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quinta-feira, 12 de maio de 2022

Um guia para a Legislação de importação no Brasil

Dados do Governo Federal mostram que até março de 2022 o Brasil acumulou R21,7Bi em importação de produtos. Mas, na prática, ainda há muita dúvida com relação às dinâmicas necessárias para realizar a compra de produtos no exterior e trazê-los ao Brasil. Existem diversas práticas que preparam o terreno e asseguram um planejamento de importação mais seguro e eficaz. No Brasil, ainda há pouca informação disponível para auxiliar aqueles que desejam realizar operações comerciais no contexto internacional.

Muitos empresários buscam em atividades de importação no Brasil uma oportunidade única de crescimento para o seu negócio. De fato, a importação de mercadorias ou insumos para produção é tida como uma ótima alternativa para expandir o seu portfólio de produtos e oferecer uma experiência ainda mais completa aos seus clientes. Contudo, o processo de importação no Brasil pode ser um pouco complexo.

Sem uma boa orientação e estratégia, as chances de enfrentar problemas e não alcançar os resultados esperados com a importação são relativamente maiores. Pensando em contribuir com esse processo oferecendo informações seguras, listei alguns pontos fundamentais a serem considerados para importar produtos no Brasil.


1. Pesquise sobre a viabilidade de importação dos produtos

O primeiro passo para iniciar um processo de importação no Brasil é definir quais produtos seriam interessantes para a sua empresa importar. Para fazer essa definição, deve-se levar em consideração fatores como diferenciação no mercado, o custo-benefício de utilizar insumos estrangeiros, quais tipos de produtos podem ser importados e quais os procedimentos necessários para viabilizar essas operações no Brasil.


2. Certifique-se de que sua empresa esteja devidamente legalizada

Após definir os produtos ou insumos a serem importados, você também deve certificar que a sua empresa esteja propriamente constituída, registrada e legalizada. Estar operando sob essas condições é essencial para que você consiga se habilitar como um importador. Para isso, confira se o CNPJ da sua empresa está em situação regular e se a atividade de importação consta como parte do objeto social da mesma.


3. Adquira habilitação no SISCOMEX (RADAR)

Tendo atestado que a sua empresa está operando em situação legal, o próximo passo é fazer a sua habilitação no Sistema Integrado de Comércio Exterior. O Siscomex é um sistema utilizado pelo governo brasileiro para monitorar o comércio exterior no Brasil. Essa ferramenta permite a integração de todas as informações e órgãos pertinentes às suas operações internacionais em uma mesma plataforma, simplificando as transações e diminuindo significativamente os documentos necessários para tais. A fim de obter essa habilitação, também conhecida como RADAR, é preciso comparecer a uma unidade da Receita Federal, apresentar os documentos necessários e realizar o seu cadastro como pessoa física ou jurídica.

Os tipos de RADAR podem variar de acordo com o limite de importações e exportações estabelecido por semestre. Portanto, para solicitar a habilitação correta é necessário definir as suas necessidades e estratégias antes de iniciar o processo.


4. Obtenha um Licenciamento de Importação

Dependendo do produto que você pretende importar, pode ser exigido um Licenciamento de Importação (LI). Para saber se a importação pretendida requer essa documentação especial, você deve consultar o Simulador de Tratamento Administrativo de Importação do Siscomex. Nesse mesmo endereço, você poderá confirmar quais órgãos do governo são responsáveis pela obtenção dos documentos exigidos.  Em caso afirmativo, o LI deve ser providenciado junto ao órgão competente para a importação do produto pretendido. Caso o LI não seja necessário para a sua operação, basta registrar a Declaração de Importação (DI).


5. Procure por fornecedores estrangeiros e negocie condições

Com toda a documentação pronta, é hora de prospectar fornecedores estrangeiros que ofereçam os produtos desejados por um valor que justifique a importação dos mesmos. Após cotar os produtos com os fornecedores encontrados, elabore uma planilha de custos que te possibilite verificar a viabilidade econômica da operação. Para definir o valor total que a operação irá te custar, além do preço da mercadoria em si (FOB), você também deve considerar os seguintes custos: frete internacional, seguro de transporte, imposto de importação, imposto sobre produtos industrializados, PIS/Pasep, despesas bancárias, taxas portuárias, ICMS, despachante aduaneiro, frete interno e taxas de armazenamento.

Escolha o fornecedor que possibilite a melhor relação custo/benefício para a sua operação. Antes de fechar um contrato, também é necessário que você faça uma inspeção para verificar a qualidade do processo de produção do fornecedor escolhido. Tendo feito isso, providencie os documentos necessários para formalizar a negociação, acertando detalhes como a condição de venda (Incoterms), a modalidade de pagamento, o prazo de entrega e o câmbio praticado na operação.

É muito importante que essa negociação esteja inteiramente documentada, porque a qualquer momento a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) pode solicitar a documentação pertinente às suas operações de importação no Brasil.


6. Encontre um agente de carga para te auxiliar com a operação

Com o contrato firmado, busque o suporte de um agente de carga para colocar a operação em prática. Só com o auxílio de um agente confiável e experiente você será capaz de elaborar um planejamento de importação completo e estratégico. O agente de carga ficará por conta de todo o processo para a sua empresa, identificando as melhores rotas e modais de transporte, cuidando dos processos aduaneiros, contratando um bom seguro de carga e atuando como intermediário entre você e o seu fornecedor ao longo de toda a operação.


7. Providencie os documentos para liberação da mercadoria

Por fim, é necessário providenciar a documentação necessária para que você possa liberar as mercadorias quando as mesmas chegarem na alfândega brasileira. Essa documentação pode variar de acordo com a modalidade de pagamento convencionada entre você e o exportador. Geralmente, os documentos necessários são: Conhecimento de embarque; Fatura comercial; Certificado de origem (quando o produto for objeto de acordos internacionais); Certificado fitossanitário (quando exigido pela legislação brasileira).

 

 

Paulo César Alves Rocha - especialista em infraestrutura, logística e comércio exterior com mais de 50 anos de experiência em infraestrutura, transportes, logística, inovação, políticas públicas de habitação, saneamento e comércio exterior brasileiro. Mestre em Economía y Finanzas Internacionales y Comércio Exterior e pós-graduado em Comércio Internacional pela Universidade de Barcelona. É mestre em Engenharia de Transportes (Planejamento Estratégico, Engenharia e Logística) pela COPPE-UFRJ. Pós-graduado em Engenharia de Transportes pela UFRJ e graduado em Engenharia Industrial Mecânica pela Universidade Federal Fluminense. Tem diversos livros editados nas Edições Aduaneiras.


Pesquisa revela que a confiança do brasileiro na ciência continua alta, mas o ceticismo está crescendo

Divulgação 3M
A 6ª edição da pesquisa Índice do Estado da Ciência, da 3M, revela que 92% dos brasileiros confiam na ciência, principalmente quando o tema é divulgado pelas mídias tradicionais

 

Uma das principais descobertas desta edição diz respeito à crença dos brasileiros na ciência. A pesquisa mostra que 92% dos ouvidos confiam na ciência, e 90% nos cientistas, contra 86% dos ouvidos globalmente. Ainda assim, mais de um terço dos brasileiros (38%) concordam ser céticos em relação à ciência (*), um aumento de 5 pontos desde o ápice pandêmico em 2020, quando ocorreu uma edição adicional do estudo, e maior do que a média global, de 29%.

Pelo quinto ano consecutivo e em sua sexta edição, a 3M, apresenta as descobertas obtidas pelo estudo Índice do Estado da Ciência (em inglês State of Science Index - SOSI) 2022. Foram ouvidas 17 mil pessoas de 17 países das Américas, Europa, Ásia e Oceania, a fim de conhecer as atitudes globais em relação à ciência, tornando público o que as pessoas pensam e sentem sobre os diversos temas científicos e seu real impacto no mundo. No Brasil, 1.000 pessoas com mais de 18 anos participaram da pesquisa, que foi realizada online e presencialmente entre os meses de setembro e dezembro de 2021.
 

Quando se trata de informação sobre ciência, a escolha do canal influencia na confiança do brasileiro na ciência: 77% dos brasileiros confiam em fatos científicos publicados na mídia tradicional, e apenas 51% confiam em fatos científicos nas mídias sociais (contra 44% globalmente). 

Os brasileiros reconhecem que a ciência é indispensável. 87% acreditam que há consequências negativas com a não valorização da ciência. As principais consequências que ocorrerão se as pessoas não puderem confiar em notícias sobre ciência incluem:

  • 71% mais crises de saúde pública
  • 59% mais divisão na sociedade
  • 56% de aumento na gravidade dos efeitos das mudanças climáticas

O estudo aponta que existe uma oportunidade evidente para os cientistas se comunicarem mais em plataformas de notícias e mídias sociais, para conectar os pontos entre a ciência e as questões mais importantes. 92% dos brasileiros ouvidos disseram que querem saber mais dos cientistas sobre seu trabalho, vs. 81% globalmente. 

"Enquanto uma grande organização que valoriza e investe na ciência, sabemos o quanto a ciência é fundamental para o desenvolvimento mais sustentável de um país e da sociedade. Os dados do Brasil nesta edição da SOSI apontam que 92% confiam na ciência, independentemente da classe social, idade, gênero e conhecimento técnico prévio, algo que nos surpreendeu positivamente. Isso nos mostra que os brasileiros perceberam que o trabalho dos cientistas impacta positivamente no nosso dia a dia, e esperamos seguir contribuindo para esta percepção”, comenta Paulo Gandolfi, diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da 3M para América Latina.

 

Busca por equidade nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM) 

De acordo com os principais achados do estudo, pode-se dizer que os brasileiros demonstram interesse em STEM, mas enfrentam inúmeras dificuldades, principalmente no que tange a acessibilidade para uma educação nessas áreas. 90% concordam que há barreiras para os estudantes que buscam uma educação STEM (contra 84% globalmente). As principais barreiras incluem:

  • 84% consideram a falta de acesso (falta de aulas de STEM oferecidas na escola, não há professores STEM suficientes e falta de acesso à internet (vs. 76% globalmente)
  • 54% apontam a incapacidade de pagar por uma educação STEM de qualidade (vs. 47% globalmente)
  • 37% destacam o preconceito contra minorias étnicas, raciais ou de gênero (vs. 33% globalmente)


Os brasileiros claramente valorizam DE&I (Diversidade, Equidade e Inclusão), mas reconhecem que há lacunas significativas que precisam ser resolvidas.

  • 90% concordam que é importante aumentar a diversidade e a inclusão nos campos STEM.
  • No entanto, 79% acreditam que minorias sub-representadas muitas vezes não recebem acesso igualitário à educação STEM.
  • Os brasileiros são mais propensos a identificar lacunas de representação dentro da força de trabalho STEM, sendo:

- Diferença de gênero (60% vs. 53% globalmente)

- Diferença racial/étnica (61% vs. 44% globalmente)

- Diferença LGBTQ + (55% vs. 39% globalmente)



As mulheres, em particular, enfrentam muitos desafios ao longo de sua jornada STEM.

  • 87% acreditam que é preciso fazer mais para incentivar e manter mulheres/meninas engajadas na educação STEM
  • 86% pensam que as mulheres são fonte de potencial inexplorado na força de trabalho de STEM
  • Para 70%, mulheres e meninas são mais desencorajadas a buscarem engenharia do que outros campos científicos, contra 62% globalmente
  • 67% afirmam que as mulheres estão deixando os cargos STEM por não receberem apoio suficiente


Descobertas em Sustentabilidade 

Os brasileiros têm grandes expectativas para a ciência além da pandemia. Além do COVID-19, uma das principais questões que os brasileiros querem que a ciência resolva é a água limpa e o saneamento, com 59%, à frente de acesso igualitário à saúde de qualidade (56%), qualidade do ar (55%), fome (55% contra 40% globalmente) e os efeitos da mudança climática (52% contra 58% globalmente).

 

Os brasileiros acreditam que a sociedade deve priorizar:

  • Para 69% a prioridade é encontrar novas formas de fazer energia renovável para as casas, veículos, etc. (por exemplo, conversão de resíduos em energia solar, resíduos plásticos em combustível, etc.) (vs. 65% globalmente)
  • Já 64% indicam desenvolver novas tecnologias que reduzam as emissões de dióxido de carbono/gases de efeito estufa)
  • 63% acham que a prioridade deveria ser converter água da chuva e neblina em água potável e limpa (contra 49% globalmente)


O Índice do Estado da Ciência é um estudo anual encomendado pela 3M para a empresa global de pesquisa Ipsos. Trata-se de um levantamento com a população geral de 17 países. Agora, em sua sexta edição, a pesquisa acompanha a imagem pública da ciência e revela linhas de tendência ao longo do tempo sobre o quanto as pessoas confiam, respeitam e valorizam a ciência e o papel que ela desempenha em suas vidas. Para saber mais sobre os resultados da edição 2022, visite 3M.com/ScienceIndex.

 

Metodologia da pesquisa do Índice do Estado da Ciência 

O Índice do Estado da Ciência (SOSI), da 3M, apresenta pesquisas originais, independentes e representativas nacionalmente (baseadas na demografia censitária), conduzidas pela empresa global de pesquisa Ipsos por meio de uma combinação de entrevistas online e offline. A pesquisa de 2022 foi realizada de 27 de setembro a 17 de dezembro de 2021 ouvindo 17 mil adultos da população em geral, com mais de 18 anos, em cada um dos 17 países participantes: Austrália, Brasil, Canadá, Colômbia, China, França, Alemanha, Índia, Itália, Japão, México, Polônia, Cingapura, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Estados Unidos. Com nível de confiança de 95%, a margem de erro é de +/- 0,8 pontos percentuais globalmente de 17 países e +/- 3,1 pontos percentuais para cada país. Para comparar todas as ondas da SOSI, utilizamos uma média de rastreamento de 10 países que têm uma margem de erro de +/- 1,0 pontos percentuais. Entre os países nessa média estão Brasil, Canadá, China, Alemanha, Japão, México, Polônia, Cingapura, Reino Unido e EUA. 

(*) A pesquisa mostra que existe uma alta confiança na ciência, mas também um ceticismo crescente. Isso ocorre porque as indagações são distintas, questionando aos entrevistados o quanto eles concordam/discordam com as afirmações “eu confio na ciência” e “eu sou cético em relação à ciência”. Neste contexto, confiança e ceticismo não são questionados como inversos um do outro, nem devem ser interpretados como tal. 

Entende-se que, de fato, o próprio método científico propõe que sempre sejam questionadas as coisas. Investigou-se ainda com os entrevistados o que significa ser cético para eles, e foram observados motivos como: suas crenças culturais, sua natureza pessoal, os resultados da pandemia ou a falta de compreensão de um tópico. Também se notou que o ceticismo provavelmente está relacionado a eventos culturais de um país e que podem afetar as opiniões.

 


3M

 https://www.instagram.com/3mbrasil/

https://www.3m.com.br/3M/pt_BR/3m-do-brasil/

 

Disparada dos preços - Inflação verdadeira leva brasileiros ao ‘nocaute financeiro’! Veja o que fazer

 

O brasileiro está sofrendo um ‘nocaute financeiro’ diante à realidade inflacionaria. Basta ir na feira para ver. Em março, segundo dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), calculado pelo IBGE, a cenoura acumulou inflação de 166,17% em 12 meses, o tomate 94,55%. E por aí vai pimentão (80,44%), melão (68,95%), melancia (66,42%) e repolho (64,79%) ... 

Contudo, informação publicada recentemente em um grande portal aponta, como impacto da inflação oficial de março de 2017 até março de 2022, o Real perdeu 31,32% de seu valor e poder de compra. Em outras palavras, com o mesmo valor o brasileiro consegue comprar hoje apenas dois terços do que comprava a data anterior. 

Analisando essa notícia acima fica a pergunta: Será mesmo que essa inflação oficinal declarada pelo Governo Federal reflete na verdadeira oscilação de preços junto aos compromissos do dia a dia da família brasileira nestes últimos 5 anos? 

Certamente que a resposta é não! Se fizermos uma simples comparação de quanto você comprava em quantidade de produtos e serviços com R 100,00 no início de 2017, com o que compra no início de 2022, certamente vai constatar que a perda da capacidade de compra (poder aquisitivo) foi de aproximadamente 80%. 

Em outra comparação destes últimos 5 anos, agora junto ao mercado internacional, usando o mês de janeiro de 2017, quando o um dólar valia R 3,14, comparado com janeiro de 2022, que valia R 5,30, a perda junto ao mercado internacional foi de aproximadamente 60%. 

Ou seja, se uma pessoa tivesse investido nessa moeda estrangeira, hoje estaria mais rico em 60%. Mas, simples investimentos não são práticas e tão pouco uma realidade para 95% das famílias brasileiras. 

Para agravar ainda mais a situação, temos os aumentos preços nos combustíveis, a gasolina estava em janeiro de 2017 com o valor de R 3,72 o litro, hoje é praticado no Brasil um preço médio de R 7,00, ou seja, aproximadamente 100% de aumento. 

Estes aumentos provocaram repasses sucessivos em todas as áreas de consumo como alimentação, vestuário, educação, lazer, etc. Por outro lado, os aumentos salariais não tiveram elevações acumuladas superiores à 30% nesses últimos 5 anos, o que leva a um “nocaute financeiro dos brasileiros”, ou seja, a capacidade de compra está levando uma surra em relação aos aumentos. 

O desafio agora é como vencer esse desnível. E para isso não se pode fugir da realidade, buscando soluções que podem ser aumentar os ganhos com rendas extras, o que não é tão simples assim, ou fazer uma grande faxina financeira e adequar a realidade a um novo padrão de vida. Nesse último caso é imprescindível envolver toda família e buscar por ação imediata. 

É preciso colocar as mãos na massa, não se pode ficar apático esperando por um milagre ou uma mudança na economia que não acontecerá. Assim é preciso que os gastos sejam reduzidos para patamares que possam estar em equilíbrio com os ganhos. 

Pode parecer complexo, mas na grande maioria das famílias com que trabalho observo que os excessos e desperdícios em todos os itens de nosso dia a dia podem chegar a 30% ou até 50% de tudo que se gasta, e isso em itens essenciais como água, luz, combustível, vestuários, etc. 

Outro ponto de destaque em relação ao tema é para os investidores com dinheiro aplicado. Estes também perderam o poder aquisitivo, e seus rendimentos financeiros (juros) não estão sendo totalmente repostos frente à verdadeira inflação. Nenhuma aplicação consegue repor a perda do valor do dinheiro. 

Para comprovar isso temos uma ação que o próprio Governo Federal deu, com o lançamento em 2020 da nova nota de R 200,00. Isso consolida de vez a perda do valor da moeda Real. 

Essa situação financeira traz a certeza de que ninguém vai resolver o desequilíbrio financeiro no lugar da população, apenas as próprias pessoas, junto com seus familiares. A mudança está em uma operação de guerra, entender que o dinheiro não aceita desaforo. 

Em momento de alta da inflação é preciso tomar atitudes que reduzam os impactos da perda do poder aquisitivo, trocando de marcas, mudando os locais de compras ou outras ações. Sempre existe uma forma de comprar melhor e com economia verdadeira. 

As famílias podem até mesmo estarem sofrendo ‘um nocaute financeiro’, mas como um pugilista ainda é possível levantar e reverter essa situação. Mas, isso requer muita atenção e mudança de comportamento e hábitos financeiros. 

Um dos grandes antídotos e agentes motivadores para que todos os familiares se engajem nessa empreitada são os sonhos e propósitos (que dever ser individuais e coletivos). Por isso a importância da prática da educação comportamental financeira na mudança de vida.

 


Reinaldo Domingos - PhD em Educação Financeira, está à frente do canal Dinheiro à Vista presidente da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira - ABEFIN) e da DSOP Educação Financeira. Autor de mais de 150 livros sobre o tema educação financeira, como o best-seller Terapia Financeira.


MAIO AMARELO

 Brasil registra cerca de 30 infrações de trânsito por uso do celular a cada hora, alerta Abramet

 

Com rotinas cada vez mais dependentes do celular, cerca de 675 brasileiros se arriscam todos os dias ao utilizar o aparelho enquanto dirigem, o que significa que, a cada hora, 28 condutores negligenciaram a atenção ao volante, reforçando uma das principais causas de sinistros de trânsito no Brasil. O alerta é da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), que no Maio Amarelo traz orientações sobre esse tipo de infração e uma análise sobre os dados do Registro Nacional de Infrações de Trânsito (Renainf) referentes ao ano de 2021. 

Por ocasião Maio Amarelo, a Abramet preparou a campanha Toque pela Vida, para contribuir no esforço de prevenção ao sinistro de trânsito e conscientização da sociedade sobre a responsabilidade de cada cidadão na construção de uma mobilidade saudável e segura. 

“Os números refletem parte um problema que deve ser enfrentado por todos. Possivelmente o número de pessoas que utilizam o celular na direção é muito maior, o que nos leva a reforçar a necessidade de maior conscientização e engajamento da sociedade para que possamos reduzir os sinistros e preservar vidas no trânsito”, afirma Antonio Meira Júnior, presidente da entidade. 

Mesmo sabendo que dirigir exige do condutor a atenção totalmente dedicada ao trânsito, é comum flagrar motoristas falando ao telefone, utilizando aplicativos de mensagens ou mesmo acessando redes sociais enquanto trafegam em vias de todo o país. O que a maioria não percebe, ou ignora, é que essa falta de cautela põe em risco sua própria integridade e de todos aqueles que compõem a dinâmica do trânsito.

 

Fonte: Registro Nacional de Infrações de Trânsito (RENAINF). Elaboração: Abramet / 360° CI


O levantamento divulgado pela Abramet mostra que, em todo o País, pelo menos 250 mil condutores foram flagrados utilizando o celular no trânsito em 2021, colocando suas vidas e de outros em riscos. Entre os estados brasileiros que se destacam por acumularem os maiores números desse tipo de infração, São Paulo lidera concentrando mais de 37% dos registros nesse período, com 91.362 ocorrências. Em seguida vêm os estados de Minas Gerais e Goiás, com 30.843 e 16.971 infrações contabilizadas, respectivamente.

Confira abaixo as infrações por Estado:



MOBILIZAÇÃO - Além do perigo de provocar sinistros graves, inclusive gerando vítimas fatais, o uso do smartphone na direção é uma infração de natureza gravíssima. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), aquele que for flagrado pelas autoridades de trânsito segurando ou manuseando o celular enquanto dirige, terá que desembolsar R 243,47 em multa, além de ganhar sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação. 

A campanha Toque pela Vida terá duração de um ano, destacando os principais fatores que influenciam na segurança e na saúde dos condutores: uso do celular, consumo de álcool e drogas, excesso de velocidade, uso do cinto de segurança, “cadeirinha”, capacete, sono, saúde do condutor e condições do veículo. 

“Ao apoiarmos o Maio Amarelo, damos mais uma contribuição para este debate, chamando a atenção da sociedade para a necessidade de prevenção e alertando para alguns fatores de risco de sinistro, entre elos o uso do celular”, acrescenta Meira Júnior. Pesquisas mapeadas pela entidade indicam que o telefone celular é o responsável por quase 50% das atividades que resultam em Falha de Atenção ao Conduzir (FAC).

 

CAPACITAÇÃO -- Os riscos associados ao uso do telefone celular ao volante têm sido acompanhados pela Abramet: atenta ao aumento dos sinistros decorrentes deste descuido, a entidade preparou uma diretriz com o objetivo de avaliar os riscos da condução veicular falando ou escrevendo ao celular e para propor medidas que reduzam os sinistros de trânsito. 

A nova diretriz traz um panorama atualizado sobre a chamada Falha de Atenção ao Conduzir (FAC), qualificação técnica para o desvio da atenção do motorista que, entre outros fatores, inclui o uso do telefone. CONHEÇA A DIRETRIZ AQUI 

“Celular e direção não combinam de jeito nenhum e esses sinistros podem, e devem, ser evitados”, afirma o dr. Flávio Emir Adura, diretor científico da Abramet que lidera o grupo de especialistas que estudou o assunto. “É preciso maior conscientização do condutor sobre isso, ter clareza de que ao usar o telefone enquanto dirige está colocando sua vida e dos demais usuários do trânsito em alto risco”, acrescenta.

 

O RENAINF - O Renainf é a base de dados que registra as arrecadações de infrações de trânsito cometidas em diferentes estados, sendo coordenado pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). A finalidade do Sistema é criar a base nacional de infrações de trânsito e proporcionar condições operacionais para o registro das mesmas, viabilizando o processamento dos autos de infrações, das ocorrências e o intercâmbio de informações.

 

EUA emitem a maior quantidade de vistos de turismo para brasileiros na história

Brasil também já é o quarto país que mais mandou visitantes para os EUA em 2022

 

Após dois anos de pandemia, com as representações diplomáticas dos EUA fechadas ao público, o ritmo de emissão de vistos americanos no País tem crescido de maneira acelerada. Apenas em março, por exemplo, o governo americano concedeu 71.156 vistos de negócio e turismo (B1/B2) para brasileiros. O volume é praticamente o mesmo de todo o ano de 2021 (71.661) e representa um crescimento de 10% em relação a fevereiro.

 

Mais do que isso, a quantidade de emissões de B1/B2 é a maior já registrada. O recorde anterior havia sido em março de 2018, com pouco mais de 59 mil vistos do tipo sendo liberados para brasileiros. Os números são de um levantamento realizado pelo escritório de advocacia AG Immigration junto ao Departamento de Estado americano.

 

Ainda de acordo com os dados, os vistos de negócio e turismo – que geralmente são concedidos juntos – representaram 94% do total de emissões em março.

 

A quantidade de vistos B1/B2 expedidos a brasileiros vem aumentando significativamente desde que os órgãos consulares dos EUA foram reabertos ao público, em novembro do ano passado. Naquele mês, foram 24 mil autorizações de entrada. A quantidade subiu para 43 mil em dezembro, 46 mil em janeiro, 63 mil em fevereiro e, agora em março, passou dos 70 mil. Portanto, são seis altas consecutivas.

 

“São muitos pedidos acumulados em razão da pandemia e, pelo que podemos perceber, os oficiais consulares têm feito um esforço bastante grande para dar conta da demanda”, comenta o advogado de imigração e sócio-fundador da AG Immigration, Felipe Alexandre.

 

E a demanda realmente está alta. Hoje, segundo o Departamento de Estado americano, o tempo de espera para se conseguir uma entrevista no consulado de São Paulo é de 354 dias – praticamente, um ano inteiro. “Já era algo de se esperar, mas creio que a tendência é que o tempo reduza gradativamente ao longo do ano, ainda que porventura aumente mais um pouco nas próximas semanas”, diz Alexandre.

 

O advogado também explica que, além da demanda natural dos brasileiros por vistos americanos, já que os EUA são um dos destinos turísticos mais populares do mundo, a fila de espera por uma entrevista também tem sido impactada pelos pedidos de renovação.

 

Em 2010, o visto americano passou a ter validade de dez anos, o que fez com que muitos documentos emitidos naquela época começassem a expirar justamente na pandemia, quando as representações diplomáticas estavam fechadas. Com isso, todas essas solicitações só começaram a ser processadas de novembro para cá.

 

De acordo com o Escritório Nacional de Viagem e Turismo dos EUA, 221.925 visitantes brasileiros já entraram em solo americano nos três primeiros meses de 2022, fazendo do País a quarta nacionalidade de turista mais frequente, atrás de México, Reino Unido e Canadá – respectivamente, os três primeiros colocados.


 

Vistos Imigratórios


O levantamento da AG Immigration também mostrou que o EB2 foi o visto imigratório mais concedido em março, com 150 emissões. Diferentemente do visto B1/B2 – que permite ao estrangeiro ficar apenas temporariamente nos EUA –, os vistos imigratórios automaticamente dão direito ao green card, ou seja, ao direito de ser um residente permanente.

 

O EB2 é destinado para pessoas com “habilidades excepcionais”, geralmente mestres, doutores ou profissionais com carreira de destaque em suas áreas. É um reflexo da nova onda de fuga de cérebros do Brasil. “O Brasil hoje já é o quarto país que mais recebe o EB2 e o EB1, o que reforça a tendência dos nossos principais talentos de saírem do País, em busca de oportunidades compatíveis com suas qualificações”, explica Rodrigo Costa, CEO da AG Immigration e especialista em mercado de trabalho.

 

Dentistas, enfermeiros, engenheiros, programadores e analistas de sistema são alguns dos profissionais que lideram esse movimento.

 

O segundo visto imigratório mais concedido em março foi o EB1, que busca atrair pessoas com “habilidades extraordinárias”, reconhecidas internacionalmente por seus feitos acadêmicos, esportivos, culturais, artísticos ou empresariais. O visto foi emitido para 82 brasileiros.



quarta-feira, 11 de maio de 2022

Cabelegria retorna ao Santana Parque Shopping para doações de perucas e cortes de cabelo

Cabelegria Santana Parque Shopping
Cristiane Burckauser
Objetivo da ação é transformar a vida de pessoas que passaram por tratamentos de câncer ou outras doenças 

 

No dia 14 de maio, o Santana Parque Shopping recebe mais uma vez o Banco de Peruca Móvel da ONG Cabelegria. A ação acontece das 11h às 19h, na entrada principal do empreendimento.

O projeto, que retorna ao shopping a cada dois meses, tem como principal objetivo transformar a doação de cabelos em perucas para serem distribuídas às pessoas que passaram por tratamentos de câncer ou que foram diagnosticadas com outras doenças que causam queda de cabelo.

“É sempre muito gratificante poder ser um ponto de apoio da Cabelegria e ver quantas pessoas se solidarizam com as doações, assim como a alegria no rosto de todas aquelas que recebem uma peruca. Em cada ação esperamos transformar um número maior de vidas”, afirma Rodrigo Rufino, gerente de marketing do Santana Parque Shopping.

Os interessados em abraçar a causa podem realizar cortes de cabelos gratuitamente no local.  Não existem restrições para doação, todos os tipos de cabelos com no mínimo 15cm são aceitos, podendo ser natural, com química ou tintura. Além disso, quem doar terá isenção no preço do estacionamento.

 

Serviço

Cabelegria no Santana Parque Shopping

Quando: Dia 14 de maio

Horário: 11h às 19h

Local: Entrada principal do shopping

 

Santana Parque Shopping

Endereço: Rua Conselheiro Moreira de Barros, 2780 – Santana – SP

Mais informações pelo site: www.santanaparqueshopping.com.br ou pelo telefone: (11) 2238-3002 ou WhatsApp: (11) 96588-3226.

Instagram: @santanaparqueshoppping

Facebook: www.facebook.com/Santanaparque 

 


Síndrome Cri Du Chat é tema de passeata no Parque Ibirapuer

Conscientização e direitos durante tratamento são pautas levantadas pela Associação Brasileira da Síndrome Cri Du Chat.




Descoberta pelo pesquisador e pediatra francês, Jérôme Lejeune, a cri du chat (grito de gato, em tradução livre para o francês) é uma síndrome resultante de uma anomalia genética no cromossomo 5, que pode levar a um atraso intelectual e no desenvolvimento neuropsicomotor. Seu nome é uma referência ao sintoma característico do choro do recém nascido, semelhante ao miado de gato, resultado de uma má formação da laringe.

Atualmente, no Brasil, estima-se que mais de 4.000 indivíduos foram diagnosticados com esta condição genética. No dia 5 de maio é comemorado o Dia Internacional da Síndrome Cri Du Chat. No Brasil, em comemoração à data, no dia 14 de maio, às 10h, acontece a 2ª Caminhada que conta com a participação de aproximadamente 150 famílias.

“Vamos nos reunir para falarmos sobre essa síndrome rara que necessita ser conhecida por todos os cidadãos, principalmente as equipes da área de saúde. Só assim vamos garantir que as nossos filhos tenham uma melhor qualidade de vida, tenham seus direitos assegurados e sejam incluídas verdadeiramente em nossa sociedade”, destaca Gabriele Rennhack, presidente da Associação Brasileira da Síndrome Cri Du Chat (ABCDC) ligada à Five P Minus Society (5p- Society), maior grupo internacional de portadores da Síndrome Cri Du Chat. O grupo internacional reúne mais de mil famílias e tem como finalidade realizar um intercâmbio de conhecimento e experiências.

“Entrei para o grupo há alguns anos. Desde o início, já tinha contato com uma mãe e estava naqueles momentos críticos, onde sentimos que estamos sozinhas e que estamos fazendo tudo errado. Na época, minha filha com Cri Du Chat estava com 7 anos. Literalmente pedi socorro e essa mãe me incentivou a entrar no grupo. Nele nos apoiamos umas às outras, trocamos informações, falamos de nossas expectativas, incentivamos umas às outras. Com certeza me sinto mais fortalecida ao participar do grupo. Graças a um projeto divulgado no grupo (Mães produtivas da SER Educacional) consegui uma oportunidade de voltar a estudar e estou cursando Pedagogia”, destaca a assistente social Viviane Oliveira Pizaforte dos Santos, mãe da Amanda, de 10 anos.


Sobre a Associação Brasileira da Síndrome Cri Du Chat (ABCDC)

Fundada em 2020 por pais e mães que decidiram se unir, com a intenção de compartilhar informação sobre a síndrome com outras famílias. O grupo dedica-se a casos diagnosticados para prestar um primeiro acolhimento.

A ABCDC é uma associação sem fins lucrativos, tendo toda sua renda destinada a divulgação, compilação de informações científicas e conscientização sobre o assunto, além de prestar um primeiro acolhimento para as famílias após o diagnóstico. Todos os envolvidos em sua gestão trabalham de forma voluntária, confiando na doação de tempo, recursos e experiência para alcançar seus objetivos e continuar com suas atividades



Serviço 

2ª Caminhada Cri Du Chat 

Dia: 14 de maio, às 10h

Local: Estacionamento do Portão 3 - Parque Ibirapuera

Informações gerais: Gabriele (11) 98467-2552 

De testosterona à insulina – os perigos escondidos nos hormônios usados em academias

 

De testosterona à insulina – os perigos escondidos nos hormônios usados em academias 


Muitas pessoas que frequentam academias acabam fazendo uso de substâncias sem indicação médica para ganho de massa magra. Dentre os hormônios mais comuns no universo do “culto ao corpo” temos o hormônio do crescimento (GH), testosterona, sulfato de DHEA (dehidroepiandrosterona), oxandrolona (derivado da testosterona) e até mesmo a insulina.

A endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato explica que todo uso hormonal, quando não está bem indicado, causa mais malefícios do que benefícios. “Alguns hormônios têm efeito anabólico, sendo testosterona e GH alguns exemplos, que resultam em ganho de massa magra. No entanto, se a pessoa não tem deficiência desse hormônio, o uso contraindicado pode levar à uma série de repercussões, como inibir a produção endógena. E quando o uso desse hormônio é suspenso, o corpo demora a entender que ele tem que voltar a produzir”, explica a especialista.

Trombose e insuficiência cardíaca – Dra. Lorena conta que muitos desses hormônios podem ter efeitos importantes no que diz respeito à insuficiência e função cardíacas e eventos cardiovasculares.

Segundo a endocrinologista, o GH quando mal utilizado pode promover o crescimento de alguns cânceres e levar à cardiomegalia. Também podem ocorrer episódios graves de hipoglicemia e até a trombose. Ou seja, são efeitos colaterais diversos, a depender do hormônio utilizado.

Indicações hormonais – A reposição de hormônios pode ser indicada pelo endocrinologista a partir do diagnóstico de algumas patologias. “É orientado o uso de testosterona para situações de hipogonadismo, ou seja, quando é identificada por exames a queda dos níveis de testosterona causada pela andropausa, por exemplo. Doenças crônicas, como a obesidade, podem levar a situações de hipogonadismo”, explica Dra. Lorena Amato.

Já o GH, explica a endocrinologista, está indicado para situações de deficiência desse hormônio, como em cirurgias em que foi necessária a retirada da hipófise, responsável pela produção do hormônio do crescimento, ou para crianças com baixa estatura.

A insulina é prescrita para pessoas com diabetes, que precisam controlar o nível de glicose no sangue, e não para fins estéticos, como muitas vezes é usado em pessoas que buscam ganho de massa magra.

“Não existe fórmula mágica, é preciso persistir e colocar na rotina a dieta alimentar equilibrada, composta por verduras, legumes, proteínas, e menos comida industrializada. Para conseguir músculo, massa magra, é preciso ingerir quantidades adequadas de proteínas. Exercício físico é fundamental, principalmente a musculação, que faz crescer os músculos. É preciso praticar atividades aeróbicas para perder a massa gorda. A orientação do endocrinologista juntamente com o nutricionista podem garantir a sua saúde e a boa forma”, comenta Dra. Lorena.

 


Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM) e endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria. É doutora pela USP e professora na Universidade Nove de Julho.

https://endocrino.pro/

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https://www.instagram.com/dra.lorenaendocrino/


Avanço da gripe e indicadores da pneumonia alertam para a importância da vacinação

Médica infectologistas dá detalhes sobre as características doenças, as formas de prevenção e reforça a mensagem da importância da proteção


De janeiro a março deste ano, mais de 5 mil casos de gripe foram confirmados por exames laboratoriais no Brasil. Em três meses passa da metade de todos os registros do ano passado. O avanço da doença preocupa autoridades de saúde e provoca o alerta dos especialistas para a combinação entre a baixa adesão à campanha nacional de vacinação e as oscilações climáticas previstas para os próximos meses. 

“Pouco mais de 30% dos idosos foram imunizadas até o momento. Apesar da campanha estender-se até 22 de julho na rede pública, o momento mais oportuno para imunizar-se contra a gripe é antes da chegada do clima mais ameno, que favorece a circulação dos vírus respiratórios, entre eles a gripe”, observa a médica infectologista do Grupo Sabin, Luciana Campos. 

A especialista alerta ainda que no próximo mês, quando começa o inverno no Brasil, os casos de gripe crescem por causa da maior circulação dos vírus e somado a isso o fato das pessoas buscarem ambientes mais fechados, o que facilita a transmissão. “Precisamos que a população esteja alerta e busque proteção. Em junho, teremos dias de baixas temperaturas em várias cidades brasileiras, que seguem até setembro, o que pode ser agravante para não vacinados e/ou com pré-disposição às doenças oportunistas, típicas deste período”, informa a infectologista, ressaltando também que a vacina demora cerca de 14 dias para conferir imunidade. 

Ainda de acordo com a médica, muitos casos de gripe podem evoluir e agravar quadros clínicos, especialmente em pessoas com histórico de outras doenças. Entre as complicações mais recorrentes estão o agravamento doenças crônicas, sinusite, desidratação, otite e a pneumonia (tanto a bacteriana quanto a causada por outros vírus). “As pneumonias e gripes têm alguns sintomas parecidos, mas características distintas como febre mais alta e tosse não seca quando falamos de pneumonia", observa. 

A preocupação da médica com a pneumonia encontra motivação nos indicadores do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), do Ministério da Saúde, que revelam mais de 25 mil internações e mais de 3 mil óbitos no Brasil, ocorridos de janeiro a agosto de 2021. 

Doença séria e grave, a pneumonia é uma infecção de vias aéreas inferiores, principalmente pulmões. Podendo ser causada pela bactéria Streptococcus pneumoniae, conhecida como pneumococo, a pneumonia é apontada como uma das principais responsáveis por grande parte das internações hospitalares no país, especialmente de pessoas com mais de 50 anos. Além disso, de acordo com os indicadores da Organização Mundial da Saúde, as doenças pneumocócicas são responsáveis por mais de 1,6 milhão todos os anos no mundo. A boa notícia é que ela pode ser prevenida com imunizantes disponíveis nas redes de saúde pública e particular 


Vacinação: a melhor estratégia de saúde

A médica explica ainda que as vacinas são fabricadas conforme parâmetros internacionais de segurança, conheçam os benefícios da imunização e procurem os postos públicos de imunização ou unidades de vacinação nas redes privadas, de acordo com o o recomendado para cada idade ou situação. 

“Primeiro é preciso entender que todas as vacinas passam por um processo minucioso de preparação até aprovação, antes de serem utilizadas. Elas são desenvolvidas seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para garantirem segurança e eficácia. O segundo passo é estar com o cartão de vacinas atualizado. E, claro, estar atento às necessidades individuais de proteção”, detalha. 

Indicada para adultos, adolescentes, idosos e crianças a partir dos seis meses de idade, a vacina quadrivalente contra a gripe previne infecções por quatro tipos de vírus influenza: H1N1, H3N2, Influenza B (Victoria) e Influenza B (Yamagata). “A vacina da gripe é atualizada todos os anos, baseada na vigilância dos vírus circulantes do ano anterior, tanto no hemisfério norte como sul. Nesta versão de 2022, foi introduzida a nova cepa do subtipo A da Influenza, a H3N2 (Darwin), descoberta na Austrália e apontada como responsável por surtos registrados este ano no Brasil”. 

Diferentemente da gripe, que é causada por um vírus, a pneumonia pneumocócica tem a bactéria pneumococo como principal agente causador de pneumonias e também de meningites e outras doenças. “Atualmente, há mais de 90 sorotipos de pneumococos, e temos dois tipos de proteção: a vacina pneumocócica 23, que protege das doenças causadas por 23 sorotipos de pneumococo e pode ser administrada em pessoas maiores de 60 anos, portadores de doenças crônicas e imunocomprometidos com mais de 2 anos de vida; e a vacina pneumocócica 13, que é recomendada para crianças a partir de 2 meses, adolescentes e adultos de todas as idades, assegurando prevenção contra cerca de 90% das doenças graves (pneumonia, meningite, otite) causadas pelos 13 sorotipos de pneumococos”, finaliza.

 

Grupo Sabin

https://www.sabin.com.br


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