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sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Trabalhador ameaçado pela crise





O governo brasileiro vive um período turbulento, enfrenta obstáculos e instabilidades econômicas quanto política. Momentos como esse requerem foco redobrado na defesa dos direitos e nos interesses daqueles que são sempre mais afetados pelas crises: os trabalhadores.
Fatos recentes demonstram uma pressão para que a conta dos problemas financeiros do Brasil seja paga pela classe trabalhadora que com e consumo impulsiona o mercado, mesmo que com produção e consumo impulsiona o mercado, mesmo que recessivo. Alguns exemplos são a aprovação das Medidas Provisórias 664 e 665, que restringem o acesso a direitos trabalhistas como seguro-desemprego e pensão por morte. Por outra frente, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 4.330/04, que tenta ampliar a terceirização e, consequentemente, ataca a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), uma das maiores conquistas legais dos trabalhadores. Agora, a matéria está no Senado, como PL 30/15.
Superar barreiras
O Brasil já deu provas de que é capaz de promover avanços na qualidade de vida de vida, na segurança-financeira e no bem-estar social. Retroceder agora seria um erro, além de representar uma ameaça para a estabilidade no emprego e nos direitos dos trabalhadores. Portanto, contas precisam ser feitas e barreiras, superadas. Ainda assim, é necessário vigilância para evitar que o momento conturbado seja utilizado como desculpa por aqueles que buscam oportunidades para solapar conquistas.
Esses profissionais já sofrem os efeitos da inflação, que aumenta a cada mês os custos com a feira e o mercado, e convivem muitas vezes com a diminuição do consumo. Um exemplo é a categoria comerciária, na qual boa parte depende das comissões para complementar seus salários. A mesma categoria também é afetada pelas mudanças nos direitos trabalhistas, já que é dominada por trabalhadores jovens. Cerca de 28% dos comerciários possuem de 18 a 24 anos e 19% estão entre 25 e 29 anos.
Esses jovens do comércio, de maneira geral, estão no primeiro emprego, em busca de estabilidade e independência financeira, seja para pagarem estudos e especializações, seja para ajudar no sustento das famílias.
Retomada de investimento
A crise em que o País está não será superada com meras manobras e malabarismos econômicos, muito menos com a punição daqueles que sempre sustentaram a nação. É preciso retomar o investimento e a atividade produtiva para aumentar as oportunidades de emprego, melhorando a distribuição de renda e as políticas sociais e de defesa da classe trabalhadora. O projeto de desenvolvimento nacional deve ser centrado exatamente no fortalecimento econômico da população, com combate à inflação e ao aumento dos juros. A defesa do emprego e do poder de compra dos trabalhadores, o apoio às micros, pequenas e médias empresas também são necessários, entre outros pontos.
A saída para a crise em que o Brasil se encontra não passa pela redução de direitos e benefícios trabalhistas tão almejada por grupos econômicos; rentistas que pressionam o Congresso Nacional e tentam tirar proveito da instabilidade política, mas pelo caminho inverso. Esse caminho respeita a base econômica do Brasil e a valoriza, propiciando condições para que o trabalho possa retomar o ritmo de crescimento. Para que isso ocorra, a população deve fazer coro com as centrais sindicais que continuam unidas, representando os trabalhadores na luta contra o retrocesso econômico e em defesa dos direitos trabalhistas.

Luiz Carlos Motta - presidente da Fecomerciários (Federação dos Comerciários do Estado de São Paulo) e UGT-SP (União Geral dos Trabalhadores do Estado de São Paulo).

Depressão afetiva, muita gente nem sabe que tem





Os sintomas são fortes e é preciso muita ajuda profissional para voltar a viver normalmente

Todo mundo já deve ter escutado “fulano está depressivo”, mas isso é muito mais sério do que muita gente imagina. A depressão é uma doença que atinge uma parte considerável da população ao redor do mundo.
 Os motivos para o surgimento dessa patologia são inúmeros.  “Em uma sociedade que cobra o culto ao corpo, é robótica e até fria, encontramos quadros de depressão em que a pessoa não consegue atingir o objeto desejado, tornando-se triste e ausente”, explica a psicanalista Taty Ades.
 Os principais sintomas são melancolia, tristeza, falta de vontade de sair de casa, distanciamento dos amigos e até desejo de tirar a própria vida.
 A depressão pode surgir por diversos motivos. Pode ser por morte de um ente, um amigo que partiu ou até perda de identidade. “E isso pode ser refletido em diversas doenças modernas, como síndrome do pânico, anorexia, bulimia, dismorfia corporal, amor patológico, agorafobia, entre outras”, revela Taty.
 As pessoas que sofrem deste mal precisam admitir que estão precisando de ajuda e que o tratamento com profissionais pode ajudar a salvar a própria vida. Por isso, é importante ficar atento nas atitudes dos seus familiares e amigos, de repente, eles estão precisando de ajuda e nem sabem.

Tatiana Ades acesse - http://tatyades.net

Dia Nacional e Latino Americano de Conscientização a Epilepsia




Evento em Recife marca a data para desmitificar a doença e quebrar o preconceito

É comemorado no dia 9/9 o dia nacional e Latino Americano de conscientização a epilepsia, distúrbio neurológico crônico, que provoca uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos.

No dia 9/9, das 9h às 12h, Dra. Adélia Henriques Souza, médica neurologista e presidente da Liga Brasileira de Epilepsia (LBE) estará presente na Praça Derby, juntamente com outros médicos,  a fim de esclarecer dúvidas do público e mostrar aos pacientes que é possível ter uma vida normal mesmo convivendo com a doença.

Além das atividades na Praça Derby, no dia 9/9 haverá também palestras sobre a epilepsia na Escola Pública Municipal, no Hospital Oswaldo Cruz, Hospital Restauração e Hospital das Clínicas.

Campanha Nacional

Em prol da conscientização da epilepsia, além de Recife, terão também palestras e eventos em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Brasília. O objetivo das atividades é esclarecer a doença e solucionar as dúvidas da população. A campanha terá como madrinha a ex-jogadora de vôlei da Seleção Brasileira e campeã olímpica Fofão, que abraçou a causa na luta contra o preconceito.

Segundo Dra. Adélia Henriques Souza, presidente da Liga Brasileira de Epilepsia (LBE), o mês de setembro oferece à sociedade ações que tragam informações importantes a respeito da epilepsia e ressalta a importância de desmitificar a doença e de mostrar a população e aos pacientes que é possível ter uma vida normal mesmo tendo a doença.


Cenário da Epilepsia

ü  A OMS estima que 50 milhões de pessoas são afetadas por esta doença mundialmente, o que representa cerca de 1% da população mundial.
ü  Sua prevalência pode variar conforme as regiões do mundo. Ocorre com maior frequência nos países em desenvolvimento, devido à desnutrição, à insuficiente atenção médica e outras enfermidades, a incidência é de aproximadamente 2%. Nos países mais desenvolvidos, a incidência é 1%.
ü  A epilepsia é a doença mais comum no mundo e afeta todas as idades e classes sociais.
ü  No Brasil é estimado que existam três milhões de pessoas com epilepsia, sendo que a este número somam-se  300 novos casos por dia.
ü  A OMS diz que a doença pode ser tratada em 75% dos casos, mas três quartos das pessoas acometidas, que vivem em países em desenvolvimento, não recebem o tratamento de que necessitam.
ü  Aproximadamente 50% dos casos de epilepsia têm inicio antes dos cinco anos e 75%, antes dos vinte.
ü  Em crianças, uma causa comum de epilepsia é a febre.
ü  Na grande maioria dos casos bem conduzidos, a epilepsia não leva a problemas escolares. Com diagnóstico e tratamento adequados, aproximadamente 80-90% de crianças têm suas crises controladas com um mínimo de efeitos indesejados.
ü  Estima-se que 85% dos portadores de epilepsia não recebem o tratamento adequado. A medicação é o tratamento mais comum, quando ela não é suficiente, opta-se pelo tratamento cirúrgico, disponível pelo SUS em alguns centros sul e sudeste.
ü  Pouco mais da metade dos casos de epilepsia em adultos são do tipo focal complexa. Nesse tipo, 80% dos pacientes têm algum problema no lobo temporal do cérebro, e 20% no lobo frontal.
ü  O status epilepticus (grave manifestação da epilepsia definida como diversas crises com curtos intervalos) é a primeira forma de manifestação em 1/3 dos pacientes e pode resultar em morte.
ü  No Brasil, estima-se que haja entre 1,8 e 3,6 milhões de pessoas com epilepsia. Segundo um estudo publicado na Revista Ciência Saúde Coletiva no ano de 2009, foram registradas 32.655 mortes por epilepsia no Brasil durante esse período. Esse número pode ser maior, uma vez que muitos casos podem não terem sido registrados devido a falhas nas coletas de dados e identificação dos óbitos. O mesmo artigo registrou uma alta de 80% do coeficiente de mortalidade por epilepsia na região Nordeste do país, provavelmente devido a baixa disponibilidade de medicamentos para as crises convulsivas e aos serviços deficientes de saúde nessa região.
ü  É importante se ter um mapa dos casos de epilepsia no país, pois, dessa forma, as regiões mais carentes de cuidado médico poderão ter suas políticas de saúde melhoradas em função da redução da mortalidade por epilepsia.

ü  Recentemente a justiça brasileira autorizou, pela primeira vez, a importação de um medicamento derivado da maconha para tratar uma criança que apresentava um quadro grave de epilepsia, o canabidiol.


Liga Brasileira de Epilepsia
A Liga Brasileira de Epilepsia (LBE) é uma associação civil, sem fins lucrativos que foi fundada na cidade do Rio de Janeiro, em 15 de maio de 1949. A LBE congrega médicos e outros profissionais dedicados à saúde das pessoas com epilepsia, tem a missão de promover recursos para o ensino e pesquisa destinados à prevenção, diagnóstico e tratamento da epilepsia. É associada à Internacional League Against Epilepsy (ILAE) e ao Internacional Bureau For Epilepsy (IBE), dos quais recebeu o título de Capítulo Brasileiro e o poder para representá-las no Brasil. Atualmente compõem a diretoria, Dra. Adélia Henriques Souza (presidente), Dr. Ricardo  Amorim Leite (secretário), Dra. Valentina Nicole de Carvalho (tesoureira) e Dra. Maria Luiza Manreza (Secretária Permanente).

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