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segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Calendário vacinal completo previne mais de 20 doenças

 Ainda assim, muitas pessoas deixam de atualizar a proteção na fase adulta

 

A maioria dos pais e responsáveis costuma seguir à risca o calendário de vacinação infantil. No entanto, quando essa criança se torna um adulto, muitas vezes, acaba abandonando esse cuidado com a saúde. De acordo com especialistas, cerca de 90% da população só toma vacina por indicação de um profissional. 

“A pandemia de Covid-19 impulsionou um enorme crescimento da vacinação, mas geralmente, a busca depende muito da época que estamos vivendo no país. A adesão à vacina da gripe, por exemplo, tem caído a cada ano. Em 2022, o desempenho foi 6% menor do que em 2021, que já tinha registrado uma performance muito ruim”, explica Dra. Juliana Oliveira da Silva, infectologista coordenadora do Centro de Vacinação do Hcor. 

Além da proteção contra os vírus e bactérias em grande circulação, as vacinas também podem prevenir mais de 20 enfermidades e evitam que doenças erradicadas, como a poliomielite, voltem a afetar a população. “A vacina tríplice viral de adultos, por exemplo, atua contra o aparecimento de sarampo, caxumba e rubéola. As vacinas contra difteria e tétano garantem a proteção por 10 anos”, ressalta a médica. 

Segundo dados da Merck Sharp & Dohme (MSD), as proteções mais procuradas pelos brasileiros são contra Covid-19, poliomielite, doenças pneumocócicas e Influenza -- juntas somam mais de 80 milhões de doses, ou metade de todo o mercado de vacinação brasileiro. Até junho do ano passado, o país tinha registrado uma redução de 12,7% nas aplicações de vacinas gerais, quando comparado com o mesmo período de 2021. 

As fakes news também interferem negativamente na vacinação, pois geram medo de reações adversas inexistentes, descredibilizam os benefícios e, consequentemente, diminuem a adesão às vacinas. Felizmente, hoje em dia existem estudos e ferramentas variadas que podem atestar a veracidade das proteções e trazer ainda mais segurança. 

“As pessoas devem manter a carteira de vacinação atualizada, principalmente os adultos. Para isso, sempre há a possibilidade de pedir informações nas unidades de saúde ou nas consultas. Os médicos devem estar preparados para falar sobre vacinas e indicá-las aos seus pacientes, se necessário. Com o incentivo adequado, nós teremos uma população protegida contra as principais doenças virais e evitaremos novos surtos”, finaliza a infectologista.

 

Centro de Vacinação do Hcor

Com o objetivo de contribuir com a atualização da carteira vacinal de crianças, adultos e idosos, o Hcor inaugurou um Centro de Vacinação dentro da Unidade Avançada Cidade Jardim, em São Paulo. No local, que funciona de segunda à sexta-feira, das 7h às 18h, e aos sábados, das 7h às 12h, são disponibilizados mais de 15 tipos de vacinas.

Os atendimentos são realizados sem necessidade de marcação prévia ou, se o cliente preferir, com agendamento pela central, pelo telefone (11) 3889-3939. Mais informações sobre o Centro, as vacinas oferecidas e os convênios atendidos podem ser obtidas no site do Hcor.
 

Diabetes amplia risco de morte por câncer

O oncologista Ramon Andrade de Mello ressalta a importância de medidas preventivas 


O diabetes tipo 2 aumenta os riscos de morte por câncer, especialmente os tumores malignos diagnosticados no pâncreas, fígado, cólon e endométrio. “Os estudos reforçam o que já constatamos no dia a dia do consultório. Por isso, cada vez mais precisamos adotar medidas preventivas como forma de reduzir esses casos de óbitos. Essa doença metabólica pode ser controlada e isso traz perspectivas otimistas”, avalia o médico oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica do doutorado em medicina da Universidade Nove de Julho (Uninove), em São Paulo, e médico pesquisador honorário do Departamento de Oncologia da Universidade de Oxford, no Reino Unido. 

O estudo da Universidade de Leicester e da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, ambas do Reino Unido, acompanhou aproximadamente 140 mil pessoas durante 20 anos. Os resultados das pesquisas mostram que a taxa de óbito é de 18% mais elevada em pacientes diabéticos para todos os tipos de tumores oncológicos combinados. Já nas mulheres com a doença metabólica, a taxa é de 9%. No geral, o diabético tipo 2 tem 2,4 mais chances de óbito por tumores colorretal. 

“O organismo do paciente com diabetes tipo 2 enfrenta variação da glicose com maior frequência, com registros mais altos do que o normal. Esse estado metabólico provoca um processo inflamatório, que pode ser um dos causadores de tumores oncológicos”, detalha Ramon Andrade de Mello. 

O oncologista reforça a importância da prevenção, estimulando uma melhora na qualidade de vida com o incentivo aos hábitos alimentares saudáveis, a prática regular de exercício físico e ao controle de estresse: “Esses pacientes fazem parte de um grupo que precisa passar por um rastreamento como forma de diagnóstico precoce da doença. Isso pode salvar vidas e reduzir os custos de internações hospitalares”. 



Dr. Ramon de Mello - oncologista do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e do Centro de Diagnóstico da Unimed, em Bauru, SP.
ramondemello.com.br/


Fevereiro Roxo: lidando com lúpus e fibromialgia

Seconci-SP destaca a importância de diagnóstico ser feito por reumatologista


Há algumas doenças crônicas pouco conhecidas, que não têm cura e requerem um tratamento especializado e prolongado. Conscientizar sobre essas doenças e os cuidados requeridos é o tema da Campanha Fevereiro Roxo.

A dra. Edna Souza Silva, reumatologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), aborda duas dessas doenças, lúpus e fibromialgia. E alerta para a importância de a pessoa com sintomas buscar um reumatologista, para um diagnóstico correto e um tratamento eficaz.


Lúpus

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES ou apenas lúpus) é uma doença inflamatória crônica de origem autoimune (o próprio organismo ataca órgãos e tecidos).

A dra. Edna explica que os principais sintomas, como lesões de pele, dor, inchaço, inflamações nos rins ou no coração, podem vir acompanhados de alterações de comportamento, fraqueza e emagrecimento.

“É uma doença que pode se apresentar de diversas formas e variar entre simples, moderada e grave. Para fechar o diagnóstico, faz-se o exame de sangue FAN (Fator Antinuclear) e outro de marcador de anticorpos”, afirma.

Recomenda-se aos pacientes evitar fatores que podem levar ao desencadeamento da atividade do lúpus, como o sol e outras formas de radiação ultravioleta; tratar as infecções; evitar o uso de estrógenos e de outras drogas; evitar a gravidez em fase ativa da doença e evitar o estresse.

Para atenuar a ação do organismo sobre si, a medicação é à base de corticoides e imunossupressores. Em determinados casos, é preciso retirar os corticoides e continuar o tratamento com Belimumabi. Como este medicamento é muito caro, está em andamento uma consulta pública para que ele seja incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS).


Fibromialgia

A síndrome da fibromialgia se manifesta com dor no corpo todo, principalmente na musculatura. Junto com a dor, aparecem sintomas como fadiga, sono não reparador (a pessoa acorda cansada), alterações de memória e de atenção, ansiedade, depressão e problemas intestinais.

Seu diagnóstico é clínico, mas precisa ser feito por reumatologista, reitera a dra. Edna. O médico poderá até solicitar outros exames, mas apenas para descartar outras hipóteses.

Já que a doença pode acabar resultando em fadiga, cansaço, depressão e outros sintomas, pode ser necessário também o acompanhamento de outros profissionais, como psicólogos ou psiquiatras.

Os sintomas da fibromialgia podem ser amenizados com medicamentos, atividade física, hábitos saudáveis e cuidados com a saúde mental. “É importante que o paciente se organize para aprender sobre a melhor forma de conviver com a doença”, recomenda a reumatologista.


Desidratação no verão afeta mais idosos e crianças, mas pode ser evitada

A desidratação é desencadeada pela falta de água no organismo e é mais comum em crianças e idosos, especialmente durante o verão. Nesse momento, é preciso se atentar ao consumo de água e aos sintomas que podem ser ocasionados por essa condição, como dores de cabeça e cansaço.

Com o auge do verão, os casos de desidratação podem aumentar porque as altas temperaturas demandam um consumo maior de água, assim como um maior cuidado com a alimentação.

Segundo dados do DataSUS, analisados pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, entre janeiro e março de 2019, ocorreram mais de mil e duzentas internações causadas pela desidratação no estado, sendo que 40% se referiam a pacientes com mais de 60 anos e 25% eram crianças menores de 5 anos.

Dentre os sintomas de desidratação estão dores de cabeça, sede excessiva, cansaço, boca seca e, em casos mais graves, pode ocasionar tontura. Geralmente a desidratação é mais frequente em crianças e idosos, devido à apresentarem uma perda de líquido mais elevada do que o usual.

Em crianças pequenas e bebês também pode se manifestar por meio de sonolência excessiva, irritabilidade maior, choro sem lágrimas, moleira mais mole do que o habitual, assim como, pouca urina e com o cheiro mais forte.

Além disso, algumas causas para a condição são vômito e diarreia – ou seja, alguns quadros de viroses, comuns no verão, podem ocasionar desidratação –, uso de diuréticos, insuficiência renal, sudorese intensa e queimaduras. No entanto, a prevenção da desidratação vai além do consumo correto de água para cada faixa etária.


Qual a melhor maneira de prevenir?

Inicialmente, o tratamento pode ser feito por meio da reposição de água e sais minerais que estão em falta no organismo. Porém, a alimentação tem um papel fundamental durante o cuidado e prevenção da desidratação, afinal, a ingestão de água também pode ser feita por meio de alimentos ricos em água como melancia, laranja, chuchu ou melão, o que pode ser importante durante o tratamento. 

Também é preciso evitar a ingestão excessiva de bebidas que podem causar desidratação, entre elas: os refrigerantes, bebidas alcoólicas e o café. Outra forma de prevenir a doença é evitando a exposição ao sol nas horas de maior calor do dia, especialmente no verão, e beber água durante a prática de exercícios físicos.

Contudo, é essencial o consumo diário de água para a prevenção, que pode variar considerando fatores como idade, peso, gênero e frequência de atividade física. A recomendação ideal para realizar esse cálculo é de cerca de 40ml para cada kilo para pessoas de até 17 anos, 35ml por kilo para adultos entre 18 e 55 anos e 30ml por kilo para pessoas acima de 55 anos. Importante ressaltar que os alimentos também têm água na composição e essa água faz parte da quantidade que deve ser ingerida diariamente.

Para algumas pessoas, ingerir água em grande quantidade pode ser um desafio, porém, é possível fracionar em pequenas porções a ingestão de água no decorrer do dia para que o hábito de beber água se torne mais natural. 

Além disso, algumas sugestões interessantes são beber água após urinar, ter sempre que puder uma garrafa de água à mão e alternar a ingestão de líquidos no momento em que estiver consumindo bebidas alcoólicas.

 

Celso Cukier - nutrólogo na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo

Teleconsultas psiquiátricas tiveram um aumento de 123% no segundo semestre de 2022

De acordo com levantamento da Conexa, maior player de saúde digital da América Latina, os atendimentos psiquiátricos via telemedicina tiveram um aumento de 123% no segundo semestre de 2022, passando de cerca de 2700 consultas de janeiro a junho para mais de 6 mil de julho a dezembro. As consultas psicológicas também cresceram, passando de quase 731 mil atendimentos para 959 mil, perfazendo um aumento de 30% no mesmo período. Os dados da healthtech evidenciam que, após quase três anos de pandemia, houve uma efetiva diminuição no estigma da sociedade a respeito dos cuidados com a saúde emocional, corroborando com a importância da campanha de conscientização da saúde mental, realizada em janeiro. 

Para Luciene Bandeira, psicóloga e diretora de saúde mental da Conexa, o que explica o aumento é que a modalidade de atendimento online promoveu mais acesso aos serviços de cuidados pessoais de forma facilitada e discreta. “A possibilidade de realizar as consultas sem precisar se deslocar para um consultório físico, sem precisar pedir licença no horário de trabalho e as facilidades que a tecnologia oferece encorajaram as pessoas a iniciar ou dar continuidade aos acompanhamentos psicológicos e psiquiátricos. Cuidar da saúde mental deixa de ser algo estigmatizado para ser um hábito de autocuidado e busca de bem-estar, que é tão importante e natural como o cuidado com a saúde física”. 

A especialista ainda explica que, por serem muitos anos de desinformação sobre o tema, a população ainda tem dificuldade de entender qual profissional deve procurar primeiro e quais são os caminhos para o cuidado da saúde da mente. Segundo ela, algumas pessoas ainda associam o médico psiquiatra a casos mais severos e outras consideram que só o psicólogo é suficiente para cuidar de um caso mais grave, quando na verdade os melhores resultados vêm do cuidado integral que, inclusive, pode incluir profissionais de outras áreas, como de endocrinologia e nutrição para descartar associações com condições físicas de saúde. “O primeiro passo é reconhecer que precisa de ajuda e buscar, inicialmente, um profissional de psicologia, pois grande parte dos tratamentos envolve um componente comportamental e de reeducação em relação a formas de interpretar os acontecimentos e hábitos da vida. Se houver a necessidade de acompanhamento psiquiátrico com tratamento medicamentoso, o que só é recomendado para casos específicos, o profissional de psicologia orientará o paciente a buscar ou pode até mesmo encaminhá-lo a um psiquiatra”.  

Luciene reforça que o cuidado com a saúde mental não é como fazer um checkup anual, e sim um acompanhamento periódico. “A interação entre psicólogo e psiquiatra favorece maior taxa de acerto no ajuste das doses de medicamento e até mesmo na alta do tratamento com remédios. De forma complementar, um potencializa os efeitos do outro, o que aumenta a efetividade e agilidade do tratamento. Em geral, os medicamentos (prescritos pelo psiquiatra) controlam os sintomas, mas para ter resultados mais efetivos a reeducação comportamental é fundamental (com o psicólogo)”.  


Conexa    


Entenda a importância da rede de apoio à saúde mental

Psiquiatra do CEJAM explica o conceito e como apoiar indivíduos que estão em sofrimento psíquico


Cuidar da saúde mental é essencial para que uma pessoa consiga lidar, de forma saudável, com diferentes emoções. Nesse sentido, a psiquiatra Juliana Mokayad Hanania de Azevedo, que atua no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Infantojuvenil M’Boi Mirim, gerenciado pelo CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, exalta a importância da “rede de apoio” à manutenção do equilíbrio.

Ela explica que o termo é um nome abrangente para todo o suporte que uma pessoa pode contar ao longo da vida e, mais especificamente, nos tratamentos.

“A rede de apoio é constituída tanto pelas pessoas com as quais convivemos, como pela equipe que compõe o tratamento e as instituições envolvidas, na saúde, socialmente, religião e esportes”, reitera.

O ser humano é um ser de relacionamentos e isso faz com que a rede de apoio seja tão importante em todos os aspectos da vida, desde o observar e, às vezes, até detectar, antes mesmo que o próprio indivíduo possa fazer, o início de alterações do comportamento, dar suporte no processo do adoecimento em si, apoiar o tratamento e mantê-lo pelo tempo que for necessário.

“Perceber que não há uma convivência social apropriada dentro das capacidades de cada estrutura de personalidade já é um sinal que chama a atenção. Detectando já um déficit a partir de um isolamento progressivo, já nos dá a possibilidade de uma descoberta precoce de um possível transtorno psiquiátrico”, pondera.

Existem outros indícios que levam o indivíduo a perceber sinais de um adoecimento e, a partir disso, é um momento para solicitar auxílio da rede de apoio: mudanças nos padrões de comportamento, fisiológicos de sono, apetite e energia para realização das atividades da rotina são fortes indicativos de que alguma situação de adoecimento está se instalando.

A médica ressalta que a apresentação dos transtornos mentais em crianças e adolescentes é atípica. “Os sinais e sintomas, muitas vezes, são mais inespecíficos, o que dificulta a suspeita precoce de que algo está ocorrendo. O mais importante é não minimizar e/ou banalizar as queixas que possam surgir, mudanças de comportamento e agitações. Toda mudança de comportamento precisa ser investigada”, afirma.

Os adolescentes naturalmente passam por mudanças, frequentemente mais isolados, reservados com a família, passam muito tempo nas telas, e esse é um comportamento “uniforme” na atualidade.

Porém, conforme a especialista, chorar sem que haja qualquer motivo, emagrecimentos ou ganho de peso abruptos, maior hostilidade, irritabilidade e perda de desempenho escolar são sinais de atenção que precisam ser acompanhados e investigados.

“Nunca devemos caracterizar essas alterações como ‘frescura ou preguiça’, antes de que seja avaliado pelos profissionais habilitados”, finaliza.



CAPS e CVV

Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são serviços de saúde de caráter aberto, sem agendamento, e comunitário voltados aos atendimentos de pessoas com sofrimento psíquico ou transtorno mental, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras substâncias, que se encontram em situações de crise ou em processos de reabilitação psicossocial.

As equipes de atendimento são formadas por multiprofissionais que empregam diferentes intervenções e estratégias de acolhimento, como psicoterapia, seguimento clínico em psiquiatria, terapia ocupacional, reabilitação neuropsicológica, oficinas terapêuticas, medicação assistida, atendimentos familiares e domiciliares, entre outros.

Em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, o CEJAM gerencia o CAPS Infantojuvenil II M’Boi Mirim, CAPS Álcool e Drogas III Jardim Ângela e CAPS Adulto II Jardim Lídia.

Já o Centro de Valorização da Vida (CVV), instituto que apoia emocionalmente todas as pessoas que acessam o serviço, realiza atendimento 24h por dia, com voluntários que se revezam para conversar por telefone (188), e-mail ou chat.



CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” é uma entidade


Especialista esclarece 7 mitos e verdades sobre fertilidade

Ginecologista e membro da Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil (AMCR) reuniu as dúvidas mais presentes nos consultórios


Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 278 mil casais não conseguem ter filhos no Brasil, o que representa 15% do total. Sabe-se ainda que um casal com idade próxima dos 35 anos, com vida sexual ativa, que não faz uso de anticoncepcionais e não tem nenhuma disfunção, possui apenas 25% de chance de engravidar a cada mês. “Isso acontece porque a espécie humana não é muito fértil”, afirma Dra. Ana Carolina Hissa, ginecologista, obstetra e membro da Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil (AMCR). 

Segundo ela, a fertilidade é um tema que desperta muitas dúvidas nos casais que desejam ter filhos, mas ainda é permeado de muitos tabus. Por isso, a médica listou sete mitos e verdades respondendo as principais perguntas feitas nos consultórios, que seguem abaixo.

 

1 - A reprodução assistida é regulamentada pelo CFM 

Verdade

A reprodução assistida é um procedimento regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina. Conforme Dra. Ana esclarece que, de tempos em tempos, o órgão avalia os comportamentos e as necessidades da sociedade e realiza as mudanças necessárias. “Por exemplo, em 2021, o CFM entendeu que era preciso aumentar a idade máxima das mulheres doadoras de óvulos, elevando de 35 para 37, lembrando que as regras são revistas constantemente.

 

2 - Tratamento de reprodução humana garante gravidez

Mito

Segundo a médica, esta é uma pergunta comum nos consultórios, e sua resposta é negativa. As chances de engravidar por meio da reprodução assistida sobem para 60% em mulheres até 35 anos ou embriões biopsiados (o triplo do processo natural). “É uma evolução muito grande, mas não é 100%. Não há garantia de que dará certo”, avisa.

 

3 - Pelo método da fertilização in vitro, é possível saber o sexo do bebê

Verdade

É possível sim avaliar cromossomicamente o embrião, ao realizar a biópsia embrionária sai no resultado a euploidia e o sexo do embrião. Embora a técnica tenha essa capacidade, não é possível que se procure o procedimento com esse objetivo.

 

4 - A fertilização in vitro faz engordar?

Mito

Isso não é verdade. O que acontece é que na reprodução assistida, aumentam alguns hormônios que podem levar à retenção líquida. Porém, isso é transitório.

 

5 - O orgasmo feminino aumenta a chance de engravidar?

Mito

Há estudos indicando que o orgasmo não eleva as taxas de fecundação. “Na verdade, sabe-se que ele pode aumentar as contrações uterinas, fazendo com que o sêmem chegue melhor na cavidade uterina. Mas os estudos sobre o assunto já demonstraram que isso não tem a ver com as taxas de gravidez”, diz ela.

 

6 - Infertilidade e impotência são a mesma coisa

Mito

São duas coisas diferentes. A médica explica que é possível ter potência e não ter produção espermática, vice-versa. “Quando o casal percebe que algo não vai bem em um desses dois pontos, é preciso consultar um urologista ou andrologista para descobrir as causas e obter tratamento.

 

7 - É possível preservar a fertilidade de homens e mulheres

Verdade

A reprodução assistida evoluiu, as técnicas estão cada vez melhores e é possível preservar a fertilidade de homens e mulheres com idade avançada, portadores de câncer, entre outros casos. “Hoje, podemos congelar óvulos e espermatozoides, obtendo taxas muito boas de sucesso, em torno de 80% a 60%, respectivamente.


AMCR -- Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil

amcrbrasil.org/#!/quem


Dia Mundial de Combate ao Câncer: fique atento às ações que podem prevenir a doença

Data é uma iniciativa internacional que conta com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS)


Celebrado globalmente em 4 de fevereiro, o Dia Mundial de Combate ao Câncer foi instaurado para aumentar a conscientização acerca do tema. Só no Brasil, dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que, até 2025, serão registrados cerca de 704 mil novos casos por ano - um alerta que traz ainda mais valor para as iniciativas contra a doença.

Vitor Moura, CEO da VidaClass Saúde, afirma que “é necessário reforçar o cuidado e a prevenção na saúde como algo rotineiro, e datas especiais têm contribuído com isso. Focando no câncer, é importante que a população perceba que muitas vezes, em uma ponta, existem hábitos simples de prevenção, e, na outra, consequências graves”.

Além da data fixada no início de fevereiro, outras ocasiões trazem a conscientização acerca do câncer ao longo do ano, como o Outubro Rosa, por exemplo. Isso remete à atenção com a saúde de maneira contínua, como algo que deve ser lembrado durante o ano inteiro e como um hábito. Dentro disso, vale evidenciar duas questões fundamentais para manter no dia a dia: 


Estilo de vida saudável

Prática regular de atividade física, alimentação saudável, evitar o consumo de álcool e cigarro, e cuidar de sobrepeso são algumas das orientações básicas para cuidar da saúde no geral. No caso do câncer, podemos fazer muitas relações diretas entre o tipo da doença e esses hábitos - como o cigarro e as consequências para o pulmão.


Check-ups, exames preventivos e visitas regulares ao médico

Consultas e exames não devem ser negligenciados ou deixados para depois. O diagnóstico precoce é um dos principais aliados da cura de diversos tipos de câncer. Além disso, é importante lembrar que os especialistas têm um olhar profissional para os casos - um bom exemplo é em relação ao câncer de pele, no qual as pessoas podem tratar os sintomas como simples pintas/manchas. 

Com a modernização no setor de saúde, novos formatos de serviços e processos trouxeram mais acessibilidade ao público. A VidaClass Saúde, por exemplo, investe na tecnologia para aproximar médicos e população, além de simplificar processos e personalizar produtos, o que torna os custos mais acessíveis também. “Disponibilizar uma consulta e uma mamografia avulsas pode ser muito mais vantajoso do que colocar esses serviços em um plano preenchido por coisas que o cliente não vai usar. E isso aproxima as pessoas do cuidado com a saúde.”, finaliza Moura. 

 

VidaClass Saúde


Pesquisa do CEUB: algoritmo do Instagram favorece transtornos alimentares em mulheres

Decréscimo da autoestima e insatisfação corporal surgem da pressão por padrões de beleza. Quanto maior o engajamento na rede social também maior é a influência negativa

 

O Instagram é uma rede social que vai além da informação dinâmica. A vitrine social mostra pessoas, lugares e situações como sinônimo de pertencimento social, sucesso e felicidade plena. Por vezes, distorce a imagem da realidade e acaba frustrando homens e mulheres, sobretudo o público feminino. Com base nos efeitos psicológicos causados pela rede, a estudante de Psicologia do Centro Universitário de Brasília (CEUB) Stephanie Popoff realizou uma pesquisa com 118 mulheres de 18 a 54 anos e usuárias assíduas do Instagram, para identificar a relação entre o uso da rede como comportamento de risco associado aos transtornos psicológicos e alimentares em jovens adultas.

Os resultados são impactantes: das 118 mulheres entrevistadas, 83,9% relataram ter tido diagnóstico de transtornos psiquiátricos, sendo os transtornos de ansiedade os mais prevalentes na amostra 51,5%, seguidos por transtornos de humor 24,2%. Outras 14,1% participantes afirmaram ter diagnóstico de transtornos alimentares. “A utilização excessiva de alguns conteúdos recomendados pelo algoritmo do Instagram pode influenciar para o surgimento de transtornos alimentares, considerando que a insatisfação corporal é um fator de risco para a manifestação de transtornos alimentares”, explica Stephanie.

Orientador do projeto e professor de Psicologia do CEUB, Daniel Barbieri destaca que pelo fato da rede social estar integrada à vida das pessoas, provoca diferentes graus de engajamento, de modo que as pessoas consideram uma parte significativa da vida e se importam com as reações. “As pessoas que postam muitas informações são diretamente afetadas pelas reações estabelecidas – o que se relaciona à autoestima das mulheres com maior engajamento nas redes sociais”, considera. “Mulheres que são mais engajadas no Instagram podem passar o dia inteiro sofrendo publicações de outros engajamentos”, alerta Daniel.

A partir da interpretação dos dados, as informações pessoais - fotos, momentos históricos – são aquelas mais sujeitas a gerar os julgamentos estéticos e alimentares. “De fato, as redes sociais são interessantes em vários contextos, por possibilitar a comunicação entre as pessoas, mas tem uma faceta perigosa, que é potencialmente danosa à saúde mental”, considera Daniel. De forma complementar, a estudante de Psicologia do CEUB arremata: “O mais crítico é porque a rede opera como propagadora de determinados ideais de beleza que, muitas vezes, são insustentáveis ou até mesmo inexistentes”.


Maior engajamento e menor autoestima


A pesquisa da aluna do CEUB se propôs a investigar de que maneira o uso do Instagram está relacionado à autoestima e a satisfação corporal de mulheres adultas, tendo em vista que a plataforma utiliza estritamente a imagem corporal como ferramenta de interação entre os usuários. Também buscou correlacionar o uso exacerbado do Instagram como comportamento de risco associado aos transtornos alimentares em jovens adulta.
Para essa apuração, a pesquisadora entrevistou 118 mulheres adultas, de 18 a 54 anos e usuárias assíduas do Instagram por meio de três questionários distintos. Entre pontuações que significam “discordo totalmente e concordo totalmente” as mulheres responderam sobre os conteúdos preferidos e se sentem pressionadas por determinados tipos de padrão.

 

Pix Garantido e Pix Parcelado: novas modalidades de pagamento vão mudar o sistema financeiro no Brasil

  • Novas modalidades de pagamento devem ser lançadas esse ano
  • Open Finance vai simplificar transações e facilitar transferências
  • A Agenda BC# existe para fomentar a inovação no mercado financeiro brasileiro

 

Duas novas modalidades de pagamento usando o PIX devem ser lançadas entre 2023 e 2024. Com o potencial de mudar o modo com que os brasileiros lidam com suas finanças, o Pix Garantido e o Pix Parcelado serão sistemas de parcelamento de compras com e sem o vínculo ao cartão de crédito. Ambos fazem parte da iniciativa BC#, a agenda de inovação do Banco Central, com foco no fomento de tecnologias para o ecossistema financeiro do país.


 

O que é o Pix Garantido?


Essa é uma iniciativa criada pelo próprio Banco Central, onde compradores poderão parcelar suas compras via Pix, como em um cartão de crédito, mas sem a necessidade de usar as formas tradicionais de “maquininhas” e bandeiras. Nessa opção, o vendedor tem a garantia de que receberá o valor da compra mesmo que o cliente não tenha saldo em conta – daí o nome "garantido". Caso o cliente não tenha o valor na conta, o saldo será cobrado posteriormente pela instituição, com o acréscimo de juros e taxas, sempre seguindo regras específicas do Banco Central.

 

Pensada como uma inovação para facilitar pagamentos recorrentes, como assinaturas e parcelamentos sem a necessidade de um cartão de crédito – e com a possibilidade de taxas reduzidas. Além disso, o formato permite um maior controle financeiro e mais flexibilidade no pagamento de dívidas. 


 

O que é o Pix Parcelado?


Diferente do Garantido, o Pix Parcelado é uma iniciativa criada pelas próprias instituições financeiras, que estão buscando processos de inovação nas suas soluções, se antecipando às revoluções da agenda do Banco Central. Nesse formato, instituições financeiras ficam autorizadas a fornecer uma linha de crédito com juros mais baixos, que podem variar entre 1,6% e 2,5% ao mês – com todos os pagamentos via Pix. 

 

Cada instituição define as suas próprias regras e em alguns casos, os pagamentos podem também ser atrelados ao cartão de crédito – ou seja, o cliente faz a compra, opta pelo parcelamento via Pix e a cobrança é feita na fatura do Cartão de Crédito, usando as datas de vencimento do cartão.


 

Agenda BC#


A agenda BC#, responsável por criar políticas públicas de fomento à inovação financeira, é a grande responsável pelo processo. Além do Pix, a agenda trabalha com temas como o Open Finance, Registro de Recebíveis e o SFN Mais Eficiente (Sistema Financeiro Nacional). A ideia é sempre trazer processos de bancarização mais eficientes e crédito mais barato para a população. De acordo com o Banco Central, o Brasil tem 536,9 milhões de chaves PIX cadastradas para 140 milhões de usuários. Essas pessoas pagam, hoje, boletos via QR Code ou copia e cola ou fazem transferências bancárias. 

 

“O Open Finance vem contribuir também nesse processo. Além de simplificar as transações, vai facilitar a transferência de dinheiro entre bancos, sem precisar abrir o aplicativo desses bancos. Para isso, basta ter um iniciador”, explica Danillo Branco.

 

O iniciador de transações de pagamentos (ITP) possibilita esse cruzamento de sistemas das instituições financeiras para movimentações via PIX. Das 14 instituições que usam iniciador hoje, quatro utilizam a tecnologia desenvolvida pela Finansystech. 

“É possível ter segurança e agilidade para facilitar e reduzir custos para as pessoas. Com o avanço do PIX, avançam também as possibilidades de mais pessoas serem vistas pelo sistema financeiro. Novas tecnologias e opções de pagamento só vêm a acrescentar qualidade, agilidade e segurança ao processo", finaliza Branco.


Especialista revela quais os segredos para manter uma boa audiência nas redes sociais

 O especialista Samuel Pereira explica a importância da bolha de relevância para impulsionar um perfil


A tração de um perfil na rede social é uma série de ações que ajudam a melhorar o desempenho dentro da plataforma, estabelecendo seu negócio de maneira saudável, com fluidez e possibilidade de se sustentar no longo prazo. De acordo com Samuel Pereira, especialista em marketing digital, empresário, investidor e fundador da SDA Holding, “é importante que o perfil esteja sempre aquecido, trazendo novos seguidores. Essa frequência faz com que o algoritmo entenda que é uma rede relevante. Em resumo, não adianta cem pessoas novas clicarem na sua página se não começarem a seguir sua marca na plataforma. É um ponto que faz muita diferença na tração do perfil”.

Mas uma boa estratégia de aquisição precisa estar acompanhada do que ele chama de bolha de relevância, um dos pilares essenciais para a tração. “A bolha da relevância vai determinar a quantidade de pessoas que você vai alcançar com uma postagem. Ou seja, ela mostra o quão relevante você está na rede social para impactar outras pessoas”, explica.  

Uma das coisas mais importantes nesse tópico é manter um planejamento de bons posts seguidos um do outro, porque isso aquece o algoritmo e começa a posicionar o perfil com maior alcance na rede. O mesmo pode acontecer no sentido contrário: postagens seguidas de folder, por exemplo, que não dão uma razão clara para o público interagir, podem distanciar cada vez mais um conteúdo dos seguidores. 

Para isso, Samuel sugere selecionar 20% das piores postagens relacionadas em determinado período de tempo, ou seja, aquelas com menor engajamento e parar a criação de conteúdos no mesmo formato, tema ou estilo. Por outro lado, indica fazer o mesmo com as postagens que deram mais certo: selecionar os 20% de melhores conteúdos e repetir a fórmula. Ele garante que essa pequena tarefa vai fazer diferença na rede social. “Além disso, puxar a interação é muito importante. Por exemplo: você fica um tempo sem ver o post de um amigo, mas resolve trocar uma ideia com ele no inbox. No dia seguinte, começam a aparecer conteúdos dele na sua timeline — o mesmo funciona para ele. É importante também parar de se comparar com outras pessoas e focar realmente em resultados. Quando eu foquei mais no meu perfil que dos meus concorrentes, cresci de outra maneira”, diz. 

Outro elemento crucial, de acordo com o empresário, é ter uma biografia que mostra logo de cara porque as pessoas devem seguir aquele perfil. Colocar a história da marca, os êxitos e o objetivo no topo da página ajuda para que as pessoas que visitarem a plataforma entendam claramente porque devem acompanhar aquele conteúdo. Isso faz parte do que ele chama de escalada da percepção, ou seja,  quando o seguidor entende a relevância que uma pessoa ou empresa tem a partir do histórico e marcos pessoais. Mostrar que aquele porta-voz tem credibilidade no tema que trata é crucial para que o seguidor preste atenção no que é postado. 

Por fim, ao aumentar a aquisição de seguidores de qualidade, o perfil é impulsionado e o engajamento também cresce. “Por que um sorteio é ruim?  Pode ser ruim quando não é feito de forma estratégica, por exemplo fazer sorteios de coisas que não tem nada a ver com o seu segmento. 

Isso faz a pessoa te seguir apenas para ganhar alguma coisa. Isso significa que esse seguidor não tende a curtir as próximas postagens ou interagir de uma maneira relevante. Ao mesmo tempo, quando acaba o sorteio, muita gente sai de uma vez e é possível que caia atração, porque o algoritmo entende que o perfil está perdendo relevância”, ressalta, destacando ainda que rede social gosta de consistência. 

Isso quer dizer que fazer posts sem gaps muito longos de duração entre um e outro também importa — inserir conteúdos com muita distância de tempo pode prejudicar o engajamento. 



Samuel Pereira - empresário, investidor e fundador da SDA Holding. Entre alguns dos seus marcos está a criação do evento Segredos da Audiência Ao Vivo (SDA Ao Vivo), maior evento de tráfego e audiência do Brasil. Samuel também empreende no digital há 12 anos, onde já construiu dezenas de sites e blogs, apenas um deles recebendo 16 milhões de visitantes únicos. Nas redes sociais que gerencia são quase 5 milhões de seguidores, e nas suas redes sociais pessoas são 1 milhão de seguidores. Também é coautor do livro Negócios Digitais e autor do Best-Seller Atenção! O Maior Ativo do Mundo, na Revista Veja, com prefácio de Luiza Helena Trajano.
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Fórum Econômico Mundial: Como os riscos globais podem impactar carreiras e negócios?

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Especialista em carreira mostra como transformar os riscos globais em soluções e oportunidades no ambiente profissional


O mundo tem passado por muitas mudanças e enfrentado um conjunto de riscos. Depois da pandemia de COVID-19 onde a população começou a voltar ao ‘novo normal’, tivemos a eclosão da guerra na Ucrânia que deu início a uma nova crise de alimentos e energia, gerando inflação e mudando a economia de vários mercados. Mesmo diante de muitos desafios externos que impactam diretamente as empresas e a população no Brasil e no mundo, Rebeca Toyama, especialista em carreira e comportamento, traz 5 dicas de como converter os riscos em oportunidades de crescimento no ambiente profissional.

De acordo com o relatório de Riscos Globais 2023, publicado pelo Fórum Econômico Mundial (WEF), estamos vendo o retorno de riscos ‘antigos’, como a inflação, crises de custo de vida, guerras comerciais, saídas de capital de mercados emergentes, agitação social generalizada e confronto geopolítico. E a crise do custo de vida é classificada como o risco imediato mais grave, junto com a crise climática, como o maior risco daqui a 10 anos.

Ainda segundo uma pesquisa realizada pelo WEF, 18% dos economistas-chefes de setores público e privado entrevistados consideraram uma recessão mundial extremamente provável em 2023. Esse dado é mais do que o dobro da pesquisa anterior realizada em setembro de 2022. 

Para a especialista, tudo o que se discute no Fórum Econômico Mundial de fato influencia as pessoas e empresas de todo o mundo, ainda que boa parte da população ainda não entenda essa associação. O Fórum sempre deixa importantes lições, por isso é relevante acompanhar o tema, filtrando o que se pode levar tanto para o dia a dia das empresas quanto para a estratégia de carreira.

“Aqui vale ressaltar o poder da colaboração e o que cada pessoa pode fazer para ajudar o mundo a combater esses riscos. Todos podem e devem se engajar nessa temática”, afirma Rebeca Toyama, especialista em carreira e comportamento. 

Riscos impactam a carreira

Como no conceito de Life Long Learning, em tradução livre aprendizado ao longo da vida, sempre temos que estar aprendendo, e para melhor visualizar os riscos globais, de acordo com a especialista em carreira, os profissionais precisam adquirir conhecimentos que resolvam problemas reais, e o relatório de  riscos globais  mostra os desafios e os problemas pelo quais o planeta vai passar.

"Podemos usar também o conceito de aprendizagem ativa, pois o que sustenta uma carreira não é a quantidade de conhecimento adquirido, mas sim a capacidade de resolver problemas reais. Vale ressaltar que os riscos trazem um direcional para essa requalificação, para assim buscar o conhecimento e as tecnologias necessárias para superar os desafios presentes no cenário atual”, comenta Toyama. 


Riscos impactam as empresas

Para Rebeca Toyama, os temas discutidos merecem toda nossa atenção agora para garantir a sustentabilidade do planeta, dos negócios e das carreiras. Portanto, é irresponsabilidade das empresas e dos líderes  não se interessarem pelo tema.

Quando se conhece os riscos, é muito mais fácil proteger o negócio e ter um planejamento estratégico mais assertivo. Além disso, conhecer os riscos globais traz também o entendimento sobre como proteger a sociedade e como colaborar com algum tipo de solução com relação aos riscos.

“Não é ignorando os riscos que resolvemos eles. O ponto-chave é tomar consciência dos riscos e tocar os negócios de forma consciente. E assim, se consegue não só ter mais resultados, como ajudar os nossos clientes a resolverem seus problemas. Aqui vale relacionar o impacto de cada um dos riscos do relatório com os resultados de sua carreira e do seu negócio”, explica.   


Riscos impactam também a população 

Segundo Toyama, a população precisa vestir a camisa e não ter um olhar apartado, como se a sociedade não tivesse relação com os riscos. As alterações climáticas - impacto ambiental, por conta do desmatamento e da ação do homem na natureza; aumento da inflação, a fome, o desemprego - problemas sociais, por conta dos confrontos econômicos e guerras, tudo isso é discutido no Fórum, e tudo faz parte da vida e da realidade de toda a população. 

“Cada um de nós vai ajudar a pagar essa conta, porém, o primeiro passo é educar e conscientizar pessoas e empresas. Nem as empresas, nem os governos e nem terceiro setor conseguirá resolver esse problema sozinho, e a única forma que temos de não sucumbir os riscos é desenvolvendo a competência de colaboração, como o próprio tema do Fórum esse ano nos lembrou ‘cooperação em um mundo fragmentado’.”, finaliza Rebeca Toyama. 

Rebeca Toyama, especialista em carreira e comportamento, traz 5 dicas de como converter os riscos em oportunidades:  

1.  Comece a se interessar pelo tema, isso ajudará você ampliar sua visão e encontrar oportunidades;

2.  Assuma uma postura protagonista, identificando os possíveis impactos dos riscos em seu negócio ou carreira;

3.  Desenvolva um espírito colaborativo focando sua carreira ou seu negócio na solução de problemas reais;

4.  Promova rodas de conversa sobre o tema com sua equipe para que cada vez mais o tema possa ser disseminado;

5.  Inclua entre seus indicadores de performance metas que contribuam com a redução dos riscos ou transforme-os em oportunidades.

 



Rebeca Toyama - fundadora da ACI, signatária do Pacto Global da ONU. Mestre em Psicologia Clínica e Administradora. Especialista em educação corporativa, carreira e bem-estar financeiro. Atua há 20 anos como palestrante, mentora e coach. Integra o corpo docente da pós-graduação da ALUBRAT, da Galícia Educação, da Universidade Fenabrave e do Instituto Filantropia. Colaboradora do livro Tratado de Psicologia Transpessoal: perspectivas atuais em psicologia: Volume 2; Coaching Aceleração de Resultados e Coaching para Executivos.


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