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sexta-feira, 19 de agosto de 2016

O papel do congresso diante da crise



A situação do país é crítica, crises na política e na economia com fortes reflexos negativos na sociedade. Não é apenas uma crise, são varias ao mesmo tempo, inclusive moral e ética, tornando preocupante o cenário. Arrecadação fiscal estagnada, produção em queda, atividades comerciais e de serviços em declínio, desequilíbrio cambial, balança comercial com números desanimadores, desemprego com altos porcentuais, inflação crescente, recessão geral.

Porém, há esperança de recuperação, o Brasil enfrentou outros períodos difíceis e sobreviveu. Novamente é o momento de repetir a conclamação de união nacional, pacto pelo país, todos lutando juntos, setores produtivos e a população, que não geraram a crise, mas com ela não podem conviver. Cabe a cada um fazer sua parte, principalmente o governo e os políticos, diretamente responsáveis pela situação.

Ao governo compete adotar medidas necessárias à recuperação. É preciso reorganizar as contas públicas, enxugar a máquina administrativa, reduzir gastos e, sobretudo, implantar as reformas prioritárias, entre elas a da Previdência Social, sendo urgente a revisão geral do sistema, incluindo ampliação da idade para aposentadoria e desvinculação do salário mínimo como parâmetro de cálculo de benefícios. Trata-se de medida severa, mas não justifica a oposição das centrais sindicais que não estão vendo, ou não querem ver, a realidade do problema. Se a Previdência Social não for recuperada chegará o dia em que nem Previdência haverá, o sistema está em vias de falência e se não houver profunda e séria reforma, inexoravelmente quebrará...

Além das reformas previdenciária e trabalhista, já em discussão, há outras medidas tomadas,como a questão da dívida dos estados. Foi adotada uma saída emergencial, temporária, de certa forma apenas adiando o problema que, todavia, tem de ser solucionado. É evidente que o endividamento dos governos estaduais decorre de falhas de gestão, porém a situação não pode continuar com alguns entes federativos sem condições de pagar seus funcionários. O governo federal ao dar essa trégua determinou, com muito acerto, que estados e municípios adotem diretrizes para limitar os gastos, como a própria união está se impondo. Épreciso fortalecer o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF),que contém determinações claras que não vêm sendo cumpridas, como o gasto com funcionalismo ultrapassando o teto estabelecido. Despesas acima da arrecadação causam desajuste das contas públicas.

O governo encaminhou ao Congresso proposta de emenda constitucional limitando os gastos da União, estados e municípios aos índices inflacionários; é ótima iniciativa que, também, depende de passar no parlamento.
Outra acertada decisão do governo federal determina que a nomeação de diretores de estatais obedeça critério de competência técnica e não mais de indicação política que limita e restringe a autonomia dos gestores que acabam manietados, tendo que primeiro atender aos interesses de seus indicadores, ou “padrinhos”. Essa submissão política é a causa não só de má administração como de corrupção nas estatais, como estamos assistindo.

Todas essas propostas e projetos de reorganização do Estado brasileiro dependem de discussão e algumas até de aprovação do legislativo, daí a importância dos membros do Congresso terem uma visão altruística de sua atuação. O foco do Congresso Nacional deve ser a responsabilidade para atuar em favor do país. Não é por ser um ano de eleições que se deixe de discutir a aprovar as propostas que podem não agradar ao eleitorado e, por causa, disso congressistas eximirem-se dessa responsabilidade temendo desagradar a grupos políticos aliados nos estados e municípios. Acima de tudo está a obrigação de reequilibrar o país. Se houver omissão, a população vai cobrar da classe política, que já está com a credibilidade afetada e acabará mais desprestigiada.

Entendo que nesse contexto todo é que sobressai o papel do Congresso Nacional, especialmente da Câmara Federal, porque reformas e medidas duras enfrentam natural resistência popular, cabendo aos deputados, representantes do povo, atuar no esclarecimento da população, no convencimento geral para que o próprio Congresso tenha apoio da sociedade para aprovar as mudanças exigidas a fim de que o país se recupere e retome o rumo do crescimento, estabilidade e governabilidade. Deve o Congresso estar ciente da gravidade do momento e entender que defender interesses pessoais e eleitorais é ir totalmente contra interesses maiores do Brasil e dos brasileiros que protestam exigindo coerência e espírito público.

Oposição ao governo é normal na democracia, oposição ao país é falta de patriotismo, de visão política e de cidadania.



Luiz Carlos Borges da Silveira - empresário, médico e professor. Foi Ministro da Saúde e Deputado Federal.

Redução do teor de sódio dos alimentos reduzirá mortes por doenças cardíacas



Além de prevenir outras doenças, menos sódio em alimentos processados contribuirá para o diminuição da população hipertensa no Brasil, que atualmente é de 17 milhões, segundo o Ministério da Saúde


Muitos brasileiros são vitimas de doenças cardíacas desencadeadas por conta da hipertensão, e o consumo de sódio tem contribuído, não apenas para essa patologia, mas para outras doenças graves, como problemas renais e obesidade, explica a nutricionista e Diretora do Departamento Nutrição da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), Cibele Gonsalves. “O acordo entre o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), para redução do teor de sódio em alimentos processados, é uma boa iniciativa para reverter esse cenário. Contudo, são importantes outras medidas, tais como trabalhar para reduzir a quantidade de gorduras saturadas e trans, açúcar, conservantes e acidulantes”, explica a nutricionista.

A especialista ressalta que é um trabalho árduo, pois, além da cooperação das Indústrias para tornarem seus produtos mais saudáveis e nutritivos do ponto de vista do sódio, tem-se, ao mesmo tempo, a necessidade de conscientizar os consumidores para a aquisição de alimentos mais saudáveis e que contenham naturalmente menos sódio. “A conscientização é fundamental. Temos visto que mesmo com as ações já realizadas por parte do Ministério da Saúde e a Abia para melhorar a qualidade dos alimentos, o número de brasileiros hipertensos ainda é alto”.

Além disso, existem diversos fatores que contribuem para o aumento do número de pacientes hipertensos, por exemplo, hábitos alimentares e estilo de vida, frisa, Cibele Gonsalves. “O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para manter está doença sob controle”.

Uma das melhores estratégias para o combate aos problemas da hipertensão são os hábitos alimentares. Por conta de uma rotina complicada, na qual as pessoa não dispõem de muito tempo para consumir produtos in natura, porque seu preparado é mais demorado e trabalhoso, acabam optando por alimentos altamente processados, ricos em sódio, açúcar e gorduras nocivas à saúde cardiovascular.

Diante disso, a nutricionista da SOCESP recomenda que as pessoas sempre leiam o rótulo do produto que comprarão. “Se houver algum nutriente que você tenha dificuldade para falar, imagine a dificuldade que seu corpo terá para digeri-lo. Digo isso porque quanto mais próximo do natural for o alimento, melhor para o processo de digestão e absorção de seus nutrientes”.

A nutricionista enumera alguns alimentos processados que prejudicam a saúde do coração. “É bom evitar produtos com grande quantidade de sódio, presentes em temperos e caldos prontos, refeições instantâneas (macarrão, sopa e risoto), enlatados (milho e ervilha), comidas prontas em potes (feijão, molhos, lanches e pizzas), biscoitos industrializados salgados, embutidos (presunto, mortadela, salsicha elinguiça), carnes conservadas no sal (carne seca e bacalhau), queijos amarelados (ementhal, gouda, gorgonzola e prato, que, além de sódio, contêm alto teor de gorduras) e, principalmente, reduzir o uso do saleiro à mesa”.

Mas, também existem boas opções. “São permitidos aqueles alimentos ricos em fibras alimentares (cereais com baixo teor de açúcar), os congelados (ervilha e seleta de legumes) e frutas desidratadas, que são muito práticas de serem consumidas.” A nutricionista da Socesp reforça que quanto mais próximo do natural for o alimento, melhor será para saúde, em especial a cardiovascular.



Maçonaria: séculos de luta pela melhora da sociedade



Comemorado nacionalmente em 20 de agosto, o Dia do Maçom é uma das mais importantes datas para a Maçonaria e remonta a 1822, em alusão ao movimento de maçons brasileiros que, liderados principalmente por Gonçalves Ledo e José Bonifácio de Andrade e Silva, culminou na Proclamação da Independência do Brasil. Esse registro é importante não só como marco histórico, mas porque reflete o propósito da Maçonaria – reunir pessoas comprometidas com o bem comum para atuar como vanguarda das mudanças sociais.

Além do Sete de Setembro, a Ordem Maçônica também esteve presente em outros momentos fundamentais da história do Brasil, como a Proclamação da República, a Abolição da Escravatura, a redemocratização do País e outros eventos marcantes, sempre altiva e protagonista na luta pelo progresso e evolução de nossa gente e de nossa Pátria. Hoje não é diferente.

Nos dias atuais, a Maçonaria luta pela mudança do cenário caótico de crise política e econômica em nosso país, junto com outras organizações da sociedade civil, fazendo coro por uma renovação nacional. Um exemplo é o Grupo Estadual de Ação Política (GEAP-SP). Uma iniciativa que tem o objetivo de lutar pela construção de uma classe política brasileira composta por pessoas comprometidas com os valores éticos, com a Pátria e com o bem comum.

Além deste esforço de identificar lideranças dentro e fora da Ordem e apoiá-las para pleitear os espaços hoje ocupados pelos corruptos, a Maçonaria ainda enfrenta a desinformação. Uma parte importante da população ainda alimenta uma visão errada, vendo a Ordem como uma seita mística ou com algum tipo de plano de dominação mundial. Nenhuma dessas conjecturas fantasiosas é real.

Essa série de mitos foi construída durante séculos e foi alimentada pelo preconceito e pelo medo do desconhecido. Foi daí que surgiu e cresceu o estigma de sociedade secreta, que também não é correto atualmente. A Maçonaria é apenas uma sociedade discreta e não é, como muitos pensam, uma religião. Ao invés disso, congrega pessoas de diferentes credos em um ambiente de harmonia, paz e confiança entre seus membros.

O objetivo maior da Ordem é ser uma escola de vida para aqueles interessados em fazer um mundo melhor. Assim, as reuniões realizadas nos templos maçônicos não são cultos, mas encontros em que são discutidos temas variados, de filosofia à história e atualidades. Se antes esses construtores erguiam catedrais e monumentos, hoje eles edificam obras de transformação social – e não são poucas. Essas iniciativas filantrópicas são uma preocupação de todas as Lojas maçônicas no estado de São Paulo.

Nessa área, um dos principais projetos empreendidos pela Maçonaria é o do Instituto Acácia de Responsabilidade Social. Criado em 2009 e em constante evolução, ele foi idealizado para proporcionar maior integração às ações de tecnologia social das entidades de assistência ligada às Lojas filiadas à Maçonaria. O objetivo é um só: interligar as obras sociais e permitir que o apoio mútuo sirva como combustível para que cada vez mais pessoas sejam alcançadas. Este é um órgão de terceiro setor pronto e preparado para atender as necessidades advindas e relacionadas às outras iniciativas privadas de utilidade pública.

É assim, com essa trajetória histórica e esse futuro em vista, que comemoramos o Dia do Maçom. Temos não apenas a certeza de que ainda há muito a realizar para termos um mundo melhor, mas também que faremos esta tarefa unidos, pois  nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos.




Benedito Marques Ballouk Filho - advogado e Grão-Mestre Estadual do Grande Oriente de São Paulo (GOSP), representante de mais de 24 mil maçons presentes em centenas de municípios paulistas.



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