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quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Quanto maior o peso na balança, maior o risco de gordura no fígado



Excesso de peso requer atenção pois pode afetar o fígado e desenvolver  esteatose hepática

Você costuma abusar de comidas gordurosas? Com a correria da vida moderna, muitas vezes fica difícil ter uma alimentação saudável, e ainda conseguir um tempo para praticar uma atividade física. O problema é que além destes fatores estarem relacionados com a obesidade, podem afetar um órgão muito importante, o fígado, ocasionando sérios problemas para a saúde.

A gordura acumulada no fígado, conhecida como esteatose hepática é cada vez mais diagnosticada nos consultórios médicos. O fígado humano possui normalmente pequenas quantidades de gordura. Porém, quando ela ultrapassa 10% do peso, caracteriza-se um quadro de esteatose. “É uma doença muito comum e a tendência é que se torne ainda mais”, comenta o gastroenterologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, de Curitiba, Dr. Alcindo Pissaia Junior. 

Causas e Sintomas
De acordo com a Associação Brasileira dos Portadores de Hepatite (ABPH), atualmente 80% dos pacientes com sobrepeso têm acúmulo de gordura no fígado. Mas, apesar de ser um problema de saúde que afeta pessoas com sobrepeso, outros fatores que favorecem o acúmulo anormal de gordura no fígado são o diabetes tipo 2, a resistência à insulina, má alimentação, colesterol elevado e o uso excessivo de álcool. 

O médico explica que Inicialmente a esteatose é silenciosa e não apresenta sintomas. “Nessa fase, muitas vezes a doença é descoberta por meio de exames de rotina por meio de ecografia abdominal e exame de sangue”, afirma. Por isso é tão importante a realização de um check-up periódico. 

Diagnóstico e tratamento
O problema é que se a doença não for diagnosticada ainda em seu estágio inicial, pode trazer sérias complicações. A gordura em excesso por muito tempo pode provocar inflamação do fígado. “Pode evoluir para cirrose e até mesmo câncer”, orienta Dr. Alcindo. 

O tratamento é feito principalmente com mudança de hábitos de vida. Se a causa for diabetes, por exemplo, o paciente deve manter a glicemia sob controle; se for obesidade, deve-se dar atenção à perda de peso, reeducação alimentar, e prática de exercícios físicos.





Exxon e a morte dos recifes de corais em todo o mundo



Mergulhadores de comunidades costeiras do mundo todo colocaram uma fita que levava escrito “cena do crime” em volta de diversos recifes de corais mortos. Isso foi feito durante vários mergulhos para mostrar os danos catastróficos causados a esse importante ecossistema marinho. Eles alegam que a indústria dos combustíveis fósseis é a culpada por essa perda. Uma série de fotografias tiradas embaixo d’água nas Ilhas Marshall, Samoa, Fiji, Andamão, na Flórida e na Grande Barreira de Corais da Austrália foi publicada hoje, com o intuito de chamar a atenção para os impactos causados pela maior descoloração massiva de corais da história. Essa é uma das consequências do comportamento negligente da Exxon e de empresas de combustíveis fósseis que tentam impedir o movimento global pelo clima.
 
 “A morte rápida de tantos corais no mundo todo este ano é uma tragédia para as pessoas que dependem desses ecossistemas. O mais repugnante é o fato de que tudo isso poderia ter sido evitado se a Exxon e outras empresas da mesma laia tivessem falado a verdade sobre as mudanças climáticas quando as descobriram. Não é exagero dizer que elas mataram os recifes; é uma questão de física e biologia”, afirmou Bill McKibben, consultor sênior e cofundador da 350.org.
Uma pesquisa recente confirma que a temperatura do mar acima da média causa essa descoloração em 38 países, como resultado das mudanças climáticas causadas pela ação humana no mundo todo, e não pela poluição local, como foi alegado anteriormente. Além disso, ficou comprovado que a indústria dos combustíveis fósseis é a principal culpada por esses impactos. Desde o século passado, empresas como a Exxon decidiram ignorar os alertas de seus próprios cientistas e investir recursos para enganar o público ao financiar grupos que negam a existência das mudanças climáticas, votar contra resoluções de acionistas relativas a esse tema e obstruir a ação climática.
Os recifes de corais coloridos e brilhantes, cheios de vida, tornaram-se brancos, depois marrom escuros, até morrerem e serem cobertos por algas. Em lugares como a Grande Barreira de Corais, na Austrália, até 50% dos recifes antes saudáveis descoloriram e morreram. Na América do Norte, a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) prevê que Guam, a Comunidade das Ilhas Marianas Setentrionais, a Micronésia Oriental e a Ilha de Hainan (China) possam sofrer a pior descoloração nos próximos meses. Também haverá descoloração no Havaí e em vários pontos do Caribe.
Esse fenômeno teve início em 2014 com uma descoloração que se estendeu do oeste do Pacífico até a Flórida. Em 2015, espalhou-se pelo mundo todo, principalmente em decorrência do impacto do aquecimento global, pois a maior parte da descoloração ocorreu antes do El Niño de 2015/2016. Os recifes abrigam aproximadamente 25% das espécies marinhas. Portanto, uma descoloração massiva de corais coloca em risco o meio de subsistência de 500 milhões de pessoas, além de bens e serviços no valor de US$ 375 bilhões a cada ano.
A Exxon é um exemplo de como as empresas de combustíveis fósseis ganham centenas de bilhões enquanto destroem alguns dos lugares com maior biodiversidade da Terra, financiando uma ampla rede que nega a existência das mudanças climáticas. Recentemente, a Exxon adquiriu na América Latina dois blocos para a exploração de petróleo e gás de xisto: na Bacia do Ceará e na Bacia Potiguar, no Brasil. A empresa também planeja investir mais de US$ 10 bilhões nas próximas décadas em Vaca Muerta, um dos maiores depósitos de gás de xisto do mundo, localizado na Patagônia argentina.
A atração pelo “ouro negro” estimulou grandes investimentos em Vaca Muerta, que apresentou um crescimento populacional considerável: de três mil habitantes para seis mil habitantes em menos de dois anos. A população enfrenta um conflito entre uma economia de subsistência e a atividade extrativista em um território dominado pelo setor de hidrocarboneto, onde prevalece a violação dos direitos humanos. Por sua vez, as bacias brasileiras abrigam ecossistemas que possuem um papel fundamental na preservação de espécies, como o peixe-boi.
“A resistência contra o fracking tem crescido progressivamente na América Latina. Um número cada vez maior de pessoas criou consciência sobre as sérias ameaças que essa atividade representa para o meio ambiente, a água, o ar e a saúde das comunidades locais. Continuaremos informando os cidadãos e empoderando-os para que pressionem as autoridades a impedir que a destruição dos recursos terrestres e marinhos dos quais as pessoas dependem continue. Ao mesmo tempo, esperamos que as empresas façam a sua parte e parem de investir em energias do século passado”, defende Nicole Figueiredo de Oliveira, diretora da 350.org Brasil e América Latina.



Cardiologista do Hospital Santa Paula fala sobre o perigo do doping e os riscos à saúde




Você sabe o que é doping e como isso pode prejudicar a saúde do atleta? O cardiologista e gerente médico do Hospital Santa Paula, Rodrigo Nascimento, explica que o doping é mais comum em competições importantes, geralmente internacionais, e envolve esportistas com muita experiência.

“O doping é caracterizado por uma seleção de substâncias que trazem vantagens competitivas para o usuário como aumento de força e rendimento nos treinos, o que garante uma evolução mais rápida”, explica o médico.

Casos recentes chegaram à imprensa como a polêmica do doping russo nas prévias do principal evento esportivo mundial que acontece agora em agosto no Brasil. O pugilista irlandês e o chinês Sun Yang também foram banidos da competição porque foram pegos no exame antidoping.

Na Agência Mundial Antidoping (AMA) o atleta encontra as informações necessárias à sua proteção. Ele deve, ainda, buscar informações junto às entidades esportivas da qual faz parte e conversar com seu treinador, médico e demais profissionais que integram a equipe técnica. Desta maneira, é possível se prevenir e receber estímulo para treinar sem precisar deste tipo de agentes.

Conheça a seguir as principais substâncias e suas principais funções:

·         Estimulantes: agem no sistema nervoso, aumentam o estado de alerta e a capacidade física.

·         Narcóticos: não melhoram o desempenho físico, mas aliviam e retraem a sensação de dor e da fadiga.

·         Agentes anabolizantes: usados para ganhos de força e potência muscular, essas substâncias reduzem o tempo de recuperação do atleta.

·         Diuréticos: usados por atletas que têm peso como divisão de categorias.  Podem mascarar outras substâncias no exame antidoping.

·         Betabloqueadores: diminuem a frequência cardíaca e a pressão arterial, normalmente usado em esportes que requerem precisão e concentração como tiro e arco e flecha.

·         Hormônios peptídeos e análogos: propiciam aumento de massa e potência muscular.

·         Outro método proibido é o doping sanguíneo, uma transfusão em que o sangue do atleta é injetado nele mesmo, para aumentar o oxigênio nos tecidos.

O exame antidoping
O exame antidoping é realizado de forma aleatória. É bem simples, realizado pela coleta da urina do atleta depois da competição. A amostra é analisada em laboratório e passa por novas análises no caso de alguma suspeita. Se confirmado o uso de substâncias ilegais, o competidor vai a julgamento.

Os riscos à saúde
Em alguns casos, essas substâncias podem provocar efeitos colaterais potencialmente prejudiciais ao organismo como falta de apetite, hipertensão arterial, palpitações, arritmias cardíacas, alucinações, crises de asma, hipoglicemia, insônia e impotência sexual.

“A melhor condição para melhorar o desempenho em qualquer atividade é a motivação, o treinamento, a disciplina, alimentação adequada, manter a mente positiva e ter um bom acompanhamento médico”, conclui o especialista.



Rodrigo Nascimento (CRM 110.105) - cardiologista, especialista em Eletrofisiologia Cardíaca e Arritmias, chefe do Serviço de Eletrofisiologia do Hospital Santa Paula e gerente médico do Hospital Santa Paula

Hospital Santa Paula
Av. Santo Amaro, 2468 – Vila Olímpia - (11) 3040-8000

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