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sexta-feira, 27 de maio de 2022

Dia Mundial da Esclerose Múltipla

 Saiba por que o conhecimento sobre a doença é fundamental, inclusive para a saúde bucal do paciente 

 

O Dia Mundial da Esclerose Múltipla é em 30 de maio, data escolhida para a divulgação de informações sobre a doença, que atinge atualmente cerca de 2,3 milhões de pessoas no mundo. O conhecimento acerca da esclerose múltipla é fundamental, inclusive na Odontologia, uma vez que a condição ocasiona limitações que prejudicam até mesmo o processo de higienização bucal. 

Saber mais sobre a esclerose múltipla também é importante para avaliar e definir o melhor tratamento e quais as orientações adequadas para cada fase da doença. Mas, afinal, o que é esclerose múltipla? 


A doença e os sintomas mais comuns 

A esclerose múltipla (EM) é uma doença autoimune, neurodegenerativa, que acomete o sistema nervoso central levando à incapacidade progressiva, problemas pessoais, familiares, sociais e profissionais, de origem desconhecida. Afeta em geral adultos na faixa de 18 a 55 anos de idade, sendo observada no Brasil uma taxa de prevalência de aproximadamente 15 casos por 100 mil habitantes.

A doença apresenta quadros de agravo e remissão, caracterizados por surtos ou ataques agudos da atividade. Os sintomas mais comuns são a neurite óptica, paresia ou parestesia de membros, disfunções da coordenação e equilíbrio, mielites, disfunções esfincterianas, alterações cognitivas e comportamentais, espasticidade, ataxia, tremor, fadiga, fraqueza muscular, depressão, levando à deficiência progressiva e dependência de cuidados. 

A cirurgiã-dentista Juliana Franco, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Hospital Auxiliar de Suzano e Instituto Central - HCFMUSP) e Doutora em Patologia Oral e Maxilofacial e Pacientes Especiais pela FOUSP, explica que, em relação à Odontologia, o paciente portador de esclerose múltipla pode apresentar sinais e sintomas pertinentes à região da face e cavidade oral, como neuralgias cranianas, paralisia facial, disfunções temporomandibulares, complicações visuais, disfagia, disartria, espasmos hemifaciais, distonias e dormência em face. “As alterações orofaciais encontradas ou reportadas pelo paciente, juntamente com uma anamnese bem realizada, são importantes e servem de alerta para que o cirurgião-dentista tenha a esclerose múltipla como hipótese diagnóstica auxiliando no diagnóstico precoce pelo médico neurologista, com melhor prognóstico da evolução da doença”.  


A esclerose múltipla em suas fases de progressão

A especialista esclarece que a esclerose múltipla apresenta quatro formas de evolução e, de acordo com o tratamento, da resposta ao mesmo e às morbidades apresentadas, é possível encontrar o paciente em diversas situações clínicas. “Atualmente, sabe-se que os tratamentos controlam bem os surtos da doença, melhorando o prognóstico e qualidade de vida do paciente”.

Com relação ao atendimento, Dra. Juliana explica que ele será efetuado de acordo com a fase da doença. “Quando no estado inicial, o atendimento será o convencional, realizado no consultório odontológico. Com a evolução da doença, principalmente os pacientes com dificuldade de adesão ao tratamento multidisciplinar/farmacológico ou do tipo de esclerose múltipla, podemos ter um paciente dependendo de cuidados e que necessite do atendimento odontológico domiciliar. Já no caso em que há agravamento, podemos ter um paciente hospitalizado, em que o dentista habilitado em Odontologia Hospitalar realizará o atendimento na internação”. 

Neste contexto, a cirurgiã-dentista destaca que a Odontologia, hoje, se apresenta de forma muito mais acessível, possibilitando o atendimento do paciente em qualquer lugar e condição clínica.


Medicações utilizadas no tratamento e seus possíveis efeitos

O tratamento da esclerose múltipla é multidisciplinar, baseado na reabilitação do paciente, associado ao tratamento farmacológico com o uso de corticóides, imunossupressores e imunobiológicos de uso contínuo, ou na forma de pulsoterapia nos momentos de surto da doença. Esses medicamentos, segundo a Dra. Juliana, ocasionam uma modulação do sistema imune, diminuindo a sua atividade, aumentando o risco de infecções, no geral, incluindo as infecções orais. “O cuidado odontológico de rotina é fundamental para o tratamento e prevenção das infecções dentárias, que podem ser agravadas e apresentarem uma rápida evolução por conta da imunossupressão medicamentosa, assim como nos casos do desenvolvimento de infecções oportunistas em cavidade oral, como a candidíase oral e herpes simples”.  

A cirurgiã-dentista lembra, também, que nos pacientes com doenças neurodegenerativas pode haver a associação de um quadro de hipossalivação (diminuição da produção de saliva) ocasionado pela polifarmácia e de uma perda progressiva e gradual da força muscular e coordenação motora. Segundo ela, a simples diminuição do volume da saliva traz riscos para os dentes (aumento do número de cáries), para as gengivas (progressão da doença periodontal), para as mucosas orais (traumas e infecções oportunistas) e de qualidade de vida do paciente (dificuldade para mastigar, deglutir os alimentos, falar, utilizar próteses dentárias).  


A importância da higienização bucal do paciente com esclerose múltipla

A higienização bucal do paciente com esclerose múltipla é um item de extrema importância para a prevenção de doenças bucais. Alguns estudos associam à doença uma maior prevalência de cáries e problemas orais. Com relação a isso, Dra. Juliana explica que a dificuldade de higienização pode ser proveniente da falta de orientação do paciente e do cuidador sobre a importância da higiene bucal ou da melhor técnica para realizá-la, da perda progressiva da força muscular ou do déficit cognitivo que resultarão em uma higiene bucal deficiente, levando a danos cumulativos à saúde bucal do paciente.

“O aumento de cáries e de doenças bucais é devido a uma associação de fatores que deve ser diagnosticada pelo cirurgião-dentista, o qual deve elaborar um plano terapêutico contemplando o tratamento odontológico, consultas de rotina para prevenção e trabalho conjunto com o paciente e cuidador para adequar forma e estratégias para a realização da higiene bucal”. 

De acordo com a cirurgiã-dentista, além do treinamento voltado aos cuidadores e familiares com relação à higiene bucal do paciente, existe a possibilidade de recorrer a adaptações das escovas dentárias, à utilização de dispositivos para manter a boca do paciente aberta durante a realização da higiene, às técnicas de escovação mais indicadas para cada paciente e ao uso de escovas elétricas. “A aspiração da cavidade oral durante e após a higiene bucal para evitar a possível broncoaspiração da saliva e espuma da pasta dentária, além do uso de colutórios e outros dispositivos para realizar a higiene oral, como os swabs orais de esponja, estão entre os recursos disponíveis”.  

O importante, segundo Dra. Juliana, é deixar que o paciente faça o seu autocuidado e, caso comece a ser observada deficiência para realizá-la, o cuidador/familiar pode completar a higiene oral.

A especialista chama a atenção para a frequência da higienização. “Além da orientação de como realizar a higiene oral, é importante alertar para a frequência e momentos em que a mesma será feita, pois muitos pacientes podem fazer o uso de alimentação por sonda, ou seja, não comem pela boca, o que leva muitos familiares a não realizarem os cuidados orais por não saberem que, independentemente da forma que o paciente se alimenta, é essencial fazer a higiene oral”. 


Cuidados gerais

Orientações sobre a dieta também são indispensáveis, especialmente em relação ao açúcar e carboidrato, que aumentam o risco de cárie, assim como o não consumo de dieta não condimentada, ácida ou gaseificada por conta da hipossalivação.

Conforme Dra. Juliana, a Odontologia deve ser baseada em cuidados gerais preventivos e curativos nos pacientes com deficiências. O cirurgião-dentista especialista em Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais é o profissional capacitado para entender de forma global o processo de saúde-doença e a sua evolução, devendo adequar o atendimento desde o preventivo, curativo e adaptações de acordo com as fases de doença. “Acolhimento, comunicação, empatia e humanização são fundamentais para a criação de vínculo com o paciente e sua família, possibilitando maior aderência ao tratamento odontológico, às orientações sobre higiene oral, à dieta e aos cuidados orais”. 

 

  

Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP

www.crosp.org.br


Menopausa: Conheça os sintomas físicos e emocionais relacionados a este período


A menopausa é caracterizada pela ausência da menstruação durante doze meses consecutivos, que geralmente ocorre entre os 44 e 54 anos. Até o fim definitivo do ciclo, as mulheres podem perceber algumas alterações físicas e emocionais, este período de transição é chamado de climatério.

Nesta fase, as mudanças começam a aparecer e muitas mulheres não conseguem identificar a causa. Grande parte delas confundem com uma TPM mais acentuada, estresse ou até mesmo com a ansiedade. “As mulheres demoram a lembrar da menopausa porque, normalmente, esperam pelo início dos calorões, o que é um equívoco, já que nem todas as mulheres vão apresentar este sintoma e, raramente, ele será o primeiro sinal a se manifestar”, afirma a Dra. Natacha Machado, ginecologista parceira da Plenapausa, primeira femtech do Brasil que traz informação, soluções e acolhimento durante a menopausa.

Segundo a Plenapausa, que avaliou cerca de 2.600 mulheres pela plataforma até o final de março, 79% delas tiveram perda da libido e 89% sentiram uma redução em sua energia para as atividades do dia a dia. Mas, apesar de estarem no topo das queixas das mulheres, os incômodos não ficam apenas no cansaço, calores e na diminuição do desejo sexual. “Os sintomas da menopausa incluem falta de memória, insônia, suor noturno, dor de cabeça, queda de cabelo, enfraquecimento das unhas, problemas de pele, dor nas articulações, aumento nos riscos de problemas cardiovasculares e osteoporose, cansaço, ressecamento vaginal, coceiras e vaginites, prisão de ventre, aumento de peso, aumento dos níveis de colesterol ruim, ganho de gordura abdominal, ansiedade e depressão.”

A ginecologista também alerta que a intensidade destes sinais pode variar de mulher para mulher e os hábitos adquiridos ao longo dos anos, pode ser um ponto decisivo para se ter mais qualidade de vida nesta fase. “Os hábitos podem influenciar diretamente na intensidade dos sintomas da menopausa. Mulheres que entram no climatério já com problemas de saúde vão sofrer mais, porque o desequilíbrio hormonal potencializa os sintomas”, afirma.

As manifestações da menopausa não se limitam apenas à saúde física, existem fatores emocionais que estão diretamente relacionados a este momento da vida da mulher. De acordo com os dados da Plenapausa, cerca de 81% das mulheres relataram que se sentem ansiosas ou deprimidas e 87% delas afirmaram sofrer com alterações de humor. Para a psicanalista Márcia Cunha, fundadora da plataforma, da mesma maneira com que tratamos os sintomas físicos, também é necessário cuidar do emocional das mulheres. “Assim como cuidados dos sintomas físicos, dores e incômodos, é necessário cuidar da saúde mental e emocional nesta fase. Além dos sinais relatados, percebemos também a solidão das mulheres que estão passando por este período. O assunto não é conversado em casa e, muitas vezes, não é falado nem entre amigas, isso gera uma falta de informação e a mulher se sente sozinha. Pensando nisso, nós criamos o Prosas&Pausas, uma roda de conversa semanal, para que as mulheres troquem experiências e tirem dúvidas com especialistas”, explica Márcia.

Para o tratamento dos incômodos da menopausa, muitas mulheres utilizam a terapia hormonal, segundo a Dra. Natacha, o ideal é dar preferência pelos hormônios bioidênticos, que são mais naturais e manipulados em doses individualizadas. Existem também os hormônios sintéticos, comprados em farmácias em dose comercial padrão.

Caso não possa ou não queira seguir nesta linha de tratamento, o uso de fitoterápicos também é uma opção para o alívio dos sintomas. “Independentemente da escolha, o tratamento deve ser prescrito e acompanhado por um médico. Nos casos em que a mulher não puder, eventualmente, fazer uso de hormônios, há alternativas que incluem fitoterápicos que ajudam a atenuar os sintomas do climatério. Além disso, é fundamental priorizar a qualidade de vida. Atividade física diária, incluindo exercícios de fortalecimento muscular e alimentação equilibrada e saudável”, conclui.

Dia Mundial Sem Tabaco: 78% dos brasileiros acreditam que o cigarro é fator de risco para diferentes tipos de cânceres

 Dado é resultado de pesquisa inédita realizada pelo Instituto IPSOS e encomendada pela unidade de Specialty Care na Sanofi. 9,1% dos brasileiros acima de 18 anos fumam, de acordo com o levantamento Vigitel 2021¹

 

Dia 31 de maio é o Dia Mundial Sem Tabaco, data criada em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para alertar sobre os perigos e doenças relacionadas ao tabagismo. Levantamento realizado pelo Instituto IPSOS aponta que 78% dos brasileiros acreditam que o cigarro é fator de risco não somente para câncer de pulmão, mas também para outros tipos, como de mama e de pele. 

Encomendada pela Sanofi, a pesquisa “Meu futuro saudável” foi realizada com 1.500 respondentes de todas as regiões do país com o objetivo de avaliar como os brasileiros relacionam os hábitos de saúde com o câncer e de que forma se informam a respeito do tema, com o recorte específico sobre quatro tipos de câncer: pele, pulmão, mieloma múltiplo e mama; sendo o câncer de mama a patologia mais conhecida nesta amostra, seguida pelos cânceres de pele e pulmão com nível de conhecimento similares. A margem de erro do estudo é de 2,5 pontos percentuais. 

Apesar do alto número de respondentes que relacionam o cigarro a algum tipo de câncer, 9,1% dos brasileiros acima de 18 anos (aproximadamente 20 milhões de pessoas) fumam, de acordo com a Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2021¹. E a doença está próxima da população brasileira: 92% conhece alguém ou já teve o diagnóstico e 82% têm medo de desenvolver câncer no futuro. 

Quando se realiza o recorte sobre câncer de pulmão, o mais comumente associado ao tabagismo, 20% dos respondentes tiveram ou possuem um familiar que teve a doença. A pesquisa indica ainda que mulheres e mais jovens (18-24 anos) adotam com maior intensidade medidas de prevenção e que, quase a totalidade das pessoas que tiveram câncer ou possuem algum familiar que teve câncer de pulmão reconhecem que o tabagismo aumenta os riscos de câncer. 

O câncer de pulmão é o tipo com maior incidência no mundo² e com maior mortalidade² todos os anos. Não fumar é uma das formas mais eficientes de evitar a doença, que costuma ser agressiva. De acordo com a OPAS, entre 30 e 50% dos cânceres podem ser prevenidos, e o combate ao tabagismo e a adoção de comportamentos saudáveis são práticas que combatem grande parte dos fatores de risco. 

Ainda que essa informação seja reforçada pelo dado de que para 68% dos brasileiros, a saúde é uma preocupação em si, essa consciência não se reflete plenamente na adoção de comportamentos saudáveis, já que apenas 39% dizem praticar atividades físicas regularmente, de acordo com o levantamento IPSOS. O tabagismo, porém, tem diminuído entre a população brasileira¹, de acordo com a Vigitel: em 2006, 15,7% da população afirmava fumar. Em 2021, pouco mais de 9% é fumante.

   

Sanofi 


No Dia Mundial sem Tabaco, SBOC alerta sobre riscos do uso do cigarro eletrônico e sua relação com o câncer de pulmão

 Apesar de proibido no Brasil, dispositivo pode ser a porta de entrada para o tabagismo convencional e aumenta risco para doenças pulmonares e fibrose 


 

O uso do cigarro eletrônico, também conhecido como vape, tem se tornado cada vez mais comum no Brasil. Mesmo com a comercialização e a importação proibidas no país, a moda ganhou força principalmente entre adolescentes e jovens. De acordo com dados do relatório Covitel (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em Tempos de Pandemia), divulgado recentemente pela Umane, associação civil sem fins lucrativos dedicada a apoiar iniciativas de prevenção de doenças e promoção à saúde, 1 a cada 5 jovens entre 18 e 24 anos faz uso de dispositivos eletrônicos de fumo no país, o que equivale a 19,7% da população. E ao contrário do que muitos acreditam, esse tipo de cigarro é bastante prejudicial à saúde. 

 

“As pessoas costumam pensar que o cigarro eletrônico oferece menos riscos, porque o uso não está associado diretamente ao câncer de pulmão. Mas, na verdade, existem outras substâncias nesse tipo de dispositivo que causam danos pulmonares”, explica o coordenador do Comitê de Tumores Torácicos da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dr. William William. “O cigarro eletrônico pode sim agredir o pulmão”, enfatiza o especialista. 

 

Dentre as principais substâncias liberadas pelo cigarro eletrônico estão as nano partículas de metais pesados, solventes e outros químicos que variam de acordo com o que é colocado para fumo no dispositivo. Além de doenças inflamatórias e até fibrose pulmonar, o uso desse tipo de cigarro está fortemente ligado ao surgimento de doenças cardiovasculares e distúrbios neurológicos.  

 

 

Efeito contrário 

 

Alguns usuários de cigarro eletrônico acreditam que o dispositivo ajuda no processo de parar de fumar, uma vez que não contém nicotina, mas o que ocorre em muitos casos é a substituição de uma dependência por outra. “O uso de cigarros eletrônicos também pode causar dependência, pois está associado à queima de diversas substâncias químicas e é ainda pior, já que não há regulamentação em torno de sua produção. As pessoas não sabem exatamente o que estão consumindo”, explica a Dra. Aknar Calabrich, também integrante do Comitê de Tumores Torácicos da SBOC.

 

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), em adição aos já citados problemas de saúde, o cigarro eletrônico ainda funciona como porta de entrada para o tabagismo tradicional (que tem ligação direta com o surgimento de câncer de pulmão), aumentando em mais de três vezes o risco de experimentação do cigarro comum. Hoje, o tabagismo é considerado uma das principais causas de mortes evitáveis do mundo. 

 

 

Combate ao uso 

 

De acordo com Resolução (RDC) nº 46/2009 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a comercialização, venda e divulgação de cigarros eletrônicos é proibida no Brasil. Mesmo assim, pessoas de todas as idades têm fácil acesso a esses dispositivos, que podem ser encontrados ilegalmente na internet ou no comércio informal.  

 

Ainda em tramitação na Câmara dos Deputados, há o Projeto de Lei (PL) 5.087/2020, que pretende reforçar a RDC 46 e proibir, em todo o território nacional, os cigarros eletrônicos ou outros aparelhos semelhantes para fumo. 

 

Além da RDC e do PL, outras medidas que também podem contribuir para o combate ao uso de cigarros eletrônicos são: a fiscalização regular da venda ilegal tanto na internet, quanto no comércio informal; e a conscientização/disseminação de informações relevantes sobre os riscos desses dispositivos.  

 

“Precisamos trabalhar ao lado da informação, reforçando a ideia de que o cigarro eletrônico é realmente prejudicial”, enfatiza Dr. William William. 

 

Para Dra. Aknar, as autoridades sanitárias brasileiras deveriam estimular mais o debate sobre o assunto em escolas, envolvendo pais e filhos. “Precisamos derrubar o mito de que o cigarro eletrônico é bom. Não é”, afirma.  

 


Parar de fumar requer esforço e acompanhamento médico. Conheça as principais dicas!

 Segundo pneumologista do Hospital Santa Catarina -- Paulista, força de vontade, acompanhamento médico com tratamento farmacológico, apoio da família e mudanças no estilo de vida são fatores fundamentais para o abandono do tabagismo

 

Todo ano, 160 mil brasileiros morrem em decorrência do tabagismo. A boa notícia é que cada vez mais pessoas conseguem abandonar o vício no Brasil. O país lidera o ranking de nações com a maior quantidade de pessoas que pararam de fumar -- o percentual de fumantes caiu de 36% em 1989 para 10% da população.

No entanto, eliminar esse hábito não é uma tarefa fácil e a pandemia pode ter piorado a situação. De acordo com a Fiocruz, durante o isolamento social, os fumantes aumentaram em quase 34% a quantidade de cigarros consumidos. Razões como solidão, ansiedade e nervosismo, que cresceram no período, podem ser explicações para essa alta. 

“O primeiro e mais importante passo é a força de vontade. Não existe remédio milagroso. Para ter sucesso e parar de fumar, a pessoa tem que focar em três pontos principais: força de vontade, ter uma equipe médica acompanhando e dando tratamento farmacológico, e o terceiro é ter orientações para mudança de comportamento, como por exemplo, excluir da rotina fatores que lembrem o cigarro”, explica Dr. Oliver Nascimento, pneumologista do Hospital Santa Catarina -- Paulista. 

Além do próprio fumante, a família também pode ser fundamental nesse momento ao dar apoio, orientar, cobrar e participar efetivamente desse processo. Por exemplo, caso tenha mais de uma pessoa que fuma na casa, o ideal é que todos parem de fumar juntos. 

“O fumante pode tentar descobrir o que o leva a fumar e substituir as ações por outras mais benéficas, como praticar exercícios físicos e beber água. O mais importante é ter uma vida saudável com atividade física e alimentação balanceada”, recomenda o médico.
 

Cigarro pode prejudicar quem convive com o fumante 

O hábito de fumar pode levar a muitos problemas de saúde. Doenças pulmonares, como a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), cerebrovasculares e cardiovasculares, além de diversos tipos de cânceres podem aparecer em decorrência do fumo. No entanto, quem vive com o fumante também tem sua saúde prejudicada e pode desenvolver uma gama de enfermidades. 

“Pacientes classificados como fumantes passivos podem ter cerca de 20% a 30% do aumento no risco de desenvolvimento de câncer de pulmão. Para o fumante ativo, quanto maior a exposição, maior o risco”, afirma o Dr. Aumilto Júnior, oncologista do Hospital Santa Catarina -- Paulista. 

No mundo, 1,2 milhão de fumantes passivos morrem todo ano em decorrência da inalação de substâncias prejudiciais à saúde contidas no cigarro. É preciso ficar atento a alguns sintomas que podem indicar um possível problema. 

“Emagrecimento não planejado, feridas na boca que não cicatrizam, dificuldade de engolir, aparecimento de linfonodos aumentados, conhecidos popularmente como ínguas, na região do pescoço, sangue na urina, tosse com sangue, falta de ar e respiração curta são os principais sintomas que chamam atenção e que devem ser investigados”, afirma o oncologista.
 

Confira os principais métodos para parar de fumar

  • Elimine possíveis fatores que levam ao ato de fumar
  • Busque auxílio profissional e familiar
  • Encontre substitutos saudáveis para o vício, como atividade física

·         Adote um estilo de vida mais saudável, com a prática regular de exercícios, alimentação saudável e ingestão regular de água.



Dia Internacional pela Saúde da Mulher, neste sábado, 28 de maio, chama a atenção para os cuidados em cada faixa etária

Geriatra indica soroterapia, implante de chip, medicina ortomolecular e acupuntura em tratamentos que embelezam, emagrecem, melhoram a libido e o sono, entre outros

 

O Dia Internacional pela Saúde da Mulher, neste sábado, 28 de maio, é uma data em que vale a pena se pensar nos cuidados em cada faixa etária, assim como nas novidades em tratamentos para os principais problemas enfrentados pelo gênero feminino. A geriatra Márcia Umbelino indica a soroterapia, o implante de chip, a medicina ortomolecular e a acupuntura contra males que vão da insônia à diminuição da libido, assim como para o emagrecimento e para melhorar a aparência de pele, unhas e cabelos.  

Segundo a médica, algumas medidas são para todas. A começar pelo uso do protetor solar e pela realização pelo menos anual de exames ginecológicos. A partir dos 40 anos, é preciso fazer mamografia, ultrassonografia da mama, densitometria e ultrassonografia transvaginal. Abaixo dessa idade, somente ultrassonografia da mama, preventivo e transvaginal.  

“É preciso pensar sempre em dosar os hormônios para saber se está próxima do climatério. É importante fazer o acompanhamento pelo menos uma vez por ano com exames de laboratório e de imagem. Mulheres que usam contraceptivos que podem aumentar o risco de trombose devem fazer dopler de membros inferiores eventualmente”, complementa Umbelino.  

Ter à noite uma boa qualidade de sono, não se estressar tanto e evitar alimentos que inflamem, como frituras, refrigerantes, bebida alcoólica e cigarro também são recomendações gerais. É indicado, desde jovem, realizar a dosagem do hormônio da tireóide e da vitaina b12 e o ultrasson da tireóide. Esses cuidados devem fazer parte da rotina dos exames a partir dos 30 anos. 

“Quanto menos ingestão de gorduras e alimentos industrializados melhor para as mulheres, porque temos uma tendência maior à inflamação e estamos tendo um estresse igual ao dos homens. Só que nós temos uma capacidade 30% menor de suportar esse estresse pelas características do gênero feminino. A gente sofre muito mais os impactos do estresse do que os homens. Então, meditar, fazer exercício físico, terapia e acupuntura ajudam a relaxar”, recomenda a geriatra. 

Uma mulher de 50 ou 60 anos deve realizar a densitometria anual para verificar a massa óssea, praticar exercício físico de resistência, como musculação e pilates, para ganho de massa muscular e massa óssea, e analisar as dosagens hormonais e de vitaminas, que normalmente elas precisam repor, como a vitamina d e a b12 e o ácido fólico. De acordo com a médica, existem chips e soros que ajudam a emagrecer, que melhoram a pele, a libido e a textura do cabelo. Tem ainda para cansaço mental, déficit de atenção e falhas de memória.  

“O chip da saúde melhora a pele e o cabelo principalmente nas mulheres menopausadas. O cabelo fica menos ressecado e o fio do cabelo fica com uma textura melhor. Quando se entra na menopausa, a pele, os cabelos e as unhas mudam”, indica.  

Segundo a geriatra, a soroterapia ajuda muito a desinflamar. O paciente desincha e emagrece com o tratamento. Já o implante de tadalafila auxilia na circulação e diminui a celulite. A acupuntura, por sua vez, é muito boa para a enxaqueca na tpm, para acalmar, desinflamar e auxiliar na qualidade do sono. Para a mulher que está na menopausa o ganho de massa muscular é importante não só por conta da beleza mas porque quando se ganha músculo se ganha também massa óssea. O resultado é andar melhor, subir escada melhor etc. 

Também existem implantes de chip para a memória e para combater o estresse, que pode resultar em fadiga crônica. Alguns implantes de hidrocortisona ajudam bastante nesta questão. De acordo com a médica, com o aumento de cortisol, a mulher inflama, incha e fica irritadiça. Para ela, o implante é o futuro da medicina porque com ele é possível tratar com várias medicações. Por exemplo, com a metformina, que ajuda a emagrecer e é, segundo ela, um excelente antioxidante, além de ajudar na síndrome do ovário policístico e aos pacientes que têm aumento de insulina. A substância está disponível em implante e cápsula. A diferença é que com o implante não vai haver perda pelo estômago, fígado e intestino. Outro tema relevante para as mulheres é a reposição hormonal, que, segundo a médica, “é vida”.  

“Sem a gente entender que o hormônio é o que comanda quase tudo e as enzimas, a gente não está entendendo o corpo todo como cabeça, corpo, mente e espírito”, defende.  

Outro chip indicado por ela é o de melatonina, que melhora a qualidade do sono. A acupuntura ajuda no sono também, caso não se queira colocar o chip. O sono é importante para evitar o ganho de peso, não inflamar, fixar a memória e produzir neurotransmissores. A mulher sofre o impacto do sono logo no climatério. Ela já começa a ter alteração do sono e aí vem a fadiga e a irritabilidade junto.

“Se a gente puder associar várias técnicas complementares, como a acupuntura, a soroterapia, o implante de chip, a medicina alopática e o exercício físico, ajuda muito”, lista a Dra. Márcia.   

Há soros específicos para a pele, unhas e cabelos. Também é possível tratá-los com a medicina ortomolecular oral na manutenção pós-soro, o que é eficaz. O que vai acontecer é que a paciente vai tomar mais cápsulas e mais vezes ao longo do dia, explica a médica. Já a testosterona vai ajudar a mulher no ganho de massa muscular, na libido, no ganho de massa óssea e na disposição física. 


Doenças respiratórias entram em seu momento crítico: saiba como prevenir

Meses mais frios do ano são acompanhados de altas históricas no número de casos de enfermidades em vias aéreas. Cuidados são especialmente necessários para crianças e idosos 

 

É hora de ligarmos o alerta: chegamos naquele que é o período do ano em que estamos mais propensos ao desenvolvimento de doenças respiratórias. Com a chegada do frio mais intenso, principalmente nas cidades mais ao Sul do Brasil, muitas pessoas acabam tendo que lidar com gripes e resfriados. Embora tais enfermidades sejam relativamente comuns, o risco não pode ser ignorado: se não forem tratadas com o rigor necessário, elas podem evoluir para outros problemas respiratórios bem mais graves. 

Para o médico otorrinolaringologista credenciado da Paraná Clínicas, empresa do Grupo SulAmérica, Dr. Yasser Jebahi (CRM-PR 18.912, RQE 17.573) o momento requer cuidados especiais: “Estamos vivenciando um período com temperaturas mais baixas e com grande amplitude térmica. Isso aumenta significativamente o número de pessoas acometidas de problemas nas vias aéreas, especialmente as populações mais vulneráveis: crianças e idosos”, afirmou o médico. 

Segundo o Dr. Yasser, além das tradicionais e incômodas gripes e resfriados, outras doenças respiratórias que estão em seu período de maior risco são rinite, asma, sinusite, otite e pneumonia. Embora a gravidade dos seus sintomas possa variar bastante, algumas dessas enfermidades podem evoluir para casos graves, sobretudo em crianças e idosos. O ideal é sempre apostar na prevenção e há algumas dicas simples que podem deixar as pessoas menos vulneráveis a estas doenças.

 

Apostando na prevenção

Embora o frio e as amplitudes térmicas comuns deste período do ano nos coloquem em permanente vulnerabilidade, há alguns cuidados simples que podem minimizar significativamente o risco de contágio. Entre as iniciativas, o Dr. Yasser Jebahi sugere especial cuidado à hidratação, evitar tabagismo, manter os ambientes internos arejados, não se expor a aglomerações, colocar roupas de cama frequentemente ao Sol, ter uma alimentação balanceada, praticar exercícios físicos e evitar a realização de procedimentos cirúrgicos eletivos, principalmente nos casos específicos de crianças e idosos. 

Outro ponto que não deve ser ignorado é que, apesar da recente redução do número de contágios, a COVID-19 ainda não acabou: “Esta é uma grande preocupação. Ainda estamos na pandemia e temos observado um recente aumento do número de casos. A utilização de máscaras em locais de grande aglomeração é um fator protetivo que deve ser considerado, já que colabora não apenas para diminuição do contágio da COVID-19 como de outras enfermidades de vias respiratórias. Manter a vacinação em dia conforme o calendário vacinal também é outra medida fundamental no combate à propagação das doenças das vias aéreas, incluindo a COVID-19 e variações mais recentes de gripes como a H3N2”, destacou Jebahi. 

Independentemente da idade, a recomendação é não se descuidar: no caso do aparecimento de sintomas típicos de doenças respiratórias e febre alta, mal-estar geral e falta de ar sem indício de melhora após 48 horas do início do início dos sintomas, procure auxílio médico.

 

 

Paraná Clínicas

www.paranaclinicas.com.br

 

Teste do Pezinho Ampliado entra em vigor: rastreio passa a abranger até 50 novas doenças

 A ampliação do teste do pezinho encurtará a jornada de diagnóstico para os pacientes de doenças raras 

 

O teste do pezinho, uma importante ferramenta de diagnóstico precoce e responsável por diagnosticar enfermidades congênitas ainda no período neonatal, passará a rastrear até 50 doenças[1] a partir de 26 de maio de 2022. A lei[2], sancionada no último ano, amplia o número de doenças pesquisadas no Programa Nacional de Triagem Neonatal e determina a expansão do exame em cinco etapas.

O avanço do teste do pezinho é um marco importante na medicina e na saúde infantil, cujo diagnóstico precoce de erros inatos do metabolismo e imunidade passa a ser executado de forma gratuita e igualitáriamente3 para toda a população.  O diagnóstico, acompanhado doi tratamento precoce, é a forma mais eficiente de oferecer maior sobrevida com melhor qualidade de vida para as crianças afetadas.

“É importante lembrar que, quanto antes iniciarmos a terapia, evitaremos o desenvolvimento de sequelas que podem comprometer gravemente o desenvolvimento. Hoje temos tratamentos medicamentosos que mudam o curso da doença, mas infelizmente, não revertem as sequelas já causadas. Ou seja, elas podem estacionar a evolução doença, mas não recuperam o que já foi perdido” explica a Dra. Tania Bachega, presidente da Sociedade Brasileira Triagem Neonatal Erros Inatos do Metabolismo (SBTEIM). “O diagnóstico precoce, depende, acima de tudo, da coleta precoce da amostra do teste do pezinho, ou seja, de que os pais tenham conhecimento da importância deste exame e que levem seus bebês para a coleta da amostra”, completa.

A coleta da amostra do teste do pezinho também pode ser feita em maternidades particulares. No SUS, diversas maternidades já fazem o teste rotineiramente, antes da alta hospitalar, após o parto. Caso o teste ainda não tenha sido feito, os pais podem procurar Postos de Saúde do município idealmente entre o 30 e 50 dia do recém-nascido[3], conforme determinado por lei. Contudo, os dados de 2020 do Ministério da Saúde demonstram que apenas 58% dos recém-nascidos realizam o exame neste período[4]. Para reverter esse cenário, existem campanhas de conscientização que disseminam a informação sobre a necessidade da realização do exame[5], como é o caso do Junho Lilás, que reforça as iniciativas que incentivam o teste ampliado.

De acordo com a especialista, “a atualização do teste do pezinho influenciará não apenas na qualidade de vida do paciente, como nas questões socioeconômicas da sociedade. Por isso, é de extrema importância que a classe médica reforce a necessidade da realização para os responsáveis4”. O teste expandido tem papel fundamental na redução de custos para a saúde pública, ao evitar o desenvolvimento de sequelas; segundo estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), cada dólar investido em prevenção são quatro economizados em serviços de saúde.


Relembre as etapas[6]

Hoje, o teste do pezinho conta com o rastreio de 6 doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, síndromes falciformes, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase. A etapa 1 já adiciona às atuais doenças o diagnóstico da toxoplasmose congênita.

Já a segunda etapa prevê a inclusão de: galactosemias; aminoacidopatias; distúrbios do ciclo da ureia; e distúrbios da beta oxidação dos ácidos graxos. Seguida pelas doenças lisossômicas, imunodeficiências primárias e atrofia muscular espinhal, nas etapas três, quatro e cinco, respectivamente.

Segundo o Ministério da Saúde[7], a delimitação de doenças a serem rastreadas pelo teste do pezinho será revisada periodicamente, com base em evidências científicas, considerados os benefícios do rastreamento, do diagnóstico e do tratamento precoce, priorizando as doenças com maior prevalência no país, com protocolo de tratamento aprovado e com tratamento incorporado no Sistema Único de Saúde.


De olho na AME

A última etapa do Teste do Pezinho Ampliado contará com o rastreio para a doença rara Atrofia Muscular Espinhal (AME)[8], que tem cerca de 300 novos casos por ano, ou seja, a cada semana nascem quatro novas crianças com AME no Brasil. A doença genética é marcada pela degeneração de neurônios motores, comprometendo funções motoras, respiratórias, entre outras[9].

“Tornando mais acessível o diagnóstico, que até então dependia que os responsáveis pelas crianças identificassem algum sintoma[10], a ampliação do teste do pezinho poderá ajudar a preservar a vida de centenas de crianças[11]. A detecção precoce faz diferença pois o rápido início do tratamento mudará o curso da doença em questão. Essa será uma vitória para a “triagem neonatal” e para a população, comenta Dra. Tânia.

 

  

Referências:

[1] Análise da compreensão de pais acerca do teste do pezinho. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/jhgd/article/view/19810/21881. Acesso em 12 mai. 2022.

[2] 06/6 – Dia Nacional do Teste do Pezinho. Disponível em:  https://bvsms.saude.gov.br/06-6-dia-nacional-do-teste-do-pezinho/. Acesso em 18 mai. 2022.

[3] Teste do pezinho. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/teste-do-pezinho/. Acesso em 12 mai. 2022.

[4] https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saes/sangue/programa-nacional-da-triagem-neonatal/indicadores-da-triagem-neonatal

[5] Triagem neonatal ou teste do pezinho: conhecimento, orientações e importância para a saúde do recém-nascido. Disponível em: http://fundacaopadrealbino.org.br/facfipa/ner/pdf/ed02enfpsite.pdf. Acesso em 12 mai. 2022.

[6] https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-14.154-de-26-de-maio-de-2021-322209993

[7] https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-14.154-de-26-de-maio-de-2021-322209993

[8] Projeto amplia teste do pezinho na rede pública de saúde. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2020/11/30/projeto-amplia-teste-do-pezinho-na-rede-publica-de-saude. Acesso em 12 mai. 2022.

[9]https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=node072tompa4n6sw1mg960u275cu17142669.node0?codteor=1721012&filename=INC+215/2019

[10] Análise da compreensão de pais acerca do teste do pezinho. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/jhgd/article/view/19810/21881. Acesso em 12 mai. 2022.

[11] Teste do Pezinho será ampliado e detectará até 50 novas doenças. Disponível em: https://www.gov.br/pt-br/noticias/saude-e-vigilancia-sanitaria/2021/05/teste-do-pezinho-sera-ampliado-e-detectara-ate-50-novas-doencas. Acesso em 12 mai. 2022.


Tabagismo na gravidez: riscos para a mulher e para o bebê

Dia 31 de maio é o Dia Mundial sem Tabaco. Conheça os riscos do tabagismo na gravidez para a mulher e para o bebê

 

Durante a gestação, a mulher deve adotar alguns hábitos para manter a sua saúde e a de seu bebê, evitando complicações durante o parto, promovendo bem-estar e melhores condições de desenvolvimento para a criança, mesmo após o nascimento.

 

Evitar o tabagismo na gravidez é um deles. Além de uma série de malefícios para a saúde em geral, na gravidez este hábito é bastante perigoso e está relacionado a uma série de complicações.


 

Os riscos para o bebê

 

Segundo o Dr. Alexandre Rossi, médico ginecologista e obstetra, responsável pelo ambulatório de Ginecologia Geral do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros e médico colaborador de Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP, quando a gestante inala as substâncias presentes no cigarro, o organismo do feto é afetado igualmente.

 

“A nicotina diminui o fluxo sanguíneo até a placenta, enquanto o monóxido de carbono pode reduzir o oxigênio que circula no corpo do bebê. Ao longo dos meses, o tabagismo na gestação eleva as chances de prematuridade e baixo peso no nascimento, má-formação neurológica e respiratória e, em casos extremos, maiores riscos de mortalidade fetal”.


 

Para a gestante

 

Além da potencialização de diversos males relacionados ao tabagismo já conhecidos, na gestação há maior comprometimento das vias respiratórias, alerta o Dr. Alexandre.

 

“Isso porque, as alterações naturais da gravidez reduzem a imunidade do organismo, tornando a mulher mais suscetível a diversas doenças, inclusive o câncer. O tabagismo também aumenta os riscos de hemorragias.”


 

Aconselhamento médico

 

As fumantes que estão gestantes devem ser alertadas por seus médicos durante as consultas sobre os riscos na gravidez. Se a mulher ainda não está grávida, talvez seja mais adequado cessar o tabagismo antes da concepção.

 

“Além do tabagismo, é importante também detalhar ao médico obstetra sobre o consumo, ainda que esporádico, de álcool, drogas e qualquer medicamento que a gestante tenha o costume de utilizar”, explica Dr. Alexandre. 

O médico precisa ter todas estas informações para orientar corretamente sua paciente e ajudar que a gestação ocorra com a máxima segurança possível.


Saúde da mulher: diagnóstico precoce de câncer ainda é desafio

No Dia de Luta pela Saúde da Mulher, Anadem reforça importância das leis que auxiliam na prevenção ao câncer de mama 



Neste sábado, 28 de maio, é comemorado o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher. A data foi criada há 38 anos com o objetivo de conscientizar a população sobre o diagnóstico precoce das doenças que mais acometem as mulheres, como o câncer de mama, endometriose, infecção urinária, câncer no colo do útero, fibromialgia, depressão e obesidade.

Anualmente, cerca de 66 mil mulheres recebem o diagnóstico de câncer de mama no Brasil. Auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), ainda em 2019, demonstra que mais da metade das pacientes apenas serão diagnosticadas quando a doença já estiver em estágio avançado, em média 200 dias a partir da primeira consulta, o que dificulta ainda mais o tratamento e gera prejuízos financeiros aos sistemas de Saúde.

A Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem) chama a atenção para a importância de as pacientes conhecerem e reivindicarem seus direitos. “O processo de identificação precoce da doença ainda é muito falho no Brasil. Quando se trata de cumprir as leis já existentes, então, a dificuldade só aumenta. Por isso, é preciso se apoderar dessas informações e buscar auxílio”, afirma o presidente da Anadem, Raul Canal.



Prevenção do câncer de mama

Há diversas leis com o intuito de aprimorar a prevenção do câncer de mama. As principais são a Lei nº 11.664, de 2008, que assegura a realização de exame mamográfico a todas as mulheres a partir dos 40 anos de idade, e a Lei n° 13.767, de 2018, que permite a homens e mulheres se ausentar do trabalho, sem prejuízo no salário, por até três dias em cada 12 meses trabalhados, para a realização de exames de detecção de câncer.

A mais urgente é a lei de n° 12.732 de 2012, a Lei dos 60 Dias, que determina que o tratamento oncológico deve ter início em até 60 dias a partir da confirmação do diagnóstico. Para complementá-la, em 2018 foi elaborado um Projeto de Lei Complementar que prevê que a rede pública tem o prazo máximo de 30 dias para realizar exames que confirmem o diagnóstico quando a principal hipótese for uma neoplasia maligna. Assim, há um prazo máximo de 90 dias entre a identificação dos primeiros sintomas e o início do tratamento.

O presidente da Anadem fala da importância de se fazer valer as leis já estabelecidas, tendo em vista o momento delicado que a paciente vive. “Quando a mulher tem a suspeita ou mesmo recebe o diagnóstico do câncer de mama, é um momento difícil, em que se sente fragilizada. Ela tem que ter os seus direitos preservados integralmente para que o tratamento possa ser eficiente em todos os sentidos. Não pode ficar preocupada com outra coisa”, finaliza Raul Canal.

Projeto Volte a Ser Feliz Além de atuar na conscientização em prol dos direitos das pacientes vítimas do câncer de mama, a Anadem apoia o Projeto Volte a Ser Feliz, que desde 2014 busca restaurar a autoestima de mulheres que superaram o câncer, por meio da dermopigmentação paramédica. Os procedimentos são realizados gratuitamente e incluem pigmentação de sobrancelhas, reconstrução em 3D de aréola mamária, contorno dos lábios, entre outros.


Como explicar para as pessoas que depressão não é "bobagem"?

 

A doença, que muitas vezes é subestimada pelas pessoas, foi considerada o "mal do século" pela Organização Mundial da Saúde

 

Praticamente todas as pessoas já ouviram a frase: "Depressão é bobagem!". Mas o que realmente é a depressão? Trata-se de um transtorno psiquiátrico, também conhecido como uma "infelicidade crônica", e que traz alterações nas capacidades físicas e cerebrais de quem sofre com a doença. Apresenta-se como um humor triste ou irritável e um sentimento de vazio. 

A condição clássica da depressão é conhecida como Transtorno Depressivo Maior, mas existem diversas variações da doença: a mudança desregulada do humor, a depressão persistente, alterações repentinas de ânimo no período pré-menstrual, além do transtorno depressivo causado por uma substância/medicamento ou por consequência de outra condição médica. Ou seja, vários fatores podem levar a um quadro depressivo, e muitas pessoas nem sabem que possuem o transtorno. 

Segundo a psicóloga Larissa de Oliveira, do UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau Recife, campus Caxangá, a probabilidade de desenvolver a doença aumenta com a chegada da puberdade, e a maioria dos afetados são jovens adultos (de 18-29 anos), especialmente mulheres. “Fatores como afetividade negativa, experiências adversas na infância, além de fatores genéticos e hereditários configuram-se como condição de risco para o desenvolvimento da depressão”, conta Larissa.   

Para identificar a doença, é preciso estar atento aos seus sintomas, que incluem: humor deprimido, desesperança, falta de interesse nas atividades cotidianas, alterações de apetite, perturbações do sono, cansaço, fadiga, sentimento de desvalia e culpa, entre outros. Com o tempo, dores físicas, desvio da funcionalidade social, mutismo, catatonia, além de tentativas e pensamentos suicidas, são algumas das consequências que a doença pode chegar. 

O tratamento deve ser feito de forma clínica, com o acompanhamento de profissionais de psicologia e psiquiatria. Por apresentar desregulações químicas no cérebro, a medicação e a psicoterapia são essenciais neste tipo de transtorno. 

Por causa de seu caráter psicológico -- sendo um problema de desregulação de humor --, ainda existe, no senso comum, uma tendência a subestimar a doença. Além disso, o humor rebaixado, triste e desesperançoso, traz um estranhamento para as pessoas que estão ao redor do paciente. “Vivemos numa sociedade em que mostramos o bom, o belo, o jovem e feliz; não mostramos nossas dores nem nossas fragilidades. Isso demonstra fracasso e fraqueza. A depressão é considerada o ‘status maior de fracasso’, já que nela tudo é o oposto do que a sociedade nos exige”, diz a psicóloga. 

Para que a sociedade entenda a importância do tema, Larissa explica que o primeiro passo é a conscientização de que um adoecimento mental é um problema crônico, e que precisa de tratamento especializado para a sua contenção e estabilização. “É preciso entender que essas doenças não são um atestado de fracasso ou fraqueza, mas uma condição existencial como qualquer outra que precisa de atenção e cuidado”, explica. Por fim, ela ressalta a importância do tratamento psicoterapêutico. “Este cuidado pode e deve ser viabilizado por profissionais de psiquiatria -- por meio de medicações específicas - e da psicologia - por meio da ressignificação de padrões mentais e comportamentais”, conclui.

 

Mário Vasconcelos


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