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segunda-feira, 30 de maio de 2022

Queda de temperatura aumenta as dores, mas é possível fugir delas

Os dias de extremo frio e a queda brusca de temperatura aumenta as dores articulares e musculares e na coluna lombar. Mas, é possível minimiza-las com algumas dicas dos médicos ortopedistas Dr. Pedro Baches Jorge e Dr. Bruno Takasaki Lee, ambos de SP.

 

“Quando a temperatura cai é inevitável sentir incômodo ou mal-estar que tende a enrijecer os músculos e ficar mais encolhido para tentar diminuir a sensação dos dias mais frios. Isso pode gerar tensão muscular, contraturas, má circulação ou mal-estar”, explica Dr. Pedro. 

“Quando acontece a postura de contração dos músculos dos braços, há um aumento da curvatura fisiológica da coluna dorsal (corcunda) e anteriorização da coluna, desta forma fica mais fácil manter o corpo aquecido", esclarece. Mas, essa contração muscular involuntária deixa as articulações e músculos mais rígidos, facilitando as inflamações de músculos e nervos. Além disso, a circulação sanguínea diminui nesses dias mais frios, para que o organismo consiga preservar a temperatura por volta de 36,5 graus centígrados. “Em consequência, há também uma diminuição na circulação dos músculos, piorando as dores de origem muscular, pois eles permanecem em estado contrátil por mais tempo", relata. 

Dr. Bruno explica que a temperatura que cai em um espaço muito curto de tempo também têm impacto sobre as articulações, já que o esfriamento do corpo torna o líquido sinuvial mais espesso, que pode prejudicar movimentos e gerar incômodos.  

E ainda temos um agravante: com a temperatura mais baixa, as pessoas tendem a ficar paradas e abandonar as atividades físicas, e se esquecem que esse é o principal ponto para não sentir dores nesta época do ano. Isso porque, os exercícios ajudam a diminuir a sensibilidade à dor.  

A seguir, Dr. Lee lista algumas dicas para encarar esse tempo maluco sem dor e com mais disposição:  

Agasalhe-se corretamente mesmo estando no Verão e não acreditando nos dias mais frios. Manter o corpo aquecido é fundamental. Para sentir-se aquecido, o ideal é cobrir as extremidades do corpo: pés, punhos, mãos, pescoço e cabeça;  

  • Espreguiçar-se quando acorda, é uma forma de despertar o corpo e alongar-se para evitar as dores e a contração dos músculos e para ajudar as articulações a se manterem lubrificadas não pule essa etapa do dia;
  • Quem tem fraturas antigas que voltam a doer com a temperatura mais baixa ou doenças ósseas degenerativas pode recorrer a sessões de fisioterapia como estratégia para aliviar os incômodos;
  • Faça massagens, elas ajudam a estimular a circulação e a destravar a musculatura enrijecida, aliviando as dores;
  • Bolsas de água quente podem trazer alívio imediato para dores musculares, sequelas de fraturas ou desconfortos provocados por artrose, artrite e fibromialgia. A aplicação local de calor estimula a circulação e relaxa os músculos. Nas dores crônicas e sem edema, use compressas quentes. Já nas dores agudas com edema se deve fazer uma compressa fria ou aliar a fria e quente. Faça isso entre 20 e 30 minutos. 



Dr. Pedro Baches Jorge - CRM 117.484 - Ortopedista Especialista em Joelho e Medicina Esportiva. Graduado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, é especialista em Cirurgia do Joelho e Oncologia Ortopédica, Medicina Esportiva e Artroscopia. É responsável pelo Núcleo de Medicina do Joelho da Clínica SOU, Mestre e Doutorando em Ortopedia pela Santa Casa de São Paulo e também membro de seu Grupo de Trauma Esportivo, é membro do corpo clínico e membro cofundador do Núcleo de Medicina Esportiva do Hospital Sírio Libanês, Diretor científico da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Trauma do Esporte (SBRATE) e também membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho.

Dr. Bruno Takasaki Lee - CRM: 120.229 - Ortopedista Especialista em Pé e Tornozelo. Médico formado e Especializado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Tendo praticado inúmeras atividades esportivas durante sua vida, o Dr. Bruno Lee integra seu conhecimento técnico ao esportivo, unindo o conhecimento anatômico, patológico e funcional para o alcance do melhor resultado no tratamento de suas patologias. Nos últimos anos, o Dr. Bruno Lee buscou continuamente o aperfeiçoamento nas técnicas minimamente invasivas para tratamento das patologias dos pés. Esta nova técnica, em sua
 opinião, revolucionou e continuará revolucionando o cuidado nas patologias do pé e tornozelo.



Automedicação? Conheça os riscos à saúde desse perigoso hábito

Especialista do Hospital HSANP explica que remédios sem prescrição podem mascarar doenças graves, além de provocar intoxicação e até mesmo a morte

 

Embora seja desaconselhada por qualquer profissional ou órgão de saúde, a automedicação já se tornou um hábito em nosso país. Segundo dados do Conselho Federal de Medicina, 77% dos brasileiros usam remédios sem nenhum tipo de prescrição ou orientação médica. O que talvez essas não saibam, porém, é que um frasco ou comprimido esquecido no armário pode ser responsável por uma intoxicação medicamentosa, além de mascarar sintomas de doenças mais graves, alergias e patologias. 

Um levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostra que aproximadamente 10% das internações hospitalares são provocadas por reações a remédios ingeridos de maneira indevida. De acordo com o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), as drogas para dor, febre e inflamações lideram o ranking dos causadores de intoxicação medicamentosa. 

“O uso indiscriminado de medicamentos antigripais, por exemplo, pode levar ao comprometimento cardiovascular em pacientes suscetíveis, o que pode gerar imediatamente picos hipertensivos, arritmias cardíacas, risco de derrames, infartos e até mesmo a morte”, alerta Vanessa de Araújo Cassimiro, supervisora da farmácia do Hospital HSANP. 

A especialista lembra que receitar medicamentos não é tarefa para qualquer um. “Necessita de estudo, experiência e, principalmente, de responsabilidade. Caso esteja com alguma dor ou sintoma, a orientação de um profissional habilitado é o melhor a fazer por você e pela sua família, pois as consequências podem ser enormes”, aponta. 

A supervisora da farmácia do Hospital HSANP lista os principais riscos provocados pela automedicação: 

Mascaramento de doenças graves e evolutivas: “Quando o paciente recorre à automedicação, o intuito geralmente é diminuir algum sinal indesejável. Mas esses sintomas, na verdade, são um alerta de que o organismo está entrando em sofrimento por algum fator. O remédio utilizado sem auxílio médico pode mascarar o motivo pelo qual o organismo está entrando em sofrimento, podendo agravar uma doença e diminuir as chances de cura”.

Resistência microbiana: “Há classes de medicamentos que, quando usadas em demasia, causam dependência. Esta dependência faz com que, cada vez mais, sejam necessárias dosagens mais altas para obter o efeito desejado. Os antibióticos usados indiscriminadamente criam resistência. Ou seja, é formada uma memória de defesa à formulação do medicamento, que deixa de surtir efeito”. 

Interações medicamentosas: “Alguns fármacos interagem entre si, o que pode potencializar ou anular o efeito um do outro. Por isso, quem já toma algum remédio contínuo deve ter cuidado redobrado”.

 

HSANP - Hospital referência na Zona Norte da cidade de São Paulo


Consumo de cigarro favorece o aparecimento do câncer de pulmão

O Dia Mundial Sem Tabaco, celebrado em 31 de maio, foi criado em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com o objetivo alertar a sociedade sobre as doenças e mortes que podem ser causadas e relacionadas ao tabagismo. Ao todo são, aproximadamente, cerca de 50 enfermidades, como: vários tipos de câncer (pulmão, esôfago, fígado, estômago, leucemia, colo de útero, entre outros), enfisema pulmonar, bronquite crônica, asma, infecções respiratórias e doenças cardiovasculares. E, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), com o advento do cigarro eletrônico, que tem se popularizado entre os jovens, o número de fumantes no Brasil pode aumentar nos próximos anos. 


O câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil, segundo dados do INCA. Além do consumo de tabaco, a exposição à poluição do ar, pneumonia recorrente, doenças pulmonares obstrutivas e fatores genéticos favorecem o aparecimento desse tipo de tumor. O médico oncologista do Instituto de Câncer de Brasília (ICB), Gustavo Gouveia, aponta que a idade avançada também é um fator de risco. “A doença, geralmente, afeta pessoas entre 50 e 70 anos. É um público que já foi exposto por mais tempo a um ar de pouca qualidade e que está mais propenso ao surgimento de mais enfermidades”, comenta. “Porém, com o crescimento do uso do cigarro eletrônico, os jovens também estão se tornando um alvo mais fácil para o surgimento do câncer”. 


O médico aponta que os sintomas da doença costumam aparecer quando ela já está em um estado mais avançado. “Os pacientes precisam ficar atentos a dores no peito, tosse persistente, rouquidão, falta de ar, fadiga, infecções pulmonares recorrentes, entre outros”, afirma. “Se diagnosticado em um estágio inicial, o tratamento pode ser mais efetivo”. 


Além de não fumar e evitar o tabagismo passivo, manter uma alimentação balanceada e uma rotina de exercícios também ajudam a prevenir a doença. “É importante cuidar de todos os campos da saúde e aliar esses dois pontos aos exames e consultas de rotina, com ou sem sintomas”, finaliza Gustavo. 

 

 


ICB   - Instituto de Câncer de Brasília - referência no setor de saúde da Capital Federal.


Maternidade de Campinas orienta sobre cuidados com bebês para evitar internações

Preocupada com a lotação dos leitos de UTI (Unidade de terapia Intensiva) e de UCI (Unidade de Cuidados Intermediários) Neonatal e com o aumento da incidência das doenças respiratórias no inverno, a instituição recomenda às mães que redobrem a atenção com os bebês para evitar que adoeçam.

 

A superlotação dos leitos (Unidade de terapia Intensiva) e de UCI (Unidade de Cuidados Intermediários) somada ao aumento da frequência dos casos de infecções virais respiratórias – responsáveis por atacar o nariz, a garganta e os pulmões –, principalmente no outono e no inverno, preocupam os pediatras e gestores dos hospitais, que alertam sobre a necessidade de redobrar os cuidados com os bebês a fim de evitar que adoeçam.

Tanto a UTI quanto a UCI Neonatal do Hospital Maternidade de Campinas têm registrado mais de 100% de ocupação nos últimos meses. Por isso, a Maternidade faz o alerta na tentativa de evitar as internações. As medidas de prevenção são simples, entre elas, evitar o contato dos bebês com pessoas que apresentem sintomas até de um simples resfriado e manter a boa higienização da casa, evitar aglomerações, manter o uso de máscaras de proteção e a lavagem e o uso de álcool em gel nas mãos, protegê-las do vento e mantê-las hidratadas.

O vírus sincicial respiratório, que geralmente é inofensivo para crianças maiores de dois anos e para os adultos, pode ser perigoso para recém-nascidos. “Por isso, nesta época do ano, principalmente, é importante que os pais evitem até mesmo receber visitas de parentes e amigos que desejam conhecer o bebê”, aconselha o pediatra Dr. Rogério Manuel Duarte Nogueira, diretor do Hospital Maternidade de Campinas. De acordo com o médico, é essencial manter o calendário de vacinação atualizado e muito recomendável que as grávidas e as crianças entre seis meses e cincos anos de idade tomem a vacina contra a gripe e contra a covid-19, disponíveis na rede pública”, orienta. 


                                   

Resfriado x gripe

Resfriado e gripe são as doenças mais comuns nesta época do ano e que podem afetar as vias respiratórias. Apesar de, muitas vezes, serem confundidas e compartilharem dos sintomas iniciais – nariz entupido e dores no corpo –, trata-se de duas infecções distintas. O resfriado pode ser desencadeado por várias espécies diferentes de vírus e provoca, no máximo, dores leves, tosse, espirros e coriza nasal. Já a gripe é causada por um vírus específico (influenza) e se diferencia principalmente pelos sintomas que aparecem a médio prazo: dores mais intensas do que nos resfriados, náuseas, febre, congestionamento das vias respiratórias e comprometimento do sistema imunológico. É importante estar atento à gripe, uma vez que, ao comprometer o sistema imunológico, ela pode abrir espaço para problemas mais graves, como a pneumonia.

Outra preocupação é com a bronquiolite viral que, embora provoque sintomas semelhantes aos do resfriado ou da gripe, nos bebês ela pode evoluir e provocar inflamação das vias aéreas do pulmão. “Essa inflamação pode ser identificada pelo “chiado” no peito, similar ao de crianças com asma, e pela dificuldade respiratória. Dependendo da gravidade, pode exigir até a internação das crianças em Unidades de Terapia Intensiva”, explica o pediatra.


Orientações básicas

Uma das orientações mais importantes é que as pessoas com o menor sintoma de gripe, resfriado ou doenças respiratórias evitem o contato com as crianças. Caso não seja possível – se os pais ou irmãos estiverem doentes, por exemplo – recomenda-se o uso de máscaras dentro de casa. É necessário, também, que todos lavem bem as mãos com maior frequência, principalmente ao chegar rua e antes de pegar ou tocar nos bebês. Mesmo as crianças maiores com infecções respiratórias não devem ter contato com outras para evitar uma possível transmissão da doença. Além disso, elas necessitam de repouso e cuidados para a recuperação mais rápida.

É aconselhável que o acompanhamento médico, quando a criança apresentar quaisquer dos sintomas da gripe ou resfriado, seja feito no Centro de Saúde ou em consultórios, evitando-se os prontos-socorros para reduzir o risco do contato das crianças com pessoas que estão ali pelos mais variados problemas de saúde.


Em casa

A casa e os quartos das crianças devem estar sempre limpos e arejados. É preciso ficar atento aos brinquedos de pelúcia, tapetes, cortinas, protetores de berço e almofadas entre outros, que acumulam poeira e, consequentemente, concentram ácaros, grandes causadores de alergias respiratórias. Animais de estimação devem ficar longe das crianças. O leite materno é o alimento ideal para o bebê e deve ser mantido de forma exclusiva até os seis meses de idade. Depois, até os dois anos de idade, recomenda-se o aleitamento juntamente com comidas saudáveis. O leite funciona como uma vacina e protege a criança de infecções respiratórias, visto que contém os anticorpos da mãe.

Outo alerta é garantir que ninguém fume nos cômodos da casa, pois a fumaça do cigarro irrita as vias respiratórias das crianças. Também é aconselhável umidificar os ambientes – para diminuir as irritações da pele e mucosa dos olhos, nariz e vias respiratórias –, lavar o nariz com soro fisiológico, principalmente em caso de coriza ou obstrução nasal e oferecer bastante água, a fim de hidratar o corpo e eliminar secreções.


Alimentação como aliada para abandonar o cigarro

 

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No dia mundial sem tabaco, nutricionista explica quais alimentos são benéficos e prejudiciais para aqueles que desejam dar o primeiro passo para se livrar do vício


Criado em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Dia Mundial sem Tabaco acontece em 31 de maio e busca promover a conscientização da população sobre os malefícios do cigarro para a saúde. Tudo indica que tem funcionado e que o hábito vem perdendo força no Brasil nos últimos anos -- dados levantados pelo Vigitel mostram que, em 2021, apenas 9,1% da população fumava, contra 15,6% de 2006 -, mesmo assim, cerca de 22 milhões de pessoas ainda são fumantes. 

Cientes dos prejuízos que a prática proporciona, como dentes amarelados, mau hálito, problemas pulmonares e diversos tipos de câncer, os fumantes têm se conscientizado sobre a questão e desejado, cada vez mais, se livrar do vício. Mas, além dos famosos adesivos de nicotina junto à prática de exercícios físicos, uma alimentação balanceada se mostra como uma importante aliada nessa missão. Júlia Canabarro, nutricionista da Dietbox, startup de nutrição, explica que a eficácia de uma alimentação balanceada não pode ser negligenciada na luta contra o tabagismo: 

“Certos alimentos têm efeito bloqueador da vontade de fumar, e adotá-los em sua dieta pode ser uma ótima maneira de largar o cigarro de forma gradativa, gerando, consequentemente, menos estresse, ansiedade e as famosas recaídas”. 

Segundo a nutricionista, as primeiras semanas são cruciais, já que são nelas que se sente de forma mais intensa a abstinência da nicotina. Para estes momentos, ela indica o consumo de alimentos que proporcionam sensação de bem-estar e auxiliam na redução da ansiedade. As bananas são conhecidas por possuírem altos índices de vitamina B6, além de contarem com o aminoácido triptofano, responsável pela produção de serotonina e a consequente diminuição do estresse. Chocolate, grão de bico, peixes e laticínios são outros bons exemplos. 

O tomate, por sua vez, auxilia na missão graças a um fato curioso: ele e as plantas de tabaco são da mesma família, sendo conhecida também como o grupo de “solanáceas”. Por isso, a fruta contém uma pequena quantidade de nicotina, que auxilia na redução do cigarro. Seu consumo é recomendado, principalmente, por meio de sucos -- para uma maior absorção de nutrientes -, mas ele também pode ser consumido cru, em saladas e molhos. 

Outra dica valiosa, como aponta a profissional, é investir em hábitos que possam substituir o antigo (de ter o cigarro à mão). Cenoura e aipo cortados em palitos são boas opções para os momentos em que o desejo de fumar aparece, tanto pela fixação oral que o cigarro proporciona, quanto pelo hábito de segurá-lo entre os dedos. Pode parecer simples, mas por replicar a mecânica corporal de fumar, o ato deve acalmar os nervos nos momentos mais cruciais. Chicletes sem açúcar também podem servir de “muleta” nestes momentos. 

Por último, Júlia Canabarro explica que dois itens devem ser evitados ao máximo quando o abandono progressivo do cigarro estiver sendo feito: álcool e café. Ambas as bebidas estão diretamente ligadas ao costume de fumar e, por isso, podem ser “gatilhos” para os tabagistas que veem dificuldade em as desvencilhar do hábito. “Para sua substituição nos primeiros meses, o consumo de chás e, principalmente, água é muito indicado. Conhecida por ser um desintoxicante natural e acalmar o organismo, contar com uma garrafinha de água para levar durante o dia pode ser uma boa válvula de escape”, explica a profissional. 

“O tabagismo é uma doença séria e deve ser tratada como tal. Para aqueles que desejam parar de fumar, indico o acompanhamento médico e nutricional, além da prática de exercícios físicos. Esses profissionais da saúde têm o conhecimento para guiar seus pacientes durante a transição e os ajudar a evitar consequências que a falta de nicotina pode trazer, como o ganho de peso e o consumo compulsivo de comida. Não tenha medo: procurar ajuda é a parte mais difícil, mas quando feito, o abandono do cigarro só proporciona benefícios a curto, médio e longo prazo”, finaliza.


ESET alerta usuários do Android sobre novo malware bancário

Mais de 460 aplicativos de instituições financeiras foram atingidos, entre softwares de bancos, carteiras digitais e de criptomoedas


O malware bancário EMARC 2.0, voltado para dispositivos Android, está disponível em fóruns clandestinos para venda desde março deste ano e já atingiu cerca de 460 aplicativos ao redor do mundo, de acordo com nova pesquisa divulgada pela ESET, empresa líder em detecção proativa de ameaças. Por meio deste código malicioso, criminosos estão roubando dados de vítimas em aplicativos de finanças e criptomoedas. 

 

O Brasil é o país com o maior número de ataques de malware em toda a América Latina, com 19% de todas as ameaças detectadas na região. A segurança dos dados tem sido realmente o foco de debates em todas as esferas sociais e os brasileiros estão cada vez mais preocupados com o futuro das informações sensíveis. Exemplo disso, é o que aponta a 7ª edição da pesquisa FEBRABAN, com um terço dos 3 mil entrevistados afirmando que acreditam estar menos seguros nos últimos cinco anos.

 

De acordo com a mesma pesquisa, 86% dos brasileiros têm medo de serem vítimas de fraudes ou terem seus dados violados, e cerca de 33% acreditam que estão menos seguros quando se trata da proteção das suas informações pessoais. Pensando nisso, a ESET preparou algumas dicas para ajudar os usuários a terem mais segurança em suas operações bancárias, principalmente em ambientes online: 

  • Utilize um equipamento confiável - dê preferência para dispositivos próprios ao invés de acessar por meio de aparelhos de outras pessoas ou até mesmo de acesso público. Além de se colocar na posição de controle dos seus dados, será mais fácil para identificar quando ocorrer alguma atividade suspeita;
  • Não utilize qualquer rede WiFi - não são todas as conexões que oferecem um grau de segurança recomendável, principalmente em espaços públicos. Preferencialmente, use uma rede 3G ou 4G. Caso não tenha essa opção, busque utilizar uma rede privada virtual (VPN), que permitirá a criptografia das informações;
  • Instale as últimas atualizações - sistemas desatualizados servem como porta de entrada para criminosos conseguirem acessar dados e também infectarem seus dispositivos. Muitos sistemas operacionais e aplicativos contam com a atualização automática, que você pode configurar para não correr risco de deixar sua proteção em segundo plano;
  • Crie senhas seguras - utilize caracteres especiais, letras maiúsculas e minúsculas, dando prioridade para uma senha exclusiva ao serviço bancário;
  • Use dupla autenticação - habilite o segundo fator de autenticação no seu dispositivo, caso este seja um recurso oferecido pelo seu banco. Esta é uma forma de verificar se é realmente você que está tentando o acesso a sua conta;
  • Desconfie de e-mails e ligações para confirmação de dados - os criminosos podem se passar por funcionários de bancos e, desta forma, conseguir que você passe informações como números de cartões e senhas de contas. Em caso de dúvida, o ideal é sempre ligar para os números oficiais ou ir presencialmente à sua agência;
  • Use o botão “desconectar” - ao terminar de realizar as transações em sua conta, desconecte-se da sessão, isto pode dificultar o acesso de cibercriminosos à sua conta online;

 

“Caso você esteja preocupado que seu dispositivo Android tenha sido comprometido por algum tipo de malware, alguns sinais podem ser indicativos, como o fato da sua bateria descarregar rapidamente, a existência de pop-ups de publicidade ou aplicativos que aparecem em seu aparelho sem você ter instalado. Para reforçar a proteção, o recomendado é que você instale um programa de segurança confiável e atualizado, e esteja atento às últimas notícias de segurança cibernética”, acrescenta Daniel Barbosa, especialista em segurança da informação da ESET.

 

Para saber mais sobre segurança da informação, visite o portal de notícias da ESET: https://www.welivesecurity.com/br/

 

Por outro lado, a ESET convida você a conhecer o Conexão Segura, seu podcast para descobrir o que está acontecendo no mundo da segurança da informação. Para ouvir, acesse: 

https://open.spotify.com/show/61ScjrHNAs7fAYrDfw813J?si=242e542c107341a7&nd=1

 

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Fila para automóveis segue longa, mas consumidor não quer esperar

Crise de insumos ainda não está resolvida; estudo de mercado mostra que compradores não estão dispostos a esperar por veículos


Em 2021, Marian Trigueiros, 40 anos, decidiu trocar de carro. Até o início de 2020, ela tinha usado um Ford Ka 2012, vendido no início da pandemia. Depois de passar quase um ano e meio sem carro, estava disposta a investir, agora, em um Onix. Mas a longa fila de espera pelo modelo escolhido na cor desejada fez com que a jornalista desistisse da tão sonhada troca. Quando ela procurou a concessionária, em outubro de 2021, foi avisada de que o novo veículo só estaria disponível dali a quase três meses, entre dezembro e janeiro.

“Em outubro de 2021 não havia veículos disponíveis à pronta entrega, porque as montadoras estavam sem peças. E, se eu quisesse uma cor específica ou adicionais, teria que esperar por até quatro meses, o que era inviável. Como estava sem carro há 1,5 ano, não queria esperar mais”, detalha. Ela começou, então, uma nova jornada, à procura de um carro que chegasse rápido, fosse do modelo escolhido e cujo valor coubesse no orçamento. A princípio, definiu que compraria um HB20, mas o plano não saiu como esperado. “Para minha surpresa, o carro de entrada estava com valor muito acima do que havia pesquisado, por volta de R$ 75 mil. Eles tinham à pronta entrega, mas apenas nas cores branca e preta. Como não tinha conseguido o carro do meu plano A, decidi ouvir o que a concessionária tinha a dizer.”

A realidade de Marian não é diferente da de muitos consumidores brasileiros. Quase no fim do primeiro semestre de 2022, a indústria automotiva ainda não conseguiu retomar a produção de antes da pandemia - e os consumidores não querem mais esperar por seus veículos.

De acordo com um levantamento feito pela Tecnobank, empresa especializada em registros de contratos de financiamento de veículos, quanto maior a idade do comprador, menor a paciência para aguardar pelo carro escolhido. “O que encontramos na nossa pesquisa de mercado foi um cenário de impaciência, depois de mais de dois anos de pandemia. Muitas pessoas não estão dispostas a esperar por meses antes de conseguir colocar as mãos no carro novo. Ao mesmo tempo, o setor ainda não conseguiu solucionar problemas como a crise de insumos que atrasa a produção há quase dois anos”, afirma o diretor de Comunicação e Marketing da Tecnobank, Cristiano Caporici.

Os dados da pesquisa mostram que 63% dos consumidores topam esperar menos de um mês, após o pedido, até terem seu novo carro nas mãos. No outro extremo, apenas 2,2% deles aceitam esperar de dois a três meses. Não foi o caso de Marian, que abriu mão de comprar o carro que havia escolhido e decidiu ficar com um Creta 1.6, modelo que estava disponível à pronta entrega. “No primeiro momento, achei que não era para mim, por ser um carro mais alto e que consome mais. Mas a diferença de valor final para o carro 1.0 era bem baixa. Consegui uma taxa de juros baixa, o que resultou em uma parcela acessível, também”, relata. Mas, à pronta entrega, não havia a cor que ela queria. Para isso, seria necessária uma espera de três meses. “Depois de muita negociação, optei pela cor branca mesmo e ‘ganhei’ alguns adicionais que eram colocados na concessionária e, portanto, não exigiam espera. Em uma semana estava com o carro novo em mãos.”

Para o vice-presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Luís Antônio Sebben, o cenário atual é fruto dos desafios produtivos ocasionados pela pandemia de covid-19. Ele aponta três fatores primordiais para as dificuldades em retomar os níveis de produção de 2019. O primeiro deles é a falta de insumos como chips eletrônicos e outras peças fundamentais. “Imaginava-se que até meados de 2022 esse problema da cadeia de fornecimento estivesse solucionado, mas hoje está claro que ele deve se estender ainda por um bom período”, avalia.

Em segundo lugar está o preço das commodities a nível mundial. Vidros, peças de fuselagem, pneus e outros componentes subiram de valor em todo o mundo. Muitas vezes essa valorização ficou acima até mesmo da inflação, o que dificulta manter a produção nos níveis previstos pelo setor, uma vez que há pressão de custos e falta de produtos.

Por fim, o dinheiro também é uma questão que preocupa. “O preço do dinheiro influencia diretamente no custo dos estoques e, principalmente no financiamento do veículo para o consumidor final. A situação chegou a um ponto em que já não há apenas falta de oferta, mas também de demanda”, destaca. Ele lembra que os juros altos e o mercado sem muita demanda não apenas no Brasil, mas no mundo todo, dificultam uma retomada sólida. “No Brasil, a oferta está adequada à demanda, mas muitas lojas fecharam na pandemia, enquanto outras reduziram de tamanho e enxugaram o estoque. Ou seja, não existe mais tanto veículo à pronta entrega quanto antes da pandemia e não se sabe se um dia voltará a ter”, finaliza.


Investir em comunicação é salto para o sucesso

Alguém gosta de desperdiçar tempo, dinheiro e energia? Se não estiver muito claro o que temos a ganhar aprimorando a comunicação1, a tendência é nos acomodar. Avaliar o esforço e criar estratégias visando fortalecer essa poderosa ferramenta são primordiais para o aprofundamento da interação humana e, consequentemente, melhores resultados na vida empresarial.

O que você tem a ganhar melhorando as suas comunicações?


Autoconhecimento

Imagine uma pessoa que vive isolada, sem contato frequente com outras. Ela se conhece? Tem domínio e consciência dos próprios atos e do que eles representam para os outros? É impossível. O autoconhecimento está diretamente associado aos múltiplos relacionamentos que fazem parte do nosso dia a dia, como os interpessoais e a leitura que fazemos do mundo. Conforme expandimos nossas comunicações e compartilhamos informação, as pessoas passam a ter opiniões sobre nós e, dessa forma, recebemos o feedback2, elemento essencial na construção do autoconhecimento.


Autoconfiança

A autoconfiança é diretamente proporcional ao grau de conhecimento de si mesmo: o autoconhecimento. Se um comunicador reconhece os próprios pontos fortes e fracos, poderá direcionar melhor as ações dele e criar relações mais harmoniosas com os interlocutores.


Liderança

Durante muito tempo, a liderança foi exercida com base em conceitos rígidos, estruturas hierárquicas definidas, e não havia muito espaço para diálogos e refutações. Atualmente, isso mudou. A liderança não é mais imposta, mas conquistada e compartilhada. Para ser líder, é preciso também demonstrar os pontos de vista bem como as próprias habilidades e, ao fazê-lo, aproveitar ao máximo os recursos e técnicas que a comunicação oferece.

Por meio da comunicação eficaz, os talentos individuais afloram gerando líderes dotados de competência técnica e interpessoal para criar sinergia na equipe, de modo que a transmissão da mensagem passe a ser o ponto-chave do sucesso empresarial.


Oportunidades profissionais

Há profissionais conhecedores de diversos assuntos, entretanto com dificuldade em transmitir conhecimentos. Calam informações e permanecem estagnados.

É importante que outros conheçam o seu saber, percebam seu potencial e a utilidade do seu conhecimento. A comunicação possibilita esse intercâmbio, por isso também há necessidade de se investir no marketing pessoal3. Na era da valorização do capital intelectual, somar é estabelecer diferença competitiva. Faça das suas comunicações um investimento lucrativo.


Criatividade

Pessoas mais abertas às comunicações provavelmente têm mais condições de resolver problemas. Soluções criativas dependem muito dessa liberdade com que você estabelece novas relações entre os fatos. Sem interesse em diversificar a cultura, não há progresso. Identificar novos encadeamentos em áreas diferentes é um dos melhores exercícios para a comunicação e, consequentemente, desenvolve a criatividade.


Flexibilidade nas relações interpessoais

Quando as comunicações são aprimoradas, desenvolvemos a capacidade de filtrar informações, detectando as insignificantes. Assim, podemos fazer uma leitura mais precisa das pessoas e aprimorar também nossa habilidade para estabelecer relacionamentos. Considerar que as relações são destituídas de matematicidade, torna-as mais dotadas de elegância e compreensão.


Vitória sobre os desafios

Por meio das comunicações, inclusive os desafios são enfrentados com mais entusiasmo, os horizontes se abrem e contamos com mais possibilidades diante dos obstáculos. Além disso, as etapas a serem cumpridas até o objetivo podem ser melhor visualizadas. Aí é só comunicar também a vitória.

Compreender a dimensão do processo comunicativo permite-nos, portanto, conhecer as facetas da nossa personalidade e o modo como atuamos nos vários grupos sociais. É, especialmente, uma estratégia desafiadora e essencial para obtenção de vantagem competitiva do profissional no universo empresarial.

  • Processo que envolve a transmissão e a recepção de mensagens entre uma fonte emissora e um destinatário receptor, no qual as informações, transmitidas por intermédio de recursos físicos (fala, audição, visão etc.) ou de aparelhos e dispositivos técnicos, são codificadas na fonte e decodificadas no destino com o uso de sistemas convencionados de signos ou símbolos sonoros, escritos, iconográficos, gestuais etc.;
  • Informação que o emissor obtém da reação do receptor à sua mensagem e que serve para avaliar os resultados da transmissão;
  • Conjunto de ações, estrategicamente formuladas, que visam influenciar o público quanto à determinada ideia, instituição, marca, pessoa, produto, serviço etc.

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Renato Lisboa - neuropsicanalista, autor do best-seller 3 Segundos: Escolhas que transformam a vida e vice-presidente da Abrapcoaching.


Online ou offline, eis a questão

 As atuais estratégias de marketing devem estar presentes em ambos os meios

 

Que a aplicação de estratégias de marketing traz muitos benefícios para qualquer negócio, todo mundo sabe. No entanto, muitos empresários ainda têm dúvida sobre qual tipo de tática adotar: anunciar pelo meio digital e alcançar muitas pessoas, correndo o risco de se perder entre vários outros anunciantes; ou se utilizar dos meios tradicionais de divulgação, como rádio, TV, jornais, e etc., e acabar perdendo público?

Ambas as estratégias devem ser utilizadas, dependendo do produto ou serviço a ser divulgado e do nicho da empresa. A eficiência da internet para as vendas já foi comprovada, mas mesmo que a web seja capaz de alcançar inúmeras pessoas, ainda há potenciais consumidores que podem ficar de fora do radar, seja por faixa etária ou situação socioeconômica. Nesse sentido, a integração online e offline é fundamental.

No mundo dos negócios, a relação empresa-cliente pode se tornar um tanto fria se não for incorporado valor ao produto ou serviço. Estratégias de customer experience ou até descontos, brindes e amostras grátis fazem sucesso tanto no meio físico quanto no digital e fidelizam os clientes. O marketing voltado para o mundo offline possui várias vantagens como, por exemplo, a credibilidade que os meios tradicionais já têm e de que a internet ainda não dispõe.

Já o ambiente digital possibilita ao empresário gastar menos com a divulgação, além de poder rastrear os resultados e avaliar os possíveis erros e acertos de determinada campanha, assim como segmentar seus anúncios por gênero, idade, localização, entre outros. A estrategista em marca pessoal, Luciana Burko, destaca a importância de se manter uma coerência entre os conteúdos disponibilizados para o público.

“Se o cliente vir um anúncio em um outdoor ou mesmo em uma bicicleta de propaganda, inclusive já usada por uma das minhas mentoradas no interior do Paraná, ele também irá procurar o mesmo produto no ambiente virtual. Então é preciso estar atento à comunicação usada para divulgar os produtos de forma que o consumidor consiga identificá-los, tanto no meio online quanto no offline. Isso se chama comunicação integrada como uma estratégia de fortalecer a sua marca”, diz ela.

Sem dúvida, o uso das redes sociais é muito importante nesse cenário, pois são uma excelente ferramenta que alcança milhões de pessoas, e que podem fornecer informação para o cliente, gerar valor para o produto e possibilitar o compartilhamento das campanhas, mas lembrando que devem ser sempre coerentes aos demais pontos de contato offline.

 

Luciana Burko Maciel - Estrategista em Marca Pessoal

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Em maio, Índice de Expansão do Comércio (IEC) registra alta de 47% na comparação anual

Em relação a abril, IEC cresceu 4,4%, influenciado, principalmente, pelo nível de investimentos das empresas


 
O Índice de Expansão do Comércio (IEC) – indicador da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) que mede a intenção dos empresários de expandir os negócios – registrou alta de 47% em maio, quando comparado ao mesmo período do ano passado. Por trás do resultado está a base bastante fragilizada de comparação, já que, há um ano, o cenário era ainda mais desafiador graças aos impactos da pandemia de covid-19 na economia.
 
Em comparação a abril, houve crescimento de 4,4% – chegando a 117,1 pontos. O que mais influenciou o resultado mensal foi o subíndice Nível de Investimentos das Empresas, com alta de 5,6%, passando de 98,1 pontos, no mês anterior, para os atuais 103,5. O subíndice que mede as Expectativas para Contratação de Funcionários subiu 3,6%, registrando 130,6 pontos. Na comparação interanual, o nível de investimentos e as perspectivas quanto às contratações demonstraram crescimentos de 72,5% e 31,6%, respectivamente.
 
Embora os impactos dos transtornos causados pela falta de abastecimento de insumos e matérias-primas no comércio ainda estejam presentes, o Índice de Estoques registrou, na passagem de abril para maio, 122,9 pontos – o melhor resultado desde dezembro de 2019 (124,3 pontos). Aparentemente, os empresários estão contando com um estoque maior. Assim, para aumentar as receitas, parecem mais propensos a investir em ações que vão ajudar a reduzi-los – por exemplo, a contratação de novos funcionários, entre outras iniciativas –, diante da contração do consumo provocada pela inflação.
 
A normalização das atividades após maior contenção da variante ômicron e mais equilíbrio no nível de estocagem no comércio sinalizaram, também, uma melhora discreta da confiança dos comerciantes. Contudo, inflação, juros elevados e todas as incertezas na economia limitam a recuperação da confiança no curto prazo. Desta forma, estas variáveis continuam imprimindo um cenário desafiador para o empresariado e tem se mostrado mais relevante do que as consequências do desabastecimento na cadeia de insumos.
 
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) cresceu 2,3%, em maio, na comparação com abril, apontando 117,5 pontos. Na comparação anual, a alta é de 40,2%. O ICAEC, subíndice que avalia as condições atuais do comércio, obteve alta de 4,4% e registrou 100,4 pontos. O IEEC, que mensura a expectativa dos gestores, caiu 0,3%, chegando a 145,3 pontos. Já a última variável que compõe o indicador, o índice de investimento (IIEC) subiu 4%, passando para 106,8 pontos em maio. Na base de comparação anual, os três quesitos registraram crescimento: o primeiro avançou 88%; o segundo, 22,5%; e o terceiro, 34,4%.
 
Em maio, o Índice de Estoques (IE) avançou 2,3%. Em relação ao mesmo período do ano passado, o indicador cresceu 24%. A proporção dos empresários que consideravam a situação dos estoques adequada subiu 1,6 pontos porcentuais (p.p.): de 59,4%, em abril, para os atuais 61%. Aqueles que relataram que a situação estava inadequada acima do desejado caiu 1,9 p.p. – passando de 27,9%, no mês anterior, para 26,1%.
 
O porcentual dos empresários que consideravam seus estoques abaixo do desejado subiu 0,6 p.p.: de 11,6% para 12,2%. A proporção dos que relataram que os estoques estavam adequados seguiu maior do que os que afirmavam que a situação estava inadequada: 61% contra 38,3%, respectivamente.

 



 
Notas metodológicas


ICEC


O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) contempla a percepção do setor em relação ao seu segmento, à sua empresa e à economia do País. São entrevistas feitas em painel fixo de empresas, com amostragem segmentada por setor (não duráveis, semiduráveis e duráveis) e por porte de empresa (até 50 empregados e mais de 50 empregados). As questões agrupadas formam o ICEC, que, por sua vez, pode ser decomposto em outros subíndices que avaliam as perspectivas futuras, a avaliação presente e as estratégias dos empresários mediante o cenário econômico. A pesquisa é referente ao município de São Paulo, contudo sua base amostral reflete o cenário da região metropolitana.


 
IEC


O Índice de Expansão do Comércio (IEC) é apurado todo o mês pela FecomercioSP desde junho de 2011, com dados de cerca de 600 empresários. O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando, respectivamente, desinteresse e interesse absolutos em expansão de seus negócios. A análise dos dados identifica a perspectiva dos empresários do comércio em relação a contratações, compra de máquinas ou equipamentos e abertura de novas lojas. Apesar desta pesquisa também se referir ao município de São Paulo, sua base amostral abarca a região metropolitana.


 

IE


O Índice de Estoque (IE) é apurado todo o mês pela FecomercioSP desde junho de 2011 com dados de cerca de 600 empresários do comércio no município de São Paulo. O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando, respectivamente, inadequação total e adequação total. Em análise interna dos números do índice, é possível identificar a percepção dos pesquisados relacionada à inadequação de estoques: “acima” (quando há a sensação de excesso de mercadorias) e “abaixo” (em casos de os empresários avaliarem falta de itens disponíveis para suprir a demanda em curto prazo). Como nos dois índices anteriores, a pesquisa se concentra no município de São Paulo, entretanto sendo a sua base amostral considera a região metropolitana.

 


FecomercioSP

Notas sobre o Dia Mundial das Crianças Vítimas de Agressão


O dia 04 de junho foi escolhido pela ONU (Organização das Nações Unidas) como O Dia Mundial das Crianças Vítimas de Agressão e entra na agenda social desde 1982 para discutir seu significado e dar maior atenção ao enfrentamento do problema. Entende-se “agressão”, em seu sentido mais amplo, como toda forma de violência, das quais destaca-se: trabalho infantil, abuso e exploração sexual, violência doméstica ou intrafamiliar, violência institucional, violência urbana, entre outras. As estatísticas mundiais sobre o tema ainda assustam. Segundo o UNICEF (Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância), mais de 35 mil crianças e adolescentes foram mortas de forma violenta entre 2016 e 2020 somente no Brasil. 

O país avançou substancialmente com relação as agressões físicas com a lei 13.010/2014, conhecida como Lei Menino Bernardo, que alterou o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), estabelecendo que os menores de 18 anos não podem ser educados com o uso de castigos físicos, de tratamento cruel ou degradante. O artigo 4º do ECA trata das violências, porém era necessário outro dispositivo jurídico para explicitar que educar por meio de tapas ou palmadas não é permitido. As falas de muitos pais ou responsáveis que tentam justificar “que não espancam os filhos, mas batem para o seu bem”, não pode mais ser tolerado. Percebe-se que, de forma geral, os adultos batem mais por questões emocionais deles do que propriamente daquilo que as crianças ou adolescentes estão fazendo. Muitas vezes projetam no outro suas angústias e amarguras da vida adulta, deixando de considerar que crianças e adolescentes estão em uma fase peculiar de pessoa em desenvolvimento, momento de maturação física, psíquica e social. 

Outra legislação que o país recentemente aprovou foi a Lei 14.344 de 2022, denominada de Lei Henry Borel, cujo nome remete a história de um menino de 4 anos que suspostamente foi morto pelo padrasto, o vereador Jairinho, no Rio de Janeiro, em 2021. Esta lei tornou crime hediondo o homicídio contra menores de 14 anos e estabeleceu medidas protetivas para crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica e familiar. O recrudescimento das leis é fundamental para evitar tais crimes contra a infância e a adolescência, todavia, a sociedade deve se mobilizar continuamente para impedir o aumento desses crimes e o aumento dessas agressões. 

Campanhas preventivas são importantíssimas para chamar atenção de toda a sociedade e possibilitar as notificações ao Conselho Tutelar da região na qual a criança ou adolescente mora, conforme previsto no art. 13 do ECA. Se alguém não se sentir seguro para fazer a notificação de violência contra crianças e adolescentes ao Conselho Tutelar, pode fazer anonimamente via disque 100. O que não podemos deixar de fazer é a notificação, pois um caso de violência doméstica pode levar as crianças ou adolescentes à morte. 

Os profissionais nas áreas da Saúde, Educação, Assistência Social e Justiça estão na linha de frente para acolher as crianças e adolescentes vítimas de agressões, e muitos têm dificuldades nesse atendimento, o que pode gerar uma revitimização dos atendidos. Assim, a capacitação de profissionais e a supervisão dos casos de violência contra crianças e adolescentes é de suma importância na qualidade do atendimento e garantia de direitos. 

A Rede de Proteção da Infância e Juventude é ampla, mas precisa avançar, permitindo melhores condições de trabalho para os profissionais e aprimoramento dos fluxos de encaminhamento dos casos de violência. A cidade de São Paulo conta com mais de 20 unidades de Serviços de Proteção às Vítimas de Violência (SPVV), que é um serviço ligado a proteção especial da política de Assistência Social. Além disto, a capital paulista conta com mais de 50 Conselhos Tutelares, Delegacias Especializadas, Varas da Infância e Juventude, Ministério Público, Defensoria Pública e Organizações da Sociedade Civil que atendem, muitas delas, com a parceria junto à prefeitura. 

O Serviço-Escola do curso de Psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) atende crianças e adolescentes de abrigos, muitos com histórias de violência física, psicológica, sexual, negligência e abandono. Além disto, faz acompanhamento de casos espontâneos de crianças e adolescentes que chegam com queixas de conflitos familiares, desobediência, agressividade, Transtornos como o Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), entre outras. Todos os casos, independentemente da origem encaminhada, sejam pelo fluxo interno, ou por meio dos parceiros, as famílias são orientadas e participam de todo o processo. 

Vários estudantes de Psicologia desenvolvem seus estágios obrigatórios atendendo casos de agressões contra crianças e adolescentes nos Conselhos Tutelares, Abrigos-SAICAS, SPVVs e nas instituições parceiras. Visando a inclusão de crianças e adolescentes abrigados para a convivência familiar e comunitária, os estagiários de Psicologia Jurídica atuam na formação de Padrinhos e Madrinhas, bem como na formação de candidatos para a adoção. Essas atividades e ações buscam a garantia e a proteção de criança e adolescente e vem ao encontro da missão institucional confessional da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

 

Marcelo Moreira Neumann - professor e supervisor de Psicologia Jurídica e Direitos Sociais do curso de Psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) e supervisor de Serviços de Proteção às Vítimas de Violência do município de São Paulo.


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