delas prejudicial à saúde, o chamado “LDL pequeno e denso”. “Ele sim está relacionado à aterosclerose. Além de aumentar os riscos de infarto e acidente vascular cerebral (AVC), especialmente quando aparece em sua forma oxidada; o que ocorre quando há um nível alto de inflamação no organismo. É dessa inflamação que precisamos cuidar”.

“Além disso, as gorduras saturadas são as únicas que aumentam o HDL, que é o colesterol bom”, lembra Koenen. Já os óleos vegetais (canola, milho, soja, girassol) devem ser evitados. Isso porque são ricos em ômega 6, a gordura inflamatória, que faz o oposto da gordura Ômega 3, presente no salmão selvagem, atum, arenque, cavalinha e sardinhas. Ovos caipira também contém ômega 3.

Ainda segundo a endocrinologista, em diabéticos, já foi comprovado que triglicérides altos e HDL baixo, além dos níveis de PCR ultrassensível, são indicadores mais eficazes para predizer risco de infarto do que o LDL isolado. “Sabe-se, ainda, que tabagismo, estresse e sedentarismo aumentam consideravelmente a inflamação e são fatores de risco muito mais importantes e com mais evidência que o nível de LDL isoladamente para o risco de doença cardiovascular”, finaliza.






Janaina Koenen - Graduada em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Especialista em Endocrinologia e Metabologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM); Mestre em Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM); Membro da Sociedade Brasileira de Diabetes. (comissão científica da diretoria da regional de Minas Gerais); Membro da Endocrine Society.


 

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