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segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

Qual a razão do Brasil ser o país que mais gasta tempo no celular diariamente no mundo

Crédito: Jennifer de Paula / Tomorrow Summit

Neurocientista, Dr. Fabiano de Abreu, explica as consequências do uso exagerado de celulares, que no Brasil chega a 5 horas por dia

 

De acordo com o novo relatório publicado pela empresa de análise de aplicativos e mercado App Annie, o State Mobile 2022, o Brasil aparece novamente com destaque entre as nações que mais utilizam aparelhos celulares no mundo. Com 5,4 horas diárias, os brasileiros lideram o ranking que inclui países conhecidos pelo desenvolvimento tecnológico como Coréia do Sul (5h), Japão(4,6h) e Estados Unidos (4,2h).

 

O relatório aponta ainda que a pandemia de covid-19 pode ter sido um fator agravante para o cenário brasileiro, visto que, em 2019, a média era de 3,8 horas diárias. Representando um aumento de 1,6 horas e seguindo uma tendência mundial de aumento, já que no planeta, o uso de celulares cresceu em 30%. Para o neurocientista, PhD, biólogo e antropólogo, Dr. Fabiano de Abreu, os dados do relatório não apresentam grandes surpresas se analisada a condição psicossocial do Brasil. “De acordo com a OMS, em 2019, o Brasil já era o povo mais ansioso do mundo. Então, antes do vírus chegar no país, eu já havia comentado sobre os riscos”, pontua o neurocientista.

 

Dr. Fabiano de Abreu explica ainda, que a ansiedade tem uma interferência direta com a imunidade da população. “O uso da rede social é uma espécie de refúgio. O Brasil é uma sociedade ansiosa por conta da violência, da insegurança econômica, pela diferença social, pela necessidade do trabalho, por questões políticas e diversos outros aspectos e isso afeta também o sistema imunológico. A ansiedade é uma pendência e existe para que você encontre meios para solucionar problemas”, detalha o especialista.

 

Em meio a uma pandemia, por mais que existam pessoas que não tratem a doença com a seriedade adequada, o instinto de sobrevivência é acionado. “O excesso de notícias e informações negativas aumenta ainda mais a ansiedade. A amígdala cerebral busca em um mapa de memórias (gravadas com auxílio da emoção e negativas para precaução) para mostrar a melhor solução possível para tal situação. Esse estado constante de ansiedade faz com que as pessoas mergulhem em uma atmosfera negativa, possibilitando o aumento da busca pelas redes sociais no intuito da recompensa”, afirma o neurocientista.

 

As redes sociais, por meio de ferramentas específicas como o ‘like’, entre outras, ativam o sistema de recompensa do cérebro já na expectativa e, ao liberar o neurotransmissor dopamina, a sensação de ansiedade é aliviada. “O problema é que a dopamina é viciante, situações repetidas não liberam a quantidade de dopamina igual, a sensação de alívio não é a mesma e isso cria um ciclo vicioso que gera ainda mais ansiedade para a liberação de mais dopamina”, pontua.

 

O Dr. Fabiano chama atenção ainda para a mistura entre o virtual e o real, pois, contato desequilibrado com esses dois mundos pode prejudicar a noção de realidade. “É como se você acabasse vivendo uma vida fora da realidade, o que aumenta o narcisismo e isso pode se tornar patológico e se transformar em um transtorno. Somos semânticos, logo, a cultura do virtual leva ao imaginário, ao abstrato, à fantasia e por isso o aumento da mitomania, doença da mentira”, alerta.

 

Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues - PhD em Neurociências, Mestre em Psicanálise, Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências com formações também em neuropsicologia, licenciatura em biologia e em história, tecnólogo em antropologia, pós graduado em Programação Neurolinguística, Neuroplasticidade, Inteligência Artificial, Neurociência aplicada à Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, Filosofia, Jornalismo, Programação em Python e formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos. Membro da Mensa International, Intertel e Triple Nine Society (TNS), associações e sociedade de pessoas de alto QI, esta última TNS, a mais restrita do mundo; especialista em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de 100 estudos publicados.

 


Referência sobre o estudo: https://www-tecmundo-com-br.cdn.ampproject.org/c/s/www.tecmundo.com.br/amp/mercado/231887-brasileiros-lideram-ranking-tempo-gasto-celular-5-horas-dia.htm

 

Os três destinos de intercâmbio mais cobiçados em 2022

Qual é o melhor país para se fazer um intercâmbio em 2022? Essa é uma pergunta muito subjetiva, a qual não há como fixar uma única resposta. Cada país possui seus atrativos, valores e oportunidades de estudo e trabalho, que serão mais recomendados para cada tipo de perfil. São diversos lugares incríveis a explorar – mas que, dentre tantos, alguns vêm se destacando nas preferências dos brasileiros para esse ano.

A grande maioria dos países já está com suas fronteiras abertas para estrangeiros – mediante, claro, requisitos e predeterminações devido à pandemia, como, por exemplo, o comprovante de vacinação. Embora muitos jovens tenham adiado seus planos de viajar durante o isolamento social, 82% ainda possuem interesse e, pretendem realizá-lo em breve, segundo a Pesquisa Belta 2021. Então, vamos aos destinos mais desejados:

1# Canadá - Dentre os países que estão mais em alta neste ano, o Canadá é, sem dúvidas, um dos favoritos. Há anos na mira dos planos dos estudantes brasileiros, o país é feito por imigrantes e, valoriza muito os que têm algo a agregar para o seu crescimento econômico e social. Muitos escolhem a região para estudar em níveis superiores, com a possibilidade de optar por programas que conciliam estudo e trabalho. Além disso, há regiões onde além do inglês, o aluno também pode aprender francês. Somado a toda essa receptividade, o país é lindo e reserva paisagens de tirar o fôlego para os amantes da natureza.

2# Irlanda - Além dele, a Irlanda é outro destino que vem ganhando cada vez mais popularidade dentre os brasileiros. O país oferece oportunidades variadas de trabalho a qualquer programa de curso, seja ele superior ou não. É famoso por sua receptividade e acolhimento aos estrangeiros e, por estar localizado na União Europeia, permite que os estudantes possam conhecer diversos países além da Ilha Esmeralda – criando uma experiência ainda melhor de intercâmbio. É a oportunidade de conhecer vários países sensacionais em pouco tempo e gastando quase nada.

3# Emirados Árabes - Outra região ainda pouco explorada pelos brasileiros, mas tão atrativa quanto os outros, é Dubai, nos Emirados Árabes. Por mais que o país seja conhecido como um destino caro e com um alto custo de vida, a realidade de fazer um intercâmbio no local é completamente oposta. Existem pacotes muito acessíveis aos interessados, com oportunidades trabalho para que possam se sustentar e, ainda, recuperar o dinheiro gasto com a viagem. O processo de visto é simplificado e não há a necessidade de comprovação financeira, características que facilitam e otimizam o processo. E o melhor de tudo é que brasileiros são super bem aceitos por lá. A recusa de vistos é praticamente zero!

Cada uma dessas regiões possui suas vantagens e desvantagens para se fazer um intercâmbio. Seja qual for o escolhido, a pesquisa sobre o local e o planejamento minucioso são os principais cuidados que todo intercambista deve ter. Aqueles que desejam estudar no exterior devem estar muito bem-preparados e saber exatamente o que pretendem conseguir com o intercâmbio – se buscam apenas uma experiência de turismo, possibilidades de adquirir a fluência em outra língua ou, procurar oportunidades de crescimento profissional.

O planejamento deve ser completo, não somente sobre o destino, mas também sobre o seu custo de vida. Em um exemplo prático, se você deseja optar por um programa de estudo e trabalho, mas não possui um inglês avançado, países como o Canadá não são recomendados. Afinal, eles exigirão um bom conhecimento do idioma local como requisito para a grande maioria dos processos seletivos.

Todo preparo é fundamental, principalmente em cenários incertos como o que estamos vivendo na pandemia. É importante verificar as regras de entrada do país desejado, qual o custo de vida local, e se planejar financeiramente para levar consigo um pouco mais de dinheiro do que o pedido para a sua viagem. Mas, acima de tudo, se preparar psicologicamente para possíveis novos lockdowns e a mudança de rotina durante sua estadia.

Para ajudá-lo nesse processo, a consultoria de um especialista é sempre muito bem-vinda. Afinal, ele terá a expertise necessária não apenas para montar um planejamento de qualidade, mas inclusive, para ajudar a escolher o melhor destino com base em seu perfil, preferências e necessidades. Com esse conjunto de cuidados, sua experiência internacional certamente será excepcional.


Danilo Veloso - diretor comercial da SEDA College. Formado em administração de empresas, trabalhou por seis anos como camelô até conquistar uma vaga na área de cartão de crédito e conciliação bancária em uma companhia aérea. Após três anos no cargo, deixou a posição para estudar inglês na Irlanda, onde começou a trabalhar em agências de intercâmbio.


Advogado analisa custo de vida de algumas cidades nos Estados Unidos

Daniel Toledo detalha gastos com gasolina, aluguel, compras e vários outros itens


Existem muitas suposições sobre o custo de vida nos Estados Unidos. Alguns, dizem que é possível viver no país com U$ 2.000   por mês, enquanto outros dizem que são necessários ao menos U$ 5.000 para ter uma vida tranquila dos EUA.

Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados e sócio do LeeToledo PLLC, escritório de advocacia internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos, realizou uma pesquisa com famílias que vivem em quatro estados diferentes nos Estados Unidos. Nessa consulta, ele coletou dados sobre gastos com plano de saúde, aluguel, mercado, gasolina e vários outros itens.

O advogado detalha os motivos de inserção de alguns dos itens, como roupas e seguro de saúde. “Nos Estados Unidos se tem muito gasto com vestuário, geralmente porque as pessoas secam as peças na secadora, o que costuma danificar o tecido. Sobre planos de saúde, é necessário ter um bom corretor de seguros, escolhendo a categoria ideal para o orçamento. A principal diferença entre um plano silver, gold e platinum é a quantia gasta em caso de internação em uma UTI, então é algo que geralmente pode ser analisado dependendo de cada cidadão”, pontua.

Sobre o custo com combustível e passeios, Toledo declara que é um dos valores que mais varia entre os estados. “Muda muito conforme o perfil de cada um. Quem está na Califórnia, por exemplo, está pagando uma fortuna na gasolina, enquanto quem vive no Texas gasta menos, já que o estado possui diversas refinarias. Em relação à entretenimento e lazer, cada família gasta um valor diferente. Alguém que está na região de Orlando, por exemplo, gasta muito mais com passeios devido aos parques que existem na região. Por outro lado, uma família que reside no Texas, provavelmente vai gastar menos”, explica.

Em relação a farmácia e mercado, o advogado conta que isso varia muito, porque depende do lugar que cada família compra os itens de casa. “Algumas pessoas gastam mais, outras muito menos. É comum comprar produtos de limpeza, maquiagem e vários outros itens na farmácia enquanto boa parte faz suas compras na Amazon, então é algo que varia”, revela.

De acordo com os dados disponibilizados na tabela de Toledo, que conta com famílias que vivem no estado da Flórida, Califórnia, Texas e Massachusetts, os gastos para uma vida confortável nos Estados Unidos variam de U$ 5.400 até U$ 7.600 dólares por mês, dependendo do estado e dos gastos de cada família.

Segundo o advogado, esses dados desmistificam informações de que o custo de vida no país é extremamente baixo, com casos de famílias que vivem tranquilamente com uma renda de U$ 2 mil. “Quem está se programando para ir aos Estados Unidos, deve ficar atento a esses valores, pois estes são os custos da vida real. É possível reduzir esses valores em, talvez mil dólares, mas se você ouvir alguém falando que é possível manter um padrão de vida altíssimo com U$ 3 mil dólares por mês, saiba que não é bem assim que funciona e provavelmente você vai perder qualidade de vida”, finaliza Daniel Toledo.

 


Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com quase 150 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB São Paulo e Membro da Comissão de Direito Internacional da OAB Santos.

 

Toledo e Advogados Associados

http://www.toledoeassociados.com.br

 

Lee Toledo Law

https://leetoledolaw.com/


Vestibular 2022: treine seu cérebro e seja aprovado ainda neste ano

Para um bom desempenho nos estudos, mais do que saber, é preciso entender, contextualizar e principalmente lembrar. Se você é estudante, a boa notícia é que é possível alcançar mais memória, concentração e raciocínio. A chave para resolver a frustração de milhões de estudantes que tentam uma vaga nas maiores universidades púbicas do país está na prática do treino cerebral e em 2022 é possível aumentar os níveis de aprovação começando desde já.

 

 

Ginástica para o cérebro no vestibular

Assim como a maioria das habilidades podem ser treinadas e aprimoradas, a atenção e a concentração também podem ser fortalecidas. Com essas habilidades desenvolvidas e mais memória, é possível obter ganhos significativos nos estudos e, consequentemente, a aprovação no vestibular. Confira algumas razões para apostar nesta prática e se aproximar da tão sonhada aprovação ainda neste ano, segundo Livia Ciacci, neurocientista do SUPERA – Ginástica para o cérebro.

 

·        Um cérebro mais forte – quando falamos do nosso cérebro precisamos entender que a lógica é muito semelhante a um treino físico, feito em uma academia de ginástica. Quanto mais treinamos nossa mente mais obtemos dela. Quando falamos de treino cerebral, os estímulos devem envolver sempre novidade, variedade e grau de desafio crescente e por isso a ginástica para o cérebro se mostra tão eficiente sobretudo para estudantes e vestibulandos.

 

·        Você lembrando mais – Lembrar do conteúdo estudado e contextualizá-lo com a prova, é, sem dúvida, a chave para a aprovação. O cérebro tende a ser um órgão preguiçoso e em seu funcionamento normal acha mais fácil usar a informação que já está armazenada nele do que ter que aprender algo novo. O treino do cérebro exercita o nosso órgão mais importante para que ele melhore sua performance, respondendo melhor aos estímulos que recebe. Ter memória pode até ter alguma influência genética, mas o que vai determinar uma boa memória ao longo da vida é o quanto seu cérebro é estimulado. Ao contrário dos computadores, a memória humana aumenta conforme é estimulada.

 

·         Bloquear estímulos externos – sem dúvida, um dos maiores desafios dos jovens estudantes em fase de vestibular é bloquear os estímulos externos, sobretudo os que vem das redes sociais. Para resolver este problema é preciso investir em exercícios que aumentem a capacidade de concentração e atenção, dois pilares da prática de ginástica para o cérebro.

 

·        Autoconhecimento – para chegar a qualquer lugar é preciso se preparar e isso inclui entender suas limitações humanas. O treino do cérebro foi criado para oferecer ao estudante exercícios na medida – nem fáceis demais, nem difíceis demais, para que o cérebro fique confortável nas etapas que compreendem a melhora cognitiva.

 

·        Mais produtividade e resultados – com um cérebro treinado é possível fazer muito mais com menos “Podemos comparar de forma muito simples que a prática de ginástica para o cérebro, aplicada ao vestibulando, é como oferecer a ele um mapa. Quando o vestibulando treina o seu cérebro ele tem melhores acessos ao que realmente vai trazer resultado, consegue filtrar melhor seus pensamentos e capacidades o que interfere diretamente na sua aprovação”, pontou a especialista.

 

·        Mais confiança, menos ansiedade – treinar o cérebro é mais do que usá-lo melhor para cálculos e absorver informações. Quando nós mantemos o cérebro ativo, as conexões entre os neurônios se modificam. Algumas ficam mais fortes, outras, mais fracas. Dependendo do uso e é essa mudança que á a base do aprendizado e faz com que o cérebro responda de maneira diferente da próxima vez que for usado, o que resulta em uma melhor performance, mais confiança e menos ansiedade por parte do vestibulando.

 

·        Mais reserva cognitiva – você certamente não conhece este termo mas ele está diretamente relacionado a capacidade que o seu cérebro tem de reter informações, mesmo ainda na juventude. A reserva cognitiva também pode ser entendida como uma poupança, algo que, inevitavelmente vamos perdendo ao longo da vida e por isso o cérebro precisa ser estimulado em diferentes faixas etárias. Com os avanços da neurociência, estão surgindo inúmeros recursos para manter o cérebro ativo e jovem. A ginástica cerebral é um deles e tem resultados concretos na vida de quem a prática. Ao iniciar a prática ainda na juventude, é possível obter ganhos significativos na capacidade de memória, atenção, concentração, memória, agilidade de raciocínio e coordenação motora.


 

 O que é treino cerebral?


Já imaginou conseguir fazer mais coisas com o seu cérebro, alcançar objetivos, ter ideias melhores, maior capacidade de resolver problemas e ser mais criativo? 

Criado no Brasil há 15 anos, o SUPERA Ginástica para o Cérebro oferece benefícios para diferentes faixas etárias e é o exercício completo para o cérebro de estudantes de diferentes faixas etárias. Através de um conjunto estruturado de exercícios mentais projetados para criar redes neurais mais fortes e capacidades específicas no cérebro, a prática melhora as funções cerebrais, já que, exercitando repetidamente, uma rede específica de conexões neurais há um reforço das conexões já existentes e construção de novas redes”, detalhou Livia Ciacci, neurocientista do SUPERA – Ginástica para o cérebro.


Como será o trabalho no cenário de retomada? Nespresso Professional apresenta pesquisa com tendências e previsões pós-pandemia

 Levantamento realizado pela pioneira em cafés de alta qualidade sustentável revela seis diferentes insights sobre o trabalho do futuro

 

Nespresso Professional, segmento da companhia responsável por soluções para escritórios, hotéis, restaurantes e cafeterias, apresenta a “Pesquisa Nespresso Professional: O Futuro do Ambiente de Trabalho no Cenário Pós Pandemia” que busca compreender as tendências sobre o futuro do ambiente de trabalho neste momento de volta para os escritórios. Desenvolvido em parceria com os institutos de pesquisa Nestlé C.Lab, Ginger Strategic Research e Innova.La, o estudo tem o propósito de fomentar diálogos por meio de conteúdo de relevância para o mercado brasileiro, principalmente com o cenário de retomada. 

“O estudo de Nespresso Professional surgiu como uma consequência da série de questionamentos que temos visto sobre o futuro do trabalho, devido ao movimento de volta aos escritórios. Tal inquietude nos motivou a aterrissar essas dúvidas em algo tangível, como uma pesquisa, que pode nos guiar e inspirar durante o processo de retomada das atividades presenciais”, afirma Ignacio Marini, BEO da Nespresso Brasil.

A pesquisa analisa diversas esferas, como os novos modelos de trabalho, os escritórios e espaços, interação entre colaboradores e líderes, além de aspectos como produtividade, saúde mental e bem-estar, a partir de seis principais insights sobre o tema:


O BRASILEIRO É SOCIÁVEL, E O ESCRITÓRIO PROMOVE ESSA COMUNICABILIDADE
 

No cenário pós-pandemia, as empresas precisarão adaptar seus escritórios pensando em ressignificar as relações entre os colaboradores. As perdas trazidas pela pandemia são claras, se antes o espaço de trabalho trazia uma sensação de coletivo e contato próximo, agora o funcionário se sente distante e sozinho. Porém, o trabalho em casa também trouxe uma maior flexibilidade e mais tempo para ficar com a família.

Na pesquisa de Nespresso Professional, alguns dos problemas citados foram:

  • Diminuição de oportunidades de convivência com a equipe (72%)
  • Dificuldade de comunicação (31%)
  • Relacionamento mais impessoal (13%) 

Isso mostra que, nessa retomada híbrida, que intercala o modelo presencial e remoto, os funcionários buscarão mais oportunidades de descontração e conversa com os colegas quando estiverem presencialmente no escritório, deixando as tarefas individuais para os dias que estiverem trabalhando de casa.

 

DESENCONTRO ENTRE VISÃO DOS GESTORES E COLABORADORES 

Se por um lado os gestores acreditam que o home office pode melhorar o bem-estar dos colaboradores e permitir o equilíbrio entre vida profissional e pessoal, a pandemia intensificou problemas relacionados à saúde mental. A maioria dos gestores sabe que é um tema que precisa ser discutido, mas será que estão ouvindo seus colaboradores e investindo em ações que realmente farão a diferença?

De modo geral, percebe-se uma unicidade na opinião dos gestores entrevistados. Porém, o paradoxo está relacionado às divergências encontradas na comparação entre essas respostas e as dadas pelos colaboradores. Isto é, apesar da concordância entre líderes, fica claro como, de fato, a visão deles sobre os novos aspectos do trabalho é desconexa com a realidade vivida pelos funcionários.

  • Entre os gestores, 99% acreditam que há necessidade de investir em ações de bem-estar pensando no trabalho presencial;
  • Do outro lado, 47% dos funcionários consideram que a empresa na qual trabalham não tem investido em ações que contribuem com a saúde mental dos colaboradores, 43% afirmam que as ações são superficiais e 62% afirmam que são mais teóricas e menos práticas;
  • 42% os funcionários afirmam que não se sentem tão à vontade para conversar abertamente com sua gestão sobre dificuldades que vem sentindo durante esse período.

 

O HOME OFFICE DA PANDEMIA NÃO REPRESENTA O IDEAL DE TRABALHO REMOTO 

As desvantagens ligadas ao trabalho remoto estão, na verdade, muito mais relacionadas às circunstâncias da pandemia, e não podemos tomar a experiência de home office dos últimos meses como um modelo de como é, ou deveria ser, o ideal.

Algumas das vantagens do home office citadas pelos colaboradores são:

  • Não pegar trânsito no deslocamento (66%);
  • Poder passar mais tempo com a família (58%);
  • Ter horários mais flexíveis (38%). 

Porém, enquanto a obrigação do home office quebrou o mito do receio da falta de produtividade ao deixar funcionários em suas casas, outros problemas vieram à tona nas discussões sobre o trabalho.

  • 42% dos entrevistados reclamam da falta de interação com os colegas;
  • 31% da dificuldade de comunicação;
  • 29% sentem dificuldade de conciliar as agendas. 

O fato é que o que vivemos hoje não é o trabalho remoto. Tendo em vista as consequências -- físicas e psicológicas -- do distanciamento social, pode-se perceber que as maiores desvantagens relacionadas ao trabalho remoto dizem mais respeito às situações impostas pela pandemia. Ou seja, uma boa parte das desvantagens citadas, como a falta de interação, serão solucionadas organicamente com o fim da pandemia.

O modelo híbrido tem sido a principal aposta para este momento, por trazer versatilidade e flexibilidade em tempos incertos. Das empresas entrevistadas,

  • 73% adotaram um único modelo durante a pandemia;
  • 27% alternaram entre os sistemas.


SAÚDE MENTAL E BEM-ESTAR NÃO SÃO A MESMA COISA
 

Enquanto as empresas já entenderam a importância do investimento em iniciativas relacionadas ao bem-estar dos seus colaboradores, os mesmos seguem com a saúde mental prejudicada. Até 2030, a OMS projeta que a depressão será a principal causa de invalidez, ultrapassando problemas como doenças cardíacas e neurovasculares. Por isso, é essencial pensar no melhor modelo visando a saúde mental e bem-estar do colaborador, mesmo após a pandemia.

Apesar das queixas sobre o aumento da carga de trabalho com o isolamento social e dificuldade em manter a motivação, alguns benefícios são incontestáveis desse novo modelo.

  • 64% dos respondentes da pesquisa aproveitam esse tempo para ficar com a família;
  • 52% para praticar atividades físicas;
  • 46% economizam de 1 a 2h por dia de deslocamento. 

As empresas passaram a olhar mais para o colaborador e oferecer auxílio nesse momento para resolver esses problemas. “Na Nespresso, fizemos uma pesquisa interna com nossos colaboradores e quase 80% deles pediram mais ações voltadas a saúde mental. Com isso, passamos a promover rodas de conversa com uma consultoria externa especializada com psicólogos, além de palestras voltadas a esse pilar”, comenta Bianca Carmignani, Head de Recursos Humanos da Nespresso no Brasil.

 

NOVAS PERSPECTIVAS DE TEMPO E ESPAÇO 

O limite entre pessoal e profissional ficou tênue com a pandemia e as más práticas passaram a ser normalizadas. A dificuldade nessa separação impacta em longas jornadas de trabalho e menos momentos de respiro, e a busca por produtividade elevou os níveis de cobrança.

Alguns motivos que levam os trabalhadores a quererem trabalhar do escritório tem a ver com o espaço e infraestrutura. Segundo a pesquisa de Nespresso Professional, algumas das desvantagens relacionadas ao trabalho remoto foram:

  • Menos networking (16%)
  • Falta de estrutura em casa (13%)
  • Menos eventos da empresa (11%) 

Mas, será que as pessoas não podem alcançar esses objetivos no modelo híbrido?

A urgência da imposição do trabalho remoto não permitiu que as empresas se reorganizassem com calma, pensando em possibilidade condições agradáveis de trabalho. Acreditava-se que o trabalho remoto deixaria o dia mais tranquilo, no entanto, as atividades do trabalho se acumulam com as domésticas, principalmente no caso das mães.

 

MODELO HÍBRIDO NÃO É APENAS OFERECER DUAS OPÇÕES DE LOCALIDADE 

O trabalho não pode mais ser visto como uma questão de ser presencial ou remoto, e os novos modelos híbridos estão exigindo que os líderes gerenciem diferenças e complexidades. Com os recursos certos, as pessoas podem ser produtivas e saudáveis de qualquer lugar.

O modelo exclusivamente online parece ser opção apenas no cenário de intensa epidemia ou casos pontuais, enquanto o modelo totalmente presencial já começa a ser visto como ultrapassado. A conclusão é que o modelo híbrido, se bem estruturado pelas empresas, passará a oferecer uma boa estrutura de trabalho em casa e ferramentas de comunicação adequadas ao cenário.

A saída é a digitalização, tanto por parte da empresa, quanto dos colaboradores. A melhor maneira de se adaptar às novas tendências é revolucionar a cultura organizacional e implementar a tecnologia em termos de processos, eficiência, produtividade e simplicidade.

Além disso, segundo pesquisa de Nespresso Professional, algumas habilidades que serão primordiais no modelo híbrido, na visão dos colaboradores, são:

  • Proatividade (63%)
  • Flexibilidade (53%)
  • Espírito colaborativo (49%)

 

A pesquisa na íntegra está disponível nets link.

 

Produtividade no trabalho: 3 práticas para implementar agora

Uma das perguntas mais frequentes que recebo lá no meu perfil no Instagram (@lidecomkarolina) é “Karol, como ser mais produtiva”? E eu adoraria ter uma dica direta para ajudar todo mundo da mesma forma, mas a verdade é que a produtividade não é uma ciência exata.

Depende de muita coisa, inclusive do estilo de vida que cada um leva. Se você come mal, dorme mal e é sedentária, você não será produtiva. Essa é a parte subjetiva da produtividade e, muitas vezes, ela tem um peso maior do que imaginamos. 

Produtividade não é fazer coisas demais. É dizer não para algumas coisas e fazer com intenção e foco aquilo para o que dizemos sim.

Ainda assim, existe a produtividade objetiva, e para ela é possível compartilhar algumas orientações e técnicas que podem ajudar na melhora do planejamento e organização dos processos, passos que antecedem a produtividade em si. 

Por isso, com esse texto quero te apresentar três práticas simples que eu uso há muitos anos e que podem ajudar a otimizar sua produtividade, seja você empreendedora, gestora ou colaboradora de uma empresa. É claro que todos esses ajustes vão demandar dedicação, tempo e persistência. Mas depois de implementados, e reajustados de acordo com cada realidade, fica muito mais fácil manter o processo funcionando com menor esforço.

 

1-  Entenda seu volume de trabalho, de onde chegam as demandas e quais são os tipos de atividades dentro da sua rotina 

O primeiro passo, como sempre digo nas minhas consultorias, é refletir e observar. Para entender o seu volume de trabalho, pegue um papel (sim, precisa ser no papel porque seu cérebro não vai ficar guardando essas informações), coloque os dias da semana e avalie quais são os dias mais corridos, quais são as atividades com horários ou dias definidos, quais são os dias mais “tranquilos” nos quais você pode trabalhar mais focada, quais são os tipos de atividades que você desempenha, quais são os dias que você precisa se dedicar à reuniões ou sair do escritório etc. 

Depois de fazer esse mapeamento, tente encontrar maneiras de combinar atividades que exigem um nível parecido de concentração ou agrupar demandas em dias específicos. Por exemplo, ficar alternando entre um relatório e responder e-mails vai mudar seu nível de concentração e tornar as duas tarefas muito mais difíceis de serem finalizadas (ou serão feitas com menos qualidade). Por isso, defina categorias de tarefas e não fique fazendo várias coisas ao mesmo tempo. Isso vai te ajudar a melhorar a qualidade do foco e terminar logo o que começou.

 

2-  Deixe de lado a comunicação “amadora” e aprenda a se comunicar de maneira clara em qualquer situação para otimizar tempo 

Se comunicar de maneira “capenga” é uma das maiores vilãs de tempo e produtividade. Alguém entra em contato pedindo alguma tarefa ou informação sobre seu serviço ou produto (caso você seja uma empreendedora) e durante o resto do dia você fica envolvido respondendo e enviando perguntas para conseguir, lá no fim do dia, finalizar uma tarefa ou um atendimento. Essa cena acontece com você? 

Quando você não tem uma comunicação clara, você perde tempo e desperdiça o tempo dos outros. Com uma comunicação clara, você consegue otimizar seus pedidos ou suas respostas. Por exemplo: precisa de alguma contribuição ou informação de um colega? Diga para ele o que precisa, qual é o objetivo, como precisa ser feito, qual o prazo e quais as informações cruciais para o projeto e antecipe possíveis dúvidas. Tudo de uma vez, em um só e-mail ou mensagem de WhatsApp mesmo. Quando ele for te responder terá todas as informações que precisa e, caso tenha alguma dúvida, será mais simples de resolver. Claro, jamais se esqueça de ser educada e gentil no pedido.

 

3-  Faça sua gestão de tempo sabendo o seu volume de trabalho (passo 1), quais são os prazos (passo 2) e só então defina o melhor momento para fazer isso 

Seguindo as duas primeiras dicas, gerir o seu tempo vai ficar mais fácil e você vai conseguir também descobrir qual o melhor momento para lidar com cada tipo de atividade dentro da sua semana. Exemplo: se a partir de quarta-feira você tem muitas reuniões ou tarefas mais demoradas, é preciso se organizar para finalizar o que depende só de você na segunda e na terça. Inclusive, se essas reuniões exigem preparo e informações que estão com outras pessoas, o ideal é já ter dados e argumentos organizados desde a semana anterior para apenas revisá-los no início da semana.

 

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Futuro da educação: democratização da tecnologia e novos formatos desafiam volta às aulas na pandemia

 

Pandemia apresentou e acelerou ensino híbrido em instituições de ensino do país
Créditos: Unsplash
Ensino híbrido e crescente customização da aprendizagem apontam para principais tendências da educação em 2022



Cinco horas ou mais na escola todo dia, grade curricular engessada, provas em papel, apostilas, lousa e carteiras enfileiradas. Esse modelo de educação até funciona, mas não é de hoje que vem sendo questionado. Com a pandemia, as inovações no âmbito educacional tiveram que ser implantadas de modo acelerado e a tecnologia passou a ser indispensável, impondo muitos desafios para profissionais da educação e estudantes. Mesmo assim, a continuidade do ensino híbrido e a crescente customização da aprendizagem apontam para algumas das principais tendências para o futuro do ensino. Desenvolver habilidades cognitivas mais complexas, colocar o aluno como protagonista e democratizar a tecnologia são algumas das expectativas da educação para o ano de 2022.

A pandemia apresentou e acelerou o ensino híbrido em todas as instituições de ensino do país. E, quando alunos e professores puderam retornar às salas de aula, o uso da tecnologia tem sido revolucionário, especialmente porque tornou o ensino mais personalizado, flexível, motivador e, também, mais inclusivo. Uma pesquisa da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), publicada em agosto de 2021, apontou que 55% dos alunos preferiam a volta das aulas de forma híbrida. São estudantes que viram no estudo remoto uma alternativa durante a pandemia e fizeram com que a busca por cursos nessa modalidade aumentasse 50% no Brasil. Tendência constatada pelo Censo da Educação à Distância, feito pela Associação Brasileira de Educação à Distância (ABED) e publicado em junho de 2021. 

Além de escolas e universidades, a educação digital foi procurada por profissionais de várias áreas e ganhou importância com iniciativas de capacitação. Como o projeto Trilha Digital que, ao longo de 2021, alcançou 22 mil pessoas com palestras sobre carreira, tecnologia e sustentabilidade. O projeto vem se expandindo desde 2020, com a necessidade da adaptação das aulas para o modelo EAD, chegando a um número maior de pessoas que buscam atualização profissional. Realizada desde 2019, a iniciativa é do Instituto das Cidades Inteligentes (ICI), em parceria com a Associação dos Deficientes Físicos do Paraná (ADFP). 

A educação do futuro não depende de dispositivos sofisticados, projetos caros ou sala de aula completamente virtual. Mas o uso de ferramentas tecnológicas que contribuam para a convergência entre o físico e o digital é fundamental para garantir o bom aproveitamento das aulas daqui em diante. É o que mostra o Relatório Tendências para a Educação 2022, elaborado pela Layers Education, com apoio do Educbank. "A tecnologia ajuda muito, não como fim em si mesma, mas como ferramenta para estimular investigação, colaboração e produção de conhecimentos, e ainda, para engajar e motivar o aprendizado, não só dentro da escola, mas também para exercer a cidadania", afirma o diretor de Sistemas e Inovação do ICI, Mauricio Pimentel.

Inclusão digital na educação

Mas o que deveria ser apenas solução, também se tornou obstáculo para estudantes brasileiros nos momentos mais críticos da pandemia. As dificuldades de acesso à internet e, até mesmo, a falta de recursos aparecem como as maiores barreiras para as aulas remotas, segundo pesquisa da startup de educação Descomplica e do Instituto Locomotiva. O levantamento divulgado em outubro de 2021 mostra que 80% das famílias relataram problemas de infraestrutura, outros 54% esbarraram em barreiras socioemocionais e 16% enfrentaram questões de letramento digital. A falta de acesso à tecnologia na pandemia provocou a evasão escolar. Apenas em 2020, o número de crianças e adolescentes fora das escolas no Brasil subiu de 1,1 milhão em 2019 para mais de 5 milhões, segundo estudo realizado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Nesse cenário, é cada vez mais importante pensar em formas de transpor barreiras e diminuir a desigualdade. Levantamento feito com 27 mil escolas públicas brasileiras apontou que apenas 5.425 delas têm a velocidade de internet adequada. O estudo foi feito pela Fundação Lemann, que usou dados do Censo Escolar 2020 e um medidor de velocidade, o Simet. "É preciso ver a inclusão digital como prioridade nas cidades inteligentes. A verdadeira disrupção é quando conseguimos democratizar uma tecnologia que até então era centralizada. Antes de pensar se o aluno vai ficar em casa ou na escola, ou em ambos, é necessário pensar na rede de apoio. Dar acesso a tecnologias é fundamental para colocar os estudantes no caminho das oportunidades e, inclusive, preparar os jovens para um mercado de trabalho que sequer existe ainda", declara Pimentel.

 

ICI – Instituto das Cidades Inteligentes

 www.ici.curitiba.org.br

 

 

O Centro de São Paulo volta a sonhar grande


Construções icônicas, como o Pateo do Collegio, além de encantar turistas, também inspiram novos negócios. Ações simples de melhoria já geram impacto significativo de estímulo ao turismo

 

Circular pela região da Sé, em São Paulo, possibilita a qualquer pessoa um olhar certeiro sobre os problemas que a cidade enfrenta. Moradores de rua, imóveis abandonados e calçadas esburacadas fazem parte desse cenário.

Ao mesmo tempo, construções icônicas, como a Catedral da Sé e o Solar da Marquesa, e todo o patrimônio histórico e cultural do Centro de São Paulo, além de encantar turistas, também inspiram novos negócios e ações do poder público.

Nos últimos anos, os planos para a defesa e preservação do entorno do Pateo do Collegio, chamado de triângulo histórico da capital, parecem evoluir. A reforma dos calçadões, prioridade do projeto Triângulo SP, aprovado na gestão do prefeito Bruno Covas (Lei 17.332/2020), e a reforma do Vale do Anhangabaú são exemplos disso. Ações simples, mas que já geram impacto significativo de estímulo ao turismo no centro.

Um dos pontos mais visitados da capital é o Pateo do Collegio, onde a cidade de São Paulo foi fundada, em 25 de janeiro de 1554, com os padres jesuítas Manoel da Nóbrega e o jovem José de Anchieta, em missão de catequização do povo indígena.

No local, a construção de uma igreja e um colégio marcaram a fundação da cidade. Hoje, o lugar é destaque no centro histórico da capital pela própria igreja e o prédio do colégio. Há também no espaço um museu de peças de arte sacra e o Museu Anchieta, com detalhes da vida do padre José de Anchieta, além da Biblioteca Padre Antonio Vieira, onde pesquisadores e estudiosos têm acesso a documentos sobre a História do Brasil e da Companhia de Jesus.

Em 2015, o espaço foi reconhecido e tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (CONPRESP) e mantém o protagonismo em qualquer roteiro a pé feito por São Paulo.

Com a população cada vez mais em busca de programas ao ar livre, a ocupação do espaço público contribui para sua revitalização, em especial de áreas como o centro. Há ainda o aumento no volume de debates sobre as decisões que afetam cada um desses lugares e o interesse pela região é crescente.

Atenta a tudo o que acontece na região, a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) foi parceira da Prefeitura de São Paulo em uma das obras de melhoria da região: o Núcleo de Convivência para Adultos em Situação de Rua, na rua Doutor Rodrigo Silva, 98, na Liberdade - a poucos metros do Pateo do Collegio.

O local, com espaço para refeitório, banheiros e lavanderia, foi custeado pela ACSP e é utilizado pela Prefeitura de São Paulo para acolher pessoas em situação de vulnerabilidade social. O imóvel integra o Projeto Acolher, voltado para atender pessoas que moram na rua dando a elas tratamento médico, psicossocial e acolhimento adequado para sua ressocialização.

O espaço pode ser utilizado pela população de rua para alimentações, além de contar com espaço para banho, higiene, lavagem de roupas e assistência social.

Embora já esteja atendendo, o Núcleo de Convivência está recebendo acabamento para a inauguração oficial, prevista ainda para janeiro. Como incentivo ao projeto, a ACSP auxiliou a Prefeitura de São Paulo na montagem dos móveis e na utilização de recursos na infraestrutura.

Carlos Bezerra, secretário municipal de assistência e desenvolvimento social de São Paulo, aponta que uma atuação participativa entre sociedade, entidades e o poder público possibilita resultados mais céleres para a cidade como um todo.

Após a inauguração do novo centro de acolhimento, prevista ainda para este mês, o local servirá 200 refeições diárias para moradores de rua, segundo Bezerra. "Sou a favor de uma atuação participativa e responsável da sociedade civil, e acho que a ACSP é uma grande inspiração para outras entidades", diz.

Sobre a atuação na região central, o secretário diz que desde março de 2020 - início da pandemia - sua secretaria criou 2,5 mil vagas emergenciais em diferentes formatos para recebimento de pessoas com covid.

Além disso, foram disponibilizadas mais de 1,6 mil vagas de credenciamento em hotéis na região central. Para os Núcleos de Convivência da Sé, Prates, Porto Seguro, Luz e Bela Vista - todo no Centro - foram acrescidas em caráter emergencial mais de 1,7 mil vagas.

Para o padre jesuíta Carlos Alberto Contieri, responsável pelo Pateo do Collegio, a realidade da população em situação de rua precisa ser analisada num contexto global. Além do empobrecimento paulatino da sociedade, aumento do desemprego, o alto custo de vida, há quem esteja em situação de abandono por razões psíquicas como modo de fuga e ainda outra parcela da população mais jovem que fez da rua seu estilo de vida.

"Algumas questões são mais amplas e não estão nas nossas mãos resolver, mas sou positivo sobre a reversão dessa realidade. E isso certamente depende de políticas públicas adequadas".

Ações como a do projeto Acolher, na opinião do padre, abrem caminhos para a valorização e resgate de dignidade da população e isso reflete prontamente na paisagem e recuperação do centro.

Em uma situação dramática, a Praça da Sé tem sido apontada pelos turistas, especialmente estrangeiros, como um espaço abandonado, segundo o padre Contieri, que vê relação direta entre os programas de acolhimento, a redução no número de pessoas em situação de abandono e o fortalecimento turístico da região.

 

35 MIL PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA EM SP

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, declarou recentemente que a pandemia fez crescer muito o número de pessoa em situação de rua. “Estamos fazendo muitas ações para reverter esse quadro, promovendo um atendimento humanizados a essas pessoas. Posso citar a antecipação do censo de moradores, vamos relançar o programa Reencontro e já estamos dialogando para construir dezenas de moradias pré-moldadas em área no Centro”, disse o prefeito.

No último censo, feito em 2019, a cidade possuía 24 mil pessoas em situação de rua. Hoje, o número é bem maior devido às crises na saúde e na economia, com o desemprego em alta. Estima-se que o novo estudo revele uma população de rua próxima a 35 mil pessoas. 

Hoje, são 25 mil vagas nos abrigos públicos com mais de 2,5 mil atendimentos nos Consultórios de Rua, segundo o prefeito.

"É muito importante incentivarmos e apoiarmos a prefeitura no âmbito deste problema social que estamos passando. Eles precisam ter um local para se alimentar de forma digna e iniciar o processo de recuperação da autoestima, tão abalada pela crise em que vivemos. A Associação Comercial dá e dará todo o apoio possível nesse sentido", diz Alfredo Cotait, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

 


Mariana Missiaggia 

Repórter mserrain@dcomercio.com.br 

Fonte: dcomercio.com.br/categoria/brasil/o-centro-de-sao-paulo-volta-a-sonhar-grande


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