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segunda-feira, 16 de maio de 2022

Como a pandemia impactou os modelos pedagógicos brasileiros?


A pandemia da covid-19 trouxe novos modelos pedagógicos para serem (re)pensados, principalmente por conta da relevância que o ensino remoto tomou. Junto a isso, também surgiu a necessidade da quebra de paradigmas de que o professor é a “única fonte de conhecimento” e os alunos são atores passivos no processo de ensino e aprendizagem. Logo, as tendências pedagógicas deixam de centralizar esse “saber”, passando a dar espaço para “vez e voz” do aluno, em que ele se torna protagonista de seu aprendizado. Agora, partimos do ponto em que esse aluno sabe onde se encontra em sua jornada de aprendizagem e passa a ser orientado em seus próximos passos para que alcance o objetivo. 

E foi assim que o cenário escancarou o despreparo no que diz respeito à apropriação das tecnologias digitais no ambiente remoto. A culpa não está na tecnologia, mas sim na ausência de capacitação e formação docente para que tal seja usufruída da melhor forma possível, ajudando a ser explorada em suas potencialidades. Não vamos entrar no mérito das desigualdades em nosso país, bem como as dificuldades de acesso à internet, porque são demasiadas realidades. Porém, não se pode negar que as bagagens, tanto de professores quanto de alunos, foram postas à prova quando se propôs inseri-los em um modelo pedagógico embasado pelo ambiente remoto. Ambos tiveram que se adaptar a esta nova forma de ensinar e aprender, e isso só reforçou a necessidade de repensarmos como estamos olhando para as tecnologias digitais. 

Desta forma, tratá-las como simples ferramentas ou algo remetido à usabilidade esporádica é o primeiro erro, por isso se partimos de um modelo pedagógico subsidiado pelo remoto, então o primeiro movimento é contemplar as possibilidades deste ambiente. Logo, estar inserido no ambiente remoto e apropriar-se do mesmo vai além de uma atualização das tecnologias digitais. Precisamos, sim, perceber o alcance das possibilidades a partir dessa ação, tanto no que se refere à mudança de postura do professor quanto àquilo que é despertado no aluno. 

A adaptação à nossa realidade é importante, porém, de nenhuma forma devemos nos colocar na posição de “síndrome de vira-lata” quando comparado às práticas pedagógicas fora do Brasil. Em 2018 realizei um estágio em Londres e os alunos utilizavam iPads. Voltando para o Brasil, apliquei a mesma premissa em uma escola pública de Campinas, utilizando smartphones. O resultado foi bem parecido. Isso demonstra que temos a mesma capacidade de realizar tais feitos, ainda que desenvolvidos com tecnologias distintas. Se adaptar à nossa realidade é respeitar as unicidades e diferenças que, novamente, não possuem nada de inferioridade em relação ao resto do mundo. 

Durante a pandemia, várias ações de formação docente foram desenvolvidas para que os professores pudessem se adequar ao contexto pandêmico, além de congressos e artigos científicos descrevendo algumas ações deste cunho. Isso demonstra a preocupação do país em seguir se aprimorando. 

A principal diferença entre os modelos pedagógicos de hoje e de há cinco anos atrás no Brasil está na forma como passamos a olhar para o aluno. Os estudos relacionados a metodologias ativas não são atuais, mas me parece que ganhou força sua aplicabilidade na prática nos últimos anos. Isso vem ao encontro de algumas competências necessárias para o nosso século: comunicação, colaboração, criatividade e criticidade. Como as metodologias ativas têm por objetivo incentivar os estudantes a aprenderem a partir de problemas e situações reais, e em contextos coletivos que estimulam o debate e o senso crítico para chegar à solução destes problemas, elas possuem potencial para que tais competências sejam desenvolvidas. 

A partir do momento em que eu, enquanto ensinante, me conscientizo de que há diferentes objetivos, competências e habilidades em cada aprendente, devo refletir como alcançá-los, como ouvi-los. Não devemos condicionar o vazio a uma câmera fechada ou microfone - situações comuns do ensino remoto. Também não podemos condicionar o processo de mudança do presencial ao remoto como algo que não proporciona novas perspectivas e cenários de aprendizagem - e a troca de saberes e aprenderes entre os atores envolvidos, posto que o aprender sempre é uma via de mão dupla. E, por fim, não condicionar nossa humanidade e empatia apenas porque a máquina faz parte de nosso contexto remoto. 

Para entender como isso acontece na prática, trazendo para uma vivência nossa da Labenu, partimos da premissa de que o aluno é um ator ativo em sala de aula, e a aprendizagem é uma via de mão dupla. Se o professor apenas se preocupa em cumprir o currículo e com o conteúdo em si, ele não irá olhar para o aluno como um ser humano que possui seu próprio ritmo de aprendizagem e sua bagagem cultural. Se a premissa é multiplicar o ingresso de estudantes sem levar em conta que tampouco o professor conseguirá estabelecer conexões e diálogos, teremos uma receita pronta para a evasão e abandono. Por isso, acredito que o modelo pedagógico não parte da quantidade, e sim da qualidade de entrega.



Pamela de Bortoli Machado - especialista Pedagógica na Labenu. Pós-doutoranda em Educação e Tecnologia pela FEUSP e Doutora em Multimeios e Educação na área de Metodologias Ativas pela UNICAMP. Formadora de professores licenciados e não-licenciados sob o foco de tecnologias digitais no ensino remoto. Possui experiência com projetos na educação corporativa e que tenham cunho de transformação social.


Aberto prazo para pedido de redução do valor da taxa de inscrição do Vestibulinho

Solicitação de desconto de 50% do valor deve ser feita até as 15 horas do dia 18 de maio


Entre os dias 16 e 18, candidatos podem solicitar o benefício para se inscrever no processo seletivo das Escolas Técnicas Estaduais para o segundo semestre de 2022; resultado será divulgado no dia 25 de maio 

 

Começa nesta segunda-feira (16), o período para solicitar a redução de 50% do valor da inscrição do processo seletivo das Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) para o segundo semestre de 2022. O prazo para realizar o pedido vai até as 15 horas do dia 18 de maio. O valor integral da taxa é de R$ 39. 

O benefício é garantido aos candidatos que estejam matriculados no Ensino Fundamental, Ensino Médio, curso pré-vestibular ou curso superior, em nível de graduação ou pós-graduação, e que, cumulativamente, tenham uma remuneração mensal bruta abaixo de dois salários-mínimos (R$ 2.424) ou que estejam desempregados. 

O resultado da solicitação será divulgado dia 25 de maio, a partir de 15 horas, no site www.vestibulinhoetec.com.br e no site do Centro Paula Souza (CPS). O candidato beneficiado com a redução da taxa deverá efetuar sua inscrição no Vestibulinho para o segundo semestre, no período de 25 de maio a 6 de junho, exclusivamente pela internet.

 

Documentos 

Para realizar o pedido, os solicitantes devem preencher o formulário disponível no site, localizado na seção “redução”. Em seguida, é preciso enviar, via upload, os “documentos comprobatórios” relacionados abaixo: 

·         Comprovante de escolaridade: certidão ou declaração expedida pela instituição de ensino, em papel timbrado, assinada e com o carimbo do responsável na instituição, comprovando ser estudante regularmente matriculado em uma das modalidades citadas acima;

·         Comprovante de rendimento de acordo com uma das seguintes situações:

Ø  Empregados: cópia de contracheque de algum mês do ano de 2022;

Ø  Aposentados e pensionistas: cópia do comprovante mensal de recebimento de aposentadoria ou pensão de algum mês do ano de 2022. Caso o pensionista esteja empregado, deverá apresentar cópia do contracheque de algum mês do ano de 2022, juntamente com o comprovante mensal de recebimento de pensão. Se o pensionista estiver desempregado, deverá apresentar também a declaração de desempregado conforme Anexo I – Situação 1 – da Portaria, juntamente com o comprovante mensal de recebimento de pensão;

Ø  Desempregados: declaração de desempregado conforme Anexo I – Situação 1 – da Portaria;

Ø  Trabalhador autônomo ou informal ou eventual: declaração especificando a renda mensal, com assinatura de uma testemunha, com RG e endereço. De acordo com o modelo de declaração consta no Anexo I da Portaria – Situação 2.

 

Para realizar o upload, os documentos devem estar digitalizados com tamanho de até 1 MB, nas extensões “pdf” ou “png” ou “jpg” ou “jpeg”. Os documentos devem ser legíveis, sem rasuras e o arquivo não pode estar corrompido. 

Em todas as Etecs será disponibilizado acesso a computadores e a internet para que os interessados em solicitar a redução da taxa de inscrição do Vestibulinho façam o pedido. É de responsabilidade do candidato entrar em contato com a unidade e buscar informações sobre o horário de atendimento para esse serviço.

 

Confira o calendário: 

16 a 18 de maio – até 15 horas: Prazo para cadastrar o pedido de redução para o pagamento da taxa de inscrição do Vestibulinho;

19 de maio a 6 de junho: Período de inscrição para o Vestibulinho;

25 de maio: Resultado do pedido de redução da taxa de inscrição;
25 de maio a 6 de junho: Inscrição para o candidato beneficiado com a redução da taxa de inscrição;

30 de junho: Divulgação dos locais de prova;

3 de julho: Dia da aplicação das provas;

7 de julho – a partir das 15 horas: Divulgação dos gabaritos oficiais;

11 de julho – partir das 15 horas: Divulgação da classificação geral dos cursos com prova de aptidão e da convocação para a prova de aptidão – Fase específica para os cursos Canto, Dança, Regência e Teatro;

18 de julho – a partir das 15 horas: Divulgação da lista de classificação geral dos demais cursos.

 

Centro Paula Souza – Autarquia do Governo do Estado de São Paulo vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, o Centro Paula Souza (CPS) administra as Faculdades de Tecnologia (Fatecs) e as Escolas Técnicas (Etecs) estaduais, além das classes descentralizadas – unidades que funcionam com um ou mais cursos, sob a supervisão de uma Etec –, em cerca de 360 municípios paulistas. As Etecs atendem mais de 226 mil estudantes nos Ensinos Técnico, Integrado e Médio. Nas Fatecs, o número de matriculados nos cursos de graduação tecnológica supera 96 mil alunos.


Paraná tem quase 5 mil oportunidades de estágio disponíveis

 

Os candidatos precisam ter mais de 16 anos e estarem matriculados em uma instituição de ensino

StartupStockPhotos / Pixabay



As áreas com maior número de vagas são Administração, Informática e Ciências Contábeis. Estudantes cadastrados no site do CIEE/PR ainda podem realizar a Jornada Comportamental, um teste que ajuda a traçar um perfil do participante

 

O Centro de Integração Empresa-Escola do Paraná (CIEE/PR) está com 4.922 vagas de estágio disponíveis em todo o estado. Para se candidatar, os estudantes precisam ter mais de 16 anos e estarem matriculados em uma instituição de ensino. 

As áreas com maior oferta de vagas são Administração de Empresas, Informática, Ciências Contábeis, Pedagogia e Marketing. Para se inscrever, o interessado pode se cadastrar no site do CIEE/PR (cieepr.org.br). O estudante também pode obter informações pelos telefones (41) 3313-4300, para Curitiba e região metropolitana e 0800 300 4300, demais cidades do Paraná ou  ainda  ir a uma das 39 unidades do CIEE/PR no Estado.

A coordenadora da Central de Atendimento ao Estudante do CIEE/PR, Fernanda Ortiz, reforça a importância dos candidatos ficarem atentos a todas as etapas do processo para tentar conseguir uma das oportunidades de estágio. “Após se candidatar a vaga via portal, o estudante deve verificar na carta de encaminhamento, emitida pelo CIEE/PR, de que maneira ele deve entrar em contato com a empresa. Na carta, consta se é por e-mail ou telefone. Essa etapa é muito importante para que o candidato permaneça no processo até a entrevista para a tão sonhada vaga”, explica.

Há mais de 54 anos atuando ativamente na inserção e qualificação de jovens no mundo do trabalho, a entidade também oferece Programas Sociais, Programa de Aprendizagem, Cursos de Capacitação e outras ferramentas para os estudantes, como a Jornada Comportamental.


Jornada Comportamental

Pensada para promover o autoconhecimento e a preparação para o mercado de trabalho, a Jornada Comportamental é um teste disponível no site do CIEE/PR. De forma gamificada e com storytelling, o participante consegue descobrir o seu perfil comportamental predominante. 

“Ao fim das 20 perguntas, a ferramenta disponibiliza informações sobre o perfil do participante que pode ser mais analítico, comunicador, executor ou outras variantes. Esse autoconhecimento é importante tanto para a esfera pessoal do estudante quanto para a trajetória profissional”, destacou o analista de Inovação do CIEE/PR, Daniel de Moura Jorge.

Para realizar o teste da Jornada Comportamental é necessário estar cadastrado no CIEE/PR.

 

Centro de Integração Empresa-Escola do Paraná (CIEE/PR)


Resolução do Conselho Federal de Medicina disciplina a prática da telemedicina no Brasil

A pandemia impulsionou diversas mudanças nas práticas sociais ao longo dos últimos dois anos. Hoje, é possível realizar consultas remotas, de diversas especialidades, médicas ou de outras áreas da saúde, de maneira corriqueira e por plataformas diversas. Antes da pandemia, havia uma lacuna regulatória que dificultava a prática de consultas remotas entre médico e paciente no Brasil. Com o advento da pandemia, foi editada a Lei nº 13.989/2020 autorizando o uso da telemedicina formalmente, em caráter emergencial, enquanto perdurasse a emergência sanitária no país – ela foi formalmente finalizada no último dia 22 de abril, por meio da Portaria nº 913 do Ministério da Saúde.

Conceitualmente, a telemedicina é restrita à prática médica, e não deve ser confundida com a expressão telessaúde – mais ampla e que abarca o exercício de outras profissões. Conselhos Federais Profissionais diversos, como o de Psicologia, regularam suas respectivas práticas. Mas, até este ano, o Conselho Federal de Medicina (CFM) se manteve cauteloso no processo regulatório da telemedicina. Cabe destacar que, em 28 de março deste ano, o CFM já havia regulado a telecirurgia robótica no Brasil, por meio da Resolução nº 2.311/2022.

Em 5 de maio, enfim foi publicada a Resolução CFM nº 2.314/2022 regulando a telemedicina no país e a definindo como “o exercício da medicina mediado por Tecnologias Digitais, de Informação e de Comunicação (TDICs), para fins de assistência, educação, pesquisa, prevenção de doenças e lesões, gestão e promoção de saúde”, conforme o artigo 1º. O objeto da norma inclui não só o exercício em tempo real, mas também a análise de dados e de imagem, para fins de diagnóstico, informação e outros, de modo off-line ou assíncrono. Tanto é assim que o artigo 5º previu diversas modalidades de teleatendimentos: (i) Teleconsulta; (ii) Teleinterconsulta; (iii) Telediagnóstico; (iv) Telecirurgia; (v) Telemonitoramento ou televigilância; (vi) Teletriagem; (viii) Teleconsultoria.

Quanto aos aspectos regulados, a Resolução se preocupou em referenciar a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), destacando a necessária observância de seus conceitos para fins de aplicação da norma. A LGPD enquadra dados referentes à saúde como dados pessoais sensíveis (art. 5º), fazendo incidir regras mais estritas para o tratamento de tais dados. Além disso, manteve as disposições da Lei nº 13.989/2020 quanto ao necessário consentimento do paciente e do dever do médico em informar as limitações derivadas da teleconsulta, como a impossibilidade de realização de exame físico (art. 6º). Fora isso, o médico se mantém vinculado aos padrões normativos e éticos usuais do atendimento presencial, inclusive em relação à contraprestação financeira pelo serviço prestado.

Um aspecto de dúvida no período da pandemia era quanto à necessidade de registro das pessoas jurídicas que prestam serviços de telemedicina, bem como das plataformas de comunicação e arquivamento de dados. O artigo 17 estabelece que as pessoas jurídicas deverão ter sede no Brasil (inclusive para o arquivamento de dados), que deve haver registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) no local da sede da pessoa jurídica e que o médico deverá ter inscrição no CRM de registro, para fins de responsabilidade técnica.

Em uma primeira impressão da norma, o art. 17 poderá ensejar dúvidas interpretativas quanto a extensão de suas exigências – especialmente para pessoas jurídicas estrangeiras que tenham interesse no mercado brasileiro. Ademais, vale destacar que os Conselhos Regionais também possuem poder normativo suplementar ao do CFM – e a norma não deixa claro qual é o limite de normatização do procedimento de registro em cada jurisdição.

No cenário em que o mercado digital de aplicativos de saúde e bem-estar foi inegavelmente impulsionado, especialmente após o início da pandemia da Covid-19, a regulação era bastante aguardada. E a tendência da telemedicina e da telessaúde é continuar crescendo: no Brasil, a receita projetada para 2022 no mercado de saúde digital é de 2,12 bilhões de dólares, segundo relatório do Statista, empresa alemã especializada em dados de mercado e consumidores. A regulação do CFM, dessa forma, acompanha essa tendência e os próximos meses irão ser um termômetro quanto à aceitação ou não dos seus termos.


Ana Luíza Calil - advogada associada do Cescon Barrieu Advogados na área de Direito Público


Cescon Barrieu

www.cesconbarrieu.com.br


A cada 21 segundos nasce um 50+ no Brasil.

 Como as oportunidades de trabalho têm acontecido para eles?  


Já passamos dos 54,8 milhões de brasileiros com mais de 50 anos, segundo o site Longevidade, que a cada 21 segundos acrescenta mais um brasileiro cinquentão à população. Como as empresas, em especial as pequenas e médias, poderão se beneficiar dessa mão de obra sênior que vem crescendo e cada vez mais produtiva?  

O Brasil tem mais de 28 milhões de idosos (acima de 60 anos), número que representa 13% da população do país. Esse número pode dobrar de tamanho nas próximas décadas, de acordo com as estatísticas do IBGE (2018). Em 2043, um quarto da população deverá ter mais de 60 anos, enquanto a proporção de jovens até 14 anos será de apenas 16,3%. O “índice de envelhecimento” - relação entre a porcentagem de idosos e de jovens - deve aumentar de 43,19%, em 2018, para 173,47%, em 2060.  

Além do aumento da expectativa de vida, a reforma da previdência também tem feito os profissionais com mais de 50 anos prolongarem suas trajetórias no mercado de trabalho.  

O país ultrapassa os 12 milhões de pessoas sem trabalho (PENAD Contínua - IBGE) e os 50+ é um dos grupos mais impactados pela falta de emprego. A taxa de desemprego nessa faixa etária chegou ao seu nível mais alto em 2020, quando ultrapassou 7% pela primeira vez desde 2012. De 2019 até o fim de 2020, mais de 400 mil brasileiros acima de 50 anos ficaram sem emprego (IBGE).  

Apesar da alta do desemprego, a falta de mão de obra qualificada vai acometer cada vez mais as empresas em diversas áreas. Quando a economia voltar a aquecer, não haverá jovens capacitados para ocupar as vagas que o mercado vai demandar em vários segmentos.  

Estamos vivendo mais e o mundo do trabalho vai precisar se acostumar com quadros funcionais 50+ e com a longevidade de forma muito mais colaborativa do que assistencial. Especialmente as médias empresas vão precisar contar com essa mão de obra sênior - já preparada e experiente - ao invés de abrir vagas para iniciantes que ainda demandarão treinamento e qualificação.  

É preciso ressignificar as formas de trabalho para os profissionais 50+. Novos modelos de contrato e rotina de trabalho independente surgem para facilitar e colaborar com a empregabilidade dos profissionais maduros. As empresas ainda saem ganhando porque se beneficiam do conhecimento e experiência desses profissionais. Esses, também lucram com flexibilidade, trabalho híbrido, home-office, autonomia e possibilidades reais de ganhos além da CLT. Se bem planejado, os novos modelos já aprovados em lei, podem ser ótimas opções para o profissional e a marca empregadora.  

A experiência e o conhecimento tácito são fundamentais para construir inovações. O profissional sênior tem sido grande agente da inovação nos formatos e conceito de contratos de trabalho e as empresas.  

Deixando a CLT para trás, esse público tem apresentado um raciocínio inovador no qual o principal coeficiente é o tempo que esse profissional sênior vai dedicar a um projeto, a uma empresa. Ele passa a ser empreendedor de sua própria carreira, vendendo experiência por tempo dedicado, que não necessariamente precisa seguir o modelo da CLT de jornada integral.  

Esse empreendedor de si próprio passa a atender mais clientes e as empresas passam a experimentar os benefícios de contratar por algumas horas na semana um profissional altamente experiente e qualificado.  

Nesse modelo, empresas de porte menor podem se permitir contratar um CFO, de renome e com experiência à frente de multinacionais, bancos etc. a custo muito razoável. Exemplos não faltam. Vivenciamos uma experiência em que uma empresa de pequeno porte contratou um CFO “estrelado” para atuar 8 horas por semana (não por dia) a um custo totalmente viável. O modelo deu tão certo que a empresa já quer aumentar o total de horas contratadas desse profissional.  

As nomenclaturas e experiências que constam no currículo de um profissional sênior, muitas vezes podem afastá-lo das novas oportunidades de trabalho, porque seus cargos anteriores acabam assustando o empresário. Ter atuado como CFO, CEO, diretor, superintendente etc. faz o novo empresário achar que não pode pagar por um profissional de tal gabarito.  

Quebrar esse tabu da CLT é sem dúvida uma tendência que dá aos profissionais maduros oportunidades de aumentar a renda sem ‘abrir mão’ dos conhecimentos que adquiriu durante toda sua jornada profissional. É também uma alternativa para os que não desejam empreender em um novo negócio. 

Essa flexibilidade de contrato de trabalho é uma alternativa para o profissional sênior dar continuidade a sua carreira profissional original, ajudando os outros negócios com sua experiência, mas trocando a meta da empresa por uma meta própria. 

Ainda que mal aproveitada e desperdiçada pelas grandes empresas, esse público vem rompendo com os modelos tradicionais de trabalho, aumentando sua qualidade de vida como empreendedores da própria carreira, aprendendo a negociar sua força de trabalho, ampliando suas oportunidades de renda sem ‘deixar o PIB na mesa’.  


Juliana Ramalho CEO da Talento Sênior que atua na inclusão de profissionais 45+ no mercado de trabalho, COO (Chief Operating Officer) e sócia-fundadora do Grupo Talento Incluir, um ecossistema de soluções focadas na Diversidade e Inclusão, pioneiro no Brasil, entre elas a Talento Sênior.

Talento Incluir 
Talento Sênior
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Animação alerta para autodefesa e segurança on-line para crianças

Santiago e outros personagens da animação dão dicas de como usar internet de forma mais segura
Crédito: Reprodução de vídeo


Campanha Defenda-se foca em prevenir situações de risco para crianças e adolescentes que usam a internet


A internet está presente na vida de 89% dos brasileiros entre 9 e 17 anos, de acordo com a pesquisa TIC Kids Online Brasil 2019, e o primeiro contato com o ambiente virtual acontece cedo: 49% das crianças interagem pela primeira vez com um dispositivo conectado antes de completar 6 anos de idade, segundo pesquisa da empresa de segurança virtual Kaspersky. E o período de distanciamento social imposto pela pandemia intensificou esse uso, jogando estudo, lazer e interação com amigos e familiares para o digital. Para iniciar uma conversa sobre uso mais seguro da internet e prevenção de riscos, a campanha Defenda-se lança um novo vídeo com tema “Autodefesa e Segurança On-line”.

A campanha é desenvolvida pelo Centro Marista de Defesa da Infância (CMDI), do Grupo Marista, voltada para crianças entre 4 e 12 anos, por meio de vídeos de animação com personagens infantis protagonizando atitudes preventivas diante de situações com potencial risco para casos de violência sexual. Para marcar o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, em 18 de maio, o CMDI incentiva, com o vídeo, a autodefesa contra a violência sexual no ambiente virtual.

Para isso, a animação traz mensagens sobre o acesso precoce à tecnologia, cuidado com o compartilhamento de imagens e informações pessoais, grooming (prática em que adultos buscam estabelecer uma relação de confiança com as crianças e adolescentes a fim de manipular, chantagear e/ou ameaçar para conseguir favores sexuais), respeito à faixa etária indicada para redes sociais e a importância do brincar fora do ambiente virtual.


Proteção compartilhada

Há também uma mensagem para pais e responsáveis sobre a importância de acompanhar e monitorar o acesso. “Não é responsabilidade da criança ou do adolescente se proteger. A Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente estabelecem que isso é dever da família, sociedade e Estado. Falar em autodefesa não significa que a criança irá se proteger sozinha, mas que será oferecida a ela informações para conhecer o próprio corpo e sentimentos, entender relações de afeto, ter repertório de como agir em situações com potencial de risco e dificultar a ação de agressores”, explica a responsável pela campanha Defenda-se, Cecília Landarin Heleno.

O diálogo em família tem papel fundamental para estabelecer combinados sobre o acesso à internet, tempo de uso, conteúdos acessados e redes sociais. “Em um mundo ideal, as crianças não teriam acesso à internet desacompanhadas, mas acontece e devemos agir sobre essa realidade, a fim de reduzir danos e para que elas possam aproveitar as possibilidades positivas que existem no meio digital”, pontua Cecília. A especialista sugere que assistir a animação junto com as crianças é uma forma de começar essa conversa ou de relembrar os acordos da família.

A escola também tem relevância na discussão do tema, promovendo uma maior conscientização sobre a necessidade de atitudes preventivas. Por exemplo, nas escolas e colégios maristas, a prevenção ao abuso sexual é trabalhada com apoio de livros da editora FTD voltados para esse assunto – o "Mina e suas Luzinhas" para crianças de 6 a 10 anos; e "Um bairro contra o Silêncio", para estudantes de 11 a 14 anos. Além disso, os vídeos da campanha Defenda-se são utilizados pelos professores para discutir a temática. “As escolas e colégios promovem ações em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual articuladas aos currículos. Temos a preocupação de envolver os professores, estudantes e pais nessa discussão, buscando contribuir conscientização da importância da autodefesa, e no fortalecimento do papel protetivo das famílias”, explica a especialista social da área da Educação Básica do Grupo Marista, Raimunda Caldas Barbosa

Para Raimunda, sabendo que as redes sociais são valorizadas pelas crianças e adolescentes, cabe às famílias o diálogo sobre a importância do acompanhamento desse uso. “É preciso haver um uso responsável e que os pais estejam atentos a esses movimentos. Comparo um ambiente virtual a uma praça pública, na qual a criança tem direito de estar, mas requer cuidado e proteção. Você não deixaria uma criança sozinha em uma praça. Da mesma forma, é preciso saber e monitorar por onde ela anda no mundo virtual”, comenta Raimunda.


Campanha Defenda-se

A campanha Defenda-se foi criada em 2014 pelo Centro Marista de Defesa da Infância, com o objetivo de promover a autodefesa de crianças contra a violência sexual por meio de vídeos educativos, apropriados para meninas e meninos entre 4 e 12 anos de idade.

As histórias apresentam situações em que os protagonistas têm condições reais de agir preventivamente para sua defesa, especialmente pelo reconhecimento de estratégias que dificultam a ação dos agressores.

A série tem 14 vídeos que abordam temas como sentimentos, conhecer o próprio corpo, privacidade, formas de carinho, direitos de crianças e adolescentes e como denunciar situações de violência. Para chegar ao maior número possível de crianças, os vídeos da campanha Defenda-se possuem versões em inglês, espanhol, audiodescrição e tradução para Libras.

A campanha também tem conteúdos para adultos, como um vídeo sobre a Lei do Depoimento Especial e Escuta Especializada, nº 13.431/2017, um jogo de cartas sobre Revelação Espontânea e ebooks com subsídios sobre o novo vídeo. Todas as produções estão disponíveis no site defenda-se.com

 

Centro Marista de Defesa da Infância

https://grupomarista.org.br/


UFSCar promove 'Campanha Acolhimento Legal' de combate ao trote

Campanha Acolhimento Legal da UFSCar vai de 16/5 a 16/6 (Arte: Matheus Mazini/CCS-UFSCar)


Universidade orienta veteranos e ingressantes para ações de integração sem violência

 

Começa hoje, dia 16 de maio, na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a Campanha Acolhimento Legal, com o objetivo de incentivar ações de recepção dos estudantes nos quatro campi da Universidade - São Carlos, Sorocaba, Araras e Lagoa do Sino. A Campanha, que ocorre de 16 de maio a 16 de junho, é uma realização da Reitoria, Ouvidoria Geral, Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis (ProACE), Secretaria Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade (Saade), Pró-Reitoria de Graduação (ProGrad) e Coordenadoria de Comunicação Social (CCS).


"Entrar na Universidade é um marco na vida de qualquer pessoa: simboliza uma nova fase, um momento de orgulho e celebração. Essa conquista não pode ser marcada por violência e constrangimento. Sabemos que a interação entre ingressantes e veteranos é fundamental e aguardada por todos, mas isso deve acontecer de forma saudável e acolhedora e estamos reforçando isso com o lançamento da Campanha Acolhimento Legal em que vamos reforçar diversas formas de interação, deixando claro que o trote violento não é legal e é, sobretudo, ilegal, dentro e fora do Campus", informou a Reitora Ana Beatriz de Oliveira. 


A UFSCar orienta que os veteranos promovam ações de integração e diversão, como: apresentar o Campus para quem está chegando, mostrar como funciona a biblioteca e o Restaurante Universitário (RU), dar dicas sobre o curso e a cidade. É imprescindível que os veteranos respeitem quem não quer participar das atividades organizadas por eles. 


Aos ingressantes, a UFSCar deseja que este momento tão importante de chegada à vida universitária seja festejado e vivido com alegria. E ressalta que o ingressante não tem obrigação nenhuma de seguir qualquer comando de um veterano, principalmente se o comportamento solicitado incomodar, for humilhante ou violento. 


O Pró-Reitor de Assuntos Comunitários e Estudantis, Djalma Ribeiro Júnior, destaca o papel educacional da campanha ao deixar claro quais as formas de violência que podem ocorrer e, principalmente, como as pessoas devem agir caso ocorram. "Na UFSCar incentivamos ações integrativas, baseadas no acolhimento e no respeito, e é isso que queremos evidenciar para a comunidade, principalmente para os estudantes. Para contribuir para a informação sobre o tema, além das ações previstas na campanha, teremos uma palestra específica na Calourada 2022, que terá sua programação divulgada em breve", adiantou o Pró-Reitor.


 

Formas de violência


A UFSCar não tolera qualquer tipo de violência e, para combater ações abusivas, é importante saber identificá-las. Algumas formas de violência são: assédio sexual (inclui comentários com apelos sexuais indesejados, cantadas ofensivas, toques sem consentimento); coerção, forçando alguém a realizar qualquer comportamento sob ameaça, como participar de atividades humilhantes - desfiles, uso de placas etc. - ou ingerir substâncias de forma forçada; e assédio moral (humilhação ou ofensa por rejeitar qualquer tipo de proposta, inclusive nas redes sociais).


 

O que fazer em caso de trote violento dentro ou fora do Campus


Em situações de perigo fora dos campi da UFSCar, disque 190 (Polícia Militar); em situações de emergência médica, disque 192 (SAMU) ou procure um Pronto Atendimento. Em casos de violência sexual, procure atendimento médico especializado para se proteger de infecções sexualmente transmissíveis e evitar gravidez não desejada. Além disso, em qualquer caso de violência, registrar o boletim de ocorrência numa delegacia é imprescindível. 


Caso o trote violento ocorra dentro do Campus, realize os procedimentos anteriores e faça uma denúncia para a Ouvidoria da UFSCar pelos seguintes canais:


- Sistema e-Ouv, disponível em www.ouvidoria.ufscar.br, na aba "Sistema Fala.BR";


- Pelo telefone (16) 3306-6571;


- Pelo e-mail ouvidoria@ufscar.br;


- Pessoalmente, no Anexo da Reitoria (área Norte do Campus São Carlos).


Para saber mais e obter as informações atualizadas sobre a Campanha Acolhimento Legal da UFSCar, acompanhe as redes sociais da Universidade: Twitter (@ufscaroficial), Facebook (fb.com/ufscaroficial) e Instagram (@ufscaroficial).


Brasil precisa qualificar 9,6 milhões de trabalhadores em ocupações industriais até 2025

 Projeção aponta que, desse total, 7,6 milhões já têm uma formação ou estão inseridos no mercado de trabalho, mas devem se atualizar. Outros 2 milhões precisarão de formação inicial

 

Até 2025, o Brasil precisará qualificar 9,6 milhões de pessoas em ocupações industriais, sendo 2 milhões em formação inicial – para repor inativos e preencher novas vagas – e 7,6 milhões em formação continuada, para trabalhadores que devem se atualizar. Isso significa que, da necessidade de formação nos próximos quatro anos, 79% serão em aperfeiçoamento.

 

O mercado de trabalho passa por uma transformação, ocasionada principalmente pelo uso de novas tecnologias e mudanças na cadeia produtiva. Por isso, cada vez mais, o Brasil precisará investir em aperfeiçoamento e requalificação para que os profissionais estejam atualizados.

 

Essa é a principal conclusão do Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025, estudo realizado pelo Observatório Nacional da Indústria para identificar demandas futuras por mão de obra e orientar a formação profissional de base industrial no país. 

Em quatro anos, devem ser criadas 497 mil novas vagas formais em ocupações industriais, saltando de 12,3 milhões para 12,8 milhões de empregos formais. Essas ocupações requerem conhecimentos tipicamente relacionados à produção industrial, mas estão presentes em outros setores da economia. O crescimento da demanda por trabalhadores por nível de qualificação será de: 

 

Em volume de vagas, ainda prevalecem as ocupações de nível de qualificação, que respondem por 74% do emprego industrial. Contudo, chama atenção o crescimento das ocupações de nível técnico e superior, que deve seguir como uma tendência. Isso ocorre por conta das mudanças organizacionais e tecnológicas, que fazem com que as empresas busquem profissionais de maior nível de formação, que saibam executar tarefas e resolver problemas mais complexos.

 

As áreas com maior demanda por formação são: Transversais, Metalmecânica, Construção, Logística e Transporte, e Alimentos e bebidas. As ocupações transversais são aquelas que permitem ao profissional atuar em diferentes áreas, como técnico em Segurança do Trabalho, técnico de Apoio em Pesquisa e Desenvolvimento e profissionais da Metrologia, por exemplo.

 

Estudo avalia estimativas e cenário político, econômico, tecnológico e de emprego

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) é a principal instituição formadora em ocupações industriais no país. Para subsidiar a oferta de cursos, em sintonia com as demandas por mão de obra do setor produtivo, o Sistema Indústria desenvolveu a metodologia do Mapa do Trabalho Industrial, referência no Brasil. O gerente-executivo do Observatório Nacional da Indústria, Márcio Guerra, explica que o estudo é uma projeção do emprego setorial que considera o contexto econômico, político e tecnológico. Um dos diferenciais é a projeção da demanda por formação a partir do emprego estimado para os próximos anos. 

“Para esse cálculo, são levadas em conta as estimativas das taxas de difusão das novas tecnologias nas empresas e das mudanças organizacionais nas cadeias produtivas, que orientam o cálculo da demanda por aperfeiçoamento, e uma análise da trajetória ocupacional dos trabalhadores no mercado de trabalho formal, que subsidiam o cálculo da formação inicial. Um trabalho de inteligência de dados e prospectiva que deve subsidiar ações e políticas de emprego e educação profissional”, explica Guerra. 

O estudo agrupa as ocupações industriais em 25 áreas. Abaixo, as que mais precisarão formar até 2025:

 


Vale observar que, devido à lenta recuperação na abertura de novas vagas formais, a formação inicial servirá, principalmente, para repor mão de obra inativa. Por isso, as áreas com maior demanda são aquelas que já respondem pelo maior volume de vagas. 

Abaixo, as ocupações com maior demanda por formação, agrupadas por nível de qualificação: superior, técnico, qualificação mais de 200 horas e qualificação menos de 200 horas: 

 


Aprendizagem ao longo da vida para driblar desemprego e aumentar produtividade 


O diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi, reconhece que a recuperação do mercado formal de trabalho será lenta em razão da retomada gradual das atividades econômicas no pós-pandemia. Para melhorar o nível e a qualidade do emprego e contribuir para o progresso tecnológico e aumento da produtividade nas empresas, será indispensável priorizar o aperfeiçoamento de quem está empregado e de quem busca novas oportunidades.

 

“Estamos diante de um cenário de baixo crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), reformas estruturais paradas, como a tributária, eleições e altos índices de desemprego e informalidade. Nesse contexto, o Mapa surge para que possamos entender as transformações do mercado de trabalho e incentivar as pessoas a buscarem qualificação onde haverá emprego. E essa qualificação será recorrente ao longo da trajetória profissional. Quem parar de estudar, vai ficar para trás”, avalia.

 

Novas vagas em ocupações industriais até 2025

Sobre a estimativa de criação de 497 mil novos postos em ocupações industriais, considerando um cenário de baixa capacidade de geração de empregos, algumas ocupações merecem destaque pela abertura de novas vagas. Abaixo, as ocupações com maior projeção de novas vagas, agrupadas por nível de qualificação: superior, técnico, qualificação mais de 200 horas e qualificação menos de 200 horas:

 



Fonte: Jornalismo - CNI 


Como o dia dos namorados afeta o mercado de trabalho

 

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Assim como o Natal, o Dia das Mães, Dia dos Pais, Páscoa, Dia das Crianças… o Dia dos Namorados é outra data comemorativa que oferece novas oportunidades de emprego para quem deseja ser recolocado – ou, porque não, colocado pela primeira vez – no mercado de trabalho.

De acordo com a gestora de carreiras Madalena Feliciano, “comemorado no dia 12 de junho, o Dia dos Namorados faz com que vários setores do comércio, desde moda feminina e masculina até gastronomia, hotelaria, presentes em geral e floricultura já calculem um aumento nas vendas”. Além dessa comemoração especial, o início de junho também coincide com o fim do outono/início de inverno, época em que as vendas também crescem – e, consequentemente, é preciso de maior mão de obra para dar conta do serviço.

Por isso, quem ganha com o aumento das vendas não é apenas o comércio, e sim também aqueles que procuram por uma vaga temporária de emprego – e aqueles que procuram pelo seu primeiro trabalho, essa pode ser uma porta de entrada para o mercado de trabalho.

Os proprietários de lojas comentam que é bom quando o profissional já possui experiência, mas até mesmo quem nunca trabalhou tem boas chances de conseguir uma vaga de emprego, principalmente durante as épocas de datas comemorativas. “Depende muito da forma como o novo profissional atende e se comunica com o público”, completa a gestora. Ela ainda afirma que “essa é uma boa oportunidade para se estabelecer no mercado, pois desde o início acredita-se que todo profissional temporário é um efetivo em potencial. Só depende de ele tornar isso realidade, e mesmo que ele não seja contratado, essa já conta como experiência para uma futura vaga”.

Para conquistar a vaga efetiva, existem algumas atitudes que o profissional pode tomar que demonstram esse desejo. “Ser pontual, mostrar ao chefe que está dedicando-se ao máximo, assim como aprender com os trabalhadores mais antigos do local são atitudes simples, mas que demonstram interesse em permanecer no emprego”, explica Madalena

O profissional também deve saber trabalhar em equipe e manter o seu comportamento e postura adequados ao local de trabalho. Ter iniciativa, força de vontade, conhecer o produto que está vendendo, possuir uma boa comunicação, respeitar a todos, ter bom humor e trabalhar todos os dias como se fosse o primeiro são características que todos os chefes procuram em profissionais que irão contratar, então: mostre-as. 

 

Madalena Feliciano - Gestora de Carreira e Hipnoterapeuta

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