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quinta-feira, 23 de março de 2023

Páscoa: estratégias de vendas para alavancar resultados

Comércios que vendem ovo, chocolate e doces variados podem aumentar o faturamento aplicando táticas de Marketing Digital


A Páscoa está chegando, mas ainda dá tempo de autônomos e pequenos e médios empreendedores aplicarem técnicas de marketing digital para alavancar os resultados no período mais saboroso do ano.  

De acordo com uma pesquisa realizada pela panificadora estadunidense St. Pierre, três de cada cinco pessoas afirma que o humor melhora com boa comida. Então que tal garantir alegria para o público, enquanto potencializa os resultados?  

Para isso, algumas estratégias simples podem ser aplicadas nos dias que antecedem a data. A equipe da KingHost preparou um passo a passo completo para PMEs e autônomos. 

  

  • Estude o comportamento do cliente  

Para vender bem um produto é fundamental conhecer o público. Isso significa entender as características, gostos e desejos, já que impacta não somente na definição de estratégia, mas também na construção de marca como um todo.  

Qual é a média de valores que estão dispostos a investir? Qual é a forma de pagamento? O que procuram na hora de comprar doces na Páscoa? Quais são as maiores dores?  

Obtenha essas respostas antes de pensar em investir em estratégias de marketing ou mídias pagas.  

 

  • Considere trabalhar o Marketing de Conteúdo 

Quando tiver um levantamento detalhado e completo, considere trabalhar o marketing de conteúdo. Com publicações temáticas, linguagem solta e expressões divertidas, mas que tenham conexão com sua marca, é possível atingir o público de maneira eficiente.  

A equipe da KingHost aconselha movimentar bem as mídias sociais, principalmente com anúncios, mas avaliar a possibilidade de pensar em materiais para o site, com postagens de blog e  materiais ricos, como guias e ebooks, pois garantem resultados duradouros (porém a médio-longo prazo). 

 

  • Entenda que o design é importante 

O chocolate pode ser uma delícia, mas o que vende mesmo é a apresentação. Portanto, além de produzir doces lindos, as imagens também precisam ter qualidade e produção.  

Caso sejam desenvolvidas artes de divulgação, a dica fundamental é pensar em legibilidade. Portanto, crie frases diretas, parágrafos curtos e insira elementos visuais.  

 

  • Engaje com os seguidores 

Uma coisa é fato: a maneira de consumir conteúdo mudou. As empresas não devem construir monólogos, mas criar storytellings envolventes e manter diálogo constante com o público-alvo.  

Sendo assim, é fundamental interagir com quem comenta, gosta e participa nos canais de comunicação. A partir disso é feita uma construção de laços tão fortes que clientes deixam de ser só clientes e se tornam verdadeiros fãs e defensores da loja e produto.  

 

  • Preocupe-se em proporcionar experiências  

Não só em datas comemorativas, mas em todos os dias do ano, a mensagem que fica é só uma: a experiência é o que fideliza e proporciona satisfação. Faça cada atendimento ainda mais especial.  

Foque no bom humor e individualização. As pessoas gostam de se sentir queridas e mostrar o quanto são significativas para um negócio é o diferencial. 

 

  • Faça um check-up nas mídias sociais e no site 

A manutenção é a chave para o bom funcionamento. Faça uma busca no site e procure páginas com erro, confira a velocidade de carregamento e se os certificados de segurança estão ativos. Certifique-se que o site está preparado para aguentar um possível aumento de acessos.  

Quanto às redes sociais, faça destaques com as principais informações e planeje campanhas direcionadas para potencializar seus resultados.  

Datas comemorativas colocam negócios em evidência e você vai querer estar preparado quando receber acesso de clientes. 

 

  • Avalie retorno das ações 

Por fim, mensure o retorno sobre os esforços. Analise o crescimento em comparação a anos anteriores e também defina o que será feito a partir dos resultados.  

A empresa precisa continuar aplicando estratégias de marketing digital o ano inteiro para garantir sucesso. Entender os acertos e erros ajuda a otimizar o investimento e a criar planejamentos mais assertivos. 

 


KingHost - empresa de soluções digitais para profissionais de tecnologia e pessoas empreendedoras, considerada referência em hospedagem de sites.


Decisão do Banco Central de manter a Selic em 13,75 foi correta, avalia FecomercioSP

Instituição optou pela cautela, diante de uma inflação persistente e um quadro fiscal incerto 

 

Como era previsto entre os investidores, o Conselho de Política Monetária do Banco Central (Copom) anunciou a manutenção da taxa Selic em 13,75% ao ano (a.a.). Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), a decisão é a melhor para o atual momento, marcado por inflação alta e quadro fiscal ainda incerto, exigindo prudência.

 

A justificativa para que os juros permaneçam em patamar elevado é a inflação, ainda pressionada, com projeção de concluir o ano, mais uma vez, acima do teto estipulado pela junta. Além disso, o pedido de recuperação judicial por parte de uma grande varejista brasileira trouxe à tona a discussão de antecipar o ciclo de redução da taxa de juros, uma vez que o empreendimento tinha alta credibilidade no mercado de crédito – e, ao prejudicar bancos e empresas com o não cumprimento dos pagamentos, uma maior aversão ao risco recaiu sobre todos, consumidores e empresas. Esta situação se traduz em mais seletividade e juros mais altos. 

Ainda segundo a FecomercioSP, argumenta-se também que os juros elevados têm gerado consequências negativas para o crescimento econômico. No quarto trimestre de 2022, por exemplo, foi registrado resultado mais fraco do Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, o juro real elevado desestimula investimentos produtivos, pois se torna mais atrativo manter o capital em aplicações financeiras. Desta forma, há redução nas gerações de emprego e renda.

 

Cenário de cautela


Cabe ao Banco Central preservar o valor da moeda e conseguir se manter entre os limites estabelecidos para a meta de inflação. De acordo com a FecomercioSP, a quebra do Silicon Valley Bank (SVB) e as negociações de compra do banco Credit Suisse também pedem cautela. Outro ponto que vale ser ressaltado é que, no cenário doméstico, o governo ainda não apresentou o seu arcabouço fiscal, muito esperado por investidores e empresários. É necessário que haja uma indicação rápida acerca da regra de gastos do orçamento que será adotada. Somente assim será possível projetar possíveis mudanças na carga tributária e os impactos à inflação.

 

FecomercioSP



Como ficam seus investimentos com a Selic em 13,75% ao ano

Especialista do C6 Bank calcula rendimento de R$ 5 mil, R$ 10 mil, R$ 25 mil e R$ 50 mil em diferentes tipos de investimentos por um ano


Pela sexta vez consecutiva, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano. Apesar de a taxa permanecer inalterada, a expectativa de rentabilidade dos investimentos de renda fixa caiu da última reunião para cá. 

Isso acontece porque a rentabilidade de investimentos como CDBs e títulos públicos do Tesouro Direto é estimada com base nos juros futuros do prazo da aplicação. “As instituições se antecipam às decisões futuras sobre juros e embutem isso nos retornos dos produtos. Por isso, mesmo com a decisão de manter o atual nível de Selic, as taxas futuras seguem caindo, se ajustando a possíveis movimentos no longo prazo”, afirma a planejadora financeira do C6 Bank Larissa Frias.  

De acordo com projeção da equipe econômica do C6 Bank, a Selic ficará em 13,75% até o final deste ano. Para 2024, a previsão é de que a taxa termine o ano em 12%.   

Segundo Larissa, não é apenas a Selic do momento que interessa na hora de estimar a rentabilidade dos títulos de renda fixa. No caso dos investimentos pós-fixados, por exemplo, o que importa é a expectativa de CDI médio do período investido. 

Dessa forma, se a expectativa é de que a Selic caia, o futuro de DI do período vai acompanhar essa queda. Já se a projeção é de alta, a taxa do contrato futuro de DI também vai subir. Para efeito de comparação, no Copom anterior, em janeiro, o futuro de DI de 1 ano projetava 13,55% ao ano, e agora projeta 12,75% ao ano. 

Na hora de comparar a remuneração dos investimentos, é bom colocar no papel que a maioria dos produtos de renda fixa, como CDBs, pagam Imposto de Renda. Nesse caso, quanto mais tempo o dinheiro ficar aplicado, menor será a tributação que incide sobre o rendimento - a alíquota de IR varia de 22,5% (até 180 dias) a 15% (mais de 720 dias). 

Mesmo descontando o IR, a rentabilidade dos CDBs supera com folga a da poupança, principalmente quando a Selic fica acima de 8,5% ao ano, como agora. Quando isso acontece, o rendimento líquido da poupança passa a ser de apenas 0,5% ao mês + Taxa Referencial, enquanto o dos CDBs tende a acompanhar a alta dos juros.  

Confira abaixo a rentabilidade líquida de vários produtos de renda fixa calculada pelo educador financeiro do C6 Bank, considerando um cenário em que o dinheiro ficará aplicado por 1 ano: 

 

Rentabilidade de R$ 5 mil após um ano

Investimento:         Valor líquido de resgate: Rentabilidade líquida a.a.: 

Poupança                       R$ 5.409,50                                  8,19%

Tesouro Selic                 R$ 5.562,50                                  11,25%

CDB 104% do CDI         R$ 5.585,00                                  11,70%

CDB 109% do CDI         R$ 5.613,50                                  12,27%

CDB IPCA+                     R$ 5.499,00                                  9,98%

 

Rentabilidade de R$ 10 mil após um ano 

Investimento:         Valor líquido de resgate: Rentabilidade líquida a.a.: 

Poupança                       R$ 10.819,00                                   8,19%

Tesouro Selic                 R$ 11.125,00                                  11,25%

CDB 104% do CDI         R$ 11.170,00                                  11,70%

CDB 109% do CDI         R$ 11.227,00                                  12,27%

CDB IPCA+                     R$ 10.998,00                                   9,98%

 

Rentabilidade de R$ 25 mil após um ano

Investimento:         Valor líquido de resgate: Rentabilidade líquida a.a.: 

Poupança                       R$ 27.047,50                                   8,19%

Tesouro Selic                 R$ 27.812,50                                  11,25%

CDB 104% do CDI         R$ 27.925,00                                  11,70%

CDB 109% do CDI         R$ 28.067,50                                   12,27%

CDB IPCA+                     R$ 27.495,00                                    9,98%

 

Rentabilidade de R$ 50 mil após um ano

Investimento:         Valor líquido de resgate: Rentabilidade líquida a.a.:

Poupança                       R$ 54.095,00                                  8,19%

Tesouro Selic                 R$ 55.625,00                                  11,25%

CDB 104% do CDI         R$ 55.850,00                                  11,70%

CDB 109% do CDI         R$ 56.135,00                                  12,27%

CDB IPCA+                     R$ 54.990,00                                  9,98%

 

Premissas utilizadas:

 

Estimativa de TR DE 1,9% a.a.

Estimativa de CDI Over médio de 13,64% a.a.

CDB IPCA+: taxa oferecida no app do C6 Bank em 22/3/2023

Inflação mediana do último Boletim Focus

Imposto de Renda: alíquota de 17,5%

 

Empreendedorismo feminino é assunto em destaque nas rodovias concedidas de São Paulo durante esta semana

A iniciativa faz parte da programação do Mês da Mulher, período em que as mulheres terão linha de crédito especial para  abrir ou alavancar seus negócios

 

Março é o mês voltado para as mulheres, marcado por homenagens, reflexões e discussões fundamentais para a sociedade. A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo e as 20 operadoras que integram o Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo participam dessa discussão através de ações internas e divulgação de mensagens sobre os três pilares que fazem parte de debates importantes relacionados ao sexo feminino: segurança, saúde e empreendedorismo.

 

Os pilares foram definidos pelo Governo do Estado, e a contribuição do Programa de Concessões é a divulgação de mensagens elaboradas para o Mês das Mulheres, que são veiculadas nos painéis eletrônicos (PMVs) espalhados pelos 11,1 mil quilômetros de rodovias concedidas. “A campanha tem como foco a valorização feminina e traz assuntos relevantes durante todo o mês. O objetivo é que essas discussões sejam levadas para cada vez mais pessoas para que se conscientizem sobre diversos assuntos”, afirma Milton Persoli, diretor-geral da ARTESP.

 

A mensagem veiculada a partir desta quinta-feira (23) é sobre o empreendedorismo feminino:

 

“MULHER EMPREENDEDORA

CONSTRÓI O PRÓPRIO CAMINHO

DIADAMULHER2023.SP.GOV.BR”

 

Com o objetivo de garantir uma vida com mais oportunidades para as mulheres, o Governo de São Paulo, em parceria com o Sebrae e o Banco do Povo, oferecerá neste mês uma linha de crédito especial para o público feminino, com o Empreenda Mulher, e qualificação por meio do programa SEBRAE Delas, no qual são ministrados cursos, consultorias especializadas e orientações para abertura de MEI.

 

Mensagens diferentes ao longo do mês

 

A veiculação de mensagens com referência ao Mês da Mulher nos PMVs das rodovias concedidas começou em 8 de março, Dia Internacional da Mulher. O primeiro tema abordado foi a violência contra a mulher, até o dia 14. A segunda mensagem abordou a saúde feminina e como última ação do mês, o tema é o empreendedorismo.

 

Para mais informações sobre programações e ações dedicadas ao Dia da Mulher, acesse o site diadamulher2023.sp.gov.br, desenvolvido para concentrar as principais informações sobre o tema.

 

Outras ações

 

A ARTESP exibe em suas redes sociais, ainda, uma série de vídeos com colaboradoras que contam um pouco de suas histórias, suas funções e áreas de atuação. Assista aqui!

 

O Grupo CCR - do qual fazem parte importantes concessionárias como AutoBan, ViaOeste e SPVias -, através de parceria entre o Instituto CCR e o Empreende Aí, está com inscrições abertas para o curso gratuito “Despertando a Empreendedora". Ele será ministrado para mil mulheres em todo o país e tem o objetivo de incentivar o empreendedorismo feminino, para quem deseja abrir o próprio negócio.   

 

As outras concessionárias estão desenvolvendo ainda ações internas, com homenagens, palestras e rodas de conversa. Também trabalham com peças nas mídias sociais, algumas delas contando a história de vida de suas colaboradoras.

 

Evite problemas com o Leão: Especialista do CEUB dá dicas para declarar o Imposto de Renda

Max Bianchi, professor de Ciências Contábeis, explica as obrigações do contribuinte com a Receita Federal


Começou a contar o prazo de 31 de maio para a entrega da declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) do ano calendário 2022. A partir das dúvidas de como encarar o “Leão”, o professor de Ciências Contábeis do Centro Universitário de Brasília (CEUB) Max Bianchi Godoy dá dicas para realizar a declaração com clareza e tranquilidade este ano.


Como sei se devo declarar o IRPF esse ano?

MB: A dúvida mais frequente do brasileiro é saber quem declara e quais são os requisitos para entregar a declaração obrigatória de IRPF. Deve realizar a declaração do imposto pessoas físicas que receberam rendimentos tributáveis anuais acima de R$ 28.559,70 em 2022. Também deve declarar o IRPF quem recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte acima do limite de R$ 40.000.

O contribuinte que teve a posse ou a propriedade, em 31 de dezembro de 2022, de bens ou direitos, inclusive terra nua, acima do limite de R$ 300.000 também deve fazer a declaração. Além disso, estão obrigados a declarar o IRPF aqueles que realizaram operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas, bem como os que obtiveram ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeitos à incidência do imposto.

Também devem declarar o imposto pessoas que optaram pela isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro, no prazo de 180 dias. Outro caso comum obrigatório é de pessoas passaram a morar no Brasil, em qualquer mês, e nessa condição se encontravam em 31 de dezembro de 2022 e, também, os que obtiveram receita bruta anual decorrente de atividade rural em valor acima de R$ 142.798,50.


Descobri que devo declarar, e agora?

MB: A declaração de imposto de renda pode ser feita por meio do programa do IRPF 2023, disponível para download no site da Receita Federal, on-line pelo Portal e-CAC (Centro de Atendimento Virtual da Receita Federal) ou pelo aplicativo Meu Imposto de Renda, disponível para tablets e celulares das plataformas Android e iOS. As informações constantes do portal e dos auxílios no aplicativo e no programa são de fácil entendimento para a maioria das pessoas.


Quais é a diferença entre declaração simplificada e simples? Qual devo fazer?

MB: Existem duas formas de realizar a declaração de rendimentos para o imposto de renda pessoa física: a simplificada e a completa. A declaração simplificada é voltada para os contribuintes que tiveram poucas despesas no ano-base. Nessa opção, os valores dos rendimentos tributáveis sofrem dedução automática de 20%, sendo estes limitados a R$ 16.754,34. Utilizando esta forma, o contribuinte opta por um valor de dedução total, não podendo incluir os gastos que teve com educação e saúde, o que torna esse tipo de declaração mais vantajoso quando há poucas despesas e essas não ultrapassaram o limite estabelecido.

No caso da declaração completa, é mais voltada para os contribuintes que tiveram mais despesas no ano de 2022, tais como gastos com saúde, educação e outros, seus e de seus dependentes. Nesse caso, se o valor das despesas ultrapassarem o referido limite (R$ 16.754,34), é mais vantajoso optar pela declaração completa. O programa e o aplicativo costumam informar o imposto a ser pago ou restituído nos dois tipos de declaração, devendo o contribuinte optar pelo que for mais vantajoso em seu caso (o que for pagar menos ou restituir mais imposto).


Consegui declarar o imposto de renda. Como sei se recebo a restituição? Se sim, como e quando recebo?

MB: A principal forma de obter restituição com a declaração do Imposto de Renda é por meio dos gastos dedutíveis que foram realizados, esses oriundos das despesas com educação, com previdência privada, contribuição do INSS, saúde e outros que podem ser deduzidos. Nesse caso, quanto o imposto pago antecipadamente pelo contribuinte e os gastos dedutíveis superam o imposto calculado que deveria ser pago, o contribuinte receberá posteriormente uma restituição, que é a devolução dos valores pagos a mais pelo contribuinte.

Se o contribuinte cometer algum erro na declaração, pode realizar uma retificadora, ajustando os dados errados e reenviar, o que pode evitar prejuízos maiores. Por esse motivo, se recomenda que, caso descubra algum erro ou falta de registro, o contribuinte realize o mais rápido possível a sua declaração retificadora, preferencialmente antes de receber quaisquer comunicados da Receita solicitando que faça o ajuste.

Aqueles que não declararem dentro do prazo podem ter de pagar uma multa de 1% sobre o valor do imposto de renda devido, sendo o valor mínimo de R$ 165,74. Lembrando que este valor pode chegar a até 20% do imposto total devido, motivo pelo qual o contribuinte deve ficar atento ao cumprimento de prazos e às regras estabelecidas.


E quem não declarou imposto de renda? Quais são as consequências?

MB: Quem não declara o Imposto de Renda, além da multa, está sujeito a outras sanções, como a suspensão do CPF (Cadastro de Pessoas Físicas) por irregularidade, podendo ficar impedido de realizar uma série de atividades: não tirar sua Carteira de Trabalho, não abrir conta em Bancos ou receber cartões de crédito, não tirar ou renovar passaporte, não realizar matrícula em faculdades, não prestar concursos públicos, etc. Em casos mais graves, de declarações falsas ou omissão total ou parcial com a intenção de se desonerar do pagamento de tributos, o indivíduo pode ser acusado de crime de sonegação fiscal, cuja pena pode chegar a dois anos de reclusão e ser multado de duas a cinco vezes os valores devidos dos tributos que não foram pagos.


5 vantagens da Inteligência Artificial no setor de saúde

Tecnologia promissora vem se tornando destaque em numerosas instituições de saúde, mas sem substituir a atuação médica


É perceptível o impacto da Inteligência Artificial na transformação do mundo, nos negócios e na forma como interagimos. Cada vez mais, essa tecnologia cresce e interfere positivamente em diversos setores. De acordo com pesquisa da Markets and Markets, o mercado de IA crescerá US190 bilhões até 2025 na área da indústria. Em relação ao setor de saúde não é diferente, pois a área foi uma das que mais obteve um grande impacto com a IA: um estudo da Forrester comprova esse crescimento ao concluir que os principais aplicativos de IA de saúde clínica podem potencialmente gerar US 150 bilhões em economia geral para a economia da saúde nos EUA até 2026.


“A tecnologia pode aprimorar o diagnóstico, agilizar a triagem do paciente, auxiliar no trabalho dos médicos, no controle de farmácias, entre outras funções, ou seja, pode ser usada como um grande apoio em prol da saúde.”, afirma Andrey Abreu, diretor de Tecnologia da MV, multinacional focada na transformação digital na saúde.


Abaixo, o especialista Andrey Abreu lista 5 possibilidades de aplicação da Inteligência Artificial (IA) nas instituições de saúde. Confira:

  

1. Auxiliar na complementação de informações para o prontuário do paciente


Utilizado em diversos estabelecimentos de saúde, o prontuário eletrônico é um registro digital que armazena todas as informações dos pacientes, incluindo históricos, queixas, diagnósticos e tratamentos. É uma ferramenta muito importante para as equipes de enfermagem e médicos acompanharem a evolução do estado de saúde do indivíduo e das ações realizadas. À medida que as consultas e atividades de cuidado vão ocorrendo, a IA poderia compilar a conversa entre profissional de saúde e paciente, sem perder detalhes importantes para a linha de tratamento e diagnóstico, criando, assim, uma espécie de banco de dados personalizado, eliminando a necessidade do médico precisar anotar tudo. “A ferramenta ajuda muito neste processo para o médico não perder nenhum detalhe e poder armazenar as particularidades do que foi relatado, poupando seu trabalho braçal. Isso possibilitaria uma análise segura e a tomada de decisão com praticidade e precisão”, ressalta Andrey.  

 

2. Gerar dados e alertas no tratamento do paciente


A IA também pode ser usada para gerar alertas e colaborar com o monitoramento do tratamento. Segundo Andrey, os alertas são importantes, podendo envolver os horários para ministrar medicamentos, a medição da pressão e sinais vitais, o desenvolvimento dos devidos procedimentos para avaliar o estado do paciente, entre outros. “Se um paciente está com dores que não foram amenizadas com determinados medicamentos, é sinal que pode se tratar de um caso mais agudo, como uma infecção ou outras doenças mais graves, por exemplo. Os alertas podem ajudar a captar os sinais e a IA poderia sugerir o motivo pelo qual o paciente não está melhorando, auxiliando os médicos no diagnóstico preciso.”

Outro ponto importante está no cruzamento entre a prescrição de medicamentos e a aplicação dos remédios dispensados, o que pode ser avaliado através da farmácia dos hospitais. Caso o medicamento volte para a farmácia, a IA criaria um alerta, e através do cruzamento com os alertas clínicos, sugerir os motivos deste ter retornado e de não ter sido utilizado. Isso evita que os medicamentos sejam devolvidos por engano e, consequentemente, que os pacientes sejam prejudicados.   

 

3. Apoiar a medicina de precisão


A Inteligência Artificial colabora também no registro dos medicamentos, indicando os mais eficientes para um devido tratamento, dando opções para o médico observar o que seria melhor. A medicina de precisão alia os dados já convencionalmente utilizados para diagnosticar sinais, sintomas, história pessoal/familiar e exames complementares amplamente utilizados – ao perfil genético do indivíduo e a IA deixa o trabalho mais fluido para o médico e mais assertivo para os pacientes.


 

4. Auxiliar na decisão clínica


O médico tem como uma das principais tarefas diagnosticar uma doença diante de diversos sintomas e situações de cada paciente e precisa observar qual das opções é a mais provável em cada caso. Com a facilitação na criação de relatórios e prontuários eletrônicos, a Inteligência Artificial colabora com as opções mais previsíveis de acordo com cada condição, ajudando o médico a decidir qual resultado é o mais pertinente e certeiro. “A IA pode ajudar tanto na decisão de medicamentos que podem causar efeitos positivos ou negativos no paciente, quanto dar as opções do que o paciente pode ter. Baseado em dados de exames, ele cria hipóteses clínicas para assim, o médico decidir. Apesar disso, o médico é quem deve diagnosticar, pois a IA é uma ferramenta para apoiar e não para substituir a atividade médica.”, explica Andrey. 

 

5.  Ajudar na prevenção de início de epidemias


A IA tem a capacidade de criar um perfil epidemiológico em que é feita uma análise para identificar o quadro geral de uma população específica, criando, assim, uma medicina preventiva. “por exemplo ao atender cerca de 10 pacientes de uma mesma região com o mesmo quadro de saúde, pode ser o sinal de identificação do início de uma epidemia.”, explica o especialista

Para finalizar, Andrey Abreu ressalta que as ferramentas de Inteligência Artificial podem colaborar com acertos, mas também é passível a erros. Existe uma via entre o médico e a IA, onde o olhar humano é imprescindível, principalmente para diagnóstico do paciente. “A Inteligência Artificial vem para aprimorar, mas não vai substituir o trabalho do ser humano. É muito importante que haja uma curadoria das informações e decisões que a inteligência está indicando.”, pontua Abreu.

 

MV - multinacional de tecnologia focada na Transformação Digital


ESG na prática: em que estágio sua empresa se encontra?

Para garantir a eficácia, as práticas ESG devem estar presentes em toda a cadeia produtiva das grandes empresas


Há quase 20 anos surgia no mercado uma nova sigla que logo se tornaria uma das mais usadas no mundo corporativo: ESG. A sigla significa environmental, social and governance, em português: governança, social e ambiental. Cunhada pelo Banco Mundial em 2004, a sigla estabeleceu os três pilares do investimento sustentável e virou uma espécie de “selo” de garantia para o mercado. Empresas que possuem uma governança bem estruturada e que implantam políticas internas de responsabilidade ambiental e social, além de apresentarem melhores resultados econômicos ao longo dos últimos anos também valem mais no mercado financeiro.

Mas, a aplicação dessas políticas ainda é um desafio para as grandes empresas do mercado brasileiro. Ainda não há legislação ou normas conhecidas e estabelecidas para a prática ESG no mundo corporativo. Expandir a prática ESG para toda a cadeia produtiva e envolver fornecedores, distribuidores e clientes nesse processo ainda é a maior demanda das grandes organizações brasileiras. E para atingir todos os stakeholders, contar com consultoria especializada é fundamental: “O ESG transforma todo o modo de fazer e pensar a empresa e sua cadeia produtiva. A responsabilidade social e ambiental amplia os conceitos de governança para além da empresa. Nós trabalhamos há tempos com a implantação de políticas de governança com nossos clientes e agora queremos apoiar também as grandes empresas a expandir esses conceitos em toda sua cadeia. A ideia é atingir fornecedores e distribuidores e fazer essa prática chegar até os clientes. É imprescindível que as grandes empresas do futuro estejam alinhadas a esse conceito. Isso faz a diferença não só nos resultados econômicos da organização, mas também no valor da empresa”, explica Eduardo Valério, CEO da GoNext, especializada em consultoria para processos de sucessão familiar.

As tendências de consumo mostram que, de forma geral, as pessoas optam por produtos e serviços de empresas que tenham alguma ação alinhada às práticas ESG. Além disso, uma pesquisa da Bloomberg estimou que a agenda ESG deve atrair U$53 trilhões em investimentos no mundo até 2025. “A grande empresa que ainda não começou a trabalhar pensando nas práticas ESG precisa começar rápido. Em breve, as empresas que não assimilarem esses conceitos na gestão vão começar a serem mal vistas pelo mercado. Conhecer o estágio em que a empresa se encontra e começar a praticar a governança ancorada na responsabilidade ambiental e social são medidas urgentes para empresas de todos os portes”, conclui Valério.


Retrato da inadimplência: Uma visão pré e pós-pandemia e os desafios para 2023


A pandemia da COVID-19 foi sem dúvida um dos maiores desafios da humanidade. Não apenas vidas se perderam, mas empregos, empresas e muito mais. E qual foi o impacto da pandemia se olharmos o fator inadimplência?

O relatório Credit Risk da FICO traz alguns pontos relevantes sobre o tema que vou discorrer a seguir. No gráfico abaixo, temos uma visão da inadimplência em novembro de 2022 comparando os principais indicadores de inadimplência de cada país:



Veja que Brasil, México, Peru e Colômbia apresentam taxas oscilando entre 3,0% a 3,8%. Porém, melhor do que avaliar um período isolado é avaliar uma série histórica, onde não necessariamente comparamos o número em si, mas a tendência evolutiva em cada período.




No gráfico acima podemos ver um comportamento bem diferente entre Brasil e os dois outros países latinos. Enquanto no Brasil o período de abril de 2020 até dezembro de 2021 acumulamos um baixo % de inadimplência, no México e na Colômbia ocorreu o contrário.

Indicadores e estudos mostram que cada país reagiu diferente, principalmente nos recursos dedicados ao ‘socorro’ à pandemia. Segundo estudos da Universidade de Columbia, o Brasil foi o segundo país da América Latina em valores X PIB para suporte a pessoas físicas ou jurídicas.



Junta-se a isso a rápida reação de credores, que geraram planos de refinanciamento de seus débitos.

Frente a uma crise mundial, com inflação em alta, juros crescentes, desemprego ainda em patamares elevados, o período de baixa inadimplência não poderia se conter. A conta começou a chegar em 2022, com um crescimento dos percentuais sem interrupção de janeiro a dezembro e, somente no primeiro mês de 2023, a taxa de inadimplência está 32,54% maior no acumulado do ano.




Todo este contexto traz a certeza de que 2023 será um ano de grande desafio para as instituições atuarem sobre a inadimplência e muitos bancos brasileiros já traduziram está questão nos balancetes trimestrais de 2022.



Digitalização e ominicanalidade

Desde antes da pandemia, a cobrança tradicional foi substituída ou pelo menos compartilhada pela cobrança digital. Mas é importante ressaltar que o processo de digitalização da cobrança, ou seja, passar de uma cobrança humana para uma que utilize um canal digital, não determina que você passou a ser digital. Ser digital vai além! E isso implica em atender o cliente de forma integrada.

Os clientes, inadimplentes ou não, demandam cada vez mais no que tange ao processo de comunicação nas empresas. Eles demandam:

· Agilidade no processo de comunicação;

· Escolher o canal de sua preferência;

· Poder interagir e não apenas receber disparos;

· Ter a continuidade do seu processo de comunicação independente do canal;

· Falar nos momentos mais convenientes e nos melhores horários.

Não basta ser multicanal; é preciso ser OMNICHANNEL. Esse é um dos diferenciais que as plataformas de comunicação como o FICO® Customer Communication Services (CCS), oferece. A solução atua como um workflow de comunicação que permite não apenas a multicanalidade como a omnicanalidade.

Para atender melhor o consumidor e alcançar bons índices nos processos de cobrança é preciso automatizar as ações com clientes que possuam diversos produtos, além de disponibilizar diferentes canais para que o cliente possa resolver e pagar suas dívidas, mantendo o call center como apenas uma das opções de canal.

· Em um caso recente, no qual colocamos nossa expertise para atuar dentro de um dos clientes atendidos por nossa empresa, geramos aproximadamente 30 milhões de interações mensais e os resultados da ação apresentam números muito positivos como: 160% de aumento de casos resolvidos sem intervenção de uma pessoa;

· 20% de redução de inadimplência em apenas 3 meses de operações;

· 98% dos clientes que recebem as comunicações pelo CCS resolvem seus temas sem intervenção humana.

Utilizar em seu processo uma ferramenta que atenda não apenas as necessidades do cliente, mas também da área de negócio de cada empresa, sem dúvida, é a chave do sucesso.


O que já sabemos que vem por aí em 2023

Muito já sabemos de alguns desafios para cobrança neste ano. O primeiro que destacamos é a obrigatoriedade do prefixo 304 para ligações de cobrança como ocorre com o 303 para ligações de venda.

Além disso, no decorrer de 2022 tivemos inúmeras mudanças no sentido de melhorar a experiência do consumidor, visando com que ele não tenha ligações massivas ou chamadas abusivas. No México e no Chile, por exemplo, já existem legislações que regulam a quantidade de vezes que um cliente pode ser acionado/cobrado por dia ou semana. Aqui no Brasil, ainda não chegamos neste ponto, porém pode ser a próxima cartada.

Outro fator importante que deve estar presente no decorrer de 2023 é o DESENROLA, nova promessa do governo federal que caminha para ser uma alternativa para o inadimplente de baixa renda buscar a solução de seus débitos.

Sem dúvida é um ano desafiador para profissionais de crédito. Mas, com ferramentas e tecnologias aplicadas é possível transformar esse cenário. Vamos em frente!



Eduardo Tambellini - Consultor de Negócios da FICO América Latina


O futuro da aposentadoria especial no Brasil

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) poderão definir em breve sobre a constitucionalidade dos dispositivos da reforma da Previdência que determinam a aplicação de idade mínima na aposentadoria especial do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O tema está sendo julgado pelo Plenário Virtual e o ministro relator do caso, Luís Roberto Barroso votou pela constitucionalidade da aplicação da idade mínima no benefício especial do INSS. A Ação Direta de Inconstitucionalidade 6309 foi proposta pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria (CNTI), que defende a inconstitucionalidade das regras da reforma que instituíram a idade mínima na aposentadoria especial, de pontuação mínima durante o período de transição e o fim da conversão de tempo especial em comum. 

Na última terça-feira, 21 de março, o ministro Ricardo Lewandowski pediu vista do processo. E, agora, o tema só voltará a andar quando Lewandowiski devolver a ação com seu voto. O pedido de vista geralmente é feito para que o magistrado analise melhor o tema antes de tomar uma decisão. E, apesar do ministro se aposentar em maio deste ano, a nossa esperança é que ele profira seu voto antes de sua saída, pois ele tem um viés positivo para os segurados do INSS, pelo lado social dos casos. 

Importante destacar que a aposentadoria especial foi o benefício mais prejudicado com a reforma da Previdência de 2019. Foram diversas regras que endureceram a concessão dos benefícios e prejudicaram o cálculo, mas a aposentadoria especial foi a mudança legislativa mais assustadora. Antes de 13 de novembro de 2019, o segurado que trabalhou por 15, 20 ou 25 anos em condições especiais poderia se aposentar, independentemente da sua idade. Esses anos variavam de acordo com a exposição e atividade que exercia. 

A reforma da Previdência foi draconiana para o segurado especial e deixou a aposentadoria mais difícil, porque agora é preciso cumprir uma idade mínima. Já imaginou, além de trabalhar por 25 anos exposto a ruído, ter que cumprir uma idade mínima? Isso vai tornar a saúde do trabalhador ainda mais debilitada em sua velhice. Além disso, o valor da aposentadoria também foi reduzido, a depender da situação do trabalhador. 

A reforma da Previdência estabeleceu uma idade mínima de 60 anos para o segurado especial do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de risco baixo, 58 anos para o de risco médio e 55 anos para o de risco alto. Para o segurado especial, a nova redação lhe garante apenas uma regra de transição. O texto criou um sistema de pontos — equivalente à soma do tempo de contribuição com a idade do trabalhador — segundo o grau de periculosidade. O segurado pode se aposentar ao alcançar 86 pontos, caso seja atividade especial de risco baixo; 76 pontos, se risco médio; e 66 pontos, se risco alto. Nas três situações, é exigido tempo de contribuição mínimo de 25, 20 e 15 anos respectivamente. Dessa forma, um trabalhador (risco baixo) de 54 anos de idade que contribuiu por 36 anos não precisará esperar chegar aos 60 anos de idade para se aposentar. 

A aposentadoria especial é uma proteção social para o trabalhador que expõe diariamente a sua saúde em risco. Tem direito à aposentadoria especial o segurado que trabalha, como exemplo, exposto a frio, calor, ruído, agentes biológicos (como os vírus), eletricidade, entre outros. E com as novas regras que instituíram uma idade mínima poderemos e deveremos ter uma legião de idosos com doenças graves. Muitos nem conseguirão desfrutar da sonhada aposentadoria. 

A aposentadoria especial é voltada para resguardar a saúde do trabalhador, para que ele desfrute da aposentadoria com um mínimo de vida saudável. As novas regras que impõe uma idade mínima retiram essa função social e humana do benefício. Ela se tornou muito mais uma aposentadoria indenizatória, do que protetiva. 

A regra atual foi um retrocesso social. E o Estado também é prejudicado, pois terá que arcar com as despesas de idosos que chegarão ao final de sua carreira profissional com uma série de reflexos graves em sua saúde física e mental. 

Portanto, a nossa torcida e apelo é para que o Supremo considere inconstitucional estes dispositivos da reforma e corrija esse erro legislativo cometido com os trabalhadores expostos aos riscos e atividades insalubres e perigosas. A Corte Superior poderá mudar o futuro de milhões de trabalhadores.

 

João Badari - advogado especialista em Direito Previdenciário e sócio do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados.

 

Ativando o futuro do local de trabalho


A suposição do espaço organizacional como simplesmente um ambiente físico está sob pressão há algum tempo, com a virtualização do trabalho tendendo muito antes da interrupção causada pela pandemia do Covid-19. No entanto, essa intercepção dramática forçou as organizações a repensar mais rapidamente como conectar e envolver os trabalhadores em ambientes virtuais e híbridos e a abraçar as possibilidades de um lugar sem fronteiras.

Infelizmente, parece que velhos hábitos são difíceis de quebrar, já que vimos alguns retrocessos devido a definições desatualizadas do que é trabalho e percepções sobre produtividade do trabalhador ou cultura organizacional que muitas empresas usam para pressionar a volta dos funcionários ao escritório.

Os líderes devem se concentrar na questão fundamental, que é o design e a prática da profissão em si, pois ele ditará a combinação do espaço físico e digital necessário para atender aos resultados de negócios. De acordo com a pesquisa Global Human Capital Trends 2023 da Deloitte, apenas 15% dos entrevistados citaram a maneira como o ambiente organizacional é projetado como um dos atributos mais importantes na criação do futuro local do trabalho.

O sentimento do profissional mudou e os funcionários estão defendendo modelos de local de trabalho que melhor atendam às suas necessidades e bem-estar. Muitos trabalhadores agora consideram a capacidade de trabalhar remotamente como um direito inalienável. De acordo com a pesquisa, 64% dizem que já consideram (ou considerariam) procurar um novo emprego se o empregador os quisesse de volta ao escritório em período integral.

A tecnologia também está avançando rapidamente como um componente essencial do design do local de trabalho. Isso vai além das ferramentas de colaboração e agora inclui uma vasta gama de tecnologias relacionadas ao serviço, sendo o exemplo mais proeminente o metaverso e a realidade ilimitada.

À medida que as organizações reinventam o espaço organizacional em um mundo pós-pandêmico, o resultado não é um local único ou uma solução de tamanho único, mas uma variedade de recursos e espaços que oferecem suporte a diferentes maneiras de realizar o trabalho.



A lacuna de prontidão

A pesquisa da Deloitte apontou também que a grande maioria dos líderes empresariais (87%) acredita que desenvolver o modelo de local de trabalho certo é importante para o sucesso de sua organização. No entanto, apenas 24% sentem que sua empresa está pronta para lidar com essa tendência.

Apenas 6% das organizações pesquisadas estão satisfeitas com o status e dizem que não mudaram – e não mudarão – sua estratégia de local de trabalho. Enquanto isso, 78% estão tentando criar um ambiente organizacional futuro em que os trabalhadores possam prosperar redesenhando seus processos de negócios existentes ou reimaginando o próprio serviço.



Os novos fundamentos

À medida que as organizações projetam modelos de local de trabalho, elas devem começar concentrando-se nos resultados que buscam gerar (cultura, inovação, impacto social) e, em seguida, determinar onde esse valor é melhor criado. De acordo com os líderes que responderam à pesquisa Deloitte 2023 Global Human Capital Trends, o maior benefício que eles observaram de sua abordagem de ambiente organizacional do futuro é o aumento do engajamento e bem-estar do trabalhador, enquanto a cultura é a maior barreira.

As organizações devem fazer o possível para alinhar (ou pelo menos equilibrar) suas necessidades e desejos com as obrigações e vontades de toda a força de trabalho. As empresas agora têm a oportunidade de experimentar com ousadia seu modelo de local de serviço, equilibrando os resultados com as preferências do trabalhador, para liberar o novo valor que procuram criar.



Olhando para frente

O espaço organizacional deve se tornar um insumo para o próprio serviço, focado nos resultados ou valor alinhado com a estratégia de negócios. Além disso, uma abordagem estratégica do local de trabalho também pode criar benefícios ESG. À medida que mais empresas e consumidores percebem a importância do desempenho ambiental, social e de governança (ESG), temos uma ideia melhor de como essa tendência moldará o ambiente organizacional.

Os fatores ESG têm um efeito considerável no local de trabalho. O impulso para práticas mais ecológicas reduz o desperdício no trabalho. Políticas mais socialmente conscientes promovem um ambiente de trabalho mais saudável e a governança empresarial aprimorada oferece transparência e mais diversidade.

Por meio do design do ambiente organizacional, as empresas têm a oportunidade de melhorar sua marca, atrair talentos e elevar os resultados. E tudo começa com uma pergunta-chave: “Como podemos projetar o local de trabalho para melhor apoiar o desenvolvimento dos colaboradores em si?”

Assim como em outras tendências do relatório deste ano, as necessidades do trabalho e as preferências dos trabalhadores continuarão mudando, exigindo que as organizações continuem experimentando, ouvindo e evoluindo


Marcelo Carreira - vice-presidente Go-To-Market América Latina da Access


Profissionais de cibersegurança são os super-heróis modernos; e precisamos de mais deles

Qual é a primeira coisa que você faz quando acorda? Se for como a maioria das pessoas, provavelmente corre para pegar o celular, desligar o despertador e abrir o Instagram ou YouTube, não é mesmo? A internet e todos os aparelhos e dispositivos que você utiliza o tempo todo são uma grande parte da sua vida porque estão integrados à sociedade muito profundamente. E em todos eles há uma movimentação gigantesca e contínua dos seus dados pessoais.

Diante desse cenário, fica cada vez mais fácil para hackers e outros magos mal-intencionados do mundo digital conseguirem acesso a tudo - infelizmente o avanço da tecnologia também dá margem para algumas pessoas desenvolverem conhecimentos para crimes cibernéticos. E, considerando que as informações publicadas na web podem ser tão simples quanto sua idade ou sua cor favorita, ou tão importantes quanto o número do seu cartão de crédito, seu endereço ou CPF, é preciso criar uma barreira contra esses ataques. A palavra que estamos buscando é: cibersegurança.

Hoje, o tema é praticamente uma parte básica do campo de TI, com empresas procurando por soluções para combater essas investidas, as quais não apenas ajudem a população como um todo, mas também a sua própria jornada corporativa - incluindo colaboradores e os envolvidos que fazem parte dela. Dessa forma, as marcas abriram uma quantidade enorme de cargos relacionados à segurança da informação, como analistas, engenheiros, administradores e diretores, cada um com suas responsabilidades essenciais.

Não à toa, o levantamento “Global Digital Trust Insights Survey 2022”, produzido pela PwC, registrou que 83% das empresas no Brasil estavam estimando aumentar os gastos cibernéticos no ano passado, em comparação com 69% no mundo. No entanto, esse cenário de investimentos não é feito só de flores e, por incrível que pareça, ainda existe um gap de profissionais qualificados no setor de tecnologia, que deve ser analisado de perto para que ninguém tire conclusões precipitadas.

De acordo com a pesquisa Cybersecurity Workforce Study 2022, feita pela (ISC)², a escassez desses especialistas cresceu 26% em 2022, com uma defasagem de 2,7 milhões de trabalhadores no mundo e mais de 400 mil no território brasileiro. Como explicar essa divergência?

De fato, a primeira impressão desses números é preocupante, porém a lacuna está muito mais relacionada a efeitos do mercado em si do que a falta de engajamento de mão de obra tech. Hoje a transformação digital é uma realidade que está na vida de todos, tanto indivíduos quanto corporações. Ou seja, com as novas formas de ataques cibernéticos surgindo em grande escala, naturalmente as empresas vão precisar de mais profissionais em suas instalações e que estejam preparados para lidar com as novas técnicas impostas pelos criminosos. Portanto, o movimento conjunto das marcas para contratarem - e valorizarem - equipes com essas pessoas precisa crescer simplesmente porque esse é o mundo em que vivemos atualmente. 

Mais do que isso, a sofisticação dos crimes cibernéticos exige que os times de defesa das organizações se antecipem aos atacantes. Só assim é possível reduzir danos e continuar crescendo no mercado. Nesse sentido, as lideranças devem pensar seriamente em olhar com atenção para o segmento de desenvolvimento e treinamento, que, com as mudanças tecnológicas que estão acontecendo a todo momento, tem produzido novas ideias e formatos para qualificarem especialistas de TI. Estamos falando de processos de aprendizagem que fornecem habilidades indispensáveis e urgentes, como a prevenção e a detecção de ameaças e a resposta a incidentes. 

Em outras palavras, é uma jornada para a formação do que podemos chamar de super-heróis da internet. Sem esses protetores e o aumento da valorização da cibersegurança, os vazamentos de dados terão efeitos muito mais devastadores do que aqueles mostrados quase todos os dias nos noticiários, pois a tendência é que as táticas usadas pelos criminosos se desenvolvam por si só. A corrida para diminuir esses prejuízos já começou e apenas equipes preparadas para lidar com a situação podem fazer com que toda a sociedade alcance a linha de chegada primeiro.

 

Alexandre Tibechrani - General Manager Americas da Ironhack, apaixonado por tecnologia, formou-se em engenharia elétrica pela Poli-USP e obteve um MBA em gestão de negócios pela FGV. com mais de 20 anos de experiência. Trabalhou boa parte da sua carreira em empresas multinacionais, mas foi em empresas startups que consolidou seu perfil orientado a resultados e crescimento.


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