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sexta-feira, 7 de abril de 2023

Conheça as principais celebrações de Páscoa ao redor do mundo

As tradicionais celebrações religiosas em países como México, Estados Unidos, Israel e Brasil devem movimentar o turismo pelo planeta e alavancar os números do setor em 2023

 

A Páscoa é uma das festividades religiosas mais importantes em todo o mundo. Cada país e região têm suas próprias tradições e particularidades que tornam o momento uma experiência única, por isso o Conexão123 reuniu algumas das principais celebrações de Páscoa pelo planeta. 

A troca de ovos de chocolate é uma tradição popular em muitos países, assim como a realização de missas, cultos, procissões e encenações teatrais. Além disso, muitas culturas possuem tradições de Páscoa específicas, como a decoração de ovos de galinha e a preparação de pratos típicos.


No Brasil, a troca de ovos de chocolate é uma tradição muito popular, especialmente para as crianças

 

Páscoa no Brasil

 

No Brasil, a Páscoa é uma celebração religiosa e cultural que envolve diversas tradições e rituais. Uma das principais tradições é a programação especial da Semana Santa, que começa no Domingo de Ramos e termina no Domingo de Páscoa. Durante esse período, são realizadas procissões, missas e encenações da Paixão de Cristo em várias cidades do país.

 

Além disso, a troca de ovos de chocolate é uma tradição muito popular, especialmente entre as crianças. Também é comum a preparação de pratos típicos, como o bacalhau e o cordeiro. Algumas regiões do país têm suas próprias tradições de Páscoa, como a Osterfest, no Sul, que mistura tradições alemãs e brasileiras, e a celebração em Salvador, na Bahia, que tem forte influência das religiões de matriz africana.

 

A expectativa do Ministério do Turismo é de que a Páscoa de 2023 no Brasil movimente cerca de 1,3 milhão de pessoas interessadas no turismo religioso. Já a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que o varejo nacional fature R$ 2,49 bilhões na Páscoa deste ano.

 

 

Páscoa no México

 

No México, a celebração de Páscoa mistura tradições católicas e pré-hispânicas, o que a torna uma festa colorida e animada. Como no Brasil, uma das principais tradições é a Semana Santa, que começa com o Domingo de Ramos e termina no Domingo de Páscoa. São realizadas procissões, missas e encenações da Paixão de Cristo em várias cidades do país.

 

Uma das atrações mais marcantes no México é a La Judea, que recria a captura e o julgamento de Jesus Cristo. Outra tradição importante é a decoração de tapetes de flores em várias cidades, especialmente em Puebla e Oaxaca, com pétalas de flores e outros elementos naturais que formam desenhos elaborados, representando cenas religiosas. 

A expectativa do presidente da Confederação das Câmaras Nacionais de Comércio, Serviços e Turismo (Concanaco Servytur), Héctor Tejada, é de uma ocupação hoteleira superior a 85% em todo o país e a movimentação de mais de 160 bilhões de pesos na economia mexicana, durante este período


Páscoa na Grécia

 

Na Grécia, a Páscoa é uma celebração religiosa muito importante que envolve tradições e rituais específicos. Durante a Semana Santa, são realizadas missas e procissões em várias cidades do país. Um dos eventos mais marcantes é a Procissão do Enterro, que acontece na Sexta-Feira Santa e simboliza o enterro de Jesus Cristo.

 

Outra tradição importante na Grécia é a decoração das casas e das igrejas com flores e ramos de oliveira. É comum a troca de ovos vermelhos, que simbolizam o sangue de Cristo, e a preparação de pratos típicos como o "magiritsa", uma sopa feita com miúdos de cordeiro.

 

A Noite de Ressurreição é o ponto alto da celebração da Páscoa na Grécia, que acontece no sábado à noite. À meia-noite, o padre anuncia a ressurreição de Jesus Cristo com a frase "Cristo ressuscitou!". Os fiéis acendem velas e fogos de artifício e celebram o milagre com uma grande festa

A queima de fogos na Páscoa Grega ilumina o céu de Agios Nikolaos, em Creta, enquanto os fiéis celebram a ressurreição de Cristo


Páscoa na Polônia 

Na Polônia, a Páscoa envolve tradições religiosas e culturais específicas. Por lá, a semana da Páscoa também é chamada de Semana Santa e começa com o Domingo de Ramos. Durante o período ocorrem missas e procissões por todo o país. Uma das celebrações mais conhecidas é a Procissão de Ramos, em que os fiéis levam ramos de salgueiro para a igreja.

 

Outra tradição importante é a preparação de pratos típicos como o borscht, uma sopa de beterraba, e o pierogi, um tipo de pastel recheado com batata, queijo ou carne. Na Noite de Páscoa, as famílias se reúnem para compartilhar a ceia de Páscoa, que inclui pratos como cordeiro assado, ovos cozidos e um bolo chamado mazurka. Outra tradição importante é a benção dos alimentos, que acontece no domingo de Páscoa.

 

 

Páscoa nos Estados Unidos

 

Nos Estados Unidos, as celebrações de Páscoa ocorrem de diversas formas, seja com ritos religiosos ou com atividades culturais e familiares. Uma das tradições mais conhecidas é a caça aos ovos de Páscoa, em que as crianças procuram ovos decorados com cores vibrantes escondidos em jardins ou parques.

 

Outra tradição popular é a decoração de ovos cozidos com tintas e adesivos. Além disso, muitas famílias americanas se reúnem para um almoço ou jantar de Páscoa, em que o prato principal é geralmente o presunto assado. As sobremesas típicas incluem bolo de cenoura e torta de limão. No aspecto religioso, muitas igrejas realizam missas especiais de Páscoa, que incluem a representação da crucificação e a ressurreição de Jesus Cristo.

 

A expectativa da National Retail Federation (NRF), a maior federação de varejo dos EUA, é de que as vendas totais na temporada da Páscoa nos EUA sejam de cerca de US$ 24 bilhões em 2023, superando o recorde de US$ 21,7 bilhões de 2020.

 

Páscoa em Israel 

Em Israel, a Páscoa é conhecida como Pessach e é uma das principais celebrações do calendário judaico. A festa dura sete dias e marca a libertação dos hebreus da escravidão no Egito. Uma das principais tradições de Pessach é a Seder, uma refeição cerimonial que acontece na primeira noite da festa. Durante a Seder, são lidos trechos da Torá que contam a história da libertação do povo judeu e são servidos alimentos simbólicos como o matzá (pão sem fermento) e o maror (erva amarga).

 

O matzá é um pão sem fermento tradicional da Páscoa em Israel, simbolizando a pressa dos judeus ao deixarem o Egito na época de Moisés

Além da Seder, há também uma série de outras tradições que marcam a festa de Pessach em Israel, como a limpeza da casa antes da comemoração, a abstenção de alimentos fermentados e a realização de orações especiais nas sinagogas. Uma das celebrações mais conhecidas é o Birkat Kohanim, ou Bênção Sacerdotal, que acontece no Muro das Lamentações, em Jerusalém. 

A expectativa de Haim Katz, ministro do Turismo de Israel, é de que cerca de 60 mil turistas visitem o país, injetando quase US$ 100 milhões na economia local somente para o período da Páscoa de 2023.


 

Por que a Páscoa não possui data fixa? 

A Páscoa Judaica, conhecida como Pessach, comemora a libertação dos hebreus da escravidão no Egito, enquanto a Páscoa Cristã celebra a ressurreição de Jesus Cristo. A Páscoa Judaica é celebrada no primeiro mês do calendário hebraico, geralmente em março ou abril, e a Páscoa Cristã é comemorada no primeiro domingo após a primeira lua cheia que ocorre depois do equinócio de outono no hemisfério sul (ou equinócio de primavera no hemisfério norte).


A Páscoa e os Ovos de Chocolate

Especialista e chocolover, empresário Arthur Kis conta como surgiu a tradição de se presentear com ovos de chocolate nesta data


Você já parou para pensar como surgiu a tradição de se comer Ovos de Chocolate na Páscoa? Parece algo totalmente desconexo, já que a Páscoa é uma celebração religiosa de judeus e cristãos. Para os judeus, a data comemora a libertação do povo Hebreu da escravidão no Egito. Já, para os cristãos, é uma celebração em memória da ressurreição de Jesus Cristo.

Ao longo de milênios a tradição da Páscoa foi sendo incorporada por diversos povos, ganhando mais símbolos e conotações. A relação dessa festa com o ovo teve origem na antiguidade, onde muitos povos acreditavam que os ovos eram símbolos de fertilidade e renascimento. Com o tempo, o ovo também passou a ser associado ao cristianismo e à celebração da ressurreição de Jesus Cristo.

Na Idade Média, por exemplo, acredita-se que a Igreja Católica proibia o consumo de ovos durante a Quaresma. Com isso, as pessoas começaram a guarda-los e a decorá-los nesse período para presentear amigos e familiares na celebração da Páscoa.

Com o passar dos anos, a tradição dos ovos decorados evoluiu para a confecção dos ovos de chocolate. Naquela época, retirava-se o conteúdo dos ovos e se recheava as cascas com chocolate para agradar ainda mais as pessoas como esse delicioso presente.

Com o passar do tempo, a evolução do conhecimento e tecnologia sobre o chocolate acabou eliminando a necessidade do uso da casca e acabou dominando tanto a estrutura do ovo como o recheio, mantendo a simbologia e seu formato conforme a tradição até chegar aos dias de hoje, onde o ovo de chocolate se tornou um dos símbolos mais populares da Páscoa mundo afora, inclusive no Brasil.

E agora você pode estar se perguntando e o coelho, como entrou nessa história?

O coelho é um símbolo mais recente dessa festividade que também teve origem nas tradições europeias por simbolizar a fertilidade e a renovação, além de ser associado à Eostre, deusa da fertilidade na mitologia anglo-saxã. Com o tempo, o coelho também foi incorporado pela tradição cristã e associado ao renascimento e esperança, consolidando-se também como um símbolo pascal.

A verdade é que a simbologia do Ovo de Páscoa carrega uma tradição milenar de renascimento, renovação e de se presentear amigos e parentes com um alimento que todos amamos e que nos traz tanto prazer e deleite, o Chocolate!

É uma celebração importante que mostra a ligação do chocolate com o ato de agradar a quem se ama, ou seja, a consolidação do chocolate como um dos itens centrais dessa festa durante milênios, sendo um presente significativo para familiares e amigos em um momento tão importante e marcante para a humanidade.

 

Arthur Kis - empresário, chocolover profissional e especialista em produção e consumo de chocolate premium.Instagram: @arthurkisoficial
Youtube: @arthurkis
 

Os inimigos invisíveis do crime organizado

O plano recém-descoberto para sequestrar o senador Sergio Moro, sua esposa, a deputada Rosângela Moro, e seus filhos, trouxe luz a várias realidades, mas poucas delas foram exploradas pelas acaloradas discussões políticas nas mídias sociais e na imprensa: existem vidas mais valiosas do que outras?

A pergunta é necessária ao perceber a pouca ou nenhuma repercussão sobre as ameaças a pelo menos nove servidores da segurança pública listados entre os alvos da facção criminosa. Estamos falando de policiais civis, militares e penais, paulistas e federais, que estão na linha de frente do combate ao crime organizado. Eles também foram jurados de morte, mas pouco ou nada se falou deles e das providências que o Estado brasileiro adotou para proteger suas vidas.

São servidores que reviram esgotos e latrinas de celas, onde frequentemente encontram anotações com planos de fuga e cartas com ordens de assassinatos e sequestros de autoridades. Sem este trabalho, muitas intenções de vingança já teriam ido a cabo. E é justamente por serem a própria face do Estado diante do crime que esses servidores e suas famílias são constantemente ameaçados.

Por mais difícil que seja a natureza diária do trabalho, os policiais são vocacionados e amam o que fazem. No caso da Polícia Penal de São Paulo, a maior do país, a precariedade da estrutura é a maior carência da profissão, porque dela decorrem todos os demais problemas que afligem a nossa categoria.

As unidades superlotadas diante de um efetivo insuficiente tornam o ambiente prisional um inferno para todos os envolvidos: policiais, servidores, detentos e visitantes. Sobram motivos para explicar porque a expectativa de vida de um policial penal é de 45 anos, enquanto a dos demais brasileiros é de 76 anos.

Nesse ambiente insalubre, sob ameaças constantes, a saúde física e mental se deteriora. Os baixos salários conferem uma pressão extra que desestimula a permanência na profissão.

Saímos de casa todos os dias com a morte à espreita, apenas porque cumprimos o nosso dever. Muitos colegas servidores morrem pela violência ou pelas doenças causadas pelo estresse do ambiente de trabalho, considerado o segundo mais perigoso do mundo e o primeiro na área de segurança pública.

Ficamos felizes em ver a pronta ação da Polícia Federal, que em 45 dias investigou e prendeu os envolvidos. Também alegra ver como a PM do Paraná e a Polícia Legislativa foram prestativas e eficientes na proteção da família Moro. Isso é a prova de que o Estado funciona, mas assim deve ser para todos os brasileiros, não apenas para alguns.

Também é confortante saber que essas autoridades dispõem de carros blindados e segurança armada fornecidas pelo Estado brasileiro, mas devo alertar que nem todos são tratados da mesma forma.

É relevante lembrar, mais uma vez, que são policiais dando proteção ao senador, ao custo potencial de suas próprias vidas. Os protagonistas do escândalo, quase todos políticos, estão protegidos na forma da lei. Mas quem protege os que estão vulneráveis por enfrentar diária e diretamente o crime organizado?


 Fábio Jabá - policial penal e presidente do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional de São Paulo (SIFUSPESP) e secretário-geral da Federação Nacional dos Servidores Penitenciarios e Policiais Penais (FENASPEN).

 

O que as ruas da China podem ensinar ao seu negócio

Reprodução
Com microfones e câmeras profissionais, streamers chineses têm gravado vídeos nos endereços mais ricos do país para estimular os algoritmos de plataformas como o YouTube a distribuírem seus conteúdos entre um público mais abastado 


Se pudesse escolher, abriria um negócio em um endereço popular ou em um bairro de luxo, onde o dinheiro está concentrado? Uma escolha parecida com essa tem levado streamers (criadores de conteúdo) a invadirem bairros nobres da China somente para gavar seus vídeos.

Ao passar por alguns desses locais, é muito comum se deparar com quilômetros de calçadas que servem de cenário para influenciadores. Com luzes LED, ring lights, tripés, microfones e câmeras profissionais, esses streamers transmitem suas lives (vídeos ao vivo) sentados no chão.

Parece incomum, afinal, há diversas opções de locais mais agradáveis e até mesmo mais bonitos para uma gravação, mas tudo acontece por conta de uma estratégia.

A ideia por trás dessas lives é se aproveitar do recurso de localização e se aproximar geograficamente de usuários mais ricos para que o algoritmo de plataformas de streaming recomende o conteúdo para o público daquele bairro. Ou seja, uma audiência de poderio financeiro mais elevado. E assim, uma maior possibilidade de que as doações recebidas sejam mais altas.

A tendência foi trazida à público pela youtuber Naomi Wu, uma das principais criadoras de conteúdo chinesas na área da tecnologia. No final de fevereiro, ela publicou uma série de tweets com fotos que mostram streamers fazendo transmissões ao vivo nas ruas de seu país e deu início a um verdadeiro debate no Twitter.

As fotos evidenciam o que parece ser uma nova tendência na China. Nelas, a maioria dos streamers atuando ao ar livre aparenta ser formado por mulheres.

Como tudo gira em torno de monetização, Samuel Pereira, especialista em marketing digital, não descarta algo similar no Brasil. Pereira recorda que diferente de alguns anos atrás, quando as marcas e pessoas agiam tendo em mente a preferência e expectativa do público, agora, nossas atitudes são pensadas para agradar algoritmos. Ou seja, a inteligência artificial.

Na plataforma Huajiao, uma das mais populares do país, apenas 5% dos streamers conseguem ganhar dinheiro. Deles, apenas 0,2% — ou 19.000 dos 10 milhões de usuários — consegue um valor acima de 10.000 yuans (R$ 7.558) ao ano, enquanto outros 465.000 arrecaram apenas 0,05 a 500 yuan (R$ 378), segundo dados divulgados em dezembro do ano passado pela Huafang, dona do serviço.

Embora pareça algo natural, a China luta para conter gastos de fãs e sonegação dos streamers. O país regula a indústria do live streaming desde junho de 2022, quando divulgou 31 comportamentos proibidos em lives, como fazer referências políticas ou propagandear um estilo de vida extravagante.

O maior live streamer do país recebeu uma multa de milhões de dólares no final de 2021 por sonegação fiscal. Huang Wei, mais conhecido como Viya, chegou a se desculpar publicamente, mas perdeu as contas nas redes sociais e nunca mais voltou a fazer lives.

Outra vertente desse movimento, as live commerces também atraem os influenciadores chineses. O país ainda é a maior referência sobre o assunto. Mais de 10 milhões de transmissões ao vivo já foram feitas, movimentando US$ 157 bilhões pelo mundo e gerando 1,7 milhão de empregos.

Pereira destaca que, durante a pandemia, muitos dos pequenos lojistas usaram as live commerces, que tinham participações recordes. No entanto, o movimento arrefeceu com o retorno das pessoas às lojas físicas.

Ainda assim, o especialista alerta que o comportamento dos chineses costuma ser muito harmônico com a evolução do algoritmo, e por isso, talvez seria interessante dar mais atenção ao live commerce.

João Fernando Saddock, especialista em marketing digital, concorda. Para ele, os negócios brasileiros têm muito potencial para avançar no live commerce.

"As facilidades comerciais e transacionais são ilimitadas para que isso cresça. E o público brasileiro é muito propenso a aproveitar ofertas e exclusividades. Esse apelo é crescente e vale a pena ser acompanhado", diz.


Mariana Missiaggia
https://dcomercio.com.br/publicacao/s/o-que-as-ruas-da-china-podem-ensinar-ao-seu-negocio


quinta-feira, 6 de abril de 2023

Dia Mundial da Saúde: AVC é a doença que mais mata no Brasil

Condição foi responsável por 1626 hospitalizações, em 2022, no DF 

 

O Dia Mundial da Saúde é comemorado em 7 de abril. A data tem objetivo de conscientizar as pessoas sobre a importância da prevenção de doenças e o cuidado com o corpo e a mente. E um dos temas de grande importância no campo da saúde é o  Acidente Vascular Cerebral (AVC), que pode afetar qualquer pessoa, independente da idade ou do sexo. De acordo com a Organização Mundial do AVC (OMS), a doença é que mais mata no Brasil, com 70 mil óbitos todos os anos. 

No Distrito Federal, em 2022, cerca de cinco pessoas com AVC foram internadas diariamente. Os dados da Secretaria de Saúde mostram ainda que, no total, foram 1626 hospitalizações pela doença. O neurocirurgião Victor Hugo Espíndola explica que o AVC ocorre quando há uma interrupção do fluxo sanguíneo para uma determinada região do cérebro, causando a morte das células cerebrais e comprometendo as funções neurológicas. 

Segundo o especialista em doenças cerebrovasculares, os sintomas do AVC incluem fraqueza em um lado do corpo, dificuldade para falar ou compreender a fala, visão embaçada e dor de cabeça intensa. “Caso o paciente apresente algum desses sinais, é fundamental buscar atendimento médico imediato, pois quanto mais rápido for o diagnóstico e o tratamento, maiores são as chances de recuperação”, alerta o médico.  

Victor ressalta que, para prevenir o AVC, é necessário adotar hábitos saudáveis, como praticar exercícios físicos regularmente, não fumar e evitar o consumo excessivo de álcool. Além disso, é importante controlar os fatores de risco para a doença, como hipertensão arterial, diabetes e colesterol elevado. 

“Neste Dia Mundial da Saúde, é fundamental lembrar da importância de cuidar da nossa saúde e prevenir doenças como o AVC. Cuidar do corpo e da mente é um ato de amor-próprio e de responsabilidade com a própria vida”, diz o especialista. 

Confira algumas dicas do especialista para manter hábitos saudáveis:  

  • Controle da pressão arterial: manter a pressão arterial dentro dos limites saudáveis é uma das melhores maneiras de prevenir o AVC. Consulte um médico regularmente para medir sua pressão arterial e tomar medidas para controlá-la, se necessário.
  • Controle do colesterol: manter níveis saudáveis de colesterol é importante para prevenir o AVC. 
  • Alimentação saudável, exercícios regulares e medicamentos podem ajudar a controlar o colesterol.
  • Controle do diabetes: pessoas com diabetes têm maior risco de desenvolver AVC. Manter níveis saudáveis de açúcar no sangue pode reduzir esse risco.
  • Exercício físico regular: o exercício regular pode ajudar a prevenir o AVC, melhorando a saúde cardiovascular e controlando fatores de risco como pressão arterial, colesterol e açúcar no sangue.
  • Redução do consumo de álcool e tabaco: o tabagismo e o consumo excessivo de álcool são fatores de risco para o AVC. Evite o tabaco e limite o consumo de álcool.
  • Controle do estresse: o estresse crônico pode aumentar o risco de AVC. Encontre maneiras de controlar o estresse, como meditação, ioga ou outras atividades relaxantes.
  • Tratamento de doenças cardíacas: doenças cardíacas, como fibrilação atrial, aumentam o risco de AVC. Consulte um médico para tratamento e controle dessas condições.

 


Dia Mundial da Saúde: AVC é a doença que mais mata no Brasil

Condição foi responsável por 1626 hospitalizações, em 2022, no DF 

 

O Dia Mundial da Saúde é comemorado em 7 de abril. A data tem objetivo de conscientizar as pessoas sobre a importância da prevenção de doenças e o cuidado com o corpo e a mente. E um dos temas de grande importância no campo da saúde é o  Acidente Vascular Cerebral (AVC), que pode afetar qualquer pessoa, independente da idade ou do sexo. De acordo com a Organização Mundial do AVC (OMS), a doença é que mais mata no Brasil, com 70 mil óbitos todos os anos. 

No Distrito Federal, em 2022, cerca de cinco pessoas com AVC foram internadas diariamente. Os dados da Secretaria de Saúde mostram ainda que, no total, foram 1626 hospitalizações pela doença. O neurocirurgião Victor Hugo Espíndola explica que o AVC ocorre quando há uma interrupção do fluxo sanguíneo para uma determinada região do cérebro, causando a morte das células cerebrais e comprometendo as funções neurológicas. 

Segundo o especialista em doenças cerebrovasculares, os sintomas do AVC incluem fraqueza em um lado do corpo, dificuldade para falar ou compreender a fala, visão embaçada e dor de cabeça intensa. “Caso o paciente apresente algum desses sinais, é fundamental buscar atendimento médico imediato, pois quanto mais rápido for o diagnóstico e o tratamento, maiores são as chances de recuperação”, alerta o médico.  

Victor ressalta que, para prevenir o AVC, é necessário adotar hábitos saudáveis, como praticar exercícios físicos regularmente, não fumar e evitar o consumo excessivo de álcool. Além disso, é importante controlar os fatores de risco para a doença, como hipertensão arterial, diabetes e colesterol elevado. 

“Neste Dia Mundial da Saúde, é fundamental lembrar da importância de cuidar da nossa saúde e prevenir doenças como o AVC. Cuidar do corpo e da mente é um ato de amor-próprio e de responsabilidade com a própria vida”, diz o especialista.  

Confira algumas dicas do especialista para manter hábitos saudáveis:  

  • Controle da pressão arterial: manter a pressão arterial dentro dos limites saudáveis é uma das melhores maneiras de prevenir o AVC. Consulte um médico regularmente para medir sua pressão arterial e tomar medidas para controlá-la, se necessário.
  • Controle do colesterol: manter níveis saudáveis de colesterol é importante para prevenir o AVC. 
  • Alimentação saudável, exercícios regulares e medicamentos podem ajudar a controlar o colesterol.
  • Controle do diabetes: pessoas com diabetes têm maior risco de desenvolver AVC. Manter níveis saudáveis de açúcar no sangue pode reduzir esse risco.
  • Exercício físico regular: o exercício regular pode ajudar a prevenir o AVC, melhorando a saúde cardiovascular e controlando fatores de risco como pressão arterial, colesterol e açúcar no sangue.
  • Redução do consumo de álcool e tabaco: o tabagismo e o consumo excessivo de álcool são fatores de risco para o AVC. Evite o tabaco e limite o consumo de álcool.
  • Controle do estresse: o estresse crônico pode aumentar o risco de AVC. Encontre maneiras de controlar o estresse, como meditação, ioga ou outras atividades relaxantes.
  • Tratamento de doenças cardíacas: doenças cardíacas, como fibrilação atrial, aumentam o risco de AVC. Consulte um médico para tratamento e controle dessas condições.

 


Dia Mundial da Saúde: 6 tendências da Saúde 5.0 e a importância da tecnologia para o setor

Data reforça a notoriedade da integração entre saúde e tecnologia, que otimiza o tempo e possibilita diagnósticos precoces 

 

A cada ano que passa, o setor da saúde vem integrando-se com as novas tecnologias que surgem no mercado para promover maior eficiência nos processos internos das instituições, reduzindo seus custos e aumentando a competitividade. Com objetivo de dar nome a este movimento, surgiu, em meados de 2011, o conceito “Saúde 4.0”, um modelo que traduzia esta integração legítima e crescente.

 

Após mais de 10 anos deste momento, a versão 5.0 vem se concretizando como uma nova tendência no setor e traz consigo algumas distinções se comparado ao modelo anterior. Na busca por utilizar de maneira mais massiva as novidades do mundo tech, a Saúde 5.0 tem como premissa colocar o paciente no centro de todo o processo e promover o uso de dados de maneira mais humanizada.

 

Dentre os benefícios que a Saúde 5.0 pode promover ao ecossistema, podemos citar a melhoria na qualidade de vida do paciente, maior prevenção de doenças, de autocuidado, fomento da medicina à distância, acompanhamento contínuo, além de auxiliar na elaboração de políticas públicas de saúde, otimizando o trabalho e o tempo dos pacientes e profissionais. 

“Desde que o mundo foi afetado pela pandemia de Covid-19, as estratégias de digitalização na medicina se viram obrigadas a acontecer. Hoje, o uso da tecnologia aplicada ao setor de saúde traz vantagens não só para os negócios, mas também para os pacientes.”, pontua Marcos Moraes, diretor da vertical de saúde da FCamara, ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa o futuro de negócios.

Para comemorar o Dia Mundial da Saúde, celebrado em 7 de abril, o diretor elencou as seis principais tendências da Saúde 5.0 para os próximos anos.

 

1- Dispositivos inteligentes

Biossensores, rastreadores e impressoras 3D, por exemplo, são dispositivos que auxiliam e otimizam diversos processos ligados à saúde. A impressora 3D já é utilizada na impressão de implantes e próteses, e os biossensores e rastreadores permitem o monitoramento e análise da saúde dos pacientes que acabam recebendo diagnósticos precoces. Os dispositivos também podem ser usados para acompanhamento de doenças crônicas. 

 

2- Internet das Coisas Médicas (IoMT)

A Internet das coisas consiste em integrar dispositivos a sistemas, possibilitando a troca de informações entre ambos, enquanto a Internet das Coisas Médicas (IoMT), por sua vez, é uma evolução desse conceito, porém aplicada ao setor da saúde. “Nesse sentido, a IoMT se fundamenta na coleta contínua de dados para aplicar em modelos preditivos, possibilitando que profissionais da saúde realizem diagnósticos mais precisos e façam tratamentos personalizados.", explica Marcos.

Na saúde, a integração do mundo real com o virtual pode ser feita por meio de dispositivos que monitoram a saúde dos pacientes, levando as informações de prontidão aos médicos, mesmo à distância. “Wearables são exemplos claros do uso dessa tecnologia. Eles possuem funções para medir padrões de sono e batimentos cardíacos, entre outras, que podem avisar imediatamente os profissionais sobre o atual estado de saúde daquela pessoa, precavendo qualquer eventualidade", explica Marcos. 

 

3- Cloud Computing

O armazenamento em nuvem traz otimização de tempo e organização, especialmente para os médicos, que podem ter acesso aos prontuários eletrônicos de qualquer lugar e a qualquer momento, o que é de extrema importância em casos de emergência. “Além de garantir a segurança dos dados, a cloud computing no sistema de saúde também traz assertividade nos diagnósticos e, mais uma vez, pode prevenir problemas potencialmente mais graves”, fala Moraes. 

 

4- Big Data

Clínicas e hospitais recebem muitos pacientes com diagnósticos diversos. Porém, devido a esse alto número, é possível também otimizar e identificar padrões, cruzando informações que poderão auxiliar os profissionais em diagnósticos mais precisos. Com o Big Data, é possível constatar sintomas e problemas parecidos dentro de um grupo com diferentes indivíduos.

 

5- Telemedicina e Realidade Virtual

Entre 2020 e 2021, mais de 7,5 milhões de consultas foram realizadas por telemedicina, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital. O modelo virou tendência desde a pandemia, e hoje é  encorajado, desde que feito de forma segura e ética sob a orientação do Conselho Federal de Medicina (CFM). “Graças à tecnologia, é possível que os profissionais façam um atendimento eficaz e satisfatório, mesmo a distância, por meio de plataformas auxiliares, que ajudam no diagnóstico e no atendimento mais humanizado possível”, complementa o executivo.

 

Ainda no contexto de distância, a realidade virtual deve vir como grande revolução do setor, permitindo que os pacientes possam usar o modelo para o tratamento da dor, de fobias e da ansiedade, e que estudantes de medicina, por exemplo, consigam treinar determinados procedimentos sem precisar usar pacientes reais. 

 

6- Robôs autônomos

A automatização completa dos sistemas de pedidos de suprimentos e rastreamentos otimizam o atendimento ao paciente e economizam o tempo dos profissionais de saúde. “Os robôs autônomos recebem e preenchem pedidos de suprimentos médicos 24 horas por dia, o que diminui o tempo de execução desse serviço e libera os profissionais para dedicarem mais tempo aos pacientes”, conclui Marcos.

 


FCamara
www.fcamara.com

 

Efeitos do envelhecimento no organismo se tornam mais evidentes após os 60 anos, mostra estudo

 

Pesquisadores da UFSCar observaram mudanças simultâneas no controle nervoso da frequência cardíaca em repouso, na capacidade de captação, transporte e consumo de oxigênio durante o exercício e no padrão de metabólitos presentes no sangue (foto: Freepik)


Estudo feito com 118 pessoas saudáveis de diferentes faixas etárias mostra que é a partir dos 60 anos que se tornam mais evidentes os prejuízos causados pelo envelhecimento no controle da frequência cardíaca em repouso e na aptidão cardiorrespiratória, ou seja, na capacidade do corpo de captar (sistema respiratório), transportar (sistema cardiovascular) e consumir (músculos) oxigênio durante o exercício físico. Contudo, foram observadas certas alterações no perfil metabólico, isto é, na concentração de substâncias no sangue, que aparentemente estão relacionadas com a mitigação dos efeitos deletérios da senescência.

“Estudar o envelhecimento é importante, pois ele causa alterações em vários dos nossos sistemas orgânicos. O metabolismo tem sido bastante estudado, assim como a modulação autonômica cardíaca [o controle da frequência cardíaca pelo sistema nervoso] e a aptidão cardiorrespiratória, porém, quase sempre de maneira isolada. Em nosso estudo, buscamos investigar as mudanças decorrentes do processo de envelhecimento de forma integrada. Ao analisar esses três componentes concomitantemente, descobrimos um possível ponto de virada do envelhecimento aos 60 anos de idade. Embora a senescência seja um processo que dure décadas, é principalmente após os 60 anos que as alterações nos três componentes analisados se tornam mais significativas”, revela Aparecida Maria Catai, professora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e coordenadora da pesquisa.

Divulgado na revista Scientific Reports, o estudo teve apoio da FAPESP por meio de um Projeto Temático.

“Com o passar do tempo, o organismo, mesmo em pessoas saudáveis, vai apresentando alguns comprometimentos. Por causa disso, vão sendo realizados alguns ‘ajustes fisiológicos’ para que ele permaneça em equilíbrio [homeostase]. No entanto, esses mecanismos são limitados e vão se exaurindo com o avançar da idade. Identificamos neste estudo que algumas alterações nos níveis séricos de certos metabólitos podem ter relação com esses mecanismos homeostáticos”, explica Étore de Favari Signinibolsista de doutorado da FAPESP e primeiro autor do artigo.

Dessa forma, os pesquisadores observaram que alguns metabólitos podem estar associados à mitigação dos efeitos deletérios do envelhecimento. “Trata-se do aumento significativo, na faixa entre 60 e 70 anos, dos níveis séricos de ácido hipúrico, um metabólito associado a uma série de funções diferentes, entre elas a diversidade da microbiota intestinal e a saúde metabólica”, explica o pesquisador. O achado pode contribuir para novas estratégias direcionadas a reduzir os efeitos deletérios do envelhecimento.

Os pesquisadores ressaltam que, embora o aumento desse metabólito possa indicar prejuízos na função renal, estudos recentes têm proposto que o ácido hipúrico pode ser um marcador e um mediador da saúde metabólica, podendo ter relação com a complexidade da microbiota intestinal (com influência direta na absorção de nutrientes no intestino) e um possível efeito protetor sobre as células beta do pâncreas.

“Como se tratava de idosos aparentemente saudáveis, sem nenhum indicativo de comprometimento renal, sugerimos que o aumento do ácido hipúrico estaria ligado ao enriquecimento da microbiota intestinal e, por consequência, à melhor absorção de nutrientes no intestino. E sabemos que, quanto melhor a absorção intestinal de nutrientes, considerando o contexto de envelhecimento, melhor a saúde do organismo no geral”, diz.

Outro aspecto importante investigado pelos pesquisadores foi a redução de aminoácidos essenciais, como valina, leucina e isoleucina – conhecidos pela sigla BCAAs (que em inglês significa aminoácidos de cadeia ramificada).

“O decaimento de BCAAs no envelhecimento saudável pode estar atrelado a uma estratégia do organismo para se preservar. Sabemos que os BCAAs estão diretamente ligados à síntese proteica. E, com o envelhecimento, a atividade anabólica vai decaindo”, afirma.

Signini ressalta que os benefícios de uma suplementação de BCAAs em idosos, com o favorecimento da síntese proteica, ainda é um assunto muito discutido. “A redução da atividade anabólica [que nesse contexto possui relação com a redução dos níveis de BCAAs séricos] também tem sido destacada, até certo ponto, como algo benéfico segundo alguns estudos”, afirma.

“Pesquisas têm apontado que a atividade anabólica acentuada no contexto em que há diversos comprometimentos na maquinaria celular, como, por exemplo, na função de organelas e de enzimas, pode trazer consequências indesejadas, entre elas o câncer”, completa.


Metodologia

O objetivo do trabalho foi avaliar questões relacionadas ao metabolismo, à modulação autonômica cardíaca e à aptidão cardiorrespiratória em 118 indivíduos divididos em cinco grupos etários (20-29 anos, 30-39, 40-49, 50-59, 60-70). Foram incluídos em todas as faixas etárias apenas participantes aparentemente saudáveis, ou seja, sem diagnóstico de comprometimento cardiovascular, respiratório ou relacionado ao metabolismo, como síndrome metabólica, obesidade ou diabetes. Além de passar por uma rigorosa bateria de exames e testes, os voluntários também não podiam tomar medicamentos controlados, como, por exemplo, para hipertensão.

Para avaliar a aptidão cardiorrespiratória, todos realizaram o teste de exercício cardiopulmonar, que permite medir o consumo máximo de oxigênio. As análises sobre modulação autonômica cardíaca foram feitas por meio da aferição da variabilidade dos períodos cardíacos, na condição de repouso e com os indivíduos na posição supina (deitado de costas). Já o metabolismo foi investigado por meio de metabolômica (análise do conjunto de metabólitos presentes), a partir de amostras de soro sanguíneo dos indivíduos.

Essas análises foram conduzidas nos departamentos de Fisioterapia e de Química da UFSCar, em laboratórios coordenados por Catai, Regina Vincenzi Oliveira e Antonio Gilberto Ferreira.

Os pesquisadores ressaltam que as alterações observadas durante o envelhecimento, sobretudo depois dos 60 anos, estão relacionadas a mudanças funcionais e estruturais nos sistemas orgânicos que se refletem na modulação autonômica cardíaca e na capacidade do corpo de gerar energia a partir da captação, do transporte e consumo de oxigênio.

Vale destacar que, enquanto o sistema nervoso autônomo (que funciona quando o indivíduo está em repouso ou de modo involuntário para que ocorram os batimentos cardíacos, por exemplo) desempenha um papel no controle, na manutenção e regulação das funções vitais do organismo, o consumo de oxigênio pico (termo que se refere à maior taxa de consumo de oxigênio durante exercício exaustivo) é resultado da maior capacidade de atividade integrada do metabolismo com os sistemas muscular, cardiovascular, respiratório e nervoso e está relacionado com a aptidão cardiorrespiratória, como explica Signini.

Segundo o pesquisador, é esperado que a aptidão cardiorrespiratória decaia em função do avançar da idade em decorrência de alterações em diversos sistemas do organismo que acabam comprometendo a captação, o transporte e consumo de oxigênio.

Estudos anteriores já haviam mostrado existir uma relação entre envelhecimento fisiológico e o desequilíbrio na modulação autonômica cardíaca – incluindo aumento na modulação simpática e redução na modulação parassimpática sobre o coração em condição de repouso.

“A modulação autonômica cardíaca permite que nosso corpo transponha estresses físicos e, ao mesmo tempo, mantenha-se em homeostase, por meio do equilíbrio entre as modulações simpática e parassimpática cardíaca”, diz.

Ele explica que, conforme ocorre o processo de envelhecimento, surgem dificuldades na manutenção dessa modulação. “Portanto, com o tempo, em condições de repouso, ocorre uma maior modulação simpática e, em contrapartida, uma redução da modulação parassimpática, o que resulta em mais estresse para o organismo”, explica.

O artigo Integrative perspective of the healthy aging process considering the metabolome, cardiac autonomic modulation and cardiorespiratory fitness evaluated in age groups pode ser lido em: www.nature.com/articles/s41598-022-25747-5.

 

Maria Fernanda Ziegler
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/efeitos-do-envelhecimento-no-organismo-se-tornam-mais-evidentes-apos-os-60-anos-mostra-estudo/41070/


Diagnóstico e tratamento da epilepsia volta a crescer no país

Levantamento realizado pela healthtech catarinense LifesHub aponta 40% das internações concentradas na região sudeste 



A epilepsia é uma condição neurológica crônica que afeta cerca de 3 milhões de pessoas no Brasil, correspondendo a aproximadamente 1,5% da população. O diagnóstico precoce é fundamental para garantir o tratamento adequado e melhorar a qualidade de vida dos pacientes, uma vez que a epilepsia não tratada pode causar lesões cerebrais, acidentes e até morte súbita. Para dimensionar a estrutura brasileira e os atendimentos realizados, a LifesHub, plataforma de inteligência estratégica em saúde, cruzou alguns dados do Ministério da Saúde, Sistema Único de Saúde (SUS) e Agência Nacional de Saúde (ANS) e apresenta a seguir um panorama da doença no Brasil.


Estrutura para atendimento no país

O tratamento das epilepsias é realizado através de medicamentos que evitam as descargas elétricas cerebrais anormais. Em casos que sejam constatadas crises frequentes e incontroláveis, há a avaliação de encaminhamento para intervenção cirúrgica. O SUS oferece tratamento integral e gratuito para casos de epilepsia que incluem desde o diagnóstico até o acompanhamento e tratamento, incluindo a distribuição de medicamentos e cirurgias. O atendimento inicia por meio das Unidades Básicas de Saúde e, havendo necessidade, o médico encaminha para um atendimento de média e alta complexidade.

Dados do Conselho Federal de Medicina de 2022 demonstram que há no Brasil 4.145 médicos neurocirurgiões e 6.776 médicos neurologistas. Um crescimento expressivo, de 70% e 111% respectivamente, quando comparados com dados de uma década antes, em 2012. Atualmente, existem 94 estabelecimentos em Neurologia/Neurocirurgia classificados especificamente para investigação e cirurgia de epilepsia no Brasil, que devem oferecer todo o atendimento necessário ao paciente neurológico, desde consultas, exames, diagnóstico, tratamento e acompanhamento. Destes, 45,7% são da rede de saúde suplementar (clínicas e hospitais com atendimento por planos de saúde) e oferecem mais de 37 mil leitos.


Diagnósticos e atendimentos de epilepsia

De acordo com o Sistema de Informação Ambulatorial do SUS, foram realizados 72.087 procedimentos em pacientes com diagnóstico de epilepsia, atendimentos em estabelecimentos com serviço especializado de atenção em neurologia, neurocirurgia, investigação e cirurgia de epilepsia no período de 2018 a 2022. Os dez municípios brasileiros que mais realizaram atendimentos podem ser verificados na tabela abaixo:

Desde o início da COVID-19, em 2020, o diagnóstico e o tratamento da epilepsia no país foram afetados, possivelmente pela suspensão de consultas presenciais em muitas clínicas e hospitais durante os picos da pandemia, além do receio dos pacientes em buscar atendimento médico durante este período. Em relatório organizado pela LifesHub, em 2022 o número de internações hospitalares em decorrência de epilepsia voltou a apresentar aumento, alcançando um total de 61.820 internações no país, que correspondem a um crescimento de 26% em relação a 2020, primeiro ano da pandemia. Entre as regiões brasileiras, a região Sudeste foi a responsável pelo maior número de internações por epilepsia, correspondendo a 40% dos procedimentos, seguido da região Nordeste com 26%, Sul 19%, Centro-Oeste 9% e Norte, com apenas 5% das internações.

Para o CEO da LifesHub, Dr Ademar Paes Junior, entender como se distribui a estrutura de atendimento da saúde no Brasil para o cuidado de pacientes com epilepsia é fundamental para diminuir qualquer dificuldade no tratamento que, em determinados casos, é para a vida toda.

“O sucesso do tratamento depende de o paciente fazer uso continuado de medicação, mas também ter o atendimento médico para controle e avaliação. Para isso, os gestores de saúde devem ter dados que os permitam direcionar verbas, dimensionar a real necessidade de contratação de profissionais e investimento em estrutura a fim de assegurar uma boa qualidade de vida para o paciente”.

 

https://lifeshub.com.br/

 

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