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quinta-feira, 23 de março de 2023

Outono provoca rinite e síndrome respiratória em crianças

 Método de lavagem nasal diária com soro fisiológico é recomendado para prevenir e aliviar os sintomas dessas doenças  

 

A chegada do outono provocando queda de temperatura e maior circulação de vírus que provocam resfriados e gripes é um desafio para os pais. Além disso, outras doenças respiratórias como rinite, asma e sinusite são comuns nessa época do ano porque o ar fica mais seco e frio, irritando as vias respiratórias. Para quem é alérgico, as vias aéreas inflamadas entram em contato com esse ar frio e seco e os sintomas respiratórios se agravam. As crianças acabam ficando cansadas, irritadas e como o sono prejudicado. 

Outra preocupação é o Vírus Sincicial Respiratório, que provoca aumento dos casos de síndrome respiratória aguda grave entre crianças e adolescentes. Para ajudar a fortalecer a saúde dos pequenos, prevenindo a proliferação de vírus, bactérias e outros microorganismos nas vias aéreas superiores, especialistas recomendam a lavagem nasal diária.

NoseWash facilita a vida dos pais, por ser lúdico e adaptado para crianças.

“Antigamente, fazer a lavagem das vias aéreas era recomendação para quando as crianças estivessem doentes. Hoje, orientamos fazê-la diversas vezes ao dia, conforme a necessidade, mantendo a higienização das mucosas, fluidificando a via aérea nasal e diminuindo a inflamação local. Com a lavagem diária, percebemos menor incidência de quadros respiratórios e melhora da saúde em geral”, explica a pediatra e neonatologista da Maternidade Perinatal, Dra. Gabriela Facchini.

Para muitos pais e crianças, manter a rotina da lavagem nasal pode ser um desafio. Isso porque muitas delas têm resistência ao método. Mãe de dois meninos, Guilherme, de 5 anos, e Victor, de 8, a bióloga Michele Longo conhece de perto essa dificuldade. Victor tem Síndrome de Down e precisa fazer o procedimento diariamente, pois uma das características da síndrome é a hipotonia muscular, ou ‘frouxidão muscular’, que dificulta expelir a secreção. Segundo ela, realizar a técnica com uma seringa tradicional exigia paciência e estratégia. Em 2022, Michele conheceu o NoseWash, considerado o primeiro dispositivo de lavagem nasal criado especialmente para a primeira infância. 

"Antes era muito desgastante. O NoseWash mudou nossa rotina, parece que foi feito para atender a todas as minhas dificuldades. Meu filho de 5 anos faz sozinho e não preciso mais segurar o Victor para lavar o nariz. Não temos mais aquele momento tão estressante, com o desgaste físico e mental que nos deixava chateados. Agora, a gente até brinca na hora da lavagem nasal, tem fila, tem diálogo com os bichinhos do NoseWash. Ainda é desafiador, mas é impressionante como mudou nossa interação familiar. Como mãe, fico feliz em ver a ‘meleca’ saindo", brinca Michele.

 

Abordagem lúdica e melhor usabilidade no foco do processo

O dispositivo que Michele mencionou é o mais recente lançamento da AGPMED, empresa nascida no Rio de Janeiro que há mais de 25 anos produz dispositivos inovadores na área de saúde para médicos, consultórios, hospitais, indústria farmacêutica e exporta para países como Estados Unidos, Inglaterra e França. Pela primeira vez, a AGPMED lança para o mercado consumidor um produto que faz a lavagem nasal de bebês e crianças de forma segura, eficaz e lúdica. 

"Até então, a lavagem nasal feita por meio de seringas era realizada de forma adaptada e não apropriada, provocando um risco de machucar o nariz das crianças. Lavar o nariz era uma missão quase impossível! Resolvemos investir em ampla pesquisa para criar um dispositivo que trouxesse um ambiente mais lúdico, confortável e seguro. O NoseWash contém personagens em miniatura no próprio produto e adaptadores que protegem o nariz dos bebês e crianças. Nossa empresa tem um compromisso de mais de duas décadas de sempre desenvolver produtos que transformem a experiência das crianças e suas famílias. Precisamos ir além do ‘tratar’ e, por isso, buscamos oferecer mais cuidado, mais carinho e mais qualidade de vida" destaca Gustavo Reis, gerente de Negócios da AGPMED. 

O produto está aprovado pela Anvisa no Brasil e pelo FDA nos Estados Unidos.

 

Lavagem nasal: saiba como fazer

- Manter uma rotina diária do procedimento

- Se a criança estiver com o nariz entupido, repetir a lavagem pelo menos duas vezes ao dia, a última antes de dormir

- Incluir o processo na rotina de higiene pessoal (como escovar os dentes)

- Posicionar a criança com a cabeça para frente e levemente inclinada para um dos lados para a secreção sair da narina

- A pressão do jato é suave e contínua para eliminar a sensação de ‘afogamento’

 

AGPMED


Março Amarelo e a endometriose: a doença benigna que leva o caos à vida de 8 milhões de brasileiras

Março é o mês escolhido para a conscientização sobre endometriose, doença benigna que compromete a qualidade de vida de cerca de 8 milhões de brasileiras, seja por causa das cólicas intensas, da infertilidade e da busca extenuante por tratamentos muitas vezes ineficazes e inadequados. Os custos para a saúde pública e suplementar são altos e, embora, a endometriose seja considerada um problema de saúde pública pela Organização Mundial de Saúde (OMS), permanece ignorada e com poucos investimentos em pesquisas para melhorar seu diagnóstico e tratamento.

A endometriose é benigna e afeta até 10% das mulheres em idade reprodutiva. Se manifesta principalmente por dor pélvica e dificuldade para engravidar. A doença caracteriza-se pela presença do tecido que reveste o útero (endométrio) na pelve feminina, mas que pode afetar outros órgãos, como o intestino, e até os pulmões. Acredita-se que múltiplos elementos se combinem para gerar a doença, havendo interação de fatores mecânicos, genéticos, imunológicos, endócrinos e ambientais. Embora muitos acreditem que seja uma doença da mulher moderna, a endometriose foi descrita pela primeira vez em 1860 e até hoje apresenta desafios para os médicos e pesquisadores mundo afora.

Apesar de ser comum às mulheres, seu diagnóstico é dificultado pela grande variedade na apresentação clínica: enquanto algumas mulheres não apresentam sintomas, outras podem apresentar sinais que trazem impacto significativo à qualidade de vida. Os principais são cólica menstrual, dor durante relação sexual, alteração do hábito intestinal no período menstrual e sangramento nas fezes e urina. É importante lembrar que outras causas de dor pélvica podem estar presentes na vida da mulher, como alterações intestinais, ortopédicas e urinárias, que devem ser identificadas e tratadas.

A infertilidade também é uma condição associada à endometriose, embora nem toda mulher com endometriose enfrente este tipo de problema. Entre as inférteis, entretanto, até 50%  podem ter endometriose. Nestes casos, a avaliação do casal é fundamental e as opções de tratamento para quem sonha em ter filhos incluem o uso de técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV) conhecida como “bebê de proveta”.

A maior dificuldade no diagnóstico de endometriose é a presença de sintomas pouco específicos, como cólicas menstruais e dor durante as relações sexuais, além de infertilidade. Portanto, muitas vezes esse diagnóstico é demorado, podendo levar de cinco a 12 anos até o início do tratamento, prolongando a incerteza da mulher. Outro fator que atrasa sobremaneira o diagnóstico e tratamento adequados é a “normalização da dor”. Infelizmente, a queixa de cólicas menstruais é muitas vezes minimizada ou ignorada por profissionais de saúde, família e amigos, segundo o relato de várias mulheres, em vários países.

Diante dos sintomas, principalmente de cólicas e dores que comprometem as atividades habituais, a mulher deve procurar sua (seu) ginecologista, que por meio da avaliação direcionada e exame físico poderá suspeitar da presença de endometriose e prosseguir com a realização de  exames de imagem, como a ultrassonografia e a ressonância magnética, ficando a  videolaparoscopia com biópsia dos focos reservada para casos específicos. Esses exames, entretanto, devem ser realizados por profissionais com experiência nesse diagnóstico.

Há várias opções de tratamento disponíveis tanto para a dor como para a infertilidade. A abordagem deve ser individualizada, levando-se em conta a idade da mulher e sua reserva ovariana, assim como há quanto tempo está tentando engravidar, além da existência de outros cofatores (infertilidade masculina ou tratamentos anteriores). Para a dor, o tratamento envolve múltiplas medidas. Além da suspensão da menstruação, que pode ser realizada de forma segura e eficaz, com várias opções hormonais disponíveis no mercado, é preciso incluir atividade física, dieta e tratamentos alternativos, como a acupuntura. Cirurgias radicais com remoção do útero e ovários são indicadas em casos específicos nos quais as outras modalidades de tratamento falharam.

A triste realidade é que a endometriose continua sendo uma doença heterogênea para a qual não há cura disponível. As diretrizes atuais recomendam que mulheres com endometriose sejam tratadas por equipes multidisciplinares para obter os melhores resultados com foco em melhorar a qualidade de vida daquela mulher, mas, infelizmente, nem todas têm acesso a esse atendimento. Há um longo e sinuoso caminho até que os melhores atendimento e tratamento possíveis estejam disponíveis para todas as pacientes com endometriose. Lamentavelmente, doenças benignas que afetam mulheres recebem pouco investimento e podem levar anos até que um medicamento que trate a dor e a infertilidade de forma eficaz, ao mesmo tempo em que previne a recorrência da doença, esteja pronto para uso clínico.

Enquanto isso, o que podemos fazer por essas meninas e mulheres com endometriose? Em primeiro lugar, acreditar que a dor é real e parar de achar que as cólicas menstruais são “coisa de mulher” e “normais”. Em seguida, além de acolher a mulher com dor ou dificuldade para engravidar em casa, no trabalho e na família, ajudá-la a buscar atendimento adequado. Converse com o médico da sua confiança. Pergunte sobre as opções disponíveis e discuta dúvidas e medos, bem como eduque os familiares sobre o assunto. Busque fontes de informação confiáveis como as oferecidas por sociedades médicas como a Sociedade Brasileira de Endometriose (@sbendometriose) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (https://www.febrasgo.org.br/pt/). Por fim, tenha cuidado com “curas milagrosas” e lembre-se que a doença é benigna, mas traz um sofrimento profundo que afeta intensamente o curso de vida dessas mulheres. Se no Brasil há cerca de 8 milhões de mulheres com endometriose, é provável que perto de você haja alguém precisando de ajuda.

 

Márcia Mendonça Carneiro - professora Titular do Departamento de Ginecologia- Faculdade de Medicina da UFMG e diretora científica da Clínica Origen BH


Suco de laranja ajuda a equilibrar a microbiota de pacientes obesos, pré-diabéticos e com resistência insulínica

Identificado pela primeira vez por pesquisadores da USP, o consumo de suco de laranja de diferentes variedades pode modular positivamente a microbiota e esse benefício é acentuado quanto maior o grau de obesidade do indivíduo

 

Pesquisadores do Centro de Pesquisa em Alimentos da Universidade de São Paulo (Food Research Center - FoRC-USP) já haviam identificado que o suco de laranja de diferentes variedades pode trazer benefícios na redução da pressão arterial, produção de insulina, mudança no perfil de gorduras e melhoria na imunidade, entre outros ganhos à saúde. Agora eles observaram que o suco também proporciona uma mudança benéfica no perfil da microbiota intestinal, o que não só explica os demais efeitos como pode trazer outros relacionados à microbiota, acelerando o processo de digestão e dando disposição para tarefas do dia a dia.

 

A pesquisa foi realizada com 23 pacientes do Hospital Dante Pazzanese, parceiro no projeto, com quadros de obesidade, resistência insulínica e pré-diabetes. Esses pacientes receberam diariamente, em dois períodos distintos, um copo de 400 mL de suco de laranja natural.

 

“Selecionamos pacientes com esse perfil porque são eles que geralmente têm os quadros que mais afetam negativamente a microbiota, levando a uma condição chamada de disbiose – situação na qual há um número superior de micro-organismos patogênicos no intestino, comparado aos que são considerados benéficos à saúde. É uma descoberta importante porque a modificação do perfil da microbiota é um processo que geralmente leva muito tempo. Em apenas 15 dias de consumo o suco foi capaz de proporcionar resultados positivos nos pacientes obesos”, afirma Eric Tobaruela, pesquisador do FoRC e primeiro autor do estudo.  

 

O trabalho foi coordenado pelos professores Franco Lajolo e Neuza Hassimotto, ambos do Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP (FCF-USP) e membros do FoRC. Os resultados foram obtidos por meio de análises das fezes e do sangue dos pacientes. Segundo Tobaruela, quanto maior o grau da obesidade, maiores são as alterações no perfil da microbiota intestinal. No entanto, o estudo mostrou que quanto mais obeso era o paciente, maior foi o benefício proporcionado pelo suco.

 

“Além dos benefícios diretos decorrentes do consumo do suco de laranja, no longo prazo deve haver alteração da microbiota para um perfil mais saudável, o que facilita a produção de ácidos graxos de cadeia curta, os quais têm sua produção associada a diversos benefícios à saúde do intestino. A curto prazo já foi possível observar que houve redução de biomarcadores de inflamação e uma melhora na resposta do sistema imune, que podem estar relacionados às mudanças da microbiota intestinal”.

 

No entanto, se o paciente deixar de tomar o suco, os benefícios podem desaparecer. “Os benefícios podem ser transitórios porque um perfil de microbiota formado ao longo da vida tende a se restabelecer após o término de uma exposição, voltando a ser como era antes”, destaca o pesquisador.

 

A microbiota está relacionada com os efeitos benéficos de compostos bioativos do suco da laranja, pois apresenta um papel importante na absorção desses compostos. “Esse é um dos motivos pelos quais as pessoas podem se beneficiar de formas diferentes a partir da ingestão de um mesmo alimento”, explica Tobaruela. “Observamos que a capacidade de modulação da microbiota variou de paciente para paciente. Essa constatação é importante para que, no futuro, tenhamos uma nutrição cada vez mais personalizada e, consequentemente, mais assertiva”, detalha.

 

O que produziu os efeitos – Nos experimentos, os pacientes consumiram sucos de duas variedades de laranja, a pera e a moro, fornecidos pela Fundecitrus, parceira do grupo de pesquisa. Durante 15 dias, eles receberam o suco de apenas uma variedade de laranja. Depois, ficaram 40 dias sem ingerir qualquer suco (para que o consumo do primeiro suco não afetasse a visualização da resposta do segundo) e, em seguida, passaram a receber o suco de outra variedade de laranja por mais 15 dias. “Ambas foram extremamente eficazes, mas os benefícios da moro foram um pouco mais acentuados”.

 

Segundo o pesquisador, os efeitos podem estar associados à presença da hesperidina e da narirutina, duas flavanonas (compostos bioativos encontrados em frutas cítricas) abundantes nas laranjas. Eles são metabolizados pela microbiota intestinal e os compostos produzidos são então absorvidos pelo organismo. “Junto com a vitamina C, esses são os compostos gerados pelas bactérias que compõem nossa microbiota e são os responsáveis pelos efeitos benéficos do suco de laranja”.

 

A laranja pera e a laranja moro são ricas em vitaminas C e diversos compostos bioativos. No entanto, só a laranja moro contém antocianinas, bioativos que também estão presentes na uva, no morango e outras frutas vermelhas, e são associados a outros benefícios, como a redução do estresse oxidativo e dos danos que esse estresse causa ao DNA. “Pode ser que as antocianinas tenham propiciado essa diferença no resultado entre os dois sucos, mas ainda não sabemos”. 

Para assegurar que os resultados foram provenientes do consumo de suco de laranja, os pacientes foram orientados a não consumir, durante todo o período do estudo, alimentos com compostos bioativos, como frutas cítricas, café e chá, e outros alimentos e medicamentos que pudessem alterar o perfil da microbiota, como prebióticos, probióticos e antibióticos.

 

Nota: O artigo ‘Pera’ Orange and ‘Moro’ Blood Orange Juice Improves Oxidative Stress and Inflammatory Response Biomarkers and Modulates the Gut Microbiota of Individuals with Insulin R


Gestação: dores e inchaço são vilões que podem ser combatidos com fisioterapia

Fisioterapeuta desenvolveu método combinando técnicas que ajudam a diminuir o inchaço e fortalecer a musculatura abdominal de maneira segura na gestação, evitando dores e inchaço

 

Os últimos meses da gestação normalmente são acompanhados de dores e inchaço causado pela retenção de líquido. É preciso comunicar ao médico para avaliar se elas são apenas os problemas comuns que afetam a maioria das gestantes ou se podem sinalizar alguma complicação. No geral, as dores na lombar e no quadril estão relacionadas ao peso da barriga e a projeção no centro de gravidade da gestante, e a retenção de líquido nos membros inferiores também são normais.

 

Apesar de esperados, esses sintomas não precisam ser tolerados, pois com acompanhamento profissional de uma fisioterapeuta é possível minimizar esses desconfortos. “Antes de tudo, o acompanhamento gestacional com fisioterapeuta busca proporcionar bem-estar para a gestante e tornar a gestação e o período pós-gestação mais confortável e saudável. Além disso, visamos diminuir a sobrecarga dos músculos da região lombar e do assoalho pélvico e, quando o acompanhamento é feito desde os primeiros meses de gestação, conseguimos também minimizar o risco da diástase patológica após o parto e de suas possíveis consequências”, explica a fisioterapeuta Suellen Faleiro, da Lotus Estética Especializada.

 

Segundo ela, é possível diminuir o inchaço e fortalecer a musculatura abdominal de forma segura ainda durante a gestação. Com base em estudos científicos e em sua prática clínica, ela criou o método FICA (Fisioterapia de Cuidado Abdominal na gestante) que une técnicas como a drenagem linfática manual baseada no Método Leduc, exercícios para a musculatura abdominal supervisionados e específicos para cada fase da gestação e recursos como o taping, bandagens funcionais elásticas que ajudam na sustentação e no conforto da paciente.

 

O método de drenagem utilizado tem como foco estimular o sistema linfático diminuindo o excesso de líquido intersticial e os resíduos metabólicos por meio de manobras nas vias linfáticas e nos linfonodos, através de movimentos lentos e um ritmo adequado. Os exercícios para a musculatura abdominal são baseados na ativação do diafragma de maneira correta para diminuir a pressão interna do abdômen e o recrutamento do músculo transverso do abdômen que estabiliza a pelve e a região lombar. O taping é aplicado para favorecer o processo de regeneração do organismo e das lesões através da ativação dos sistemas circulatório, linfático e nervoso.

 

Vantagens do acompanhamento com fisioterapeuta na gestação

 

• Prevenir e tratar o inchaço;

• Prevenir e tratar a dor lombar;

• Prevenir o escape de urina;

• Diminuir o risco de diástase patológica (abertura no músculo do abdômen);

• Prevenir e tratar a flacidez da musculatura abdominal.

 

O acompanhamento regular com fisioterapeuta ajuda, principalmente com a dor lombar, que aparece mais comumente a partir da 30ª semana quando o abdômen começa a aumentar de tamanho e de peso. “Normalmente, a gestante não está trabalhando essa musculatura e isso gera uma maior sobrecarga na lombar, por isso é importante iniciar o acompanhamento desde o início da gestação, evitando a sobrecarga no abdômen e na lombar. Além dos exercícios, o uso do taping na região abdominal da gestante ajuda na sustentação do abdômen e na dor lombar”, explica. 

O inchaço também ocorre mais no fim da gestação porque o útero comprime as vias abdominais, resultando em retenção de líquido para os membros inferiores. Algumas orientações que podem ajudar a controlar os edemas são: ter uma alimentação balanceada e diminuir o consumo de sódio, se hidratar muito, praticar atividade física e usar meias compressivas são algumas das principais recomendações. Além disso, evitar ficar de pé ou sentada por muito tempo, elevar as pernas e as mãos acima da altura do coração, colocar um travesseiro sob os pés na hora de dormir e fazer sessões de drenagem linfática semanalmente ajudam muito.


Nutricionista esportivo orienta como escolher o melhor pré-treino

Quer ter mais disposição e energia para atividade física? Siga essas dicas

 

Quer um pré-treino eficiente, que dê mais disposição, energia e que ainda ajude a queimar gordura ou ganhar massa muscular? A solução não está, necessariamente, em um frasco, mas na sua dieta. Alimentos e bebidas suas escolhas ao longo e especialmente antes do treino. O nutricionista esportivo Diogo Cirico, que é responsável técnico da Growth Supplements, explica que dois erros comuns de quem busca manter a forma com atividade física são reduzir a quantidade de alimentos nas refeições antes dos treinos e descuidar da hidratação. “Reduzir drasticamente a quantidade de calorias não é interessante nem para aqueles que desejam emagrecer ou perder gordura porque a pessoa não terá disposição para uma rotina de treino intenso”, resume.

Cirico reforça que a água é fundamental para impulsionar o desempenho durante o treino e, como consequência, a hipertrofia e a redução de gordura. “Durante o exercício, a temperatura corporal eleva e a hidratação faz o controle. Quando o indivíduo treina desidratado sente mais dificuldade. Resumindo: sem água você terá menos disposição para treinar, vai cansar mais rápido, se exercitar menos e queimará menos calorias e gordura”, diz.

Hidratação adequada aumenta queima calórica e definição muscular

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O consumo adequado de água tem outro benefício: aumentar a aderência à dieta. “Evita aquela confusão em que às vezes o indivíduo acha que está com fome mas na verdade está faltando água. E quando ele pensa que está com fome, acaba comendo sem necessidade”, reforça.

Escolha consciente
Para atingir seus objetivos, explica Cirico, é preciso escolher os alimentos com cuidado. Existem diferentes formas de lidar com esse momento que antecede o treino, mas dentro de um cenário ideal é que a refeição seja feita de 3 a 4 horas antes da atividade física. “A quantidade de calorias não é a única coisa a ser levada em conta na montagem de um pré-treino, estrategicamente podemos inserir nitratos, micronutrientes com ação antioxidantes e anti-inflamatórios, eles estão presentes nos vegetais e a digestão desses alimentos leva mais tempo”, resume.

Quem faz treinos de alta intensidade e quer aumentar a massa muscular deve consumir carboidratos e proteínas, as principais fontes de energia do músculo. “Um prato de macarrão com carne, batatas e frango, pão e ovos, são exemplos de fontes de carboidratos e proteínas. Quem não quer desenvolver o físico, também pode usar as mesmas fontes de carboidrato e proteína, mas em porções menores. Quanto menor a intensidade do exercício, menor a quantidade de carboidratos”, orienta.


Quem treina pesado pode aderir ao macarrão com carne

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Se a meta for queimar gorduras e aumentar a definição muscular, o prato deve ter, necessariamente, proteínas e o carboidrato dos vegetais, que aumentam o efeito de saciedade e o conforto gástrico sem aumentar a quantidade de calorias.

Adeque seu prato aos horários
O nutricionista explica que o horário do treino interfere na escolha dos alimentos, mas não na necessidade do organismo. “Quem treina pela manhã usará a energia fornecida pelas últimas refeições do dia anterior. Se o treino for à noite, a energia será fornecida pelas refeições do período da tarde”, conta.

Por isso, quem se exercita pela manhã deve escolher alimentos de lenta digestão na noite anterior, para reduzir a chance de transformar essa energia consumida em gordura. “Enquanto pessoas que treinam à noite podem fazer uma refeição na parte da tarde apenas com macarrão e carne, quem se exercita pela manhã deve fazer uma refeição com carne, azeite de oliva extra-virgem, fontes de carboidratos como arroz, feijão, batata, mandioca e muita salada. O azeite entra como fonte de gordura e os vegetais, como fibra. Ambos lentificam o processo digestivo, o que reduz a chance de transformar essa energia em gordura”, explica.


Mas se a meta for queimar gordura, abuse das saladas 

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Mais uma dose de energia
Cirico reforça que a refeição nesses moldes é adequada, mas, se ainda assim a pessoa quiser uma dose extra de energia, pode lançar mão do cafezinho nosso de cada dia. “A cafeína dá uma dose extra de energia, tanto no café, no energético ou em um suplemento, mas é estratégia, não uma necessidade”, reforça.


E depois do exercício?
Atenção também para escolher a refeição após os exercícios. “Enquanto o carboidrato é a fonte de energia para o músculo trabalhar, após o exercício a proteína será o nutriente responsável por reparar os danos musculares e estimular a síntese de proteína. Após os exercícios, o indicado é o consumo de carne, frango, peixe, ovos até mesmo os vegetais ricos em proteína (feijão, lentilha, grão de bico, amendoim), principalmente para quem faz treinos de alta intensidade”, enumera.

Quem tem um treino voltado à resistência precisará de maior quantidade de vitaminas e minerais para dar um suporte extra ao sistema imunológico. “Nesse caso, uma boa opção é uma proteína, carboidrato e vegetais. A arquitetura do prato após o treino depende diretamente do objetivo do indivíduo e do tipo de treino do tipo de exercício”, completa.


Está acordando cansado? Especialista dá dicas para ter mais disposição

Profissional de Educação Física da TotalPass destaca hábitos que promovem melhorias na qualidade do sono e ânimo ao despertar

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o corpo e a mente precisam descansar por, pelo menos, seis horas por dia. Apesar da ligação em acordar cansado estar associada com o curto período de sono, existem outras causas que, mesmo com o descanso correto, podem afetar na disposição para o dia seguinte.  

Sintomas como ansiedade, estresse e preocupação excessiva são fatores que interferem na disposição ao acordar. Em contrapartida, incluir práticas de atividades físicas e seguir uma alimentação saudável, em combinação com o descanso noturno, contribuem para o ânimo ao despertar. 

Pedro Coelho, profissional de Educação Física da TotalPass, uma das principais soluções de saúde integrada do Brasil no âmbito corporativo, alerta para os efeitos da má qualidade de sono. “Dormir mal e acordar cansado atinge habilidades cognitivas devido à fadiga física e mental, como o bloqueio de pensamento, tomada de decisões, criatividade, linguagem e outros processos humanos que envolvem o desenvolvimento e conhecimento”, afirma.

Pensando em contribuir para o bem-estar ao acordar, o especialista elencou seis dicas essenciais para uma melhor qualidade de repouso que resultam na produtividade e entusiasmo no dia a dia.


      1. Manter uma alimentação saudável 

Devido à correria do dia a dia, os alimentos ultraprocessados e fast food se tornam um mecanismo de praticidade. Entretanto, a baixa quantidade de nutrientes presente nos valores nutricionais desses produtos, quando consumidos frequentemente, tem efeitos prejudiciais à saúde do corpo e à qualidade do sono. 

“O ideal é substituir esses alimentos por refeições que valorizam os diferentes grupos alimentares como frutas, legumes, verduras, grãos, proteínas magras e gorduras boas, optando sempre por alimentos in natura, que não tenham sofrido qualquer tipo de alteração pela indústria. Isso garante, além da melhora na qualidade sono, o aumento de bem-estar e da imunidade”, explica.  


      2. Evitar dormir logo após a janta 

Embora pareça uma ação inofensiva, o hábito de jantar tarde e em seguida dormir pode causar problemas ao longo do sono, incluindo azia, cansaço, queimação e/ou gastrite. Isso acontece porque o processo digestivo demora mais tempo para processar os alimentos ingeridos. 

“É recomendado fazer refeições mais leves durante a noite, aproximadamente três horas antes de dormir, para evitar qualquer tipo de problema antes ou enquanto dorme. É uma excelente alternativa para quem deseja evitar acordar cansado”, pontua Coelho. 


      3. Incluir atividades físicas na rotina 

A atividade física tem resultados eficazes que auxiliam na qualidade do sono e, principalmente, nos casos de quem acorda cansado. “Com a prática de exercícios físicos o corpo fica mais cansado, ajudando a relaxar e a descansar mais, sendo uma ótima opção para quem tem dificuldade para dormir bem e mais cedo, principalmente devido à insônia”, explica o profissional. 

Para o especialista, por meio do hábito da atividade física, é possível equilibrar os hormônios como a melatonina, responsável por regular o sono e combater a falta de energia, principalmente ao acordar. “Além de apresentar inúmeros benefícios para a saúde mental e emocional”, complementa. 


      4. Evitar telas antes de dormir

“As redes sociais ganham cada vez mais tempo no dia a dia, sendo um hábito de distração, principalmente no período da noite. Esse uso de telas antes de dormir contribui para que a mente fique acordada por mais tempo, atrapalhando a chegada do sono”, pontua. 

Por conta da presença de luz azul, também chamada de espectro de luz visível, esse tipo de iluminação atrapalha a produção de melatonina, que ajuda a trazer a sensação de sono. “Por esse motivo, é importante tentar desligar qualquer tipo de tela de 30 minutos a uma hora antes de dormir”, ressalta o profissional.


      5. Diminuir o consumo de café 

O consumo excessivo de cafeína pode prejudicar a qualidade de sono, influenciando na indisposição ao acordar para a rotina do dia seguinte. “Durante a noite, é recomendável consumir bebidas que não são  à base de cafeína, como chás e refrigerantes”, afirma Coelho.

Segundo o especialista, outro ponto relevante é manter a hidratação regular. Além de prevenir a desidratação, beber água ajuda a acelerar o metabolismo, favorecendo na reposição de todos os nutrientes e minerais essenciais para o organismo.


       6. Cuidar da saúde mental  

No decorrer dos dias, as diversas obrigações podem gerar estresse e preocupações que fazem perder o sono. “Quando essas situações surgem com o risco de causar danos à saúde mental e emocional, a meditação ou yoga podem ser aliadas para amenizar os sentimentos desconfortáveis. 

Além disso, procurar por um psicólogo que ajude na identificação das emoções sobre os problemas vivenciados tem ação benéfica para diversas áreas da vida”, finaliza.


Por que não se deve interromper o tratamento da tuberculose?

A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa que atinge mundialmente cerca de 30 mil pessoas e causa 4,5 mil mortes todos os dias, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Com a chegada do Dia Mundial de Combate à Tuberculose, em 24 de março, é preciso alertar as pessoas sobre a prevenção e o tratamento da doença.

A vacina BCG não oferece eficácia 100% na prevenção da tuberculose pulmonar, mas sua aplicação em massa permite a prevenção de formas graves da doença com o a meningite tuberculosa e a tuberculose miliar (forma disseminada) que deve ser tomada até os cinco anos de idade No entanto, além da prevenção, a conscientização sobre o tratamento da tuberculose é essencial para a diminuição da mortalidade pela condição.

Outra forma de diminuir a frequência de casos da tuberculose é adotar uma vida mais saudável com prática de exercícios físicos, alimentação saudável, frequentar ambientes limpos e arejados e evitar locais em que pessoas com suspeita da doença estão presentes. Nesse contexto, é importante ter o devido controle também dos familiares em torno do paciente diagnosticado para que, caso também estejam com a tuberculose, não transmitam para outras pessoas. 

A partir do momento que o paciente tenha suspeita de estar com tuberculose, o correto é buscar atendimento médico o mais rápido possível para que a doença não se agrave – podendo levar a óbito e aumentando o risco de transmissão para outras pessoas –, assim como é importante não interromper o tratamento.


Por que não interromper o tratamento?

Outro desafio do cuidado com a tuberculose é não interromper o tratamento que dura cerca de seis meses e, caso seja paralisado pode levar a consequências como resistência aos medicamentos em possível agravamento/complicação da doença.

A principal motivação para o abandono do tratamento, além do longo prazo, é a melhora dos sintomas que ocorrem já nas primeiras semanas, a qual faz com que as pessoas se sintam devidamente “curadas” e parem de tomar as medicações por conta própria. No entanto, somente o médico assistente poderá suspender o tratamento no momento correto .


Atenção aos sintomas

Dentre os principais sintomas para se atentar estão: tosse que dura três semanas ou mais, febre alta que se manifesta normalmente no final do dia, sudorese noturna, cansaço excessivo, perda de apetite e emagrecimento. A doença é transmitida por via respiratória por pessoas com tuberculose ativa.

Segundo o Ministério da Saúde, uma pessoa em comunidade que não esteja tratando a condição pode transmiti-la para cerca de 10 a 15 pessoas no período de um ano. 

Algumas pessoas são mais propensas a desenvolver a tuberculose, devido a imunidade baixa, por isso, é essencial se atentar a fatores de risco como o câncer, diabetes, pessoas que são HIV positivo, assim como o alcoolismo e o tabagismo também podem aumentar as chances de desenvolver a doença.

 

Rafael Faraco - pneumologista na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo


No mês dedicado às ações para combater o câncer colorretal, SBCO divulga 10 coisas que a população precisa saber sobre a doença

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O câncer colorretal (intestino grosso/cólon e reto) resulta em 900 mil mortes anuais no mundo, atrás apenas do câncer de pulmão. No Brasil, a doença é o segundo câncer mais comum em homens e mulheres, com 45.630 novos casos anuais


A cor azul-marinho simboliza as ações de conscientização sobre o câncer colorretal durante o mês de março. Mas elas devem ser incentivadas ao longo do ano todo.  À exceção do câncer de pele não melanoma, o câncer colorretal é o segundo câncer mais comum em mulheres (precedido apenas pelo câncer de mama) e em homens (atrás apenas do câncer de próstata).  São esperados para cada ano do triênio 2023-2025 um total de 45.630 novos casos anuais de câncer colorretal no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). São 23.660 em mulheres e 21.970 em homens. No mundo, o câncer colorretal representa 10% de todos os tipos de câncer, com 1,9 milhão de novos casos anuais e 935 mil mortes, segundo o levantamento Globocan, da Organização Mundial da Saúde.

É importante lembrar que essas estimativas podem variar conforme a região do país, idade, estilo de vida e histórico familiar, entre outros. No sul e sudeste, por exemplo, a incidência é maior. Os especialistas também estão preocupados com o aumento dos casos de câncer colorretal em pessoas com menos de 50 anos nos últimos anos. “No consultório, colegas e eu estamos vendo casos em pacientes mais jovens. Nos Estados isso também está ocorrendo”, revela o cirurgião oncológico Marcus Valadão, diretor científico da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO).

Um dos fatores que contribuem para o câncer colorretal em pessoas mais jovens é a alimentação rica em gorduras e alimentos processados e ultraprocessados. “Ainda que nunca tenha se falado tanto em dieta saudável, poucas pessoas seguem essa recomendação. A maioria ingere muitos embutidos, pouca fibra, muita comida ultraprocessada”, observa Valadão. Ele lembra que o sobrepeso ou obesidade e a falta de uma rotina de exercícios (sedentarismo) comprovadamente agravam os riscos de um dia apresentar esse tumor.

A SBCO está comprometida com a divulgação de informações para incentivar a prevenção e a identificação precoce dos tumores colorretais. “Ao conhecer mais sobre os fatores de riscos de câncer colorretal, o indivíduo aprende o que fazer para se prevenir e pode aumentar as suas chances de nunca ter a doença”, diz Valadão.

O texto abaixo reúne dados fundamentais para ajudar o indivíduo a compreender a importância da sua participação na prevenção dos tumores de câncer colorretal.


10 COISAS QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE CÂNCER COLORRETAL


1 - Alimentação pobre em fibras e rica em gordura, o excesso de peso e o sedentarismo são os principais fatores de risco para o câncer colorretal

A ciência comprovou que a alimentação pouco saudável, os quilos a mais e a falta de uma rotina de atividade física são os principais fatores de risco para o aparecimento dos tumores colorretais. Tabagismo e alto consumo de bebidas alcóolicas também aumentam o risco. A dieta pouco saudável é caracterizada pelo consumo elevado de carne vermelha, de alimentos processados (conservas, latarias, pães) e ultraprocessados (refrigerantes, biscoitos, sorvetes, embutidos, geleias, misturas para bolos, salgadinhos chips e também produtos instantâneos ou congelados para aquecer e comer, a exemplo de massas, pizzas, hambúrgueres e frango empanado). Mais um aspecto que identifica a alimentação pouco saudável é a baixa ingestão de alimentos ricos em fibras (verduras, legumes, frutas e grãos).



2 - O câncer colorretal é prevenível e evitável.

Não existe uma fórmula a ser seguida que seja capaz de evitar 100% o câncer colorretal. Mas ainda que esta seja uma doença associada a causas múltiplas, é possível manter alguns fatores de risco sob controle. Uma das atitudes mais recomendadas pelos especialistas é adotar uma dieta equilibrada, rica em fibras, frutas e vegetais, bem como fazer exercícios regularmente (o ideal é 5 vezes por semana, com intensidade moderada a alta). Tudo isso ajuda a saúde do intestino e diminui a probabilidade de inflamações, que podem contribuir para o desenvolvimento do câncer colorretal. Além disso, é importante evitar o consumo excessivo de álcool e tabaco. Submeter-se a exames preventivos regularmente é mais uma medida imprescindível. A detecção do câncer colorretal em estágios iniciais aumenta as chances de cura e diminui a necessidade de tratamentos mais invasivos. Além disso, o rastreamento por colonoscopia possibilita a retirada de pólipos pré-malignos, antes que eles possam evoluir para câncer.


3 – O que fazer se alguém na família tem ou teve câncer colorretal?

O histórico de câncer colorretal na família aumenta o risco de parentes em primeiro grau do paciente (pais, irmãos e filhos ou filhas) virem a ter o mesmo tipo de tumor. Esses tumores são causados por mutações em genes específicos que estão envolvidos no controle do crescimento e divisão celular no cólon e no reto. Pessoas com histórico familiar de câncer colorretal ou com suspeita de câncer colorretal hereditário devem buscar aconselhamento genético e realizar exames preventivos específicos.


4 - Quantos tipos de tumor colorretal existem?

Os tumores colorretais podem ter características celulares distintas. Sua identificação é feita por meio de análises de amostras do tecido canceroso em laboratório obtidas por uma variedade de métodos, incluindo biópsias e ressecções cirúrgicas.  O tipo mais frequente é de câncer colorretal é o adenocarcinoma, que começa nas células que revestem o interior do cólon ou do reto. Já o adenocarcinoma mucinoso produz grande quantidade de muco. Há também subtipos raros, como o carcinoma de células transicionais e o sarcoma, entre outros.  Certas síndromes hereditárias também podem levar a diferentes tipos tumorais. A polipose adenomatosa familiar (PAF) é uma síndrome rara causada por mutações no gene APC que pode provocar centenas a milhares de pólipos no cólon e reto que têm chance de evoluir para câncer colorretal e devem ser removidos. A síndrome de Peutz-Jegher (mutações no gene STK11) é definida pela ocorrência de pólipos no trato gastrointestinal e manchas pigmentadas na pele, lábios e membranas mucosas. Mais uma condição é a síndrome de Lynch (ou câncer colorretal hereditário não polipose, sigla HNPCC). Ela está associada a mutações em genes específicos envolvidos na reparação do DNA. A presença dessas mutações aumenta os riscos de desenvolver a doença e mais tipos de câncer, como o de endométrio, ovário, estômago e pâncreas. 


5 - Silencioso no início, o câncer colorretal apresenta sintomas na fase mais avançada

O câncer colorretal costuma se desenvolver sem sintomas que chamem a atenção. Na maioria dos casos, o tumor só é identificado durante algum exame indicado para o seu rastreamento. Por isso, é muito importante que mulheres e homens, sem história pessoal ou familiar, façam colonoscopia a partir dos 45 anos, mesmo que não tenham sintoma algum – ou dez anos antes da idade que um parente de primeiro grau teve a doença diagnosticada. Essa diretriz da SBCO segue orientações da Sociedade Americana de Câncer (ACS). No SUS, o rastreamento ocorre a partir dos 50 anos. “Como a incidência em pacientes mais jovens aumentou muito, várias sociedades médicas mudaram essa recomendação para os 45 anos”, diz Valadão. Os exames podem ser solicitados por um clínico geral, gastroenterologista, proctologista, oncogeneticista ou pelo médico de confiança. 


6 - Quais são os sinais e sintomas do câncer colorretal?

Dificilmente o câncer apresenta sintomas específicos no início, mas em alguns casos pode haver sinais que indicam alterações e merecem atenção. Isso é especialmente válido para pessoas que têm algum fator de risco mencionado anteriormente. Vale prestar atenção a sinais como a presença de sangue nas fezes; alternância entre diarreia e prisão de ventre; alteração na forma das fezes (muito finas e compridas), perda de peso sem causa aparente; sensação de fraqueza e/ou diagnóstico de anemia; dor ou desconforto abdominal e presença de massa abdominal (que pode ser indicativa de tumor). Se apresentar algum desses sinais de forma frequente, é importante que a pessoa passe pela avaliação de um médico especializado.  


7 - Descoberto no início, o câncer colorretal tem taxa de cura elevada

Identificado na fase em que está restrito cólon e ao reto, o tumor colorretal alcança taxas de cura acima dos 90%. Mas o conjunto de tratamentos disponíveis na atualidade consegue também oferecer 70% de chance de sucesso nos casos em que o tumor alcançou os linfonodos. Em fase avançada, quando o câncer originado no intestino grosso já atinge outros órgãos, as chances de ficar completamente livre dele diminuem.


8 - A colonoscopia é um exame de rastreamento capaz de evitar que a doença ocorra

A colonoscopia é um exame de imagem que permite visualizar o interior do cólon e do reto. O exame é indolor e pode salvar sua vida.  Feita praticamente com a mesma abordagem técnica da endoscopia, seu objetivo é procurar alterações como pólipos, tumores, inflamações e infecções na mucosa do intestino grosso e do final do intestino delgado. Além disso, é possível remover os pólipos detectados ainda durante o exame, pois alguns deles podem eventualmente transforma-se em tumores cancerígenos. A sigmoidoscopia é um exame semelhante a colonoscopia, mas que se concentra apenas na parte final do intestino, o reto e o cólon sigmoide. É recomendado a partir dos 45 anos de idade e pode ser feito a cada 5 anos, em conjunto com o teste de sangue oculto nas fezes.


9 - O exame de sangue oculto nas fezes também ajuda no rastreamento

O sangue nas fezes pode ser um sinal de câncer colorretal. O teste de sangue nas fezes é um exame simples, de baixo custo. A recomendação é que seja feito anualmente a partir dos 45 anos de idade. 


10 - O câncer do cólon e do reto têm abordagens terapêuticas diferentes

Ainda que o tratamento possa ser semelhante, existem diferenças importantes no tratamento do câncer de cólon e nos tumores situados no reto. Na maioria dos casos, os tumores de cólon são primeiramente tratados com cirurgia que remove o câncer e possivelmente uma pequena porção do cólon. A quimioterapia pode entrar em cena em casos mais avançados, ou se o câncer avançou para outras partes do corpo. O câncer de reto costuma ser tratado com quimioterapia e radioterapia para reduzir o tamanho do tumor e torná-lo mais fácil de remover cirurgicamente. Devido à remoção do tecido retal, pode ser necessário fazer também uma colostomia, que é uma bolsa coletora de fezes. Resumindo, o tratamento do câncer colorretal depende da localização do tumor e da extensão da doença.

 

Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica – SBCO


Medicamentos terão reajuste no mês de abril; veja 5 dicas para se antecipar e economizar até 40% na hora de comprar remédios

CliqueFarma, do ecossistema Afya, faz campanha para orientar os pacientes a comprarem seus remédios em março para não sofrerem o impacto do aumento

 

 

Sabia que o reajuste anual de medicamentos acontece todo mês de abril? A data é estabelecida pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamento (CMED), órgão ligado à Anvisa. Neste ano, o reajuste previsto é de 5,5%. Comprando antes, os pacientes podem garantir um desconto significativo, considerando o preço atual e a aquisição do tratamento dos meses seguintes à alta. 

 

Pensando nisso, o CliqueFarma, ferramenta comparativa de preços de medicamentos e outros itens de saúde e beleza, está com a campanha Pré-Alta durante todo o mês de março, com conteúdos nas redes sociais, vídeos e anúncios, além de descontos exclusivos dentro do site. A ideia é alertar sobre o reajuste dos preços e mostrar que essa é uma ótima oportunidade para as pessoas se anteciparem e não sofrerem o impacto do aumento do valor dos remédios. 

 

O fundador do CliqueFarma, Angelo Alves, dá cinco dicas para a população economizar tanto neste mês de março, quanto no restante do ano:


1. Antecipe-se: compre com antecedência os remédios que mais utiliza agora no mês de março, antes do aumento. Essa dica vale principalmente para quem faz uso contínuo de algum medicamento, ajudando assim na economia e continuidade do tratamento. 


2. Compare os preços: os valores dos medicamentos podem variar muito de farmácia para farmácia. “Então, você pode entrar no site do CliqueFarma e verificar mais de 200 mil ofertas e comparar os preços em todo o Brasil. Na plataforma, por exemplo, é comum encontrar produtos custando uma média de 40% . 

 

3. Parcele suas compras: caso escolha comprar os medicamentos em março, para fugir da alta, saiba que na maioria das farmácias e drogarias, é possível realizar o parcelamento da compra, não exigindo um investimento alto de uma única vez.


4. Compre genéricos: pergunte sempre ao seu médico se o medicamento recomendado pode ser o genérico, principalmente aqueles que têm um valor mais alto e impactam mais no seu bolso no final do mês.


5. Busque descontos e medicamentos gratuitos: veja a possibilidade de se inscrever em programas dos laboratórios para conseguir descontos. “Além disso, pesquise se o medicamento recomendado pelo seu médico é fornecido pelo SUS ou está disponível no programa Farmácia Popular do Brasil. Verifique, também, se o seu plano de saúde tem convênio com farmácias, para obter ótimos descontos”, orienta Angelo Alves

 

Afya

https://www.afya.com.br/ e  https://ir.afya.com.br/  


Anvisa libera lista de pomadas para cabelos, mas será que esses produtos fazem mal somente para os olhos?

Patrícia Marques, especialista em medicina capilar, alerta sobre a utilização desses produtos

 

A Anvisa divulgou uma lista com mais de 900 nomes de pomadas que foram liberadas para uso e comercialização após a suspensão total dos produtos por causarem irritação nos olhos e até cegueira temporária. A agência recebeu notificação de mais de mil casos entre dezembro de 2022 e fevereiro deste ano.

Mas e para os cabelos, será que o uso constante desses produtos está recomendado? A médica tricologista Dra. Patrícia Marques, especialista na saúde dos cabelos, explica que eles devem ser usados com moderação. “Quem usa esses produtos para fixar tranças, por exemplo, passa dias com eles na cabeça agindo nos fios. Isso pode prejudicar a saúde dos cabelos tanto quanto outros agentes externos como a escovação e a chapinha, com o agravante de ser um produto químico. As pomadas que causaram problemas nos olhos, por exemplo, tinham a concentração do ceteareth acima de 20%, então é muito importante ficar atento ao que você está usando. O ceteareth é uma substância utilizada para misturar líquidos que normalmente não se misturariam, com uma concentração acima do recomendado, você imagina como isso se torna nocivo para os cabelos também”, diz.

No caso dos homens, que costumam usar as pomadas diariamente para modelar os fios, o ideal são os produtos à base de água. Produtos à base de óleo costumam fixar melhor, mas em compensação, o excesso de óleo vai se acumulando nos cabelos e os efeitos podem ser bem ruins, principalmente para quem já tem o cabelo mais oleoso. Nesse caso, o gel é mais recomendado, sempre sem álcool. Já quem tem os cabelos secos, as pomadas podem até ser boas aliadas na hidratação dos fios, desde que sejam de boa qualidade.

Produto em excesso também pode favorecer a queda dos cabelos, já que acaba obstruindo os poros do couro cabeludo. “Se o couro não respira, o crescimento logo é afetado, os fios vão ressecando e quebram, por isso, a recomendação é usar o mínimo de produto possível e, de preferência, não todos os dias. Dormir com o produto na cabeça é outra coisa bem ruim”, explica a médica especialista em medicina capilar, que cuida desde doenças que afetam o cabelo e o couro cabeludo até a qualidade dos fios.

Dra. Patrícia finaliza dizendo que do mesmo jeito que a gente preza pela qualidade do que come, devemos fazer o mesmo com os produtos que a gente usa. “Consultar o site da Anvisa e ver se a pomada que você utiliza está liberada, neste momento, é bem importante, assim como ficar atento às orientações do rótulo, à data de validade, cheiro, cor e consistência se estão normais. Havia, inicialmente, 2.500 produtos regularizados pela Anvisa, todos foram proibidos e destes, só 930 foram liberados, então, quer dizer, tem muito produto que ainda está impróprio para uso e isso tem que ser verificado”.

 

Serviço:

Lista das pomadas que tiveram o uso liberado pela Anvisa

https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/cosmeticos/pomadas/pomadas-autorizadas

 

Dra Patrícia Marques - graduada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, com especializações em reconstrução de mama e da face no Hospital de la Santa Creu i Sant Pau, em Barcelona, e no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em NY, EUA. Também é especialista em medicina capilar e referência nacional em frontoplastia e redução de testa. CRM-SP 146410.
Instagram: Dra. Patricia Marques
https://www.drapatriciamarques.com.br/
Avenida Moema, 300, conjunto 71, Moema, São Paulo/SP
Telefone: (11) 93206-0079


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