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sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

São Paulo Companhia de Dança estreia "O Quebra-Nozes no Mundo dos Sonhos", de Márcia Haydée, no Teatro Sérgio Cardoso

A versão exclusiva do espetáculo, idealizada pela consagrada artista brasileira, acontece entre os dias 1 e 4, e 8 e 11 de dezembro, encerrando a temporada de 2022 - Cor do Arco-Íris


 

Créditos: Charles Lima 

A São Paulo Companhia de Dança (SPCD) - corpo artístico da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança, dirigida por Inês Bogéa, finaliza sua temporada de 2022, intitulada Cor do Arco-Íris, com a estreia da mais nova obra de Márcia Haydée. De 1 a 4, e de 8 a 11 de dezembro, a SPCD volta ao Teatro Sérgio Cardoso, equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, e gerido pela Amigos da Arte, com o espetáculo O Quebra-Nozes no Mundo dos Sonhos, segunda obra da consagrada artista para a Companhia após “O Sonho de Dom Quixote” (2015), que foi sucesso de público e de crítica no Brasil e internacionalmente.                       

O Quebra-Nozes no Mundo dos Sonhos é uma releitura do livro de E.T.A. Hoffmann (1778-1822), e narra a experiência de dois irmãos em uma noite de Natal especial, quando um boneco quebra-nozes ganha vida e os conduz em uma jornada inesquecível por um reino mágico e dançante. O popular conto natalino, nesta versão de Márcia Haydée, uma das mais importantes artistas do país a construir carreira na Europa como diretora de dança e primeira-bailarina, traz referências do nosso país com passagens por mundos da capoeira, do samba, das danças urbanas, e claro, do balé clássico. A história, assim como no original criado em 1892 por Marius Petipa (1818-1910), é conduzida por uma das composições mais famosas de Tchaikovsky (1840-1893) - Suite "Quebra-Nozes", unindo a tradição do balé à inventividade de Haydée.

Curiosidades: Os irmãos mais implicantes da história dos balés de repertório apresentam, nesta versão, uma relação de companheirismo e carinho – além de levarem os nomes dos bailarinos que os interpretam. Drosselmeyer, o padrinho excêntrico de Clara, é um inventor com uma oficina cheia de elementos mágicos; o personagem é inspirado no avô de Márcia. No Reino das Luzes, eles são levados ao Mundo dos Sonhos e são recebidos por Vega, a estrela mais brilhante da constelação. 

"Foi um grande prazer receber esse convite da Inês para montar meu primeiro Quebra-Nozes e o primeiro da Companhia. Depois de tudo que o mundo passou nos últimos tempos, quis trazer um pouco de alegria por meio da arte, em uma versão que traz muito da minha história e com referências ao meu país de origem, que é o Brasil. Quis fazer um Quebra-Nozes brasileiro, assim como somos. Quando cheguei aqui e me reencontrei com esses bailarinos pelos quais tenho tanto carinho, tudo fluiu e a história se construiu na sala de ensaio, a partir deles", afirma Márcia. 

“Encerrar a nossa Temporada Cor do Arco-Íris com esta obra de Márcia e estar ao lado dela é uma honra e um grande prazer, tanto para mim, quanto para a São Paulo Companhia de Dança. É uma obra especial, emblemática do nosso imaginário, na qual todos são tocados pelo tempo de Natal. Que o público sinta a brasilidade da obra e que a mesma possa colorir a vida das pessoas que se deixam tocar pela arte e pela dança”, afirma Inês Bogéa, diretora artística da São Paulo Companhia de Dança.

 

Por Dentro da Dança e Espetáculo para Estudantes e Idosos

Uma hora antes dos espetáculos, o público interessado em se aprofundar nas histórias e nos bastidores das criações poderá conversar com a diretora da Companhia, Inês Bogéa, que fará palestras gratuitas sobre a criação de Márcia Haydée. A Temporada apresentará ainda Espetáculos para Estudantes e Idosos, que acontece no dia 30/11, às 15h. A entrada é gratuita mediante inscrição prévia no site spcd.com.br/educativo/inscricoes

 

Acessibilidade

As sessões entre os dias 8 e 11 de dezembro, contarão com recurso de acessibilidade comunicacional por meio de audiodescrição e janela de libras, permitindo que pessoas com deficiência visual e auditiva possam contemplar o espetáculo a partir da descrição de informações que detalham cenários, figurinos e, principalmente, os movimentos dos bailarinos. Além disso, nos dias 30/11 (Espetáculo para Estudantes) e 10/12 (nas duas sessões), as palestras Por Dentro da Dança terão tradução simultânea com intérprete de libras. Com roteiro produzido pela Mais Diferenças, a audiodescrição será transmitida de modo gratuito por meio do app LiveVoice, possibilitando aos espectadores usufruir do serviço tanto por meio de seus próprios smartphones quanto por aparelhos e fones de ouvido oferecidos para empréstimo pela SPCD mediante disponibilidade. Para isso, basta ter o equipamento conectado à internet via 4G ou wi-fi, fazer a leitura do QR Code informado pela equipe de Educativo da SPCD e manter os fones de ouvido plugados. A audiodescrição terá início juntamente à apresentação. Já a janela de libras será disponibilizada de forma gratuita via link do YouTube no canal da SPCD, que também deve ser solicitado para a equipe de Educativo da Companhia.

A Temporada 2022 da SPCD é viabilizada pela Lei de Incentivo à Cultura, com Patrocínio Prata de Itaú e Eurofarma, Copatrocínio de Deloitte e Sodexo, apoio de CPF e realização da Associação Pró-Dança, Governo do Estado de São Paulo, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal. 

Os ingressos para as apresentações já estão à venda diretamente em https://bileto.sympla.com.br/event/77971/d/165280 e podem ser adquiridos a partir de R$45 (balcão/inteira). 

 

SÃO PAULO COMPANHIA DE DANÇA

Direção Artística | Inês Bogéa

Criada em janeiro de 2008, a São Paulo Companhia de Dança (SPCD) é um corpo artístico da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança e dirigida por Inês Bogéa, doutora em Artes, bailarina, documentarista e escritora. A São Paulo é uma Companhia de repertório, ou seja, realiza montagens de excelência artística, que incluem trabalhos dos séculos XIX, XX e XXI de grandes peças clássicas e modernas a obras contemporâneas, especialmente criadas por coreógrafos nacionais e internacionais. A difusão da dança, produção e circulação de espetáculos é o núcleo principal de seu trabalho. A SPCD apresenta espetáculos de dança no Estado de São Paulo, no Brasil e no exterior e é hoje considerada uma das mais importantes companhias de dança da América Latina pela crítica especializada. Desde sua criação, já foi assistida por um público superior a 900 mil pessoas em 18 diferentes países, passando por cerca de 150 cidades em mais de 1.100 apresentações e acumulando mais de 48 prêmios nacionais e internacionais. Por meio do selo #SPCDdigital, criado em 2020, realizou mais de 40 espetáculos virtuais e transmissões de apresentações que somam quase um milhão de visualizações. Além da Difusão e Circulação de Espetáculos, a SPCD tem mais duas vertentes de ação: os Programas Educativos e de Sensibilização de Plateia e Registro e Memória da Dança.


Inês Bogéa
é doutora em Artes (Unicamp, 2007), bailarina, documentarista, escritora, professora nos cursos de especialização Arte na Educação: Teoria e Prática da Universidade de São Paulo (USP) e Pós-Graduação em Linguagem e Poética da Dança: Documentário, Memória e Dança da Universidade Regional de Blumenau (FURB) em parceria com a Fundação Fritz Muller (FFM). É autora do “Por Dentro da Dança” com a São Paulo Companhia de Dança na Rádio CBN. De 1989 a 2001, foi bailarina do Grupo Corpo (Belo Horizonte). Foi crítica de dança da Folha de S. Paulo de 2001 a 2007 e integrou o júri técnico/crítico do quadro Dança dos Famosos do programa Domingão do Faustão/TV Globo de 2016 a 2021. É autora de diversos livros infantis e organizadora de vários livros. Na área de arte-educação foi consultora da Escola de Teatro e Dança Fafi (2003-2004) e consultora do Programa Fábricas de Cultura da Secretaria de Cultura do Estado (2007-2008). É autora de mais de quarenta documentários sobre dança. Desde 2022 é também diretora artística e educacional da São Paulo Escola de Dança, mais novo equipamento cultural do Governo do Estado de São Paulo.

 

Sobre a Amigos da Arte

A Amigos da Arte, Organização Social de Cultura responsável pela gestão do Teatro Sérgio Cardoso, Teatro Sérgio Cardoso Digital e Teatro de Araras, além da plataforma de streaming e vídeo por demanda #CulturaEmCasa,  trabalha em parceria com o Governo do Estado de São Paulo e a iniciativa privada desde 2004. Música, literatura, dança, teatro, circo e atividades de artes integradas fazem parte da atuação da Amigos da Arte, que tem como objetivo fomentar a produção cultural por meio de festivais, programas continuados e da gestão de equipamentos culturais públicos. Em seus mais de 17 anos de atuação, a Organização desenvolveu cerca de 60 mil ações que impactaram mais de 30 milhões de pessoas.

 

Sobre o Teatro Sérgio Cardoso

Localizado no boêmio bairro paulistano do Bixiga, o Teatro Sérgio Cardoso mantém a tradição e a relevância conquistada em mais de 40 anos de atuação na capital paulista. Palco de espetáculos musicais, dança, peças de teatro, o equipamento é um dos últimos grandes teatros de rua da capital, e foi fundamental  nos dois anos de pandemia, quando abriu as portas, a partir de rígidos protocolos de saúde, para a gravação de especiais difundidos pela plataforma #CulturaEmCasa. 

Composto por duas salas de espetáculo, quatro dedicadas a ensaios, além de uma sala de captação e transmissão, o Teatro tem capacidade para abrigar com acessibilidade oito pessoas na sala Nydia Licia, 827 na sala Paschoal Magno 149 pessoas são comportadas no hall de entrada, onde também acontecem apresentações e aulas de dança. 

Em junho deste ano, mais uma vez o Teatro inova e lança o projeto “Teatro Sérgio Cardoso Digital”. Com um investimento em alta tecnologia e adaptação para as necessidades virtuais, o TSC Digital, na vanguarda dos teatros públicos brasileiros, vai ao encontro de forma inédita da democratização do acesso à cultura com objetivo de garantir uma experiência online o mais próxima possível da presencial.

 

 São Paulo Companhia de Dança 

www.spcd.com.br

Renata Faila – Analista de Comunicação 

renata.faila@prodanca.org.br | (11) 3224-1380 ramal 345 

 

Redes Sociais TSC

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Redes Sociais SPCD

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Ficha Técnica 

O Quebra-Nozes no Mundo dos Sonhos (2022)

Coreografia: Márcia Haydée

Música: Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893) 

Figurino: Tânia Agra 

Cenografia: Nicolás Boni

Iluminação: Wagner Freire

 

 

SERVIÇO

O Quebra-Nozes no Mundo dos Sonhos, de Márcia Haydée

Endereço: Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista – São Paulo/SP

Datas: 1 - 4 e 8 - 11 de dezembro de 2022

Horários: Quinta e sexta, às 20h | Sábado, às 16h e 20h | Domingo, às 17h

Capacidade física: 827 lugares 

Acessibilidade: Sim

Classificação: Livre | Duração: 2h

Preço: R$ 70,00 (plateia central) | R$ 60,00 (plateia lateral) | R$ 45,00 (balcão), à venda no site https://bileto.sympla.com.br/event/77971/d/165280 

 

Casa Museu Ema Klabin tem programação para crianças e lançamento de livro

Os pequenos vão poder conferir desde música clássica, com obras de mestres como Heitor Villa-Lobos e Chiquinha Gonzaga, até participar de brincadeiras com o cacuriá


gRUPO êBA: crianças vão interagir com brincadeiras, canções e o cacuriá, dança típica da cultura popular maranhense.  Foto: Rodiney Assunção

 

Em dezembro, a Casa Museu Ema Klabin apresenta uma programação musical voltada para as crianças e famílias. No dia 3, às 11h, a Camerata de Violões Infanto-juvenil do GURI Capital e Grande São Paulo apresenta, sob a regência de Flavia Prando, obras de mestres como Heitor Villa-Lobos, Chiquinha Gonzaga e Ernesto Nazareth, entre outros.

 

No dia 4, às 15h, o gRUPO êBA apresenta, pelo programa Tardes Musicais, o espetáculo infantil e bilíngue (Libras e português) Cacuriando. As crianças vão interagir com brincadeiras, canções e o cacuriá, dança típica da cultura popular maranhense apresentada, durante a Festa do Divino Espírito Santo, uma das manifestações culturais mais importantes do estado nordestino. Todo o espetáculo é realizado em Libras – Língua Brasileira de Sinais, para que as crianças surdas e as ouvintes possam participar do mesmo universo lúdico e interativo. A vivência cultural contará com a educadora e intérprete de Libras Amanda Lioli; a cantora, atriz e pesquisadora de sons corporais, Drika Ferreira; a percussionista Li Albano e da artista MC, slammer, poeta surda e performer, Nay Rodrigues.

 

Os dois eventos têm entrada franca, com 100 lugares presenciais a cada dia. No dia 4, o espetáculo também será transmitido ao vivo pelo canal do YouTube da Casa Museu Ema Klabin.

 

Lançamento do livro O que há de autêntico em uma mãe inventada

No dia 3 de dezembro, das 15h às 18h, a Casa Museu Ema Klabin recebe o lançamento do livro de poemas O que há de autêntico em uma mãe inventada (Editora Urutau), da escritora Oluwa Seyi Salles Bento. Durante o encontro, haverá um bate-papo com a autora da obra e as autoras do prefácio e do posfácio do livro, Lara de Paula e Zainne Lima. Temas como planos, adiamentos, negações e impossibilidades que envolvem a maternidade ainda não exercida serão discutidos, além da leitura de poemas. O livro estará disponível para compra, mas é possível reservá-lo com a autora acessando suas redes sociais e recebê-lo autografado no lançamento.

 

Visita à casa museu

Antes de cada programação é possível visitar a Casa Museu Ema Klabin. A residência onde viveu Ema Klabin de 1961 a 1994 é uma das poucas casas museus de colecionador no Brasil com ambientes preservados e conta com uma rica coleção de arte, incluindo pinturas do russo Marc Chagall (1887-1985) e do holandês Frans Post (1612-1680), além de artes decorativas e peças arqueológicas. Até o dia 16 de dezembro, a casa museu apresenta a exposição ReviraVolta, com curadoria de Paulo de Freitas Costa.

                                                                      

Serviço:

Camerata de Violões Infanto-juvenil do GURI Capital e Grande São Paulo

3 de dezembro, às 11h

100 lugares presenciais por ordem de chegada

 

Lançamento do livro O que há de autêntico em uma mãe inventada

3 de dezembro, às 15h

 

Tardes Musicais: Grupo êBA espetáculo infantil Cacuriando

4 de dezembro, às 15h

100 lugares presenciais por ordem de chegada e transmissão ao vivo pelo Canal do YouTube da Casa Museu

 

Exposição ReviraVolta

Até 16 de dezembro de 2022

De quarta a sexta-feira em grupos acompanhados por educador. Finais de semana e feriados, visitas livres. Sempre em quatro horários: 11h, 14h, 15h15 e 16h30.

Rua Portugal, 43 – Jardim Europa - São Paulo, SP

Entrada franca* 

 

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Vídeo institucional: https://www.youtube.com/watch?v=ssdKzor32fQ

Vídeo de realidade virtual: https://www.youtube.com/watch?v=kwXmssppqUU

*Como em todos os nossos eventos gratuitos, convidamos quem aprecia a Casa Museu Ema Klabin e pode contribuir para a manutenção das nossas atividades a nos apoiar com uma doação voluntária via pix: 51204196000177.

 

Confira 10 exposições imperdíveis para curtir na capital paulista

Parte das mostras já está em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB SP), Museu da Imagem e do Som (MIS), Espaço de Exposições do Centro Cultural Fiesp e Museu das Culturas Indígenas (MCI); algumas têm entrada gratuita e podem ser conferidas até o início de 2023                                                                                                     

                                                                                                               

  Divulgação MCI 

 Exposições no Museu das Culturas Indígenas (acima) e no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo (abaixo) contam com obras que abordam a cultura dos povos originários.

                                         

Tiago Nunes Fotografia -
   

Neste fim de ano e durante as férias escolares a dica é aproveitar o tempo livre para conferir 10 exposições imperdíveis na capital paulista. Apesar de possuírem características e abordagens diferentes, as mostras têm em comum a participação de artistas brasileiros ou homenagem a grandes nomes da cultura nacional.

Algumas das exposições são interativas e possuem entrada gratuita. Todas estão localizadas em endereços de fácil acesso -próximas de estações de metrô e ônibus - como o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB SP), o Museu da Imagem e do Som (MIS), o Espaço de Exposições do Centro Cultural Fiesp e o Museu das Culturas Indígenas (MCI).


O QUE ESTÁ EM CARTAZ...

 

“Arte é Bom”

A exposição em exibição no MIS é um convite à diversão. Interativa – praticamente tudo envolve a participação do visitante -  reúne obras inusitadas, como uma pedra que emite risadas assim que alguém passa por ela. Os trabalhos assinados por artistas contemporâneos, incluindo grandes ícones como Hélio Oiticica e Lygia Clarck (já falecidos), ficam em exibição somente por mais algumas semanas.

Data: Até 11 de dezembro de 2022

Horário: terça a sexta, das 11h às 19h; sábado, domingo e feriados, das 10h às 18h

Local: Avenida Europa, 158 - Jardim Europa

Ingresso: R$ 40,00 (inteira) e R$20,00 (meia-entrada); gratuito nas terças-feiras

Mais informações: www.mis-sp.org.br

 


“Cria _experiências de invenção”

                                                           

© paula monroy

 “Le petit chaperon rouge” da artista suíça Warja Lavatar (1913-2007)

                             

Já imaginou ler o clássico “Chapeuzinho Vermelho” por meio de símbolos e não letras? Este é só um exemplo dos trabalhos presentes na mostra coletiva em cartaz no Espaço de Exposições do Centro Cultural Fiesp (CCF). Voltada especialmente ao público infantil, ‘Cria’ conta com obras interativas, que permitem vivencias plurissensoriais e o acesso a diferentes culturas e linguagens artísticas.

Data: Até 19 de fevereiro de 2023

Horário: quarta a domingo, das 10h às 20h.

Local: Avenida Paulista, 1313 – em frente à estação Trianon/Masp – São Paulo/SP

Ingresso gratuito.

Mais informações: www.centrocultural.fiesp.com.br

 

 

“Grandes Personalidades Negras”

A mostra exibe obras em grafitti de 81 personalidades negras que fizeram história no Brasil. Entre os homenageados está Emanoel Araujo, artista e idealizador do Museu Afro Brasil, que se notabilizou por lutar pelo reconhecimento e a valorização da produção afro-brasileira nos mais diversos âmbitos. A exposição em cartaz no MIS também apresenta biografias desses personagens.

Data: Até 29 de janeiro de 2023

Horário: terça a sexta, das 11h às 19h; sábado, domingo e feriados, das 10h às 18h

Local: Avenida Europa, 158 - Jardim Europa (1º andar do Museu)

Ingresso gratuito

Mais informações: www.mis-sp.org.br

 

 

“Invasão Colonial ‘Yvy Opata’ A Terra Vai Acabar”

A exposição conta com trabalhos do artista de origem indígena: Xadalu Tupã Jekupé. As obras denunciam como os territórios originários em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, estão sendo engolidos pelo progresso dos grandes centros urbanos. A mostra, no Museu das Culturas Indígenas, reflete a violência dessa invasão e a segregação étnica vivida pelo povo Guarani.

Data: Até 31 de dezembro de 2022

Horário: terças, quartas, sextas, sábados e domingos, das 09h às 18h e às quintas das 09h às 20h

Local: Rua Dona Germaine Burchard, 451

Ingresso: R$ 15,00 (inteira) e R$ 7,50 (meia-entrada); gratuito nas quintas-feiras

Mais informações: https://museudasculturasindigenas.org.br

 

 

“Nova Fotografia 1”

                                                                                                I

vete Siqueira

       “Nascer”, da artista Ivete Siqueira


A exposição apresenta conjunto de imagens de três artistas contemporâneos. “Memórias futuras”, de Grasielle Barbaresco, utiliza uma abordagem poética para retratar como questões culturais determinam as infâncias, e de que forma o traumático incide na constituição psíquica dos adolescentes. “Morro dos espíritos”, de Givva e Quebrantxy, cria um paralelo entre a relação dos moradores das periferias com imagens de espíritos ancestrais. Em “Nascer”, Ivete Siqueira reflete como o parto é uma dinâmica complexa que envolve ressignificações da vida, construção e intensificação de vínculos.

Data: Até 04 dezembro

Horário: terça a sexta, das 11h às 19h; sábado, domingo e feriados, das 10h às 18h

Local: Avenida Europa, 158 - Jardim Europa (1º andar do Museu)

Ingresso gratuito

Mais informações: www.mis-sp.org.br

 

 

“Ocupação Decoloniza – SP Terra Indígena”

Essa exposição coletiva está instalada na área externa do Museu das Culturas Indígenas. O grafismo guarani adorna o gradil da entrada, paredes e fachada. Os desenhos foram criados e executados pelos próprios indígenas, que abordaram temáticas como a resistência e luta pelos direitos dos povos originários.

Horário: terças, quartas, sextas, sábados e domingos, das 09h às 18h e às quintas das 09h às 20h

Local: Rua Dona Germaine Burchard, 451

Ingresso: R$ 15,00 (inteira) e R$ 7,50 (meia-entrada); gratuito nas quintas-feiras

Mais informações: https://museudasculturasindigenas.org.br

 

 

“Playmode”

As obras presentes nessa mostra coletiva, que foi sucesso em Portugal, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, propõem reflexões sociais e questionamentos sobre pautas contemporâneas por meio dos jogos. Alguns dos trabalhos são interativos. Entre eles estão os games que fazem referências aos povos indígenas, a mitologia grega, ao tempo e a velhice. Em cartaz no CCBB SP, a exposição conta com participação de brasileiros e artistas de outros 14 países.

Data: Até 16 de janeiro de 2023

Horário: de domingo a segunda, das 09h às 20h. Às terças é fechado.

Local: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico

Ingresso gratuito

Mais informações: www.ccbb.com.br/sao-paulo

 

 

“YGAPÓ: Terra Firme”

A exposição do artista e curador Denilson Baniwa reúne produções contemporâneas e tradicionais de músicos indígenas. A dança, o canto e a conexão com a natureza são para os povos originários uma maneira de dar continuidade a cultura e a vida. A palavra Yagapó é uma metáfora da resistência indígena.

Data: Até 31 de dezembro de 2022

Horário: terças, quartas, sextas, sábados e domingos, das 09h às 18h e às quintas das 09h às 20h

Local: Rua Dona Germaine Burchard, 451

Ingresso: R$ 15,00 (inteira) e R$ 7,50 (meia-entrada); gratuito nas quintas-feiras

Mais informações: https://museudasculturasindigenas.org.br

 

VEM AÍ....

 

Nova Fotografia 2

                   

Ck Martinelli

“Museu da Loucura – do Barroco ao Eletrochoque”, de Ck Martinelli

                                                           

A exposição reúne séries de três artistas contemporâneos. Em “As primeiras vezes que fui a vênus”, Victor Galvão apresenta um exercício de investigação sobre desertos e paisagens a partir da perspectiva de ser um estrangeiro. “Plano de Voo”, de Carolina Koff, é inspirada em verdades e mentiras sobre uma mulher chamada Olga, que tirou o brevê de avião em 1943, aos 25 anos de idade. Já em “Museu da Loucura – do Barroco ao Eletrochoque”, de Ck Martinelli, o espectador se depara com poucas imagens do que seria outro museu. Um espaço que aprisionou ou aprisiona, que apresenta a história por memória e a loucura alheia.

Data: de 16 de dezembro de 2022 a 22 de janeiro de 2023

Horário: terça a sexta, das 11h às 19h; sábado, domingo e feriados, das 10h às 18h

Local: Avenida Europa, 158 - Jardim Europa (1º andar do Museu)

Ingresso gratuito

Mais informações: www.mis-sp.org.br

 

“Paulo Autran 100 anos”

A mostra celebrará o centenário de Paulo Autran, um ícone do teatro, cinema e teledramaturgia nacional. Farão parte da exposição: fotografias, cartazes, trechos de entrevistas, programas de teatro e stills. Sessões de filmes, como “Apassionata” (1952), de Fernando de Barros (primeira aparição de Paulo Autran nas telonas) e “O ano em que meus pais saíram de férias” de Cao Hamburger, também estão previstas na programação de férias do MIS.

Data: 16 de dezembro de 2022 a 29 de janeiro de 2023

Horário: terça a sexta, das 11h às 19h; sábado, domingo e feriados, das 10h às 18h

Local: Avenida Europa, 158 - Jardim Europa (Espaço expositivo térreo [foyer])

Ingresso gratuito

Mais informações: www.mis-sp.org.br

 

Vitamina D previne osteoporose, doença que atinge 1 em cada 3 mulheres acima dos 50 anos

Segundo a Associação Brasileira de Avaliação Óssea, cerca de 10 milhões de brasileiros sofrem com a condição, mas apenas 20% sabem que a tem 

 

            Produzida na pele, principalmente, após exposição ao Sol, a Vitamina D possui papel importante na prevenção da perda de massa óssea. Ela age no processo de mineralização óssea, ou seja, o nutriente ajuda o corpo a absorver o cálcio no intestino e contribui para a diminuição do risco de fratura causada pela osteoporose, doença caracterizada pelo enfraquecimento dos ossos. 

            Segundo a ABRASSO (Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo), a osteoporose atinge cerca de 10 milhões de brasileiros, porém, somente 20% deles estão cientes disso. Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) indicam que uma em cada três mulheres terá uma fratura óssea e que ocorrem cerca de 9 milhões de fraturas por ano em todo o planeta. 

            O endocrinologista e presidente do 10° BRADOO (Congresso Brasileiro de Densitometria, Osteoporose e Osteoemtabolismo), João Lindolfo, ressalta que a exposição solar ajuda, sim, a evitar doenças ósseas, mas ela precisa ser controlada. “Para as peles mais claras, de cinco a sete minutos por dia são suficientes. Já as mais morenas, de 10 a 15, evitando a vermelhidão. Regiões como rosto e pescoço devem ser protegidas por conta do risco de câncer de pele. O recomendado é não usar protetor solar nas outras regiões durante esses breves períodos”, diz. 

            A IOF (International Osteoporosis Foundation, ou Fundação Internacional de Osteoporose, em tradução livre do inglês) aponta que baixos níveis de vitamina D preocupam médicos do mundo inteiro, mesmos nas regiões com abundância de Sol. Isso acontece porque alguns fatores interferem na sua formação, como a estação do ano, a poluição urbana, tempo excessivo em locais fechados, roupas que cobrem todo o corpo, cor da pele e idade.

 

Suplementação 

            “Peixes ricos em gordura, como salmão, óleo de fígado de bacalhau, cogumelos e gema do ovo são algumas fontes interessantes para incluir na dieta, sendo ricos em vitamina D. Contudo, a quantidade recomendada por dia dificilmente é atingida só com a dieta alimentar, sendo necessário, em alguns casos, a suplementação”, explica Lindolfo. 

            Segundo a SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), níveis acima de 20ng/ml (nanogramas por mililitro) são desejáveis para a população em geral. Já para grupos de risco, como idosos, pacientes com osteoporose e gestantes, os valores devem ficar entre 30 e 60ng/ml. 

            “Em pessoas com risco de deficiência, é recomendado que o paciente faça uma dosagem das concentrações de vitamina D no sangue. Quanto à suplementação, esta deverá ser avaliada de acordo com cada caso. Os suplementos podem ser encontrados em farmácias, supermercados, internet e outros locais. Normalmente, são vendidos em cápsulas ou em gotas”, conclui o médico.

 

Vitamina D e osteoporose 

            Para esclarecer as dúvidas e conversar sobre os impactos da vitamina D na saúde óssea, e principalmente sua relação com a osteoporose, o endocrinologista João Lindolfo e a digital influencer Carolina Sehbe farão uma live, no Instagram da ABRASSO, no próximo dia 8 de dezembro (quinta-feira), às 19h30. Além dos impactos na saúde óssea, o médico trará também a associação entre Vitamina D e Covid, além das consequências do excesso no uso do nutriente. 

            Carolina Sehbe - porta-voz do perfil @academiappk no Instagram. Responsável por apresentar curiosidades do universo feminino, produz conteúdo e dá dicas de saúde e beleza, contando sempre com o apoio de especialistas da medicina. “As redes sociais permitiram que todos criassem e propagassem informações, porém, são tantas fontes que acabamos não sabendo em quem, de fato, confiar. Por isso é fundamental e faço questão de sempre trazer a opinião e as instruções de profissionais da saúde para a discussão”, ressalta a influencer. 

            João Lindolfo - possui graduação em Medicina pela UnB (Universidade de Brasília) e especialização em Endocrinologia e Metabologia pelo Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP). Complementou sua formação com clinical reasearch fellow em Endocrinologia na Universidade de Virginia, nos Estados Unidos.             Associado da ABRASSO, atualmente é também médico-diretor da Clínica de Endocrinologia e Metabologia de Brasília (DF), pesquisador do Centro de Pesquisa Clínica do Brasil e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia - Regional DF (2019/2020).

 

Por que temos a sensação de cair quando adormecemos?

A sensação que se assemelha a um susto no nosso corpo enquanto dormimos é chamada de "espasmo hípnico''; Flávio Landim, professor de Biologia da Plataforma Professor Ferretto, desvenda como ocorre 

 

O sono é um dos processos mais importantes para garantir o bom funcionamento do corpo humano. Através dele, é possível repor as energias, regular o metabolismo e obter muitos outros benefícios.

Provavelmente, você já teve esse momento de descanso interrompido pela súbita sensação de estar caindo. Esse fenômeno é conhecido como “espasmo hípnico’’ e em alguns casos, pode ser acompanhado por uma alucinação visual.

De acordo com Flávio Landim, professor de Biologia da Plataforma Professor Ferretto - plataforma 100% online, com foco no conteúdo complementar para o Ensino Médio e preparação para o Enem e vestibulares - o espasmo hípnico ocorre quando os músculos das pernas - embora possa acontecer em todo o corpo - contraem-se rapidamente de forma involuntária, como um puxão ou um espasmo.  

Apesar de gerar um susto, Landim explica que a sensação não apresenta nenhum risco à saúde e faz parte do processo de transição entre o estado em que estamos acordados para o momento em que iremos adormecer.


Como ocorre?

Existem algumas hipóteses para a causa do espasmo hípnico, mas uma delas é que durante o sono, o nosso cérebro continua trabalhando, por mais que o corpo esteja desligado do que acontece no exterior.

Entretanto, o controle dos músculos apresentam uma resistência maior a esse “desligamento’’ e acabam reproduzindo alguns sinais enviados pelo cérebro como espasmos. O movimento dos “sustos’’ ou “pulos’’ que o nosso corpo realiza, são espontâneos e caracterizam o espasmo hípnico. “A ansiedade e inquietação antes de dormir, afetam diretamente na ocorrência dos espasmos, uma vez que o corpo relaxa, mas a mente ainda está ativa e faz com que o sistema nervoso desperte a pessoa para que mente e corpo se integrem antes da fase de sono profundo’’ explica o professor.


Por que isso acontece?

Landim explica que como o espasmo hípnico está relacionado com a atividade motora, é provável que tudo aquilo que mantém ativo o nosso sistema motor, à noite aumente as possibilidades de experimentar esse fenômeno. Em relação à intensidade da sensação, pode variar de acordo com os estímulos recebidos durante o dia.

Assim, a cafeína - e outros estimulantes -, o exercício intenso no final do dia, e até mesmo a elevação nos níveis de estresse e ansiedade à noite, são associados a uma maior probabilidade de que ocorra o espasmo hípnico. “O fenômeno está ligado à qualidade do sono, de modo que até mesmo os baixos níveis de alguns nutrientes minerais como magnésio, ferro e cálcio possam influenciar nos episódios dos espasmos'' complementa o docente.

De forma geral, o biólogo assegura que apesar de desconfortável, a sensação de acordar como se estivesse caindo, é normal e inofensiva. ‘’Não apresenta risco, sendo, inclusive, muito comum, com 2/3 das pessoas relatando que apresentam regularmente ou já apresentaram espasmos hípnicos”, finaliza ele.

 

 Plataforma Professor Ferretto


Odontologia também participa da detecção e prevenção do AVC

 

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame cerebral, é a segunda maior causa de morte no mundo. E o Cirurgião-Dentista também pode ser um grande aliado na prevenção e até mesmo na detecção de um possível AVC.   

Existem dois tipos de AVCs, o isquêmico, que é quando o fluxo de sangue é interrompido em uma artéria cerebral (responsável por 80% dos casos), e o hemorrágico, quando ocorre o sangramento de uma das artérias cerebrais. Ambos interrompem a oxigenação de uma parte do cérebro.

Os sinais clínicos são semelhantes e podem ocorrer em qualquer idade. Existe ainda o AVC Transitório, conhecido como Mini-AVC. Seus sintomas são semelhantes aos demais e podem durar até 24 horas. Após um Mini-AVC, há um risco maior de um AVC nas semanas seguintes.     

De acordo com o especialista, mestre e doutor em Estomatologia pela Universidade de São Paulo (USP) e membro da Câmara Técnica de Estomatologia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo, (CROSP), Dr. Artur Cerri, o Cirurgião-Dentista tem uma participação importante na detecção de alguma alteração no paciente, pois tem um contato permanente e muitas vezes até familiar com ele. “O AVC, principalmente o isquêmico, pode não ocorrer de forma gradativa. Na Odontologia, uma das queixas é exatamente a dormência do rosto, uma sensação de parestesia, além da dificuldade de engolir, de caminhar e de se comunicar”.

Para Dr. Artur Cerri, o profissional deve aproveitar também a vantagem dos retornos para verificar a pressão arterial, principalmente dos pacientes que têm maior risco (aqueles que bebem, fumam, que estão sob estresse etc.). “O profissional da área raramente verifica a pressão arterial dos pacientes, a qual é um dos indicativos de AVC. Hoje, temos aparelhos digitais de fácil manuseio e relativamente confiáveis. Aliás, o paciente quando senta na cadeira tem uma descarga de adrenalina que é natural pela ansiedade e pelo medo, isso faz com que a pressão arterial suba mais ainda”.

Ele explica que o Cirurgião-Dentista não faz essa checagem, pois cabe ao especialista da Medicina, mas ele também é o profissional que pode perceber e comunicar ao paciente ou a um parente alguma situação. “Muitas vezes, o paciente tem dificuldade em deglutir. Apesar de usar o sugador ou tentar engolir, tem dificuldade pela fraqueza e comprometimento muscular (outro indicativo de AVC). Raramente o paciente se dá conta disso. Ele acha normal a condição de parestesia (dormência) e atribui a qualquer outra situação que não a condição verdadeira”.

 

Recursos que a Odontologia oferece na detecção 

Dr. Artur relata que a radiografia panorâmica, recurso utilizado na Odontologia para ter uma visão geral do tratamento a ser preconizado, estudado e executado, pode muitas vezes detectar um dado inesperado: placas de ateroma (aterosclerose). “Como é uma condição calcificada, a radiografia panorâmica muitas vezes nos oferece a possibilidade de ver essas placas na carótida. Por isso, o Cirurgião-Dentista precisa ter muita atenção e não focar só na mandíbula, mas também nas áreas em volta”.

O especialista complementa que as placas costumam ser bilaterais e, mesmo quando unilaterais, representam um grande risco. “Via de regra, essas placas, quando pequenas, não têm interferência hemodinâmica (na circulação sanguínea), mas no futuro podem ter interferência e consequências sérias”. As tomografias solicitadas rotineiramente, segundo Dr. Artur, também têm um valor muito grande não só na boca, mas nas estruturas adjacentes da cavidade bucal.  

Outro recurso que deveria ser considerado e explorado pelos profissionais é a palpação ganglionar dos linfonodos (gânglios linfáticos). “Temos mais de 300 linfonodos, mas a palpação de cabeça e pescoço não é feita. Um linfonodo comprometido é um indicador de que algo não anda bem naquela região. O Cirurgião-Dentista tem uma gama de possibilidades para ajudar o paciente nesse sentido. Para isso, o profissional deve fazer uma anamnese detalhada e atualizada, sempre, diz Dr. Artur Cerri.”

 

Importância da anamnese 

O Cirurgião-Dentista, mestre em Odontologia (Diagnóstico Bucal) pela Universidade de São Paulo (USP) e membro da Câmara Técnica de Estomatologia do CROSP, Dr. Celso Augusto Lemos Júnior, também considera que uma anamnese bem realizada pode auxiliar o profissional na identificação de pacientes com maior risco para o AVC.

De acordo com ele, deve ser investigada a idade acima de 55 anos, a história familiar de doenças cardiovasculares, a hipertensão arterial, o colesterol elevado, o diabetes, a doença cardíaca, o tabagismo, o alcoolismo, o sedentarismo, a obesidade, a estenose da carótida, a fibrilação arterial e o uso de drogas, como a cocaína, por exemplo.

As medicações utilizadas pelo paciente, segundo Dr. Celso, devem ser anotadas metodicamente e estudadas para identificar qual a função dela no organismo e seus possíveis efeitos colaterais.

“Quando possível, é importante que o Cirurgião-Dentista mantenha um diálogo com a equipe médica que atende esse paciente de risco, para avaliar o estado geral e decidir o momento de executar determinado procedimento odontológico. O Cirurgião-Dentista é sempre o responsável pelo procedimento executado, independentemente de uma “liberação” médica. A equipe médica deverá fornecer um relatório da atual condição do paciente. Após sua leitura, o profissional tem condições de avaliar a oportunidade do procedimento a ser executado”.

 

 Atenção aos sinais e sintomas 

Os procedimentos de pré-atendimento visam conhecer a saúde geral do paciente e mensurar os riscos. Segundo Dr. Celso, após o início do atendimento, o profissional deve estar apto a reconhecer os sintomas de um AVC.

Eles podem variar dependendo da área cerebral afetada e podem incluir um ou vários sinais em conjunto, entre eles: paralisia de um lado do rosto, paralisia de membros em um lado, perda de força em uma metade do corpo, desorientação, incapacidade de falar com clareza (fala embolada), incapacidade de perceber a própria doença (anosognosia), distúrbios visuais (visão dupla, borrada ou perda de visão), queda de pálpebra, formigamento, amortecimento de um lado do corpo e tontura.

Caso o Cirurgião-Dentista suspeite que o paciente esteja tendo um AVC, ele pode usar um teste conhecido como SAMU:

S – Sorriso: peça para o paciente sorrir e veja se parte do rosto não mexe;

A – Abraço: verifique se a pessoa consegue elevar os dois braços como se fosse abraçar ou se um membro não se move;

M – Música: verifique se a pessoa repete o pedacinho de uma música ou se enrola as palavras;

U – Urgente: chame uma ambulância ou vá a um pronto atendimento especializado.

Se for positivo para uma das primeiras 3 letras, é necessário chamar um serviço de urgência ou levar o paciente o mais rápido possível para um atendimento médico.

Com relação aos cuidados necessários para atender o paciente pré-disposto a desenvolver a doença, Dr. Celso explica que pouca coisa se difere do que já se faz com um paciente sem alto risco. “Devemos avaliar detalhadamente a anamnese, aferir a pressão arterial nas consultas, realizar consultas seriadas e rápidas, tomar atitudes que minimizem o estresse ao máximo e manter um diálogo com a equipe médica do paciente”.

Vale reforçar que possuir, no consultório, um protocolo de ações a serem tomadas em caso de suspeita de AVC, com treinamento da equipe auxiliar, é essencial, assim como ter suporte para manter a oxigenação do paciente enquanto ele aguarda o resgate ou o encaminhamento para atendimento médico de urgência.

 

Cuidados pós-AVC 

Após um AVC, o plano de tratamento deverá ser adaptado à situação de cada paciente, caso ele tenha sequelas. Assim, Dr. Celso relata que, dependendo do paciente, pode ser necessário realizar o atendimento à beira do leito ou em um ambulatório. “O Cirurgião-Dentista deve ter em mente o dever de manter a saúde bucal do paciente por meio de adaptações no dia a dia e na rotina de higiene, como por exemplo recomendar o uso de escovas com cabos adaptados ou escovas elétricas, ou mesmo por meio do treinamento da enfermagem, cuidadores ou parentes dos pacientes que não conseguem executar a própria higiene oral”.

O uso de pastas com flúor é recomendado para minimizar o risco de cárie, que costuma ser elevado em pacientes com hiposalivação e dietas mais pastosas. O uso de enxaguatórios antissépticos para quem tem controle adequado da deglutição pode ser recomendado.

A manutenção adequada da saúde bucal resulta em inúmeros benefícios ao paciente que teve um AVC, pois diminui as chances de pneumonia por aspiração e infecções orais, sejam elas bacterianas ou fúngicas, que podem ser devastadoras nesse quadro.  

  

Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) 

 www.crosp.org.br

 

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