Pesquisar no Blog

sexta-feira, 24 de março de 2023

Dia Mundial da Tuberculose: redes de tratamento precisam de mais investimentos


foto: reprodução
A sexta-feira, dia 24 de março, será marcada pelo Dia Mundial de Combate à Tuberculose, que tem como objetivo conscientizar o público sobre a epidemia global de tuberculose e os esforços para eliminar a doença. Em 2018, 10 milhões de pessoas adoeceram com TB e 1,5 milhão morreram da doença, principalmente em países de baixa e média renda.


No ano passado, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) pediu mais investimentos, ajuda, atenção e informação urgentes para combater a doença naquele que era um momento em que a pandemia de Covid-19 reverteu o progresso feito contra uma das enfermidades infecciosas mais mortais do mundo.

Passado mais um tempo desde então, o médico Vital Fernandes Araújo corrobora o argumento defendendo um maior investimento nas políticas de combate e prevenção à tuberculose.

“É nítido que todas as áreas da saúde pública necessitam de mais investimentos. Mas os números da Tuberculose inspiram maior atenção, sobretudo pelo número de mortes a todo ano”, aponta.

Dr. Vital lembra que todos os dias, mais de 70 pessoas morrem e 800 adoecem de tuberculose nas Américas. “Embora os esforços para combater a doença tenha salvado mais de 1,2 milhão de vidas no continente desde 2000, estima-se que as mortes anuais tenham aumentado em 3 mil no ano de 2020 devido à interrupção de serviços essenciais”, mencionou.

Ainda de acordo com Vital, cerca de 18,3 mil crianças e adolescentes menores de 15 anos vivem com tuberculose nas Américas e mais da metade não tem acesso a serviços de diagnóstico e tratamento. “A própria Covid-19 também teve um impacto desproporcional em crianças e adolescentes com TB, levando ao aumento da transmissão em suas casas, redução da vigilância ativa, menos visitas a uma unidade de saúde e seguimento limitado do tratamento”, emendou.

“A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou diretrizes atualizadas para o tratamento da tuberculose em crianças e adolescentes. Essas incluem recomendações para expandir testes diagnósticos e tratamento, medicamentos para tratar TB farmacorresistente em crianças e novos modelos de atenção descentralizada e integrada para melhorar o acesso a cuidados preventivos e tratamento mais próximo de casa”, emendou.



Dr. Vital Fernandes Araújo - Médico e se formou pela Universidade Federal da Bahia. Ele é pós-graduado em Medicina Ortomolecular e pós-graduado em Psiquiatria. O médico hoje atua como mentor de médicos e grandes empresários através da sua metodologia que denominou de Integração Neuro Emocional.


 

 

Abril Azul: mês de conscientização sobre o autismo

Fato ou fake? Especialista do PROADI-SUS esclarece mitos e verdades sobre o Transtorno do Espectro Autista


A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que haja 70 milhões de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no mundo, sendo cerca de 2 milhões só no Brasil. Oitenta anos depois do primeiro caso diagnosticado na história, a falta de informação ainda é a principal barreira para a inclusão desses indivíduos na sociedade. Como abril é o mês da conscientização mundial sobre o autismo, confira o que é fato ou fake sobre o TEA segundo o Dr. Thiago Rocha, Psiquiatra da Infância e Adolescência, coordenador do Centro Especializado em Neurodesenvolvimento Infantil (CENI) do Hospital Moinhos de Vento, e responsável técnico de projeto no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS).


Autismo é uma doença. 

Fake!

Autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento e não uma doença, ao contrário do que muitas pessoas imaginam. O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades. Sem uma definição do diagnóstico, e consequentemente sem a ajuda e o tratamento necessários para viver melhor com a condição, pessoas dentro do espectro passam anos, e até décadas, lidando com dificuldades que não sabem o que é, sentindo-se deslocados e "diferentes", impactando seu desenvolvimento. Quando finalmente recebem o diagnóstico, sentem-se aliviados e passam a lidar com suas características de forma mais leve. 


O autismo pode ser diagnosticado em bebês. 

Fato! 

O TEA costuma apresentar seus sintomas antes dos 3 anos de idade, mas alguns pais podem reconhecer os sinais de autismo mesmo antes, quando seus filhos têm 9-12 meses, dependendo dos sintomas e de sua gravidade. Há inclusive recomendação do Ministério da Saúde para a realização de perguntas de rastreamento, disponíveis na Caderneta de Saúde da Criança, em todas as crianças entre os 16 e os 30 meses, para que casos suspeitos possam ser identificados de forma mais precoce. Entretanto, de maneira geral, o diagnóstico de transtorno do espectro autista no Brasil é feito tardiamente. Esse atraso pode gerar repercussões negativas para o desenvolvimento da criança, por essa não receber estimulação adequada em períodos sensíveis do neurodesenvolvimento. A falta de informações adequadas e dificuldades de acesso ao sistema de saúde são causas comuns para o diagnóstico tardio. A resistência ao diagnóstico e o estigma em torno de condições neurodivergentes também impedem que algumas crianças sejam levadas para avaliação e diagnosticadas.


O autismo pode ser hereditário. 

Fato!

Diversas pesquisas já foram realizadas para buscar descobrir as possíveis causas por trás do desenvolvimento do TEA. Os estudos apontam uma forte influência genética nos casos, onde diferentes genes parecem contribuir para a ocorrência do diagnóstico. Fatores ambientais também podem influenciar, em menor grau, o risco do desenvolvimento do TEA. A explicação mais aceita no momento é uma contribuição de múltiplos fatores, numa combinação de fatores genéticos e ambientais. 


Certos medicamentos na gravidez podem aumentar o risco de autismo. 

Fato!

Alguns fatores durante a gestação podem aumentar o risco de TEA. Diversos estudos apontam que o uso de ácido valpróico, que é utilizado para tratamento de epilepsia e transtorno bipolar, pode aumentar a chance da criança nascer com autismo. 


Vacinas causam autismo. 

Fake!

Segundo a OMS, não há nenhuma comprovação científica que ligue o transtorno do espectro autista a nenhuma vacina. Essa relação surgiu a partir de um estudo realizado em 1998, que depois se mostrou fraudulento, no qual os resultados mostravam que vacinas para quadros virais como sarampo, caxumba ou rubéola aumentariam o risco do desenvolvimento de TEA nas crianças. O estudo foi investigado e foi comprovada a manipulação dos dados, com posterior retratação por parte da revista científica e cassação do principal autor do estudo. Essa relação entre vacinas e TEA vem sendo objeto de múltiplos estudos ao longo dos últimos anos, tendo sido refutada por vários especialistas.


Os casos de autismo aumentaram muito nos últimos anos. 

Fato!

Não há dúvidas de que há um aumento considerável nos casos de autismo nos últimos anos. O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) atinge de 1% a 2% da população mundial e, no Brasil, aproximadamente dois milhões de pessoas. Esse crescimento da prevalência do TEA pode estar associado a três fatores principais: 

  • Ampliação do acesso a informações sobre o TEA, com redução de estigma e maior procura por diagnóstico;
  • Crescimento do número de diagnósticos dos casos mais leves, que até recentemente não eram identificados;
  • Aumento real do número de casos possivelmente associados à idade materna e paterna mais avançadas e aumento de casos de nascimentos prematuros. 


Autistas não conseguem trabalhar. 

Fake!

Hoje, um autista ter uma carreira já é uma realidade e muitas empresas se conscientizaram para incentivar e absorver o melhor que esses profissionais podem oferecer. A inclusão de um autista no mercado de trabalho é garantida pela mesma lei que determina a participação mínima para portadores de qualquer deficiência. Foi a Lei 12.764, de 2012 – também conhecida como Lei Berenice Piana – que abriu as portas para o reconhecimento do Autismo dentro do rol das demais deficiências. Desde então, o autismo tem sido muito mais discutido e diagnosticado no país. Como prova, confira pessoas famosas dentro do Espectro que você não conhecia: 

 

  • Bill Gates 

Diagnosticado dentro do Espectro Autista aos oito anos de idade, Bill Gates é atualmente um dos homens mais ricos do mundo por ter fundado a Microsoft. Sua fortuna é estimada nos 97 bilhões de dólares.

 

  • Greta Thunberg 

A ativista ambiental sueca Greta Thunberg, 20 anos, foi diagnosticada com Síndrome de Asperger, agora classificada como Transtorno do Espectro Autista nível 1, aos 11 anos de idade.

 

  • Anthony Hopkins 

Vencedor do Oscar de Melhor Ator no filme “O Silêncio dos Inocentes”, Anthony Hopkins teve o diagnóstico de autismo na vida adulta, por volta dos 70 anos. Foi a esposa do ator quem o incentivou a pesquisar mais sobre o TEA e entender que algumas das suas características poderiam ser sinais de uma pessoa atípica.

 

Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde, PROADI-SUS
https://hospitais.proadi-sus.org.br


Dia de Combate à Tuberculose: Pacientes com HIV têm 25 vezes mais risco de desenvolverem a doença

Microbiologista Clínica do CEUB alerta sobre as formas de transmissão, diagnóstico e tratamento da infecção


Desafio da saúde pública mundial, a incidência da tuberculose cresceu nos últimos anos. Para ampliar as ações de atenção, tratamento e controle da doença, é celebrado em 24 de março o Dia Mundial de Combate à Tuberculose. Ela é uma das principais causas de morte em pacientes com HIV, sendo responsável por 300 mil óbitos por ano, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A especialista em Microbiologia do Centro Universitário de Brasília (CEUB) Fabíola Castro faz um alerta sobre o aumento das taxas de infecção e indica como prevenir e diagnosticar a infecção.

Segundo a microbiologista clínica e professora de Medicina do CEUB, conhecer os sintomas, as formas de transmissão e as alternativas de tratamento é fundamental para minimizar os riscos relacionados à tuberculose. A especialista explica que a doença evolui de forma lenta e que os infectados são transmissores em potencial. Os sintomas podem ser confundidos com outras doenças, dificultando o diagnóstico: “Além da tosse, da perda de peso rápida, sudorese noturna e febres baixas vespertinas, falta de ar e tosse com sangue podem ocorrer com o infectado”.

O diagnóstico precoce, conforme destaca a especialista, ajuda a melhorar a qualidade de vida do paciente. O tratamento pode ser feito a partir de medicamentos próprios, que são fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com o acompanhamento, monitoramento e orientação de especialistas durante o período de uso das medicações, que pode variar conforme o local da infecção.

"O surgimento dos bacilos resistentes exige o tratamento com drogas antimicrobianas não convencionais. Desta forma, existe uma dificuldade de resposta e diversos efeitos colaterais – o que aumenta o tempo de tratamento e reduz as chances de cura”, explica Fabíola Castro. Para diminuir o risco de tuberculose em pacientes com HIV, é fundamental que eles façam o teste quando houver suspeita e iniciem o tratamento imediatamente se a doença for identificada.

A professora do CEUB acrescenta que a eficácia do tratamento depende da rapidez do diagnóstico e do pronto atendimento médico. “A tuberculose é uma doença que tem cura, com a possibilidade de uma recuperação plena, sem sequelas. Mas existe também o risco de ocasionar sequelas nos casos mais avançados, quando o infectado apresenta graves lesões no pulmão e nos órgãos afetados”, arremata.


Cenário mundial

De acordo com dados do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), mais de 38 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com HIV. Embora a terapia antirretroviral tenha melhorado significativamente a expectativa de vida desses pacientes, eles ainda estão em risco de contrair outras doenças, como a tuberculose.

Dados mais recentes do UNAIDS, cerca de 690 mil pessoas vivendo com HIV foram diagnosticadas com tuberculose. Isso representa uma redução de 23% em comparação com o número de casos registrados em 2010. Apesar dessa queda, ainda há muito a ser feito para prevenir e tratar a tuberculose em pacientes com HIV. A doença é altamente contagiosa, o que aumenta o risco de transmissão em ambientes onde as pessoas vivem em condições precárias e em contato próximo, como prisões, abrigos e centros de refugiados.


Retirada de ovários em mulheres mais jovens está associada ao aumento do risco da Doença de Parkinson aponta pesquisa

freepix
Estudo incluiu 2.750 mulheres que foram submetidas a cirurgia para remover ambos os ovários

 

A remoção cirúrgica de ambos os ovários está associada a um risco aumentado de Doença de Parkinson e parkinsonismo em mulheres com menos de 43 anos, conforme relatam os pesquisadores da Mayo Clinic na revista médica JAMA Network Open

Usando dados de registros de saúde do Rochester Epidemiology Project, o estudo incluiu 2.750 mulheres que foram submetidas a cirurgia para remover ambos os ovários (um procedimento chamado ooforectomia bilateral) e 2.749 que não passaram pela cirurgia. As razões para a cirurgia foram uma condição benigna (não cancerosa), como endometriose, cisto ou outro motivo, incluindo a cirurgia preventiva do câncer. Os pesquisadores descobriram que para cada 48 mulheres com menos de 43 anos no momento da cirurgia, uma mulher adicional desenvolveu a Doença de Parkinson em comparação com mulheres da mesma idade que não tiveram os ovários removidos. 

A Doença de Parkinson é um distúrbio progressivo que afeta o sistema nervoso e as partes do corpo controladas pelos nervos. Os tremores são comuns, mas o distúrbio também pode causar rigidez ou lentidão dos movimentos. Os sintomas muitas vezes são acompanhados por demência, distúrbios do sono e problemas intestinais e da bexiga. Parkinsonismo é um termo geral para lentidão dos movimentos, juntamente com rigidez, tremores ou perda de equilíbrio.

A Doença de Parkinson se manifesta comumente quase duas vezes mais em homens do que em mulheres na população em geral, sugerindo que fatores de sexo ou gênero desempenham um papel no seu desenvolvimento. Para as mulheres, os ovários são a principal fonte do hormônio estrogênio. A remoção cirúrgica dos ovários de uma mulher pode ser recomendada devido ao câncer, mutações genéticas e outras condições. Quando os ovários de uma mulher são removidos cirurgicamente antes que ela entre na menopausa, essa fonte de estrogênio e outros hormônios é perdida e a remoção causa uma disfunção endócrina abrupta.

As descobertas confirmam um estudo de 2008 que sugeriu que a falta de estrogênio causada pela remoção de ambos os ovários em mulheres mais jovens pode estar associada a um risco aumentado da Doença de Parkinson e do parkinsonismo. Os resultados comprovam as diretrizes atuais de que a remoção de ambos os ovários não deve ser realizada para prevenir o câncer de ovário em mulheres com risco médio de câncer, diz o Dr. Walter Rocca, neurologista e epidemiologista da Mayo Clinic e investigador principal do estudo. 

Para mulheres que carregam uma variante genética de alto risco para câncer de ovário, a remoção do ovário antes da menopausa pode ser indicada, mas as mulheres devem receber terapia de estrogênio após a cirurgia até os 50 ou 51 anos, idade aproximada da menopausa espontânea, diz ele. 

“Hoje em dia, não é recomendado o uso de terapia com estrogênio para a prevenção de demência ou parkinsonismo após a menopausa espontânea para mulheres com idade entre 46 e 55 anos”, diz o Dr. Rocca. “Mas este estudo e estudos anteriores sugerem que a terapia com estrogênio é importante em mulheres cujos ovários foram removidos cirurgicamente antes dos 46 anos. Mulheres que passaram pela menopausa induzida cirurgicamente antes dos 40 anos são particularmente vulneráveis.”

A pesquisa foi financiada em parte pelo National Institute on Aging (Instituto Nacional do Envelhecimento) dos National Institutes of Health.  Uma lista completa de autores e afiliações pode ser encontrada no artigo de pesquisa. 

 

Mayo Clinic

 

Por que não se deve interromper o tratamento da tuberculose?


A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa que atinge mundialmente cerca de 30 mil pessoas e causa 4,5 mil mortes todos os dias, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Com a chegada do Dia Mundial de Combate à Tuberculose, em 24 de março, é preciso alertar as pessoas sobre a prevenção e o tratamento da doença.

A vacina BCG não oferece eficácia 100% na prevenção da tuberculose pulmonar, mas sua aplicação em massa permite a prevenção de formas graves da doença com o a meningite tuberculosa e a tuberculose miliar (forma disseminada) que deve ser tomada até os cinco anos de idade No entanto, além da prevenção, a conscientização sobre o tratamento da tuberculose é essencial para a diminuição da mortalidade pela condição.

Outra forma de diminuir a frequência de casos da tuberculose é adotar uma vida mais saudável com prática de exercícios físicos, alimentação saudável, frequentar ambientes limpos e arejados e evitar locais em que pessoas com suspeita da doença estão presentes. Nesse contexto, é importante ter o devido controle também dos familiares em torno do paciente diagnosticado para que, caso também estejam com a tuberculose, não transmitam para outras pessoas. 

A partir do momento que o paciente tenha suspeita de estar com tuberculose, o correto é buscar atendimento médico o mais rápido possível para que a doença não se agrave – podendo levar a óbito e aumentando o risco de transmissão para outras pessoas –, assim como é importante não interromper o tratamento.


Por que não interromper o tratamento?

Outro desafio do cuidado com a tuberculose é não interromper o tratamento que dura cerca de seis meses e, caso seja paralisado pode levar a consequências como resistência aos medicamentos em possível agravamento/complicação da doença.

A principal motivação para o abandono do tratamento, além do longo prazo, é a melhora dos sintomas que ocorrem já nas primeiras semanas, a qual faz com que as pessoas se sintam devidamente “curadas” e parem de tomar as medicações por conta própria. No entanto, somente o médico assistente poderá suspender o tratamento no momento correto .


Atenção aos sintomas

Dentre os principais sintomas para se atentar estão: tosse que dura três semanas ou mais, febre alta que se manifesta normalmente no final do dia, sudorese noturna, cansaço excessivo, perda de apetite e emagrecimento. A doença é transmitida por via respiratória por pessoas com tuberculose ativa.

Segundo o Ministério da Saúde, uma pessoa em comunidade que não esteja tratando a condição pode transmiti-la para cerca de 10 a 15 pessoas no período de um ano. 

Algumas pessoas são mais propensas a desenvolver a tuberculose, devido a imunidade baixa, por isso, é essencial se atentar a fatores de risco como o câncer, diabetes, pessoas que são HIV positivo, assim como o alcoolismo e o tabagismo também podem aumentar as chances de desenvolver a doença.

 

Rafael Faraco - pneumologista na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo


Câncer colorretal está entre os três mais incidentes no Brasil

Artigo de pesquisadores do Instituto Nacional do Câncer revela que o óbito prematuro por câncer de intestino, na faixa etária de 30 a 69 anos, pode ter um aumento de 10% até 2030

 

Os casos de cânceres colorretais estão entre os mais incidentes tanto nos homens quanto nas mulheres brasileiras, atrás apenas dos cânceres de pele não melanoma, do câncer de próstata nos homens e do câncer de mama nas mulheres, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA) que prevê cerca de 45 mil casos novos de câncer colorretal em 2023. “Diagnosticado nos estágios iniciais, o câncer tem boas possibilidades de cura”, diz o Dr. Clóvis Klock, presidente da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP).

Na maioria das vezes, o câncer do intestino se desenvolve a partir de pólipos, que são lesões benignas que crescem na parede do intestino. Significa dizer que com a retirada do pólipo, evita-se que se torne um câncer. O cuidado maior é quando são detectados pólipos adenomatosos (adenomas), pois estes podem se tornar um câncer.

Artigo publicado na revista científica Frontiers in Oncology em 10/01/2023, de autoria de pesquisadores do INCA mostra que a probabilidade de óbito prematuro por câncer de intestino na faixa etária de 30 a 69 anos pode ter um aumento de 10% até 2030. Na análise feita de vários tipos de tumores, o câncer colorretal foi o que apresentou o maior aumento projetado nas cinco regiões do Brasil. O estudo traz também uma projeção da mortalidade por câncer no Brasil para o quinquênio 2026-2030, na comparação com o período base de 2011 a 2015.

O cenário atual é preocupante, pois 80% dos casos de câncer colorretal são diagnosticados em fase avançada, quando os tratamentos são mais invasivos. A Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) reportou uma queda de até 70% nos diagnósticos realizados em serviços de Patologia, durante a primeira onda da pandemia em 2020. Por isso, alguns casos de câncer estão sendo descobertos em estágios mais avançados.

A jornalista Cristiane Rhoden, de 43 anos, sabe o que isso significa. Em 2020, em plena pandemia, teve o diagnóstico de câncer colorretal em estágio 3, quando o tumor já se disseminou para os linfonodos. Após os exames de rastreamento, foi realizada a biópsia e o diagnóstico foi feito pelo médico patologista. Passou por cirurgia, quimioterapia (tratamento sistêmico) e durante nove meses permaneceu ostomizada, com bolsa de colostomia. Um período difícil que foi superado.

Hoje, Cristiane coordena a TV Câmera de Erechim (RS) e faz o acompanhamento regular junto ao seu médico. “O corpo dá sinais e a gente tem que ficar alerta”, reforça a jornalista.

Neste Março Azul Marinho que busca a conscientização sobre o câncer colorretal, vamos ficar todos alertas. A doença atinge a todos, celebridades como Preta Gil, Simony, Pelé e Roberto Dinamite e pessoas comuns. Já o dia 27 de março é considerado o Dia Nacional do Câncer Colorretal.

“A indicação do rastreamento precoce, por meio da colonoscopia, exame de imagem, antes dos 50 anos, depende da história pregressa familiar, por isso é sempre bom conversar com o médico gastroenterologista que fará a melhor indicação”, explica o Dr. Klock.

Os exames de rastreamento, recomendados para todas as pessoas a partir de 50 anos, incluem o de sangue oculto nas fezes e, em caso positivo, a colonoscopia, que, caso mostre algo suspeito, permite aos médicos fazer biópsia já durante a sua realização. “Dependendo desses resultados, uma amostra é enviada para o médico patologista, que é quem faz a análise de biópsia e o diagnóstico – se é mesmo um câncer, de que tipo é o tumor. O diagnóstico é fundamental para a definição do tratamento”, acrescenta o Dr. Klock.


Vida mais saudável

Cerca de 30% de todos os cânceres de intestino (cânceres colorretais) são causados por fatores como o baixo consumo de fibras alimentares, sedentarismo, consumo de carne processada, de carne vermelha acima do recomendado (até 500 gramas por semana) e de bebidas alcoólicas, além do excesso de peso. Assim, boa alimentação, atividade física e evitar álcool ajudam a evitá-lo.

“A demora no diagnóstico correto, permite que o câncer cresça, podendo comprimir e invadir outros órgãos sadios na região do corpo. Outro cenário é quando as células cancerosas se desprendem e se espalham no sangue e/ou vasos linfáticos e nesse caso o câncer migra para outros órgãos, como fígado, pulmão e ossos. Por isso, lembro da importância do acesso aos exames pela rede pública de saúde, alerta o Dr. Klock.

 

Sociedade Brasileira de Patologia - SBP

 

45% dos brasileiros não acreditam que o uso do celular afeta a experiência de sono, aponta pesquisa

Mais de 40% dos entrevistados usam o celular antes de adormecer; bem abaixo da média global da pesquisa, feita em outros quatro países, onde 48% utilizam o aparelho antes de dormir


Uma pesquisa realizada pela Emma Colchões, marca líder mundial de sono, mostra que 45% dos brasileiros não acreditam que a utilização do telefone celular antes de dormir tenha impacto na experiência de sono. No entanto, de acordo com o levantamento, 40% das pessoas entrevistadas afirmaram utilizar o aparelho de telefone antes de adormecer, já deitado, e que esse hábito tem impacto negativo na qualidade do sono. Além disso, um quinto dos respondentes afirmam usar o smartphone entre 30 e 60 minutos antes de deitar. A pesquisa foi realizada virtualmente, entre os dias 13 e 28 de fevereiro.

Entre as pessoas que utilizam o celular após deitar-se, a 74% utilizam o WhatsApp, enquanto 70% navegam pelo Instagram. Facebook (46%) e TikTok (43%) vêm na sequência. Quando o assunto é streaming, 31% dos respondentes citaram que deitam e assistem conteúdos da Netflix, 10% do Amazon Prime e 6% do Disney+.

Os resultados mostram que este hábito, tão comum entre os brasileiros, é motivado pelas notificações dos apps, o que leva ao vício e à necessidade de obter a dopamina - substância também conhecida como um dos hormônios da felicidade que, quando liberada, provoca a sensação de prazer, satisfação e aumenta a motivação. Assim, os sintomas de abstinência podem surgir quando não utilizamos o nosso celular durante algum tempo. A pesquisa aponta que quase 30% dos entrevistados leem mensagens e notificações no smartphone quando acordam durante a noite.

Para Theresa Schnorbach, psicóloga especializada em terapia cognitiva comportamental para insônia e líder da equipe de Pesquisa do Sono na Emma - The Sleep Company, o debate sobre a utilização do celular à noite é um tema extremamente debatido entre os estudiosos. “Embora os estudos não concordem inteiramente sobre se a luz brilhante nos desperta realmente, os cientistas e os entrevistados concordam que o conteúdo que consumimos nos nossos celulares (especialmente redes sociais e serviços de mensagens) nos mantém acordados. Muitas vezes, nos impedindo de ir para a cama quando deveríamos. Isto é algo que devemos ter consciência. Colocar o celular de lado no início da noite e ler um livro, tomar um banho quente, ou fazer exercícios de relaxamento pode ajudar a ter uma melhor experiência de sono. Afinal de contas, isto não põe em risco o nosso sono. Pelo contrário, está provado que nos ajuda a dormir melhor”, explica.

 

Ao redor do mundo

A Emma Colchões aplicou a mesma pesquisa em outra quatro países: Austrália, Holanda, Reino Unido e Portugal. Quando o assunto é acreditar que o uso do celular não afeta a experiência do sono, o Brasil tem o menor índice, com 45%. Enquanto 51% dos entrevistados holandeses acreditam que o uso atrapalha o sono, seguido de Portugal (50%), Austrália (49%) e Reino Unido (48%).

Na hora de responder se utilizam o smartphone antes de adormecer, já deitados, o brasileiro é o que menos tem esse hábito (40%). Na Austrália, 49% dos respondentes confirmaram que utilizam o aparelho, tendo o WhatsApp (56%) e o Instagram (53%) como os apps preferidos. Já no Reino Unido, 50% das pessoas responderam que utilizam o celular ao deitarem, tendo como apps preferidos o Facebook (50%), o Instagram e o Whatsapp – ambos com 46%.

50% dos portugueses afirmaram utilizar o celular ao se deitarem e utilizam muito o Instagram (70%), seguido do Facebook (57%) e do WhatsApp (57%). Por fim, a pesquisa feita na Holanda apontou que 43% dos entrevistados deitam com o smartphone em mãos, sendo que os apps mais utilizados são: WhatsApp (56%) e Instagram (53%).


Emma-The Sleep Company


24 de Março

 Dia Mundial de Combate à Tuberculose

Brasil intensifica diagnóstico da tuberculose após a pandemia

para reduzir casos da doença até 2035
 

O Brasil está intensificando os esforços para combater a tuberculose por meio do fortalecimento do diagnóstico, entre outras estratégias. O objetivo é reduzir a incidência da doença para menos de 10 casos por 100 mil habitantes e chegar a ter menos de 230 óbitos até 2035, de acordo com o Ministério da Saúde1. 

Atualmente, a taxa de incidência é de 32 casos por 100 mil habitantes, considerando-se os 68,2 mil casos notificados pelo ministério em 2021. A pandemia de COVID-19 resultou em redução das notificações. O Brasil, junto com outros 15 países, foi responsável por 93% da diminuição das notificações da tuberculose no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde. 

“Entre os testes para diagnóstico da tuberculose, a cultura em meio sólido ou líquido é o padrão-ouro, sendo que a cultura líquida automatizada, possui uma proporção de detecção 17% mais alta que a cultura sólida². O procedimento é visto como referência na avaliação do diagnóstico da tuberculose”, explica a Dra. Erica Chimara, pesquisadora e diretora técnica do Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo.

 

Nova tecnologia diagnóstica no sistema público de saúde

Desde o ano passado, o Brasil passou a contar com a cultura líquida automatizada para detecção de microbactérias e o teste de sensibilidade aos antimicrobianos utilizados no tratamento da tuberculose, adotados pelos Laboratórios Centrais (Lacens) do país. 

“A cultura em meio líquido é importante para que seja realizada a identificação e detecção de resistência, informação que auxilia o clínico na escolha do tratamento adequado. A tuberculose, causada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis, é uma doença curável e prevenível. Cerca de 85% das pessoas que desenvolvem a doença são tratadas com sucesso em até seis meses”, ressalta a especialista. 

De acordo com a OMS, o bacilo da tuberculose é o segundo patógeno mais mortal depois do novo coronavírus. Na maioria das vezes, afeta os pulmões e se espalha quando as pessoas infectadas expelem essas bactérias no ar, por exemplo, tossindo. De acordo com o relatório mundial publicado pela entidade no ano passado, cerca de 10,6 milhões de pessoas contraíram esta doença em 2021 —uma cifra 4,5% superior à de 2020— e 1,6 milhão morreram por esta causa.

Muitos dos novos casos de tuberculose são atribuídos a cinco fatores de risco: desnutrição, infecção pelo HIV, transtornos por uso de álcool, tabagismo e diabetes ⁴. A vacina BCG, ministrada na infância, é indicada para prevenir as formas graves da doença.

 


BD
www.bd.com.br



Referências

1 Ministério da Saúde - Link
²Link
3OMS - Link
⁴OMS - Link

 

Quem pode se tornar um influenciador profissional e como fazer?

Diretor comercial da Squad Social Lab afirma que existem etapas a serem seguidas para quem quer ganhar dinheiro com trabalho na web


O Brasil é o país onde os criadores de conteúdo exercem maior influência nos consumidores, de acordo com o portal Statista. Cerca de 45% das pessoas disseram já ter comprado produtos promovidos por eles. O País, inclusive, passou a reconhecer a atividade de “influenciador digital” como uma profissão, devidamente registrada na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) sob o nº 2.534-10. 

De acordo com Marcelo Balerone, diretor comercial e de novos negócios da Squad Social Lab, MarTech pioneira no Marketing de Influência, uma pesquisa divulgada no final de 2020 mostrou que existem mais de 50 milhões de influenciadores no mundo inteiro, com um faturamento anual superior a US$ 100 bilhões. “Isso somente pensando em plataformas como Instagram e YouTube. No Brasil, segundo a Nielsen, são cerca de 500 mil pessoas”, relata.

Para Balerone, um influenciador profissional tem algumas características comuns, como criatividade, credibilidade, autenticidade, responsabilidade, constância e muita empatia no trato com o público. Ele acredita que é possível se tornar influenciador em qualquer área, mas é preciso passar por algumas etapas para que isso possa acontecer de fato. “Sempre falo que uma pessoa que quer começar a criar conteúdo deve, necessariamente, encontrar um nicho e identificar-se com uma persona, mas que essa persona seja ela mesmo como influenciador. Não adianta forçar algo ou imitar alguém, não existe ‘receita de bolo’. O segundo passo é produzir conteúdo relevante, autoral, autêntico. Não existe cópia, mas acompanhar trends faz parte”, sugere.

Ele também afirma que quem quer se tornar influenciador precisa dominar os canais em que vai atuar, ter conteúdo recorrente produzido, interagir com seus seguidores e entender suas dores. “A carreira dele funciona como um funil de vendas junto aos seguidores, em que tudo acontece de forma concomitante. Quem o acompanha há mais tempo já pode ser influenciado para uma venda, já quem começou a segui-lo agora ainda precisa passar pelas etapas do funil. Então o influenciador profissional precisa ter diferentes tipos de conteúdos para as diferentes etapas de ‘vida’ dos seus seguidores”, aconselha.

Além disso, segundo o diretor da Squad Social Lab, o público certo de cada influenciador é o seu público natural. Ou seja, um influenciador de classe social mais baixa, que gosta de cosméticos e mora em uma região afastada, dificilmente vai influenciar, em um primeiro momento, o público de classe social mais alta, que se interessa pelo mercado financeiro e vive nas grandes metrópoles. “A dica aqui, portanto, é entender e definir a persona, focar naquilo em que você é bom e buscar por pessoas que tenham tais necessidades relacionadas. Esse é fatalmente seu público certo”, diz.

O especialista reforça que, como em qualquer outro mercado, existem pessoas que se dão muito bem na área, mas a grande maioria não consegue alcançar o sucesso. “Existem diversas dicas e, como em toda profissão, há sacrifícios que devem ser feitos. Acredito muito em planejamento, resolução de ‘dores’, comprometimento e resiliência, criatividade, autenticidade, constância de postagens e empatia junto ao público”, conclui.  



Marcelo Balerone - Diretor Comercial e de Novos Negócios na Squad Social Lab, especialista em Marketing Digital de alta performance, Investidor e Sócio-Cofundador em algumas startups, Advogado, Palestrante convidado em Workshops, Simpósios e Cursos. Também é Sócio-Cofundador, Mentor e Consultor no IGLOO Network (ecossistema de Inovação).

Squad Social Lab
@squadsociallab


Brasil cai 11 posições no ranking da felicidade da ONU: especialista em comportamento explica

Rebeca Toyama, especialista em comportamento e porta-voz da ODS 8 pelo Pacto Global da ONU, comenta sobre o motivo dos brasileiros estarem mais infelizes no país


O Word Happiness Report - relatório da felicidade, feito pela ONU (Organização das Nações Unidas), utilizou sete indicadores para fazer um estudo com mais de 130 nações a fim de entender quais países são os mais felizes do mundo. O Brasil já vem em uma trajetória de queda, e Rebeca Toyama, especialista em carreira e comportamento, explica seu ponto de vista sobre o resultado e ainda traz dicas para os brasileiros levarem uma vida mais feliz e com mais sentido. 

Um dos indicadores utilizados, talvez um dos mais importantes, onde é questionado qual nota daria para a vida dentro daquele país, dados indicam que os brasileiros estão mais infelizes. Os números mostram que mesmo não havendo um incidente grave como uma guerra civil declarada dentro do país, no Brasil, há um clima de hostilidade política e isso também influencia a queda no ranking.

Além disso, a ONU utiliza alguns dados do país como por exemplo: o PIB, expectativa de vida, e a percepção de corrupção de cada indivíduo. O Brasil já vem em trajetória de queda há algum tempo, neste ano, o país ocupa a posição 49º, onze lugares a menos do que no ano de 2022, quando estava na 38º posição.

Em 2020, o Brasil ocupava a 29º posição e em 2015, momento onde conseguiu atingir seu melhor patamar, estava na 16º posição. 

Para Rebeca Toyama, especialista em comportamento, a queda no ranking está ligada a uma quase guerra civil motivada pela polarização política, junto com o reflexo da pandemia e também com todas as questões de uma crise econômica. 

“Nos últimos anos tivemos fatores que prejudicaram os brasileiros e os afastaram da felicidade: efeitos da pandemia, crise econômica global e cenário político no Brasil, e isso mostrou que a musculatura do brasileiro não deu conta”, comenta Rebeca Toyama, especialista em carreira e comportamento. 

A Finlândia lidera a lista pela sexta vez consecutiva no ranking, seguida da Dinamarca e da Islândia. E o que chamou atenção no top 10 foi Israel, que estava em 2022 na 9º posição e em 2023 ocupa a 4º posição. Já quando falamos das últimas posições do ranking, entre os cinco últimos colocados encontramos países da África e do Oriente Médio, como Botswana, Líbano e Afeganistão, encerrando o ranking. 

Para melhorar a posição do Brasil no ranking, a especialista avalia que o país está sendo convidado a amadurecer e se comportar como um país que está entre as 10 principais economias. 

“Temos a capacidade de transformar a realidade! Precisamos sair do papel de vítima e ir para o papel de protagonista e talvez esse seja o convite que a gente tenha que aceitar, somos uma grande nação e precisamos nos comportar dessa forma, começando pelos líderes políticos. É importantíssimo entender que a qualidade de vida e bem-estar são coisas que devem ser planejadas e não devem acontecer ao acaso. Precisamos ser a causa do resultado e a partir disso a gente consegue construir um futuro diferente com mais qualidade de vida e bem-estar”, revela Rebeca. 


Como trazer mais felicidade e bem-estar para a vida dos brasileiros?

Segundo Toyama, é necessário também um amadurecimento por parte dos brasileiros para se sentirem responsáveis pela realidade da nação, ao invés de querer encontrar formas de mudar de país ou até mesmo de planeta.

“Entender que é aqui que vamos poder construir nossa história e cuidar desse lugar para que ele seja o cenário para que essa história aconteça de forma harmônica e saudável. Os brasileiros precisam amadurecer como cidadãos, aprender a votar, colaborar com as decisões da sua cidade, e se sentir responsável pelos nossos espaços. Então, é ir no caminho da responsabilidade e do amadurecimento. O brasileiro tem que olhar os problemas como oportunidade de crescimento, e entender que uma nação forte, saudável economicamente, socialmente e eticamente, é um legado incrível que podemos deixar para as gerações futuras”, finaliza. 


Rebeca Toyama, especialista em carreira e comportamento, selecionou 5 dicas para os brasileiros levarem uma vida mais feliz e com mais sentido: 

1- Busque aproximar seu trabalho de seu propósito: Reconheça e colabore com seus talentos e conhecimentos, isso fortalecerá você e dará sentido a sua carreira;

2- Pratique gratidão: Focar nas coisas pelas quais você é grato pode ajudar a aumentar sua felicidade e a valorizar as coisas positivas em sua vida;

3- Cultive relacionamentos positivos: Fortalecer relacionamentos com amigos e familiares pode ajudar a aumentar sua felicidade e senso de conexão com outras pessoas; 

4- Mantenha um estilo de vida saudável: Cuidar do seu corpo e mente através de uma alimentação saudável, atividade física regular e sono adequado pode ajudar a melhorar sua saúde e bem-estar emocional;

5- Apoie um movimento social: Pratique atividade voluntária, fomente uma rede de apoio, contribua com alguma causa, existe uma variedade enorme de possibilidades: crianças, idosos, mulheres, gestantes, animais, arte, cultura, ecologia, direitos humanos.

 

Rebeca Toyama Msc - porta-voz da ODS 8 (trabalho decente e crescimento econômico) do Programa Liderança com ImPacto da ONU, fundadora da ACI – Academia de Competências Integrativas, uma empresa signatária do Pacto Global da ONU e participante do Movimento Mente em Foco promovido pela Rede Brasil do Pacto Global da ONU. Mestre em Psicologia Clínica e Administradora. Especialista em liderança, carreira e tendência do mundo do trabalho. Atua há 20 anos como palestrante, mentora e coach.


Antes das palavras

O forte apache era um dos brinquedos mais incríveis que o menino já tivera. As paliçadas, o portão e as casas internas eram de madeira. Apenas os postos de observação eram de plástico marrom escuro, encaixados. Os seus cowboys circulavam com seus cavalos ou apontavam seus rifles para o horizonte do quintal de areia da sua casa da infância. Lá longe, atrás dos formigueiros, as cabeças dos índios com suas lanças, rifles e arcos e flechas indicavam uma ameaça iminente. A tensão era grande. De repente, abria-se o portão do forte e um cavaleiro solitário, com um pedacinho de pano branco na mão - a mãe ralhava e tentava acertá-lo com uns tapas no cocoruto quando descobria seus panos de prato cortados - ia vagaroso em direção às montanhas, a poeira levantando alto, ao fundo só se ouvindo o cacarejar das galinhas índias ciscando dentro do galinheiro. Toda a cena se passava no centro do quintal, debaixo da jaqueira de jacas duras, o que adicionava um outro elemento de perigo ao evento: a qualquer momento, uma bruta poderia deslizar do galho mais alto e sufocar toda a tropa debaixo de gomos grudentos e madeiras destruídas. 

A estratégia do ataque era sutil e fora longamente discutida pelos líderes. A ideia era fazer os inimigos se revelarem, imaginando que haveria uma rendição. A cena era repetida muitas vezes, a mão do menino fazendo o cavalo rajado percorrer a distância entre o forte e os formigueiros, desviando de uma ou outra saúva que continuava em sua marcha, indiferente ao sangrento conflito que estava por começar.

O momento da batalha exigia outras providências estéticas importantes, e aí, as agulhas da caixa de cerzir e o fundinho do vidro de esmalte vermelho que a mãe já quase não usava vinham a calhar. Difícil era decidir quem cairia em batalha, quem seria ferido e quem conseguiria se esgueirar entre os gritos de horror e rostos retorcidos para acabar com a raça do líder inimigo. Seria a vez de os cowboys vencerem mais uma vez ou seriam os índios - hoje seriam os indígenas, os povos originários, embora tudo se passasse perto das montanhas rochosas, nos vales de canyons soprados pelo vento que faziam rolar as touceiras e deixavam os lobos inquietos, uivando sem parar - quem levaria a melhor. Outra dúvida que atormentava é se haveria ou se não haveria fogo, flechas incendiárias jogadas para dentro do forte, gerando um corre corre das mocinhas e das senhoras, agarradas aos seus rebentos. Depois de breve deliberação interna, um sanduíche feito às pressas com um pouco da carne do almoço - a mãe ralharia quando descobrisse, era pro jantar, e tentaria mais uma vez alcançá-lo com suas mãos pequeninas - decidia-se pela ausência do fogo, pensando principalmente no risco de danos ao brinquedo que amava tanto. 

A batalha desenrolava-se rápido. Não havia palavras, todas existiam somente dentro da sua cabeça: os gritos, palavrões, esgares, uivos, brados de valentia e chamamentos à luta. O quintal continuava silencioso, quebrado pelos pios dos pintinhos junto às mães, a cachorra enorme ressonando sob o sol do fim da tarde, esperando o dono que traria seu jantar feito de restos de comida do refeitório da base aérea para dar força para a longa noite de vigília contra os assaltantes de ocasião, que aproveitavam a casa de esquina para roubar uma roupa do varal ou mesmo frutas dos diversos pés que nas manhãs enchiam o areal de folhas amarronzadas. 

Desta vez, os cowboys massacraram os nativos, aprisionando o chefe guerreiro e o líder espiritual da tribo, levando-os, cabisbaixos, para exibi-los dentro do forte aos que lá ficaram e confiaram em seus heróis. 

A história interrompia-se bruscamente com um chamado de dentro da casa ou, simplesmente, com o fim da vontade de brincar disso, ou pela atenção desviada para alguma outra brincadeira, como iniciar uma batalha sem tréguas contra o ataque das formigas alienígenas ou as lagartas assassinas do tronco do coqueiro. A mente fervilhava de histórias e de vozes. De longe, às vezes, a mãe olhava e preocupava-se: esse menino é muito sozinho, sempre quieto. Será que tem algum problema?

 

Daniel Medeiros - doutor em Educação Histórica e professor de Humanidades no Curso Positivo.
@profdanielmedeiros


Dicas Excel: 8 sugestões para melhorar planilhas

Com apenas alguns cliques, as planilhas podem ficar ainda mais profissionais. Confira

 

Ferramenta indispensável no mercado de trabalho, o Excel é conhecido principalmente pelas planilhas capazes de serem geradas. Essa é uma forma simples de reunir, de forma didática, uma grande quantidade de dados. Porém, é possível torná-las ainda mais acessíveis e visualmente satisfatórias. Por isso, a Hashtag Treinamentos, principal empresa especializada em Excel da América Latina, além de obter o maior canal sobre o tema, com 1 milhão e 200 mil inscritos e 65 milhões de visualizações, reúne dicas para quem quer aproveitar melhor o software da Microsoft.

 

  • Paleta de Cores 

Chega de utilizar preto ou cinza. Com a paleta de cores, os usuários são capazes de aproveitar uma infinidade de combinações para tornar a planilha mais explicativa e organizada. Porém, é importante não abusar na quantidade de cores, para não causar confusão nos leitores. Algumas ferramentas, como colors.co e color-rex, ajudam a buscar colorações que combinam com o trabalho. Após obter o código da cor desejada (que pode ser encontrado nesses sites sugeridos), basta ir no ícone de cores, “Mais Cores”, “Personalizar” e, na caixa “Hex:”, incluir o código, com uma “#” antes da informação.

 

  • Divisão de Abas e Propósito 

Para facilitar a divisão de assuntos, o Excel dispõe de abas, que ajudam a separar as planilhas por temas distintos e evita a concentração de tabelas em uma única tela. A alternativa também é ideal para separar conteúdos diferentes, como base de dados, gráficos, dashboards, entre outras.

 

  • Botões e Menu 

A partir do uso de hiperlinks, é possível enviar o leitor para locais específicos em um clique, o que otimiza a utilização das planilhas. Os hiperlinks permitem um acesso direto e rápido aos assuntos. Para adicionar, basta ir em “Inserir” e, na coluna “Links”, ir na opção “Link”.

 

  • Alinhamento 

Importante não só para os textos, mas também para os elementos de uma planilha, a padronização é fundamental para garantir a melhor estética das informações. Com o Excel, é possível padronizar e alinhar essas peças. Basta selecionar as diferentes peças, então irá aparecer a opção “Formas de Formato”. É possível definir as mesmas características para todas as peças, basta selecioná-las, com o apoio da tecla “Shift”. Depois basta usar a opção “Alinhar”, na coluna “Organizar”.

 

  • Ícones 

Excelentes para deixar o trabalho mais profissional, os ícones são muito interessantes para facilitar o entendimento e organizar a planilha. Você pode pegar os ícones dentro da guia “Inserir” > “Ilustrações” > “Ícones”. Mas, atenção: essa opção só está disponível para a versão do Office 365. Caso não tenha essa versão, é possível buscar os ícones na Internet e utilizá-los no Excel.

 

  • Contraste de Cores 

Para encontrar informações de forma mais fácil, utilizar o contraste de cores é uma boa ideia. Levar a opção para uma planilha ajuda a torná-la mais chamativa, otimizando a visualização.

 

  • Guia Exibir 

Importante na hora de apresentar os seus projetos, a Guia Exibir consegue remover algumas ferramentas que melhoram o visual do Excel, como linhas de grade, títulos e as guias. Assim, o Excel fica com um visual mais profissional. Com a remoção das linhas de grade, por exemplo, é possível também ganhar mais espaço para colocar suas informações.

 

  • Ocultar Linhas e Colunas 

Você provavelmente já até conhece esse recurso, mas dentro de um dashboard isso é muito interessante, pois você pode ocultar todas as linhas e colunas que não está utilizando, tornando a tela muito mais limpa. Para ocultar as colunas excedentes, basta clicar na última coluna que você quer manter visível, selecionar Ctrl+Shift+seta para direita, botão direito do mouse e ir em “Ocultar”. Já para esconder as linhas, basta também clicar na última a ser mantida, selecionar Ctrl+Shift+seta para baixo, botão direito do mouse e ir em “Ocultar”. Para reexibir, basta clicar na última linha/coluna e, com o botão direito do mouse, ir em “Reexibir”.

Além dessas dicas valiosas, a Hashtag Treinamentos lançou mais informações relevantes em um único post. Clique aqui e confira todas as dicas para tornar as planilhas e Dashboards ainda mais atrativos e profissionais.

 

Hashtag Treinamentos 

Diversificar também é importante no mercado de criptomoedas

Especialista analisa fatores que devem influenciar Bitcoin e outros ativos a serem considerados para investimento


Uma das máximas do mercado financeiro é a diversificação. Sabe-se que qualquer carteira de investimentos não pode ser direcionada a um único produto, e isso também vale para as criptomoedas. 

Para o consultor Maurício Zanetti, CEO da KRYP.TOOLS, plataforma de SaaS (Software as a Service) e única para quem já investe em cripto ativos e gerencia ou negocia carteiras em mais de uma conta ou usa diversas exchanges, qualquer carteira de investimentos deve conter ativos variados. 

“A diversificação de uma carteira de criptomoedas depende muito da estratégia de cada investidor, do entendimento que o investidor tem de cada moeda, das análises técnicas e fundamentais. Ou seja, há uma série de critérios e “apostas” a serem considerados, mas é muito importante analisar os aspectos técnicos de cada cripto antes de tomar uma decisão sobre investimentos”, sugere.

Nos dois primeiros meses do ano, por exemplo, o Bitcoin surpreendeu os investidores com bons ganhos, mas, segundo o especialista, é preciso prestar atenção no mercado de forma geral e avaliar alternativas também.

“Com o amadurecimento do mercado de investimentos em criptomoedas, agora ele está diretamente ligado às taxas de juros que, no momento, estão altas. Acreditamos que as condições econômicas mundiais atuais, principalmente a dos Estados Unidos, contribuam para manter o valor do Bitcoin estável em 2023. Somente em 2024 acredito em uma subida de valor”, avalia.

Além do Bitcoin, Zanetti sugere que o investidor esteja atento a outras quatro moedas: Ethereum, Cardano, Matic e Solana. “Estas cinco moedas representam projetos importantes no mercado de cripto, como contratos inteligentes, projetos de web3.0 e outros”, diz.

E como começar a montar uma carteira diversificada em cripto ativos? Segundo o CEO da KRYP.TOOLS, o primeiro passo é estudar muito o que são as criptomoedas, como funcionam e, principalmente, investir um valor que possa correr risco de perder.

“No início, como a pessoa ainda está em fase de aprendizado sobre o mercado, os riscos são altos e muitos acabam desistindo, pois acreditam que ficarão “ricos“ no curto prazo, mas não é assim que funciona”, conclui.



Maurício Zanetti - É CEO da KRYP.TOOLS, empreendedor em série, mentor, investidor anjo e consultor de empresas. Participou de mais de 50 conferências e exposições de tecnologia em todo o mundo. Visitou mais de 40 países. Palestrante convidado em vários congressos, workshops e eventos globais, especialmente nos EUA, Dubai, Reino Unido, Alemanha e Suíça.

KRYP.TOOLS
@kryp.tools_br


Posts mais acessados