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quinta-feira, 18 de maio de 2023

MEI e IR 2023: entenda as mudanças e renegociação de dívidas

Wagner Pagliato, coordenador do curso de ciências contábeis da UNICID, explica o que muda neste ano para os microempreendedores e aponta os principais cuidados com o Imposto de Renda

 

O prazo para a Declaração do IR se aproxima cada vez mais e sabemos que 2023 está sendo ano de mudanças em diversos setores, principalmente para o Microempreendedor Individual (MEI). Essas pessoas devem se atentar em alguns pontos com as novas regras estabelecidas para a declaração deste ano. 

Diante disso, o coordenador do curso de ciências contábeis da Universidade Cidade de São Paulo – UNICID, Prof. Me. Wagner Pagliato, listou as principais mudanças do MEI para 2023, com intuito de auxiliar os contribuintes para os próximos passos. Confira: 

  1. Receita. O teto de faturamento anual do MEI poderá passar dos atuais R$ 81 mil para até R$ 130 mil em 2023. Isso porque os pequenos empresários que faturam menos que os valores máximos permitidos poderão passar a se enquadrar como MEI. Mensalmente, portanto, cada microempreendedor individual poderá ganhar até R$ 10,8 mil mensais;
  2. Trabalhadores. Poderá ser contratado até dois funcionários a partir de 2023, e obrigações previdenciárias relacionadas ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviços (FGTS) também foram adicionadas às mudanças: o Documento de Arrecadação do eSocial (DAE) terá de ser recolhido até o 7º dia de cada mês e quando existir rescisão de contrato, as obrigações deverão ser cumpridas até o dia 10;
  3. Tributação mensal. O Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), boleto pago todos os meses pelo MEI, será reajustado. O valor está relacionado ao ramo de atividade do microempreendedor e é feito com base no salário mínimo mais acréscimo de ICMS e ISS. Os empreendedores que desenvolvem atividades ligadas a Comércio e Serviços, que têm a taxa mais alta, atualmente pagam R$ 61.
  1. Renegociação de dívidas federais. As empresas optantes pelo Simples Nacional e os microempreendedores individuais têm até 25 de março para renegociar débitos inscritos em dívida da União com até 70% de desconto e prazo de até 145 meses para pagar. Lembramos que nos casos de ser indústria e comércio, a parte do ICMS contido nas contribuições deverá atender a legislação estadual, assim como no caso de prestação de serviço, o ISS deverá atender a legislação municipal, portanto, essa renegociação valerá somente para parte recolhida a união, ou seja, sobre R$ 60,60.

O professor destaca ainda que o Programa de Retomada Fiscal da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, prorrogado até o dia 31 de março de 2023, prevê descontos, entrada facilitada e prazo ampliado para esse pagamento. Os descontos podem chegar a até 100% dos juros, multas e encargos legais, limitado a 70% do valor total do débito.  

Veja abaixo as modalidades disponíveis do Programa de Retomada Fiscal disponíveis para as empresas optantes pelo Simples Nacional e os microempreendedores individuais:

Transação Extraordinária  

- Pagamento em até 142 meses.  

- Entrada de 1% (ou 2% se o débito tiver parcelamento anterior) em até 3 vezes. 

Transação Excepcional  

- Até 70% de descontos. Pagamento em até 142 meses.  

- Entrada de 4% em até 12 meses.  

- Desconto considerando o impacto financeiro da pandemia.  

Perse - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos  

- Até 70% de desconto. Pagamento em até 145 meses.  

- No primeiro ano, a parcela é de 0,3% do valor negociado.  

- Desconto considerando o impacto financeiro da pandemia.  

Transação de Pequeno Valor  

- Para débitos de até 60 salários mínimos, inscritos em dívida ativa há mais de 1 ano.  

- Entrada de 5% (em até 5 vezes) e o restante com até 50% de desconto, inclusive sobre o principal, em até 55 meses. 

Cuidados e dicas para 2023  

Pagliato, coordenador de ciências contábeis da UNICID, alerta alguns cuidados que os MEIs devem ter neste ano, assim como dicas para a pessoa jurídica ter êxito com seu CNPJ. Confira: 

  1. As novas regras são válidas para todos enquadrados no MEI, exceto se for Transação Extraordinária e Transação Excepcional;
  2. Pontos de atenção: Limite de faturamento, Registro dos funcionários, Venda para pessoa jurídica deverá emitir nota fiscal, Licença de funcionamento provisório vale por 180 dias;
  3. O dono da empresa deverá declarar imposto de renda por pessoa física, pois o lucro da empresa vai para o sócio;
  4. O que for vendido em cartão de crédito utilizando o CNPJ da empresa faz parte do faturamento, e a Receita Federal recebe as informações;
  5. Compre com nota fiscal, pois é possível vender somente se houver compra;
  6. Abra uma conta para a pessoa jurídica e receba dos clientes por ela, para depois transferir para conta física;
  7. Monte um controle com toda movimentação da MEI.

Se você ainda ficou com dúvidas ou precisa de suporte com o andamento do seu MEI, procure o Núcleo de Apoio Contábil e Fiscal (NAF) da UNICID. Os interessados no suporte deverão marcar a consultoria pelo e-mail naf.unicid@unicid.edu.br, para ter auxílio e orientação em todos os processos. Além disso, a instituição disponibiliza os e-mails imposto.renda@unicid.edu.br e naf.unicid@unicid.edu.br para que sejam encaminhadas perguntas sobre o IR. Os retornos também serão dados pelos estudantes, orientados por seus docentes. 

O MEI precisará apenas comparecer na hora marcada com leite em pó ou fraldas geriátricas, para contribuir com uma ação social da instituição de ensino, até 26 de maio de 2023. O contribuinte deverá comparecer presencialmente na Rua Cesário Galeno, 475, Tatuapé (próximo à Estação Carrão do Metrô), a partir de 17h. Os atendimentos serão por ordem de chegada e as vagas são limitadas. Além disso, haverá atendimento aos sábados: 15 de abril, 6, 13 e 20 de maio de 2023, das 8h às 12h.



Universidade Cidade de São Paulo – Unicid
www.unicid.edu.br


São Paulo está entre os principais destinos urbanos da América do Sul para viajantes conscientes

Crédito: KAYAK


O turismo urbano é um dos impulsionadores de viagens pelo mundo, com a expectativa de que quase 800 milhões de pessoas visitem destinos urbanos anualmente até 2025*. Para ajudar os viajantes a pesquisar opções de turismo urbano com menos impacto ambiental, o KAYAK, principal mecanismo de busca de viagens do mundo, lançou o Ranking de Cidades para Viajantes Conscientes**. Roterdã, nos Países Baixos, garantiu o primeiro lugar como o destino urbano mais relevante para viajantes engajados com sustentabilidade, seguido por Amsterdã e Graz.

 

O Ranking de Cidades para Viajantes Conscientes é um guia interativo projetado para ajudar os viajantes na hora de planejar sua próxima viagem a considerar aspectos relacionados à sustentabilidade, como acreditação em carbono em aeroportos, condições do tráfego, ou qualidade do ar em destinos urbanos ao redor do mundo. O levantamento do Ranking analisou 167 cidades em 63 países de acordo com 28 fatores para ajudar os viajantes conscientes a tomar decisões de viagem mais informadas. É possível filtrar a classificação do ranking seguindo os fatores que mais interessam aos viajantes.

 

Europa lidera

Roterdã, Amsterdã e Graz são as 3 primeiras posições no ranking do KAYAK, que tem as 10 primeiras posições ocupadas por cidades europeias. A cidade portuária holandesa de Roterdã obteve a pontuação mais alta, com seu aeroporto tendo um sistema avançado de gerenciamento de carbono certificado pela Airport Carbon Accreditation, com um grande número de propriedades com preços competitivos que foram qualificadas pelo Travel Sustainable Programme*** da Booking.com, uma grande rede ferroviária e a maior extensão de ciclovias. Amsterdã, também nos Países Baixos, vem em 2º lugar, mundialmente conhecida por opções para bicicletas e ruas para pedestres, com alternativas viáveis para dirigir carros ecológicos e uma alta concentração de estações de carregamento de veículos elétricos. Graz, na Áustria, ocupa o 3º lugar, pontuando com ótimas conexões ferroviárias, muitas estações de carregamento de veículos elétricos e centro da cidade - que é Patrimônio Mundial da UNESCO - ideal para conhecer e caminhar*.

 

As 10 cidades mais bem classificadas de acordo com o ranking do KAYAK para viajantes conscientes:

 

Roterdã, Países Baixos

Amsterdam, Países Baixos

Graz, Áustria

Trondheim, Noruega

Munique, Alemanha  

Helsinki, Finlândia

Estocolmo, Suécia  

Zurique, Suíça

Gotemburgo, Suécia

Vienna, Áustria

 

“Com o novo Ranking de Cidades para Viajantes Conscientes, estamos tornando mais fácil para os viajantes conscientes fazerem escolhas informadas para explorar os destinos urbanos”, comenta Gustavo Vedovato, Country Manager do KAYAK no Brasil.

 

América Latina está no pódio com Santiago do Chile, Quito e Bogotá

Santiago, no Chile, levou o grande prêmio no ranking latino-americano. O Chile oferece a maior redução nos preços médios dos voos durante a baixa temporada, com seu aeroporto sendo reconhecido pela ótima gestão de carbono de acordo com o Airport Carbon Accreditation. Em Quito, Equador, que ficou em 2º lugar, os viajantes podem facilmente alugar carros ecológicos, pois a cidade está bem equipada com estações de carregamento de VE. Como membro da UNESCO ICCAR (Coalizão Internacional de Cidades Inclusivas e Sustentáveis), Bogotá, na Colômbia, completa o top 3 da região, mostrando um compromisso com a diversidade e a inclusão - evidente na quantidade de passeios pela cidade que são acessíveis para cadeiras de rodas (26%).

O Brasil também tem três cidades no top 10: São Paulo, Porto Alegre e Salvador (veja a tabela abaixo).

 


América do Norte: Vancouver no topo

Vancouver, no Canadá, e São Francisco, nos EUA, são as duas primeiras no ranking do KAYAK para a América do Norte, logo à frente de Boston, Washington DC e Nova York. Vancouver é conhecida por sua qualidade do ar, San Francisco ficou em 2º lugar graças ao seu sistema de transporte ferroviário urbano de alto nível e vias exclusivas para pedestres. Boston está em 3º lugar, com muitas estações de carregamento de veículos elétricos, opções de aluguel de bicicletas e ciclovias que facilitam a locomoção pela cidade com menos emissões de carbono.

 

Tóquio lidera na Ásia

Tóquio, no Japão, alcançou a classificação mais alta na região da Ásia, seguida por Osaka, também no Japão, e Wellington, na Nova Zelândia. Os mercados locais, teatros e galerias de arte da capital japonesa são extremamente acessíveis graças a calçadas e ciclovias. A variedade de opções de compartilhamento de bicicletas de Tóquio conecta facilmente os viajantes ao sistema ferroviário de nível superior. Em Osaka, a popularidade das bicicletas chega a ser três vezes maior do que a dos carros.

 

Túnis está à frente de Tel Aviv e de Dubai

Ser um viajante consciente também significa apoiar a cultura e as comunidades de um destino e beneficiar a economia local sempre que possível, por exemplo, comprando produtos locais. Em Túnis, a Tunísia, que lidera o ranking na África e no Oriente Médio, a densidade de mercados e a oportunidade de fazer compras de segunda mão é ótima para mergulhar na cultura local. Tel Aviv, em Israel, está em 2º lugar e se destaca no número de passeios a pé, alguns deles gratuitos. E ao passear de uma atração cultural a outra, o viajante encontra pontos de reciclagem. Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, está em 3º lugar devido às opções de aluguel de carros elétricos por custos menores do que os de carros convencionais.

 

Sobre o ranking

O ranking do KAYAK para viajantes conscientes é um guia interativo, projetado para ajudar os viajantes a considerar aspectos relacionados à sustentabilidade, como credenciamento de carbono em aeroportos, tráfego local ou qualidade do ar, em destinos urbanos em todo o mundo, enquanto planejam sua próxima viagem. O ranking analisou 167 cidades em 63 países em 28 fatores para ajudar os viajantes conscientes a tomar decisões de viagem mais informados.

 

*De acordo com o ‘Global City Travel Report’ publicado pela Oxford Economics.

 

**O Ranking de Cidades para Viajantes Conscientes foi criado pelo KAYAK e seu portfólio de marcas de viagem, como momondo:167 cidades em 63 países foram analisadas em 28 fatores com base em dados de pesquisa externos e do próprio KAYAK, de 01 de março a 22 de setembro de 2022. As informações coletadas são baseadas nos dados disponíveis mais recentes. Para obter detalhes completos sobre a metodologia do Ranking, visite https://www.kayak.com.br/viajar-consciente.

 

***Travel Sustainable, um programa iniciado pela Booking.com e contando com mais de 400.000 acomodações reconhecidas globalmente, fornece informações confiáveis sobre esforços de sustentabilidade impactantes realizados por uma ampla gama de propriedades em todo o mundo e oferece aos viajantes uma visão transparente, consistente e fácil de entender de identificar uma gama mais ampla de estadias mais sustentáveis, não importa para onde queiram viajar. Para saber mais, visite: https://www.sustainability.booking.com/booking-travel-sustainable

 

 


KAYAK
www.KAYAK.com.br

Interamerican Network


Como a inteligência artificial vai impactar nas profissões

IA já é utilizada em diversos setores, desde a automação de processos simples até diagnósticos médicos

 

Com o avanço acelerado da tecnologia, a inteligência artificial (IA) tem se destacado como uma das principais tendências capazes de impactar diversos setores da economia, desde a saúde até a indústria. A IA tem o potencial de mudar significativamente o mercado de trabalho, trazendo novas oportunidades, mas também gerando incertezas para aqueles que não se adaptarem. Neste artigo, discutiremos como a IA vai impactar nas profissões e quais setores serão mais afetados.

 

IA e as profissões:

riscos e oportunidades 

De acordo com André Minucci, mentor de empresários da empresa Minucci RP, a inteligência artificial já é utilizada em diversos setores, desde a automação de processos simples até a realização de diagnósticos médicos. 

Conforme o relatório da McKinsey, as atividades com maior risco de substituição serão trabalhadores de serviços (30%), operadores de máquinas (40%). Já os ganhos maiores devem ocorrer nas áreas de saúde (25%) e manufatura (25%). Isso significa que algumas profissões correm risco de serem automatizadas, enquanto outras podem ser potencializadas pela IA.


Profissões que correm riscos

Algumas profissões que envolvem tarefas rotineiras e repetitivas estão mais sujeitas à substituição por máquinas inteligentes. Entre elas, podemos citar:

·         Operadores de telemarketing: a IA já é capaz de realizar atendimentos automáticos e responder perguntas frequentes. Com o aprimoramento da tecnologia, essa atividade tende a ser totalmente automatizada.

·         Motoristas de caminhão e ônibus: a automação do transporte pode tornar a atividade de motorista obsoleta em um futuro próximo.

·         Caixas de supermercado: a automatização de pagamentos por meio de aplicativos pode tornar essa atividade dispensável.

 

Profissões que ganham oportunidades


Por outro lado, a IA também abre novas oportunidades em diversas áreas. Profissões que exigem habilidades cognitivas mais complexas e criatividade estão menos sujeitas à substituição por máquinas. Entre as profissões que devem ter ganhos com a IA, podemos citar:

·         Médicos: a IA pode ser uma grande aliada dos profissionais da saúde, auxiliando no diagnóstico de doenças e na escolha de tratamentos mais efetivos.

·         Advogados: a IA já é utilizada para analisar documentos jurídicos e auxiliar em decisões judiciais. Essa tecnologia pode potencializar a atuação dos advogados, aumentando sua produtividade e eficiência.

·         Profissionais de marketing: a IA pode ajudar a otimizar campanhas publicitárias, analisando dados de consumidores e identificando tendências de mercado.

 

Crescimento da IA 


A IA já está transformando a maneira como trabalhamos e produzimos, e isso vai continuar a acontecer nos próximos anos. Conforme o relatório da McKinsey, muitos trabalhadores terão que se adaptar a novas formas de trabalho, mudando de profissão ou atualizando suas habilidades. 

De acordo com André, “É importante estar atento às tendências e buscar se capacitar para aproveitar as oportunidades que a IA pode trazer. Entretanto, a inteligência artificial nunca vai substituir as habilidades socioemocionais, como: liderança, empatia, confiança, resistência emocional, entre outras”, diz. Por isso, é importante investir em treinamentos de inteligência emocional. 

 

É importante estar atento às tendências e buscar se capacitar para aproveitar as oportunidades que a IA pode trazer. Com a colaboração entre humanos e máquinas inteligentes, poderemos criar soluções ainda mais inovadoras e impactantes para o mundo. 

 

É preciso se preparar para a transformação digital, não apenas como profissional, mas como cidadão, para que possamos viver em um mundo cada vez mais tecnológico e inclusivo. Com a inteligência artificial, temos a oportunidade de criar um futuro melhor para todos, desde que saibamos aproveitar suas oportunidades e enfrentar seus desafios. Vamos nos preparar para esse futuro e continuar a evoluir com a tecnologia.

 

minuccirp.com.br

Facebook e Instagram: @minuccirp e @andreminucci



Rotina otimizada: 5 principais inteligências artificiais que facilitam as tarefas do dia a dia

Conheça as ferramentas ‘queridinhas’ da atualidade, que geram economia de tempo e redução de custos nas rotinas pessoais e profissionais

 

A implementação de novas tecnologias vem fazendo a diferença nas rotinas pessoais e profissionais ao redor do mundo. Elas já estão presentes em inúmeras ações, atividades e tarefas cotidianas, mesmo que não percebamos. As inteligências artificiais, em especial, chegaram para facilitar e otimizar o dia a dia, com base no comportamento humano. Um relatório da Kinea Investimentos mostra que o mercado global de inteligência artificial movimentou US$ 383 bilhões em 2021 e US$ 450 bilhões em 2022, apontando uma tendência de crescimento relevante do setor para 2023.

“Coisas simples como serviços de streaming, aplicativos, câmeras de reconhecimento facial e compras no e-commerce são bons exemplos, e todos eles claramente otimizam nosso tempo e solucionam problemas”, pontua Joel Backschat, fundador da comunidade Orange Juice e CIO do Grupo FCamara, ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa o futuro de negócios. 

Pensando nisso, o executivo listou cinco importantes ferramentas de inteligência artificial que já estão no nosso dia a dia, trazendo inúmeras vantagens, especialmente para profissionais que precisam de facilitadores no mercado. Confira:

ChatGPT

Em primeiro lugar está um dos assuntos mais comentados do momento: o ChatGPT, IA que tem como objetivo principal melhorar a experiência de diálogo com bots e a qualidade das respostas. Como o próprio nome diz, o chat (conversa) funciona respondendo tanto às perguntas simples como às mais complexas, só que de maneira completa e com linguagem menos robótica, mais natural. Ele é capaz de oferecer diálogos mais orgânicos por utilizar uma linguagem baseada em aprendizado, ou seja, ela capta nuances de diálogos humanos.

“O bate-papo inteligente cria, considerado o sonho de todos seres humanos, processa e apresenta dados ao seu interlocutor de um jeito ‘humanizado’. Por isso, acredito que o ChatGPT é uma das ferramentas mais inteligentes já criadas. Ele mudou a forma como as pessoas se comunicam, tiram dúvidas e produzem, gerando rumos inovadores para diversos setores”, comenta Joel.

Midjourney

O aplicativo tem como principal função criar imagens por meio da inteligência artificial, funcionando em um servidor no Discord. Os bots criam ilustrações de forma rápida e eficaz, personalizadas de acordo com o pedido do usuário.

“Em resumo, a ferramenta usa seus algoritmos para traduzir solicitações de texto em imagens. Além do Midjourney, recomendo também a Blue Willow, IA com a mesma funcionalidade de gerar imagens, sendo acessível a todos, independente do nível de experiência e conhecimento. Inclusive, é possível testar através do servidor da Orange Juice”, conta Backshat. 

Copy

Comumente usada para tarefas de copywriting, é a queridinha de quem trabalha com postagens, redações, marketing e afins, pois ajuda a criar ótimos resumos, manchetes chamativas, posts interessantes, além de textos e artigos impecáveis. “A melhor qualidade dessa ferramenta é o serviço de edição eficaz que possui, porque traz uma nítida otimização de tempo e redução de custos”, fala Joel.

Tome

A Tome é mais uma ferramenta que veio para revolucionar o tempo de trabalho de profissionais e estudantes. Sua principal aptidão é criar apresentações de slides através da solicitação inicial do usuário, que traz um descritivo do que ele precisa. Em seguida, a ferramenta indica a melhor forma para esse storytelling/conteúdo ser exposto.

“Eu, particularmente, acho incrível a indicação da ferramenta, porque ela realiza desde o título inteligente até o layout, estrutura do texto, opção de gráficos e muitas outras coisas, o que ao meu ver, é uma grande revolução no setor”, complementa o executivo.

Adobe Firefly

Recentemente lançada, a nova ferramenta da Adobe é mais um modelo de inteligência artificial focado na geração de imagens. Ela permite que usuários usem comandos de texto capazes de ajustar ou até mesmo alterar imagens com extrema agilidade e eficácia. A ideia do Adobe Firefly é usar do banco de imagens da Adobe (Adobe Stock) para gerar novas imagens a partir do que você procura na barra de pesquisa, gerando uma qualidade excepcional, além de ser capaz de gerar novas imagens. 

“Por ser uma novidade no mercado, a Adobe já entendeu o funcionamento de outras ferramentas semelhantes e foi capaz de aprimorar seu lançamento, trazendo ainda mais inovações e facilidades quando se trata de lapidar imagens. O trabalho final é de muita qualidade. Tem tudo para cair no gosto dos usuários”, conclui Joel. 

 

FCamara

www.fcamara.com


Cardápios digitais: incômodo ou mais acessibilidade de forma sustentável?

Freepik
Não é de hoje que os cardápios digitais, via QRCode ou tablets, vem ganhando cada vez mais espaço em restaurantes, bares, lanchonetes, cafeterias e outros estabelecimentos que atuam com foco em alimentação fora do lar. Sabemos que, como qualquer outra mudança, é necessário um certo tempo para nos acostumarmos com essa nova realidade. Mas, tal iniciativa vem sendo questionada pelos consumidores saudosos do cardápio físico. Será que o que nos incomoda pode ser bom?

Antes de sua leitura deste meu ponto de vista, vale a pena lembrar que o setor de restaurantes, bares, lanchonetes e similares vive da fidelização de seus clientes, que buscam alimentos saborosos, acessíveis, sem renunciar à qualidade e muitas vezes necessitam de rapidez, e a diferenciação entre os negócios muitas vezes é a hospitalidade. É um setor muito competitivo, com várias opções no mercado. E quando o consumidor não é bem atendido, muitas vezes troca o estabelecimento por outra opção, e é por isso que atender seu cliente com um bom produto e serviço a preços justos é um cuidado muito importante.

Voltando ao cardápio digital, é importante levar em consideração alguns fatores, principalmente relacionados à idade dos clientes. Na 6ª edição da pesquisa Alimentação Hoje: a visão do consumidor, realizada pela Galunion, podemos observar que as novas gerações preferem digitalização e ter autonomia no momento de efetuar o pedido na hora das refeições. Para os entrevistados de 18 a 23 anos, 52% preferem este meio para acessar o menu, 43% para realizar o pedido e 45% para realizar o pagamento. Na faixa etária que vai de 24 a 38 anos, 48% preferem o digital para acessar o menu, 41% para realizar o pedido e 45% para pagar o pedido. Porém, quando considerada as idades entre 39 e 54 anos, apenas 38% preferem acessar o menu digital, 36% realizar o pedido e 42% efetuar o pagamento.

Apesar da preferência do consumidor contar muito na jornada de compra no mercado de Food Service, a implantação de cardápios digitais, como o QRCode, trazem benefícios e vantagens ao setor como um todo, em diferentes frentes. Uma das questões é a praticidade e autonomia, já que é possível acessar as opções disponíveis no menu com apenas um clique, de forma mais rápida, sem a necessidade de esperar pelo garçom. Isso facilita muito a dinâmica principalmente quando o local está com alto volume de pessoas.

Levando em consideração os novos hábitos oriundos da pandemia, trata-se de uma opção mais higiênica se comparado ao cardápio em papel ou plástico, que podem não ser limpos com a frequência necessária ao longo do dia. Esta alternativa também visa questões de acessibilidade, já que na evolução dos cardápios digitais sabemos que é possível ouvir o cardápio em caso de pessoas com deficiência visual, por exemplo, promovendo mais autonomia na hora da escolha. Para aqueles que acham as letras pequenas, basta aumentar a tela por meio de zoom, para facilitar a visualização, ou até mesmo as letras. Para pessoas com baixa visão, os smartphones atuais tem a opção de deixar o fundo preto e as letras brancas, melhorando a leitura. E na questão das pessoas que possuem alergia a ingredientes e precisam das informações nutricionais, podem ter links para facilitar o acesso, que muitas vezes o atendente ou garçom não saberiam explicar.

Talvez você esteja pensando: mas fui em um estabelecimento e o cardápio por QRCode não tinha todas estas funcionalidades. O fato é que a adoção das melhores tecnologias faz parte de um processo constante de aprimoramento do setor.

Uma das melhores vantagens é que o cardápio digital acaba sendo mais ecológico, pois não há a necessidade de ser impresso. Sim, isso reduz custos, o que é importante para os preços do cardápio continuarem a ser competitivos. Mas também traz outras vantagens: o cardápio digital pode ser atualizado antecipadamente a cada mudança de prato, alteração de valores ou inclusão de promoções esporádicas. Por meio do digital, as promoções podem ser aproveitadas de forma melhor e mais ágil, ganhando destaque logo que o consumidor acessa o menu da casa. Há muitos chefs que adotam produtos mais frescos e sazonais, e o cardápio digital facilita a introdução das novidades. No caso do impresso, há uma dificuldade nas alterações, pois há a necessidade de uma nova versão. Ou seja, também há uma redução considerável na produção de lixo e nos gastos com impressão de inúmeras cópias.

Pensando do ponto de vista do estabelecimento, o próprio dono pode acessar, editar e incluir as novidades de maneira prática e dinâmica. Isso possibilita o lançamento de promoções com mais frequência, que acabam sendo uma alternativa mais atrativa e barata aos próprios clientes. Na parte visual, as fotos acabam sendo um destaque a parte, já que, como sabemos, comemos primeiro com os olhos do que com a boca. Assim, as imagens dos produtos também facilitam no momento de escolher o que beber ou comer em determinada ocasião.

Temos ainda o benefício, no cardápio digital, de atualizar os produtos que temos em estoque: aquela bebida que acabou, ou ingrediente, pode ser facilmente atualizado e no cardápio consta apenas o que realmente se tem. Ou seja, sem o consumidor ficar frustrado por pensar em pedir algo e de repente o garçom informa que infelizmente este item não poderá ser servido.

Os benefícios são inúmeros, mas há quem não goste ou não se adapte a esta nova realidade. Para isso, os bares e restaurantes devem sempre prezar pela hospitalidade, tendo o QRCode ou tablet como opção principal, mas ter formas de atender os consumidores que tem alguma resistência ou dificuldade de verificar as opções por meio de uma tela. E isso também pode ser feito digitalmente, com um tablet do garçom que explica o menu. Ou pelos exemplares impressos, que, no entanto, limitam a introdução de novidades, aumentam os custos, são menos higiênicos e podem não ter as fotos que tantos gostam no momento da escolha.

Mais autonomia para uns, incômodo para outros. Porém, as questões que envolvem o quesito sustentabilidade, seja ela no âmbito social, econômico ou ambiental, acabam sempre prevalecendo quando optamos pelo digital. Pode dar um pouco de trabalho para alguns, há necessidade de evoluirmos nas transformações da jornada dos consumidores para quem opta pelo digital, mas é fato de que pode ser bom para o planeta como um todo.

Breve resumo dos principais benefícios possíveis do cardápio digital para os consumidores:

  1. É mais higiênico;
  2. É mais ecológico, pois não gera novas impressões constantes;
  3. Autonomia para o consumidor: chega e já pode acessar o menu;
  4. Pode ter fotos que facilitam a escolha;
  5. Pode ser atualizado constantemente com novidades, promoções em horários diferentes
  6. Pode ser atualizado com estoque, facilita a escolha e não gera frustração;
  7. Pode ter o link com a lista de nutrientes e alergênicos dos ingredientes do cardápio;
  8. Pode ter sua letra aumentada facilitando a leitura;
  9. Podem ter link para pedido e pagamento automáticos, gerando mais rapidez;
  10. Podem facilitar os cardápios sazonais e de produtos frescos da estação.

 

Simone Galante  - fundadora e CEO da Galunion, consultoria especializada em alimentação fora do lar e catalisadora de conhecimento, network e inovação em prol dos negócios e dos profissionais do setor. A Galunion atua em projetos de consultoria e estratégia, estudos, missões técnicas, eventos e soluções inovadoras. Engenheira de alimentos, Simone tem mais de 25 anos de experiência no mercado de foodservice. Pela Galunion, realizou mais de 270 projetos customizados de consultoria para empresas e associações líderes do mercado brasileiro de alimentação fora do lar.   

Reforma tributária: taxação de lucros e dividendos impacta área médica; especialistas explicam

Profissionais que são contratados como PJ por hospitais e clínicas devem ser os principais atingidos; há preocupação no setor sobre qual será a alíquota proposta


Freepik
A reforma tributária que deverá ser debatida e apreciada pelo Congresso Nacional nos próximos meses vai impactar diretamente a área médica. É o que antevê a administradora Júlia Lázaro, sócia-fundadora e CEO da Mitfokus, startup especializada em soluções financeiras para a área de saúde. Impacto esse que deverá ser traduzido em aumento da carga de tributos.

O peso desse aumento ainda vai depender de como o novo governo e o atual legislativo vão conduzir as propostas. Cálculos de dois anos atrás projetavam um acréscimo de 75%. Esse incremento virá principalmente da taxação de lucros e dividendos, que atingirá em cheio os profissionais contratados como pessoa jurídica (PJ), prática cada vez mais recorrente no setor.

Tanto por parte do Ministério da Fazenda, como do Ministério do Planejamento e Orçamento e da articulação política do governo no Congresso já deram sinalizações de que a ideia é manter, como base da reforma tributária, as propostas de emenda constitucional 45/2019 e 110/2019. Ambas estabelecem o fim de cinco tributos (ISQN/ISS, municipal; ICMS, estadual; PIS, Cofins e IPI, federais), sendo substituídos pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), federal.

Mas, para Júlia Lázaro, a taxação de lucros e dividendos no Imposto de Renda Pessoa Física inevitavelmente será incluída. A definição aguardada é sobre em que condições – alíquotas, formas de incidência – se dará tal taxação. “Desde 1995, os lucros e dividendos recebidos pela pessoa física são isentos de Imposto de Renda na fonte, entendendo que a tributação já ocorre no Imposto de Renda Pessoa Jurídica”, relembra a especialista.

Na proposta da equipe econômica do governo anterior, enviada em junho de 2021 ao Congresso, a alíquota prevista era de 20%. O advogado Lucas Souza, do jurídico da Mitfokus, constata que o impacto será sobretudo para médicos que constituem pessoa jurídica em grupo. Trata-se de uma prática recorrente entre profissionais que trabalham em hospitais e clínicas, principalmente de especialidades e funções que demandam equipes 24 horas por dia.

“Os grupos costumam ser grandes, com até 30 profissionais sob uma única PJ. Então, esse grupo acaba tendo faturamento além do enquadramento do Simples Nacional. A taxação de lucros e dividendos será para faturamento acima do limite do Simples Nacional, que está em R$ 4,8 milhões por ano”, explica o advogado.

Souza acrescenta que a carga tributária, até esse limite de R$ 4,8 milhões, é, em média, de 16%, incluindo Imposto de Renda Pessoa Jurídica, Contribuição Social sobre Lucro Líquido e PIS/Cofins, além do municipal ISS (Imposto Sobre Serviços). Com a proposta anterior, essa carga se elevaria para quase 26%, isto é, um incremento de dez pontos percentuais, ou quase 75%.

De acordo com o consultor Lucas Ribeiro, fundador e CEO da ROIT, fintech de hiperautomação de gestão contábil, fiscal e financeira de empresas, de fato, atividades dentro do setor de serviços, como as ligadas à saúde, devem ficar atentas à tramitação da reforma tributária. Embora a substituição de cinco tributos pelo IBS seja benéfica, pela simplificação do sistema e pela eliminação de efeitos cascatas, há detalhes que precisam ser bem definidos, a fim de se evitar o aumento da carga.

Por exemplo, as regras de transição e de obtenção de créditos tributários, por parte das empresas. “No que estava tramitando anteriormente, havia pelo menos 20 pontos a serem olhados com atenção”, recorda-se. Na avaliação de Ribeiro, um passo importante para mitigar os efeitos é garantir uma reforma tributária ampla, consistente, e não de forma “fatiada”.

A julgar por manifestações públicas tanto de representantes do governo como dos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a reforma tributária será prioridade no Congresso. O relator do tema, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), tem afirmado que a votação ocorrerá neste ano.


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Sobre as propostas de reforma tributária: https://www.camara.leg.br/internet/agencia/infograficos-html5/ReformaTributaria/index.html.

Mitfokus: https://www.mitfokus.com.br/


A Lei de Guardiola e sua aplicação na Construção Civil

O renomado treinador de futebol espanhol Josep Guardiola, com passagens por grandes equipes como Barcelona, Bayern de Munique e Manchester City, sempre defendeu a ideia de que os campeonatos são vencidos nas últimas oito rodadas e perdidos nas oito primeiras. Essa teoria despertou a atenção de muitos times para a importância de um bom começo no campeonato, buscando ficar próximos da liderança, e de um final sólido, sem perder o controle da campanha realizada até então.

Essa lei, de origem esportiva, também pode se aplicar a outras áreas. E isso não é diferente quando se trata de projetos na construção civil. Ao analisar a tradição desse setor, pode-se constatar que muitas empresas acabam perdendo seu "campeonato" ao atrasar prazos ou exceder custos, justamente por não darem a devida atenção às fases de Ramp-up (Mobilização) e Phase-out (Desmobilização).

Essas fases que, juntas, representam entre 20% e 25% do progresso dos projetos, são frequentemente negligenciadas pela gestão que, muitas vezes, delega a responsabilidade a equipes com pouca autonomia e autoridade para garantir a agilidade necessária.

Na maioria dos casos, o gestor da obra entra no projeto já no meio do "campeonato" e acaba saindo antes do final, pois precisa gerenciar outra obra que já foi iniciada. Essa constante troca de gestores ao longo do projeto é apenas um dos problemas que explicam por que as empresas perdem "pontos" no início e na reta final.

Além disso, outros fatores também podem ser identificados, como o longo tempo necessário para mobilizar equipes, a falta de colaboração e priorização na fase de concepção dos projetos, a carência de integração entre produção e qualidade e a ausência de uma sistemática eficaz para remover restrições, entre outros.

A realidade é que esses conceitos da Lei de Guardiola precisam se difundir na indústria da construção civil, pois, somente assim, veremos um movimento das empresas reconhecendo a importância da estruturação adequada do Ramp-up e do Phase-out nas obras, visando obter uma partida mais ágil e um maior controle na fase final.

Dados e estatísticas reforçam a relevância dessa abordagem. Uma análise da McKinsey indicou que, de 2015 a 2019, época pré-pandemia, a produtividade na construção civil caiu. Analisando 100 megaprojetos brasileiros, a consultoria identificou que 80% deles estouraram o orçamento e tiveram atrasos de quase 20 meses. E a maior parte desses atrasos aconteceu durante as fases iniciais e finais do projeto - o que destaca a importância de um planejamento e execução eficientes do início até a conclusão da obra.

Além disso, é fundamental considerar o impacto financeiro dessas fases. A falta de uma boa gestão do Ramp-up e do Phase-out pode representar um aumento expressivo nos custos de em um projeto. Portanto, está claro que negligenciar essas etapas pode resultar em prejuízos significativos para os negócios do setor.

É nesse contexto que a Lei Guardiola, quando aplicada na construção civil, pode tornar mais eficiente todos os processos. Ainda utilizando jargões do futebol, é preciso deixar de lado aquela máxima que diz que “em time que está ganhando não se mexe”, pois, para vencer, é preciso colocar para jogo os profissionais corretos na largada e também dar a devida atenção às últimas etapas. Assim, amplia-se muito as chances de entregar a obra sem atrasos e dentro do orçamento estipulado. E isso é tudo o que mais se deseja!

 



Marcus Fireman - Engenheiro Civil graduado pela UFAL (Universidade Federal de Alagoas); Mestre em Gestão da Construção com ênfase em Lean pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul); Doutorado em andamento em Gestão da Construção com ênfase em Lean Construction pela UFRGS. Cofundador da empresa Climb Consulting, foi um dos idealizadores do Fórum de Inovação da Construção. Além disso, é palestrante em congressos e workshops nacionais sobre a aplicação do Lean Construction..

Exigência de visto para conexões no México causa problemas para brasileiros

De acordo com Daniel Toledo, advogado e especialista em Direito Internacional, existem relatos de pessoas detidas, com celulares e passaportes confiscados

 

Em 2022, o governo do México passou a exigir vistos de turismo para brasileiros que entrassem em seu território. No entanto, a decisão criou uma série de dificuldades para aqueles que desejam visitar ou trabalhar no país. Além de afetar negativamente as relações comerciais e diplomáticas entre os dois países, o movimento pode prejudicar as oportunidades de intercâmbio cultural e turístico, dificultando o acesso a oportunidades de trabalho e estudo no México.

As novas regras já estão apresentando diversos problemas para brasileiros que não sabiam da novidade e contam com uma conexão no país mexicano. Eles alegam que estão sendo detidos, obrigados a pagar taxas inexistentes e tem seus documentos e celulares confiscados, além de sofrerem constantes discriminações.

De acordo com Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados e sócio do LeeToledo PLLC, escritório de advocacia internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos, o problema teve origem no ano passado, quando o México indicou dificuldades na fiscalização de passageiros vindos da América do Sul. “Isso causou uma enorme pressão por parte do governo americano, que pediu atitudes para conter a onda de imigração ilegal. Com isso, entrou em vigor a necessidade de um visto, até mesmo, para conexões no país. Apesar da medida extremamente restritiva, o governo brasileiro não realizou as mesmas exigências para a população mexicana que visita o Brasil, ao contrário das medidas adotadas recentemente para os EUA, Japão, Austrália e Canadá”, relata.

Com isso, é importante que brasileiros que pretendem viajar ao país ou apenas precisem de uma conexão, agendem uma visita ao consulado Mexicano para a solicitação de um visto. “A taxa para o procedimento é de 51 dólares e tudo deve ser feito no consulado mais próximo do endereço residencial do solicitante. Pessoas que possuem visto americano, canadense, japonês ou europeu contam com a isenção dessa necessidade. No entanto, o processo é alvo de muitas reclamações por ser extremamente burocrático, além de contar com um site pouco intuitivo para usuários menos experientes”, declara.

As regras para conexão exigem que os passageiros não saiam dos aeroportos mexicanos durante seu período de estadia. “Além disso, as autoridades pedem que as pessoas não fiquem no país por mais de 24 horas. Adotando um movimento mais radical para evitar qualquer tipo de imigração ilegal, os mexicanos estão retendo o passaporte e deixando os brasileiros em uma salinha, apelidada de chiqueirinho. É uma situação complexa para aqueles que estão viajando e são obrigados a passarem pelo México”, lamenta Toledo.

Após a adoção das exigências de visto, o fluxo de brasileiros passando pelo México apresentou uma grande queda. “Dados apontam um declínio de 60% no número de brasileiros visitando o país, causando um prejuízo de aproximadamente um bilhão de dólares para as companhias aéreas. Com isso, houve uma redução de 15% nos voos com destino ao México”, finaliza o especialista em Direito Internacional.

  


Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com mais 180 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB Santos, professor honorário da Universidade Oxford - Reino Unido, consultor em protocolos diplomáticos do Instituto Americano de Diplomacia e Direitos Humanos USIDHR e professor da PUC Minas Gerais do primeiro curso de pós graduação em Direito Internacional, com foco em Imigração para os Estados Unidos.


Toledo e Advogados Associados
http://www.toledoeassociados.com.br

 

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