Pesquisar no Blog

quarta-feira, 17 de maio de 2023

17 de maio: Dia Mundial da Hipertensão Arterial

A doença atinge 35% da população brasileira, mas 50% não têm o diagnóstico 

 

A hipertensão arterial, ou popularmente chamada de ‘pressão alta’, atinge 35% da população brasileira, mas metade desses pacientes não sabem que têm a doença. Por não apresentar sintomas, ou trazer sinais inespecíficos, em muitos casos, as pessoas levam anos até descobrir o problema, e muitas vezes só descobrem quando algo mais grave acontece. 

“Permanecer com a pressão arterial alta eleva os riscos de doenças graves, como o acidente vascular cerebral (AVC) ou o ataque cardíaco”, alerta o Dr. Daniel Lerario, médico endocrinologista, mestre e doutor pela Escola Paulista de Medicina. Isso acontece, pois a doença provoca o estreitamento das artérias e faz com que o coração precise de cada vez mais força para bombear o sangue para o organismo e depois recebê-lo de volta, danificando as artérias e dilatando o coração. 

A hipertensão é caracterizada quando a sua pressão arterial apresenta valores iguais ou superiores a 14 por 9 (140 mmHg x 90 mmHg). “As principais causas são obesidade, sedentarismo, tabagismo, estresse e hábitos alimentares inadequados, incluindo a ingestão excessiva de álcool, sal, alimentos ultraprocessados e gorduras. Há, também, fatores genéticos que predispõem o desenvolvimento da doença, então pessoas com familiares hipertensos devem redobrar os cuidados”, explica Dr. Daniel.  

De acordo com Claudia Mendonça, nutricionista, especialista em Nutrição, Saúde e Alimentação infantil e mestre pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), a primeira dica para prevenção e combate à hipertensão arterial é retirar o saleiro da mesa.  

Cerca de 90% do sódio que consumimos está na forma de sal de cozinha, um tempero bastante utilizado na culinária brasileira. No entanto, quando utilizado em excesso, pode ser bastante prejudicial para a nossa saúde. Por isso (ser fonte de sódio, ele) deve ser evitado e, sempre que possível, substituído por outros temperos naturais.  

“Podemos substituir, no preparo dos alimentos, o sal por temperos frescos e naturais, como alho, cebola, ervas aromáticas e especiarias, que dão mais sabor aos alimentos”, sugere a nutricionista.  

É importante lembrar que o sal está presente e em grande quantidade em alimentos processados e ultraprocessados, enlatados, embutidos, em conservas e até mesmo em alimentos como pipoca de microondas, macarrão instantâneo, refrigerantes diet e zero e adoçantes. Por isso, todos estes alimentos devem ser evitados.  

“Sempre que possível, devemos optar por uma alimentação saudável, descascando mais e desembalando menos, ou seja, priorizar a comida caseira, simples, mas saborosa”, sugere Claudia. 

Segundo o Ministério da Saúde, a população brasileira consome, em média, 12g de sal/dia, quando o recomendado pela Organização Mundial da Saúde e pelo Guia Alimentar do Ministério da Saúde é de 5g de sal/dia, ou o equivalente a uma colher de chá. Esta porção corresponde a aproximadamente 2 gramas de sódio.

 

Principais sintomas 

Os sintomas da hipertensão arterial, quando ocorrem, são bastante inespecíficos, por isso é importante medir regularmente a pressão arterial e seguir corretamente as orientações médicas, em caso de alterações. Em geral, os principais sintomas são: 

  • Tontura
  • Palpitações
  • Dor de cabeça frequente 
  • Alteração na visão 

 

Prevenção e controle 

Em geral, a hipertensão não pode ser curada, mas pode e deve ser tratada e controlada por meio de mudanças nos hábitos de vida, alimentação balanceada e, quando necessário, uso de medicamentos. As principais medidas para a prevenção e controle da hipertensão são: 

  • alimentação balanceada 
  • controlar o peso para evitar o sobrepeso e a obesidade
  • evitar sal e alimentos processados e ultraprocessados
  • praticar atividade física regular
  • evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool
  •  evitar alimentos gordurosos

 

Entenda a diferença entre ronco e apneia do sono

Médico alerta que ronco traz problemas sociais e apneia costuma ser muito mais grave

 



Segundo o Dr. Lucas Sampaio, o ronco em si é o barulho causado pela vibração dos tecidos da faringe e se define como o ar passando imprensado em algum local.

“Quando dormimos, relaxamos a musculatura e, se estivermos com a barriga para cima, a língua cai para trás, diminuindo o espaço para o ar passar e gerando o ronco”, explica Lucas.

Apesar de ser algo ‘normal’, o ronco muitas vezes pode prejudicar a qualidade de vida do paciente, chegando inclusive a ser um problema social tão grave que pode levar a separações em um relacionamento e problemas no dia a dia.

“Eu tenho um paciente que não anda de avião, pois seu ronco é muito alto, gerando, assim, um problema social grave. Este paciente não dorme na casa de ninguém e, até para dormir em hotéis, os hóspedes dos quartos ao lado reclamam. Então vejamos que se trata de uma limitação social gravíssima, chegando mesmo a atrapalhar relacionamentos”, elucida o médico.

Lucas explica que o vilão maior do ronco é o sobrepeso, o acúmulo de gordura cervical e também na base da língua, que estreita a passagem de ar na via aérea.

“Desse modo, o ar irá vibrar mais e, consequentemente, a pessoa irá roncar com mais intensidade. Então, o roncador que tenha ou não apneia deve cuidar para não ter sobrepeso. Outros fatores são a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas”, diz.

“Quando a pessoa bebe mais, ela relaxa e, consequentemente, a sua musculatura também. Então o ar vai passar mais turbilhonado, gerando mais ronco, e esse pensamento serve também para qualquer medicação que seda e relaxe”, esclarece.



Diferença entre ronco e apneia do sono

Segundo artigo publicado pela Revista Científica Lancet, cerca de 49,7% da população brasileira apresenta pelo menos uma apneia do sono leve, que é quando acontece uma parada na respiração.

“A pessoa está roncando e aí para de respirar, a saturação cai e acontece aquele conhecido ronco mais alto, quando se volta a respirar. Então, a apneia leva à perda da oxigenação no corpo, gerando, com o tempo, microlesões no sistema nervoso central. Essa parada de respiração pode chegar a minutos e sua classificação é feita de acordo com quantos eventos de apneia o paciente teve em uma noite”, explica.

Segundo Sampaio, nota-se, em trabalhos científicos, que os prejuízos são diferentes em cada indivíduo e acabam aumentando o risco de se desenvolver doenças cardiovasculares, entre outras comorbidades.

“Uma pessoa que ronca deve procurar um médico especializado, de preferência um otorrinolaringologista, para ver se tem alguma alteração estrutural no nariz ou garganta que esteja levando a este quadro de apneia, para assim decidir qual a melhor forma de tratamento, cirúrgico ou clínico”, alerta.

Lucas, que está se especializando em otorrinolaringologia, complementa que o exame de escolha para diagnóstico é a polissonografia respiratória e neurológica e que, em alguns casos, pode-se recorrer ao auxílio de um neurologista se na polissonografia houver alterações neurológicas.

“Para o tratamento, devemos iniciar com uma perda de peso e, depois, individualizar, pois existe mais de uma opção de tratamento, como o aparelho intraoral, o CPAP e as cirurgias”, finaliza o médico.

 

Plano de Saúde: reajustes são necessários para equilíbrio de custos

Entenda quais são os fatores que causam o aumento recorrente nos planos de saúde no Brasil


No Brasil, os planos de saúde de assistência médica já somam mais de 50 milhões de beneficiários, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Até 2019, tais planos permaneceram no topo das reclamações do ranking anual de atendimento do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) durante oito anos consecutivos.

Segundo dados do Idec, o principal tema abordado pelos associados sobre planos de saúde são dúvidas e reclamações a respeito de reajustes abusivos (27,4%), predominantemente de planos coletivos. As demais reclamações abrangem principalmente negativa de cobertura, com 16,2%, e problemas relacionados à falta de informação, com 13,1%.

Atuando há mais de 35 anos no mercado brasileiro, como consultor de benefícios, foi possível acompanhar diversos movimentos na oferta de benefícios corporativos. Foram inúmeras regulações no mercado de saúde e previdência. Pude vivenciar as novidades do setor, as entradas e saídas de players no País, entre tantas transformações nesse universo B2B2C.

Dos benefícios que compõem o pacote tradicional que é oferecido pela maior parte das empresas que atuam no Brasil, o plano privado de saúde é o mais desafiador. Seja pela imprevisibilidade de custos futuros, pela judicialização ou pela própria pressão que muitas vezes os participantes da carteira fazem para ter suas necessidades atendidas com prioridade.

Afinal, quando se trata de saúde, o que não é urgente para uns, pode ser extremamente urgente para quem está passando por algum problema de saúde, seja próprio ou de algum familiar.

De acordo com a 7ª Pesquisa Anual de Benefícios, realizada no Brasil, pela maior corretora e consultoria independente de seguros do mundo, a Lockton, Assistência Médica é o único benefício oferecido por 100% das empresas participantes do estudo, seguido por Plano Odontológico e por Seguro de Vida, com 96% e 94%, respectivamente.


Gráfico extraído da Pesquisa Anual de Benefícios da Lockton, apresenta os benefícios mais oferecidos pelas empresas que atuam no País.

Frequentemente, a mídia divulga notícias sobre beneficiários de assistência médica questionando os reajustes dos valores de mensalidades ou, até mesmo, pessoas idosas questionando o motivo pelo qual pagam por valores superiores aos de pessoas mais jovens.

Também é muito comum ler ou ouvir questionamentos do tipo: ‘quase não usei o plano no último ano, então, porque tenho que ter reajuste?’.

Em uma população existem pessoas com muita necessidade de atendimento médico, outras com média necessidade e um grupo grande de pessoas que estão com a saúde em boa condição e que raramente buscam os serviços de saúde.

Esse comportamento fica evidente no gráfico a seguir, extraído do banco de dados da Lockton, que demonstra o comportamento de utilização de uma população de mais de 100.000 vidas nos últimos 12 meses, representando uma despesa total de cerca de R$ 615 milhões.


Gráfico extraído da Pesquisa Anual de Benefícios da Lockton, mostra o percentual de gasto acumulado versus a quantidade de usuários

 

O comportamento visto no estudo pode resumir o que comumente chamamos de mutualismo, ou seja:

  • 10% da população foi responsável por 69% de todo o custo gerado e 20% por 81% do custo total gerado pela massa como um todo.

É esta combinação de fatores que faz com que a mensalidade de um plano de saúde fique, de uma certa forma, adequada para a maioria das pessoas.

Qual seria o custo de um plano de saúde se todas as pessoas cobertas tivessem a mesma necessidade de atendimento e gerassem os mesmos custos dos 10% da população representada no gráfico acima? Seria proibitivo e não existiria produtos no mercado para cobrir todo este risco.


Então o conceito do Mutualismo é:

Em seguros, o mutualismo nada mais é do que a operação pela qual um grupo de indivíduos com interesses semelhantes contribuem individualmente com cotas ou frações para fazer frente aos custos relacionados a determinados riscos. 

No caso da operação de seguro saúde/plano de saúde, o mutualismo é formado pela mensalidade referente ao risco de cada participante, com o objetivo de repor as despesas médicas de determinado grupo de participantes.

Diferente do que ocorre no sistema de previdência complementar, o plano de saúde não segue o modelo de capitalização, ou seja, as despesas (mensalidades) pagas pelos participantes visam cobrir um determinado risco durante um período de tempo (por exemplo, 01 ano) e não o acúmulo de capital. 

Este é o motivo que todos os participantes que usaram ou não usaram o plano em um determinado período recebem reajustes, pois os valores que foram pagos durante o ano já foram utilizados para cobrir as despesas geradas no próprio ano.

Idade do participante e o custo do plano de saúde:

Os participantes idosos normalmente necessitam de maior assistência médica, uma vez que as doenças crônicas e os eventos de maior gravidade são mais prevalentes nestas faixas etárias. Algo inerente ao processo natural do envelhecimento humano.

Com o gráfico abaixo, cedido pela área de business intelligence da Lockton, fica evidente a diferença da frequência de utilização de participantes com 59 anos ou mais versus a frequência de utilização dos usuários com idades inferiores, o que justifica os custos acima de 60 anos serem maiores que os mais jovens.

Note a discrepância da frequência de utilização por beneficiário do plano de saúde durante o ano.



Portanto, o custo em programas de saúde é gerado pela:

  • População exposta ao risco durante o período de cobertura;
  • Pelos procedimentos médicos que necessitam serem cobertos pelo plano, acompanhando da atualização do ROL aprovado pela ANS – Agência Nacional de Saúde;
  • Pela quantidade de eventos realizados (frequência de utilização), por esta população, e;
  • Pelo custo de cada evento realizado: consultas, exames, terapias, pronto socorro, internações, etc.


E o preço do plano de saúde?

O preço é o valor que precisa ser cobrado dos participantes cobertos em planos individuais ou coletivos por adesão ou das empresas que contratam o plano para seus empregados, por meio de contratos coletivos empresariais, para fazer frente ao custo gerado pela população, acrescido das despesas administrativas (estrutura para operar o negócio), mais impostos, e, também, o lucro, já que uma Operadora/Seguradora de Saúde não é uma entidade beneficente e, sim, ela precisa ter lucro para continuar gerando empregos, seguir honrando os compromissos assumidos com os beneficiários dos planos e pagar os devidos impostos ao governo.

Logo, se tem preço é porque tem custo, se há reajuste é porque a conta não fecha. Não é uma questão de lucro. Saúde custa caro. Antes de reclamar é importante estar atento às regras do jogo, afinal, alguém tem que pagar a conta e quando se ingressa num grupo para ter acesso a benefícios e dividir as despesas é importante ter consciência do que usar, quando usar e porque usar.

A sustentabilidade do plano de saúde não é apenas responsabilidade da operadora ou dos planos em si, é também das seguradoras, das corretoras, dos hospitais, clínicas, médicos e usuários. Se cada um fizer a sua parte, educar e usar com moderação, diante de uma necessidade real todo mundo sai ganhando.

Essa história não é do lobo mal. Tem muita chapeuzinho vermelho por aí, passeando pelo bosque e distribuindo maçãs, sem se dar conta de que as maçãs serão divididas e pagas pela vovozinha e por outros moradores do bosque. E isso não é história de conto de fadas, é a vida real.

 

Cesar Lopes - diretor atuarial e de previdência complementar da Lockton Brasil. Graduado em Direito e com certificação pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), o executivo possui trinta e cinco anos de experiência no setor de Benefícios Corporativos. Antes de se juntar à Lockton em 2017, Lopes teve passagens por renomadas Seguradoras e ocupou posições de consultor sênior e de liderança em renomadas consultorias nacionais e internacionais. No decorrer de sua carreira, Lopes esteve dedicado a projetos de consultoria em estruturação de pacotes de benefícios, avaliações atuariais de benefícios pós-emprego, otimização de custos, desenho de programas de benefícios flexíveis, precificação de planos de saúde e análises comparativas (benchmarking).


Pobres brasileiros pobres

Cícero, um dos mais importantes filósofos da Roma antiga, deixou em sua vasta obra uma máxima importantíssima: “Que o bem estar do povo seja a lei suprema”. Lamentavelmente, o ensinamento de Cícero vem sendo ignorado pela maioria dos governantes e políticos brasileiros, em especial nos últimos 20 anos.

Nesse recorte histórico recente, o que se viu foram maus governos e descompromissados líderes políticos, todos mais preocupados em atuar para a manutenção e a ampliação de seus próprios privilégios do que trabalhar em favor da maioria esmagadora da população brasileira, sobretudo a classe média e os mais pobres.

É triste e revoltante ver que os representantes do povo, eleitos pela vontade dele, ignorem as maiores necessidades dos cidadãos, traindo a confiança que lhes foi depositada nas urnas. Nessas duas últimas décadas, enquanto os rendimentos dos políticos só aumentaram, imprimiu-se a asfixia econômica da parcela maior da população. São muitos os exemplos dessa caixa de maldades. A falta de correção da tabela do Imposto de Renda é uma das principais.

De acordo com estudos do Sindifisco Nacional, a defasagem na tabela do IR já é da ordem de 147% a 149%. Se a tabela fosse atualizada de forma a eliminar esse desequilíbrio, o limite de isenção seria elevado dos atuais rendimentos mensais de até R$ 1.903,98 para até R$ 4.702,38. Ou seja, 93% dos trabalhadores com carteira assinada ou que atuam como profissionais autônomos estariam isentos do Imposto de Renda. Esses cidadãos recolhem hoje, compulsoriamente, R$ 273,38 por mês de IR. Por trás do tecnicismo com o qual os governos justificam a não correção está uma verdade nunca dita: com essa prática, o Brasil continua a tributar inflação, fazendo isso sem previsão constitucional e sem lei autorizativa.

Nem mesmo o salário-mínimo tem tido recomposição em índice correspondente à inflação, que segue corroendo o poder de compra do brasileiro. O último exemplo foi o reajuste fixado para 2023, de R$ 1.302,00 para R$ 1.320,00. Isto é: aumentou R$ 18,00, o correspondente a apenas 1,38%, muito pouco para fazer frente à inflação que, em 2022, foi de 5,5%.

Além disso, o brasileiro sofre com a tributação excessiva sobre consumo, incidindo sobre tudo o que é adquirido por cidadãos de todas as classes econômicas. Tudo porque ainda se pratica um sistema tributário injusto e regressivo. Hoje, de 44% a 46% das receitas tributárias dos três entes federativos (União, estados e municípios) advêm do consumo. É o imposto incidente sobre cada produto que se compra no supermercado, na farmácia, no açougue e também sobre o gás de cozinha e a energia elétrica, essenciais a qualquer cidadão.

Por outro lado, as receitas provenientes de tributação do capital e da renda correspondem apenas a 17%-19% do total arrecadado no país. É exatamente o contrário do que acontece nos Estados Unidos e em muitos países do G10, o grupo das nações mais ricas do planeta. Nos EUA, por exemplo, a arrecadação sobre o consumo corresponde a 16%-18% e, sobre renda e capital, soma de 42%-46%.

Como se não bastasse, há anos os trabalhadores brasileiros vêm subsidiando investimentos dos governos federal e estaduais e até as empresas privadas altamente lucrativas e com ações cotadas na Bolsa de Valores. Pode parecer estranho, porém os números explicam. O governo remunera as contas dos trabalhadores relativas ao saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) mediante aplicação da TR e mais 3% ao ano. A poupança, forma mais popular dos trabalhadores guardarem o pouco que lhes sobra, tem remuneração equivalente à TR mais 4% ao ano. Enquanto isso, os banqueiros são remunerados pela taxa Selic, hoje de 13,75% ao ano. O equivalente ao IPCA mais 7% ao ano, ou seja, 7% ao ano acima da inflação.

Não há dúvidas de que esse tratamento discrepante é extremamente injusto. Afinal, os trabalhadores pagam imposto embutido em tudo aquilo que compram e encontram os preços sempre majorados pela inflação e IPCA, no mínimo. Além disso, os aluguéis – igualmente pagos com sacrifício - são majorados pelo IGP-M.

Portanto, a classe trabalhadora que forma a base da pirâmide (renda mais baixa) tem salário-mínimo reajustado em 1,38%, tem seu saldo de FGTS remunerado por taxa bem abaixo do IGP-M, IPCA e Selic, índices usados para o reajuste dos preços dos produtos da cesta básica e dos aluguéis. E ainda paga imposto de renda sobre inflação, apesar de sabidamente inflação não ser renda.

Não é a falta de recursos o que impede a correção de tais distorções. A verdade é que os governos nunca desistem de fazer caixa às custas dos que têm menos recursos para sobreviver. É uma espécie de disfarçada escravidão moderna, responsável pela criação e manutenção de um ambiente favorável para que políticos, em momentos oportunos, apareçam como amigos do povo anunciando aumentos dos programas de transferência de renda, ou distribuindo vale-gás e outros benefícios no melhor estilo “vale-voto”.

Por outro lado, está sempre aberta a caixa de bondade para as elites e para os políticos, os donatários do Século XXI. Reajustes generosos de suas remunerações – muitas vezes superiores a 30% ou até 40% - são votados e aprovados com muita pressa e sem nenhum pudor, beneficiando parlamentares, governadores, prefeitos, ministros, e diretores e conselheiros de empresas estatais. Parlamentares e membros do Judiciário ainda recebem auxílio-moradia, diárias generosas e gozam de planos de saúde ilimitados e de aposentadorias com valores muito acima do máximo concedido pelo INSS.

Para concorrerem às eleições e se manter no poder, os políticos ainda dispõem dos recursos dos fundos partidários e eleitoral, que totalizam bilhões, num sistema que se retroalimenta.

Legisladores não se envergonham de legislar em causa própria. Agora, passados apenas seis meses das últimas eleições, o país tem um novo exemplo disso com a tramitação de uma PEC no Congresso propondo a maior anistia da história a partidos políticos que tenham praticados irregularidades eleitorais. A proposta torna letra morta legislação anterior aprovada pelo próprio Congresso. Anula condenações e enterra os processos em tramitação na Justiça Eleitoral, inclusive aqueles relativos à utilização irregular dos fundos públicos. E, apesar de legislação mais ou menos recente proibir o financiamento privado de campanhas eleitorais, a PEC possibilita que dívidas de campanha sejam pagas com recursos de empresas privadas. Parece não haver limites.

Logo no início do novo governo, foi alterada a Lei das Estatais reduzindo brutalmente – de 3 anos para 30 dias – a quarentena dos que ocuparam cargos de direção partidária. Mais um jeitinho brasileiro para possibilitar a nomeação de membros e amigos das legendas aliadas como diretores e conselheiros das estatais, agências reguladoras e bancos públicos. Curiosamente, são estes cargos os de maiores remunerações no serviço público, com valores que podem ultrapassar a R$ 100 mil por mês. Mérito, competência, conhecimento e experiência deixaram de ser requisitos para a nomeação de cargos nos primeiros escalões da República.

E não se trata de caso isolado. Mais recentemente, foi modificado o estatuto da Apex (Associação Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos), dispensando a obrigatoriedade do domínio da língua inglesa para os postos mais elevados – e mais bem remunerados - da agência que lida com o comércio exterior.

O fundamento eleitoral parece ter sido adotado pelos governos das últimas décadas. Difícil acreditar que os políticos de fato desejam acabar com a pobreza se os votos dos mais pobres continuam decidindo as eleições.

Vivemos uma espécie de versão moderna das Capitanias Hereditárias que marcaram o período colonial com a distribuição de terras no Brasil pelo rei de Portugal. Aos donatários tudo é permitido, mesmo que seja necessário alterar as leis. Aos vassalos nada é permitido e as negativas são invariavelmente respaldadas pelo velho argumento da falta de recursos.

O povo brasileiro de há muito deixou de ser prioridade para os governantes. O bem estar da população como lei suprema preconizada por Cícero mantém-se preso ao escrito nos livros de filosofia. A preocupação maior continua sendo a arrecadação tributária, por certo necessária, mas que deveria vir acompanhada da devida contrapartida em serviços públicos de qualidade. Não é o que acontece.  E ninguém se lembra do que ensinou Margareth Thatcher, primeira-ministra do Reino Unido de 1979 a 1990: “Não existe essa coisa de dinheiro público, existe apenas o dinheiro dos pagadores de impostos”.

 

Samuel Hanan - engenheiro com especialização nas áreas de macroeconomia, administração de empresas e finanças; empresário, e foi vice-governador do Amazonas (1999-2002). Autor dos livros “Brasil, um país à deriva” e “Caminhos para um país sem rumo”. www.samuelhanan.com.br

 

Abuso infantil é a maior causa de denúncias virtuais

Profissionais da educação e de organizações da sociedade civil buscam opções para coibir episódios de violência contra crianças e adolescentes

 

Quase cinco mil pessoas se inscreveram no curso sobre prevenção de violência on-line na primeira infância; 1.672 já receberam seu certificado 

Um episódio da novela “Travessia”, exibido na rede Globo em março deste ano, chamou a atenção do público ao mostrar uma cena de assédio virtual ocorrido contra uma adolescente. O assunto recebe ainda mais notoriedade neste mês em razão da campanha “Faça Bonito”, que promove o Dia de Combate ao Abuso e Exploração Sexual, em 18 de maio. 

Conforme dados da Central Nacional de Denúncias da Safernet, crimes como o abordado na novela têm o mais alto índice de registro, ficando à frente de preconceitos raciais, cyberbullying e intolerância religiosa. De acordo com o levantamento, o Brasil registrou mais de 110 mil denúncias de abuso sexual infantil virtual em 2022, contabilizando 12 denúncias a cada uma hora.  

“Apesar de os números de denúncias já serem altos, infelizmente, existem muitos casos subnotificados. Sem uma orientação e um acompanhamento de um adulto, crianças e adolescentes acabam sendo vítimas fáceis para esses criminosos. Cabe às famílias e aos professores conversarem sobre os riscos ao navegar na internet, pois o maior aliado no combate a essa violência é a informação”, explica a coordenadora de Desenvolvimento e Soluções do Itaú Social, Cláudia Petri.

 

A preocupação com os riscos na internet recebeu atenção da professora Tainá Almeida Antunes, de Duque de Caxias (RJ), ao descobrir que uma das crianças do seu bairro havia sido vítima desse crime. “Quando começamos a abordar esse assunto em nosso cotidiano, outros adolescentes vieram relatar denúncias sobre o mesmo tema”. 

A docente foi uma das cursistas do “Prevenção da violência on-line na primeira infância”, oferecido pelo Polo, ambiente de formação do Itaú Social. O curso é gratuito, certificado e oferece materiais de apoio e ferramentas para potencializar o diálogo sobre a construção de rotinas saudáveis de uso das tecnologias.

Após a conclusão do curso, Tainá adotou uma nova rotina que envolvia proteger seus alunos e as crianças de sua comunidade religiosa. “O conteúdo da plataforma traz métodos eficazes de prevenção que podem ser aplicados para cada faixa etária entre zero e seis anos”. 

A professora não está sozinha, a formação recebeu quase cinco mil inscrições de profissionais da educação e do terceiro setor, além de pessoas preocupadas com a segurança de crianças no ambiente virtual, como Ana Paula Silvéria Quinan, formada em gestão pública e pós-graduanda em direito em Aragarças (GO). 

“Mulheres que são vítimas de violência doméstica e não conseguem romper o ciclo de dependência, muitas vezes, não enxergam outra saída senão manter o relacionamento. E, nessa dinâmica, de conflitos constantes, os filhos se veem sozinhos. Não surpreende que a internet acabe virando um recurso para anestesiar as emoções daquela criança. É aí que ela fica exposta a verdadeiros predadores, começando uma convivência que pode gerar traumas e oferecer risco à sua integridade física” explica Quinan.

 

Dicas para educadores de como proteger o estudante durante a navegação:

·         Disponibilize a escola como um espaço de disseminação de informações e debates sobre o tema;

·         Reflita sobre o uso responsável das redes sociais e aplicativos de mensagem instantânea, como o WhatsApp;

·         Inclua discussões sobre sexualidade e a sua banalização e superexposição nos meios de comunicação;

·         Promova encontros de reflexão e atividades de integração entre pais, professores e alunos;

·         Promova com os alunos a noção de autocuidado e autoproteção no âmbito da educação para autonomia;

·         Use dados estatísticos, histórias reais e notícias de fontes qualificadas para informar a todos sobre a melhor maneira de proteger crianças e adolescentes do abuso on-line e da pornografia infantil, além de evitar sua exposição a conteúdos inapropriados;

·         Observe o comportamento dos alunos e alerte-os sobre os riscos da internet.

 

*Fonte: Navegar com segurança / Childhood Brasil, instituição colaboradora do curso.



Pesquisa mostra o que os consumidores acham sobre o atendimento de robôs

 

Divulgação
Para os brasileiros, é preciso investir ainda mais na personalização das conversas e na agilidade das respostas, revela CX Trends 2023

 

A tecnologia, quando aliada às necessidades e expectativas do consumidor, pode ser extremamente eficiente. Por isso, o atendimento via chatbot, robôs e assistentes virtuais tem sido cada vez mais comum em diversos segmentos como parte das estratégias de relacionamento e atendimento ao cliente. Com foco em gerar valor para quem é o motivo da existência de cada empresa brasileira, o CX Trends 2023,  realizado pela Octadesk em parceria com a Opinion Box, perguntou para mais de dois mil consumidores online sobre o que eles pensam sobre esta tendência e como usar a favor dos negócios para gerar mais eficiência.

Para que o atendimento seja bom, a maioria dos respondentes (67%) afirmaram que o robô precisa conseguir conectá-lo a um humano quando necessário, 55% afirmaram que é necessário trazer opções compatíveis com o problema e 42% destacaram que é preciso ir direto ao ponto. Além disso, a agilidade nas respostas (38%), atendimento  a qualquer hora que precisar (32%) e conhecimento do cliente com histórico de compras e  dados (31%) foram outros pontos cruciais apontados pelos entrevistados.

Quando questionados sobre os motivos que podem gerar insatisfações neste tipo de atendimento, a maioria afirma que é quando os robôs não entendem o que foi solicitado (62%), seguido da falta de agilidade de resposta (36%) e, por último, a comunicação impessoal (21%).


Tempo de respostas aceitáveis

Em uma venda consultiva, quando é preciso tirar uma dúvida ou até mesmo fazer uma reclamação, o tempo de resposta aceitável pode variar de canal para canal. O CX Trends 2023 mostra que para atendimentos telefônicos, 37% dos entrevistados acreditam que a espera tolerável é de até 1 minuto. Para aplicativos de mensagens (52%), como o WhatsApp, e chat online (67%) os consumidores toleram até 5 minutos, e atendimentos via e-mail (63%) e redes sociais (77%), como Instagram e Facebook, o tempo aceitável pode aumentar em até 1 hora. 


Dica do especialista

Rodrigo Ricco, CEO da Octadesk, conta que é preciso conhecer a jornada de compra e sempre que possível, revisitá-la, já que as preferências do consumidor podem mudar com o tempo. “Para realizar esse mapeamento, entenda os principais motivos de acionamento e entenda os desafios dessas etapas e como seu negócio pode antecipar a resolução desses desafios para agir de maneira proativa. Além disso, é fundamental garantir que o robô esteja configurado corretamente para atender o público e assim responder corretamente a com a agilidade. 

O especialista ainda destaca que a visão e a categorização de conversas são etapas essenciais para saber quais opções de atendimento sugerir para o cliente: se o mais adequado seria o autoatendimento ou a opção de falar com um humano. “O que podemos concluir aqui é que as empresas precisam da ferramenta e do conhecimento técnico adequados para usar o atendimento automatizado. Muito além da tecnologia, é necessário compreender a jornada do cliente”, finaliza Ricco.


Metodologia 

O estudo foi realizada pela Octadesk em parceria com o Opinion Box, apoiadas pela Bling, E-goi, Locaweb Company, KingHost e Nextios, e ouviu mais de 2 mil consumidores acima de 16 anos de todo o Brasil e de todas as classes sociais, em janeiro de 2023. A margem de erro da pesquisa é de 2,1 pontos percentuais.


Dia Mundial da Internet: 5 tipos de fraudes digitais e como se proteger, segundo a Serasa Experian

Phishing, Ransomware e Fraude Financeira são algumas das ameaças atuais

 

Em 17 de maio é comemorado o Dia Mundial da Internet. Já são mais de 90% dos domicílios brasileiros com acesso à rede mundial de computadores, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). O avanço da conectividade das pessoas trouxe muitos benefícios, mas também ameaças ao ambiente digital. As fraudes, por exemplo, ficaram mais recorrentes e é necessário ficar atento para não ter seus dados pessoais e bancários roubados. 

Para celebrar a data global, a Serasa Experian listou as cinco principais fraudes digitais do momento para que as empresas e consumidores saibam quais são e como se proteger. Confira: 

·       Phishing: fraude digital comum em que o golpista compartilha links maliciosos como se fosse uma mensagem de origem verdadeira (um banco ou uma rede social, por exemplo). Ao acessar o link e ser mandado para um site ‘clonado’, a vítima acaba compartilhando seus dados pessoais sensíveis, e abre caminho para as atividades fraudulentas do invasor; 

·       Ransomware: uma das fraudes digitais que mais acontece atualmente consiste no envio de um malware que se instala em alguma brecha de segurança da rede de uma empresa. O fraudador dispara um comando remoto que criptografa as informações presentes nessa rede, e posteriormente cobra um ‘resgate’ para liberar a chave de descriptografia; 

·       Fraude financeira: essa é uma das situações que gera maior preocupação, principalmente em tempos de facilidade para transferir valores via Pix. Aqui, golpistas roubam ou furtam informações financeiras (dados de conta bancária ou cartão de crédito) para fazer transações não autorizadas ou sacar valores da conta das vítimas; 

·       Roubo de identidade: nesse tipo de fraude, um invasor acessa informações sensíveis da vítima para tentar se passar por ela. Com dados como números de documentos ou de serviços ligados ao governo (como os de seguridade social), o fraudador comete atividades fraudulentas como a abertura de novas contas ou a solicitação de empréstimos bancários e consignados; 

·       Contas laranjas: aqui, o fraudador pretende usar as informações reais de uma terceira pessoa para cometer atividades ilegais e causar prejuízos a empresas e outros consumidores. Nesse tipo de fraude, o laranja pode ser apenas uma vítima (quando tem seus dados furtados/roubados) ou pode ser alguém participando conscientemente (por meio da venda/empréstimo de seus dados).

 

Como a Serasa Experian atua na prevenção de fraudes em ambientes digitais

A Serasa Experian usa inteligência analítica para criar soluções que protegem as empresas das fraudes e geram um ambiente transacional com maior proteção para todas as partes. São diversos tipos de alternativas para os clientes que precisam proteger as operações nas etapas de cadastro, login e em toda a jornada de consumo digital. 

Além disso, existem produtos que oferecem a análise do comportamento de uso de dispositivos e a verificação documental. Combináveis em camadas, de acordo com as necessidades de cada tipo de negócio, as soluções ajudam a mitigar as perdas financeiras associadas às fraudes, minimizam os riscos reputacionais e geram quase nenhum impacto na experiência dos clientes. Elas atendem a cinco capacidades que, juntas, conseguem garantir mais proteção ao seu negócio: Cadastro KYC, Biometria, Autenticação de Dispositivo e Verificação de Documentos.

 

Evite fraudes: veja dicas dos especialistas da Serasa Experian para se proteger 

Consumidores:   

·         Garanta que seu documento, celular e cartões estejam seguros e com senhas fortes para acesso aos aplicativos; 

·         Desconfie de ofertas de produtos e serviços, como viagens, com preços muito abaixo do mercado. Nesses momentos, é comum que os cibercriminosos usem nomes de lojas conhecidas para tentar invadir o seu computador. Eles se valem de e-mails, SMS e réplicas de sites para tentar pegar informações e dados de cartão de crédito, senhas e informações pessoais do comprador; 

·         Atenção com links e arquivos compartilhados em grupos de mensagens de redes sociais. Eles podem ser maliciosos e direcionar para páginas não seguras, que contaminam os dispositivos com vírus para funcionarem sem que o usuário perceba; 

·         Cadastre suas chaves Pix apenas nos canais oficiais dos bancos, como aplicativo bancário, Internet Banking ou agências; 

·         Não forneça senhas ou códigos de acesso fora do site do banco ou do aplicativo; 

·         Não faça transferências para amigos ou parentes sem confirmar por ligação ou pessoalmente que realmente se trata da pessoa em questão, pois o contato da pessoa pode ter sido clonado ou falsificado; 

·         Inclua suas informações pessoais e dados de cartão se tiver certeza de que se trata de um ambiente seguro; 

·         Monitore o seu CPF com frequência para garantir que não foi vítima de qualquer fraude do Pix.

 

 Empresas: 

·         Com a aceleração da adoção de canais digitais na vida dos consumidores, as empresas estão cada vez mais investindo em novos métodos de soluções antifraude e tecnologias cada vez mais sofisticadas ao longo da jornada do cliente, para que a segurança da operação não afete sua experiência integrada. A Serasa Experian, por exemplo, tem soluções modulares inteligentes e um time de especialistas em que possibilitam oferecer uma experiência segura e sem atrito ao cliente final. Com combinação de dados, analytics e soluções automatizadas, as empresas podem expandir os negócios com segurança. 

·         Conte com plataformas de pagamento online. A empresa que deseja atuar de forma online, prestando serviços ou vendendo produtos, precisa ter a máxima atenção com os pagamentos. É preciso adotar uma sistemática que alie rapidez no processamento das transações à segurança; 

·         Faça a análise de compras mais caras. Outra prática que pode reduzir bastante o risco de fraude online é a análise das compras. Sempre que a empresa se deparar com um pedido de alto valor, por exemplo, é necessário dedicar uma atenção especial, verificando de forma mais detalhada o cliente e os dados informados. Uma forma de garantir a segurança desse tipo de transação é realizando um contato prévio por e-mail ou telefone para confirmar dados ou a própria compra. Embora esse tipo de avaliação possa tornar o processo de venda mais longo, ele é essencial para resguardar o seu negócio contra fraudes; 

·         Verifique cadastros. Contar com uma base de dados do cliente é essencial para reforçar a segurança de operações online. Nesse quesito, ter acesso a um cadastro atualizado dos consumidores, no qual é possível checar a veracidade das informações fornecidas no momento de uma compra, por exemplo, é outra estratégia para reduzir os riscos na hora de vender. A confirmação cadastral pode facilmente identificar tentativas de fraudes, sinalizando situações suspeitas, como divergências de dados do cliente com as que constam de outras bases de dados confiáveis;

 

·         Consulte o perfil do seu cliente. Conhecer o cliente é, sem dúvida, uma das maneiras mais eficientes de se evitar fraudes online. Quando a empresa é capaz de avaliar o histórico do consumidor no mercado, status do seu CPF ou CNPJ, os seus hábitos e a existência de pendências em seu nome, por exemplo. Fica muito mais fácil e seguro avaliar os riscos de uma operação

 

 

Serasa Experian

www.serasaexperian.com.br



Posts mais acessados