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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

ENDOMETRIOSE: 10 DÚVIDAS QUE AS MULHERES MAIS LEVAM AO CONSULTÓRIO MÉDICO





(Imagem meramente ilustrativa)
 

A endometriose é uma doença que atinge muitas mulheres hoje em dia (acredita-se que de 10 a 15% da população têm o diagnóstico) e que gera muitas dúvidas. Entre os principais sintomas, é possível destacar cólica menstrual em graus variados; dificuldade para engravidar, presente em 30% a 40% das mulheres com endometriose; alterações intestinais durante o período menstrual, como dor ou sangramento na evacuação; desconforto ou dor durante a relação sexual no fundo da vagina; inchaço abdominal; dor para urinar ou sangramento na urina na época da menstruação e dores contínuas na pelve independente do período menstrual.


O crescente número de diagnóstico dessa doença faz com que as mulheres busquem mais informações sobre o tema. O ginecologista e obstetra Tomyo Arazawa, da Alira Medicina Clínica, listou e respondeu as 10 principais dúvidas que as pacientes levam ao consultório dele, que também podem ser as dúvidas de outras mulheres.

1) A endometriose é difícil de ser diagnosticada?

A endometriose cabe dentro de diferentes diagnósticos das pacientes que têm dor (na pelve, na relação sexual e em cólicas menstruais, por exemplo), por isso é um dos diagnósticos mais difíceis de se fazer. E os motivos para isso são vários: pode ser confundida com outras condições que podem causar dor pélvica, como a síndrome do cólon irritável, doença inflamatória pélvica ou cistos ovarianos. Caso o médico não esteja atento aos sintomas e aos relatos, as pacientes podem demorar anos para serem diagnosticadas corretamente. Outro complicador é que alguns exames como ultrassom e ressonância podem ajudar a levantar a hipótese da doença, porém muitas vezes a endometriose pode passar despercebida mesmo por esses exames. Nesses casos, a certeza só é obtida com a vídeo-laparoscopia, uma cirurgia minimamente invasiva que serve, ao mesmo tempo, para diagnosticar e tratar.


2) Mulheres com endometriose têm muita dor?

A dor é um dos maiores sintomas da doença. Em geral, as pacientes têm muita cólica menstrual, dor na relação sexual de profundidade, dor intestinal no período menstrual, dor para urinar no período menstrual e dor pélvica crônica. Em casos mais severos, a dor impacta na qualidade de vida da mulher causando o isolamento social e a diminuição da vontade de ter relações sexuais, por exemplo. Outras mulheres, por outro lado, podem não sentir dor nenhuma.


3) A endometriose aumenta o risco de câncer?


Estudos mais recentes têm mostrado uma pequena correlação entre o antecedente de endometriose e alguns tipos de câncer, principalmente o câncer de ovário. Essa correlação, porém, ainda não está bem estabelecida pelos estudos disponíveis. O aumento do marcador tumoral CA125 assusta muitas pacientes com endometriose. Esse marcador costuma se alterar em casos de câncer de ovário e em outros tipos de câncer, mas também fica alterado em muitas doenças benignas, como na adenomiose e na própria endometriose. Nessas situações, outros exames de imagem auxiliam a diferenciação, mas só é possível ter certeza do diagnóstico com a cirurgia.



4) A endometriose pode ser hereditária?



De acordo com informações da Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva, estudos com mulheres gêmeas demonstraram que dentre os fatores de risco para endometriose o caráter hereditário está presente em 51% dos casos. Vários genes podem estar alterados em mulheres com endometriose, por isso, a doença é considerada poligênica, um tipo de herança genética. Casos de endometriose na família é fator de alerta para as mulheres.



5) Mulheres com endometriose podem engravidar?


Na maioria dos casos, as mulheres conseguem engravidar sim. Com diagnóstico precoce e tratamento adequado, é possível realizar o sonho da maternidade, mesmo após a doença detectada. Porém, com a doença, a dificuldade de engravidar aumenta. A endometriose é a maior causa de infertilidade feminina. Mais de seis milhões de brasileiras na faixa etária de 20 a 40 anos apresentam o diagnóstico, de acordo com a Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE). Dessas, cerca de 30% a 40% terão dificuldades para engravidar. Mas, não há motivos para desânimo, o Brasil é referência internacional no diagnóstico e tratamento de pacientes com endometriose.


6) Depressão faz parte dos sintomas da endometriose?



A depressão não é considerada uma das causas da endometriose, mas pode ser uma consequência das dores e sofrimento que as pacientes vivenciam. Por isso, alguns estudos indicam que mulheres com a doença são mais propensas a desenvolver a depressão (cerca de 40% a 50% das pacientes podem ter depressão ou algum outro distúrbio psicológico ou psiquiátrico). Por outro lado, é possível que pacientes com depressão possam ter alterações imunológicas por alteração do hábito alimentar e má qualidade do sono, o que por sua vez poderia favorecer o desenvolvimento da endometriose. Esta associação porém precisa ser melhor estudada. Uma coisa que sabemos é que a depressão costuma aumentar a sensação de dor que essas pacientes vivenciam, provocando aumento da intensidade da dor, sem necessariamente ter piora da endometriose.


7) A endometriose tem cura?



A endometriose é uma doença crônica que até o momento não tem cura definitiva. Dentre os tratamentos disponíveis, a cirurgia é a que tem a maior perspectiva de melhora próxima à cura. Ainda assim, há chances de recidiva ao longo dos anos. Após a menopausa, com a queda dos hormônios femininos, as lesões de endometriose regridem e com isso os sintomas tendem a melhorar.


8) O único tratamento é o cirúrgico?


Tudo vai depender de cada caso. Em alguns, o acompanhamento com pílulas anticoncepcionais pode melhorar a sensibilidade de diversos sintomas. Contudo, os tratamentos medicamentosos não têm a função de fazer as lesões desaparecer, e sim de controlar os sintomas de dor e de bloquear os hormônios que estimulam o crescimento da endometriose. O tratamento cirúrgico ainda é o único disponível para retirar as lesões.


9) Em casos de cirurgia, quanto tempo preciso para voltar à rotina normal?


O tempo de recuperação de modo geral é rápido, mas isso depende da extensão da doença e da complexidade da cirurgia. Em menos de duas semanas a paciente já costuma retornar as suas atividades e voltar a trabalhar. Porém, nos casos em que é necessário retirar parte do intestino, parte da bexiga ou de outro órgão acometido por endometriose, esse tempo pode aumentar. A melhora da dor e cólicas menstruais, geralmente, não é tão de imediato. Como é uma doença crônica, em geral a melhora da dor é a médio prazo: de 3 a 6 meses.


10) Vou ter que fazer o acompanhamento para o resto da vida?


Como a doença é remissível - isto é, com a chegada da menopausa os hormônios diminuem e os sintomas da endometriose tendem a retroceder - . não é necessário o acompanhamento pelo resto da vida por causa da endometriose. Entretanto, o acompanhamento rotineiro ao ginecologista é essencial para a manutenção da qualidade de vida e saúde das mulheres.


“O importante é sempre procurar um médico caso apresente qualquer sintoma diferente da sua rotina ou que provoque dor”, ressalta o ginecologista. O especialista é o mais indicado para elucidar as dúvidas e prestar orientações sobre diagnósticos e tratamentos.


www.aliraclinica.com.br

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Dicas de looks para o trabalho no alto verão

A Studio Work, marca especializada na consultoria e produção de uniformes corporativos, apresenta dicas de looks para o trabalho para o alto verão.
Segundo a estilista da marca, Carmem Tanno, a roupa para trabalhar não deve ser para uso de passarela e sim proporcionar conforto, estilo e uma boa imagem em todo o tipo de corpo. "E isso pode ser conquistado com algumas combinações simples e fáceis".



Estatura Média
Baixinhas








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Grávidas



























Gravidez em tempos de Zika Vírus




A gravidez na adolescência é um dos principais fatores que leva os jovens brasileiros a abandonarem os estudos. Segundo a UNESCO, 25% das garotas que engravidam abandonam a escola. E assim, o sonho profissional de muitos jovens é adiado ou deixa de ser realizado. Só por essa questão, já temos motivo de sobra para se olhar a gravidez na adolescência como um problema social a ser evitado. No entanto, hoje, temos mais um fator para aumentar a nossa atenção – o surto do Zika Vírus.
O aumento repentino no número de casos de microcefalia, uma condição neurológica rara identificada, em geral, durante a gestação, vem alertando as autoridades médicas brasileiras. Segundo boletim epidemiológico divulgado no dia 15 de dezembro pelo Ministério da Saúde, enquanto em 2010 e 2014 foram registrados um total de 781 casos em todo país, durante o ano de 2015 já foram registrados 2.401 casos da doença e 29 óbitos em 549 municípios do Brasil. A suspeita é que o número crescente de casos de microcefalia esteja relacionado à infecção de mulheres pelo Zika vírus, pertencente a mesma família do vírus da dengue e que também é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.
A microcefalia é a má formação do cérebro que ocorre durante a gestação do bebê no útero, ou seja, ele não se desenvolve de maneira adequada. Neste caso, a criança nasce com a circunferência do crânio menor do que a esperada para sua idade, que é em média de 32 cm. Esse problema congênito pode ser causado por vários fatores, como infecções que atinjam o bebê durante a gestação. O que parece ser o caso do Zika Vírus. A microcefalia compromete o desenvolvimento físico e intelectual da criança.
A melhor forma de prevenir os casos de microcefalia associados ao Zika é evitar que as mulheres engravidem nesse momento. Embora considerada uma medida radical, para os médicos, essa conduta pode evitar um desastre maior. “Não é o momento para engravidar, independente do lugar onde mora no Brasil. Há risco em potencial em toda gravidez”, disse o Dr. Thomaz Gallop, Ginecologista e Obstetra em entrevista ao Jornal Folha de S.Paulo.
Segundo o especialista em medicina fetal, a infecção por Zika pode afetar o feto em qualquer período da gravidez, embora, teoricamente, os 3 primeiros meses sejam de maior vulnerabilidade.
Estamos num momento onde ainda não há um controle adequado do mosquito Aedes aegypti, portanto, a prevenção da gravidez, principalmente, na adolescência, deve ser considerada pelos casais. Ainda não temos vacina para prevenir e não existe tratamento para crianças com microcefalia, só terapia de suporte. Consequentemente, as sequelas nas crianças são para a vida toda!
O que a escola tem a ver com isso?
TUDO! 19% (549.556) dos bebês nascidos vivos no Brasil são filhos de meninas entre 10 a 19 anos, ou seja, em plena idade escolar. Como a escola é um dos principais locais de aprendizagem e de relações sociais dos alunos, ela se torna potencialmente, um espaço significativo para ampliar a visão dos jovens e seus familiares sobre a necessidade de se evitar a gravidez na adolescência, ainda mais nesse momento crítico. 
Na minha experiência como Educadora Sexual e Coordenadora do Projeto Vale Sonhar do Instituto Kaplan, as escolas se mostraram extremamente adequadas e eficazes no trabalho de prevenção da gravidez, atingindo resultados significativos. Para se ter ideia, o Vale Sonhar é um projeto que está implantado nas escolas de ensino médio da rede Estadual de Educação de São Paulo, Alagoas, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e, recentemente, de Sergipe.
De 2007 à 2015, o projeto já beneficiou 750.000 alunos do ensino médio, e mais de 6.000 professores e coordenadores pedagógicos foram capacitados com essa metodologia, reduzindo de 50% a 14% o número de gravidez nas escolas que participam da iniciativa.
O Instituto Kaplan realiza a capacitação do Vale Sonhar, juntamente com um material didático específico, criado especialmente para o projeto. O curso pode ser aplicado nas instituições interessadas ou os educadores que desejarem obter a formação, podem fazer inscrições individuais nos cursos oferecidos no Instituto.
Para saber mais sobre o projeto Vale Sonhar, visite o site do Instituto Kaplan: http://www.kaplan.org.br/
Agora, o momento é de todos se engajarem nessa causa. Faça alguma coisa para evitar a gravidez na sua escola!


Maria Helena Vilela -  educadora sexual e coordenadora do Projeto Vale Sonhar do Instituto Kaplan


ATENÇÃO!

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Mães relatam que não recebem orientações sobre sono do bebê, vacinas e amamentação



Ao identificar as práticas de cuidado com baixa prevalência de recomendação, os resultados destacam oportunidades de intervenção futura

Mães de primeira viagem não recebem orientações médicas sobre aspectos que envolvem os primeiros cuidados com o bebê, como aleitamento materno, imunização, uso da chupeta, melhor posição para o bebê dormir... É o que revela um estudo publicado no Pediatrics, revista da Academia Americana de Pediatria (AAP), que foi conduzido por pesquisadores da Boston Medical Center, da Universidade de Boston e da Universidade de Yale, em New Haven, Connecticut. Grupos profissionais de saúde emitiram recomendações e orientações sobre todos os aspectos dos cuidados infantis, com base no estudo, que determinam que certas práticas podem prevenir doenças e até mesmo salvar vidas.

Os autores do estudo entrevistaram uma amostra nacionalmente representativa de mais de 1.000 novas mães, perguntando sobre as orientações recebidas em relação aos cuidados com o bebê que elas receberam de médicos, enfermeiros, membros da família e dos meios de comunicação.

“Cerca de 20% das mães disseram que não receberam orientações de seus médicos sobre as recomendações atuais a respeito de aleitamento materno ou sobre a melhor posição para o bebê dormir: de costas, prática comprovada para reduzir o risco da síndrome da morte súbita infantil (SMSI). Mais de 50% das mães relataram não ter recebido nenhum conselho sobre onde seus bebês deveriam dormir. De acordo com a AAP, o compartilhamento de quarto - mas não o compartilhamento da cama - é a prática recomendada para o sono infantil seguro”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).

Estudos anteriores já haviam revelado que as mães de primeira viagem realmente ouvem seus médicos. Esta pesquisa mostra que os médicos têm a oportunidade de fornecer às novas mães orientações valiosas sobre como melhorar a saúde infantil e até mesmo como salvar vidas. Mulheres negras, hispânicas e mães de primeira viagem são os grupos mais propensos a seguir os conselhos de seus médicos, diferentemente de mulheres brancas e mães de duas ou mais crianças.

“Como médico, estes resultados me fazem refletir sobre como comunicamos informações importantes para as novas mães. Precisamos ser mais claros e específicos sobre as recomendações. Sob a perspectiva da saúde pública, há uma oportunidade real para envolver as famílias e os meios para promover a saúde infantil”, defende o pediatra.

Para realizar o estudo, os pesquisadores registraram novas mães no momento do parto em 32 hospitais em todo o país, totalizando 1.031 mulheres. Os autores perguntaram às mulheres, quando as crianças tinham entre 2-6 meses de idade, quais os conselhos que elas receberam do médico de seu bebê, das enfermeiras do hospital onde a criança nasceu, dos seus familiares e dos meios de comunicação.

Para verificar se essas fontes haviam fornecido orientações úteis para os cuidados com o bebê, os pesquisadores procuraram determinar se a recomendação era consistente com as recomendações dos grupos profissionais. Por exemplo, a Academia Americana de Pediatria recomenda que os cuidadores sempre coloquem o bebê para dormir de costas (de barriga para cima). As mulheres participantes do estudo foram questionadas se concordavam ou não com uma série de declarações sobre a orientação do sono. “As enfermeiras do hospital onde meu bebê nasceu disseram que eu deveria colocar meu bebê para dormir com a barriga para cima, de lado ou de costas...”. Se as mulheres concordassem com a afirmação de que o bebê deveria ser colocado para dormir de costas, os pesquisadores classificavam a resposta como consistente com a recomendação da AAP. Se mencionassem as demais opções, a resposta era considerada inconsistente com a recomendação.

“Quando foi dado, o conselho médico tendia a ser consistente com as recomendações. No entanto, 10-15% dos conselhos dados sobre amamentação e uso da chupeta não eram consistentes com as recomendações, e pouco mais de 25% não eram consistentes com as recomendações sobre a posição de dormir”, conta o médico, que é membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

Médicos e outros atores sociais em posição de oferecer conselhos para as mães podem ter falhado porque eles não conheciam ou porque eles não concordam com a recomendação, defendem os autores do estudo. Os médicos também podem estar relutantes em dar uma recomendação que acreditam ser controversa ou que possa levar a uma longa conversa, especialmente se eles estão enfrentando restrições de tempo durante o horário de expediente, apontaram os pesquisadores.

Moises Chencinski - http://www.drmoises.com.br - Fanpage: https://www.facebook.com/doutormoises.chencinski/

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