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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Carnaval: saiba como evitar traumas e lesões

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A folia em excesso e sem cuidados acarreta danos nas articulações e nos músculos


O Carnaval, para muita gente, é uma verdadeira maratona, que reúne uma sequência de muita dança, caminhada atrás de trios elétricos, braços sempre em movimento e pulos, muitos pulos. Mas é preciso atenção, pois o folião pode comprometer as articulações ou provocar lesões não só nos membros inferiores quanto nos superiores.

Para a alegria não acabar em trauma, é bom seguir alguns cuidados. É o que alerta a terapeuta ocupacional Syomara Cristina, que tem que tem mais de 30 anos de experiência no tratamento e reabilitação de pacientes com lesões nos membros superiores, especialmente mãos e braços.

A primeira orientação é escolher roupas e calçados confortáveis, que garantam estabilidade e auxiliem na absorção de impacto. “Parece óbvio, mas muita gente esquece que essa dica é preciosa, pois o uso da indumentária adequada é o que vai evitar dores no dia seguinte”, afirma. Quem pretende aproveitar mais de um dia, por exemplo, deve abusar dos tênis e sapatilhas”, complementa. Além disso, sandálias de salto, por exemplo, podem levar ao desequilíbrio e provocar entorses.

Para quem tem restrição de locomoção ou usa cadeiras de rodas, sair de casa faz parte do processo terapêutico e auxilia na socialização, mas é preciso planejamento. “O ideal é se programar. Verificar o percurso a ser percorrido, por exemplo, é fundamental para avaliar a acessibilidade, pois muitas vezes o trajeto dos blocos envolve terrenos irregulares. Se a restrição impede transitar em meio à multidão, o ideal é escolher alternativas, como um local fechado que proporcione segurança. Bailes em clubes e ruas fechadas pelo poder público são exemplos de que é possível aproveitar o Carnaval”, orienta.

Para aqueles que são portadores de alguma doença ou estão no meio de um tratamento, a terapeuta deixa uma reflexão. “Gosto de lembrar que eles podem realizar o seu próprio Carnaval doméstico. Não é preciso necessariamente sair de casa para aproveitar”, diz.

Outra dica é sempre respeitar os próprios limites. “Se a pessoa exagera na farra, é ela mesma quem vai sofrer as consequências no dia seguinte, com dores e possíveis lesões articulares”, afirma a terapeuta, ao orientar que o folião faça períodos de repouso.

A terapeuta faz outro alerta. “Participar do Carnaval é algo que não faz parte do dia a dia da pessoa”, lembra. “É preciso preparo com o que vai acontecer, pois música alta, confetes e serpentinas podem incomodar, especialmente crianças”, diz. Segundo Syomara, o ideal é que os familiares fiquem atentos e se a situação ficar incômoda é hora de ir embora.

Por fim, Syomara Cristina reforça as orientações que devem compor o dia a dia, ao longo de todo o ano. “Não abuse de bebidas alcóolicas, descanse entre as saídas para as festas e bailes e não esqueça nunca de se hidratar”, avisa.

 

Syomara Cristina Szmidziuk - atua há 33 anos como terapeuta ocupacional e tem experiência no tratamento em reabilitação dos membros superiores em pacientes com lesões neuromotoras. Faz atendimentos com terapia infantil e juvenil, adultos e terceira idade. Desenvolve trabalhos com os métodos Bobath, Baby Course Reabilitação Neurocognitiva Perfetti, Reabilitação de Membro Superior-Terapia da Mão, Terapia Contenção Induzida (TCI) e Imagética Motora entre outros.

 

9 dicas para manter a imunidade alta no Carnaval

 Especialista explica que para manter a imunidade durante a folia é preciso caprichar na hidratação, dormir o máximo possível e evitar compartilhar objetos pessoais como latinhas e garrafas de bebidas

 

A época dos bloquinhos de Carnaval está chegando e os brasileiros começam a se preparar para a folia escolhendo uma fantasia divertida, marcando o encontro com os amigos e vibrando com os shows que assistirão. Só que para a diversão não acabar no hospital é importante redobrar os cuidados com a saúde para protegê-la nesse período. 

“Nessa época de excessos, com muita bebida alcoólica e trash food, além de confete e serpentina, é comum chegarmos “só o pó” na quarta-feira de cinzas e as gripes, dores de garganta, rinites e sinusites “atacam” muitas pessoas, pela baixa da imunidade”, explica Dra. Carla Falsete, otorrinolaringologista pela ABORL-CCF. 

Pensando nisso, a especialista separou nove dicas preciosas do que fazer durante o Carnaval para manter a imunidade alta e não ter dor de cabeça mais tarde!

 

1. Capriche na hidratação 

Na folia dos bloquinhos de Carnaval, a garrafa d’água perde o lugar para a lata de cerveja e outras bebidas alcóolicas. Mas, não é o ideal! A falta de água no organismo pode levar a problemas como fraqueza, tontura, dor de cabeça e cansaço. Por isso, a dica de ouro é intercalar a cervejinha com uma garrafa d’água ou ainda, se preferir, com uma água de coco geladinha.

 

2. Faça ao menos uma refeição com “comida de verdade” 

Caso a pessoa saiba que não vai conseguir se alimentar direito ao longo do dia, enquanto aproveita a folia, há uma saída para proteger sua imunidade. Dra. Carla recomenda que, nesse caso, se faça pelo menos uma refeição com “comida de verdade”, como frutas e verduras, no dia.

 

3. Não abandone sua rotina de atividades físicas! 

Em tempos de folia, é difícil pensar em malhar. No entanto, a otorrinolaringologista é firme: “Pode diminuir o ritmo das atividades físicas, mas não abandonar!”. Isso porque exercícios físicos fortalecem o sistema imune, uma vez que há o aumento das suas células quando o indivíduo pratica principalmente atividades de intensidade moderada.

 

4. Durma o máximo possível 

Além de acordar mais descansadoa no dia seguinte e, quem sabe, enfrentar mais um bloquinho, a pessoa que dorme bem tem mais imunidade. Isso acontece porque é ao deitar-se para descansar que o sistema imunológico é reorganizado e recupera-se de possíveis contágios. De acordo com a Dra. Carla, o ideal é dormir de sete a oito horas por dia!

 

5. Use protetor solar! 

Ainda que tomar sol seja importante para garantir mais saúde ao organismo - ele é necessário para a produção da vitamina D, por exemplo -, é preciso cuidado com os excessos. Assim, a otorrino alerta sobre a importância de usar protetor solar ao entrar em contato com o sol para que não haja queimaduras, uma vez que elas diminuem a imunidade.

 

6. Não esqueça o álcool em gel 

A pandemia da Covid-19 deixou um legado importante para a saúde: é por meio das mãos que levamos aos olhos, boca e nariz, que acabamos contaminados pelos mais diversos tipos de agentes infecciosos. Então, para evitar esse possível contágio no Carnaval, a Dra. Carla recomenda separar um tubo de álcool em gel e levá-lo na bolsa. “Assim, de tempos em tempos, na folia, higienize as mãos”, orienta a especialista.

 

7. Consuma bebidas alcoólicas com moderação 

A ingestão de bebidas alcoólicas durante o Carnaval precisa ser feita de maneira controlada. Isso porque o álcool, ao entrar no organismo, também atinge as células do sistema imune. Quando isso ocorre, a eficácia delas acaba ficando reduzida, o que diminui sua resposta de combate a vírus e bactérias. Portanto, consumir bebidas alcoólicas de forma desenfreada pode acabar resultando em resfriados, gripes, dor de garganta e outros problemas relacionados à falta de imunidade.

 

8. Evite compartilhar copos, talheres e garrafas 

Por mais que seja um hábito comum compartilhar copos e garrafas durante a folia do Carnaval, essa é uma desencorajada pela otorrino. Por meio da saliva, pode acabar acontecendo a transmissão de doenças infectocontagiosas. Portanto, para dividir itens pessoais, é preciso que eles sejam limpos com água e sabão ou desinfetados com álcool 70%.

 

9. Cuidado com as bocas que beija! 

Dra. Carla alerta: “o beijo é uma das formas de transmissão de diversas doenças virais como a mononucleose (a “doença do beijo”) e hepatite A, além de vírus respiratórios, como coronavírus e influenza”. Portanto, é preciso cuidado ao se relacionar durante o Carnaval!

  

Dra. Carla Falsete - otorrinolaringologista geral e pediátrica titulada pela ABORL-CCF.

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Fevereiro Roxo: como a tecnologia ajuda em campanhas de prevenção de doenças?

Muitas campanhas de saúde são instituídas anualmente a fim de conscientizar a população sobre a importância da realização de exames periódicos para, assim, aumentar as chances de tratamento graças ao diagnóstico precoce. Neste mês do fevereiro roxo – dedicado ao Alzheimer, Fibromialgia e Lúpus – contar com o apoio tecnológico na organização dessas ações é uma estratégia vital para aumentar sua assertividade. Principalmente, levando em consideração o forte risco que essas doenças podem causar no bem-estar físico e emocional daqueles acometidos.

Apesar de serem enfermidades bem diferentes entre si, todas apresentam como característica em comum o fato de serem patologias crônicas – demandando cuidados contínuos uma vez que não possuem cura. Dentre elas, dados divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que cerca de 100 mil novos casos de alguma forma de demência são diagnosticados por ano, o que eleva a importância de sua descoberta cedo para aumentar a eficácia do tratamento dos sintomas e garantir uma melhor qualidade de vida para o paciente.

Neste cenário, a tecnologia é uma aliada indispensável para garantir a assertividade dessas campanhas, auxiliando desde o entendimento aprofundado sobre o público-alvo, até a manutenção dessa ação a longo prazo. Sua maior premissa deve ser a proatividade, entrando em contato periodicamente com as pessoas para relembrá-las sobre a realização de determinados exames, consultas que devem retornar, assim como alertar sobre os sintomas destas doenças e onde podem procurar a devida ajuda.

Uma grande dica para iniciar o planejamento destas campanhas é firmar parcerias com clínicas, postos e hospitais públicos e privados que costumam tratar estes pacientes. Além de terem um maior controle e conhecimento sobre o tema, sua ampla base de dados dará informações relevantes sobre estes perfis, os processos usuais de tratamento e remédios mais utilizados. Assim, ao entrarem em contato, terão uma maior certeza em conduzir a conversa conforme cada situação e o procedimento recomendado pelos órgãos oficiais.

Porém, ao contrário de outras campanhas ao longo do ano, o fevereiro roxo requer uma maior delicadeza na mensagem transmitida. O apelo deve ser mais sensível e o mais humanizado possível, uma vez que abordará doenças que não apresentam cura. Por isso, é recomendado contar com o apoio de agentes de voz humanoides, que abordem esses pacientes em um tom mais amigável e leve, os orientando da melhor maneira possível conforme cada caso.

Essa inteligência artificial é a segunda base na organização das campanhas de saúde, uma vez que apenas conseguirá atingir seu propósito mediante uma sólida base de dados dos pacientes. Com essas informações, o agente de voz pode ser desenvolvido de forma personalizada e não invasivo conforme cada doença, levando em conta que cada uma apresenta suas próprias demandas e cuidados a serem seguidos. No caso do Alzheimer, como exemplo, essa ferramenta precisa ser programada para oferecer a opção de conversar com o responsável pela aquela pessoa.

A longo prazo, a mesma essência da proatividade precisa ser mantida, principalmente nestas doenças do fevereiro roxo - considerando que estes e muitos outros pacientes podem permanecer com problemas de saúde por muitos anos, e precisarão realizar exames rotineiramente como forma de controle de piora de seu estado. Os agentes de voz devem criar recorrência na comunicação, preferencialmente em uma constância mensal para relembrá-los sobre qualquer exame que precisem fazer.

Todas as campanhas de saúde precisam ser desenvolvidas com a maior participação colaborativa possível, contando com os profissionais da área de saúde responsáveis por lidar com esses pacientes e aqueles dedicados a programar a IA para entrar em contato com as pessoas, carregando as características acima. Com o apoio tecnológico, essas ações conseguirão atingir seu público com forte eficácia e, assim, contribuir para o aumento de diagnósticos precoces que auxiliem no tratamento e na qualidade de vida dessas pessoas.

 

Pedro Leonel - Customer Success Manager na Pontaltech, empresa especializada em comunicação omnichannel.

 

Carnaval: como curtir a folia sem prejudicar a saúde

Seconci-SP orienta sobre as medidas de prevenção e cuidado para evitar acidentes e o contágio de Infecções Sexualmente Transmissíveis e Covid

 

O Carnaval é uma das maiores festas populares do Brasil e sempre muito aguardado. Mas é importante tomar algumas medidas de prevenção para não colocar a saúde em risco, como alerta Fabiane Pastore, enfermeira do Seconci-SP (Serviço Social da Construção). “Temos de ter consciência de que diversão e proteção devem caminhar juntas em todos os momentos, principalmente nessa época do ano, quando as pessoas acabam cometendo excessos”.

Os principais riscos são o uso abusivo de bebidas alcoólicas, drogas e relações sexuais desprotegidas. “Com relação ao álcool, além de evitar o consumo exagerado, é importante alimentar-se bem e manter uma boa hidratação. As drogas ilícitas devem ser evitadas, pois podem ocasionar problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão. Sem contar que sob efeito de álcool e/ou drogas, a pessoa perde o nível de consciência, os reflexos ficam prejudicados e se ainda for imprudente e decidir dirigir algum veículo, as chances de provocar um acidente aumentam drasticamente, colocando em risco a própria vida e a de outras pessoas”, afirma Fabiane.

Já as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), como gonorreia, sífilis, clamídia, HPV, HIV e hepatites, são causadas por vírus e bactérias durante o contato sexual desprotegido, com alguém infectado. A melhor forma de evitá-las, assim como uma gravidez indesejada, é o uso de preservativo em todas as relações sexuais. A enfermeira destaca que, segundo o Ministério da Saúde, uma pessoa com IST aumenta em até 18 vezes a chance de ser infectada com o HIV/Aids, que ainda não tem cura.

“Apenas como referência, no Carnaval de 2020, o último antes da pandemia de Covid, o Ministério da Saúde distribuiu 128,5 milhões de preservativos. Porém cabe destacar que o acesso gratuito à camisinha masculina e feminina acontece ao longo de todo o ano. Basta ir a uma Unidade Básica de Saúde”, informa Fabiane.

Outro cuidado é com a transmissão da Covid-19. Embora os números estejam significativamente menores, tanto de casos, como de mortes, a pandemia ainda não acabou. “As recomendações principais, como manter distanciamento social e usar máscara, não combinam com Carnaval e certamente não serão seguidas. Porém é fundamental que seja mantido o esquema vacinal em dia e, sempre que possível, usar álcool gel. É perfeitamente viável curtir esses dias de folia com consciência e responsabilidade. Afinal, não devemos transformar a época mais animada do ano em tristeza”, finaliza a enfermeira.


Lúpus: especialista do São Camilo aponta causas e prevenção da doença

Condição é quatro vezes mais incidente em mulheres negras do que em mulheres brancas, segundo Ministério da Saúde

 

Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, existem cerca de 65 mil casos de lúpus no país, sendo a maioria em mulheres. Artistas como Selena Gomez e Lady Gaga são diagnosticadas com a doença autoimune, Gomez já precisou passar por um transplante de rim por conta da condição. Durante fevereiro, campanhas de conscientização, combate, prevenção e diagnóstico precoce destacam o lúpus, a leucemia, a fibromialgia e o mal de Alzheimer por serem quatro doenças crônicas que não têm cura. 

O Lúpus Eritematoso Sistêmico é uma doença inflamatória que pode atacar os tecidos dos órgãos e ocasiona dores musculares e artríticas, anemia, fadiga, febre, mal estar, além de erupções escamosas ou manchas vermelhas na pele. Por mais que as manchas e erupções na pele gerem um estigma estético, o lúpus não é uma doença contagiosa, ou seja, não pode ser transmitida de uma pessoa para outra.

A doença pode ser agravada pela exposição ao sol, que deve ser evitada com chapéus e óculos, por exemplo. Levi Jales Neto, reumatologista na Rede de Hospitais São Camilo destaca alguns fatores que podem ocasionar o lúpus. 

“Não existe uma causa específica para o lúpus, como a maioria das doenças autoimunes, estudos apontam que as causas estão relacionadas com fatores hormonais, infecciosos, ambientais e genéticos. Dentre eles, a exposição excessiva à luz solar, traumas emocionais  e infecções virais como o covid podem desencadear a doença”, explica ele.

De acordo com o Ministério da Saúde, o lúpus, além de ser mais comum em mulheres, prevalece mais comum em populações afro-americanas, hispânicas e asiáticas, sendo até quatro vezes mais incidente em mulheres negras do que em mulheres brancas. “A doença afeta mais pessoas entre 15 e 40 anos, mas pode ser diagnosticada em qualquer idade”, afirma o especialista.


Desmistificando o cuidado com o Lúpus

O tratamento para a condição autoimune é feito com antiinflamatórios,  corticóides e imunossupressores, sendo essencial consultar um reumatologista para diagnosticar e iniciar o tratamento correto para o lúpus. Além disso, Neto ressalta que não existe um exame específico para a doença, porque cada paciente a manifesta de forma diferente, no entanto, um exame físico ou um hemograma completo pode indicar sinais da doença.

Por mais que não haja uma causa específica para a condição, o reumatologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo lista algumas formas de prevenir o lúpus e outras condições, como:

  • Evitar a exposição excessiva ao sol sem proteção;
  • Prezar por uma alimentação balanceada;
  • Atividade física aeróbica regular;
  • Medidas de controle de fatores emocionais;
  • Estar atento a sintomas como manchas que podem aparecer na face, porque podem ser um sintoma do lúpus.

“Para o paciente diagnosticado, é preciso o acompanhamento frequente e a medicação em períodos de crise por se tratar de uma doença crônica, assim como em casos de mulheres que desejem engravidar, o ideal é optar pelo período de remissão das crises para isso. Com o acompanhamento correto, a pessoa portadora do lúpus pode alcançar uma boa qualidade de vida”, finaliza o reumatologista.

 

Rede de Hospitais São Camilo

 

Reposição hormonal: entenda os benefícios em relação à saúde da mulher

Com o passar dos anos o organismo feminino passa a dar sinais de envelhecimento e entre os principais sintomas estão ondas de calor (fogachos), suor excessivo, variações de humor, alterações do sono, entre outros. Todos esses aspectos estão associados à queda da produção hormonal e, naturalmente, a chegada da menopausa que ocorre, geralmente, entre os 45 e 55 anos.

A menopausa traz muitas dúvidas para as mulheres, sobretudo, em relação ao tratamento de reposição hormonal. É justamente neste período que algumas mulheres sofrem com alterações psicológicas, irritabilidade, insônia, depressão, ganho de peso e até perda de memória. “Na prática, a questão é indecifrável: existem mais de 100 hormônios no corpo que regem uma orquestra complexa feminina que precisa ser levada em consideração na hora de quebrar a cabeça nessa prescrição médica hormonal”, explica a Dra. Fabiane Berta, ginecologista, especialista em Ginecologia Endócrina.

É neste momento que os ovários, responsáveis pela produção de hormônios importantes tais como o estrogênio, progesterona e androgênios - conhecidos como esteroides sexuais - diminuem seu funcionamento até parar completamente. Neste caso, a reposição hormonal é a terapia indicada para restabelecer o equilíbrio desses hormônios no organismo e garantir a qualidade de vida da mulher.


Mas, afinal, quais são os benefícios da reposição hormonal?

Um dos principais benefícios da reposição hormonal é a diminuição dos sintomas relacionados à menopausa. Além disso, contribui para prevenção da osteoporose e possíveis males à saúde. Isso porque a ausência de hormônios afeta o metabolismo feminino podendo causar queda de cabelo, sobrepeso, principalmente, na região abdominal, enfraquecimento das unhas e ressecamento da pele. Também ajuda a melhorar o desejo sexual da mulher.

Atualmente, a Medicina dispõe de tratamentos eficazes para realização da reposição hormonal bioidêntica, ou seja, semelhantes aos hormônios originais. A reposição de hormônios deve ser indicada para as mulheres que apresentam sintomas desconfortáveis em decorrência da falta dessas substâncias no organismo.

Normalmente, a dose de hormônios é proporcional ao histórico de cada paciente e deve seguir rigorosamente as prescrições médicas.


O papel dos implantes hormonais

A terapia de reposição hormonal tem como propósito corrigir eventuais desequilíbrios do organismo proporcionando bem-estar ao paciente.

O tratamento com implantes hormonais é realizado por meio da implantação subcutânea de um segmento de tubos de silicone semipermeáveis. Esses tubos medem de 4 a 5 cm e comportam cerca de 40 a 50 mg de uma substância hormonal pura, que pode ser estradiol, testosterona bioidêntica ou progestínico.

Após a implantação, o hormônio é liberado gradativamente na corrente sanguínea, de maneira segura e com dosagem personalizada, por um período de seis meses a um ano, a partir de substâncias idênticas aos hormônios naturais.

Entre os benefícios desta terapia estão aumento da disposição física, melhora do humor, alívio da ansiedade e sintomas de depressão, aumento do desejo sexual, diminuição de gordura corporal, aumento de massa muscular, entre outros.

Não existe idade certa para repor nossos hormônios. Não tem necessidade aguardar chegar na estaca zero para começar a se cuidar com longevidade, mas certamente, todas as mulheres que repõe seus hormônios de forma bioidênticas são beneficiadas na proteção de doenças do envelhecimento feminino” afirma a Dra. Fabiane. 



Dra. Fabiane Berta - Médica há 10 anos, com especialização pela Santa Casa -SP em Ginecologia Endócrina. Pós -graduanda em Endocrinologia clínica, Longevidade saudável aplicada ao antienvelhecimento genético. Bioquímica e fisiologia hormonal metabólica, Neurociência e comportamento. Idealizadora do movimento #OCITOCINE-SE, que tem por objetivo compartilhar amor por meio da ciência, restaurando a saúde física e mental do ser humano. hormonal.
https://www.instagram.com/dra.fabianeberta/?hl=pt-br


Verão e seus efeitos no sono: veja o que fazer para dormir melhor

Especialistas do sono da Emma Colchões dão dicas de como conseguir dormir melhor na estação mais quente do ano


O verão, tão aguardado por muitos, é definitivamente a estação que mais tira o sono de muitas pessoas. Isso porque as altas temperaturas podem ser incômodas no momento de dormir. A psicóloga especializada em terapia cognitiva comportamental para insônia da Emma Colchões, Theresa Schnorbach, junto à equipe de especialistas do sono da companhia, separou algumas dicas práticas que farão você adormecer mais rápido e assim permanecer por mais tempo quando as temperaturas subirem. 

 

  • Conforto para indução do sono mesmo em altas temperaturas 

Investir em um bom colchão, travesseiro e até roupas de cama pode ser um fator chave para que o sono ocorra da maneira adequada e para que o corpo se adapte a uma rotina do sono saudável. A equipe de especialistas da Emma investe em pesquisa e desenvolvimento para oferecer soluções que melhorem a experiência das pessoas com o sono. 

Pensando nas altas temperaturas intrínsecas ao verão, o colchão Emma Hybrid Premium é uma opção bem interessante, já que conta com capa com tecnologia respirável, proporcionando noites mais frescas e sem suor. Além disso, as molas permitem maior circulação do ar dentro do colchão e a capa é hipoalergênica e lavável. 

Toda a gama de produtos oferecidos aqui no Brasil pode ser vista no site da companhia., sendo que todas visam proporcionar conforto aliado a um bom alinhamento da coluna, proporcionando um sono reparador. 

 

  • Encontre a cama certa 

Passamos cerca de um terço de nossas vidas dormindo, então o lugar onde fazemos isso deve ser da mais alta qualidade! 

Quando dormimos, nossos corpos e nossas camas formam um casulo de calor. Para atingir o estágio de sono profundo, esse calor precisa ser desviado. Nossa temperatura corporal cai 1,5ºC quando atingimos esse estágio, independentemente de preferirmos dormir em um ambiente quente ou fresco. No entanto, em noites de verão extremamente quentes, atingir esse estágio pode parecer impossível. É aí que a tecnologia de colchão de resfriamento pode ajudar. 

Na Emma Sleep Survey, pesquisa conduzida pela Emma com residentes alemães com idade entre 18 e 54 anos, 69% dos entrevistados estavam cientes de que o colchão desempenha um papel importante para uma boa temperatura de sono. O levantamento identificou que as características mais convincentes para se pagar mais por um colchão são: respirabilidade (56%) e ajuste às exigências de temperatura natural do corpo (56%). 

Dessa forma, dê preferência por colchões que utilizam tecnologia para ajudá-lo a atingir a temperatura corporal ideal para entrar no estágio de sono profundo – e sem suor. A Emma Colchões adaptou sua linha de produtos ao público brasileiro, com ofertas de colchões variadas, que atendem desde quem prefere camas mais firmes àqueles que gostam de colchões de molas, levando em consideração os climas locais e a respirabilidade dos produtos. 

 

  • Refresque seu quarto 

Manter as janelas e cortinas fechadas durante o dia é uma maneira eficaz de evitar que seu quarto esquente à medida que a luz do sol entra. Você ainda pode abrir as janelas de manhã e no início da noite, mas tente mantê-las fechadas durante a tarde, quando o sol está no seu ponto mais quente. Considere se deseja ou não implementar um dispositivo como um ar-condicionado ou um ventilador para resfriar o ambiente durante a noite. 

Os aparelhos de ar-condicionado modernos permitem regular o fluxo de ar e direcioná-lo para onde for melhor para você. Apesar disso, dormir com o ar-condicionado ligado também pode ter alguns impactos negativos no sono. Isso pode resultar na redução da umidade do ar, causar irritação nos olhos e nas vias aéreas, pele seca, nariz entupido, dor de garganta e diminuição da qualidade do ar ao longo do tempo. Os ventiladores são uma opção mais ecológica, pois apresentam menor consumo de energia do que os aparelhos de ar-condicionado. Usar um ventilador é uma maneira eficaz de se refrescar nas noites mais quentes, no entanto, o efeito de resfriamento é menos intenso do que o de um ar-condicionado. 

 

  • Tome um banho quente antes de dormir 

Tomar banho antes de dormir pode induzir um sono melhor, fazendo com que a temperatura do corpo caia. O calor faz com que os vasos sanguíneos em nossas mãos e pés se dilatem, permitindo que libertemos o excesso de calor do corpo e fiquemos frescos quando caímos no sono. 

Um estudo descobriu que o aquecimento corporal passivo à base de água (chuveiro ou banheira) de 40 a 42,5ºC estava associado a uma melhor autoavaliação de sono. Este foi o caso dos entrevistados que planejaram seu banho, fosse em chuveiro ou banheira, entre uma e duas horas antes de dormir. 

 

  • Resfrie seus pontos de pulsação 

Existem alguns pontos específicos no corpo que, quando mantidos frios, reduzem a temperatura corporal geral. Esses são chamados de pontos de pulsação e se encontram nos pulsos, nas têmporas e entre as pernas. Se você estiver sofrendo com o calor sufocante uma noite, tente jogar um pouco de água nesses pontos de pulsação para alívio imediato do resfriamento. 

Nunca devemos subestimar a importância de uma boa noite de sono para nossa saúde e bem-estar geral, e é por isso que incorporar estratégias acionáveis, como as mencionadas neste artigo, e produtos para dormir em nossas vidas são ótimas maneiras de dormir mais rápido e continuar dormindo mais tempo em temperaturas mais quentes, aumentando a qualidade do sono.  


Emma - The Sleep Company
team.emma-sleep.com/press

 

ATENÇÃO A SINTOMAS E CONSULTAS REGULARES AO PEDIATRA AJUDAM A PREVENIR O CÂNCER INFANTIL

O Dia Internacional do Câncer na Infância é lembrado no próximo 15 de fevereiro 

  

O Dia Internacional do Câncer na Infância foi criado em 2002 pela Childhood Cancer International (CCI), da Organização Mundial da Saúde (OMS), como uma campanha global para conscientizar a sociedade sobre o câncer infantil, além de expressar o apoio às crianças e adolescentes acometidos pela doença, aos sobreviventes e suas famílias. Segundo a OMS, a cada três minutos uma criança morre de câncer. Por ano, são mais de 300 mil pacientes com idades entre 0 e 19 anos diagnosticados em todo o mundo.   

Para a oncologista pediatra da Unidade Morumbi  e Liberdade do Hospital Leforte, da Rede Dasa, Dra. Carmen Laura Sejas Soliz, no geral, a leucemia é o tipo de câncer mais comum nas crianças e adolescentes, de zero até os 19 anos de idade. A doença atinge as células brancas do sangue (leucócitos) e tem início na medula óssea e pode atingir rapidamente outros órgãos, como gânglios linfáticos, baço, fígado e sistema nervoso central.   

“A leucemia aguda pode causar dor nos ossos e articulações, fadiga, palidez, dor óssea, dor de cabeça, fraqueza, sangramento, febre, perda de peso, aumento do tamanho dos linfonodos, infecção de repetição, entre outros sintomas. E pode progredir rapidamente. Por isso, precisa ser tratada assim que é feito o diagnóstico. As crianças que recebem um diagnóstico de câncer, em geral, têm muitas combinações diferentes de sintomas ao mesmo tempo”, ressalta a médica do Hospital Leforte.   

Desde o nascimento, o acompanhamento por parte de um pediatra é essencial para garantir um crescimento mais saudável e tratamento desde os primeiros sinais para qualquer doença. A Dra. Carmen explica que “exames regulares com o pediatra ajudam a criança a se manter saudável. Eles também ajudam a garantir que todos os sintomas suspeitos de câncer infantil sejam avaliados e tratados prontamente”.    

O hemograma é considerado o exame inicial e simples, frente a suspeita de Leucemia. O resultado apresenta alterações na contagem de plaquetas e valores dos glóbulos brancos e vermelhos. “É importante que os pais não hesitem em conversar com seu pediatra sobre quaisquer sintomas que seu filho tenha, que continuem ou piorem. Em caso de suspeita de doença oncológica, o médico encaminhará o paciente para o oncologista pediátrico para confirmação do diagnóstico e iniciar o tratamento”, completa a médica.   

As causas da maioria dos cânceres em crianças e adolescentes são desconhecidas. Essas doenças também não são consideradas evitáveis ou contagiosas. Mas há algumas mutações genéticas que permitem monitoramento de perto. Cerca de 6% a 8% são geralmente causados por uma variante patogênica herdada em um gene de predisposição, embora a porcentagem varie de acordo com o tipo de tumor. Por exemplo, cerca de 45% das crianças com retinoblastoma, um câncer ocular que ocorre principalmente em crianças, herdou uma variante patogênica em um gene chamado RB1 do pai ou da mãe.    

É fundamental contar com um diagnóstico correto para poder prescrever um tratamento adequado para o tipo de câncer e seu grau de extensão. Os tratamentos habituais são a quimioterapia, a imunoterapia, e/ou a radioterapia.   

Se para os adultos é difícil compreender e seguir as orientações médicas para o tratamento do câncer, para as crianças esse desafio é ainda maior e envolve maior dedicação por parte da equipe médica, da família e da criança. O seguimento rigoroso do tratamento é muito importante para que sejam obtidos bons resultados. A Dra. Carmen explica que família e paciente passam por processo de adaptação, quando certos cuidados são necessários, já que estes pacientes são imunodeprimidos.   

“O recomentado é que o contato físico e as visitas sejam restringidos, principalmente de pessoas com algum problema de saúde. Também é necessário cuidado com os alimentos, principalmente os crus, além de ser importante a lavagem frequente das mãos. Os familiares são orientados sobre os sinais de alarme nestes pacientes, principalmente frente ao quadro infeccioso”, ressalta.   

A parte nutricional também é muito importante. Porém, é esperado que o apetite do paciente se reduza durante alguns momentos do tratamento, especialmente durante as internações e quimioterapias. “Durante as internações, se o apetite da criança estiver muito ruim, pedimos para conversar com a nutricionista para que ela consiga adequar ao máximo o cardápio que virá para a criança dentro das preferências dela”, completa.   

O Centro de Tratamento de Pediatria do Hospital Leforte, nas unidades Liberdade e Morumbi, dispõe de estrutura completa para atendimento a crianças e adolescentes, desde pronto-socorro até o acompanhamento de casos complexos, como doenças cardíacas, distúrbios neurológicos e problemas respiratórios. A rede conta com centro cirúrgico, tecnologias de alto desempenho para exames e corpo clínico dedicado às subespecialidades dentro da pediatria. 

 

Dia de Combate ao Alcoolismo: 7 razões para a mulher evitar o álcool

Até 2030, o número de mulheres dependentes do álcool deverá ser igual ao dos homens

 

O Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo, datado no dia 18 de fevereiro, ressalta os perigos do consumo nocivo de bebidas alcoólicas. Geralmente associada aos homens, a doença passou a ser motivo de alerta para as mulheres. 

O último levantamento do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas (Vigitel), plataforma do Ministério da Saúde, mostra que, de 2010 a 2018, o índice de mulheres de 18 a 24 anos que bebem além do recomendado cresceu de 14,9% para 18%. Já na Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense), as adolescentes que consomem álcool subiram de 55% para 67,4% no período de 7 anos. Na faixa etária dos 35 aos 44 anos, esse índice passou de 10,9% para 14%. 

Antes deste período, segundo o IBGE, os homens faziam uso abusivo do álcool sete vezes mais do que as mulheres. Atualmente, a prevalência entre os sexos é cada vez mais semelhante. Entre as que bebem, uma em cada quatro mulheres fazem consumo excessivo de bebidas alcoólicas, sendo que 2% desenvolve algum grau de dependência. De acordo com o Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas (Obid), até 2030, o número de mulheres dependentes do álcool deverá ser igual ao dos homens. 

Diante deste cenário, especialistas elencaram 7 razões para a mulher evitar o consumo desenfreado da bebida alcoólica:

 

Maior sensibilidade aos efeitos do álcool

Segundo Claudia Chang, pós-doutora em endocrinologia e metabologia pela USP, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e coordenadora e professora da pós-graduação em Endocrinologia do Instituto Superior de Medicina (ISMD); um dos grandes problemas é o metabolismo do álcool. 

“Biologicamente, as mulheres são mais sensíveis aos efeitos do álcool, pois apresentam menor concentração de enzimas que fazem a metabolização do álcool, têm maior proporção de gordura corporal e menor quantidade de água. Sendo assim, o organismo atrasa a absorção do álcool pelas células, fazendo com que ele permaneça por mais tempo na corrente sanguínea (a chamada biodisponibilidade do álcool). Consequentemente, os órgãos ficam mais tempo expostos aos seus efeitos nocivos”.

 

Diminuição da fertilidade

Segundo estudo multicêntrico divulgado pelo National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism (NIAAA), no período ovulatório, o consumo alto de álcool está associado a menores taxas de concepção. Normalmente, a chance de engravidar espontaneamente em um ciclo é de 25%. Caso a mulher consuma álcool moderadamente, essa chance cai para 20% e, se alto, a redução é quase pela metade, chegando a 11%. 

“O álcool pode afetar a concentração de hormônios endógenos, prejudicando a ovulação e a receptividade do endométrio, o que diminui as chances de fixação do embrião e, portanto, da gravidez”, afirma Carlos Moraes, ginecologista e obstetra pela Santa Casa/SP, membro da FEBRASGO e especialista em Perinatologia pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein, e em Infertilidade e Ultrassom em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO.

 

Câncer de mama

Segundo a Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer (IARC), o risco de desenvolver o câncer de mama aumenta de 7% a 10% a cada dose de álcool consumida diariamente – uma dose padrão de álcool equivale a 14g de álcool puro, o que corresponde a 350 ml (uma lata) de cerveja, 150 ml (uma taça) de vinho ou 45 ml (shot) de destilado.

 

Doenças cardiovasculares

De acordo com o NIAAA, tomar dois ou três drinques por dia aumenta o risco de hipertensão arterial e 40% a probabilidade de derrame cerebral hemorrágico, além de duplicar o risco de hipertensão arterial. 

“Embora alguns estudos demonstrem potenciais benefícios cardiovasculares relacionados ao uso moderado do vinho tinto, é importante ressaltar que, para mulheres que bebem em excesso, os prejuízos se sobressaem aos benefícios. O consumo regular pode contribuir para quadros de obesidade e suas consequências metabólicas”, alerta Claudia Chang.

 

Doenças do fígado

O fígado é um dos principais órgãos afetados, uma vez que ele armazena o glicogênio (a nossa reserva de glicose, que oferece energia aos animais, inclusive o humano) e o libera aos poucos para a corrente sanguínea. No estudo do NIAAA, foi constatado que as mulheres têm mais risco de desenvolver doenças hepáticas do que os homens. No caso da cirrose, o risco é três vezes maior.

 

Comprometimento cognitivo

Pelo fato de atuar no sistema nervoso central, é comum o álcool afetar a capacidade cognitiva. Entre as drogas psicoativas ou psicotrópicas, ele é classificado como um depressor. 

“Ao longo do tempo, o abuso do álcool pode causar cansaço físico e dificuldade de raciocínio. Confusão mental e até alucinações podem ocorrer em casos mais graves”, pontua Monica Machado, psicóloga, fundadora da Clínica Ame.C e pós-graduada em Psicanálise e Saúde Mental pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein.

 

Prejuízos à saúde mental

Segundo pesquisas do Programa Saúde Mental da Mulher (ProMulher), do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, um dos principais perfis de mulher que abusa do álcool são aquelas em fase de transição do período reprodutivo para o não-reprodutivo (climatério). “Elas costumam beber isoladamente e com frequência, como forma de enfrentamento das alterações hormonais, psicológicas e comportamentais”, explica o ginecologista Carlos Moraes. 

Segundo Monica Machado, ainda que lícita, o álcool não deixa de ser uma droga. “Quando a mulher bebe, se sente relaxada, já que sua percepção diminui. No entanto, o consumo regular reduz os níveis de serotonina no cérebro, um dos neurotransmissores responsáveis pela sensação de prazer e bem-estar. Sendo assim, o álcool agrava transtornos mentais, gerando um ciclo perigoso”. 

De fato: 30% a 40% das mulheres com depressão usam o álcool como válvula de escape; e 15% a 20% das mulheres com bulimia e anorexia fazem uso abusivo do álcool. Além disso, a bebida aumenta quatro vezes o pensamento suicida em mulheres com transtornos.

 

Tratamento e acolhimento

Parar de beber é a única forma de se livrar do alcoolismo, algo que não é fácil e pode até exigir internação. “A falta de bebida alcoólica pode causar a síndrome de abstinência, quando a concentração de álcool no sangue diminui e costuma gerar irritabilidade, ansiedade, taquicardia e suor em excesso. Em casos extremos, pode provocar convulsões e até levar a óbito”, diz Claudia Chang. 

Daí a importância de buscar ajuda especializada. “O apoio de amigos e familiares é fundamental para a recuperação do alcoolismo, mas não é todo mundo que consegue ter estrutura emocional para lidar com a situação. Alguns vínculos afetivos, inclusive, podem se romper ou ficarem abalados em face deste problema”, avalia a psicóloga.

Para a mulher, uma das opções é buscar apoio na Associação Alcoolismo Feminino (AAF), uma organização formada por grupos terapêuticos que tratam as principais especificidades do alcoolismo entre mulheres.


 

Confira os 6 principais conselhos para uma coluna saudável em 2023

Médico elenca atitudes essenciais e que devem ser empregadas para que este seja um ano sem dor

 

Após três anos desde que a Organização Mundial de Saúde decretou uma pandemia, muitas pessoas foram obrigadas a mudar suas rotinas de trabalho, estudos e lazer, adiando consultas e evitando hospitais. Mesmo agora, onde vivemos uma situação de mais normalidade, o estresse natural que a situação provocou, somado a postura incorreta, falta de atividade física, problemas genéticos ou outros motivos, a dor na região das costas continua sendo bastante comum na população em geral.

Para o Dr. André Evaristo Marcondes, ortopedista e especialista em coluna do Núcleo de Medicina Avançada do Hospital Sírio-Libanês: “Há um conjunto de fatores que levam as pessoas a buscarem um diagnóstico de suas dores nos consultórios: ergonomia incorreta para adaptação do trabalho em casa, estresse, falta de alongamento, falta de atividade física e excesso de tempo gasto em aparelhos eletrônicos", observa.

Segundo o médico, o início de mais um ano deve servir como incentivo para que as pessoas busquem ajuda médica. Para que 2023 comece mais leve e sem dor, é importante mudar hábitos desde já. "Durante o fim de ano, muitos pacientes adiam suas visitas médicas usando como desculpa o recesso do período. Agora, vale reforçar que 2023 já começou e que a busca por uma coluna saudável deve ser uma prioridade este ano", comenta o cirurgião.

A seguir, o Dr. André Evaristo oferece seis conselhos para que a sua coluna vertebral não seja um problema. Confira abaixo:


Acompanhamento médico: o diagnóstico precoce de uma eventual patologia na coluna pode fazer toda a diferença no seu tratamento. Procure ajuda especializada se tiver muito incômodo na região durante alguns dias.


Atividade física para fortalecimento muscular: além de benefícios para todo  corpo, a realização de exercícios ajuda a fortalecer os músculos do abdômen e costas, importantes para amparar a coluna em sua atividade de suportar o peso de toda nossa estrutura corporal.


Cuide de suas emoções e autoestima: muitas vezes, o profissional de coluna, ao avaliar um paciente, pode indicar um tratamento multidisciplinar com psicólogos ou psicanalistas, para abranger a autoestima da pessoa, pois a doença também pode desencadear muita tristeza, entre outros fatores emocionais.


Procure se alimentar de forma saudável: a alimentação interfere na saúde da coluna, visto que um corpo bem hidratado e com todos os nutrientes de que precisa reflete em uma coluna mais forte, capaz de sustentar a pessoa nas atividades desempenhadas durante o dia a dia.


Corrija sua postura: sem dúvida esta é a dica mais simples e fácil de se aplicar. Evite sentar-se sem apoio nas costas, ficar muito tempo com a cabeça baixa, abaixar somente o dorso para pegar objetos pesados no chão, sem flexão das pernas.


Ergonomia na hora do trabalho: aqueles que trabalham em escritório ou home office, as dicas são: o monitor do computador deve ficar na altura dos olhos, pés devem tocar totalmente o chão, cadeira com altura que deixe os cotovelos em um ângulo de 90º com a mesa (colar a base da coluna no encosto), ao sentar, os joelhos devem ficar a 90º do chão, a cada 50 minutos trabalhados, fazer 10 minutos de descanso, utilizar headphone caso tenha que ficar com as mãos livres durante uma call.

Vale lembrar que a dor nas costas nem sempre é tratada com procedimentos cirúrgicos, é necessário a realização de uma consulta, fazer a avaliação do caso e dar andamento ao tratamento de acordo com a necessidade que cada um apresentar.  "Por fim, deixo uma dica extra: ao usar o celular evite curvar-se muito. Procure mantê-lo na direção dos olhos, pois isso diminui a angulação e o peso do pescoço na coluna cervical. Com as dicas acima tenho certeza de que sua coluna estará em débito com você em 2023", finaliza o Dr. André Evaristo.

 

Dr. André Evaristo Marcondes – Ortopedista Especializado em Coluna – Mestre em Saúde Pública Global pela University of Limerick (Irlanda), possui especialização em Cirurgia de Coluna, em Ortopedia e Traumatologia, e graduação em Medicina pela Universidade de Marília. Preceptor do Grupo de Coluna do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina do ABC. É membro da North American Spine Society (NASS), Sociedade Brasileira de Coluna (SBC) e Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Fez residência médica em Ortopedia e Traumatologia no Hospital do Servidor Público Municipal (SP) e, atualmente, atende no Núcleo de Medicina Avançada do Hospital Sírio-Libanês, AACD e Grupo C.O.T.C. Centro de Ortopedia, Traumatologia e Coluna. Instagram: @dr.andrecoluna | dicasdrcoluna.com.br

 


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