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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

Crianças aprendem sobre Economia Circular do Plástico no Museu Catavento

O Museu Catavento inaugurou, no dia 15 de dezembro, o espaço Economia Circular do Plástico promovido pelo Movimento Plástico Transforma, iniciativa criada pelo Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico (PICPlast).

 

Localizado no segundo andar do Museu, a atividade integra as exposições de longa duração e reúne desde informações sobre a criação dos plásticos, seus diversos tipos, como eles são aplicados no dia a dia da sociedade, além de jogos e projeções sobre consumo e descarte conscientes, reciclagem e a importância da gestão correta dos resíduos para a evolução da economia circular.

 

Confira algumas das atrações do espaço: 

1 - Holograma: uma cientista apresenta o conceito do plástico, como o material surgiu, qual a principal matéria-prima do plástico, além de exemplificar algumas aplicações do material. 

2 - História dos plásticos: é a história propriamente dita. O espaço conta como começaram os plásticos, seu desenvolvimento e os polímeros que foram sendo desenvolvidos ao longo dos anos.

 3 - Como o plástico foi evoluindo ao longo dos anos:

·         Ele surge a partir da borracha e, principalmente no século passado, teve vários avanços quanto ao emprego do material, se popularizando.

·         Uma curiosidade é a descoberta do baquelite, em 1909. Era necessário um plástico que substituísse os chifres dos elefantes, que eram utilizados para a fabricação, por exemplo, de bolas de bilhar.

·         Da baquelite teve o desenvolvimento de outros plásticos mais modernos, que são o polietileno, o PVC, e o polipropileno. 


4 - Tipos de produtos antes em outros materiais e agora no plástico – aplicações na medicina e na indústria química. Marmita em metal X marmita em plástico. Cordas de sisal X cordas em plástico. Próteses de madeira X próteses em plástico. Próteses dentárias de plástico X metal. Retrovisor de carro antes em metal e agora em plástico.

 

 

5 - Tipos de plástico do dia a dia – os triângulos são de uma norma ABNT - norma internacional em que são usados os mesmos números para os mesmos materiais plásticos em qualquer lugar do mundo.

·         Número 1: PET. Ex: garrafas

·         Número 2: polietileno de alta densidade. Ex: containers.

·         Número 3: PVC. Ex: mangueiras.

·         Número 4: polietileno de baixa densidade. Ex: sacarias em geral.

·         Número 5: polipropileno. Ex: máscara e seringas descartáveis.

·         Número 6: poliestileno. Ex: geladeiras.

·         Número 7: todos os outros tipos de materiais plásticos como o ABS usado na indústria automobilística. Policarbonato, usado em lentes para óculos e coberturas de estádio. Poliuretano, usado em esponjas e espumas em geral.

 

6 - Economia circular X economia linear.

·         O espaço mostra como é a economia praticada nos dias de hoje.

·         Na economia linear, começa pela extração de recursos naturais, passa pela fabricação de produtos, vai para o descarte e então os resíduos. A economia linear para nos resíduos e não os reaproveita.

·         Já na economia circular, os recursos são extraídos e permanecem o máximo de tempo possível dentro de um ciclo.

·         A economia circular extrai os recursos naturais, fabrica a matéria-prima, fabrica os produtos, consome os produtos e, então, esses produtos podem ser reutilizados, reparados, antes de chegar na solução da reciclagem. Essa é uma tendência mundial: trabalhar os produtos em uma lógica circular.

 

7 - Parede instagramável: cantinho para tirar fotos no celular. A frase “Recicle suas Ideias” foi feita com tampinhas de garrafa de refrigerante. Aqui as pessoas podem tirar foto e postar nas redes sociais.

 

 

8 - Ciclo do consumo e descarte consciente. A importância do descarte consciente, da logística reversa, ciclo da distribuição, consumo, ou seja, mostrar qual é a lógica da economia circular.

 

9 – Jogo:

·         Testa as habilidades das crianças para ver se elas entendem quais são os produtos plásticos.

·         Pela esteira de reciclagem passam produtos em vários materiais, e a pessoa precisa identificar o que é plástico.

·         Os objetos plásticos vão caindo e o jogo mostra no que eles vão se transformando, além de deixar claro como é o ciclo produtivo.


10 – Maquete: cidade onde tem a indústria que fabrica a embalagem. Essa embalagem vai para o supermercado. O consumidor sai de casa, compra o produto, volta para casa, usa esse produto, descarta na lixeira adequada. Depois, a empresa de coleta seletiva leva até a central de triagem e de lá, o que é plástico vai para a recicladora. O plástico é transformado em um outro produto e o ciclo se repete.

 


 

Sobre o Movimento Plástico Transforma  

Criado em 2016, o Movimento Plástico Transforma tem como objetivo promover conteúdo e ações educativas que demonstram que o plástico, aliado à tecnologia, à criatividade e à responsabilidade, traz inúmeras possibilidades para os mais diferentes segmentos. Além do site, em que é possível encontrar conceitos importantes sobre aplicações, reutilização, descarte correto e reciclagem do plástico, o Movimento é responsável por diversas ações voltadas à sociedade que juntas já impactaram milhares pessoas. A iniciativa é uma ação do PICPlast - Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico fruto da parceria entre a ABIPLAST e a Braskem. Para mais informações acesse as redes sociais: Facebook, Instagram, LinkedIn e YouTube. 

 

Serviço:
Espaço Economia Circular do Plástico – Museu Catavento
Endereço: Av. Mercúrio, s/n - Parque Dom Pedro II, São Paulo
Horário de funcionamento: De terça a domingo, das 9h às 16h
Preço: R$ 15 (inteira) ou R$ 7,50 (meia-entrada). Às terças-feiras, o ingresso é gratuito.
Tour 360º: https://tour360.meupasseiovirtual.com/051158/186662/tourvirtual/

 

Continental Shopping realiza campanha de doação de sangue

Ação acontece nos dias 6 e 7 de fevereiro

 

Segundo dados da Fundação Pró-Sangue, a quantidade de bolsas de sangue nos hemocentros paulistas está em baixa neste mês de janeiro, cerca de 50% a abaixo do ideal, especialmente dos tipos O-, O+ e A-.

Pensando nesse cenário preocupante, o Continental Shopping, em parceria com o projeto Amorsedoa, a H.Hemo, o Clube Rotary e o restaurante Rock & Ribs, promove uma ação de Doação de Sangue gratuita nos dias 6 e 7 de fevereiro, das 9h às 15h, no segundo piso do empreendimento em frente ao elevador panorâmico.

Para participar, é preciso se inscrever antecipadamente on-line:  https://www.sympla.com.br/evento/doacao-de-sangue-no-continental-shopping-dia-06-02/1835831 para o dia 6, ou https://www.sympla.com.br/evento/doacao-de-sangue-no-continental-shopping-dia-07-02/1835836 para o dia 7.

Vale ressaltar que é necessário ser maior de 18 anos ou apresentar autorização de um responsável, além de seguir as seguintes determinações:

  • Portar documento oficial de identidade com foto;
  • Preferencialmente beber bastante água antes da doação e se alimentar bem, evitando apenas alimentos gordurosos nas três horas que antecedem a doação;
  • Pesar acima de 53 kg;
  • Estar descansado;
  • Aguardar 12 meses após a realização de tatuagem;
  • Aguardar 48h após a vacina Coronavac e 7 dias após as demais.

 

 

Serviço

Doação de Sangue Continental Shopping

Quando: 6 e 7 de fevereiro

Onde: 2º piso do Continental Shopping

Horário: das 9h às 15h
Para participar:

- Se inscrever nos links: https://www.sympla.com.br/evento/doacao-de-sangue-no-continental-shopping-dia-06-02/1835831 (dia 6) e https://www.sympla.com.br/evento/doacao-de-sangue-no-continental-shopping-dia-07-02/1835836 (dia 7)

- Ter mais de 18 anos

- Portar documento com foto

- Seguir as recomendações

 

Continental Shopping

Endereço: Avenida Leão Machado, 100 – Jaguaré – São Paulo – SP

Mais informações: (11) 4040-4981 / (11) 97622-7365.

www.continentalshopping.com.br

Instagram e Facebook: Continental Shopping

 

Parque Villa-Lobos terá evento gratuito para conscientização sobre o câncer de pele

Ação será realizada no Dia Mundial de Combate ao Câncer (04/02) e contará com profissionais de saúde para esclarecer dúvidas e orientar a população sobre prevenção e tratamento da doença.

 

Como parte da campanha #PrevinaOCâncerDePele, a Sanofi, em parceria com as associações de pacientes Oncoguia e Instituto Vencer o Câncer (IVOC), realizará no dia 4 de fevereiro, Dia Mundial de Combate ao Câncer, a partir das 9h no parque Villa-Lobos, uma ação de conscientização sobre o câncer de pele não melanoma, tipo de tumor que encabeça o ranking de cânceres mais frequentes no Brasil, representando 31,3% de todos os tumores malignos diagnosticados, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), do Ministério da Saúde1.

A doença, que se caracteriza pelo crescimento anormal e descontrolado das células da pele3, apresenta bons prognósticos e chances de cura2 quando descoberta na fase inicial. Os tipos mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares e o principal fator de risco é a exposição contínua ao sol e aos raios UV, sobretudo no período entre 10h e 16h2. Destaca-se, ainda, que pessoas com histórico familiar ou pessoal de câncer têm maior risco de desenvolver a doença2.
 

Durante o evento, os participantes poderão entrar em uma cabine e descobrir quais partes do corpo ficam mais expostas aos raios solares e, consequentemente, necessitam de mais cuidado e atenção, além de contarem com a presença de especialistas que estarão à disposição para esclarecer dúvidas em relação à doença e orientar sobre a prevenção.
 

Dr. Bernardo Soares

Diretor Médico da Sanofi Specialty Care no Brasil

“A realização desse evento é importante para conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce de câncer de pele, do acompanhamento médico e da análise de pintas que apresentem um aspecto diferente. Uma vez que a radiação solar tem efeito cumulativo na pele, a prevenção deve ser uma preocupação desde o início da vida. Os cuidados essenciais envolvem o uso de filtro solar com fator de proteção a partir de 30 FPS e de roupas e acessórios com filtro UV que cubram as partes do corpo expostas ao sol.”

 

Sanofi  

 

Serviço

Data: 4 de fevereiro de 2023
Horário: das 9h às 16h
Local: Parque Villa Lobos - Av. Prof. Fonseca Rodrigues, 2001 - Alto de Pinheiros, São Paulo - SP.
Evento Gratuito

 


1. Inca. INCA estima 704 mil casos de câncer por ano no Brasil até 2025. Disponível em: Link. 
2. Câncer de pele: saiba como prevenir, diagnosticar e tratar. Inca. Disponível em: Link.
3. Câncer da pele. Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Disponível em: Link.

 

Sul e Sudeste concentram 70% dos diagnósticos de câncer

INCA projeta mais de 700 mil novos casos por ano no Brasil e professor de nutrição do UniCuritiba fala sobre a influência da alimentação no surgimento da doença


A incidência de novos casos de câncer é crescente no Brasil e cerca de 70% deles estão concentrados no Sul e Sudeste. Segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA), 704 mil registros da doença devem ser feitos anualmente no triênio 2023-2025. Ou seja, mais de 2,1 milhões de brasileiros serão diagnosticados com algum tipo de câncer em três anos. 

O câncer de pele não melanoma é o líder do ranking, com 31,3% de incidência. Na sequência estão o câncer de mama, próstata, cólon, reto, pulmão e estômago. Se considerado apenas o universo masculino, os tumores de próstata, cólon e reto somam cerca de 40% dos casos. Em mulheres, o câncer de mama lidera com 30,1%, seguido de cólon e reto (9,7%) e colo do útero (7%). 

Segundo o INCA, ainda que o câncer não tenha causa única, oito em cada dez casos são desencadeados por fatores externos: estilo de vida, hábitos, comportamentos e mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio homem. Apenas 20% estão relacionados a questões internas (hormônios, mutações genéticas e condições imunológicas).

 

Estilo de vida e alimentação

As projeções do INCA reforçam a importância do Dia Mundial do Câncer (4 de fevereiro) para alertar sobre a adoção de hábitos de vida saudáveis como forma de prevenir a doença. De acordo com o nutricionista Jhonathan Andrade, a alimentação é, sim, responsável pela prevenção ou aceleração de alguns tipos de câncer e já existem inúmeros estudos comprovando essa relação. 

“Mesmo sabendo que o câncer é multifatorial, os hábitos alimentares podem influenciar no surgimento da doença ou piorar o estado nutricional de pacientes que estão em tratamento”, diz o professor do curso de Nutrição do UniCuritiba - instituição que faz parte da Ânima Educação, uma das maiores organizações de ensino superior do país. 

O grande vilão, explica o especialista, são os excessos. “Alimentos ricos em gordura, açúcar, ultraprocessados, enlatados e embutidos devem ser evitados, assim como o álcool, o tabagismo, o sedentarismo e a obesidade.” 

Segundo Jhonathan, outros fatores têm relação com alguns tipos específicos de câncer. O consumo de bebidas e alimentos muito quentes, por exemplo, podem contribuir para o surgimento do câncer de esôfago, assim como a falta de fibras de frutas e verduras aumenta a predisposição ao câncer colorretal.

 

O segredo é um só: equilíbrio

A prevenção está no equilíbrio e em uma dieta calculada para as necessidades nutricionais de cada indivíduo. 

“Frutas e verduras são preventivas. O licopeno, presente em alimentos vermelhos como tomate, melancia e goiaba, e os amarelos e alaranjados ricos em vitamina A como mamão, cenoura e laranjas, essas ricas também em vitamina C, incluindo acerola, caju e limão, possuem um efeito protetivo para o organismo. O mesmo vale para as folhas escuras e a beterraba, excelentes fontes de antioxidantes”, ensina o nutricionista. 

Outro ponto de atenção é a ingestão de água. “A hidratação é um fator importante para a manutenção da saúde e, naturalmente, para a prevenção de doenças como o câncer”, lembra o professor do UniCuritiba. 

A receita para manter a saúde é simples: consumir alimentos de origem vegetal, como frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e leguminosas, reduzir os produtos ultraprocessados e o açúcar, respeitar a cultura alimentar local e incluir alimentos regionais no cardápio. Neste caso, vale a velha máxima de “descascar mais e desembalar menos”.

Para completar, finaliza Jhonatan, é necessário praticar atividade física regular, manter o peso adequado, evitar álcool e cigarros.

 

 UniCuritiba


Biópsia tardia agrava o tratamento do câncer de mama, alerta Sociedade Brasileira de Mastologia

Na data que marca o Dia Nacional do Mastologista e da Mamografia, especialista da SBM destaca urgência na realização de exames e direcionamento de políticas públicas 

 

No Dia Nacional do Mastologista e da Mamografia, instituído em 5 de fevereiro, especialista alerta para a urgência na otimização de tempo e recursos para o tratamento de câncer de mama no Brasil por parte do sistema de saúde. “Especialmente na Região Sudeste, entre os primeiros sintomas apresentados pela paciente e o início da aplicação dos recursos terapêuticos, o período chega a 11 meses”, afirma o mastologista Henrique Lima Couto. Coordenador do Departamento de Imagem da Mama da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o médico também expressa preocupação diante do direcionamento das políticas públicas decorrentes das alternâncias de governo.

Mesmo contando com os Centros de Alta Complexidade em Oncologia (Cacons), o atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) registra atualmente um gargalo no diagnóstico histológico, a biópsia para confirmação de câncer de mama. O período entre o surgimento dos sintomas e a biópsia, segundo o mastologista Henrique Lima Couto, é de 8 meses em média. “Há um desperdício de recursos, pois antes do início do tratamento a paciente terá de se submeter mais uma vez aos exames comprobatórios para que o especialista detecte a evolução do câncer neste período”, explica. Ainda mais grave, destaca o coordenador da SBM, é o prognóstico para tratar uma doença que, diagnosticada em fase inicial tem aumentada as chances de cura.

Para o especialista, os investimentos para diminuir o tempo entre o diagnóstico e o tratamento no SUS não precisam, necessariamente, ser direcionados a ampliar a quantidade de mamógrafos. “O número de aparelhos no País é suficiente”, afirma Couto. “É preciso, sim, aumentar a cobertura mamográfica com a implementação de um rastreamento organizado, que otimizaria os recursos já existentes e proporcionaria resultados significativos com melhor eficiência e menor impacto financeiro”, completa.

Independentemente da alternância de governos, a cobertura mamográfica da população-alvo no Brasil tem se mantido inferior a 30% nos últimos 14 anos. O ideal, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 70%. De acordo com o mastologista Henrique Couto, uma forma de aumentar a eficiência do sistema está no cumprimento das chamadas leis dos 30 e 60 dias.

A Lei nº 13.896/2019 estabelece nos casos de hipótese de neoplasia maligna que os exames para diagnóstico sejam realizados no prazo máximo de 30 dias. Mais antiga, a Lei nº 12.732/2012 determina que o paciente com câncer tem o direito de se submeter ao primeiro tratamento no SUS em até 60 dias, contados a partir do dia do diagnóstico.

Atualmente, o rastreamento mamográfico no SUS prevê exame bianual para uma população de 50 a 69 anos de idade. A SBM, a Federação Nacional das Associações de Ginecologistas e Obstetras (Febrasgo) e o Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) recomendam a mamografia anual a partir dos 40 anos. Mas as entidades médicas esperam, para o mais breve possível, o cumprimento da Lei nº 14.335, de 10 de maio de 2022, que garante o acesso ao exame a todas as mulheres a partir dos 18 anos.

Outra expectativa, destaca Couto, é a promulgação da nova Diretriz Diagnóstica e Terapêutica (DDT) do câncer de mama, que deve estabelecer em 2023 avanços importantes e incorporações no tratamento sistêmico. “A DDT já foi avaliada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) e pela população e sociedade civil organizada em consulta pública”, diz.

Depois do câncer de pele não melanoma, o câncer de mama é o mais incidente e a primeira causa de morte em mulheres de todas as regiões do Brasil. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) prevê 73.610 novos casos da doença até o fim de 2023. “Além de todas as medidas para ampliação dos diagnósticos com maior rapidez, as políticas públicas necessitam de um planejamento que inclua a capacitação qualificada e permanente dos profissionais em relação à saúde mamária”, finaliza o mastologista Henrique Lima Couto

 

Alergia alimentar: o que você precisa saber sobre alérgenos ocultos


·         Médica dá dicas para pessoas com alergia alimentar e histórico de anafilaxia 

·         Uma quantidade ínfima de alimento pode ser fatal

 

“Pessoa com alergia alimentar que já teve episódios de anafilaxia deve ter uma grande vigilância com alimentos fora de casa - para evitar contato com traços de algum alérgeno mesmo que ele esteja em quantidade imperceptível (e por isso, oculto). Uma simples colher com tais traços pode desencadear uma reação alérgica grave, a anafilaxia, que pode ser fatal”, alerta da Dra. Ana Paula Moschione, médica alergista e imunologista pela USP.

 

De acordo com a literatura científica internacional, existem cerca de 8% das crianças, com até dois anos de idade, e 2% dos adultos com algum tipo de alergia alimentar. Entre os oito alimentos com maior potencial alergênico estão: leite, ovo, soja, trigo, amendoim, castanhas, peixes e frutos do mar.

 

De acordo com a alergista, a mudança do estilo de vida e da alimentação decorrentes do processo evolutivo podem ter associação com a alergia alimentar, além da predisposição genética como causa já conhecida. “Atualmente sabemos que existe alergia alimentar a frutas e sementes, algo que não víamos no passado. Por isso a orientação para o paciente é fundamental para evitar episódios com desfechos desfavoráveis, como a anafilaxia”, explica Dra. Ana Paula, que também é diretora da Clínica Croce, centro de vacinação e infusão de imunobiológicos com especialistas das áreas de Alergia, Imunologia, Reumatologia e Endocrinologia.

 

Abaixo, Dra. Ana Paula cita algumas dicas do plano de ação para pessoas com alergia alimentar com histórico de reações graves:

 

- Antes de consumir um alimento que esteja na lista dos itens liberados para consumo, verifique o rótulo para saber se ele contém algum traço de alimento que seja alergênico.

 

- Em casa o cuidado maior deve ser com a esponja que lava as louças, pois ela pode conter pequenas partículas do alérgeno, portanto, elas devem ser separadas.

 

- Ao fazer qualquer refeição fora de casa, além de levar os próprios talheres informe ao estabelecimento de consumo a sua condição alérgica. Procure visitar a cozinha e entender se o ambiente está preparado para atender pessoas com alergia alimentar. Vergonha pra quê? É sua saúde que está em jogo!

 

- É muito importante observar a sua história de alergia. Se você já teve reações não anafiláticas com quantidades visíveis do alérgeno, o risco de anafilaxia com quantidades imperceptíveis é menor.

 

- Acima de tudo: tenha sempre por perto a adrenalina autoinjetável para ser socorrido rapidamente no caso de uma anafilaxia.

 

A anafilaxia (ou reação anafilática) é uma reação grave de início súbito e evolução rápida, que pode afetar simultaneamente a pele, o aparelho respiratório, digestório e cardiovascular. Algumas pessoas podem sofrer reação grave mesmo em contato com quantidade ínfimas (e por isso, ocultas) do alérgeno. Quando não socorrida a tempo, a pessoa com anafilaxia pode evoluir para o óbito.

 

“Mas atenção: cada paciente tem um histórico clínico único. Pessoas com alergia alimentar que fazem acompanhamento com um especialista em Alergia e Imunologia e sabem os cuidados que envolvem essa condição clínica estão com boas chances de viver sem complicações como a anafilaxia”, finaliza Dra. Ana Paula.

 

Clínica Croce
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Brasil somará 704 mil novos casos de câncer em 2023, mas tratamentos avançados sinalizam perspectivas positivas no combate à doença

Estimativas divulgadas pelo INCA para o triênio 2023-2025 indicam que tumores de pele, mama, próstata e pulmão figuram entre os mais incidentes no país; Terapias avançadas, baseadas no conceito de oncologia de precisão, são as grandes aliadas da medicina para assegurar qualidade de vida e redução das taxas de letalidade

 

O próximo 4 de fevereiro marca o Dia Mundial do Câncer, uma iniciativa global organizada pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS) que tem por objetivo aumentar a conscientização e a educação mundial sobre a doença. Dados globais mostram que em 2040 o número de novos casos de pessoas diagnosticadas com tumores malignos chegará a 28,4 milhões, tornando o câncer líder do ranking das doenças que mais afetam a população mundial. 

Considerando a realidade brasileira, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são esperados 704 mil novos diagnósticos de cânceres a cada ano do triênio de 2023 a 2025 - um aumento de pouco mais de 10% em relação às taxas de incidência estimadas para 2022 pela mesma entidade, indicando 625 mil novos casos até o final deste ano. A estimativa aponta ainda para cerca de 2 milhões de casos de tumores malignos para o período. 

Para Carlos Gil, diretor médico do Grupo Oncoclínicas e Presidente do Instituto Oncoclínicas, apesar dessa progressão nos índices globais de câncer, o tratamento de diferentes tipos de tumores, com a chegada de drogas inovadoras e condutas direcionadas para as especificidades de cada caso, não só têm mostrado melhora nas chances de sobrevivência, mas também impactado de forma positiva os pacientes em todas as etapas da jornada de cuidado. “A ciência tem evoluído a passos largos, sinalizando um presente e futuro com boas perspectivas. Alternativas de terapias cada vez mais personalizadas e individualizadas trazem benefícios efetivos à qualidade de vida do paciente, com aumento nos índices de cura”, aponta. 

Entre os “divisores de águas” na luta contra o câncer, há exemplos diversos já em aplicação. “Temos novidades que têm se mostrado bem sucedidas nos meio médico e científico, como a imunoterapia e o tratamento com anticorpos monoclonais. O chamado CAR-T também vem conquistando grande espaço em casos de tumores hematológicos, um avanço que se mostra animador quando nos referimos a em especial a leucemias e linfomas”, completa. 

Carlos Gil enfatiza ainda que a produção de conhecimento na área da oncologia no Brasil e no mundo passa por uma fase de crescimento incomparável. Mas, mesmo sinalizando os próximos anos como positivos e de chegada de avanços, lembra que há desafios no tocante às aprovações necessárias para adoção dos testes moleculares e chegada de novas medicações, como também na garantia do acesso igualitário à toda sociedade. Apesar da ressalva, o médico garante que há motivos para comemorar e indica que a informação é ferramenta essencial para assegurar o protagonismo a todos, pacientes ou não, em um momento de mudanças nos paradigmas da doença.

 

Análise genômica é palavra de ordem 

O avanço dos estudos envolvendo o genoma humano, código genético presente nas células e de forma única em cada indivíduo, fez com que nos últimos anos a análise dos genes se tornasse parte indispensável das áreas da medicina. Dentro delas, a oncologia vem se beneficiando tanto na precisão diagnóstica, quanto na eficácia do tratamento - ambas proporcionadas por essas avaliações. 

Segundo Carlos Gil, exames que ajudam a detectar o perfil molecular de tumores como de pulmão, intestino e próstata têm se mostrado importantes aliados no controle da condição. “Esse tipo de teste proporciona maior precisão e melhor qualidade no diagnóstico, o que é fundamental para uma definição precisa do tratamento. Isso porque, apenas conhecendo com precisão as células malignas o profissional de saúde conseguirá especificar o melhor tratamento para aquele caso”, comenta. 

Neste cenário de amplos avanços científicos, ele menciona, ainda, a patologia digital, por unir inteligência artificial, big data e conhecimento médico altamente especializado para gerar análises ainda mais precisas para um diagnóstico assertivo. “A transformação digital e implementação de ferramentas de inteligência computacional vêm se mostrando altamente efetivas na redução do tempo de detecção de casos e indicação de melhores linhas de cuidado a serem adotadas para cada paciente”, destaca.

 

Individualização e imunoterapia 

O conhecimento cada vez maior de como as células cancerígenas funcionam em cada tipo de organismo foi o avanço necessário para implementar outros tratamentos que têm revolucionado a oncologia. O principal deles é a imunoterapia, citada no Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina de 2018. 

Esse tipo de tratamento biológico tem o objetivo de potencializar o sistema imunológico do indivíduo para combater o câncer. “A prática terapêutica vem apresentando resultados muito significativos para diversos tumores, especialmente mama, pulmão, colo de útero, endométrio, melanoma e cânceres de cabeça e pescoço”, diz o oncologista. 

As terapias-alvo também se mostram cada vez mais eficazes e são boa notícia para os próximos anos. “Os testes com esses medicamentos têm mostrado resultados excelentes, principalmente para tumores de mama e de ovário”, frisa. 

O tratamento é feito com substâncias que foram desenvolvidas para identificar e atacar características específicas das células cancerígenas, bloqueando o crescimento do tumor e permitindo que o organismo do paciente recupere as condições para derrotá-lo.

 

Anticorpos monoclonais: menos toxicidade e maior efetividade 

As terapias conjugadas de quimioterapia com anticorpos, também vem ganhando considerável espaço na oncologia. Nesses casos, a combinação leva a quimioterapia diretamente para a célula cancerígena, focando o tratamento apenas nela, o que diminui a toxicidade para o organismo, ao mesmo tempo que aumenta a efetividade do tratamento. 

É importante, contudo, frisar que para alcançar bons resultados com essas terapias, um fator é primordial: conhecer profundamente o tipo de câncer e as características de cada paciente e cada célula, para atingir a doença com mais precisão. 

“É preciso estar equipado com tecnologia que identifique as alterações genéticas com detalhes. Não são muitos locais que oferecem esse tipo de tratamento”, afirma Carlos Gil.

 

Alternativa de sucesso para tumores sanguíneos 

Uma nova opção de tratamento para os tipos de câncer que afetam o sangue, como linfoma e leucemia, vem sendo estudada: o CAR-T, uma terapia genética que usa células do próprio paciente modificadas em laboratório para combater o câncer. A estratégia consiste em habilitar células de defesa do corpo (linfócitos T) com receptores capazes de reconhecer o tumor e atacá-lo de forma contínua e específica. 

O CAR-T é uma combinação de várias tecnologias, envolvendo a terapia gênica, imunoterapia e terapia celular. Nos Estados Unidos e na Europa já existem produtos comercialmente disponíveis, enquanto no Brasil já há também medicamentos com autorização de registro e aplicação aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

O alto custo para a produção preocupa, mas o avanço é inegável: o tratamento conquistou popularidade no Brasil na segunda metade de 2019, quando um paciente com linfoma não Hodgkins avançado do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, no interior de São Paulo, foi considerado o primeiro paciente da América Latina a alcançar a remissão da doença com uso das células CAR-T. 

Para o diretor médico do Grupo Oncoclínicas, a estratégia usada para o tratamento abre frentes para uso não só em tumores hematológicos, como linfomas e leucemia, podendo possivelmente ser usada para qualquer tipo de câncer. “A metodologia já conta com pesquisas voltadas a protocolos para diversos tipos de cânceres que afetam as células sanguíneas e há expectativas de que, em um futuro próximo, seja possível o uso do CAR-T em tumores sólidos, como em casos de câncer no pâncreas que já está em discussão”.

 

Panorama do Câncer 

Entre os tipos de tumor mais comuns no Brasil, o câncer de pele do tipo não melanoma continua na liderança. No recorte por gênero, a neoplasia de mama entre as mulheres e a de próstata nos homens permanecem como pontos de atenção, figurando no topo da lista quando observada essa divisão da população. Além disso, outros tipos de câncer com alta incidência, como o de pulmão e intestino, ambos podem estar ligados a hábitos de vida pouco saudáveis, como dieta rica em gordura e tabagismo, apresentam elevadas taxas. Nas pesquisas deste ano, o estudo levou em conta mais de 21 tipos de cânceres, considerando, pela primeira vez, também os tumores de pâncreas e fígado. 

Apesar do cenário exigir atenção da população e dos órgãos de saúde, o especialista reforça que o acompanhamento médico periódico e realização de exames de rotina para detecção precoce do câncer, aliados às novas frentes avançadas de tratamento da doença, são a chave para que os índices de incidência não levem ao também aumento das taxas de letalidade. “Precisamos estimular a conscientização da população em geral sobre a detecção precoce de tumores. Quanto mais cedo descoberta a doença, melhor o prognóstico, com resultados positivos às terapias e maiores chances de cura”, finaliza Carlos Gil Ferreira.

 

Grupo Oncoclínicas

www.oncoclinicas.com

 

Mamografia preventiva reduz pela metade risco de morte por câncer de mama

Diagnóstico precoce da doença possibilita tratamento menos agressivo e aumenta as chances de cura

 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o índice de mortes por câncer de mama pode diminuir de 15% a 45% nas populações que têm acesso a mamografia preventiva periódica.

 

O exame não previne a doença, mas é essencial na identificação do tumor ou alterações na mama em estágios iniciais, reduzindo procedimentos agressivos no tratamento, e principalmente, aumentando as chances de cura do paciente.

 

A mamografia é uma radiografia das mamas feita por um equipamento de raios X chamado mamógrafo, capaz de identificar alterações suspeitas. É o principal exame, recomendado pelos médicos, para rastrear o câncer de mama, além do exame clínico e do autoexame.

 

No mês em que é comemorado o Dia Nacional da Mamografia (5/2), data instituída pela Lei nº 11.695/2.008, o clínico geral Djunior Mota, que atua na Clínica Censo, um dos maiores centros de medicina diagnóstica e ocupacional no município de Parauapebas (PA), explica a importância do exame.

 

“A mamografia não evita o surgimento do tumor, mas é um dos exames mais indicados para o rastreamento do câncer de mama em mulheres acima dos 40 anos. Ele ajuda a identificar possíveis nódulos e sinais da doença em fase inicial, o que aumenta as chances de cura e permite um tratamento menos agressivo”, explica o médico.

 

No Brasil, o tumor de mama é a primeira causa de morte por câncer em mulheres. Ainda conforme a SBM, essa incidência tende a crescer gradativamente a partir dos 40 anos.

 

Este tipo de câncer é o segundo mais comum em mulheres em todas as regiões do País, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Este ano, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que surgirão 73.610 novos casos de câncer de mama.


 

Quando devo fazer a mamografia?

 

A recomendação médica é que o exame seja realizado anualmente por mulheres a partir dos 40 anos. O Ministério da Saúde recomenda que, em mulheres entre 50 e 69 anos, a mamografia seja realizada a cada dois anos. 

 

“Nos casos de histórico familiar, como mãe, irmã, tia, que tenham tido a doença, o exame pode ser feito aos 35 anos, mas é importante consultar um mastologista periodicamente para que ele indique o melhor método de diagnóstico”, complementa o clínico.

 

Conforme os órgãos de saúde, a mamografia não é solicitada em mulheres jovens, pois nessa idade as mamas são mais densas e o exame apresenta muitos resultados incorretos.

 

O clínico acrescenta que a ultrassonografia e ressonância magnética das mamas são exames de imagem complementares, que podem ser necessários e auxiliam no diagnóstico.

 

“O importante é não deixar de consultar o médico e fazer o check-up anual essencial para diagnóstico do câncer e de outras doenças”, finaliza o médico.


Saiba três comportamentos que podem fazer com que o paciente volte a ganhar peso após a cirurgia bariátrica

Apesar da eficiência já conhecida das cirurgias bariátricas, não só no que diz respeito ao fator estético, mas sobretudo e mais importante ainda no fator saúde e qualidade de vida para pessoas obesas, ainda há muito o que se avançar no fator informação sobre o procedimento em si e os cuidados necessários para que o paciente mantenha o resultado satisfatório no pós-cirurgia.

Mediante isso, o cirurgião Fábio Rodrigues elencou alguns comportamentos que podem fazer com que o paciente volte a ganhar peso após a cirurgia bariátrica. Confira:



1- Desinformação

“Falta de educação sobre a doença (obesidade). Precisamos entender que ela é uma doença, que muitas vezes NEM MESMO pessoas do meio SAÚDE A  entendem como doença, imagine o paciente que pode ser considerado leigo na questão clínica? Então a partir do momento que eu entendo a obesidade como uma doença, E PRINCIPALMENTE COMO UMA DOENÇA crônica, que não tem cura, eu entendo que preciso me cuidar pro resto da vida, ”, falou.



2- Não mudar o comportamento

“O paciente vai para a cirurgia achando que é só passar por ela que vai poder continuar comendo de tudo, manter a vida que sempre teve e nunca mais vai voltar a engordar. Isso não existe. O paciente precisa ter uma mudança comportamental para que ele tenha sucesso na cirurgia, mudando hábitos, tendo uma vida mais ativa e tendo hábitos de alimentação mais saudável e evitando alguns alimentos mais gordurosos, frituras e tudo mais”, disse.



3- Não buscar uma equipe multidisciplinar


“Esse acompanhamento é necessário. Tem um estudo que mostra que pacientes que fazem esse acompanhamento têm 60% menos chance de voltar a engordar do que aqueles que não buscam uma equipe multidisciplinar. Tem os resultados mais satisfatórios, geralmente, aquele paciente que vai ao menos três vezes no ano a profissionais como psicólogo, nutricionista, nutrólogo, esse paciente ele tem esse percentual favorável a não engordar”, finalizou.
 


Doutor Fábio Rodrigues - graduado em Medicina desde 2003, com especialização em cirurgia geral e bariátrica, além de pós-graduação em cirurgia minimente invasiva. Atua como cirurgião da obesidade e das doenças metabólicas desde 2015 e já acumula mais de 1.500 cirurgias realizadas. Atualmente, além das cirurgias bariátricas, vem concentrando também seu foco na performace dos pacientes após a cirurgia.


Combate ao câncer: álcool e cigarro são os principais fatores de risco

Hospital Paulista alerta para incidência de tumores malignos em decorrência do uso de drogas lícitas, sobretudo, associadas 

 

Mais de 10 milhões de pessoas morrem, anualmente, em decorrência de diferentes tumores malignos, conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). No entanto, a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) estima que 40% dos casos poderiam ser prevenidos evitando fatores de risco, como o consumo de álcool e cigarro.

No mês em que é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Câncer (4) e o Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo (22), o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia associa as datas e faz um alerta para a incidência do câncer em decorrência do uso de tais drogas lícitas.

O tabagismo, que ocupa o topo da lista dos fatores de risco, é considerado uma doença crônica, causada pela dependência da nicotina, que, de acordo com a OMS, integra o grupo de transtornos mentais, comportamentais ou de neurodesenvolvimento, em razão do uso da substância psicoativa, além de ser a maior causa evitável isolada de adoecimento e mortes precoces em todo o mundo.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o consumo de bebidas alcoólicas, em qualquer quantidade, aumenta o risco de desenvolver câncer de boca, faringe, laringe (cordas vocais), esôfago, estômago, fígado, intestino (cólon e reto) e mama. Quando associadas ao tabagismo, a possibilidade do surgimento de um tumor maligno se eleva.

Dra. Luciana Fernandes Costa, otorrinolaringologista no Hospital Paulista, explica que a fumaça do tabaco contém mais de 7.000 compostos e substâncias químicas e que, no mínimo, 69 dessas substâncias são cancerígenas, segundo informações da American Cancer Society.

“As bebidas alcoólicas também podem conter uma variedade de contaminantes cancerígenos introduzidos durante sua fermentação e produção, como nitrosaminas, fibras de amianto, fenóis e hidrocarbonetos”, explica a especialista.

Conforme a otorrino, a adoção de um modo de vida saudável pode barrar o desenvolvimento de um câncer.

“Não fumar, manter o peso corporal adequado, ter uma alimentação saudável e regrada, praticar atividades físicas, realizar exames periódicos, manter a caderneta de vacinação em dia, cortar o consumo de bebida alcóolica, não ingerir carne processada e evitar exposição ao sol sem proteção adequada são algumas medidas de prevenção à doença”, destaca Dra. Luciana.

Segundo a médica, a prevenção primária pode ser realizada com a redução dos fatores de risco, como tabagismo e alcoolismo. “E a prevenção secundária, que é a realização de exames periódicos, permite um diagnóstico precoce, com maior chance de cura”, finaliza.



Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Dia Mundial de Combate ao Câncer: doença nos ossos pode levar à amputação dos membros e necessidade do uso de próteses em 30% dos casos

Tumor atinge principalmente crianças e adolescentes. Evolução na tecnologia dos equipamentos garante maior mobilidade e independência aos usuários

 

Osteossarcoma. O nome, que por si só já assusta, designa um tipo de câncer agressivo que atinge os ossos principalmente nas crianças e adolescentes. E em cerca de 30% dos casos, a doença evolui de tal forma que é necessária a amputação de membros, conforme da Revista Rede Câncer, publicação do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Neste sábado (4), Dia Mundial de Combate ao Câncer, nos casos em que ocorre retirada de membros, o desenvolvimento de próteses com tecnologia cada vez mais avançada permite que os pacientes retomem as atividades diárias com mais segurança. 

A fisioterapeuta Stefanie Malinski, de 26 anos, que mora em Porto Alegre (RS), enfrentou a doença em 2011, quando iniciou a quimioterapia. O câncer atingiu o joelho e a tíbia esquerda (osso que compõe a canela). Os médicos, a princípio, realizaram uma cirurgia que resultou na implantação de uma prótese interna, em uma tentativa de evitar a amputação. Porém, a limitação nos movimentos e as dores tornaram a decisão pela retirada do membro mais próxima. 

"Foram seis anos difíceis de limitação. Quando o médico me recomendou a amputação eu concordei rapidamente e minha família me apoiou. Eu entendi que seria melhor para mim considerando que as tecnologias disponíveis são avançadas e poderiam me ajudar na mobilidade", explica a fisioterapeuta. Em abril de 2017 ela realizou a cirurgia e, dois meses depois, fez sua primeira protetização (processo de construção da prótese) na clínica da Ottobock de Porto Alegre, empresa alemã referência na produção desses equipamentos.
 

O acompanhamento pós-cirúrgico

Segundo o médico fisiatra Dr. Victor Leite, especialista em reabilitação oncológica, esses tumores são mais comuns em ossos longos, em especial nos membros inferiores, como foi o caso de Stefanie. O médico aponta para dois grupos de pacientes: aqueles que a cirurgia curou a doença e outros que precisam de assistência maior, devido a possíveis complicações. “É indicado acompanhamento regular com oncologista, nutricionista, fisiatra e fisioterapeuta. Tudo vai depender de evolução de cada pessoa. Se lidamos com um paciente com perda de massa muscular, por exemplo, as consultas são mais regulares. Se o quadro é mais estável e não tem doenças com impacto mais significativo, as visitas aos especialistas são menos regulares”, afirma.
 

Novo joelho, mais independência

Em junho de 2022, a fisioterapeuta, que já utilizava próteses havia cinco anos, foi convidada pela Ottobock para a protetização de um novo joelho: o Dynion, lançado oficialmente durante a ABOTEC, evento da Associação Brasileira de Ortopedia Técnica, realizado em setembro do mesmo ano em Foz do Iguaçu. Stefanie realizou testes e se adaptou bem ao novo equipamento. "Sinto mais segurança ao caminhar, descer rampas e escadas, mesmo que a prótese antiga tenha sido bastante importante para minha rotina. A tecnologia que uso agora é bastante avançada e permite que eu realize as atividades sem preocupação com a distribuição do peso corporal sobre a prótese", explica. 

O joelho mecânico que a fisioterapeuta utiliza possui um mecanismo hidráulico de rotação integrado. Graças a essa tecnologia, os usuários podem lidar com velocidades diferentes na hora de andar e com diversos tipos de solo. O equipamento ainda possui um modo ciclismo, e o joelho ainda conta com uma trava manual, que fornece suporte para que o usuário possa permanecer em áreas úmidas ou ficar de pé por um período prolongado. O equipamento também é resistente à água. 

Conforme o especialista, a prótese é um mecanismo importante na reabilitação dos pacientes, seja pelo ganho de independência, pela estética ou para o tratamento de possíveis dores fantasmas (quando a pessoa sente sintomas como queimação e pontadas no membro como se não houve ocorrido a amputação). “A presença da prótese é um feedback interessante para reduzir a dor fantasma. Utilizar a recuperação imagética cerebral, sentir a prótese no lugar do membro também tem um papel importante”, diz.
 

Das clínicas para as piscinas

O novo joelho utilizado por Stefanie também auxilia em uma atividade que ela começou a praticar após a cirurgia: a natação. Ela iniciou no esporte em 2019 e desde então tem aumentado seus treinos e participações em competições, até mesmo em nível nacional. Em 2021, por exemplo, participou do Campeonato Brasileiro de Natação e, em novembro de 2022, esteve em uma competição local em Fortaleza (CE). "É uma atividade para a qual tenho me preparado bastante e as próteses me auxiliam nos treinos. Vejo que paratletas estão cada vez mais preparados com o uso dessas tecnologias e isso me deixa animada para participar também”, comenta. 

Para o médico fisiatra, a trajetória de pessoas como Stefanie pode ser classificada como uma ressignificação de vida após um processo traumático de perda do membro. Isso, segundo ele, é possível durante o tratamento e protetização. “Percebemos casos de pessoas que mudam seu estilo de vida e que passam a praticar esportes, algo que não faziam antes da cirurgia. Por isso a prótese é interessante e uma ferramenta ótima para recuperar funções e qualidade de vida”, diz.

 

Experiência de quem usa e estuda

Stefanie já fazia a faculdade de Fisioterapia antes de precisar da amputação, mas o uso da prótese fez com que ela se interessasse mais pelas tecnologias e pela troca de experiências com pessoas que precisam utilizar algum equipamento. Ainda que, na rotina diária de trabalho, ela não atue diretamente com pessoas que utilizem próteses, sempre que precisa realizar algum ajuste na clínica da Ottobock em Porto Alegre ou quando é convidada para algum evento da empresa, a gaúcha faz questão de compartilhar o que conhece com outros pacientes. "Acho significativo e diferenciado para quem não conhece a teoria ouvir o que os estudos dizem sobre o uso de próteses a partir de alguém que atua na área", comenta.

 

Ottobock - referência mundial na reabilitação de pessoas amputadas ou com mobilidade reduzida por sua dedicação em desenvolver tecnologia e inovação a fim de retomar a qualidade de vida dos usuários.


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