Pesquisar no Blog

terça-feira, 30 de maio de 2023

Diga adeus a abdominoplastia tradicional: conheça a M.I.L.A, técnica revolucionária que corrige a Diástase Abdominal por robótica

 

A diástase casa a sensação de estômago alto
Divulgação

 A Diástase, que causa a sensação de "estômago alto", pode ser corrigida


A correção da diástase abdominal,  que causa a famosa sensação de estômago alto, caracterizada pelo afastamento dos músculos retos do abdômen, já pode ser realizada por meio de uma cirurgia minimamente invasiva, utilizando apenas três pequenos cortes. A técnica chamada de M.I.L.A. permite tratar diástases significativas sem a necessidade de realizar uma abdominoplastia tradicional.

De acordo com André Oliveira, um dos três melhores cirurgiões plásticos do Brasil, a diástase abdominal ocorre principalmente após a gravidez, perda de peso rápida ou devido à obesidade, resultando em enfraquecimento muscular e distensão da linha central do abdômen. Ele explica que muitas pessoas confundem o abaulamento causado pela diástase com gordura localizada, mas mesmo com emagrecimento, essa protuberância abdominal persiste, causando insatisfação estética e baixa autoestima.

O especialista detalha que para identificar a presença da diástase abdominal, é possível realizar um autoexame simples em casa.  Ele explica o passo a passo: deitado de costas, com os joelhos dobrados e os pés apoiados no chão, levante a cabeça, pescoço e ombros, sem apoiar os cotovelos. Pressione a região central em torno do umbigo com os dedos, sentindo a separação muscular e analisando se há uma depressão ou distância entre os músculos.

André Oliveira, que é um dos três melhores cirurgiões do Brasil,
 corrige a diástase com cirurgia robótica

 A cirurgia

A cirurgia robótica para a correção da diástase abdominal consiste em realizar três pequenos cortes na região inferior do abdômen, próximos ao púbis, para aproximar os músculos abdominais e melhorar o contorno corporal. As vantagens desse procedimento em relação à abdominoplastia tradicional incluem incisões menores, menor dor pós-operatória, ausência da necessidade de reposicionar o umbigo, recuperação mais rápida, retorno mais precoce às atividades laborativas e menor taxa de infecção da ferida operatória.

A cirurgia robótica para correção da diástase abdominal é realizada com o auxílio do sistema robótico da Vinci Xi. O procedimento inclui a insuflação de gás carbônico no abdômen para criar espaço, a realização das pequenas incisões, a instalação das cânulas para passagem das pinças cirúrgicas robóticas, o acoplamento.


Dia Mundial da Esclerose Múltipla: compreendendo a doença e os avanços no tratamento

 

A Esclerose Múltipla (EM) é uma condição crônica que afeta o sistema nervoso central, causando uma variedade de sintomas e desafios para os pacientes. Embora não haja cura para a EM, muitos pacientes conseguem gerenciar seus sintomas e levar uma vida plena e gratificante. O dia 30 de maio desempenha um papel importante no enfrentamento da doença, ao destacar a conscientização e o apoio aos pacientes, promovendo compreensão e solidariedade em relação à enfermidade.

A EM é caracterizada por inflamação, desmielinização e alterações degenerativas, que podem levar à perda funcional permanente. Essa condição afeta mais de 2 milhões de pessoas globalmente , principalmente jovens entre a segunda e a terceira década de vida, sendo uma das principais causas de incapacidade neurológica nesse grupo. No Brasil, estima-se que a EM afete entre 15 e 27 pessoas a cada 100.000 habitantes, com uma prevalência crescente nas últimas décadas.

O tratamento da EM envolve uma abordagem terapêutica, para tratar os surtos e proporcionar cuidados de longo prazo. O Dr. Matheus Ferreira Gomes, neurologista do Mater Dei Santa Genoveva, explica que existem várias opções disponíveis, como medicações injetáveis e por via oral. O tratamento é individualizado, baseado no tipo e na evolução da doença, seguindo os protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas.

Os profissionais de saúde exercem um papel fundamental em auxiliar os pacientes com EM. Eles oferecem suporte emocional, informações sobre a doença e orientações para o gerenciamento dos sintomas. A equipe multidisciplinar, composta por fisioterapeutas, fonoaudiólogos e psicoterapeutas, pode ser essencial para ajudar os pacientes a manter sua qualidade de vida.

Para obter apoio e recursos adicionais, pacientes e familiares podem contar com organizações como o Comitê Brasileiro de Tratamento e Pesquisa em Esclerose Múltipla (BCTRIMS) . Essa associação sem fins lucrativos oferece informações atualizadas sobre a doença, auxílio no diagnóstico, debates e capacitação de neurologistas brasileiros. “O BCTRIMS é referência em pesquisas neuroimunológicas, incluindo a Esclerose Múltipla e a neuromielite óptica”, diz Matheus.

Os avanços na pesquisa da EM têm proporcionado tratamentos cada vez mais eficazes e seguros. Dr. Matheus destaca que os tratamentos atuais visam controlar a progressão da doença, garantindo uma boa qualidade de vida para os pacientes. "A relação médico-paciente é fundamental para o sucesso do tratamento, juntamente com uma equipe multidisciplinar, que ofereça suporte individualizado", recomenda o médico.


Médica Camilla Lewin explica o que é sarcopenia e como a musculação pode ajudar a prevenir o problema

A especialista listou os sintomas causados pela perda fisiológica da massa muscular

A sarcopenia é perda fisiológica da massa muscular e geralmente está associada à idade avançada. O problema afeta a saúde, favorecendo o surgimento de diversas doenças, como, por exemplo, artrite e artrose, dores na coluna e nos joelhos. 

"Sarcopenia é uma síndrome que causa a perda da força e da massa muscular esquelética do organismo, devido a alterações hormonais e fisiológicas do envelhecimento", explica a médica Camilla Lewin. 

Segundo a médica, os sintomas muitas vezes passam despercebidos, mas o portador da doença possui dificuldades para fazer coisas cotidianas que estava acostumado a fazer. Quando o quadro está mais avançado, as quedas podem ser constantes por causa da perda da força. 

"O paciente acometido pela Sarcopenia sente cada vez mais dificuldade de realizar atividades cotidianas , que antes ele realizava com facilidade no seu dia a dia , tais como subir escadas , carregar objetos , sentar , agachar e levantar , devido a perda da massa muscular . Além disso, pode dificultar até o equilíbrio. Por isso, quando associada à Osteoporose , o risco de queda com fratura é bem maior". 

Camilla diz que a partir dos 40 anos, o organismo começa a perder massa muscular. "Em uma taxa que pode variar de 0,5 a 2 % por ano. Essa perda vai se acentuando com a idade, podendo se ter uma perda de até 50 % da massa muscular em pessoas acima dos 60 anos", completa.  

A boa notícia é que é possível prevenir o problema. "Estudos mostram que a melhor atividade física para a prevenção dessa perda da massa muscular são os exercícios com resistência, ou seja, a musculação , já que através desses exercícios se consegue a diminuição da perda e a manutenção da massa muscular. Em alguns casos até a reversão do processo com o ganho de massa muscular", destaca.

A alimentação também pode ser uma aliada. "Esses mesmos estudos demonstram que aliada a musculação está uma dieta rica em proteínas na prevenção da Sarcopenia, sendo indicada o consumo de 1,2 a 1,5 g de proteínas por Kg de peso para os idosos manterem a sua massa muscular", finaliza.

 

Esclerose múltipla: por que é tão importante o diagnóstico precoce?

Quanto mais cedo diagnosticada e tratada adequadamente, melhor o controle da doença. Novos medicamentos têm contribuído para melhorar os resultados dos pacientes

 

Em 30 de maio é celebrado o Dia Mundial de Conscientização da Esclerose Múltipla, data criada para dar visibilidade aos impactos da doença nas vidas das pessoas. Apesar de ser uma condição autoimune e ainda não existir uma cura, é possível controlar a sua progressão e sintomas a partir do diagnóstico precoce e tratamento adequado. ”Nas últimas décadas, os avanços tecnológicos permitiram uma maior precisão em identificar a enfermidade, mas a demora para procurar atendimento médico continua sendo um problema”, explica Alex Machado Baeta, médico neurologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

 

A esclerose múltipla é caracterizada por inflamações que afetam a bainha de mielina, substância que recobre os neurônios para garantir a passagem dos impulsos elétricos de uma célula para outra. A idade média dos indivíduos diagnosticados com a doença é de 30 anos em países desenvolvidos, enquanto no Brasil este índice sobe para 34 anos, de acordo com a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Abem). Estima-se que 40 mil pessoas vivem com a doença no País: são cerca de 15 casos para cada 100 mil habitantes.

    

De acordo com o médico da BP, há um certo desconhecimento da população com relação à doença por não ser muito frequente no Brasil, além de ser confundida com outras patologias, já que seus sintomas são bem diversos e transitórios. Os sinais incluem alterações de sensibilidade, como formigamento e dormência; perda de força ou fraqueza muscular; déficit visual, geralmente de um único olho; falhas na coordenação motora e desequilíbrio; perda da capacidade de controle da urina e/ou das fezes; entre outros.

 

Esses fatores fazem com que o paciente não dê importância às primeiras manifestações da doença, contribuindo para aumentar o intervalo entre os indícios iniciais e o começo do tratamento, e expondo os portadores a riscos graves. “Sem controle, a doença pode afetar diferentes funções do sistema nervoso central, gerando sequelas às vezes de forma permanente. Pode levar à redução da capacidade visual, ao comprometimento do raciocínio e a déficits da coordenação motora”, afirma o neurologista.

 

Segundo Baeta, o principal recurso para a investigação da esclerose múltipla é a ressonância magnética. Esse exame de imagem permite identificar com precisão as lesões na medula e no encéfalo (a central do nosso sistema nervoso, composta pelo cérebro, tronco encefálico e cerebelo). A ressonância registra tanto as inflamações em curso como as áreas permanentemente danificadas, uma vez que os neurônios que perdem a mielina acabam morrendo, formando lesões que são captadas pelas imagens.


Outros métodos complementares indicados pelo médico são o exame de líquor (líquido cefalorraquidiano) e testes laboratoriais e neurológicos para excluir a possibilidade de outras doenças que possam estar simulando a esclerose. Entre os medicamentos, o neurologista da BP menciona os interferons, que reduzem as inflamações no sistema nervoso, preservando a mielina e diminuindo a frequência e intensidade dos surtos; e os imunomoduladores e imunossupressores, que regulam a atividade do sistema imune visando impedir a ação exagerada das células de defesa. Estes remédios contribuem para menos sequelas e maior controle das ocorrências indesejadas.

 

O especialista reforça que os bons recursos diagnósticos e terapêuticos disponíveis atualmente só são eficazes se o paciente aderir ao tratamento. “O sucesso no controle da doença demanda que o indivíduo se engaje no tratamento, visitando rotineiramente seu médico para consultas de avaliação e monitoramento e seguindo rigorosamente as prescrições de medicamentos”, finaliza Baeta.


BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo


Descubra quais são as 6 doenças respiratórias mais comuns do Brasil e o efeito de estações mais frias sobre elas

Médicos da rede AmorSaúde esclarecem como fazer para evitar ser acometido por problemas de saúde relacionados a doenças respiratórias comuns no outono e no inverno

 

Com a chegada das estações mais frias e secas do ano, o outono e o inverno, é comum acompanharmos um aumento na incidência de problemas de saúde relacionados a doenças respiratórias, como a asma e a bronquite. De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai) esse aumento afeta mais de 45% da população brasileira, que é acometida cronicamente por casos de rinite alérgica e asma, e pode causar anualmente o óbito de cerca de 2,5 mil brasileiros. 

Profissional de Otorrinolaringologia da rede AmorSaúde, o Dr. Vinícius Notario Ligero aponta que este aumento de casos problemas de saúde relacionados a doenças respiratórias ocorre porque, ao longo das estações mais frias, o tempo também fica mais seco, gerando o ressecamento das vias aéreas respiratórias e tornando o organismo humano mais vulnerável a microrganismos invasores, além de provocar melhores condições ambientais para sobrevida de vírus. 

“Os resultados do estudo publicado pelo The Journal of Allergy and Clinical Immunology, feito por cientistas norte-americanos, apontam que o frio danifica a resposta imune que ocorre no nariz. Isso porque, reduzir a temperatura dentro do órgão em até 5°C, mata quase metade dos bilhões de células de combate a vírus e bactérias nas narinas”, complementa o profissional de Otorrinolaringologia. 

Conforme ressalta o Dr. Ligero, atualmente, a soma do frio e da seca é responsável por causar e agravar quadros das seis respiratórias doenças mais comuns do Brasil, são elas:

 

1. Asma 

A asma é uma doença crônica que atinge todas as faixas etárias, embora tenha maior acometimento em crianças. Quando alguém tem uma crise asmática, essa pessoa passa por uma inflamação dos brônquios, estruturas por onde passa o ar no pulmão. As secreções geradas pela inflamação impedem a passagem de ar de forma adequada, prejudicando o fluxo. A presença dos agentes inflamatórios aumenta, ainda, a tosse do paciente, além de provocar o característico chiado no peito. A doença, em si, não tem cura, mas é de suma importância a detecção dos fatores que desencadeiam a crise, para que, assim, eles possam ser evitados. 

  

2. Bronquite crônica 

A bronquite é uma inflamação dos brônquios, os quais ficam preenchidos por secreções e causam sintomas muito parecidos com a asma. No entanto, existe um fator que diferencia as duas doenças: o tempo de manifestação. A asma está muito associada às crises, ou seja, condições agudas que vêm e passam. Por outro lado, a bronquite se manifesta por um período mais prolongado: de três meses a dois anos consecutivos.A bronquite crônica está entre as doenças relacionadas ao tabagismo e é mais frequente em casos de indivíduos que já fumam há mais de 30 anos. 

 

3. Pneumonia 

A pneumonia é uma doença infecciosa, provocada por vírus, bactérias, fungos ou reações alérgicas. Embora não seja uma inflamação, a presença de secreções nos brônquios facilita a contaminação diante do agente infeccioso. Os sintomas da doença são: tosse produtiva, febre alta, dor torácica, alterações na pressão e mal-estar associado à prostração. O tratamento da condição deve ser prescrito por um profissional da saúde, visto que, geralmente, requer o uso de antibióticos. Além disso, deve ser avaliada a necessidade de internação e, caso seja, deve ser providenciada rapidamente.

 

4. Rinite alérgica 

Quando se pensa nas vias aéreas superiores, principalmente na região nasal, devemos considerar que elas representam uma porta de entrada para agentes invasores. O organismo humano comumente apresenta mecanismos de defesa contra tais agentes, mas pessoas com rinite alérgica são mais sensíveis a eles e apresentam manifestações mais intensas, como obstrução nasal, espirros, coriza, dentre outros. Diante do clima seco, partículas de poeira dispersas no ar, agentes infecciosos e substâncias como o pólen, todos os sintomas são intensificados. O tratamento busca, então, combater a hipersensibilidade desencadeada. Para casos mais graves, são utilizados medicamentos e vacinas antialérgicas. 

 

5. Sinusite 

Frequentemente associada à rinite, a sinusite é a inflamação dos seios paranasais. Os seios da face são cavidades ósseas que se localizam nos arredores do nariz, que atuam diminuindo o peso do crânio. A mucosa está repleta de glândulas produtoras de muco, o qual retém partículas estranhas e as elimina após condução feita por cílios. Caso a drenagem do muco não seja feita, ele se mantém no local repleto de microrganismos prontos para desencadear uma infecção. A dor provocada pelo processo é um dos sintomas mais comuns da sinusite, principalmente, aquela localizada na região frontal entre os olhos. Com os produtos decorrentes da infecção, pode haver a obstrução das vias respiratórias por secreções esverdeadas, amareladas e, até mesmo, sanguinolentas — e tudo isso dificulta a respiração.

 

6. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) 

Dentre as doenças mencionadas, a DPOC representa aquela menos relacionada com a estação do ano, mas é uma das condições pulmonares mais sérias e merece destaque. Na verdade, quando falamos de uma obstrução pulmonar crônica, estamos nos referindo a duas patologias: enfisema e bronquite. Em condições normais, uma pessoa elimina o ar repleto de gás carbônico após terem sido feitas as trocas gasosas. No caso do enfisema, o ar não consegue ser expelido e requer grande esforço respiratório do paciente. Assim como a bronquite, a DPOC está intimamente relacionada com o tabagismo.

Para evitar problemas  relacionados a essas doenças respiratórias, a Dra. Katia Simone Queiroz Silva, profissional de Otorrinolaringologia da rede AmorSaúde, destaca a importância da prevenção por meio da higiene nasal e ambiental. “Para amenizar os casos crônicos, a higiene nasal diária com o uso de soro fisiológico é recomendada. Além disso, é importante que os pacientes estejam sempre com as vacinas antigripais em dia”, pontua a Dra. Silva. Sobre a higiene ambiental, o Dr. Vinícius Notario Ligero complementa ainda que é necessário tentar ventilar os ambientes o quanto for possível e adotar outras medidas como evitar se expor ao frio intenso sem estar agasalhado, transformar lavagem nasal em hábito e fazer o acompanhamento frequente com profissionais, para não ficar sem exposto a agentes patogênicos sem a medicação necessária.

  

Diagnóstico precoce do diabetes gestacional permite iniciar com mais rapidez tratamento da doença

Doença que afeta 18% das gestantes ligadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) pode comprometer o neurodesenvolvimento do feto, cujo cérebro é extremamente sensível ao excesso de glicose no sangue


Empregando os critérios atualmente propostos pela literatura científica sobre o tema, estima-se que a prevalência de diabetes mellitus gestacional no Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil seja de aproximadamente 18%. Tendo em vista o alto índice de casos no país, a médica obstetra, com mais de 20 anos de experiência profissional, dra. Bruna Pitaluga alerta para a importância de diagnosticar precocemente a doença.

Os riscos inerentes à condição também reforçam a importância do diagnóstico precoce. Dra. Bruna ressalta que a hiperglicemia, que caracteriza o diabetes mellitus, não é um cenário favorável para o neurodesenvolvimento do feto, já que o cérebro fetal é extremamente sensível ao excesso de glicose. De fato, o excesso de glicose pode influenciar todas as funções metabólicas do feto.

Para o diagnóstico precoce do diabetes mellitus gestacional recomenda-se o teste de tolerância à glicose, que é realizado no terceiro trimestre da gravidez. Neste sentido, segundo a médica obstetra, para que exista um controle glicêmico adequado da gestante, faz-se necessário o acompanhamento pré-natal por um profissional de saúde que compreenda os conceitos fisiológicos da gestação.

Isto porque, explica dra. Bruna, o profissional precisa estar ciente de que do ponto de vista do metabolismo glicêmico há três momentos distintos durante a gestação, que equivalem ao primeiro, segundo e terceiro semestres. “No primeiro e no segundo trimestres o metabolismo materno se prepara para a demanda metabólica do terceiro trimestre. “Nestes períodos, a glicemia é utilizada pelo corpo da mãe, sem passar para o feto, já que ainda não foi iniciado o momento de hipertrofia”, diz.

A hipertrofia fetal, por sua vez, relata a médica obstetra, inicia-se a partir de 24 a 28 semanas (terceiro trimestre de gestação), justamente quando há necessidade de a gestante realizar o teste de tolerância oral à glicose. “Durante esse período a placenta modifica o transporte de glicose e, assim, começa a facilitar sua passagem ao feto”, comenta.

Dra. Bruna explica que a placenta foi programada geneticamente para existir em um ambiente de deficiência glicêmica. “Há milhares de anos, quando essas funções metabólicas foram estabelecidas, o ser humano vivia em um contexto de escassez de carboidratos. Como uma ferramenta para compensar esses índices baixos de açúcar no sangue, a placenta passou a permitir um contato maior do feto com a glicose”, diz.

Por isso a médica obstetra afirma que o principal fator de risco para o diabetes gestacional é a própria gestação. “Quando o obstetra entende isso na prática clínica, ele compreende que todas as gestantes atendidas por ele possuem o potencial para desenvolver essa alteração metabólica”, declara. São fatores que também influem no desenvolvimento do diabetes mellitus gestacional, a história familiar, o sobrepeso/obesidade, a dieta ocidentalizada, a idade materna avançada, o excesso de macronutrientes e deficiência de micronutrientes.

Devido a incidência considerável de fatores relacionados ao estilo de vida no desenvolvimento do diabetes mellitus gestacional, dra. Bruna enfatiza que o tratamento adequado para doença passa por dieta ajustada e atividade física. No que diz respeito à dieta, a médica obstetra afirma que se deve evitar o consumo excessivo de carboidratos, destacando que quanto mais perto estiver o parto, maiores têm que ser os cuidados maternos com a alimentação, já que o controle metabólico da hiperglicemia é cada vez menor nesse estágio.

Para justificar a recomendação de atividade física, a médica obstetra lança mão de uma meta-análise publicada em 2023. No trabalho, que inclui mais de 20 estudos randomizados, em mais de 7600 mulheres, foi demonstrado que atividade física supervisionada reduz a incidência de diabetes mellitus na gestação. “Resultado que corrobora o que digo de forma repetida: o profissional responsável pelo acompanhamento pré-natal deve ser um grande incentivador da prática de atividade física durante a gestação e não deve ser um prescritor de repouso”, afirma.

 

Dra. Bruna Pitaluga - Formação em Medicina pela Universidade de Brasília – UnB, Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia pela Universidade de Brasília – UnB/ Pós-graduação em Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia – ABRAN/ Especialização em Medicina Funcional pelo Instituto de Medicina Funcional - IFM, EUA/ Curso em Nutrigenômica pela Universidade da Carolina do Norte - UNC, EUA.


Novas terapias reduzem em até 50% risco de surtos de esclerose múltipla

Novos tratamentos realizados em Centros de Infusão, como o do São Luiz Itaim, são mais eficazes e auxiliam no controle dos casos




A criação de Centros de Infusão vem se consolidando como um importante avanço no tratamento da esclerose múltipla, doença autoimune neurológica que atinge o sistema nervoso central, sendo uma das principais causas de incapacidade no adulto jovem.

Estudos apontam que as terapias endovenosas estão atualmente entre os tratamentos mais eficazes da doença, podendo reduzir em até 50% a chance de surtos e quase 90% a chance de novas lesões, em comparação aos primeiros fármacos criados.

Nesta terça-feira (30), é celebrado o Dia Mundial da Esclerose Múltipla, data que une a comunidade global para sensibilizar sobre a doença que atinge cerca de três milhões de pessoas no mundo.

Sem tratamento, pacientes com esclerose múltipla têm menor expectativa de vida em relação à população geral, além de acumular sequelas neurológicas, como incapacidade para andar, perda visual e incontinência urinária, entre outras.

“Entretanto, se os pacientes recebem tratamento eficiente, há uma tendência à normalização do tempo de vida e de redução da chance de surtos e de sequelas, proporcionando mais qualidade de vida”, destaca Guilherme Diogo, neuroimunologista e especialista em esclerose múltipla do Hospital São Luiz Itaim.

A unidade, conta com um Centro de Infusão desde junho de 2021, e já atendeu cerca de três mil pacientes. Atualmente, auxilia 30 portadores de esclerose múltipla a alcançarem estabilização e controle da doença. Trata-se de um departamento onde são realizados procedimentos rápidos, principalmente medicações intravenosas e subcutâneas, com toda a segurança de uma unidade hospitalar.

Entre os principais tratamentos utilizados estão os imunobiológicos, geralmente compostos por anticorpos monoclonais, que trabalham diretamente no bloqueio de células que atacam o próprio organismo.

“No caso da esclerose múltipla, eles agem especificamente nas células que atacam a mielina, estrutura que facilita a comunicação entre os neurônios. A principal vantagem é que o paciente recebe a medicação de forma rápida, podendo ir para casa logo em seguida, sem a necessidade de internação”, explica Sergio Jordy, neuroimunologista e especialista em esclerose múltipla do São Luiz Itaim.

No Brasil, aproximadamente 40 mil pessoas vivem com o diagnóstico de esclerose múltipla. A doença é três vezes mais comum em mulheres e mais de 90% dos casos têm início em pessoas com idade entre 20 e 50 anos.

“Na maioria dos casos a doença se manifesta por meio de surtos, caracterizados por sintomas em um período (dias ou semanas), em que o sistema imunológico ataca o cérebro, medula espinhal ou nervo óptico”, conta Guilherme.

Entre os principais sintomas estão fraqueza ou dormência no braço ou perna, dificuldade para urinar, perda visual ou visão dupla, tonturas e desequilíbrios persistentes.

O diagnóstico pode ser feito por meio de uma avaliação combinada do histórico de sintomas, exame físico e exames de imagem, como a ressonância magnética.

“O principal problema em relação ao diagnóstico da esclerose múltipla é a variedade de sintomas simples e que podem parecer situações isoladas, como uma tontura ou formigamento. Por isso, é essencial sempre buscar atendimento médico e investigar a causa desses sintomas”, alerta Jordy.

A avaliação com especialista é essencial para precisão no diagnóstico e adoção de tratamento adequado. Dados apontam que cerca de 10% dos casos de esclerose múltipla não avaliados por neuroimunologistas podem apresentar erro de diagnóstico. “Além disso, o profissional dessa especialidade tem de 30% a 50% a mais de chances de identificar precocemente atividades da doença”, complementa Guilherme.


Dia Mundial Sem Tabaco: cuidados fisioterápicos na saúde do fumante passivo

Fisioterapia contribui para a recuperação e prevenção de complicações decorrentes do tabagismo passivo


No dia 31 de maio, celebra-se o Dia Mundial Sem Tabaco, uma data que busca conscientizar sobre os perigos do tabagismo e seus impactos na saúde. Entre os diversos riscos relacionados ao tabaco, destaca-se a ameaça aos fumantes passivos, que são expostos à fumaça do cigarro e sofrem os mesmos males dos fumantes ativos. Os danos à saúde do fumante passivo são preocupantes, incluindo problemas respiratórios, cardiovasculares e até mesmo o aumento do risco de câncer. Nesse contexto, a fisioterapia desempenha um papel fundamental no tratamento desses indivíduos.

 

Segundo Nivea Malafaia, fisioterapeuta e coordenadora do curso do Centro Universitário UniFTC Salvador, "a fisioterapia é essencial no cuidado dos fumantes passivos, pois ajuda a minimizar os danos causados pela exposição à fumaça do tabaco". Através de técnicas especializadas, como exercícios respiratórios, reabilitação pulmonar e orientação sobre hábitos saudáveis, a fisioterapia contribui para a recuperação e prevenção de complicações decorrentes do tabagismo passivo.

 

Em Salvador, por exemplo, os esforços para diminuir a exposição dos familiares aos riscos do tabagismo passivo têm apresentado resultados positivos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de fumantes passivos em domicílio reduziu de 3,9% em 2019 para 2,9% em 2021, representando uma melhora significativa na proteção desses indivíduos. Apesar disso, a capital baiana ainda ocupa a 23ª posição no ranking nacional de fumantes, conforme apontado pela pesquisa Vigitel de 2021.

 

Portanto, é fundamental intensificar as medidas de prevenção e tratamento do tabagismo passivo. A conscientização sobre os perigos do fumo passivo e a importância da fisioterapia como aliada no cuidado desses pacientes são passos essenciais para preservar a saúde da população. Com o apoio de profissionais qualificados e o engajamento de toda a sociedade, podemos garantir um ambiente livre de fumaça e oferecer suporte adequado aos fumantes passivos em busca de uma vida saudável e livre dos malefícios do tabaco.

 

Nivea Malafaia afirma: "A atuação da fisioterapia no tratamento do fumante passivo que apresenta alguma manifestação clinica é indispensável, pois nossa abordagem é multidisciplinar e visa melhorar a qualidade de vida desses indivíduos. Através de técnicas específicas, conseguimos minimizar sintomas respiratórios, promover a reabilitação pulmonar e orientar sobre estratégias para evitar a exposição à fumaça do tabaco e prevenir ou minimizar ocorrência de doenças respiratórias. A fisioterapia desempenha um papel crucial nessa jornada de recuperação e cuidado integral."

Especialista explica 5 sinais que indicam a hora de trocar os óculos de grau

 Freepik
Saber o momento de substituir os óculos velhos por novos é importante para cuidar da saúde ocular e é possível economizar encontrando armações por até R$ 50 em óticas populares

 

        De acordo com o IBGE, cerca de 100 milhões de brasileiros possuem a necessidade de alguma correção visual, mas apenas 36,5 milhões de pessoas utilizam óculos de grau no Brasil. São muito comuns, entre usuários de óculos de grau, dúvidas como quando os óculos devem ser trocados e quais são os sinais que indicam a necessidade dessa troca. A indicação padrão, é que seja realizada uma consulta ao oftalmologista anualmente, porém, existem diversos fatores que podem fazer a troca necessária antes do intervalo de um ano entre uma consulta e outra. Para auxiliar, a rede de óticas Visão de TODOS apresenta 5 sinais que podem indicar que está na hora de trocar os óculos de grau.


 

Dificuldade para enxergar de longe

Comumente presente na miopia, a dificuldade para identificar objetos ou conseguir realizar a leitura de textos que estão distantes, mesmo quando você faz o uso regular de óculos de grau, é certamente um alerta de que é preciso consultar um oftalmologista para revisar seu grau.

 

Dificuldade para enxergar de perto

Já comumente na hipermetropia, o aumento da dificuldade para enxergar objetos e conseguir realizar a leitura de textos próximos, como até as conversas no celular, é um indicativo de que seus óculos precisam de alterações. Além de apontar para uma possível piora no caso, não deixa de ser também um alerta para investigar alguma outra condição ocular.

 

Dores de cabeça constantes

Durante tarefas que exigem leitura ou até mesmo na hora de assistir a um filme, se há a presença de dores de cabeça constantes ou dores da região ocular, você deve se atentar para a necessidade de alterações em seus óculos. As dores são manifestações do seu corpo a partir do momento em que os óculos não estão mais funcionando da maneira como seus olhos precisam.

       

Fadiga ocular

No caso de cansaço na vista, mesmo utilizando óculos de grau, você pode estar forçando seus olhos devido a falta do funcionamento adequado das lentes de grau. Com o uso constante das telas e com as leituras rotineiras, se os óculos não estiverem adequados, você estará constantemente forçando as vistas. Não deixe de consultar o oftalmologista caso sinta a visão embaçada, ardência ou vermelhidão nos olhos.

       

Vertigem e náusea

No caso desses sintomas não estarem relacionados a outras condições médicas, vertigem e náusea também podem indicar necessidade da troca dos óculos. O grau incorreto gera diferença na percepção de forma geral, o que pode causar uma sensação de desbalanceamento, o que gera a náusea e vertigem.

 

        Caso haja a presença de um dos sintomas citados, procure seu oftalmologista para realizar as correções necessárias e o acompanhamento para cada caso ocular. Os sintomas não devem ser ignorados, tendo em vista que podem levar a uma piora evolutiva de quem está fazendo a utilização de lentes inadequadas. O uso contínuo de óculos com grau indevido pode acarretar também na diminuição da própria percepção de distância, gerando um desconforto constante durante a realização de atividades do dia a dia.


O financeiro tende a ser uma das razões que mais dificultam o acesso a cuidados de saúde ocular e a óculos de grau adequados. Isso porque, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, a cegueira e a deficiência visual acometem quase quatro vezes mais pessoas pobres e 80% destes casos poderiam ser evitados com promoção de saúde ocular e tratamentos adequados. 


Diante deste cenário, segundo Danielle Motta, CEO e responsável pelas franquias Visão de TODOS, as óticas Visão de TODOS atuam justamente para facilitar o acesso das pessoas a óculos de qualidade. “Nós trabalhamos com valores que cabem no bolso e levamos oportunidade de acesso às melhores lentes do mercado, fazendo com as classes C e D possam ter também o que somente as classes A e B teriam condições de comprar”, afirma Daniele. Com valores até R$ 50,00, a empresa atende em 11 estados brasileiros e vê na administração solidária uma forma de fazer a diferença e colocar em prática sua visão de mercado, além de trabalhar com formas facilitadas de pagamento e crédito.

 

Visão de TODOS

Portadores de doenças reumáticas entram em alerta com o inverno

Reumatologista revela quais sintomas que se agravam no frio e como se precaver


O termo “reumatismo” é usado para se referir as mais de 200 doenças que afetam articulações, ligamentos, esqueleto e músculos. Algumas delas são: artrite reumatoide e artrose.

Com a chegada de dias mais frios pessoas com reumatismo tendem a se preocupar, pois as dores corporais aumentam. Mas, segundo especialistas, não significa que a doença está piorando. “Este fato ocorre devido as pessoas se encolherem, deixando os vasos mais estreitos, tendões e músculos contraídos, dificultando a sua movimentação” diz a médica reumatologista Cláudia G. Schainberg.

As áreas mais afetadas no corpo são as mãos e pés que já tem uma temperatura baixa por si só. “Um dos meios para diminuir a dor é se agasalhando, evitando vento, tomando banhos mornos ou até mesmo quentes e realizando exercícios físicos” afirma a especialista.

Alguns casos são mais comuns nessa época do ano como: artrose, lombalgia, tendinites, bursites, artrite idiopática juvenil, osteoporose entre outras doenças. A doutora alerta que em casos de dores nas costas, febres constantes e anormalidade ou piora do estado físico o ideal é visitar o reumatologista, que irá avaliar e indicar os procedimentos corretos que devem ser seguidos.

 

Dra. Cláudia G. Schainberg - graduada em Medicina pela Universidade Federal da Bahia e possui mestrado e doutorado pela Faculdade de Medicina da USP. Fez também especialização em Reumatologia no Canadá e Estados Unidos. Dra. Cláudia ainda declara a importância sobre assuntos sociais relacionados à saúde, bem-estar, qualidade de vida, autocuidado e humanismo. Atualmente exerce atividades de ensino, assistência e pesquisa no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, onde chefia o Laboratório de Imunologia Celular do LIM-17 e o Ambulatório de Artrites da Infância. Também faz parte do corpo clínico dos hospitais Israelita Albert Einstein, Sírio Libanês e Alemão Oswaldo Cruz. Já no Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, atua nos Ambulatórios de Osteoartrite, Gota e Espondiloartrites.

 

Inteligência Artificial auxilia no diagnóstico de Parkinson

Modelo desenvolvido por pesquisadores mostrou precisão de 96% de identificação da doença

 

A Inteligência Artificial é um dos assuntos mais comentados no momento. O ChatGPT (voltado para criação de texto) e o DAL-É (utilizado para criação de imagens e artes visuais) estão causando uma verdadeira revolução na criação de conteúdo, mas você sabia que a IA também está mudando a forma como lidamos com a medicina? 

Segundo um estudo publicado na ACS Publications, foi criada uma inteligência artificial que detecta o Parkinson muitos anos antes dos primeiros sintomas surgirem. Os cientistas não estão interessados somente em achar uma cura para a doença, mas em uma melhor forma de diagnóstico precoce, para assim, minimizar seus impactos e oferecer mais qualidade de vida para as pessoas.

Para a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, é necessário que a tecnologia seja parceira nas formas de detecção da doença. "Sabe-se que a Doença de Parkinson é um dos distúrbios do movimento mais comuns em todo o mundo e que ela afeta por volta de 1% da população com mais de 60 anos de idade, porém cada vez mais vemos o aumento de casos em pessoas na casa dos 30 e 40 anos. A comunidade médica torce para que a inteligência artificial venha a somar no tratamento, diagnóstico antecipado e quem sabe até somar em estudos que buscam a cura dessa doença", alerta a neurocirurgiã e diretora de comunicação da SBN, Vanessa Milanese.

Segundo o estudo, o uso de aprendizado de máquina e da metabolômica oferecem novas oportunidades de diagnóstico de doenças com até 96% de precisão anos antes do início dos sintomas, que podem ser: tremores, rigidez muscular, lentidão nos movimentos, problemas de equilíbrio e coordenação entre outros. Esses sintomas são causados pela perda de células nervosas no cérebro que produzem um neurotransmissor chamado dopamina. 

A ferramenta desenvolvida pelos pesquisadores chama-se Crank-MS que procura por compostos químicos específicos (os metabólitos) no sangue, identificando padrões que potencialmente podem prever o diagnóstico da doença. O estudo utilizou ao todo 39 pacientes para o teste.

Ainda de acordo com a neurocirurgiã: "pesquisas recentes sobre o Parkinson estão focadas em descobrir as causas subjacentes da doença e desenvolver novos tratamentos que possam prevenir ou retardar sua progressão. Alguns pesquisadores estão aproveitando o 'boom' da inteligência artificial aplicando o seu uso para auxiliar a medicina, mas cabe-se ressaltar que o médico do paciente deve ser sempre consultado em meio às respostas oferecidas pelo chat GPT", diz.

"Os neurocientistas, neurologistas e neurocirurgiões, estão trabalhando para ajudar essas pessoas, criando modelos de inteligência artificial para melhorar a vida dos pacientes  para que continuem a produzir e mantenham as suas atividades diárias e sociais", finaliza a especialista Dra. Vanessa. 


Sociedade Brasileira de Neurocirurgia –SBN
portalsbn.org
Instagram sbn.neurocirurgia

 

Confiança dos empresários do comércio cai pelo sexto mês consecutivo, mostra FecomercioSP

Variação ficou negativa em 1,5%, em maio; combinação entre fraca intenção de consumo e alto custo financeiro influencia cenário

 
O cenário composto por fraca intenção de consumo e alto custo financeiro das famílias tem limitado a expansão das empresas. Com isso, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) apresentou a sexta queda consecutiva: em maio, a variação ficou negativa em 1,5% em comparação a abril.
 
Na comparação anual, o recuo foi ainda maior: menos 8,3%. Os outros dois indicadores analisados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) referentes à intenção de expandir os negócios e à situação dos estoques ficaram praticamente estáveis, ao apresentarem variações de 0,5% e de -0,2%, respectivamente. 
 
Essa situação limita a expansão das empresas, revela a Entidade. Dentre as variáveis que integram o ICEC, a que avalia as condições atuais (ICAEC) apontou queda de 4,3% no quinto mês do ano, na comparação mensal. O IEEC, que mensura as expectativas futuras, caiu 1,8%, ao passo que a variável do índice de investimento (IIEC) avançou 1,3%. Na base de comparação anual, o primeiro indicador registrou queda de 14,1%, o segundo caiu 5,7% e o terceiro recuou 6,4%.


 

Expansão e investimento

O Índice de Expansão do Comércio (IEC) fechou maio com variação positiva de 0,5% em relação ao mês de abril. Na comparação interanual, o indicador recuou 10,2%. Estabilidade também foi vista nos índices que medem as expectativas para contratação de funcionários e o nível de investimento das empresas: 0,5% e 0,4%, respectivamente. Na comparação interanual, ambos os quesitos registraram queda: o primeiro com baixa de 9,1% e o segundo com resultado negativo de 10,7%.

 
Estoques mais adequados

De acordo com a FecomercioSP, a ligeira melhora na intenção dos empresários de investir pode estar relacionada à queda do nível de inadequação dos estoques. Neste mês, os empresários sinalizaram que estão menos estocados que o mês passado.
 
O Índice de Estoque (IE) caiu 0,2% no quinto mês do ano, e, em relação a maio de 2022, o indicador recuou 5,6%. A proporção dos empresários que consideram a situação adequada caiu 0,1%, ao passo que aqueles que relatam a situação inadequada para cima do desejado apresentou queda de 1,4%. A porcentagem dos empresários que consideram os estoques inadequados para baixo do desejado teve alta de 1,6%, enquanto que a proporção dos que relatam estoques adequados segue maior do que os inadequados: 57,9% contra 41,8%, respectivamente.
 
Segundo a Federação, o comércio, assim como todos os setores da economia, enfrenta muitas incertezas. Por isso, os empresários devem ter cautela nas decisões estratégicas e financeiras. Dispor de uma gestão eficiente, com redução de despesas fixas — assim como criar estruturas austeras e flexíveis —, é uma medida importante para manter o caixa da empresa equilibrado.


 
Notas metodológicas

ICEC O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) contempla a percepção do setor em relação ao seu segmento, à sua empresa e à economia do País. São entrevistas feitas em painel fixo de empresas, com amostragem segmentada por setor (não duráveis, semiduráveis e duráveis) e por porte de empresa (até 50 empregados e mais de 50 empregados). As questões agrupadas formam o ICEC, que, por sua vez, pode ser decomposto em outros subíndices que avaliam as perspectivas futuras, a avaliação presente e as estratégias dos empresários mediante o cenário econômico. A pesquisa é referente ao município de São Paulo, contudo sua base amostral reflete o cenário da região metropolitana.


 
IEC

O Índice de Expansão do Comércio (IEC) é apurado todo o mês pela FecomercioSP desde junho de 2011, com dados de cerca de 600 empresários. O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando, respectivamente, desinteresse e interesse absolutos em expansão de seus negócios. A análise dos dados identifica a perspectiva dos empresários do comércio em relação a contratações, compra de máquinas ou equipamentos e abertura de novas lojas. Apesar desta pesquisa também se referir ao município de São Paulo, sua base amostral abarca a região metropolitana.


 
IE

O Índice de Estoque (IE) é apurado todo o mês pela FecomercioSP desde junho de 2011 com dados de cerca de 600 empresários do comércio no município de São Paulo. O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando, respectivamente, inadequação total e adequação total. Em análise interna dos números do índice, é possível identificar a percepção dos pesquisados relacionada à inadequação de estoques: “acima” (quando há a sensação de excesso de mercadorias) e “abaixo” (em casos de os empresários avaliarem falta de itens disponíveis para suprir a demanda em curto prazo). Como nos dois índices anteriores, a pesquisa se concentra no município de São Paulo, entretanto sendo a sua base amostral considera a região metropolitana.
 


FecomercioSP

 

ViaQuatro e ViaMobilidade abrem inscrições para comunidades visitarem o Museu das Favelas

Moradores próximos às linha 4 e 5 de metrô, e 8 e 9 de
 trens metropolitanos poderão visitar Museu das Favelas - Foto: Divulgação


Concessionárias e Instituto CCR fazem parceria para ampliar acesso de moradores do entorno das linhas de metrô e trens metropolitanos às atrações culturais e educativas

 

A ViaQuatro e ViaMobilidade, responsáveis pelas linhas 4-Amarela e 5-Lilás de metrô e das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda de trens metropolitanos, abrem inscrições para as comunidades visitarem o Museu das Favelas. As inscrições são direcionadas a escolas públicas, projetos sociais, ONGs (organizações não-governamentais) e associações de moradores.

 

A visita terá duração de 1h30 a 2h, com transporte e alimentação gratuitos, oferecidos pelo Instituto CCR. Dessa forma, os moradores do entorno das duas linhas terão a oportunidade de conhecer o espaço, aberto há seis meses e que está no Palácio dos Campos Elíseos, onde foi sede do governo do Estado até 1965.

 

Do centro do poder político em São Paulo, agora o Museu das Favelas dá voz às populações há muito tempo marginalizadas, por meio da arte e da preservação da cultura das periferias.

 

Os interessados devem entrar em contato pelos e-mails ouvidoria.vmb@grupoccr.com.br a moradores próximos das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, e sustentabilidade.viamobilidade@grupoccr.com.br para as linhas 4-Amarela e 5-Lilás. Em seguida, basta informar o nome do projeto, associação ou escola do responsável, telefone para contato, sugestão de data para a visita (com um mês de antecedência), número de pessoas e idade de cada um. Após a realização do contato, a data será confirmada com o solicitante.

 

A ViaQuatro opera a Linha 4-Amarela, que liga a Luz à Vila Sônia, enquanto a ViaMobilidade é responsável pela Linha 5-Lilás de metrô entre Chácara Klabin e Capão Redondo, além dos trens metropolitanos das linhas 8-Diamante (Júlio Prestes-Amador Bueno) e 9-Esmeralda (Osasco-Bruno Covas/Mendes–Vila Natal).

 

Projeto Pró-Saber 

Neste mês, a ViaMobilidade e o Instituto CCR realizaram parceria com o projeto Pró-Saber, que desenvolve atividades de leitura e brincadeira na comunidade do Paraisópolis, zona sul de São Paulo, e levaram 40 crianças e dois professores para conhecer o Museu das Favelas. A visita foi acompanhada pela equipe do espaço, que abordou temas artísticos, culturais e acadêmicos que levam a favela como inspiração e referência.


Promessa é dívida!

 Tudo o que é prometido em contrato se torna obrigação a ser cumprida. Ainda mais no caso de imóveis, que são bens duráveis, de valor elevado para a maioria da população, cuja decisão de compra leva em consideração aspectos específicos, como localização e metragem. 

Por se tratar de uma escolha que, por vezes, é para a vida toda, quando se destina à moradia, o não cumprimento do que está especificado em contrato acarreta em grandes transtornos e frustrações para quem sonhou com a casa própria. O que resta ao mutuário é acionar a justiça. 

Um exemplo desse tipo de caso ocorreu com uma consumidora de Belo Horizonte, que comprou um imóvel com duas vagas de garagem, no bairro Castelo, na região da Pampulha, mas não o recebeu conforme acordado. 

“O bem entregue à autora divergiu daquele que lhe foi prometido, pois teve suprimido direito a uma vaga de garagem”, como conta o presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Vinícius Costa. 

Segundo ele, a conduta da construtora “viola a boa-fé objetiva na fase pré-contratual, uma vez que a disponibilização de duas vagas constou no contrato de compra e venda e respectiva cessão de direitos, sendo, posteriormente, alterada quando da escritura pública, em claro comportamento contraditório”. 

“Caracterizado o inadimplemento da obrigação, coube à compradora escolher entre o cumprimento forçado da promessa (entrega da segunda vaga de garagem) ou a rescisão do contrato”, aponta Vinícius Costa. Ela optou pela primeira opção, que concedida pela ordem judicial. 

De acordo com o presidente da ABMH, neste caso, a questão se tornou mais simples porque a obrigação estava estipulada em contrato, tendo sido alterada quando da lavratura da escritura pública.  

“Além disso, o empreendimento já possuía vaga disponível para compradora, sendo necessário apenas a regularização documental (registro da vaga na matrícula da unidade e na convenção do condomínio”, acrescenta. 

Mas ele alerta que há casos em que as promessas são realizadas antes da assinatura da compra e venda, e sequer são incluídas nos contratos preliminares. Mesmo assim, há como fazer com que o vendedor cumpra o que foi acordado. 

“Para esse tipo de situação, é altamente indicado que se guarde todo o material publicitário, conversas de WhatsApp, e-mails ou qualquer outra forma de prova que demonstre que a promessa foi feita e que estava condicionando a realização do negócio”, orienta o advogado.

 

Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH)


Posts mais acessados