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quinta-feira, 6 de abril de 2023

Efeitos do envelhecimento no organismo se tornam mais evidentes após os 60 anos, mostra estudo

 

Pesquisadores da UFSCar observaram mudanças simultâneas no controle nervoso da frequência cardíaca em repouso, na capacidade de captação, transporte e consumo de oxigênio durante o exercício e no padrão de metabólitos presentes no sangue (foto: Freepik)


Estudo feito com 118 pessoas saudáveis de diferentes faixas etárias mostra que é a partir dos 60 anos que se tornam mais evidentes os prejuízos causados pelo envelhecimento no controle da frequência cardíaca em repouso e na aptidão cardiorrespiratória, ou seja, na capacidade do corpo de captar (sistema respiratório), transportar (sistema cardiovascular) e consumir (músculos) oxigênio durante o exercício físico. Contudo, foram observadas certas alterações no perfil metabólico, isto é, na concentração de substâncias no sangue, que aparentemente estão relacionadas com a mitigação dos efeitos deletérios da senescência.

“Estudar o envelhecimento é importante, pois ele causa alterações em vários dos nossos sistemas orgânicos. O metabolismo tem sido bastante estudado, assim como a modulação autonômica cardíaca [o controle da frequência cardíaca pelo sistema nervoso] e a aptidão cardiorrespiratória, porém, quase sempre de maneira isolada. Em nosso estudo, buscamos investigar as mudanças decorrentes do processo de envelhecimento de forma integrada. Ao analisar esses três componentes concomitantemente, descobrimos um possível ponto de virada do envelhecimento aos 60 anos de idade. Embora a senescência seja um processo que dure décadas, é principalmente após os 60 anos que as alterações nos três componentes analisados se tornam mais significativas”, revela Aparecida Maria Catai, professora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e coordenadora da pesquisa.

Divulgado na revista Scientific Reports, o estudo teve apoio da FAPESP por meio de um Projeto Temático.

“Com o passar do tempo, o organismo, mesmo em pessoas saudáveis, vai apresentando alguns comprometimentos. Por causa disso, vão sendo realizados alguns ‘ajustes fisiológicos’ para que ele permaneça em equilíbrio [homeostase]. No entanto, esses mecanismos são limitados e vão se exaurindo com o avançar da idade. Identificamos neste estudo que algumas alterações nos níveis séricos de certos metabólitos podem ter relação com esses mecanismos homeostáticos”, explica Étore de Favari Signinibolsista de doutorado da FAPESP e primeiro autor do artigo.

Dessa forma, os pesquisadores observaram que alguns metabólitos podem estar associados à mitigação dos efeitos deletérios do envelhecimento. “Trata-se do aumento significativo, na faixa entre 60 e 70 anos, dos níveis séricos de ácido hipúrico, um metabólito associado a uma série de funções diferentes, entre elas a diversidade da microbiota intestinal e a saúde metabólica”, explica o pesquisador. O achado pode contribuir para novas estratégias direcionadas a reduzir os efeitos deletérios do envelhecimento.

Os pesquisadores ressaltam que, embora o aumento desse metabólito possa indicar prejuízos na função renal, estudos recentes têm proposto que o ácido hipúrico pode ser um marcador e um mediador da saúde metabólica, podendo ter relação com a complexidade da microbiota intestinal (com influência direta na absorção de nutrientes no intestino) e um possível efeito protetor sobre as células beta do pâncreas.

“Como se tratava de idosos aparentemente saudáveis, sem nenhum indicativo de comprometimento renal, sugerimos que o aumento do ácido hipúrico estaria ligado ao enriquecimento da microbiota intestinal e, por consequência, à melhor absorção de nutrientes no intestino. E sabemos que, quanto melhor a absorção intestinal de nutrientes, considerando o contexto de envelhecimento, melhor a saúde do organismo no geral”, diz.

Outro aspecto importante investigado pelos pesquisadores foi a redução de aminoácidos essenciais, como valina, leucina e isoleucina – conhecidos pela sigla BCAAs (que em inglês significa aminoácidos de cadeia ramificada).

“O decaimento de BCAAs no envelhecimento saudável pode estar atrelado a uma estratégia do organismo para se preservar. Sabemos que os BCAAs estão diretamente ligados à síntese proteica. E, com o envelhecimento, a atividade anabólica vai decaindo”, afirma.

Signini ressalta que os benefícios de uma suplementação de BCAAs em idosos, com o favorecimento da síntese proteica, ainda é um assunto muito discutido. “A redução da atividade anabólica [que nesse contexto possui relação com a redução dos níveis de BCAAs séricos] também tem sido destacada, até certo ponto, como algo benéfico segundo alguns estudos”, afirma.

“Pesquisas têm apontado que a atividade anabólica acentuada no contexto em que há diversos comprometimentos na maquinaria celular, como, por exemplo, na função de organelas e de enzimas, pode trazer consequências indesejadas, entre elas o câncer”, completa.


Metodologia

O objetivo do trabalho foi avaliar questões relacionadas ao metabolismo, à modulação autonômica cardíaca e à aptidão cardiorrespiratória em 118 indivíduos divididos em cinco grupos etários (20-29 anos, 30-39, 40-49, 50-59, 60-70). Foram incluídos em todas as faixas etárias apenas participantes aparentemente saudáveis, ou seja, sem diagnóstico de comprometimento cardiovascular, respiratório ou relacionado ao metabolismo, como síndrome metabólica, obesidade ou diabetes. Além de passar por uma rigorosa bateria de exames e testes, os voluntários também não podiam tomar medicamentos controlados, como, por exemplo, para hipertensão.

Para avaliar a aptidão cardiorrespiratória, todos realizaram o teste de exercício cardiopulmonar, que permite medir o consumo máximo de oxigênio. As análises sobre modulação autonômica cardíaca foram feitas por meio da aferição da variabilidade dos períodos cardíacos, na condição de repouso e com os indivíduos na posição supina (deitado de costas). Já o metabolismo foi investigado por meio de metabolômica (análise do conjunto de metabólitos presentes), a partir de amostras de soro sanguíneo dos indivíduos.

Essas análises foram conduzidas nos departamentos de Fisioterapia e de Química da UFSCar, em laboratórios coordenados por Catai, Regina Vincenzi Oliveira e Antonio Gilberto Ferreira.

Os pesquisadores ressaltam que as alterações observadas durante o envelhecimento, sobretudo depois dos 60 anos, estão relacionadas a mudanças funcionais e estruturais nos sistemas orgânicos que se refletem na modulação autonômica cardíaca e na capacidade do corpo de gerar energia a partir da captação, do transporte e consumo de oxigênio.

Vale destacar que, enquanto o sistema nervoso autônomo (que funciona quando o indivíduo está em repouso ou de modo involuntário para que ocorram os batimentos cardíacos, por exemplo) desempenha um papel no controle, na manutenção e regulação das funções vitais do organismo, o consumo de oxigênio pico (termo que se refere à maior taxa de consumo de oxigênio durante exercício exaustivo) é resultado da maior capacidade de atividade integrada do metabolismo com os sistemas muscular, cardiovascular, respiratório e nervoso e está relacionado com a aptidão cardiorrespiratória, como explica Signini.

Segundo o pesquisador, é esperado que a aptidão cardiorrespiratória decaia em função do avançar da idade em decorrência de alterações em diversos sistemas do organismo que acabam comprometendo a captação, o transporte e consumo de oxigênio.

Estudos anteriores já haviam mostrado existir uma relação entre envelhecimento fisiológico e o desequilíbrio na modulação autonômica cardíaca – incluindo aumento na modulação simpática e redução na modulação parassimpática sobre o coração em condição de repouso.

“A modulação autonômica cardíaca permite que nosso corpo transponha estresses físicos e, ao mesmo tempo, mantenha-se em homeostase, por meio do equilíbrio entre as modulações simpática e parassimpática cardíaca”, diz.

Ele explica que, conforme ocorre o processo de envelhecimento, surgem dificuldades na manutenção dessa modulação. “Portanto, com o tempo, em condições de repouso, ocorre uma maior modulação simpática e, em contrapartida, uma redução da modulação parassimpática, o que resulta em mais estresse para o organismo”, explica.

O artigo Integrative perspective of the healthy aging process considering the metabolome, cardiac autonomic modulation and cardiorespiratory fitness evaluated in age groups pode ser lido em: www.nature.com/articles/s41598-022-25747-5.

 

Maria Fernanda Ziegler
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/efeitos-do-envelhecimento-no-organismo-se-tornam-mais-evidentes-apos-os-60-anos-mostra-estudo/41070/


Diagnóstico e tratamento da epilepsia volta a crescer no país

Levantamento realizado pela healthtech catarinense LifesHub aponta 40% das internações concentradas na região sudeste 



A epilepsia é uma condição neurológica crônica que afeta cerca de 3 milhões de pessoas no Brasil, correspondendo a aproximadamente 1,5% da população. O diagnóstico precoce é fundamental para garantir o tratamento adequado e melhorar a qualidade de vida dos pacientes, uma vez que a epilepsia não tratada pode causar lesões cerebrais, acidentes e até morte súbita. Para dimensionar a estrutura brasileira e os atendimentos realizados, a LifesHub, plataforma de inteligência estratégica em saúde, cruzou alguns dados do Ministério da Saúde, Sistema Único de Saúde (SUS) e Agência Nacional de Saúde (ANS) e apresenta a seguir um panorama da doença no Brasil.


Estrutura para atendimento no país

O tratamento das epilepsias é realizado através de medicamentos que evitam as descargas elétricas cerebrais anormais. Em casos que sejam constatadas crises frequentes e incontroláveis, há a avaliação de encaminhamento para intervenção cirúrgica. O SUS oferece tratamento integral e gratuito para casos de epilepsia que incluem desde o diagnóstico até o acompanhamento e tratamento, incluindo a distribuição de medicamentos e cirurgias. O atendimento inicia por meio das Unidades Básicas de Saúde e, havendo necessidade, o médico encaminha para um atendimento de média e alta complexidade.

Dados do Conselho Federal de Medicina de 2022 demonstram que há no Brasil 4.145 médicos neurocirurgiões e 6.776 médicos neurologistas. Um crescimento expressivo, de 70% e 111% respectivamente, quando comparados com dados de uma década antes, em 2012. Atualmente, existem 94 estabelecimentos em Neurologia/Neurocirurgia classificados especificamente para investigação e cirurgia de epilepsia no Brasil, que devem oferecer todo o atendimento necessário ao paciente neurológico, desde consultas, exames, diagnóstico, tratamento e acompanhamento. Destes, 45,7% são da rede de saúde suplementar (clínicas e hospitais com atendimento por planos de saúde) e oferecem mais de 37 mil leitos.


Diagnósticos e atendimentos de epilepsia

De acordo com o Sistema de Informação Ambulatorial do SUS, foram realizados 72.087 procedimentos em pacientes com diagnóstico de epilepsia, atendimentos em estabelecimentos com serviço especializado de atenção em neurologia, neurocirurgia, investigação e cirurgia de epilepsia no período de 2018 a 2022. Os dez municípios brasileiros que mais realizaram atendimentos podem ser verificados na tabela abaixo:

Desde o início da COVID-19, em 2020, o diagnóstico e o tratamento da epilepsia no país foram afetados, possivelmente pela suspensão de consultas presenciais em muitas clínicas e hospitais durante os picos da pandemia, além do receio dos pacientes em buscar atendimento médico durante este período. Em relatório organizado pela LifesHub, em 2022 o número de internações hospitalares em decorrência de epilepsia voltou a apresentar aumento, alcançando um total de 61.820 internações no país, que correspondem a um crescimento de 26% em relação a 2020, primeiro ano da pandemia. Entre as regiões brasileiras, a região Sudeste foi a responsável pelo maior número de internações por epilepsia, correspondendo a 40% dos procedimentos, seguido da região Nordeste com 26%, Sul 19%, Centro-Oeste 9% e Norte, com apenas 5% das internações.

Para o CEO da LifesHub, Dr Ademar Paes Junior, entender como se distribui a estrutura de atendimento da saúde no Brasil para o cuidado de pacientes com epilepsia é fundamental para diminuir qualquer dificuldade no tratamento que, em determinados casos, é para a vida toda.

“O sucesso do tratamento depende de o paciente fazer uso continuado de medicação, mas também ter o atendimento médico para controle e avaliação. Para isso, os gestores de saúde devem ter dados que os permitam direcionar verbas, dimensionar a real necessidade de contratação de profissionais e investimento em estrutura a fim de assegurar uma boa qualidade de vida para o paciente”.

 

https://lifeshub.com.br/

 

A importância da atividade física durante a gravidez

Especialistas abordam o tema, trazendo informações e dicas de como manter uma rotina de exercícios saudável e segura durante a gestação

 

O dia 6 de abril é considerado o Dia Mundial da Atividade Física, criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para combater o sedentarismo. Porém, como é o processo para gestantes? 

O exercício durante a gravidez não é apenas benéfico para a sua saúde, mas também para o bem-estar do seu filho. Ainda que movimentar-se mais do que o necessário possa ser consideravelmente mais difícil durante a gravidez, manter uma rotina de exercícios é extremamente proveitoso para você e seu bebê em crescimento. É recomendável manter essa rotina durante os nove meses, ainda que com algumas precauções de segurança para se manter saudável e não acarretar nenhum dano prejudicial à gestação.  

Uma das dúvidas mais comuns é referente ao quão seguro é fazer exercícios durante a gravidez, e Yara Caldato (@yaracaldato) - Ginecologista Regenerativa, Funcional e Estética, afiliada do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais) de Belém, afirma que todas as mulheres que não apresentam contra-indicações devem ser incentivadas a realizar atividades aeróbias, de resistência muscular e alongamento. As mulheres devem escolher atividades que apresentam pouco risco de perda de equilíbrio e de trauma. De acordo com ela, o trauma direto ao feto é raro, mas é prudente evitar esportes de contato ou com alto risco de colisão.  

“Deve-se tomar o cuidado de não se exercitar vigorosamente em climas muito quentes e de prover a hidratação adequada, de modo a não prejudicar a termorregulação da mãe”, comenta Yara 

A ginecologista aponta que as mulheres sedentárias apresentam um considerável declínio do condicionamento físico durante a gravidez. Além disso, a falta de atividade física regular é um dos fatores associados a uma susceptibilidade maior a doenças durante e após a gestação.  

Há um consenso geral na literatura científica de que a manutenção de exercícios de intensidade moderada durante uma gravidez não-complicada proporciona inúmeros benefícios para a saúde da mulher. 

Exercícios resistidos de intensidade leve a moderada podem promover melhora na resistência e flexibilidade muscular, sem aumento no risco de lesões, complicações na gestação ou relativas ao peso do feto ao nascer. Consequentemente, a mulher passa a suportar melhor o aumento de peso e atenua as alterações posturais decorrentes desse período.  

A atividade física aeróbia auxilia de forma significativa no controle do peso e na manutenção do condicionamento, além de reduzir riscos de diabetes gestacional, condição que afeta 5% das gestantes. A ativação dos grandes grupos musculares propicia uma melhor utilização da glicose e aumenta simultaneamente a sensibilidade à insulina. 

A prática de exercícios acarreta riscos potenciais para o feto em situações em que a intensidade do exercício seja muito alta, criando um estado de hipóxia para o feto, em situações em que haja risco de trauma abdominal e em situações de hipertermia da gestante. Esses fatores podem gerar estresse fetal, restrição de crescimento intra-uterino e prematuridade.  

Há algumas evidências de que a participação em exercícios de intensidade moderada ao longo da gravidez pode aumentar o peso do bebê ao nascer, enquanto que exercícios mais intensos e com grande frequência, mantidos por longos períodos da gravidez, podem resultar em crianças com baixo peso.  

Guilherme Renke (@endocrinorenke), sócio fundador do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), endocrinologista e médico do esporte, mestre em cardiologia, no entanto, evidencia que uma rotina regular de exercícios só deve ser nutrida caso você seja saudável e sua gravidez seja devidamente normal, sem nenhuma complicação ou risco. "É importante discutir quaisquer precauções com o seu médico durante a consulta de pré-natal, manter-se hidratada ao longo do dia e sempre manter água próxima enquanto malha, preocupando-se em evitar atividades que possam causar superaquecimento, principalmente durante o primeiro trimestre", alerta. 

O personal trainer Lincoln Cavalcante (@lincolncavalcante), criador do método TOP10Rounds, conhecido por treinar celebridades, completa ao dizer que as piores situações ocorrem principalmente na gestação de risco, com o exemplo de gestantes com descolamento da placenta, hipertensão arterial, diabetes gestacional, e principalmente na gestante que era sedentária, e resolveu praticar exercício na gravidez.  

No caso da gestante que já era ativa e não tem nenhum risco, o exercício físico é muito bem vindo, pois melhora a capacidade de oxigenação celular, oferece maior aporte nutricional ao bebê e melhor recuperação pós parto.  

Segundo Lincoln, alguns exercícios são melhores para as grávidas, sendo eles:  

·         Breve passeios;

·         Corridas leves;

·         Natação/hidroginástica;

·         Ciclismo Reclinado;

·         Ioga pré-natal ou pilates;

·         Treinamento de resistência com pesos e faixas de exercício;

·         Treinadores elípticos e outras máquinas de cardio fixas;

·         Exercícios de Kegel; 

Outros benefícios são citados por Guilherme, como a melhora da saúde física; controle do estresse; redução nos níveis de pressão arterial; redução dos níveis de açúcar no sangue; manter níveis baixos de colesterol; ajuda no controle de peso e da gordura corporal, além da melhora na qualidade de vida.

 

“As gestantes precisam passar por consulta multiprofissional, antes de iniciar a realização de exercícios físicos. Pois eles vão variar de acordo com o perfil de cada uma. Irá ser avaliado o histórico dessa paciente, se já praticava ou não atividade física, se há alguma contra indicação para determinados exercícios. De maneira geral, todas as gestantes serão estimuladas a praticar, porém cada uma dentro do limite e indicações precisas”, orienta Yara

 

Além destes, mais cuidados devem ser tomados. Segundo Lincoln, existem alguns exercícios contra indicados de forma absoluta na gestação, como por exemplo, os saltos, luta com impacto corporal, e exercícios de alta intensidade. “Podemos dar um exemplo do exercício abdominal, ele é indicado, porém mais de 2 minutos deitada com a barriga pra cima a partir dos 5 meses (20 semanas) pode tornar incômodo e afetar a passagem do sangue devido a pressão feita na veia cava inferior, é isso pode afetar a oxigenação do bebê”, diz o personal.

 

Então, o ponto de atenção, é a fase gestacional e qual é o perfil da gestante que está praticando atividade física, e por isso se torna fundamental o trabalho interdisciplinar entre o profissional de educação física e o médico.

 

Algumas das atividades a serem evitados são:  

·         Boxe;

·         Futebol;

·         Basquetebol;

·         Esportes com raquete;

·         Mergulho; 

A nutricionista Michelle Ferreira, do Instituto Nutrindo Ideais (@NutrindoIdeais), especialista em nutrição na saúde da mulher e fertilidade, indica as melhores opções de dieta para grávidas que praticam exercícios. De acordo com ela, a melhor dieta deve considerar as necessidades nutricionais da gestante, estando diretamente relacionadas às condições de saúde/nutrição e ao tipo de atividade desenvolvida durante a gestação. Deve ter o equilíbrio dos macro (carboidratos, proteínas e gorduras) e micronutrientes (Vitaminas e minerais), para que ocorra o crescimento e desenvolvimento fetal. 

Embora muito se saiba sobre a nutrição do atleta e a nutrição durante a gravidez, ainda são escassos os estudos integrando os dois aspectos. Considera-se fundamental que diversos fatores relacionados às necessidades nutricionais na fase gestacional sejam observados, tais como: idade, paridade, intervalo interpartal, estado nutricional pré-concepção e atual, atividade ocupacional, tipo e intensidade do exercício físico, e fase gestacional dentre outros.

 

A especialista confirma que as gestantes podem tomar suplementos desde que orientados e prescritos pelo seu médico e/ou nutricionista.

 

“O whey protein, muitas vezes é utilizado independente se a gestante pratica atividade física, para complementar o aporte proteico necessário, importante para o desenvolvimento do bebê. Usando whey protein, podemos preparar shakes, que são bem aceitos por gestantes que tem enjoos e dificuldade de comer alimentos sólidos”, argumenta.

 

A creatina, vem sendo muito estudada devido seu efeito neuroprotetor, porém ainda não existem estudos com a dosagem segura e tolerada para gestantes.

 

O alerta deve ficar ligado quanto aos pré treinos que possuem cafeína na sua composição, pois o excesso de cafeína pode causar sérias alterações como diminuição do crescimento do bebê e até mesmo prematuridade.

 

 FONTES:

Yara Caldato (@yaracaldato) - Ginecologista Regenerativa, Funcional e Estética, afiliada do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais) de Belém - CRM-PA 11627 - RQE 5066.

Graduada em medicina pela Universidade do Estado do Pará, pós graduada em ginecologia e obstetrícia pela Universidade Federal do Pará. Especialista em ginecologia e obstetrícia, membro da Associação Brasileira de Ginecologia Regenerativa Estética e Funcional. Atualmente é médica obstetra na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, com atuação em patologias obstétricas de alto risco.

Guilherme Renke (@endocrinorenke) - sócio fundador do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), endocrinologista e médico do esporte, mestre em cardiologia, formado pela Universidade Estácio de Sá, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Médico do Esporte com Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, Pós Graduado em Cardiologia pelo Instituto Nacional de Cardiologia do Rio de Janeiro, Mestre em Cardiologia (INC).

Lincoln Cavalcante (@lincolncavalcante), -personal trainer, criador do método TOP10Rounds, conhecido por treinar celebridades . CREF: 18863 G RJ. Criador do método TOP10Rounds, Lincoln Cavalcante é Personal Trainer e está presente no mercado Fitness e Wellness há 15 anos. Ficou bastante conhecido por treinar Marina Ruy Barbosa e atualmente é responsável pela boa forma das celebridades Fernanda Souza, Lívian Aragão, Isabelle Drummond, Enzo Celulari e da atleta pentacampeã Kyra Gracie.

Michelle Ferreira - nutricionista do Instituto Nutrindo Ideais (@NutrindoIdeais), especialista em nutrição na saúde da mulher e fertilidade, formada pela UGF 2006, pós graduada em nutrição funcional e esportiva, especializada em saúde da mulher e fertilidade



REFERÊNCIAS:

Atividade física e gestação: saúde da gestante não atleta e crescimento fetal

SciELO - Brasil - Atividade física e gestação: saúde da gestante não atleta e crescimento fetal


Chocolate pode melhorar visão e saúde

Pesquisa aponta riscos e benefícios do alimento. Saiba como reduzir a compulsão.

 

Pesquisa da ABICAB (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas) mostra que o consumo de chocolate no Brasil está em alta.  Chegou a 3,5 quilos/habitante em 2020. A produção do setor também deu um salto durante a pandemia e em 2022 o País se tornou o 7º maior produtor e exportador do cacau e seus derivados no mundo. Outro levantamento da ABICAB que responde por 92% do mercado mostra que 9% dos brasileiros optam pelo chocolate amargo, 31% pelo meio amargo, 42% pelo chocolate ao leite e 18% pelo branco.

 

Riscos

Para o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, presidente do Instituto Penido Burnier de Campinas, significa que 60% dos brasileiros podem estar colocando a visão e a saúde em risco pelo consumo abusivo do chocolate branco ou ao leite. Isso porque, explica, estes dois tipos de chocolates contêm mais gordura e açúcar. Por isso, em excesso predispõem à obesidade, diabetes, hipertensão arterial e stress oxidativo. Estas alterações sistêmicas, observa, podem levar à perda da visão por:

·         Degeneração macular – degradação da porção central da retina, a mácula, responsável pela visão de detalhes.

·         Edema macular – causado pelo acúmulo de proteínas e líquidos que podem levar ao descolamento, ruptura ou sangramento da retina e causar perda da visão caso o tratamento não seja imediato.

·         Retinopatia diabética proliferativa - caracterizada pela formação de neovasos que dificultam a nutrição da retina e levam à morte de suas células.

·         Catarata – maior causa de perda da visão recuperável, caracterizada pela opacificação do cristalino, lente interna do olho. O tratamento sempre é cirúrgico e consiste em substituir o cristalino opaco pelo implante de uma lente intraocular.

 

Consumo ideal

Não quer dizer, ressalta, que você deve deixar de saborear seu chocolate preferido nesta Páscoa, mas consumir com moderação. Queiroz Neto afirma que a quantidade ideal varia de acordo com a idade, peso, gênero, atividades físicas praticadas e estado geral da saúde. “Como referência a  OMS (Organização Mundial da Saúde) preconiza que o consumo diário de chocolate deve ser de até 70 gramas que equivale a quatro quadradinhos de um tablete.

 

Efeito protetor

Queiroz Neto, afirma que o consumo de chocolate do tipo amargo ou meio amargo com concentração de 50% a  75%  de cacau protege a saúde sistêmica e dos olhos. Isso porque contêm:

1     Flavonoides que têm ação antioxidante e por isso diminuem o risco de desenvolver a catarata e outras doenças relacionadas ao envelhecimento.

2     Polifenóis que melhoram a circulação e flexibilidade dos vasos, evitam AVC (acidente vascular cerebral) e hipertensão arterial. Nos  olhos previnem a retinopatia diabética, a degeneração e o edema macular.

3     Triptofano um aminoácido que ajuda na produção de serotonina, neurotransmissor que regula o humor e diminui a depressão.

 

Como reduzir a compulsão

O oftalmologista destaca que há muita controvérsia sobre o vício em chocolate, os chamados chocólatras. O fato é que além do sabor, o alimento contém feniletilamina e teobromina que estimulam a produção de endorfina,  neuro-hormônio capaz de inibir a irritação e o stress. “É isso que induz à compulsão, mas não se trata de um vício. Para evitar a compulsão as dicas de Queiroz Neto são:

·         Substitua o chocolate por frutas que comprovadamente diminuem a ansiedade,

·         Faça caminhadas, exercícios físicos e relaxamento com frequência.

·         Evite os alimentos ultraprocessados que aumentam o stress.

·         Identifique e elimine os gatilhos da sua compulsão.

“O chocolate pode ser um grande aliado da sua visão e saúde. Depende de você”, conclui.

 


Medicina Nuclear é ferramenta imprescindível para a detecção e tratamento de cânceres

Especialidade é aliada de diversos espectros da área médica desde a obtenção de um diagnóstico preciso até o monitoramento da resposta de um tratamento

 

Os próximos dias 7 e 8 de abril marcam duas datas mundialmente importantes para a área da saúde. A primeira data se refere ao Dia Mundial da Saúde, instituído em 1948 pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Já 8 de abril é conhecido como o Dia Mundial de Combate ao Câncer, criado pela União Internacional de Controle do Câncer (UICC). 

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), são esperados 704 mil casos novos de câncer no Brasil para cada ano do triênio 2023-2025, com destaque para as regiões Sul e Sudeste, que concentram cerca de 70% da incidência. O tumor maligno mais incidente no Brasil é o de pele não melanoma (31,3% do total de casos), seguido pelos de mama feminina (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%). 

A Medicina Nuclear é uma especialidade médica que utiliza ferramentas diagnósticas e terapêuticas de precisão para os casos oncológicos, conforme explica a Dra. Adelina Sanches, diretora da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN): “A Medicina Nuclear nos permite identificar os diversos casos de câncer em fase inicial. Além disso, devido à modernização dos métodos, os exames são realizados com o mínimo necessário de radiação, a fim de minimizar quaisquer riscos futuros para o paciente”. 

A especialidade médica utiliza substâncias radioativas que, administradas aos pacientes, possibilitam, por meio de diagnósticos precoces, o tratamento de inúmeras condições clínicas, além de servir como base para os mais diversos tipos de pesquisa na área médica. A Medicina Nuclear auxilia diversos campos da ciência da saúde incluindo-se neurologia, cardiologia, oncologia e endocrinologia. 

“Na Medicina Nuclear, é ministrado um fármaco radioativo (o radiofármaco) e a radiação é emitida pelo próprio paciente. São usadas doses extremamente baixas de radiofármacos, razão pela qual eles são seguros e muito raramente provocam algum efeito adverso. A título de conhecimento, as reações são menos frequentes que as relacionadas a medicamentos de uso comum, como analgésicos e antibióticos”, reforça a diretora da SBMN. 

Mais comum entre os tipos de câncer, o de pele se divide entre melanomas - que apesar de serem menos frequentes, têm um potencial de malignidade dos mais severos e exige maior atenção ao diagnóstico, além de demandar tratamento intensificado - e os não melanoma, que são os mais comuns e apresentam baixa letalidade. 

De acordo com a Dra. Adelina Sanches, com exames de imagem, a Medicina Nuclear tem amparado a classe médica, que utiliza de terapias muito avançadas, a exemplo da imunoterapia, para mudar a história natural do melanoma, reduzindo a mortalidade desse câncer de uma forma drástica. “Se antes o melanoma matava pessoas em um horizonte temporal de cerca de seis meses, agora as especialidades unem esforços para que o paciente viva muitos e muitos anos”, pontua. 

Por fim, a Dra. Adelina Sanches explica um dos principais exames que servem para detectar se o câncer está ou não espalhado: “Lançamos mão de inúmeras ferramentas de imagem, tanto para detecção das cadeias drenadoras desses tumores para os vasos linfáticos (pesquisa do linfonodo sentinela), como para um rastreamento de corpo inteiro com um equipamento emissor de pósitrons (PET/CT), que é capaz de detectar se o câncer, de maneira geral, está localizado ou espalhado. Saber isso desde o princípio é fundamental para um planejamento terapêutico adequado e maior sucesso no tratamento oncológico”, conclui.

 

Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear - SBMN

 

Dia Mundial da Saúde alerta para cuidados essenciais para uma vida longeva

Comemorado no dia 7 de abril, o Dia Mundial da Saúde foi criado em 1948 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conscientizar sobre questões relacionadas à saúde e estimular a criação de políticas voltadas ao bem-estar das pessoas.  

No entanto, o cuidado com a saúde não deve ser apenas uma obrigação das instituições, mas também da própria população. Manter hábitos saudáveis e estabelecer uma rotina equilibrada são essenciais para ter uma vida longa e sadia.  

De acordo com os fundadores da Bem Te Quero 60+, o psicogeriatra Vinícius Faria e a oncologista Julia De Stéfani Cassiano, alguns dos fatores fundamentais para manter a boa saúde ao longo da vida são a prática regular de exercícios físicos, uma alimentação equilibrada e balanceada, bons hábitos de higiene pessoal e estar sempre atualizado quanto às evoluções da saúde a partir de fontes de credibilidade. Informação é cada dia mais importante devido à frequência e velocidade com que as fake news são compartilhadas.  

A gerontóloga da Bem te quero 60+, Bianca Ferreira, destaca ainda a necessidade de cuidar das relações pessoais, essenciais para a saúde mental. A partir de uma boa saúde mental, estabelece-se o bem-estar emocional, psicológico e, não menos importante, social. “A qualidade de vida está relacionada a diversos fatores e o que realmente importa é como agir para trilhar uma jornada de vida com qualidade. Com planejamento, é possível alcançar uma longevidade com mais qualidade, bem-estar e carregada de benefícios”, pontua a especialista em gestão do envelhecimento.  

Segundo a plataforma, há quatro passos considerando os pilares do envelhecimento ativo. São eles: 

  1. CUIDAR DA SAÚDE FÍSICA: não deixe de lado os cuidados com a prevenção e promoção da saúde, sempre acompanhado de especialistas. A somatória de prática constante de atividades físicas em conjunto com uma alimentação equilibrada é o primeiro passo para uma vida longeva.  
  2. SER UM ETERNO APRENDIZ: Estar sempre aprendendo algo novo ajuda a manter o cérebro ativo. Leituras, cursos, novos idiomas ou até mesmo aprender a tocar um instrumento musical. 
  3. CUIDAR DAS RELAÇÕES: uma rede de apoio e de carinho tornam a jornada da longevidade muito mais leve e alegre. Esteja sempre aberto para novas amizades, sem deixar de lado os velhos e bons amigos.  
  4. PREVINIR, SEMPRE! Isso vale para todas as idades. Cuidado às situações e aos ambientes que possam expor você ao risco. Pequenos ajustes ajudam a tornar a casa segura e, assim, evitar acidentes domésticos.  


Bem Te Quero 60+
www.bemtequero.com


Páscoa: como cuidar da saúde bucal das crianças sem proibir o chocolate

Odontopediatra da Omint explica como o chocolate pode afetar os dentes e dá dicas de cuidados 

 

O chocolate é um dos alimentos mais apreciados por crianças e adultos, especialmente em épocas festivas como a Páscoa. No entanto, o consumo excessivo de chocolate pode trazer riscos para a saúde bucal das crianças, além de outros problemas como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares. Por isso, é importante que os pais tenham cuidado com a quantidade e o tipo de chocolate que oferecem aos seus filhos, e que incentivem hábitos de higiene bucal adequados.


“Como na Páscoa o consumo de chocolate aumenta, devemos manter a atenção com a escovação e uso de fio dental diariamente, além de limitar o consumo, não deixando com livre demanda. O chocolate contém açúcar, que é um dos principais fatores que contribuem para o desenvolvimento da cárie dental”, explica Patricia Terzini, odontopediatra da Clínica Omint Odonto e Estética.

 

Açúcar, o alimento das cáries


A cárie é uma doença infecciosa causada por bactérias que se alimentam do açúcar presente na boca e produzem ácidos que desmineralizam o esmalte dos dentes, formando cavidades. A cárie pode causar dor, inflamação, infecção e até a perda dos dentes se não for tratada adequadamente. “Não existem chocolates que não causem cárie, o que existem são receitas caseiras e mais naturais para a Páscoa feitas com banana e cacau, que podemos oferecer a crianças menores”, diz Patrícia.


Além disso, o chocolate também pode estimular a sensibilidade dental em crianças que já têm a dentina exposta por algum motivo, como por desgaste do esmalte, erosão ácida ou trincas nos dentes. A dentina é a camada interna do dente, que contém túbulos que se comunicam com a polpa dentária onde ficam os nervos e os vasos sanguíneos. Quando a dentina é estimulada por alimentos gelados, cítricos ou doces, como o chocolate, pode ocorrer uma movimentação do fluido nos túbulos dentinários (canais microscópicos que irradiam por baixo da superfície do esmalte até o interior do dente), que provoca uma sensação passageira de dor aguda.

 

Para evitar esses problemas, os pais devem seguir algumas recomendações quanto ao consumo de chocolate pelas crianças:

 

- Não oferecer chocolate para crianças menores de 2 anos, pois elas ainda não têm todos os dentes formados e podem se engasgar com o alimento.


- Preferir o chocolate meio amargo ou amargo, pois possuem uma quantidade menor de açúcar e maior de cacau, e são ricos em antioxidantes e flavonoides que podem trazer benefícios para o coração e para o humor.


- Comer o chocolate depois de uma refeição, como sobremesa. É importante evitar beliscar o chocolate durante o dia todo, pois isso aumenta o tempo de exposição dos dentes ao açúcar.


- Após comer o chocolate, esperar 10 minutos - para a saliva equilibrar o pH bucal - e depois fazer uma boa escovação dos dentes com creme dental fluoretado e usar fio dental para remover os resíduos que ficam entre os dentes. 

Seguindo essas dicas, é possível aproveitar o chocolate sem prejudicar a saúde bucal das crianças. “A prevenção é sempre o melhor caminho e os produtos que nos auxiliam são os preconizados no dia a dia, como escovas, cremes dentais fluoretados e fio dental. E ainda: visitas regulares ao dentista para realizar o exame clínico, profilaxia e aplicação de flúor”, finaliza a odontopediatra.

 

Clínica Omint Odonto e Estética.

 

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