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terça-feira, 13 de junho de 2023

A aritmética frívola no arcabouço fiscal

Os economistas, quando são convocados para elaborar e implementar uma política pública, quase sempre se deixam guiar pelos princípios da eficiência. Definem os objetivos da política; quantificam esses objetivos em metas; selecionam os instrumentos de intervenção mais apropriados para que os objetivos sejam atingidos; e estabelecem mecanismos de controle e avaliação para acompanhar a eficiência e a eficácia da política. Uma atitude tipicamente panglossiana ou ingênua de quem acredita que uma fórmula aritmética seja capaz de eliminar os conflitos distributivos em torno da escala e da composição dos gastos públicos.

Tudo isso produz um sistema coeso e exato, que permite aos economistas falarem sobre a política, com otimismo, sobre os resultados esperados. Esse otimismo leva-os, quase sempre, a despir a política econômica de redundâncias protetoras. As redundâncias, que normalmente são interpretadas como formas de desperdício, são, na verdade, salvaguardas corretivas dos rumos usualmente menos adotados.

A pobreza, por exemplo, pode ser considerada uma falta de redundância. Um país que não dispõe de alternativas para resolver um mesmo problema é um país pobre: somente uma única estrada para ir do ponto A ao ponto B; falta energia em uma região e não há dispositivos compensatórios de abastecimento; etc. Desastres e catástrofes socioeconômicas resultam, normalmente, da falta de redundâncias para resolver problemas. Um bom exemplo de redundâncias protetoras está na Constituição de 1988: se não houver melhoria na distribuição da renda e da riqueza no País, as políticas sociais compensatórias irão funcionar como salvaguardas corretivas.

Os economistas, cada vez mais, estão trabalhando profissionalmente com modelos abstratos, que incorporam, cada vez menos, componentes institucionais e psicossociais da realidade sobre a qual intervêm e, portanto, diminuem significativamente a sua capacidade de predizer as mudanças que podem ocorrer a partir dos instrumentos que controlam. Ao formular uma política econômica não são capazes de perceber quais serão as demandas políticas necessárias e as negociações inevitáveis para a sua implementação.

Por isso, é sempre recomendável que, na concepção das políticas econômicas, se substituam as normas de eficiência por normas de confiabilidade, as quais se orientam mais para evitar o fracasso do que para garantir um retumbante sucesso. O uso das normas de confiabilidade estimula uma participação mais ampla de atores com formação profissional diferenciada para abrir os horizontes dos economistas, com suas ideologias primárias da realidade social, construídas a partir de modelos abstratos da macroeconomia das quantidades globais. Permite, também, cobrir as políticas econômicas de redundâncias protetoras, tornando-as mais resistentes a choques exógenos, a efeitos inesperados e às falhas comuns nas predições condicionais. Para cada proporção normativa de política econômica deve haver uma ressalva que possa proteger o País das incertezas do futuro econômico, das instabilidades políticas, dos interesses velados.

No caso do controle dos gastos públicos, creio que a Emenda Constitucional nº 95, que criou o Novo Regime Fiscal dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União, foi uma decisão correta, consensualizada e conscientizada politicamente entre os três Poderes da República. A partir da experiência realizada com sua implementação, em um contexto de pandemia e de recessão mundial, há algumas salvaguardas corretivas que se fazem necessárias. A principal seria a de incluir um parágrafo em que “as despesas primárias podem ter um acréscimo de até 10%, mediante aprovação do Congresso Nacional, em situações que configurem catástrofes ambientais ou sociais, recessão econômica ou profunda crise da economia mundial”.

A grande vantagem desse Regime Fiscal é a sua simplicidade para fins de controle político; para acompanhamento pela opinião pública e pelos meios de comunicação; principalmente, para evitar que o Poder Executivo fique no campo de incertezas quanto aos recursos fiscais que irá dispor no início de cada ano, submetido a novas condicionantes aritméticas para prever as negociações políticas necessárias face à avalanche de demandas que virão para reduzir os problemas de reconstrução institucional de uma administração pública que foi desmantelada, das desigualdades sociais e regionais que se aprofundaram, da modernização da infraestrutura econômica e social, etc.

Os economistas, para preservar a eficiência de suas propostas de políticas econômicas, são capazes de negociações inusitadas e estranhas ao capital político que conduziu ao Poder a administração a qual servem.  O capital político é um processo de acumulação de reconhecimento, de popularidade, de apoio e de aceitação pública que se processa ao longo do tempo. Não pode ser depreciado na mesa de negociação em uma relação de “toma lá, dá cá”. Principalmente, quando se negociam os mecanismos e instrumentos indispensáveis para o processo de desenvolvimento sustentável do País, como é a controvérsia atual sobre o esvaziamento institucional do Ministério do Meio Ambiente, o qual, na verdade, deveria ser empoderado para ter funções de coordenação geral por causa da transversalidade ecossistêmica das ações governamentais.

Além do mais, o primeiro ano da atual administração vai sendo tomado principalmente pelas discussões para o fortalecimento do questionável modelo fiscal expansionista, enquanto se aprofundam assimetrias sociais de uma sociedade dividida e de uma economia semiestagnada. Como dizia Keynes, em 1919, durante a discussão do Tratado de Versailles: “Os homens nem sempre morrem silenciosamente. Porque a fome, que traz alguma letargia e um desespero desamparado, leva outros temperamentos à instabilidade nervosa de histeria e de louca aflição”.       

 

Paulo Haddad - Membro do conselho consultivo no Instituto Fórum do Futuro. Economista, com especialização em Planejamento Econômico no Instituto de Estudos Sociais de Haia – Holanda, Professor Emérito da Universidade Federal de Minas Gerais, ex-Ministro da Fazenda e do Planejamento. Presidente da PHORUM Consultoria e Pesquisas em Economia e Diretor da AERI – Análise Econômica Regional e Internacional.

 

Mercado de Trabalho para a Terceira Idade

  Segundo o IBGE, desde abril de 2021,o número de trabalhadores com 70 anos ou mais cresceu 20% no Brasil

 

Com o envelhecimento da população brasileira se tornando uma realidade cada vez mais presente, o mercado de trabalho precisa se adaptar para receber profissionais da terceira idade. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil já ultrapassou a marca de 30 milhões de pessoas acima dos 60 anos, e a expectativa é que, a partir de 2039, haja mais idosos do que crianças no país.

 

Uma tendência recente mostra um aumento significativo no número de trabalhadores com 70 anos ou mais. Segundo o IBGE, desde abril de 2021, esse número cresceu mais de 20% no Brasil. Diante desse cenário, empresas de diversos setores se preparam para receber candidatos da terceira idade e aproveitam todo o potencial que eles têm a oferecer.

 

O mentor de empresários, André Minucci, destaca a importância de promover a integração das diferentes gerações no ambiente de trabalho. Ele afirma: "Quando você mistura as novas gerações com a mais sênior num ambiente de troca, de compartilhamento de informação, de conhecimento, todo mundo sai ganhando". A diversidade de experiências e perspectivas enriquece as equipes e pode impulsionar a inovação e o crescimento das organizações.

 

No entanto, é importante combater o preconceito e os estereótipos em relação aos profissionais mais velhos. Muitas vezes, eles são vistos como ultrapassados ou incapazes de se adaptar às novas tecnologias e dinâmicas do mercado. “Esses preconceitos são infundados e não refletem a realidade. Profissionais mais velhos possuem uma bagagem de conhecimento e experiência que pode ser extremamente valiosa para as empresas”, comenta André. 

Para se preparar para esse novo cenário, as empresas podem adotar algumas medidas. “Uma delas é investir em programas de capacitação e atualização para os profissionais, garantindo que eles estejam atualizados com as novas tecnologias e tendências do mercado. Além disso, é importante criar um ambiente inclusivo, que valorize a diversidade etária e promova a integração entre as diferentes gerações”, diz Minucci.


Crescimento profissional da terceira idade

 

Um levantamento realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) revelou que cerca de 7,5% das pessoas na faixa etária entre 55 e 64 anos decidiram abrir um negócio. Esse número representa um aumento significativo em relação a 2019, quando apenas 3,5% desse público havia encarado o desafio do empreendedorismo. Essa tendência mostra que muitos profissionais estão buscando novas oportunidades e desejam se manter ativos no mercado de trabalho.

 

Ao mesmo tempo, é fundamental lembrar que o desenvolvimento de habilidades não se limita apenas às competências técnicas, mas também inclui o aprimoramento de habilidades interpessoais, liderança, resolução de problemas e adaptação às mudanças.

 

De acordo com o mentor de empresários um treinamento corporativo adequado se torna essencial. A empresa deve oferecer programas de capacitação que não apenas atualizem os conhecimentos técnicos do profissional mais velho, mas também promovam o desenvolvimento de habilidades socioemocionais e a capacidade de adaptação a novas realidades e tecnologias.

 

“É importante ressaltar que o objetivo do treinamento não é apenas capacitar o idoso a realizar tarefas de forma robotizada, mas sim promover o seu crescimento pessoal e profissional. Ao oferecer oportunidades de aprendizado contínuo, a empresa valoriza e reconhece a contribuição, proporcionando um ambiente estimulante e motivador”.

Além disso, é fundamental que a empresa crie um trabalho inclusivo, no qual se sintam valorizados e respeitados. Isso pode ser alcançado por meio de políticas de diversidade e inclusão, programas de mentoria e oportunidades de participação em projetos estratégicos.

 

Os profissionais mais velhos têm muito a contribuir, seja com sua experiência, conhecimento ou visão de mundo, e quando combinados com as habilidades das gerações mais jovens, podem gerar um ambiente de trabalho enriquecedor e produtivo.

 

Ao se preparar para receber candidatos dessa faixa etária, investindo em treinamentos e criando um ambiente inclusivo, as empresas estão se posicionando para aproveitar o conhecimento e a experiência desses profissionais. “O mercado de trabalho está evoluindo, e cabe às empresas abraçarem a diversidade etária e colherem os benefícios que isso pode trazer para o sucesso organizacional”, finaliza.



minuccirp.com.br
Facebook e Instagram: @minuccirp e @andreminucci

Você sabe a diferença entre linfedema e lipedema?

Junho Roxo – Mês de Conscientização do Lipedema



Geralmente confundido, o lipedema e o linfedema são doenças distintas. O primeiro se caracteriza pelo acúmulo de gordura nos braços, coxas e pernas. Além da gordura, é comum surgir equimose (roxinhos) nas áreas afetadas, sensibilidade e dor ao toque, sensação de peso e cansaço nas pernas, fadiga e pode até comprometer a mobilidade.

 

O diagnóstico de lipedema é clínico, e depende de uma boa anamnese (conversa com o paciente) e exame físico. Exames complementares como ultrassom e ressonância magnética podem complementar o exame físico, auxiliando o diagnóstico e tratamento.

 

Segundo o cirurgião plástico Dr. Fernando Amato, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o tratamento cirúrgico deve ser a última opção, mas, muitas vezes, acaba sendo o primeiro recurso procurado. Somente depois de tentar o tratamento clínico e, de preferência apresentando alguma melhora, mesmo que parcial, deve ser indicada a lipoaspiração para o tratamento do lipedema”, comenta Dr. Fernando Amato que alerta ainda para a questão da segurança: “É preciso respeitar os limites de gordura a serem retirados durante a cirurgia, que devem ser entre 5% e 7% do peso corporal do paciente”, detalha o especialista. 

 

Para os casos de lipedema, Dr. Fernando trabalha com uma equipe multidisciplinar formada por cirurgião vascular, endocrinologista, nutricionista e fisioterapeuta.


Linfedema – O linfedema está relacionado a uma falha no sistema linfático e se caracteriza pelo acúmulo anormal de líquido linfático em determinadas áreas do corpo como braços e pernas, causando inchaço persistente.

“O linfedema pode ter origem primária, ou seja, quando a pessoa já nasce com uma má formação congênita e que compromete os vasos linfáticos. O linfedema secundário pode ser causado por situações diversas, como cirurgias oncológicas, e processos inflamatórios e infecciosos que bloqueiam o fluxo normal do líquido linfático, causando o inchaço”, detalha Dr. Amato. 

O linfedema não tem cura, mas tem tratamento. A drenagem linfática manual, diferente da aplicada em centros de estética e realizada por especialista com conhecimento do sistema vascular e linfático, é uma das terapias indicadas. Cuidados locais da pele e terapias de compressão fazem parte da linha de tratamento.

 

Dr. Fernando C. M. Amato – Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).
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www.amato.com.br
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Airbnb pode ser proibido em condomínios? Veja tudo o que precisa saber

Airbnb é uma plataforma online que permite que pessoas aluguem suas casas, apartamentos e outros tipos de acomodações para viajantes em todo o mundo. Fundada em 2008, a empresa tornou-se uma das maiores empresas de hospedagem do mundo, oferecendo mais de sete milhões de acomodações em mais de 220 países. 

O Airbnb vem se popularizando cada vez mais em condomínios residenciais, o que pode gerar alguns problemas se não devidamente acompanhados e regulamentados. 

Desta forma, é importante que os síndicos e os moradores conheçam as leis que regulam a atividade do Airbnb para poderem tomar as ações necessárias para garantir a segurança de condomínios que possuem unidades locadas por meio desta plataforma.  

Com a decisão da 3ª Turma do STJ (REsp 1.884.483), de 25/11/2021, os especialistas estão prevendo que haverá, em breve, um entendimento pacífico quanto à possibilidade de proibição de locações via Airbnb (e outras plataformas digitais) pelos condomínios. Desde 2022, a justiça intende que a locação de curta temporada não se enquadra nas liberdades de proporcionadas pelo direito de propriedade do proprietário do imóvel, uma vez que a alta rotatividade da hospedagem atípica e de uso não residencial promove ameaça à segurança, e ao sossego dos condôminos. 

Diante disso, os condomínios são autorizados pela Lei a proibir as locações do tipo Airbnb mediante a votação em assembleia com quorum mínimo de 2/3 dos moradores e alteração da Convenção do Condomínio. Neste caso, o síndico deve se atentar às medidas de segurança e se responsabilizar por elaborar normas para a prática em conjunto com os moradores. 

O advogado especialista em direito condominial e imobiliário, Dr. Issei Yuki júnior, destaca que os condomínios também são autorizados a estabelecer regras diante da prática e podem incluir um limite para a quantidade de imóveis autorizados, restrições no número de hóspedes por imóvel, regras de comportamento e restrições de acesso às áreas comuns. A lei ainda determina que o proprietário do imóvel deve obter uma licença para locação de curta temporada e que notifique os outros moradores e o síndico antes de alugar sua unidade.

 

O síndico pode proibir a locação via Airbnb no condomínio? 

Ainda não há uma posição consolidada quanto a possibilidade de o condomínio proibir as locações do tipo Airbnb. Apesar disso, o síndico possui um mecanismo para garantir que os donos dos apartamentos sejam proibidos de alugarem suas propriedades no modelo de curta temporada via plataformas digitais. “O meio hábil para se fazer isso é mediante uma assembleia com quórum de, no mínimo, 2/3 dos condôminos, alterando a convenção do condomínio para inibir as locações de curta temporada. Uma vez votado em assembleia com quórum qualificado, a proibição deve ser respeitada por todos os proprietários de apartamentos daquele condomínio.” explica o advogado Issei Yuki. 

A grande discussão envolvendo o Airbnb acontece devido ao direito de propriedade. Segundo o artigo 1.228 do Código Civil, “o proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem injustamente a possua ou detenha”. No mesmo sentido, o artigo 1.335, inciso I, por sua vez, prevê como direito dos condôminos “usar, fruir e livremente dispor das suas unidades”. Analisando friamente os dois artigos acima, restringir a locação de curta temporada via Airbnb parece afrontar o direito de propriedade dos donos de apartamentos. Porém, existem alguns pontos que devem ser observados e que pesam para o outro lado. 

O direito de o proprietário usar, gozar e dispor livremente do seu bem imóvel deve estar em harmonia com os direitos relativos à segurança, ao sossego e à saúde das outras propriedades abrangidas no condomínio, conforme as razoáveis limitações aprovadas pela maioria de condôminos, pois são limitações inerentes à natureza da propriedade privada em regime de condomínio edilício. No caso das locações de curta temporada, a justiça vem intendendo que se trata de uma hospedagem atípica, de uso não residencial da unidade condominial e com alta rotatividade, gerando ameaça à segurança, ao sossego e à saúde dos condôminos, e que, por isso, a restrição à plataforma é justificada. 

O Dr. Issei Yuki Júnior ressalta que outro ponto importante é que a proibição da locação de curta temporada pelo Airbnb não implica uma proibição total da propriedade, já que o proprietário ainda pode alugar sua unidade de outras formas, como por meio de imobiliárias. Além disso, a proibição não afeta a possibilidade de o proprietário utilizar sua unidade como residência ou de alugá-la por períodos mais longos. 

“A decisão sobre a possibilidade de proibir a locação de curta temporada pelo Airbnb em condomínios ainda é controversa e depende de uma análise cuidadosa dos direitos envolvidos. No entanto, é possível que os condomínios possam proibir essa prática mediante a alteração da convenção e a observância das normas de segurança e convivência estabelecidas em conjunto. O síndico tem um papel fundamental nesse processo, garantindo que as regras sejam respeitadas e que os direitos de todos os condôminos sejam preservados.” Finaliza o Dr. Issei Yuki Júnior.

 

Issei Yuki Júnior, Yuki, Lourenço Sociedade de Advogados. Graduado em Direito pela Universidade São Francisco com especialização em Direito de Família e Sucessões, e mais de 25 anos de experiência como advogado nas áreas de Direito Civil e Processual Civil, Família e Sucessões, Direito Condominial, Direito do Consumidor e Consultoria empresarial e societária.

 

5 dicas de como se preparar para o Enem utilizando recursos online

O Exame Nacional do Ensino Médio é uma das portas de entrada de milhões de estudantes brasileiros no ensino superior, e por isso o preparo antes da prova é essencial para garantir uma boa nota

 

O Enem, Exame Nacional do Ensino Médio, é um dos mais importantes momentos na jornada acadêmica de todo estudante. A avaliação é fundamental para aqueles que desejam ingressar em universidades por meio de estratégias do governo federal como o Sisu (Sistema de Seleção Unificada), dedicado às instituições públicas, o Prouni (Programa Universidade para Todos) e o FIES (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior), sendo os dois últimos para ingresso em instituições privadas.

 

Realizado anualmente, atingir notas satisfatórias no Enem pode ser o diferencial para o ingresso do indivíduo em uma boa universidade no curso dos sonhos.

 

Entretanto, para aqueles que não conseguiram realizar a prova com o intuito de se candidatarem às vagas do Sisu, Prouni e FIES, ou mesmo para tentar outros vestibulares que utilizam a nota do exame como critério de seleção, uma alternativa para conquistar o tão sonhado diploma universitário é o Pravaler, que tem parceria com mais de 500 instituições de ensino superior no Brasil.

 

Na plataforma de financiamento estudantil privado, os estudantes não dependem do resultado do Enem para ter o crédito aprovado e ainda podem financiar as mensalidades do seu curso em até o dobro do tempo da sua graduação, pagando parcelas menores e que cabem no bolso.

 

Ainda assim, preparar-se bem para esse exame é essencial, uma vez que uma boa nota ainda pode abrir diversas portas para milhões de alunos brasileiros. Felizmente, hoje, existem diversos recursos digitais disponíveis para ajudar os estudantes nesse processo. Abaixo, estão cinco dicas de como se preparar para o Enem utilizando recursos on-line.

 

1) Treine para a redação

A redação é uma das mais essenciais e, consequentemente, temidas partes do Enem. Por isso, a prática pode ser o melhor preparo para atingir uma boa nota. Hoje, existem diversas plataformas onde o aluno pode treinar sua redação, algumas até mesmo oferecendo devolutivas do texto corrigido e com os erros apontados.

 

2) Realize simulados

Simulados são uma das estratégias mais úteis para preparar-se para provas como o Enem, pois além de testar os conhecimentos do aluno, o ajuda a se preparar para o tempo de prova. Diversos sites oferecem simulados de acesso gratuito, e o Pravaler é um deles, disponibilizando diversas opções em seu blog.

 

3) Assista videoaulas

Professores extremamente qualificados hoje disponibilizam videoaulas dos mais diversos conteúdos na íntegra e de forma gratuita. Essas aulas são uma excelente opção para aqueles que desejam revisitar um conteúdo de uma forma mais dinâmica do que livros e/ou apostilas.

 

4) Utilize as redes sociais

Pode parecer algo contraditório, mas existem diversos fóruns de discussão e grupos de alunos e professores que são voltados para dicas de estudo e preparo para o Enem e outras provas. Trata-se de uma ótima opção para aqueles que buscam acrescentar mais interação humana à sua rotina de estudos.

 

5) Faça exercícios de provas anteriores

Seja por meio dos simulados supracitados ou de questões soltas, revisitar as provas anteriores é uma ótima maneira para o aluno se familiarizar com a linguagem do Enem e entender o tipo de conteúdo e abordagem que a prova leva, ao passo em que treina o conteúdo em questão.

 

Pravaler


Como fica o bolso do contribuinte com a tributação de rendimentos no exterior?

Com o advento da Medida Provisória nº 1.171/23, o contribuinte brasileiro residente no País, que tiver sob sua custódia investimentos no exterior, deverá declarar e recolher Imposto Sobre a Renda da Pessoa Física (IRPF) sobre os rendimentos obtidos a partir de janeiro de 2024.

Dentre as aplicações financeiras estrangeiras tributáveis pelo IRPF, estão abrangidos os depósitos bancários, cotas de fundos de investimentos, apólices de seguro, títulos de renda fixa e de renda variável, derivativos e participações societárias, entre outros. Ainda, nos termos da medida provisória que deverá ser convertida em lei, os ganhos cambiais também devem ser taxados.

No caso de empresas offshore controladas por pessoa física, que tenham renda passiva acima de 20% ou estejam em paraísos fiscais ou localidades com regime tributário privilegiado, as faixas de rendimentos e alíquotas são as mesmas da pessoa física e tributáveis anualmente após a apuração dos resultados.

Antes da MP n º 1.171/23, os rendimentos obtidos no exterior somente eram submetidos à tributação no momento de sua repatriação (Lei 13.254/2016 – Repatriação de Recursos do Exterior), ou seja, somente quando eram transferidos para o Brasil e se sujeitavam às alíquotas progressivas do IRPF.

A nova MP, por sua vez, prevê a isenção do imposto para a parcela anual dos rendimentos de até R$6.000,00 (seis mil reais), 15% de alíquota sobre a parcela anual que exceder R$6.000,00 e não ultrapassar R$50.000,00 (cinquenta mil reais) e 22,5% sobre o que ultrapassar cinquenta mil reais.

Verifica-se, nesse sentido, verdadeira dissonância com a tributação de rendimentos auferidos em investimentos de origem nacional, à medida que esses últimos são beneficiados por uma faixa de isenção na ordem de R$35.000,00 (trinta e cinco mil reais) e estão sujeitos, em linhas gerais, à alíquota de 15% (quinze por cento).

Cumpre ressaltar que, independentemente de nova previsão, todos os tipos de investimentos em ativos de renda fixa, variável, derivativos e cotas de fundos de investimentos auferidos durante o ano-calendário de 2024, serão tributáveis pelo IRPF e deverão ser declarados na Declaração de Ajuste Anual em 2025, em campo próprio e de forma segregada.

Por fim, é importante esclarecer que os rendimentos auferidos no exterior propriamente ditos não serão reduzidos, à medida que não há como exigir a retenção na fonte e o IRPF, como se sabe, é um imposto sujeito à homologação. Ou seja, seu dispêndio depende de prévia declaração do contribuinte e de homologação da Receita Federal. No entanto, há algo importante a observar: o lucro líquido dos investidores e acionistas será diminuído com o IRPF incidente sobre os rendimentos auferidos no Exterior que ultrapassarem R$ 6 mil reais.

Assim, conclui-se, in genere, que o mercado financeiro não recebeu positivamente a nova regulamentação, considerando principalmente a significante redução na faixa de isenção para os rendimentos de origem estrangeira. Apesar disso, não se verifica um desestímulo aos investimentos no Exterior. Na realidade, estamos diante de uma redefinição de estratégias.

 


Nicholas Coppi - advogado, especialista (IBET) e mestre em Direito Tributário (PUC-SP). Professor de Programas de Pós-Graduação em Direito Tributário.

Gabriela Piubeli - advogada tributarista, bacharel em Direito pela PUC-SP e pós-graduanda em Gestão Tributária pela USP.

 

Fraude no reembolso de planos de saúde: ameaça crescente

A fraude em reembolso nos planos de saúde é uma prática ilegal e prejudicial para os planos de saúde e para os beneficiários. Essa forma de fraude ocorre quando um beneficiário ou um profissional de saúde apresenta informações falsas ou enganosas para obter um reembolso maior do que o devido. 

Existem várias maneiras pelas quais a fraude em reembolso pode ocorrer. Uma delas é a apresentação de recibos e faturas falsificados, onde são inflacionados os valores dos procedimentos realizados. Isso pode incluir a adição de serviços que não foram prestados ou a cobrança de procedimentos mais caros do que os realizados de fato. 

Outro método comum de fraude em reembolso é a duplicação de inscrição. Nesse caso, o beneficiário ou o profissional de saúde enviam o pedido de reembolso múltiplo para o mesmo procedimento, recebendo pagamentos duplicados. 

Além disso, há também a prática de cobrança de serviços não cobertos pelo plano de saúde. Os beneficiários podem tentar obter reembolsos para procedimentos ou tratamentos que não estão incluídos em sua cobertura, alegando que são serviços essenciais ou manipulando os códigos de faturamento para que se encaixem nas categorias cobertas. 

A fraude em reembolso nos planos de saúde não apenas prejudica os planos de saúde, mas também tem um impacto negativo nos demais beneficiários. Quando ocorre um aumento nos casos de fraude, as garantias tendem a aumentar os prêmios dos planos para compensar as perdas, o que pode resultar em custos mais altos para todos os beneficiários, bem como reduzir a cobertura de benefícios e a burocratização na sistemática de reembolso. 

Assim, os planos de saúde estão constantemente implementando medidas para combater a fraude em reembolso. Isso inclui o uso de análise de dados avançados para identificar padrões suspeitos, auditorias registradas de faturas e recebimentos, além de programas de educação e conscientização para beneficiários e profissionais de saúde. 

As consequências para quem é pego cometendo fraude em reembolso nos planos de saúde podem ser graves. Além de terem que devolver os valores fraudulentos recebidos, os infratores podem responder processo cível e criminal, dependendo da gravidade do caso. 

É importante que os beneficiários também façam sua parte para evitar a fraude no reembolso. Isso inclui ler atentamente as políticas e termos do plano de saúde, verificar as faturas e recibos com cuidado, para identificar possíveis discrepâncias e relatar qualquer atividade suspeita às autoridades competentes. 

Em síntese, a fraude no reembolso de planos de saúde representa uma séria ameaça para todo o sistema de saúde. É essencial combater essa conduta antiética por meio de medidas preventivas e punitivas mais eficazes. É extremamente importante conscientizar as pessoas sobre os riscos e consequências da fraude, promovendo uma cultura de integridade e transparência no setor de saúde.

 

José Santana Junior - advogado especialista em Direito Médico e sócio do escritório Mariano Santana Advogados

 

FenaSaúde aponta os principais fatores que levam ao índice de reajuste anunciado pela ANS

- Inflação da saúde, representada pela evolução do custo de assistência; a insegurança e a instabilidade regulatória; o aumento da judicialização; e o aumento expressivo da ocorrência de fraudes contra os planos de saúde estão entre os principais fatores que impactam no reajuste de planos de saúde 

- Em 2020, o reajuste de planos individuais e familiares foi negativo, de - 8,19%, e, em 2021, teve teto de 15,5%. Com o reajuste de 9,63%, anunciado nesta segunda-feira (12/06), a média considerando os últimos três anos foi de 5,64%. No mesmo período, a média de aumento do IPCA foi de 6,79%.

 

Nesta segunda-feira, 12/06, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou o índice máximo de 9,63% de reajuste para os planos individuais e familiares. O teto se aplica a planos regulamentados e adaptados à Lei nº 9.656/98 e tem vigência de maio/2023 a abril/2024. Diante da publicação, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), entidade representativa de operadoras de planos de saúde, aponta a inflação da saúde, representada pela evolução do custo de assistência; a insegurança e a instabilidade regulatória; o aumento da judicialização; e o aumento expressivo da ocorrência de fraudes contra os planos de saúde como sendo os principais fatores que influenciam no cálculo do reajuste.

“Vivemos uma crise sistêmica, que está atemorizando toda a cadeia de prestação de serviços de saúde privada. Além dos fatores estruturais, temos ainda fatores conjunturais importantes que afetam a sustentabilidade do setor, como mudanças institucionais, regulatórias e legislativas profundas nas regras que regem o setor de saúde suplementar nos últimos dois anos”, analisa diretora-executiva da FenaSaúde, Vera Valente. A entidade ressalta que o reajuste anual é fundamental para recompor os custos e, consequentemente, manter o equilíbrio financeiro do setor, que fechou o ano de 2022 com R$ 10,7 bilhões de prejuízo operacional.

A saúde suplementar vem sofrendo efeitos diretos do aumento da inflação na saúde e dos custos dos tratamentos, medicamentos, procedimentos hospitalares e terapias. Já no âmbito regulatório, os últimos anos foram marcados por mudanças legislativas e regulatórias que impactaram diretamente na sustentabilidade do setor, como exemplo da Lei 14.454/2022, que modificou o caráter taxativo do rol, criando condicionantes frágeis e muito subjetivas para obrigar planos a cobrir itens fora da lista. Isso também está relacionado com outro fator bastante conhecido, a judicialização, que é prejudicial a todo o sistema de saúde. E, por fim, o aumento expressivo das fraudes contra os planos é outro ponto de alerta e que igualmente recai sobre o aumento dos custos na saúde.

Em 2020, o reajuste de planos individuais e familiares foi negativo, de - 8,19%, e, em 2021, teve teto de 15,5%. Com o reajuste de 9,63%, anunciado nesta segunda-feira (12/06), a média considerando os últimos três anos foi de 5,64%. No mesmo período, a média de aumento do IPCA foi de 6,79%. Atualmente, os planos individuais respondem por 17% do total de beneficiários em planos de assistência médica, cerca de 9 milhões de usuários. Na avaliação da FenaSaúde, essa oferta poderia ser aumentada com a revisão da atual fórmula de reajuste.

“Hoje, a forma de reajuste dos planos individuais não considera parâmetros importantes como a sinistralidade das carteiras, a diferença entre modalidades de negócios, a regionalização de produtos, o fim da limitação de terapias e a velocidade da incorporação de procedimentos e medicamentos na lista de coberturas obrigatórias. Portanto, o índice acaba ficando descolado do avanço real de custos verificado no setor”, analisa Vera Valente. A diretora ressalta, ainda, a necessidade de revisão do atual marco legal do setor, que data de 1998, de forma a ilustrar as mudanças pelas quais a sociedade brasileira passou nos últimos 25 anos, promovendo, assim, a ampliação da oferta de planos individuais no mercado.

Em 2022, os planos de saúde responderam por 83% das receitas dos principais hospitais privados do país, segundo a Anahp, e mais de 50% das receitas dos laboratórios de medicina diagnóstica, de acordo com a Abramed. A saúde suplementar movimenta cerca de 3% do PIB e emprega quase 5 milhões de pessoas, que atuam em 165 mil estabelecimentos de saúde. Só em 2021, dado mais recente disponibilizado pela ANS, os planos de saúde cobriram mais de 1,6 bilhão de procedimentos, entre consultas, exames, internações, terapias e cirurgias.

 

Enem 2023: conheça os benefícios de realizar a prova

Inscrições tiveram início no último dia 05 e vão até o dia 16 de junho. Especialista do SAS Plataforma de Educação comenta a importância do exame para abrir portas nas melhores universidades do país

 

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é, atualmente, a principal porta de entrada de estudantes nas universidades. Porém, muitos jovens que estão no período escolar ainda não conhecem os benefícios de realizar a prova, que vão desde garantir bolsas em faculdades particulares, até estudar em Portugal. Com as inscrições abertas, ainda é tempo de garantir a presença no exame que deve ocorrer nos dias 5 e 12 de novembro. 

Para o professor e Diretor de Ensino e Inovações do SAS Plataforma de Educação, Ademar Celedônio, “o Enem é, certamente, um dos momentos mais importantes na vida dos estudantes, pois ele é capaz de abrir portas para as maiores universidades do Brasil, como a USP (Universidade de São Paulo), e, inclusive, do mundo, permitindo a realização de muitos sonhos”. 

Atualmente, o Enem garante a entrada em universidades públicas pelo SISU (Sistema de Seleção Unificada), um programa do Governo Federal que seleciona estudantes no primeiro e no segundo semestre para instituições federais e estaduais de ensino superior. Já para as universidades particulares, o ENEM possibilita a inscrição de estudantes de baixa renda em programas como o FIES (Fórum de Financiamento Estudantil), em que o aluno paga pelo curso somente após a sua conclusão, e o PROUNI (Programa Universidade para Todos), que fornece bolsas de estudos de até 100% das mensalidades. 

Para quem possui o desejo de cursar alguma universidade no exterior, o exame é aceito em diversos países da Europa e América do Norte, como Estados Unidos, Canadá e Inglaterra, além de Portugal. A Universidade de Coimbra, uma das melhores do país, está entre as que aceitam o Enem como forma de entrada de estudantes brasileiros. “É importante ressaltar que o exame fornece inúmeros benefícios para quem o realiza. Por essa razão, se preparar de maneira adequada é essencial, e nós, do SAS Plataforma de Educação, fornecemos todo o suporte necessário aos estudantes, como o simulado SAS Enem que, junto aos seus demais materiais didáticos, atualizados anualmente, vêm contribuindo com o desempenho das escolas parceiras na aprovação do exame anual,” comenta Celedônio.

Por fim, é recomendado que os estudantes que irão prestar a prova esse ano realizem um plano de estudos mais eficaz a partir de um planejamento adequado, tendo em vista o curso e a universidade escolhida. Para acompanhar essas e outras dicas, visita a página oficial do SAS Plataforma de Educação

 

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Economista da ESPM dá dicas sobre como os casais podem organizar a vida financeira

Uma relação, baseada em amor e afeto, é linda, mas como fica a relação se houver vulnerabilidade com a questão financeira? Afinal, amor e dinheiro são realmente assuntos que não devem se misturar?

Segundo Paula Sauer, professora de economia comportamental do curso de Comunicação e Publicidade da ESPM, é o contrário. "É sim preciso conversar sobre dinheiro e como o casal pretende organizar sua vida financeira. O brasileiro vive em um país com uma das maiores desigualdades sociais do planeta, falar de dinheiro é extremamente íntimo. Por outro lado, se não gosta de falar, curte ostentar, gosta de comentar o destino das últimas férias, a marca das roupas que usa, as chaves do carro, tira foto até do que comeu se entender que o restaurante é bacana. Isso mostra o quanto o dinheiro é simbólico na vida das pessoas”.

Para a especialista muitas vezes o status está relacionado ao sucesso, liberdade e possibilidades, mas na falta do dinheiro o sujeito sente como se tivesse perdido seu chão simbólico. “No namoro e também no casamento não é muito diferente, os casais querem mostrar o melhor de si e ostentam, um dos lados pode estar fazendo um raio X do comportamento financeiro do outro”.

O assunto é tão delicado que a pesquisa longitudinal (ao longo do tempo) realizada pelo Serasa, sempre evidencia o quanto os cônjuges escondem sua vida financeira um do outro. A maioria dos casais não conta para o parceiro o quanto recebe de salário, quanto tem em aplicações financeiras ou dívidas. Não é raro em caso do falecimento de um dos cônjuges a família estar contando com uma herança e de deparar com dívidas.

“Antes de juntar os trapinhos e dizer o sim para o amor da sua vida, é fundamental ter uma conversa franca sobre dinheiro, hábitos de consumo, entender o significado do dinheiro para cada um, para não ter surpresas depois”, diz Sauer.

A segunda causa de divórcios no Brasil se dá em função da incompatibilidade Financeira. O primeiro motivo é a dificuldade de comunicação. Deve-se ter calma, explica a especialista, porque falar sobre dinheiro é uma dificuldade não só do brasileiro, mas é necessária para todos.

 

Fonte: Paula Sauer - professora de economia comportamental da ESPM


Trabalho infantil cresce mais de 30% no Brasil

Dados da última Pnad Contínua mostra tendência de crescimento no trabalho infantil no país nos últimos três anos

Quase metade dos adolescentes justificam o abandono da escola pela necessidade de trabalhar

 

Apesar de não ser um fenômeno novo no Brasil, o trabalho infantil segue em constante crescimento (31,4% nos últimos três anos). . Em 2019, a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) mostra que 1,8 milhão de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos trabalhavam, número que representa 4,6% da população (38,3 milhões) que faz parte dessa faixa etária. Já o Painel de Informações Estatísticas da Inspeção do Trabalho no Brasil, do Governo Federal, aponta que há 2.324 milhões nessa situação no final de 2022.

 

Durante a pandemia, entre 2020 e 2022, dois milhões de crianças e adolescentes deixaram a escola. A diferença entre estudantes mais vulneráveis é quatro vezes maior do que aqueles pertencem às classes mais altas, segundo o estudo “Educação brasileira em 2022”, realizado pelo Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica). Ao serem questionados pela ausência nas aulas, 48% afirmam ter deixado de estudar “porque tinham de trabalhar fora”.

 

“A crise sanitária, o problema de acesso ao ensino remoto e a falta de perspectiva na educação fizeram  com que adolescentes abandonassem a escola em troca de uma renda rápida, geralmente originalizada de um trabalho precarizado. As maiores vítimas desse processo são estudantes negros, de famílias em situação de vulnerabilidade, que enfrentam distorções na trajetória escolar”, explica a especialista de Educação do Itaú Social, Juliana Yade.

 

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, o trabalho infantil prejudica o desenvolvimento integral da criança, dificultando  seu direito de brincar e de ter uma educação de qualidade. Compreendendo o problema, o Brasil assumiu um compromisso com a ONU (Organização das Nações Unidas) de erradicar todas as formas de trabalho infantil até 2025. 


 

“Não é escolha, é necessidade”


A partir de seu projeto como pesquisador, o professor da UFPA (Universidade Federal do Pará) João Paulo da Conceição Alves confirma que determinados estudantes, segundo  suas classes e etnias, têm mais riscos de serem vítimas do trabalho infantil: “Para estudantes negros, a inserção precoce no mercado de trabalho não é uma escolha, é uma necessidade”, e lembra que a justificativa dada pelos adolescentes era que precisava “se manter vivo e alimentar a sua família”.

 

A experiência de Alves foi registrada no artigo “O ensino médio na Amazônia ‘negra’: indicadores e perspectivas de alunos negros sobre o mercado de trabalho no Amapá”, realizado entre 2020 e 2021 pelo Itaú Social e Ceert (Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades). 

O estudo destaca que o racismo impulsiona o adolescente para longe da escola, deixando-o próximo a uma ocupação profissional que, geralmente, é precarizada. Para lidar com esse cenário, o professor  destaca que a comunidade escolar tem papel relevante para enfrentar esse desafio. “A escola precisa estar atenta para situações de racismo. Mas, essa é uma questão também para a comunidade daquele bairro, que precisa se mobilizar  em prol da  criação e  execução de políticas públicas”.


Dicas para ir bem no Enem: inscrições terminam nesta sexta-feira

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Nota no Exame Nacional do Ensino Médio é uma das formas de acesso à graduação no UniCuritiba. Instituição tem mais de 40 opções de curso, entre eles o de Enfermagem, lançado neste semestre


O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é atualmente o principal “vestibular” do Brasil. É com essa nota que milhares de estudantes ingressam no ensino superior em universidades públicas e privadas. As inscrições para o Enem 2023 terminam nesta sexta-feira, dia 16 de junho, e devem ser feitas na Página do Participante (https://enem.inep.gov.br/participante/#!/).

 

As provas deste ano estão marcadas para os dias 5 e 12 de novembro, com a divulgação dos resultados em 16 de janeiro de 2024. Em 2022, 145,6 mil estudantes do Paraná se inscreveram no Enem. O total de inscritos no Brasil foi de 3,39 milhões de estudantes.

 

No UniCuritiba – instituição que integra a Ânima Educação, o maior ecossistema de ensino superior privado do país – a nota do Enem é uma das portas de entrada na graduação e pode garantir uma bolsa de estudos de até 100%. A inscrição é fácil.

 

O estudante só precisa acessar o site da instituição (www.unicuritiba.edu.br/enem), preencher a ficha de inscrição, separar a documentação solicitada (boletim de desempenho comprovando a nota no Enem, comprovante de conclusão do ensino médio e documentos pessoais) e agendar a matrícula.

A nota não precisa ser exclusivamente a do Enem 2023. Quem quiser se antecipar e começar a faculdade no segundo semestre deste ano pode utilizar o resultado de qualquer uma das últimas dez edições do exame. O UniCuritiba tem mais de 40 opções de graduação em todas as áreas do conhecimento, incluindo o recém-lançado curso de Enfermagem. A lista completa está disponível em www.unicuritiba.edu.br/graduacao.


Exame abre muitas portas


Com as notas do Enem, os estudantes também podem acessar programas do Ministério da Educação (MEC), como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Por isso, é importante se preparar bem para as provas.

 

Para ajudar os candidatos na hora do exame, a professora do curso de Psicologia do UniCuritiba, Daniela Jungles, preparou algumas dicas.

 

1.     Se você estudou, confie nos seus conhecimentos, mantenha o foco nos objetivos e acredite no seu potencial.

2.     Antes da prova, faça exercícios de respiração para controlar o nervosismo. Não deixe que a ansiedade atrapalhe o seu desempenho.

3.     Não vire a noite estudando ou passe a manhã da prova debruçado nos livros e apostilas. Relaxar é necessário.

4.     Evite estudar ou consumir conteúdo da internet no dia da prova. Alivie a carga mental e o desgaste visual antes do teste.

5.     Administre o tempo de prova. É importante se planejar e ficar atento ao horário para conseguir responder todas as questões no prazo.

6.     Antes da prova, faça uma refeição leve. Evite frituras ou condimentos que podem causar mal-estar. Para o período de prova, leve um lanche (fruta, biscoito, chocolate ou barra de cereal) e água. É importante se manter hidratado.

7.     Se você ficar nervoso enquanto responde às questões, respire fundo. Se precisar, faça uma pausa de 2 ou 3 minutos e retome a prova.

 

SERVIÇO

O quê: Inscrições para o Enem 2023

Quando: até o dia 16/06 (sexta-feira)

Onde: Página do Participante - https://enem.inep.gov.br/participante/#!/

Quanto: R$ 85 (pagamento até o dia 21 de junho)

Por que fazer a prova: porque é o principal vestibular do Brasil e possibilita o acesso aos cursos do UniCuritiba


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