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quinta-feira, 14 de julho de 2022

Álcool e os seus riscos para diferentes tipos de câncer

Especialista da Faculdade Pitágoras destaca consequências do consumo excessivo
 

O excesso no consumo de bebida alcoólica traz muitos malefícios para a saúde e um deles é o câncer. De acordo com um estudo publicado na revista científica The Lancet Oncology mais de 4% de todos os novos casos da doença em 2020 foram atribuídos ao consumo de álcool. 

Com o cenário de pandemia, o consumo de álcool só cresceu. Pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro do Fígado (Ibrafig) mostra que 55% da população brasileira tem o hábito de consumir bebidas alcoólicas, sendo que 17,2% delas declararam aumento do consumo durante o isolamento social, associado a quadros de ansiedade graves. 

“O álcool é um fator de risco para o câncer, podendo contribuir para o desenvolver diferentes tipos da doença na boca, faringe, laringe, esôfago, estômago, fígado, intestino (cólon e reto) e mama. Nos homens, o maior risco é de tumor colorretal e de estômago e, para o sexo feminino, de tumor de mama”, detalha o médico patologista e professor do curso de Medicina da Faculdade Pitágoras, Raimundo Nonato Góis Junior. 

O especialista destaca que o álcool causa danos ao corpo especialmente de três maneiras. “Uma delas é provocando o dano celular: quando ingerimos álcool, o corpo o transforma em acetaldeído, uma substância química que pode causar danos às células e até impedir que elas reparem os prejuízos causados. Outro problema são as alterações hormonais relacionados ao estrogênio e insulina, aumentando o risco das células cancerígenas”, destaca. 

O médico afirma que o álcool causa um processo inflamatório no fígado, o que pode levar à cirrose, processo no qual o órgão perde suas funções pela fibrose causada pela doença “Os sintomas demoram a surgir e só aparecem quando a situação é grave. Os olhos ficam amarelados, o paciente começa a reter líquido, aparecem lesões na pele, o corpo fica inchado - a chamada barriga d’água -- e, em casos avançados, o paciente pode evacuar sangue. A cirrose pode evoluir para um tumor maligno e a solução é um transplante”, alerta o especialista. 

O patologista destaca a importância do diagnóstico e o tratamento precoce, capazes de estabelecer e regredir as lesões provocadas pela doença. “Para constatar o nível de comprometimento do fígado são feitos exames de sangue, de imagem, biópsia”, acrescenta. 

A prevenção é a melhor saída. Confira algumas dicas e hábitos saudáveis elencados pelo especialista que devem ser adotados no dia a dia:

• Faça atividade física na maioria dos dias da semana;

• Tenha uma alimentação rica em fibras (frutas, vegetais e grãos) e pobre em gorduras animais;

• Não fume;

• Evite o consumo de bebidas alcoólicas;

• Realize exames preventivos;

• Se têm casos de câncer ou doença de intestino na família, avise seu médico.

 

O que você deve saber sobre o uso da radioterapia no tratamento de tumores de cabeça e pescoço

Robson Ferrigno, médico especialista em radioterapia da BP, esclarece as principais dúvidas sobre esse importante tratamento oncológico que normalmente gera insegurança em pacientes

 

Julho é o mês dedicado à conscientização do câncer de cabeça e pescoço, que são aquelas neoplasias que aparecem nas porções de boca, garganta e laringe, principalmente. Uma importante forma de tratamento de tumores malignos e benignos é a radioterapia, procedimento utilizado em cerca de 60% dos casos de câncer em pelo menos uma fase do tratamento para assegurar a curabilidade.

 

De acordo com o médico Robson Ferrigno, especialista em radioterapia e coordenador dos serviços de Radioterapia da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, muitos pacientes ainda têm dúvidas sobre o procedimento. “Com avanços recentes de tecnologia, a radioterapia é atualmente um tratamento seguro e, na maioria das vezes, com pouco ou nenhum efeito colateral”, explica.

 

O especialista da BP responde diversas questões sobre essa forma de tratamento que pode salvar a vida de tantas pessoas. Confira:

 

1 - Para que serve a radioterapia?

A radioterapia tem como principal objetivo curar uma enfermidade que esteja presente ou evitar o seu reaparecimento após a quimioterapia ou cirurgia. Ela também pode ser utilizada para controlar sintomas como sangramento, dores ou outros causados pela presença de doenças.

 

2 - Qual a diferença entre radioterapia e quimioterapia?

A quimioterapia é um tratamento que utiliza um determinado medicamento, aplicado por via venosa ou oral, e que vai agir no corpo inteiro. A radioterapia é um tratamento localizado, mais parecido com um banho de luz, em uma determinada região do corpo. Portanto, os efeitos colaterais da quimioterapia dependem do tipo de droga utilizada e os da radioterapia, da dose e da região tratada.

 

3 - Quais os efeitos colaterais da radioterapia?

Tanto os efeitos benéficos como os indesejados dependem da dose utilizada e da área do corpo que está sendo tratada. É possível, em muitas ocasiões, que o paciente não tenha qualquer efeito colateral durante o tratamento ou apresente apenas uma reação passageira na pele por onde a radiação atravessou. Como cada efeito colateral depende de cada caso, é muito importante que o paciente seja orientado pelo médico quanto a esses efeitos e como tratá-los ou amenizá-los. A radioterapia, por exemplo, não causa queda de cabelo, a não ser que a região da cabeça seja tratada e, mesmo assim, vai depender da técnica e da dose utilizada. Com os avanços tecnológicos obtidos nos últimos anos, a radioterapia se tornou mais segura e mais efetiva.

 

4 - A radioterapia é indicada para todos os tumores de cabeça e pescoço?

Não, depende de cada situação clínica, no entanto, a radioterapia é parte integrante do tratamento, na maioria das vezes.

 

5 - Como é feita a radioterapia na região de cabeça e pescoço?

Uma vez indicada a radioterapia o paciente passa pelas seguintes fases do tratamento com radioterapia:

1-  É realizada uma tomografia na posição de tratamento para realização do planejamento da entrega de radiação. É nas imagens de tomografia que o especialista em radioterapia determina onde a radiação deve ser entregue. Isso é realizado por programas de computador.

2-  A tomografia é realizada após confecção de uma máscara de plástico, com o formato da cabeça do paciente. Essa máscara visa assegurar que o paciente não mexa a cabeça durante as sessões de radioterapia.

3-  Após o término do planejamento, o paciente receberá as aplicações de radioterapia por um aparelho próprio para isso, que variam de 25 a 35 sessões, com intervalo diário, de segunda a sexta-feira, com duração de 10 a 15 minutos cada sessão. Para receber essas aplicações, o paciente deita numa mesa plana e a máscara é colocada para imobilizar a cabeça.

 

6 - Essas máscaras imobilizadoras causam fobia?

Na maioria das vezes os pacientes toleram bem e sem fobia. Essas máscaras possuem furos que permitem que o paciente enxergue o ambiente. Apesar de apertada, não causa fobia. É muito raro um paciente não tolerar e necessitar de sedação para realizar o tratamento.

 

7 - É possível curar um câncer de cabeça e pescoço somente com radioterapia?

Sim, particularmente para os tumores em estágios iniciais como alternativa à cirurgia. O melhor exemplo são os casos de tumores iniciais da corda vocal que são curados em mais de 90% das vezes apenas com aplicações de radioterapia, sem a necessidade de cirurgia mutilante. Tumores iniciais do lábio, da pele da face ou do couro cabeludo e da cavidade oral são outros exemplos de tumores da região de cabeça e pescoço que podem ser curados apenas com radioterapia.

 

8 - A radioterapia pode ser associada a outro tratamento?

Dependendo da situação clínica, a radioterapia é utilizada junto com outros tratamentos, como quimioterapia e cirurgia. Em geral, tumores operados e que estão em estágios intermediários ou avançados recebem radioterapia após a cirurgia para evitar recaída da doença no local operado. Já nos casos de tumores localmente avançados e que não são operáveis, busca-se a cura por meio da associação de radioterapia e quimioterapia concomitantes. A associação de tratamentos é decidida em discussões multidisciplinares, ou seja, por médicos de diferentes especialidades que tratam os cânceres de cabeça e pescoço. As principais especialidades médicas que tratam esse tipo de câncer incluem a cirurgia, a radioterapia e a oncologia clínica.

 

9 - Quais os efeitos colaterais esperados da radioterapia na região de cabeça e pescoço?

Como em outras partes do corpo, os efeitos colaterais esperados dependem da dose de radioterapia empregada e da região do corpo onde as radiações são entregues. No caso da cabeça e pescoço, o paciente pode ter apenas efeitos leves na pele, no caso de radioterapia localizada na laringe, como pode ter efeitos colaterais durante as sessões de radioterapia, tais como, boca seca, diminuição ou perda do paladar, aftas na mucosa e reação na pele. Vale ressaltar que esses efeitos são temporários e a maioria regride após término do tratamento.

 

10 - Quais os cuidados que os pacientes com câncer de cabeça e pescoço devem ter durante um tratamento com radioterapia? 

Durante o tratamento o paciente é orientado quanto aos vários cuidados, tais como evitar tomar sol na região que está sendo tratada para não exacerbar a reação de pele, ser acompanhado por um profissional de saúde bucal, conhecido como estomatologista, e ser acompanhado por um nutricionista. O estomatologista faz uma série de procedimentos, como aplicações de laser na mucosa para prevenção e tratamento da mucosite (aftas), orientação de higiene bucal, revisão das condições dentárias e aplicação de flúor nos dentes. Se necessário, realiza extrações de dentes em mau estado de conservação ou obturações de cáries. O nutricionista acompanha o peso e a ingesta calórica do paciente uma vez que há alteração da dieta e, em algumas situações, dificuldade de ingerir alimentos sólidos.

 

BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo


Longevidade e saúde muscular na melhor idade

Pixabay

O aumento da massa muscular gera resultados positivos para a saúde, não apenas do ponto de vista físico, mas também dos pontos de vista metabólico, cognitivo e de bem-estar, pois favorece o equilíbrio da glicose, a produção de endorfinas, neurotransmissores e hormônios, preserva e estimula a saúde cerebral Por outro lado, a baixa quantidade de massa muscular está associada à fadiga, lesões, fragilidade e quedas, que podem provocar danos físicos mais severos.

Todos perdemos massa muscular naturalmente à medida que envelhecemos. Quando somos mais jovens, produzimos mais testosterona, insulina e hormônio do crescimento, que ajudam na preservação da massa muscular.

À medida que amadurecemos, temos que recorrer com mais disciplina a recursos como nutrição, treinos focados e suplementação. A Puravida, empresa pioneira no Brasil na área de alimentação e suplementação, apresenta cinco funções importantes para a saúde muscular, principalmente para aqueles que possuem mais de 50 anos e buscam uma longevidade saudável. Confira abaixo. 

  1. Fornecem estrutura e integridade para nos movermos dinamicamente e com autonomia pelo mundo.
  2. Reduzem a inflamação sistêmica além de otimizar o metabolismo do açúcar no sangue.
  3. Regula o metabolismo, pois é necessário para a oxidação da gordura, quebra da glicose e desintoxicação. Esta é uma das suas funções mais importantes.
  4. Síntese de proteínas. O tecido muscular desempenha um papel central no metabolismo de proteínas de todo o corpo.
  5. Contribui para o melhor funcionamento cerebral. Ao fortalecer a musculatura causa a ativação de diferentes áreas do cérebro, assim como a produção de hormônios benéficos para os neurônios, como a irisina.

 

Puravida


 

Hospital Bom Pastor orienta gestantes sobre os cuidados durante a pandemia da covid-19

Segundo estudos, grávidas infectadas durante a gestação podem ter o dobro de chances de seus filhos apresentarem atrasos no desenvolvimento

 

O Hospital Bom Pastor (HBP), em Guajará-Mirim (RO), informa que a covid-19 pode causar danos à vida de mães e bebês, principalmente em casos de gestantes que contraíram a doença e não foram vacinadas. A unidade própria da Pró-Saúde, é referência assistencial em Obstetrícia e Pediatria na região de Guajará-Mirim.

 

Segundo o Observatório Obstétrico Brasileiro COVID-19 (OOBr Covid-19), painel dinâmico com análises dos casos de gestantes e puérperas notificados no SIVEP-Gripe, entre março de 2020 e janeiro de 2022, foram registradas mais de 20 mil internações de gestantes por covid-19 no Brasil e cerca de 2 mil mortes maternas.

 

“A vacinação é importante para o grupo, mas vale lembrar que é necessário seguir a orientação médica para cada estágio da gestação e que mesmo com a vacina, toda a população deve continuar fazendo uso de máscara em locais públicos, utilizar álcool para higienização e fazer lavagem das mãos sempre”, explica Dr. Juan Carlos Boado, médico obstetra do Hospital Bom Pastor.

 

Em concordância com os dados brasileiros, pesquisas internacionais apontam que a vacinação contra covid-19 durante a gestação pode ajuda a proteger bebês de serem hospitalizados e desenvolverem a forma grave da doença. Além disso, de acordo com os estudiosos estrangeiros, grávidas que pegaram covid-19 durante a gestação podem ter o dobro de chances de seus filhos apresentarem atrasos no desenvolvimento.

 

Yara Leite, Gerente de Enfermagem do Hospital Bom Pastor, comenta que existem diferentes pesquisas sobre os possíveis danos à saúde e ao desenvolvimento da gestante e do bebê e reforça que a vacina da covid-19 é fundamental, porém, é importante ter acompanhamento médico e seguir as orientações.

 

“Todo cuidado é importante, principalmente, os recomendados por profissionais da saúde. A gestante que se protege, cuida também do seu bebê. Além disso, é importante ficar alerta com as falsas informações e buscar orientações com o médico obstetra, que irá indicar o melhor momento para realizar a vacinação”, afirma Yara Leite. A profissional lembra ainda da importância do pré-natal, que é essencial para detectar qualquer intercorrência com o feto, como malformações ou doenças congênitas, algumas delas ainda em fases iniciais.

 

No Brasil, o Ministério da Saúde incluiu todas as grávidas e puérperas no grupo prioritário para receberem a vacinação contra a covid-19. De acordo com essas autoridades, o ideal é que o imunizante não contenha o vetor viral. Por isso, são recomendadas as vacinas CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, e da Pfizer, ambas disponíveis gratuitamente por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). 

 

CUIDADOS IMPORTANTES


- Mantenha o calendário vacinal completo e atualizado;


- Faça todas as consultas e exames previstos no pré-natal;


- Evite saídas desnecessárias e aglomeração;


- Lave as mãos frequentemente com água e sabão;


- Utilize álcool em gel e higienize objetos compartilhados;


- Use máscara de proteção facial bem ajustada ao rosto;


- Evite tocar os olhos, boca e nariz;


- Após o nascimento do bebê evite visitas.

 

Além das recomendações médicas gerais, é indicado tomar as doses de reforço da vacina contra Covid-19. Os profissionais alertam que em casos de cansaço sem realizar esforço ou alteração de hábitos no dia a dia, é importante procurar atendimento médico.


Comorbidades exigem atenção especial dos médicos nos casos de cirurgia de coluna

Procedimentos minimamente invasivos oferecem menos riscos à pacientes


Apesar dos avanços da medicina e dos recursos tecnológicos disponibilizados em cirurgias da coluna, a avaliação prévia do quadro de saúde do paciente deve ser considerada diante da decisão de uma intervenção cirúrgica.

 

Nesta circunstância, diversas doenças podem exigir análise mais detalhada do neurocirurgião, tais como as cardiopatias, as pneumopatias, alergias graves e doenças hematológicas, entre outras, que devem ser avaliadas para que não haja risco para o paciente.

 

Normalmente, cirurgias maiores, exigem atenção especial para as doenças do coração devido a perda considerável de sangue. Nestes casos, o cardiologista responde uma avaliação de risco cirúrgico e indica o preparo adequado para cada paciente. No entanto, situações adversas também podem ocorrer e o especialista pode não recomendar a realização da cirurgia, dependendo da gravidade da cardiopatia.

 

“Nesses casos, precisamos pensar em alternativas para aliviar o sofrimento do paciente de forma minimamente invasiva, oferecendo um procedimento que possa ser realizado com segurança”, afirma o Dr. Marcelo Amato, médico neurocirurgião, especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva.

 

A endoscopia de coluna é um tratamento cirúrgico indicado para pacientes com comorbidades, incluindo as cardiopatias, isso porque o procedimento é rápido, a perda sanguínea é irrisória, e rapidamente o paciente retoma suas atividades e o uso de medicamentos habituais. 

 

Antes da cirurgia, o paciente deve ter acompanhamento médico e, muitas vezes, isso inclui interromper alguns medicamentos de uso diário. “Uma situação usual em pacientes cardiopatas é o uso de medicamentos que "afinam o sangue". Os antiagregantes plaquetários como AAS e clopidogrel, geralmente, podem ser suspensos alguns dias antes do procedimento sem risco elevado, no entanto, os pacientes que necessitam de anticoagulantes como o Marevam, Xarelto e outros, precisam de um preparo mais cauteloso antes da cirurgia”, explica o Dr. Amato. 

No pós-cirúrgico, a reintrodução dos medicamentos também deve ser feita com cuidado para que o paciente fique novamente protegido pela anticoagulação e não apresente sangramentos por causa da cirurgia.



Dr. Marcelo Amato - Graduado pela USP Ribeirão Preto e doutor pela USP São Paulo, o médico neurocirurgião Marcelo Amato é especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva de crânio e coluna. Doutor em neurocirurgia pela Universidade de São Paulo (FMRP-USP). Especialista em neurocirurgia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e pela Associação Médica Brasileira (AMB). Neurocirurgião referência do Hospital de Força Aérea de São Paulo (HFASP) desde 2010. Possui publicações nacionais e internacionais sobre endoscopia de coluna, neurocirurgia pediátrica, tumores cerebrais, cavernomas, cistos cerebrais, técnicas minimamente invasivas, entre outros. É diretor do Centro Cirúrgico do Amato – Hospital Dia.

www.neurocirurgia.com

https://www.instagram.com/dr.marceloamato/


Infectologista dá dicas para manter a caderneta de vacinas atualizada

No Brasil, doenças imunopreveníveis como rubéola e sarampo, estão voltando a apresentar casos devido a queda da cobertura vacinal

 

A vacinação é, comprovadamente, uma das maneiras mais eficazes para a prevenção contra doenças, sendo responsável por uma redução significativa das taxas de mortalidade da população ao longo dos anos. No Brasil, os altos índices de vacinação resultaram em um certificado da Organização Mundial da Saúde (OMS) de eliminação da circulação dos vírus da rubéola, em 2015, e do sarampo em 2016. 

De acordo com a Dra. Cristiana Meirelles, pediatra, infectologista e coordenadora médica da Beep Saúde, healthtech líder em saúde domiciliar no país, doenças já erradicadas estão voltando a apresentar casos devido a queda da cobertura vacinal. Por conta disso, é fundamental reforçarmos informações sobre a importância de ter a vacinação em dia e esclarecer quais estão disponíveis tanto na rede pública quanto na particular. 

“Infelizmente, muitas pessoas não têm ciência se estão com o calendário vacinal em dia e, por isso, deixam imunizações importantes para trás. Existem dois caminhos para checagem de controle das vacinas: apresentar a caderneta de vacina para um médico de confiança ou utilizar a Avaliação Online de Caderneta (AOC), serviço gratuito da Beep Saúde que permite fazer uma análise com especialistas da empresa para verificar como está o seu esquema vacinal”, explica. 

Para acessar o serviço, basta baixar o app da Beep Saúde, disponível para iOS e Android, selecionar a opção “Avalie sua caderneta” e enviar uma foto do documento. Em um dia útil, a startup comunica, via e-mail, quais imunizações estão faltando. Vale lembrar que a análise é realizada com base nas orientações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim). 

Para quem não tem o histórico vacinal em mãos, já que muitas pessoas perdem suas cadernetas ao longo do tempo, a orientação, ainda de acordo com a especialista, é tomar todas as vacinas recomendadas para a idade. “Não há problema em repetir a dose. O problema é ficar sem a vacinação. O calendário contempla a infância, vida adulta e também os idosos, apresentando imunizações específicas para cada faixa etária”, finaliza.

 

Beep Saúde -  healthtech brasileira líder em saúde domiciliar.

 

Pesquisa alerta: Falta de sono afeta a libido de homens e mulheres

freepik
Um sono ruim afeta várias atividades do dia a dia e, de acordo com uma pesquisa norte-americana, o desejo sexual também 


Segundo um estudo da Universidade de Chicago, existe forte ligação entre atividade sexual e sono. Depois de uma noite mal dormida a medição de testosterona nos homens foi menor que após uma noite bem dormida. Segundo o especialista em sono, Josué Alencar, idealizador e Diretor do Persono, unidade de negócios do grupo Coteminas, o que ocorre é que a produção da testosterona, hormônio que desperta o desejo sexual costuma aumentar no início do adormecimento e vai aumentando com o passar das horas, com seu pico no começo da manhã. “Os indivíduos que dormem pouco ou sofrem de distúrbios do sono, como apneia e insônia, têm uma queda na liberação da testosterona e do estrógeno, principalmente se a dificuldade para dormir for na segunda metade da noite”, acrescenta. 

É importante lembrar que, apesar de em menor quantidade em relação aos homens, a testosterona é um hormônio importante no organismo das mulheres. Nos homens também está relacionada com o desenvolvimento de tecidos reprodutivos e na produção de espermatozoides, como também com o aumento de massa muscular, crescimento de pelos e bem-estar. Produzir menos testosterona do que o necessário pode afetar a saúde em geral, não apenas a sexual, e para checar se os níveis estão dentro do esperado consulte um médico. 

Nas mulheres, especificamente, a falta de libido é um problema comum, com flutuações, que podem ser causadas por qualquer coisa, desde estresse até mudanças hormonais. Estima-se que quase 1/3 das mulheres entre 18 e 59 anos sofrem de baixo desejo sexual, mas, de acordo com um novo estudo, uma das soluções pode ser dormir mais e melhor. No experimento, realizado com 171 mulheres que não tomavam antidepressivos, houve um aumento de 14% na excitação sexual a cada hora adicional de sono. 

Nelas, o declínio da produção de estrogênio, crucial para o desenvolvimento e a liberação de um óvulo mensalmente, influencia também no metabolismo de diferentes neurotransmissores que afetam o ciclo do sono, entre eles a serotonina, conhecida como hormônio da felicidade ou hormônio do prazer. Por isso, existe uma queda da libido e maior alteração de humor quando uma mulher começa a se aproximar da menopausa. 

Há ainda uma conexão comprovada com disfunção erétil em homens, mas casais em que um ou ambos os parceiros são privados de sono podem ter problemas de fertilidade também.
 

Persono


Coçar os olhos faz mal? 10 mitos e verdades sobre saúde ocular

Shutterstock
Uso indiscriminado de colírios, miopia e astigmatismo e eficácia dos filtros azuis de telas estão entre as questões abordadas


Responsável por 85% das informações processadas pelo cérebro, a visão é considerada um dos sentidos mais importantes do corpo humano. O CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” alerta sobre a importância da prevenção e diagnóstico de doenças oculares que, se não tratadas, podem levar à perda da visão.  

Conforme o mais recente relatório sobre visão da Organização Mundial da Saúde (OMS), 2,2 bilhões de pessoas ao redor do mundo convivem com deficiências visuais, têm baixa visão ou cegueira. Os riscos são ainda maiores para a chamada geração multitelas, formada por pessoas que fazem o uso constante de gadgets, como TVs, computadores, smartphones e smartwatches, muitas vezes ao mesmo tempo.

Com o uso excessivo de eletrônicos, os problemas oculares são uma realidade constante, assim como as dúvidas acerca do assunto.

Para ajudar a desmistificar os problemas de visão, Dra. Beatrice Uchôa, médica oftalmologista e cirurgiã que atende no AME de Carapicuíba, gerenciado pelo CEJAM, em parceria com o Governo do Estado de São Paulo, respondeu a algumas dúvidas sobre o tema, como uso indiscriminado de colírios, hábito de coçar os olhos e eficácia dos filtros azuis de telas.

Confira abaixo mitos e verdades sobre o assunto:

 

O hábito de coçar os olhos pode fazer mal à saúde ocular?

Verdade. Coçar os olhos pode causar grave doença ocular e, até mesmo, irreversível, como, por exemplo, o ceratocone.

 

“É um hábito muito comum, que deve ser desaconselhado. As pessoas que desenvolvem esta mania devem ir ao médico oftalmologista para avaliação, que indicará o melhor tratamento de controle. Coçar os olhos é ainda mais prejudicial em crianças, adolescentes e pessoas que já realizaram cirurgia refrativa a laser”, alerta a especialista.

 

Colírios podem ser usados sem receita médica?

Mito. Os colírios são medicamentos e devem ser usados apenas com orientação e receita médica. Alguns colírios, se usados inadequadamente, podem causar graves danos à saúde ocular, como, por exemplo, catarata e glaucoma.

 

Miopia e astigmatismo são problemas de visão que podem ser resolvidos por meio de cirurgia?

Verdade. Trata-se da cirurgia refrativa, que comumente é realizada a laser e resolve casos de miopia, astigmatismo e hipermetropia. No entanto, nem todos têm indicação de realizá-la, cada caso deve ser avaliado de maneira individualizada, já que depende de questões como grau dos óculos, além dos resultados dos exames pré-operatórios da saúde ocular de cada paciente.

 

Todos os idosos têm disposição para desenvolver catarata?

Verdade. Considerado o tipo de catarata mais comum na população, a catarata senil é causada pelo envelhecimento natural do cristalino, que é a lente dos olhos.

 

“Essa lente vai envelhecendo e perdendo a sua transparência com o passar dos anos, até que se torne opaca. Quando isso acontece, chamamos de catarata, então, uma hora, todos os idosos irão apresentar o problema.”

 

A visita ao oftalmologista deve acontecer apenas quando surge algum incômodo na visão?

Mito. O exame oftalmológico deve ser de rotina, pelo menos uma vez ao ano, mesmo sem nenhuma queixa ou sintoma nos olhos e visão. Muitas doenças oculares são assintomáticas e silenciosas e só é possível identificá-las na consulta.

 

Aos usuários de óculos de grau, a médica recomenda realizar o exame de refração anualmente.

 

Todas as pessoas em algum momento da vida precisarão usar óculos, mesmo que para descanso?

Verdade. Outro processo natural do envelhecimento dos olhos é que, a partir dos 40/45 anos, a visão para perto vá piorando. Dessa forma, graças a um problema chamado presbiopia, é necessário o uso de óculos para atividades de leitura para perto.

 

Usar óculos de outras pessoas pode fazer mal?

Verdade. Usar óculos com grau inadequado pode causar sintomas de desconforto visual, dor de cabeça, tontura e cansaço visual, então não é recomendado.

 

Ler livros, revistas ou mesmo mídias digitais dentro do veículo em movimento pode descolar a retina?

Mito. Não há relação com descolamento de retina na prática da leitura. No entanto, algumas pessoas podem sentir tontura ou mal-estar lendo dentro de um veículo em movimento.

 

Pessoas diabéticas têm mais chances de perder a visão?

Verdade. O diabetes é uma doença que pode causar sérios problemas nos olhos, mais especificamente na retina, se não for adequadamente controlado.

 

“Recomendamos o exame de fundo de olho pelo menos uma vez ao ano para os diabéticos, para rastrear a retinopatia diabética. Quanto mais cedo as alterações oftalmológicas forem identificadas, maior a chance da manutenção da boa visão.”

 

Filtros azuis de telas realmente podem ajudar a prevenir problemas de visão?

Nem mito, nem verdade. Os filtros azuis podem ajudar no cansaço visual em algumas pessoas, porém ainda não existem estudos científicos suficientes e de peso para comprovar que eles realmente previnem doenças oculares.

 

“A ciência muda e evolui todos os dias. Provavelmente, essa pergunta poderá ter uma nova resposta nos próximos anos, vamos aguardar”, finaliza a oftalmologista.

 
CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”

Rinite e asma lideram ranking de doenças respiratórias dos brasileiros

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Hospital Paulista explica como imunoterapia pode controlar o problema, reduzindo os sintomas e devolvendo qualidade de vida 

 

Cerca de 30% dos brasileiros possuem alguma alergia respiratória, segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai). O problema, que prejudica a qualidade de vida, é marcado por sintomas incômodos como congestão nasal, coriza, chiado no peito, tosse seca e falta de ar, entre outros. 

A Dra. Cristiane Passos Dias Levy, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, alerta à importância de prevenir a alergia respiratória. 

Segundo a Organização Mundial da Alergia, a rinite atinge entre 30% e 40% da população global, enquanto a asma é considerada um grande problema de saúde no mundo. Levantamento realizado pelo Ministério da Saúde indica que mais de 20 milhões de brasileiros são asmáticos.  

Dra. Cristiane afirma que a alergia respiratória é uma resposta aumentada do sistema imune a substâncias alérgenas, destacando os inalantes como os mais comuns. “Eles penetram no organismo através das vias aéreas. Entre os principais causadores estão ácaros, poeiras, fungos, pelos de animais e pólens das flores.” 

Assim como em grande parte das patologias, as crianças têm uma predisposição maior a desenvolver algum tipo de alergia. No entanto, pessoas com antecedentes familiares e adultos não estão livres da doença.

 

Rinite

Considerada pelo Ministério da Saúde a doença de maior prevalência entre as respiratórias, a rinite é caracterizada pela inflamação da mucosa nasal, que reproduz uma resposta exagerada do sistema imunológico a determinadas substâncias.  

Obstrução nasal, rinorreia aquosa (coriza), espirros frequentes e prurido nasal ou ocular estão entre os principais sintomas do problema.

 

Asma

Identificada por chiados no peito, tosse seca e falta de ar, a asma é definida como uma doença respiratória crônica, caracterizada pela inflamação das vias aéreas, obstrução ao fluxo de ar e hiper responsividade brônquica -- uma sensibilidade que determina uma exagerada capacidade de reagir a certas substâncias as quais o paciente é alérgico --, levando a episódios recorrentes. 

“Só no Brasil, a doença afeta aproximadamente 20% das crianças e adolescentes”, ressalta a especialista. 

Conforme Dra. Cristiane, a asma pode ser ou não alérgica, sendo mais comum a desencadeada por alérgenos inalantes.

 

Imunoterapia 

Para tratar a alergia respiratória corretamente, é necessário que um médico alergologista estude a causa e indique o uso de medicamentos específicos para o problema. Entre as opções de tratamento está a imunoterapia específica, realizada com base em uma vacina de agentes alérgenos. 

“Ela eleva a imunidade do indivíduo, para que este apresente menor sensibilidade a estas substâncias”, afirma a médica. 

A terapia consiste em administrar diversas doses, gradativas e cada vez mais concentradas, dos extratos das substâncias que causam alergia, administrados em intervalos regulares e durante um determinado tempo, podendo variar de um a cinco anos, até o paciente criar resistência ao causador de sua alergia.  

“O tratamento atua no sistema imunológico, conduzindo tolerância aos alérgenos e reduzindo os sintomas e a necessidade do uso de medicamentos. Ele permanece como o único capaz de modificar a doença alérgica, proporcionando benefícios duradouros após a sua descontinuação”, destaca Dra. Cristiane. 

Os demais tratamentos se baseiam na redução dos sintomas, aumentando a qualidade de vida do paciente, como a lavagem nasal com soluções salinas, que tem sido empregada como coadjuvante no tratamento de afecções nasais agudas e crônicas. 

“Por ser um método barato, prático e bem tolerado, tornou-se muito difundido. O uso destas soluções facilita a remoção de secreções e promove o auxílio no alívio dos sintomas dos pacientes”, reitera.  

A especialista finaliza alertando que, tanto para rinite como para asma, os cuidados básicos são manter o ambiente doméstico limpo para não acumular poeira e ácaros e beber bastante água, inclusive em dias mais frios.


Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

 

Gravidez após os 35: entenda os riscos

Hábitos saudáveis e acompanhamento médico são essenciais para uma gestação nessa faixa etária, explica a especialista em reprodução humana Lorrainy Rabelo 

 

A gravidez após os 35 anos virou ainda mais uma realidade. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de mulheres que têm filhos depois dos 35 anos cresceu 63% nos últimos dez anos. Os dados do IBGE revelam que, dos nascidos vivos em 2020, cerca de 16% eram filhos de pacientes acima de 35 anos. 

 

A médica especialista em reprodução humana, Drª Lorrainy Rabelo explica que a gravidez após essa faixa etária pode trazer algumas consequências e que é necessário que a mulher tome alguns cuidados essenciais ao tomar a decisão de engravidar nessa fase da vida. 

 

“Umas das preocupações que a mulher deve ter é em relação a sua saúde metabólica, pois toda gestão trás uma sobrecarga em que mulheres mais jovens estão mais aptas a suportar do que mulheres com idades mais avançadas. Por isso é importante ter um peso adequado, uma alimentação saudável, hábitos de vida saudável para ter uma gestão com o menor risco possível.” 

 

As chances de engravidar naturalmente são de 20% aos 25 anos, 15% aos 35 anos, 5% aos 40 anos e 2% aos 43 anos. Existe uma queda de acordo com o avançar da idade, mas não é uma regra absoluta. A especialista explica que essa chance pode estar relacionada a um dos fatores mais importantes da gravidez, a qualidade dos óvulos. 

 

“A qualidade dos óvulos deve ser outra preocupação da mulher, pois com o tempo a qualidade vai diminuindo e isso se traduz em alterações genéticas no embrião, predispondo a nascimentos com sindromes como a sindrome de down, que é a mais conhecida, mas existem sindromes que são incompatíveis com a vida e resultam em abortos precoces e perdas gestacionais, mas ocorrentes em mulheres com idade mais tardias.” 

 

Drª Lorrainy explica que é importante que a gestação nessa idade seja planejada e precisa ser acompanhada por um especialista desde antes da mulher engravidar para que seja feita uma preparação. “Nós sabemos que a maturidade psicológica da mulher em uma gestação mais tardia é muito maior, mas a saúde metabólica tem que estar em consonância com isso.” 

 

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