Pesquisar no Blog

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

ANVISA aprova um novo tratamento para tipo resistente de câncer de pulmão

Baseado em terapia-alvo, amivantamabe é um anticorpo biespecífico inovador que traz nova abordagem terapêutica para médicos que tratam de pacientes com tipo grave e raro de câncer de pulmão


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) acaba de aprovar o novo medicamento amivantamabe, desenvolvido pela farmacêutica Janssen e sob a marca comercial RYBREVANT®, indicado para o tratamento de adultos com câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC) localmente avançado ou metastático com mutações de inserção do éxon 20 do gene receptor de fator de crescimento epidérmico (EGFR), quando há progressão da doença durante ou após quimioterapia à base de platina. Amivantamabe é o primeiro anticorpo totalmente humanizado, bi-específico aprovado para o tratamento de pacientes com CPNPC e este tipo de mutação, que representa a terceira mais prevalente.1, 2

"Os avanços no entendimento de tumores geneticamente definidos têm permitido o desenvolvimento de terapias-alvo que podem oferecer melhores resultados para os pacientes. A aprovação de amivantamabe no Brasil aborda uma importante necessidade não atendida neste tipo severo e raro de câncer de pulmão de não pequenas células", declara Fabio Lawson, diretor médico da Janssen no Brasil. "Esta aprovação reforça nosso compromisso em buscar continuamente por inovações para o avanço do tratamento do câncer, incluindo medicamentos orientados para vias específicas, que hoje já contam com validação por meio de testes genéticos."

Amivantamabe é a primeira terapia da classe de anticorpos biespecíficos2,3,4,5, ou seja, atua no bloqueio de duas vias de crescimento do tumor - neste caso, EGFR e MET (mecanismo de resistência do câncer de pulmão com mutação do EGFR) - ao mesmo tempo em que ativa as células do sistema imunológico do paciente e induz a degradação dos receptores responsáveis pelo crescimento do câncer. As drogas-alvo até então disponíveis, como os inibidores de tirosina quinase (TKI) de EGFR, geralmente são pouco eficazes no tratamento de CPNPC causado por mutações de inserção no éxon 20 do EGFR. Estas alterações equivalem de 4% a 10% de todas as mutações do EGFR no câncer de pulmão de não pequenas células, no entanto, geralmente não são detectadas com frequência - o que reforça a importância da escolha da metodologia mais adequada para identificar corretamente as mutações do EGFR. "Os testes de sequenciamento genético de última geração (em inglês NGS - next generation sequencing) são uma alternativa aos testes à base de reação em cadeia de polimerase (PCR) tradicionalmente realizados, que falham em identificar 50% ou mais das mutações de inserção de éxon 20", esclarece Lawson.

O câncer de pulmão é a principal causa de morte por câncer em homens e mulheres, somando quase 25% de todas as mortes. No Brasil, a doença causou 29.354 mortes em 2020 de acordo com os dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). No caso do câncer de pulmão de não pequenas células, o prognóstico costuma ser pior, com taxas de sobrevivência mais curtas em comparação às relacionadas a mutações do EGFR mais comuns, como inserções do éxon 19 ou substituições de L858R ,. Pacientes recém-diagnosticados com CPNPC metastático com mutações de inserção do éxon 20 do EGFR têm uma sobrevida global mediana de mundo real de 16,2 meses, (intervalo de confiança [IC] de 95%, 11,0 - 19,4), que é menor do que nos pacientes com deleções de éxon 19/mutações de L858R de EGFR, ao redor de 25,5 meses (IC de 95%, 24,5 - 27,0) A partir do tratamento com amivantamabe, em segunda linha, esta sobrevida pode ser aumentada em 8,9 meses, o que significa um ganho de 50%,,.

Câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC)

Em todo o mundo, o câncer de pulmão é um dos cânceres mais comuns, e CPNPC representa até 80% a 85% dos casos neste tipo de tumor., Os principais subtipos de CPNPC são adenocarcinoma, carcinoma de células escamosas e carcinoma de células grandes.19 Entre as mutações condutoras mais comuns no CPNPC estão as alterações no EGFR, que é um receptor tirosina quinase que apoia o crescimento e a divisão celular.8 As mutações do EGFR estão presentes em 10% a 15%8,11,,, das pessoas com CPNPC adenocarcinoma e ocorrem em 40% a 50% dos asiáticos., A taxa de sobrevivência de cinco anos para todas as pessoas com CPNPC metastático e mutações do EGFR tratadas com TKIs do EGFR é menor de 20%., As mutações de inserção de exon 20 do EGFR são a terceira mutação de ativação de EGFR mais prevalente.2 8% dos pacientes com mutações de inserção no éxon 20 do EGFR têm uma sobrevida global de cinco anos considerando dados de mundo real - o que é pior do que pacientes com deleções no éxon 19 do EGFR ou mutações L858R, em que 19% apresentam sobrevida global de cinco anos considerando taxas de vida real.9

Sobre o Estudo CHRYSALIS

CHRYSALIS é um estudo de Fase 1, aberto, multicêntrico, primeiro em humanos para avaliar a segurança, farmacocinética e eficácia preliminar de amivantamabe como monoterapia e em combinações incluindo lazertinibe*, um novo TKI de EGFR de terceira geração, em adultos com CPNPC avançado. Este é um estudo clínico aberto, de aumento de dose e expansão, que avalia a taxa de resposta global como o endpoint primário. Os resultados relatados são de pacientes tratados pós-platina na dose de fase 2 recomendada - 1400 mg administrada uma vez por semana pelas primeiras quatro semanas e, depois, uma vez a cada duas semanas a partir da semana cinco.

Entre as reações adversas observadas no estudo clínico, as mais comuns (≥20%) foram erupção cutânea (rash), reações relacionadas à infusão, paroníquia (inflamação da pele ao redor da unha), dor musculoesquelética, dispneia, náusea, fadiga, edema, estomatite, tosse, constipação e vômito - taxas de reduções ou interrupções de dose relacionadas ao tratamento foram consideradas baixas, 13% e 4% dos pacientes, respectivamente.

*Em 2018, A Janssen Biotech, Inc. celebrou um contrato de licença e colaboração com a Yuhan Corporation para o desenvolvimento de lazertinibe.

 

 

Janssen

 https://www.janssen.com/brasil/

Instagram , Facebook e LinkedIn

Carreiras J&J Brasil

Instagram , Facebook e LinkedIn  


Dia do idoso: atividade física na terceira idade demanda cuidados especiais

Especialista ressalta importância da prática, mas alerta que exercícios de intensidade muito elevada podem prejudicar


O envelhecimento da população brasileira já é uma realidade. Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que entre 2012 e 2019 houve um aumento de 29,5% de pessoas pertencentes a este grupo etário. Nesse contexto, encontrar formas de preservar a qualidade de vida dos idosos se torna cada vez mais uma prioridade, e a prática de atividades físicas exerce um papel importante nesse processo. No entanto, os especialistas alertam para os cuidados especiais exigidos por essa população.

Renata Cristina Magalhães é professora da disciplina Fisioterapia da Saúde do Idoso no Centro Universitário Newton Paiva . Na avaliação dela, deve haver um cuidado especial na escolha da atividade a ser realizada pelo idoso. "Como tratam-se de pessoas mais frágeis, existe um risco de que determinados exercícios atrapalhem em vez de ajudar. O ideal é que se busque atividades de intensidade leve e moderada, tais como pilates, dança, hidroginástica e caminhada. Atividades de fortalecimento como a musculação também são recomendadas, desde que sejam supervisionadas", orienta.

A especialista ressalta ainda a importância do acompanhamento de um profissional da saúde para pessoas dessa faixa etária. É a partir dele que devem ser identificadas as demandas e fragilidades específicas. No entanto, ela explica que, mesmo no caso do envelhecimento saudável - ou seja, ausência de comorbidades - existe uma perda natural das capacidades cardíacas e respiratórias, podendo resultar em limitações.

Segundo Renata, um dos pontos mais importantes a respeito da prática de atividades físicas por idosos é a instrução adequada. "Além das chances de não obter os resultados desejados, fazer exercícios sem o devido acompanhamento pode aumentar o risco de lesões. É importante contar sempre com a presença de um educador físico ou, em casos de limitações pré-existentes, um fisioterapeuta, que possui conhecimento sobre as patologias mais comuns entre esse público", afirma a professora da Newton Paiva.


Aumento da qualidade de vida

A atividade física é recomendada pelos profissionais de saúde em todas as fases da vida, mas na terceira idade ela adquire um papel fundamental. "Com o envelhecimento há um declínio funcional. A pessoa perde massa muscular, condicionamento e capacidade respiratória. O exercício é uma alternativa para compensar essas perdas e manter o idoso ativo e saudável pelo maior tempo possível", analisa Renata.

A professora chama atenção ainda para o fato de que quem possui o hábito de se movimentar obtém melhoras na qualidade de vida e na saúde mental, principalmente em atividades em grupo que permitem a socialização. Além disso, os exercícios ajudam na manutenção da força e do equilíbrio, tornando-se aliados importantes na prevenção de quedas.

 


Centro Universitário Newton Paiva

https://www.newtonpaiva.br


Doenças do coração avançam entre os brasileiros

Cardiologista da Alliar informa que estilo de vida saudável e check-ups regulares tendem a reduzir em 80% dos óbitos por doenças cardiológicas

 

No Brasil, cerca de 14 milhões de brasileiros têm alguma doença cardiovascular e, pelo menos, 400 mil morrem por ano em decorrência dessas enfermidades, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). O número de óbitos corresponde a 30% de todas as mortes no país, estatística que pode estar sendo agravada pela pandemia da Covid-19, maus hábitos e a falta de check-ups regulares.

Conforme a Dra. Kitty Nobre, cardiologista do Grupo Alliar, as patologias mais comuns no coração são as decorrentes da aterosclerose, que é o depósito de gordura com formação de placas nas artérias, arritmias cardíacas, valvulopatias, que afetam as válvulas do órgão, hipertensão arterial e as doenças cardiológicas congênitas, como causas comuns de doenças cardíacas.

Entre os sintomas mais comuns em pessoas acometidas por alguma doença cardíaca estão: cansaço, palpitações, dor no peito, inchaço, desmaio e outros, mas os sinais também podem ser silenciosos no começo, atrasando o diagnóstico. O estilo de vida saudável, com boa alimentação, controle do peso, prática de atividade física com regularidade, não fumar e ter consumo moderado de álcool, além de avaliações médicas e exames laboratoriais de rotina, tendem a reduzir em 80% desses óbitos.

Os idosos, hipertensos, diabéticos, dislipidemicos - com colesterol e triglicérides altos -, tabagistas e pessoas que têm histórico familiar importante de cardiopatia são os principais grupos de risco para desenvolver doença cardíaca. Além deles, um estudo feito a partir dos dados da plataforma on-line Estatísticas Cardiovascular Brasil: 2020, da SBC, mostrou que a predominância dessas enfermidades está crescendo nas mulheres entre 15 e 49 anos e que vem aumentando as mortes por doenças isquêmicas, como o infarto do miocárdio, nas mais jovens.

As doenças cardíacas estão entre as mais prevalentes na população. A prevenção e diagnóstico precoces são fundamentais para evitar ou amenizar estes problemas de saúde. "As pessoas não precisam ter medo de ir aos laboratórios, pois os pacientes serão orientados, seguindo à risca as normas estabelecidas pelos órgãos competentes, como distanciamento social, uso de máscara e álcool gel. Além disso, as clínicas da Alliar seguem orientações dos órgãos de saúde na limpeza e esterilização de materiais e equipamentos", finaliza a médica.


Setembro Amarelo - Profissionais da saúde contam com apoio emocional e psicossocial gratuito

 36% dos profissionais da área da saúde, que atuam na linha de frente da Covid-19, possuem pelo menos um indicador de problemas de saúde mental¹

 

Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, organiza o Setembro Amarelo com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância dos cuidados com a saúde mental e prevenção ao suicídio. Em consonância com esse movimento e, a fim de ajudar profissionais da saúde com os desafios enfrentados durante a pandemia da Covid-19, em 2020, a Johnson & Johnson Medical Devices Brasil e a Johnson & Johnson Foundation oferecem a estes profissionais o programa Cuidando de Quem Cuida de Nós. 

Juntamente com as startups Moodar e Vitalk, o projeto disponibiliza suporte emocional e psicossocial a estes profissionais da rede pública e privada, em todas as regiões do país. Por meio de aplicativos digitais, estão disponíveis mais de 5 mil sessões de terapia online gratuitas e interações ilimitadas com a plataforma Viki que faz uso de inteligência artificial para proporcionar aos pacientes informações e orientações relacionadas a saúde mental. 

“A Covid-19 trouxe desafios mesmo para aqueles profissionais preparados para atuar em situações emergenciais e com alto nível de estresse. Por isso, o Cuidando de Quem Cuida de Nós, programa que faz parte de diversas estratégias de impacto global comunitário que temos na Johnson & Johnson, tem um conteúdo adaptado para dialogar com as angústias e dilemas vivenciados atualmente pelos profissionais”, afirma Regiane Soccol, líder de Global Community Impact na Johnson & Johnson para América Latina. 

De acordo com pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP¹, 36% dos profissionais da área da saúde, que atuam na linha de frente da Covid-19, possuem pelo menos um indicador de problemas de saúde mental.

Um outro estudo, esse realizado pelo Núcleo de Estudos da Burocracia da Fundação Getúlio Vargas (FGV)², que ouviu 1.829 profissionais entre médicos, enfermeiros, agentes de saúde comunitária e fisioterapeutas, diz que 80% dos profissionais que estão atuando na linha de frente da Covid-19 tiveram algum problema de saúde mental ao longo do último ano, 87% sentem medo, 67% sofrem com ansiedade, 58% dizem estar cansados e 50% sentem muita tristeza. Entre os ouvidos, apenas 19% tiveram suporte de saúde mental.

“Nós oferecemos tecnologia de ponta para que os profissionais de saúde realizem o melhor trabalho possível no cuidado ao paciente, mas também temos como missão apoiá-los de maneira integral em toda a sua jornada profissional”, afirma Gustavo Galá, presidente da Johnson & Johnson Medical Devices no Brasil. “O Setembro Amarelo nos traz uma oportunidade de relembrar a importância de uma atenção urgente que precisamos direcionar à saúde mental desses profissionais”, completa.

O formato do Cuidando de Quem Cuida de Nós foi pensado para se encaixar na rotina atribulada dos profissionais da saúde, uma vez que o atendimento de maneira online permite mais flexibilidade no acesso. Para mais informações, acesse https://www.jnjmedicaldevices.com/pt-br/cuidando-de-quem-cuida-de-nos

 

 

Moodar - é uma plataforma digital de sessões de terapia online, que conta com uma equipe de psicólogos para fazer os atendimentos. Além de consultas online, o profissional da saúde terá acompanhamento contínuo, via chats ilimitados e exercícios comportamentais entre uma sessão e outra.

 

Vitalk - plataforma disponível à toda a rede de profissionais da saúde do Brasil, de forma gratuita e ilimitada. Trata-se de uma aplicação que faz uso de inteligência artificial para simular conversas, trazendo-lhe informações e conteúdo para problemas de saúde emocional como depressão, estresse e ansiedade. Além de um check-up de seu estado de saúde, o profissional receberá dicas para lidar melhor com situações de stress e pressões do dia a dia, além de exercícios de autocuidado e em casos mais graves, o paciente será orientado a buscar uma ajuda de um profissional especializado.

 

 

Johnson & Johnson Medical Devices Companies

 

1-Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP.

2-Núcleo de Estudos da Burocracia da Fundação Getúlio Vargas (FGV).


Outubro Rosa e Setembro Amarelo: a atenção à saúde mental de mulheres que enfrentam a jornada do câncer de mama

Paciente diagnosticada com a doença antes dos 40 anos se apegou à fé e à rotina para se manter forte durante o tratamento


Elaine Ribeiro tinha 34 anos quando recebeu por e-mail o diagnóstico de câncer de mama. A mamografia foi realizada por insistência de Elaine, pois o médico que a atendeu em consulta de rotina havia minimizado as chances do diagnóstico positivo, em razão de sua pouca idade.  A incidência do câncer de mama tende a crescer progressivamente a partir dos 40 anos.

De acordo com o oncologista e coordenador do Centro de Oncologia da Dasa em Brasília, Fernando Vidigal, especialistas têm notado um aumento da incidência de câncer de mama em mulheres com idade entre 30 e 35 anos. “O tipo de câncer que acometeu Elaine, o tipo her2+, era uma doença de prognóstico muito ruim e de difícil tratamento. Entretanto, nos últimos anos os tratamentos direcionados a este tipo específico de Câncer de Mama avançaram consideravelmente, revertendo o prognóstico”, explica o médico.

Hoje enfermeira, à época Elaine cursava o segundo semestre da graduação e havia passado por um processo de divórcio. Ela conta que só insistiu no exame porque estava cercada por campanhas do Outubro Rosa, ainda assim, a notícia foi um choque. “O diagnóstico veio como uma sentença de morte. Meu filho tinha 9 anos e eu só sabia pedir a Deus que não me levasse, porque eu sabia como ele ficaria sem mim. Naquele momento quem me acalmou e tranquilizou foi a médica que solicitou os exames. Ela explicou o que precisava ser feito e que, por mais agressiva que a doença fosse, havia sido diagnosticada precocemente, então as chances de recuperação eram maiores”, conta.

Após realizar a cirurgia para remover parte da mama esquerda e o equivalente simétrico da mama direita, Elaine iniciou a quimioterapia em fevereiro de 2016 e optou por dar continuidade à formação enquanto realizava o tratamento. “Continuei porque, para mim, naquele momento, se eu parasse, morreria. Precisava manter uma rotina o mais normal possível. A faculdade e os professores foram incrivelmente compreensivos. Sempre fui orientada a não ir além da minha capacidade.  Houve dias em que fui fazer prova sofrendo os efeitos colaterais da quimio. Ainda assim, pude contar com o apoio de muita gente ao meu redor”, explica.

Durante essa fase do tratamento, Elaine e o filho passaram a fazer acompanhamento com psicólogo. Após pouco mais de 1 ano de sessões, ela recebeu alta da terapia. “A psicóloga estava surpresa. Não vivenciei dificuldades mentais profundas depois de entender que aquele diagnóstico não era uma sentença de morte. Mas meu maior problema nesse período foram os efeitos colaterais do tratamento. O que me fez sofrer foram os sinais físicos, que nunca diminuíam, só surgiam novos a cada semana, me fazendo ir atrás de especialistas para cuidar de cada efeito colateral”, relata ela.

Para a enfermeira, sua fé e os profissionais pelo caminho foram essenciais para manter a esperança. “A fé me fez ir em frente. Acreditar que tudo aquilo tinha um propósito e que eu precisava aprender alguma coisa com aquele problema para sair logo dele, me fazia continuar. Eu só posso agradecer o tratamento humanizado vindo de todos os profissionais por quem passei. Ter informações claras sobre cada etapa do tratamento também me deixou mais tranquila apesar de tudo”, relata ela.

Elaine ainda não recebeu alta. Neste momento o tratamento segue com comprimidos orais e sob a supervisão da equipe de oncologia do Hospital Brasília. “Ainda restam alguns anos de acompanhamento médico até podermos dizer que ela venceu o câncer”, explica o médico que a acompanha, Dr. Fernando Vidigal.

Mas a lição que já ficou marcada na vida da enfermeira foi a necessidade de ter empatia com o próximo. “É muito comum as pessoas perguntarem se você está bem e não se importarem de fato com a resposta, com o que você está sentindo verdadeiramente. A pessoa que está tratando um câncer sente na pele e no coração. É importante olhar para as pessoas e enxergar além da boa educação, é preciso ter empatia e enxergar as pessoas de verdade”, conclui.

O oncologista destaca a importância do diagnóstico precoce para a recuperação da paciente. “Apesar da pouca idade, Elaine logo foi atrás de exames específicos. Podemos dizer que a atitude foi essencial para podermos iniciar o tratamento o quanto antes, aumentando significativamente as chances de recuperação. É muito importante que essa mensagem fique clara: exames de rotina e atenção aos sintomas, mesmo que leves, faz toda a diferença no combate ao câncer de mama. É preciso que esse cuidado se estenda durante todos os meses do ano, não apenas no mês de conscientização sobre o Câncer de Mama. O Outubro Rosa é o ano todo”.

Desde agosto passado, a Dasa começou uma grande campanha de conscientização para prevenção e detecção precoce do câncer de mama. “Outubro Rosa Agora” quer lembrar as mulheres a importância do tema em todos os meses do ano.


Envelhecer bem: boa alimentação e exercícios evitam doenças crônicas

· Nesse Dia do Idoso, 01/10, médica nefrologista dá as dicas de como chegar à idade avançada com menor risco de adoecer e com boa saúde renal


· Paciente renal há 20 anos, Wilson Batista é exemplo de superação e força de vontade de viver, praticando exercícios físicos por até 4 horas por dia

 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera idoso aquele indivíduo que tem 60 anos ou mais de vida. O órgão garante que, em 2025, o Brasil será o sexto país do mundo com o maior número de pessoas na terceira idade. Atualmente, de acordo com o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - cerca de 29 milhões de brasileiros têm 60 anos ou mais.

O Brasil é um dos países do mundo cuja população de idosos mais aumenta graças ao crescimento da expectativa de vida. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera idoso o indivíduo que tem 60 anos ou mais de vida. O órgão garante que, em 2025, o Brasil será o sexto país do mundo com o maior número de pessoas na terceira idade. Atualmente, de acordo com o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - cerca de 30 milhões de brasileiros têm 60 anos ou mais.

Mas a saúde dos idosos brasileiros ainda é um desafio. Muitas chegam à idade avançada com doenças crônicas que podiam ter sido até mesmo evitadas, como diabetes, hipertensão, obesidade e câncer. Prevenir para proporcionar melhor qualidade de vida futura é um dos maiores desafios da saúde no Brasil.

A nefrologista e diretora médica nacional da Fresenius Medical Care, Ana Beatriz Barra, que faz a gestão de 33 clínicas de tratamentos renais, onde muitos pacientes são idosos, é taxativa: "envelhecer com qualidade de vida é cuidar desde cedo do organismo, mantendo uma alimentação equilibrada, com pouco sal, açúcar e gorduras, evitando o excesso de álcool e ficando longe do cigarro. Se hidratando bem. E combinando a alimentação saudável com atividades físicas rotineiras, além de lazer e convívio social, que são fundamentais para a saúde mental. Quem evita a diabetes e a hipertensão, por exemplo, já está com meio caminho andado para envelhecer com saúde. Vai reduzir o risco de doenças cardiovasculares, como acidentes vasculares cerebrais e infarto, pode evitar câncer e até mesmo a doença renal, que pode surgir por causa de uma diabetes ou uma hipertensão prévia. Outra dica para envelhecer com saúde é sempre manter a mente ativa, continuar aprendendo e principalmente planejando pequenas realizações, finaliza
.


O economista Wilson Ferreira Batista, hoje com 62 anos, é um bom exemplo de como bons hábitos fazem a diferença. Ele não está sentindo os efeitos da idade em seu corpo, mesmo sendo um portador de doença renal crônica causada por cistos que destruíram os seus rins há 20 anos. Todos os dias ele acorda às 5h da manhã, faz o café da manhã e depois vai caminhar. Morador de Botafogo, ele anda do início da praia até o aeroporto Santos Dumont. Na volta, passa no clube Guanabara onde realiza natação ou hidroginástica na água gelada, alternando a atividade a cada dia. Depois, ainda frequenta a academia de musculação e só não vai quando tem a hemodiálise no mesmo horário.

"Como um bom economista, eu estabeleço metas. Minha meta de vida é chegar aos 85 anos. E se deus quiser, lá ainda quero ganhar um bônus de 10% e viver mais 8 anos. Sou muito acelerado. Não consigo ficar parado. Sempre fui assim. Na pandemia, quando a academia e o clube fecharam, eu ia nadar na praia da Urca. Mas desde quando abriu, em agosto de 2020, eu já estava lá, de máscara, e não peguei Covid. Atividade física para mim é vida", afirma.

Wilson começou a dialisar aos 42 anos e não deixou de fazer nada do que fazia antes. "Eu trabalhava muito, cheguei a ter 8 restaurantes em São Paulo, eu corria várias maratonas. Nunca deixei essa doença, que não pude evitar, me parar. Meu pai morreu aos 42 anos porque seus rins também falharam. Eu decidi que comigo seria diferente. E outra maneira que tenho de aproveitar a vida é viajando. Já dialisei em clínicas da Fresenius Medical Care em Paris, Salvador, Maceió. Recentemente fui a Belém do Pará e dialisei lá. Então eu sigo dialisando, graças a deus, é o que me mantém vivo, e sigo com alegria aproveitando cada minuto como posso", finaliza.


Viajar é uma das formas de se distrair e mesmo fazendo hemodiálise, o Sr Wilson não desanima. Agenda sessões nas clínicas de outros locais.


Todos os dias, o Sr Wilson pratica atividades na piscina depois de caminhar


A musculação é feita de três a quatro vezes por semana


Fresenius Medical Care


Saúde mental e intestino: conexão pode provocar alterações no sistema digestório e pede atenção


A saúde mental e o intestino estão mais interligados do que você pode imaginar. A conexão entre o cérebro e o sistema digestório é considerada uma via de mão dupla e, por isso, quando há alterações em algum deles, é possível observar reflexos tanto mentais como intestinais. Para explicar esta ligação, a proctologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Maristela Gomes, adianta que todo este processo é complexo e envolve alimentação, qualidade de vida, sistema nervoso, flora intestinal e enzimas.  

Para facilitar a compreensão, vale destacar que o intestino apresenta uma grande quantidade de neurônios e responde a estímulos do cérebro. Em casos de estresse, ansiedade e depressão, por exemplo, há uma redução de oxigenação e até mesmo do fluxo sanguíneo para o órgão, o que leva a mudanças significativas em seu funcionamento.  

“Nestas situações, o organismo reduz a oxigenação e prioriza o fluxo sanguíneo para algumas partes específicas. Isso interfere na digestão e na absorção de nutrientes, traz mudanças para a flora intestinal e promove o aumento de substâncias deletérias”, explica a médica. Segundo Maristela Gomes, essas alterações podem resultar em sinais como o aumento de gases e de diarreia durante o período em que houver a alteração emocional.  

Na contramão, alterações na flora intestinal podem sinalizar tendência a doenças como Alzheimer, depressão e autismo. “Sabemos que existem alguns tipos de flora intestinal que aumentam a chances do desenvolvimento destas doenças. Apesar de ser algo individualizado e que ainda não é completamente esclarecido, é muito importante manter essa região equilibrada”, comenta a proctologista. 

Para conquistar esse equilíbrio, é preciso manter uma dieta saudável, rica em fibras, com pouca gordura e evitar a ingestão de alimentos condimentados. Outra indicação é incluir o consumo de prebióticos, praticar regularmente da atividade física e manter o cuidado com a saúde mental. “A flora saudável é essencial para garantir que a troca de informações do intestino com o cérebro ocorra com menos interferências, além de garantir melhores condições metabólicas e imunológicas”, ressalta a especialista.

 

•Como avaliar alterações do sistema digestório? 

Apesar da conexão entre saúde mental e intestino, não se deve generalizar problemas intestinais e tratar todos como resultado de ansiedade, depressão ou quadros de estresse. De acordo com a proctologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Maristela Gomes, o surgimento de algum tipo alteração intestinal deve ser um sinal de alerta para procurar um especialista e afastar a possibilidade de doenças graves.  

“ Nem toda alteração é ocasionada por estresse, ansiedade e depressão e essas doenças não podem retardar a investigação de problemas como intolerâncias, retocolite, doença de crohn e até mesmo o câncer de intestino”, conclui.

 

 


Hospital Edmundo Vasconcelos consecutivos.

Rua Borges Lagoa, 1.450 - Vila Clementino, Zona Sul de São Paulo.

Tel. (11) 5080-4000

www.hpev.com.br

www.facebook.com/HospitalEdmundoVasconcelos/

www.twitter.com/Hospital_EV

www.youtube.com/user/HospitalEV

www.linkedin.com/company/19027549

www.instagram.com/hospitaledmundovasconcelos/


LGPD: privacidade de dados também pode representar um diferencial competitiv

A cada dia que passa as pessoas buscam relações com organizações éticas e responsáveis

 

Há pouco mais de um ano em vigência, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, tem o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade. A importância desta legislação está exatamente no seu caráter protetivo. Para a VLI – companhia de soluções logísticas que opera terminais, ferrovias e portos –, a proteção aos dados pessoais vai além do cumprimento da LGPD, trata-se de um respeito às pessoas. 

A privacidade de dados também pode representar um diferencial competitivo, considerando que a cada dia que passa as pessoas buscam relações com organizações éticas e responsáveis. “Se por muitos anos os dados pessoais e os dados pessoais sensíveis foram utilizados sem barreiras ou critérios, hoje há uma lei que regulamenta o uso dados pessoais e visa proteger os direitos fundamentais de liberdade e privacidade de cada titular”, ressalta a diretora de Ética e Conformidade da VLI, Joyce Andrews. 

Joyce Andrews explica que a VLI não tem o processamento de dados pessoais como atividade fim, mas para alcançar seus objetivos de negócio, a companhia precisa tratar dados de seus empregados e parceiros sempre considerando uma finalidade específica e transparente, além de buscar meios técnicos e administrativos que garantam a utilização e a eliminação segura destes dados.

Segundo ela, em um primeiro contato com a LGPD, é comum as pessoas acharem que é proibido tratar dados pessoais e que a lei veio para dificultar os negócios. “Contudo, se buscarmos entender a origem das legislações de privacidade de dados em todo o mundo, constatamos que elas surgiram com o objetivo de aliar o desenvolvimento econômico e social ao tratamento de dados pessoais”.

 

Relações trabalhistas 

Vale lembrar que existe uma relação de confiança entre empregado e empregador. Cuidar bem dos dados pessoais dos empregados é essencial para manutenção de um ambiente saudável.

“Devemos ficar atentos em nossas rotinas mantendo medidas técnicas e administrativas para não tratar dados em excesso, resguardá-los sempre em ambientes (físicos ou digitais) seguros, evitando compartilhamentos desnecessários e promovendo a eliminação correta após atingir a finalidade e utilização. Por exemplo, sabemos que a rotina do departamento de Recursos Humanos requer enorme atenção quando falamos em privacidade de dados, pois trata-se de um setor que envolve tratamento de grande volume de dados”, comenta.

 

Penalidades

As penalidades para quem descumprir a segurança de dados estão valendo desde agosto deste ano e não se restringem a advertências ou à aplicação de multas, que podem variar em até 2% do faturamento, com limite de R$ 50 milhões. Conforme a diretora de Ética e Conformidade da VLI, as organizações devem ficar atentas, pois podem existir impactos mais significativos que a multa, como a perda de credibilidade da marca, aliada à cultura de “cancelamento”, na qual as pessoas deixam de consumir um produto ou serviço de uma hora para outra, sem direito a defesa. 

“Este é um grande impacto aos negócios e, na VLI, também estamos atentos a este ponto. Dedicamos tempo e atuamos em medidas técnicas e administrativas que resguardem os processos. Como boa prática de mercado, podemos citar a criação de um documento normativo e acordos de tratamento de dados pessoais que norteiam a forma de uso, compartilhamento e eliminação dos dados. Também foram reforçados alguns conceitos de segurança da informação como o não compartilhamento de senhas”, pontua. 

Há ainda investimento em treinamentos e campanhas de conscientização e sensibilização do nosso público interno, bem como a criação do canal de comunicação direto entre o Data Protection Officer (DPO) e empregado, titular do dado. Joyce Andrews afirma que a companhia orienta os gestores a observarem os objetivos organizacionais e estabelecer rotinas de privacidade compatíveis com os objetivos e as expectativas dos titulares dos dados. “Investimos na transparência no tratamento do dado, pois consideramos ser essa a ‘chave’ do sucesso”, observa. 

Ela frisa que o respeito às pessoas é um valor para a VLI e isso se reflete nas práticas como o cuidado com saúde, segurança, inclusão e diversidade. Desta maneira, com segurança dos dados pessoais isso não seria diferente. O processo de adequação da empresa foi bem natural e teve início antes da vigência da LGPD.

“Grande parte das adequações não precisam de investimentos relevantes, pois envolvem mudanças de processos e fomentação de cultura organizacional em prol deste objetivo. Naturalmente os investimentos são importantes, mas não trabalhar a cultura pode levar a perda de valores investidos”, pondera.

 


VLI


Idosos ficam mais digitalizados, e apps crescem entre público com mais de 60 anos

Transações bancárias, contato com familiares e mercado online aparecem entre as funcionalidades utilizadas com mais frequência entre eles

 

O Brasil está mais conectado, e o mérito não é só da geração Z. Segundo a pesquisa TIC Domicílios 2020, elaborada pelo Cetic.br, o número de pessoas com mais de 60 anos digitalizadas deu um salto de 34%, em 2020, para 50%, neste ano. Uma das justificativas para esse aumento é a pandemia da Covid-19, que fez com que muitos passassem longos períodos isolados em casa. Mas a comodidade dos serviços por aplicativo e sites já vinha ganhando espaço entre esse público desde muito antes da crise da Covid-19.

 

Em alguns segmentos, esse público tem ganhado aplicativos próprios, focados em transporte, supermercado e saúde, por exemplo. Porém, mesmo aplicativos disponíveis para o público geral há mais tempo têm sentido uma participação mais ativa desse grupo, como é o caso da Wise (ex-Transferwise), empresa de tecnologia financeira global especializada em envio de dinheiro internacionalmente, fundada há mais de uma década. De acordo com dados da fintech, 12% dos clientes brasileiros têm mais de 61 anos.


 

Filhas na Europa e transferências internacionais na palma da mão


A funcionária pública municipal Jorcelina Gracino, de 69 anos, é um deles e ficou mais online há seis anos, quando viu as duas filhas irem morar na Espanha. O reencontro presencial só aconteceu em julho deste ano, e ao longo desse intervalo ela aproveitou as funcionalidades dos aplicativos para falar sempre com a família e mandar dinheiro para elas quando necessário. 

 

"Agora sou avó de seis netos, então de vez em quando minhas filhas pedem uma ajudinha para as contas de casa ou para comprar alguma coisinha para eles. Procuro mandar um dinheiro todo mês", comenta Jorcelina, que usa o aplicativo da Wise para transferir valores. 

 

Ainda que esteja acostumada a fazer transferências digitais há anos, ela também se viu fazendo uso de mais aplicativos durante a pandemia. Durante os seis meses que ficou sem sair de casa, aproveitou os marketplaces para renovar os eletrodomésticos. "Tudo que eu precisava trocar eu pedia por sites e aplicativos - como uma chaleira nova, por exemplo", explica.


 

Aulas e terapia online para evitar contágio


A implementação de medidas mais rigorosas na pandemia também afetou outros hábitos entre o público com mais de 60 anos. A professora aposentada Christina Skaf, de 67, decidiu migrar as aulas de pilates e italiano para o online, além de começar terapia. "Faço aula particular de italiano com uma professora que está, neste momento, na Itália. Também comecei a fazer terapia durante a pandemia, e nem eu nem minha terapeuta queremos voltar ao presencial. Ela, inclusive, só está atendendo online, e alguns dos pacientes estão fora do Brasil", conta. Mesmo com a flexibilização, o formato virtual continua como seu preferido. "Eu acho maravilhoso, me habituei. Em casa eu fico relaxada, não preciso levantar mais cedo, pegar o carro, procurar lugar para estacionar, gastar com combustível." Fora os novos hábitos, Christina também faz parte do grupo que maratonou lives durante o isolamento.

 

Além de ter acesso a mais serviços, um dos principais motivadores para os idosos se conectarem é se informar sobre economia, política, esportes e outros assuntos, segundo uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). O levantamento também indica que o percentual de pessoas com mais de 60 anos no Brasil que estão online cresceu de 68%, em 2018, para 97%, em 2021.

 

"Hoje eu me baseio muito em notícias publicadas em veículos de imprensa e compartilhadas pelo meu círculo de amigos nas redes sociais. Eles são muito engajados. Antes eu acompanhava jornais televisivos, mas agora não mais, acabo utilizando mais a internet", pontua Christina.


Nova gestão do Zoológico, Jardim Botânico e Zoo Safari de São Paulo planeja investir mais de R$ 400 milhões e triplicar número de visitantes em cinco anos

Objetivo da Reserva Paulista, vencedor da licitação da concessão dos parques que integram o Parque Estadual Fontes do Ipiranga, é posicionar o complexo que reúne Zoo, Jardim Botânico e Zoo Safari entre os cinco melhores do mundo; investimentos serão direcionados à integração dos parques e modernização da infraestrutura, serviços ambientais, educacionais e científicos do complexo, além de novos serviços e atividades para o público

São Paulo, setembro de 2021- Com um ambicioso projeto de renovação e integração do Zoológico, Jardim Botânico e Zoo Safari, apoiado por um plano de investimentos expressivos, a Reserva Paulista inicia o período de gestão compartilhada em conjunto com a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, a Fundação Parque Zoológico e o Instituto de Botânica. Após esse período de transição, o Consórcio assumirá integralmente a gestão dos parques, além da Fazenda Zoo São Paulo, localizada na região de Sorocaba (SP). O período de concessão é de 30 anos.

O contrato de concessão já foi oficializado e está em vigor desde o dia 17/09 (assinatura), o período de gestão compartilhada que deve durar cerca de quatro meses para que o grupo assuma, efetivamente, a operação dos parques. A área dos ativos concedidos tem aproximadamente 1 milhão de metros quadrados. A concessão prevê o investimento de R $417 milhões, dos quais R $320 milhões nos cinco primeiros anos. 

“As parcerias com a iniciativa privada visam atrair investimentos e melhorar a infraestrutura das áreas turísticas. Em todas as nossas concessões temos buscado também fomentar as atividades de educação ambiental para que a população, especialmente as crianças, conheça e aprenda a preservar as nossas áreas verdes”, explicou o secretário Marcos Penido.  

“Temos a missão de ampliar e modernizar os excepcionais serviços ambientais, educacionais, científicos e de recreação que já são prestados pelo Zoológico, Jardim Botânico e Zoo Safari. Com os investimentos programados, e ao lado das equipes de excelência que atuam nos parques, vamos trabalhar para oferecer a São Paulo e ao Brasil, uma experiência imersiva na natureza, de nível internacional", salienta Rogério Dezembro, sócio da Reserva Paulista e CEO da LivePark. A empresa faz parte do DC Set Group e integra o Consórcio ao lado do Grupo Oceanic (criador e responsável pelo Oceanic Aquarium entre outros atrativos turísticos de Santa Catarina), e de quatro empresas dos setores de engenharia e construção - Turita, Era Técnica, Egypt e Pavienge.

A Reserva Paulista venceu a licitação do Governo do Estado de São Paulo, em fevereiro de 2021, ao apresentar uma proposta com ágio de 132% sobre o mínimo estipulado no edital, superando a cifra de R $120 milhões.

Além do valor da outorga já pago, serão investidos mais R $200 milhões nos primeiros cinco anos, para renovação e integração dos parques, buscando torná-los uma referência mundial. 

“Queremos posicionar o Zoológico de São Paulo e o Jardim Botânico entre os cinco melhores parques de suas categorias no mundo e proporcionar experiências únicas às pessoas, aliando lazer e conhecimento através do respeito ao meio ambiente e a valorização da conservação e pesquisas realizadas pelas equipes responsáveis”, afirma Kiko Buerger, CEO do Grupo Oceanic e sócio do Consórcio Reserva Paulista. 

No Jardim Botânico, a concessão visa aumentar o uso público com a implantação de programas de educação ambiental, novos espaços de educação, cultura e alimentação, além de mais acessibilidade para os visitantes. 

No Zoológico, o compromisso da Reserva Paulista é ampliar as experiências de imersão na natureza e ampliar o bem-estar dos animais, com novos recintos e novas áreas de apoio e manejo. Estão previstos investimentos para construir habitats mais modernos, amplos e integrados, além do monitoramento de indicadores de desempenho da saúde. Além disso, a infraestrutura será requalificada com novos acessos para pedestres, ampliação do estacionamento, dos conjuntos sanitários e novo centro de visitantes, entre outras melhorias. 

Antes da pandemia, o Zoo recebia mais de um milhão de visitantes por ano e o Jardim Botânico cerca de 130 mil. O objetivo é ter um aumento significativo do público e passar a receber mais de 3 milhões de visitantes por ano em até cinco anos com as melhorias de infraestrutura. Também estão previstas novas atrações, ações de marketing e criação de canais digitais de venda de ingressos. 

“Queremos modernizar as instalações dos parques e atrair marcas-parceiras para oferecer melhor experiência aos visitantes e excelentes condições visando o bem-estar dos animais. Nosso objetivo é ampliar as boas práticas que já são adotadas no Zoológico de São Paulo e no Jardim Botânico, que são reconhecidos como referências no Brasil por especialistas e pelos programas de conservação de espécies, reprodução em cativeiro e cuidados com fauna e flora”, destaca o diretor Rodrigo Farhat, da Egypt Engenharia, sócia do Consórcio Reserva Paulista.

 

 

Sobre a Reserva Paulista

A Reserva Paulista é composta pela LivePark, que pertence ao DC Set Group, pelo Grupo Oceanic; e por mais quatro empresas dos setores de engenharia e construção: Turita, Era Técnica, Egypt e Pavienge.

A LivePark é a primeira empresa do Brasil focada no desenvolvimento de “venues” e projetos especiais nas áreas de entretenimento, cultura e esporte e é responsável pela gestão dos parques em conjunto com os demais sócios.

O Grupo Oceanic controla o Oceanic Aquarium em Balneário Camboriú-SC, um dos mais modernos da América Latina, além de outros empreendimentos voltados à cultura, entretenimento e gastronomia. Além da experiência na gestão desses negócios, a empresa agrega um importante diferencial para o Consórcio que é o know-how específico do manejo responsável de ativos biológicos (animais e plantas) sob a legislação brasileira, uma das mais rigorosas do mundo.

As empresas Turita, Era Técnica, Egypt e Pavienge agregam um vitorioso know-how nas áreas de engenharia, infraestrutura e facilities de grandes empreendimentos, além de experiências bem-sucedidas de concessões público-privadas, aspectos fundamentais para as transformações estruturais que serão realizadas nos parques e na fazenda.


Consumidor consegue direito de rescindir contrato de imóvel e ter restituído o valor pago

Decisão do TJGO abre margem para rescisão de financiamento habitacional com garantia de alienação fiduciária

 

Um consumidor de Goiás conseguiu na justiça a suspensão das parcelas de contrato de compra e venda com alienação fiduciária sob o fundamento de direito do consumidor à rescisão do contrato. Em sua decisão, o desembargador Marcus da Costa Ferreira determinou a suspensão do pagamento das parcelas e a proibição de negativação do nome do consumidor até que haja resolução final do processo.


Para aquisição de imóveis – seja por financiamento junto ao construtor, seja por meio de financiamento habitacional – é comum que o construtor e o agente financeiro exijam a constituição de alienação fiduciária no imóvel. “Nos termos da Lei 9.514/97, alienação fiduciária ‘é o negócio jurídico pelo qual o devedor, ou fiduciante, com o escopo de garantia, contrata a transferência ao credor, ou fiduciário, da propriedade resolúvel de coisa imóvel’", explica o presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Vinícius Costa.

 

Mas para que essa garantia real tenha efetiva validade, a mesma lei determina que "constitui-se a propriedade fiduciária de coisa imóvel mediante registro, no competente Registro de Imóveis, do contrato que lhe serve de título", como completa o presidente da associação.


Ainda que a alienação fiduciária esteja regulada pela Lei 9.514/97 e os contratos de compra e venda mútuo pelo Código Civil, não se afasta destas operações a incidência do Código de Defesa do Consumidor, quando comprovado que o vendedor ou o mutuante atuam como fornecedor, como afirma Vinícius Costa. “Nesse caso, conforme ressaltou o desembargador, ‘a rescisão do contrato é um direito que assiste ao contratante, amparado pelas normas protetivas dos direitos dos consumidores, o que autoriza a suspensão da cobrança das parcelas restantes e a vedação da inclusão do nome do agravante como mal pagador, em decorrência do inadimplemento dessas prestações."


Segundo o advogado, para situações em que se discute a compra e a venda com alienação fiduciária, fica até mais fácil de ser resolver, pois a demanda se restringe somente ao vendedor e o comprador. “Por outro lado, nos contratos de financiamento habitacional, a demanda obrigatoriamente deverá envolver, comprador, vendedor e agente financeiro”, acrescenta Vinícius Costa.

 

Contudo, o entendimento aplicado pelo Tribunal de Justiça de Goiás abre uma margem para a intocável discussão de rescisão dos contratos de financiamento habitacional com garantia de alienação fiduciária. “Cabe destacar, nesse ponto, que a própria Lei 9.514/97, que regulamenta o Sistema de Financiamento Imobiliário reconhece uma forma indireta de resilição contratual unilateral ao prever a possibilidade do fiduciante, com a anuência do fiduciário, dar seu direito eventual ao imóvel em pagamento da dívida, dispensados os procedimentos previstos no artigo 27.” 


Conforme Vinícius Costa, o ponto de discussão desse artigo estaria, então, em como se resolveria a restituição dos valores a que tem direito o consumidor, pois, nos termos do artigo 39, do Código de Defesa do Consumidor, é vedado ao fornecedor de produtos e serviços exigir vantagem manifestamente excessiva do consumidor. “Assim como determina o artigo 51 do CDC como nulas de pleno direito as cláusulas contratuais que subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da quantia já paga, nos casos previstos neste código, autorizem o fornecedor a cancelar o contrato unilateralmente, sem que igual direito seja conferido ao consumidor, e estejam em desacordo com o sistema de proteção ao consumidor.”


De acordo com o presidente da ABMH, a decisão do TJGO reacende a discussão, em especial, a necessidade de um diálogo mais forte entre as leis 9.514/97 e 8.078/90 (esta última que instituiu o Código de Defesa do Consumidor) para que se busque a resolução de contratos de financiamento habitacional que estão sob risco de inadimplência e que impliquem em supressão de direitos do consumidor de reaver eventual valor pago na relação contratual. 

 


ABMH – Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação


Posts mais acessados