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terça-feira, 28 de setembro de 2021

Na Estação São Paulo-Morumbi, totem chama atenção para o Dia Mundial do Coração, celebrado nesta quarta-feira, 29 de setembro

Instalação alerta para prevenção e tratamento da insuficiência cardíaca, doença que tem como fatores de risco pressão alta, diabetes e tabagismo


Totem informa sobre cuidados com o coração

 

Na Estação São Paulo-Morumbi, uma escultura de 2 metros de altura, com as letras IC (insuficiência cardíaca), chama atenção dos passageiros para uma das principais doenças do coração. A iniciativa é do Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL), em parceria com a ViaQuatro, concessionária responsável pela operação e manutenção da Linha 4-Amarela.

Também conhecida por doença do coração fraco, a insuficiência cardíaca é resultado de diversas agressões provocadas no órgão. É caracterizada pela incapacidade do coração de bombear adequadamente o sangue para o resto do corpo, comprometendo o funcionamento do organismo.

Entre as causas da insuficiência cardíaca estão pressão alta, diabetes, tabagismo, sedentarismo e dieta muito calórica. "Trata-se de uma doença séria, e, pelo fato de os pacientes não a reconhecerem como uma doença crônica e hesitarem em aderir ao tratamento, ela pode provocar morte súbita", afirma Ariane Macedo, cardiologista e membro do comitê científico do Instituto Lado a Lado pela Vida. Mas com diagnóstico precoce e tratamento correto é possível reverter a doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

O alerta coincide com o Dia Mundial do Coração, celebrado em 29 de setembro, nesta quarta-feira. A data tem por objetivo conscientizar as pessoas sobre a importância de manter hábitos saudáveis para preservar a saúde do órgão.

Segundo o LAL, o número de indivíduos que morrem de insuficiência cardíaca quando chegam ao hospital no Brasil é duas vezes mais alto do que nos Estados Unidos e três vezes mais elevado em relação à Europa. Junto à escultura, num totem próximo, estão disponíveis informações sobre a doença, especialmente suas formas de prevenção. Para mais dados sobre o tema, o passageiro pode acessar o site do LAL, por meio de um QRCode no totem.

"A ViaQuatro vai além de oferecer um transporte seguro: a concessionária tem como meta levar informações ao público que contribuam com sua qualidade de vida, e nada mais importante do que cuidar da saúde do coração", diz Juliana Alcides, gerente de Comunicação e Sustentabilidade da concessionária.


Serviço:

Campanha de Combate à Insuficiência Cardíaca - Estação São Paulo-Morumbi: entre os dias 20 e 30 de setembro


Dia Mundial (29)

Como manter o coração protegido durante a pandemia da COVID?


Em entrevista direcionada a pacientes e ao público leigo,  Dr. Ricardo Petraco MD PhD, cardiologista e pesquisador da Imperial College e da One Heart Clinic de Londres, responde a algumas perguntas sobre a COVID e o coração.


As pessoas com doenças cardíacas têm maior risco durante uma infecção por COVID-19?

Aprendemos muito cedo na pandemia que, infelizmente, sim, pessoas com problemas cardíacos anteriores podem apresentar maior risco durante uma infecção por COVID-19. Enquanto outras viroses, como a gripe e outros tipos de infecções respiratórias tendem a afetar mais agressivamente pessoas com doenças pulmonares, a COVID-19 é particularmente mais fatal entre pessoas com doenças cardíacas previas (como insuficiência cardíaca, angina ou história de ataques cardíacos). Além disso, indivíduos com diabetes e aqueles que estão significativamente acima do peso, mesmo sem doença cardíaca comprovada, também estão em maior risco de COVID grave, em comparação com pessoas com um perfil mais saudável, da mesma idade. Pessoas com doenças cardíacas anteriores são, portanto, consideradas um grupo vulnerável.

O coronavírus pode afetar diretamente o seu coração?

Infelizmente sim. Embora muitas outras infecções virais possam causar um tipo de inflamação no coração chamada miocardite ou pericardite, aprendemos que esse coronavírus específico (COVID-19) pode causar isso com mais frequência e de forma mais agressiva. Enquanto algumas pessoas afetadas pelo coronavírus apresentam apenas sintomas cardíacos leves (por exemplo, dores leves no peito e exames de sangue anormais), outras infelizmente desenvolvem um tipo mais agressivo de miocardite, que leva à insuficiência do músculo cardíaco, podendo ser fatal. No entanto, esse ainda é um fenômeno raro. Entre todos os indivíduos que contraem o vírus, a miocardite mais agressiva atinge menos de 1% dos pacientes. Algumas pessoas também desenvolvem sintomas que podem sugerir um problema cardíaco durante a recuperação de COVID-19, como sensação de falta de ar, fadiga e dores no peito (todos os sintomas de doença cardíaca), mas na verdade o coração pode não estar envolvido. Somente por meio de uma avaliação clínica cuidadosa e de exames de imagem do coracao, nós podemos estabelecer se o coração foi ou não afetado.


Pragmaticamente, o que você pode fazer para proteger seu coração durante a pandemia?

- Seja vacinado! A vacinação é a forma mais eficaz de proteger o seu coração da COVID-19, já que a chance de doença grave praticamente desaparece com a vacinação.

- Siga as regras gerais de higiene das mãos, distanciamento social e coberturas faciais enquanto estiver em locais públicos fechados ou em espaços externos movimentados e lotados.

- Se desenvolver sintomas de COVID-19, esteja ciente do desenvolvimento de dores no peito significativa ou falta de ar e consulte o seu médico se estiver preocupado.

-Se você já teve uma doença cardíaca prévia e seus sintomas estão estáveis, é melhor ficar em casa e protegido. No entanto, se seus sintomas estão mudando rapidamente, especialmente se você desenvolver dores no peito, em repouso e pensar que pode estar tendo um ataque cardíaco, não tenha medo de chamar uma ambulância para o tratamento de emergência. As chances de contrair COVID-19 em um ambiente hospitalar são muito menores do que os possíveis danos causados por um ataque cardíaco nao tratado. Centros de ataque cardíaco e serviços de cardiologia de emergência em todo o país estão prontos para atender os pacientes que precisam!

- Se você já contraiu a COVID-19 (ou suspeita que sim) e continua a sentir falta de ar, dores no peito e fadiga, consulte com o seu médico. Uma avaliação mais especializada de sua função cardíaca pode ser necessária.



Palpitações: quando se preocupar?


Dr. Ricardo Petraco MD PhD, Cardiologista da One Heart Clinic da Harley Street e Imperial College de Londres.

    A palpitação é um sintoma muito comum descrito por pacientes, que também usam os termos "vibração", "ausência de batimentos cardíacos” ou até como “batedeira no peito". A definição mais técnica de uma palpitação é a sensação do coração batendo irregularmente, fora de sincronia com os batimentos normais, ou de forma inesperadamente acelerada. Por ultimo, recentemente, o uso de dispositivos inteligentes como relógios da Apple e fitbits está aumentando a consciência das pessoas sobre seus batimentos cardíacos, mesmo na ausência de sintomas significativos.


    A grande maioria das palpitações são benignas e você não precisa ver um médico para investigá-las. É comum para um coração normal bater ocasionalmente de forma irregular e isso pode acontecer centenas ou ate milhares de vezes durante o dia, e a maioria de nós nem nos damos conta disso. Estresse, falta de sono e a ingestão excessiva de álcool e bebidas com cafeína pode contribuir para o aumento das sensações de palpitações. Recentemente, muitos pacientes estão experimentando um aumento de palpitações pós-infecção COVID-19, o que não necessariamente significa um dano cardíaco causado pelo vírus.
Então, quando uma sensação de palpitação pode ser um sinal preocupante? Em primeiro lugar, se você tem problemas cardíacos prévios, como insuficiência cardíaca ou angina, palpitações persistentes podem ser um sinal de ritmos cardíacos mais perigosos e deveriam ser investigadas. Além disso, se palpitações estiverem associadas com outros sintomas, como dores no peito ou sensação de quase colapso (síncope), elas também devem ser discutidas com seu médico, principalmente se houver uma sensação de um ritmo persistentemente acelerado (taquicardia) na ausência de esforço físico (quando você não está se exercitando).

Finalmente, se houver uma sensação de batimentos cardíacos persistentemente rápidos e irregulares, especialmente se você tiver mais de 65 anos e sofrer de pressão alta, isso pode ser um sinal de fibrilação atrial, um tipo comum de arritmia no idoso que pode aumentar o risco de acidente vascular cerebral (derrame). O diagnóstico de fibrilação atrial requer um teste chamado de ECG (eletrocardiograma) e você deve falar com seu médico sobre isso.


Independentemente do tipo de palpitações, se elas são persistentes (por muitos meses) e perturbam sua qualidade de vida, você deve discutir opções diagnosticas e de tratamento com seu cardiologista.


PARAMÉDICA BRASILEIRA EM LONDRES ENSINA 08 PASSOS DE PRIMEIROS SOCORROS DO INFARTO


Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 17,5 milhões de pessoas morrem vítimas de doenças cardiovasculares a cada ano. No Brasil, a média anual chega a 350 mil, o que corresponde a uma vida perdida a cada 40 segundos.
 
“Os sintomas são variados, sendo os mais comuns as dores tipo pressão no centro do peito, dificuldades para respirar, palidez, suor frio, náuseas, vômitos, tontura, confusão mental, perda de consciência e dores na parte de cima das costas, nos braços e na mandíbula e pescoço. O Ataque Cardíaco pode durar minutos ou até dias e a severidade depende da localização exata do problema no coração. O mais prudente é buscar o quanto antes ajuda médica”, ressalta Priscila Currie – paramédica formada pela St Georges Universidade em Londres ( única mulher brasileira neste cargo em Londres).
 
Infelizmente, o Ataque Cardíaco, que também é conhecido como Infarto, pode acontecer de repente. Por isso, existem algumas condutas que podem ser feitas antes do atendimento médico de urgência. Confira os alertas desses primeiros socorros com especialista em medicina pré- hospitar do Reino Unido:
 
1-    CALMA: Tente manter a calma e ou acalme a pessoa que está se sentindo mal.  Se possível também, não fique em pé. O ideal é sentar-se  ou deitar-se em um local seguro, pois, caso aconteça um desmaio, o paciente não se machucará.
 
 
2-   AMBULÂNCIA: Ligue imediatamente para o serviço de emergência mais próximo do seu bairro ou local que estará. O Samu (192) ou os bombeiros (193), por exemplo. Explique pausadamente o ocorrido e o endereço correto onde está. Se possível,  peça para alguém esperar pela ambulância na rua.
 
3-   MEDICAÇÃO: Se a pessoa não tiver alergias a Aspirina, peça para ela chupar esse medicamento, sem engolir o comprimido de 300mg. Sem água, apenas dissolvendo na boca mesmo. Atenção! Não deixe e pessoa sozinha, apenas faça isso se o remédio estiver no local.
 
4-   SEM ESFORÇO: Não permita que a pessoa com sintomas faça qualquer esforço físico, muito menos que ela dirija até o pronto-socorro sozinha, por exemplo. Mantenha a pessoa calma, conversando sobre dias felizes para distração.
 
5-   SEM BEBIDAS OU ALIMENTOS: Em caso de crise, mesmo sendo um alarme falso, não ingira bebidas, comidas ou fume cigarros. Essa conduta só vai prejudicar o quadro.
 
6-   DESMAIOS: Infelizmente, pode ocorrer. Neste caso, deite a pessoa em posição lateral, pois se ela vomitar, não correrá o risco de engasgar. E fique de olho na respiração sempre! Se a respiração parar, se prepare para fazer ressuscitação.
 
 
“Deite o paciente de costas no chão e olhe para a barriga e peitoral da pessoa para detectar movimentos respiratórios. Não perca tempo tentando achar pulso ou batimento cardíaco! Apenas a respiração é o que importa. Ar entrando e saindo = respiração. Se a respiração estiver ausente, chame por ajuda urgente e ligue para ambulância novamente. Reforce que pessoa não está respirando. Se prepare para começar a massagem cardiaca”, explica a paramédica.
 
7- DEA – Desfibrilador. Você sabe se tem um por perto? Qualquer um pode usar! Apenas ligue a máquina e siga as instruções. O equipamento não dá choque em quem não precisa receber e a utilização é segura.
 
8 - RCP - Ressuscitação Cardio-pulmonar. Em adultos, são 30 compressões cardíacas para 2 ventilações pulmonares. Repetida até a ambulância chegar ou até a pessoa retornar sua respiração espontânea.  
 
A Priscila Currie é formada por umas das melhores faculdades clínicas do mundo, a St Georges University, em Londres. Ela trabalha como Paramédica para o governo britânico atendendo as maiores emergências pré-hospitalares da capital.

 Além disso, também ensina primeiros socorros em suas horas vagas e ajuda milhares de pessoas em suas redes sociais, onde é mais conhecida como Priscila Paramédica Londres.


"Covid longa" ressalta a importância de cuidados extras com o coração

De acordo com especialista do Hospital Santa Catarina - Paulista, as arritmias cardíacas estão entre as sequelas pós-COVID mais frequentes que afetam o coração. É importante estar atento a sintomas como palpitações, pulsação irregular ou alteração na frequência cardíaca mesmo em repouso

 

Neste ano, uma pesquisa publicada pela Universidade de Leicester, do Reino Unido, identificou que sete em cada dez pessoas internadas pelo novo coronavírus apresentam sequelas por até cinco meses. Além disso, ainda não se sabe qual é o prazo médio de permanência destes sintomas, devido à irregularidade no modo em que se manifestam. Mesmo para indivíduos sem comorbidades, a probabilidade de desenvolver sequelas após a Covid-19 ainda é alta.

Entre as mais de 50 sequelas associadas à COVID-19 mapeadas até o momento, as de origem cardíaca estão entre as repercussões mais graves, capazes de causar mudanças expressivas na qualidade de vida dos pacientes. Conforme um estudo publicado na revista científica JAMA Cardiology, 78% dos pacientes que tiveram a forma grave de COVID-19 apresentaram anomalias cardíacas após a infecção pelo vírus. Além disso, 60% destes desenvolveram a miocardite - enfraquecimento do coração -, que, embora não seja considerada uma condição grave, caso não tratada adequadamente, pode levar à insuficiência cardíaca.

Tipos de sequelas e sintomas

De acordo com o Dr. Nilton Carneiro, cardiologista e arritmologista do Hospital Santa Catarina - Paulista, as arritmias estão entre as sequelas pós-COVID mais frequentes que afetam o coração, podendo se manifestar até mesmo em pacientes que não possuem um histórico associado a complicações desta natureza. Curiosamente, estas repercussões podem surgir semanas após o período de cura e, por isso, o acompanhamento com um cardiologista após o acometimento é essencial para obter um diagnóstico precoce. "De forma geral aqueles pacientes que tiveram formas mais sintomáticas da COVID-19, ou que tenham necessitado internação hospitalar, são os mais suscetíveis a ter alguma sequela cardíaca, embora isso não seja a regra", adiciona.

De acordo com o especialista, existem diversos indícios que podem apontar para a presença de alguma anomalia cardíaca após o acometimento pela infecção. "Aqueles que tiveram a doença devem se atentar a sintomas como palpitações, desmaio, disparo do coração, batimentos irregulares, pulsação irregular ou frequência cardíaca muito baixa ou muito alta (mesmo em repouso)", completa. Caso qualquer um dos sinais citados seja notado, a procura por um cardiologista deve ser imediata para impedir que uma possível condição evolua para quadros graves, capazes de causar sérias repercussões na qualidade de vida.

Prazo de acometimento e tratamento
Não há definição, até este momento, de quanto tempo após se curar da COVID-19 o paciente encontra-se em risco de ter complicações cardiológicas. O Dr. Carneiro aponta que a maior parte delas ocorre durante o período sintomático da infecção ou no primeiro mês. "Para aqueles pacientes que tiveram a doença, recomenda-se realizar um ‘check-up’ geral e multidisciplinar, incluindo orientações nutricionais e psicológicas, quando conveniente", ressalta.

No caso de um diagnóstico confirmado de alterações na frequência cardíaca, o tratamento irá depender da evolução do quadro e da situação clínica do paciente como um todo. "Enquanto uma parte das arritmias é de evolução benigna e necessita apenas de acompanhamento periódico, outras exigem tratamento mais urgente, como o uso de medicamentos ou até intervenções em ambiente hospitalar", finaliza.



Prevenção

Embora as sequelas cardiológicas deixadas pela infecção possam se manifestar de maneira espontânea e aleatória, sem se apegar a perfis fisiológicos específicos, existem algumas ações que podem contribuir para evitar o surgimento destas. Hábitos e complicações como sedentarismo, tabagismo, sono irregular, má alimentação, estresse e o consumo exacerbado de álcool estão entre as principais causas de complicações cardíacas em geral. Portanto, todos estes fatores devem ser adequadamente controlados e monitorados.

Em relação às ações proativas que podem ser adotadas, a prática de exercício, mesmo que leves ou moderados, no mínimo três vezes por semana, podem contribuir para a saúde cardiovascular. Uma alimentação regrada também é um aspecto essencial da prevenção, pois determinados alimentos podem diminuir as chances de desenvolver a hipertensão arterial, enquanto outros grupos ajudam a controlar o colesterol e reduzir o acúmulo de gorduras e outras substâncias nas paredes das artérias e dentro delas.


Uso de lentes de contato por crianças deve ser cauteloso

As lentes de contato são ótimas para quem não gosta de usar óculos. Podem ser mais práticas para realizar atividades físicas, por exemplo, bem como não atrapalham o visual. Entretanto, será que crianças e adolescentes podem usá-las?

 
Segundo a oftalmopediatra Dra. Marcela Barreira, crianças e adolescentes podem usar lentes de contato, mas com muita cautela.

“O mais importante é que essa decisão seja tomada em conjunto com os pais que devem estar cientes de todos os riscos do mau uso das lentes para a saúde ocular de seus filhos”.


Riscos e benefícios

O uso das lentes de contato não é isento de riscos. Há muitos problemas oculares relacionados ao mau uso desse dispositivo médico. “Portanto, é preciso levar em consideração esse fator na hora de prescrevê-las para crianças”, reforça Dra. Marcela.
 
Um estudo publicado no periódico Pediatrics, apontou que 20% das crianças que passam por consultas de urgência, todos os anos, nos Estados Unidos, apresentam complicações relacionadas às lentes de contato.  
 
Em contrapartida dos possíveis danos e complicações, o uso das lentes de contato pode estar associado a uma melhora da visão, da autoestima, bem como oferece à criança uma oportunidade de praticar esportes em que o uso de óculos poderia atrapalhar”, cita Dra. Marcela.
 
A especialista lembra que em muitos casos as lentes de contato são usadas para doenças que demandam esse tipo de dispositivo.
 
“Algumas patologias como catarata congênita, irregularidades na córnea, ceratocone, estrabismos e anisometropia (grande diferença de grau entre os dois olhos), podem demandar a prescrição de lentes de contato em crianças e adolescentes”.


Momento certo

Para prescrever lentes de contato para crianças, é preciso levar em consideração a capacidade de autonomia e o nível de maturidade.
 
“O uso de lentes de contato demanda uma rotina rigorosa de cuidados e uma atenção especial com a higiene. Geralmente, crianças a partir dos 10 anos de idade já podem cuidar sozinhas das lentes de contato, mas sempre com supervisão dos pais”, ressalta Dra. Marcela.  
 
No caso de crianças com menos de 10 anos, a supervisão e o auxílio para colocar, tirar e para fazer a limpeza das lentes deve ser constante.
 
“Um outro aspecto é que os pais devem se comprometer a levar a criança ao oftalmopediatra com regularidade para avaliar se há alterações ou danos oculares decorrentes do uso das lentes de contato”, cita Dra. Marcela.  
 
Apesar dos benefícios das lentes de contato, é preciso levar em consideração o motivo pelo qual o uso é recomendado.  Caso seja apenas pela estética, é preciso repensar”, afirma a especialista.


 
Riscos oculares
 
“A pior consequência do mau uso das lentes de contato é a ceratite, inflamação grave da córnea. Quando não tratada ou tardiamente diagnosticada, pode causar danos irreversíveis na visão”, aponta Dra. Marcela.

A ceratite pode ser causada por bactérias, fungos, vírus e pela Acanthamoeba, sendo muito comum em usuários de lentes de contato. Alguns sintomas podem sugerir que há problemas com as lentes de contato, como:
 

  • Ardência ocular
  • Coceira
  • Vermelhidão
  • Sensação de areia nos olhos
  • Lacrimejamento em excesso
  • Visão embaçada
  • Dor nos olhos
  • Acúmulo de secreção

 
No caso de a criança apresentar qualquer um desses sintomas, os pais devem procurar o oftalmopediatra para avaliação.
 
Embora não haja contraindicações para o uso das lentes de contato em crianças, trata-se de uma decisão importante.

“O oftalmopediatra precisa explicar e alertar os pais sobre os riscos e os benefícios das lentes. O ideal é manter os óculos até que a criança tenha mais autonomia e responsabilidade para cuidar das lentes de contato”, encerra Dra. Marcela.


Setembro vermelho: entenda mais sobre as doenças cardiovasculares

No mês marcado pelo Dia Mundial do Coração (29), o Instituto Opy reforça a importância dos cuidados preventivos com a saúde cardiovascular e destaca a atenção nos primeiros mil dias de vida.

 

As doenças cardiovasculares estão inseridas no grupo das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT´s) e seguem liderando as estatísticas de mortalidade no Brasil. Dados do Ministério da Saúde de 2020 revelam que as doenças do coração estão entre as principais causas de morte entre os brasileiros, com cerca de 30% do total de óbitos, equivalente a 400 mil por ano.

Recém-lançado, o Instituto Opy de Saúde, braço filantrópico da Opy Health, atua na promoção da saúde com foco principal na prevenção de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) e no cuidado dos primeiros 1000 dias de vida (período que vai da gestação aos 2 anos de idade), fomentando projetos e apoiando soluções de impacto na atenção primária da saúde pública. Ajudar na redução da prevalência das DCNTs, inclusive de doenças cardiovasculares, é um dos focos do Instituto Opy de Saúde, que reforça a importância da campanha "Setembro Vermelho" sobre conscientização, prevenção e tratamento dos problemas no coração.

De acordo com a diretora-presidente do Instituto, Flavia Antunes, apesar de os genes herdados influenciarem no surgimento das DCNTs, muitos casos podem ser evitados. "A prevenção tem um papel fundamental para evitar problemas do coração. Embora a genética tenha um peso grande, os maiores fatores de risco ainda são o sedentarismo, a má alimentação, a falta de identificação de pacientes, e, consequentemente, seu acompanhamento", esclarece Flávia, ressaltando que o colesterol alto, hipertensão, tabagismo, diabetes são alguns fatores que aumentam o risco de um evento cardiovascular, todos associados aos hábitos do dia a dia.

Outro ponto importante analisado por Flavia está ligado aos cuidados durante os primeiros 1000 dias de vida. "O período é conhecido como ‘intervalo de ouro’, quando se formam e se programam as células do corpo, e que gera impacto na saúde no curto e no longo prazo. A combinação de fatores genéticos com influências externas como alimentação, amamentação, medicamentos, quantidade de infecções, e prática de exercícios, vão dar o resultado final da equação, indicando mais ou menos risco daquela pessoa viver com obesidade, ter diabetes ou desenvolver doenças cardiovasculares.", alerta a diretora-presidente. "Por isso a adequada nutrição, incluindo o leite materno como prioridade até os 6 meses de idade, e o estilo de vida saudável são alguns dos melhores e mais elementares investimentos de saúde no início da vida."

Adicionalmente, a realização periódica de avaliação médica e exames específicos conforme faixa etária e gênero não pode ser esquecida no combate dessas doenças. Para a médica sanitarista e membra do Conselho de Administração do Instituto Opy, Catherine Moura, cuidar de forma integral e preventiva da saúde do coração é uma maneira eficaz de redução de riscos, melhoria da qualidade de vida em geral e de maior longevidade. "Precisamos investir em ações educativas continuadas para conscientização da população e em políticas públicas com foco na prevenção, promoção do bem-estar e vida saudável em todas as fases do ciclo de vida", destaca Catherine, que lembra que cuidar da saúde do coração controla doenças indesejáveis e pode salvar vidas. "Cuidar da saúde do seu coração pode significar anos adicionais de vida com mais qualidade e menos chance de adoecer", conclui Catherine.


Quais alimentos são "amigos" do coração?

Aumento da ingestão de bebidas alcoólicas, comidas gordurosas e produtos ultraprocessados fizeram disparar número de casos de doenças cardiovasculares durante a pandemia


Durante a pandemia, houve um aumento assustador no número de mortes causadas por problemas no coração: 132%
Crédito: Jasmine Alimentos

A receita para reduzir o risco de um infarto e de doenças cardiovasculares todo mundo sabe: alimentação balanceada, atividades físicas e controle do peso. Mas, durante a pandemia, o que se viu foi um aumento assustador no número de mortes causadas por problemas no coração: 132% - de acordo com uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

As mortes por doenças cardiovasculares não especificadas (por falta de um diagnóstico preciso), infartos e AVCs (Acidentes Vasculares Cerebrais) aumentaram 132% em Manaus, 126% em Belém, 87% em Fortaleza, 71% em Recife, 38% no Rio de Janeiro e 31% em São Paulo entre março e maio de 2020, na comparação com o mesmo período de 2019. O crescimento se deve a diversos fatores, como a covid-19, a hipertensão e a diabetes, agravadas por conta da pandemia, e, também, pela diminuição da frequência dos exames diagnósticos e acompanhamento de doenças.

O cenário requer atenção redobrada e muita preocupação com os alimentos que são ingeridos, assuntos que são abordados de forma ainda mais abrangente no Dia Mundial do Coração, lembrado em 29 de setembro. Saber o que colocar e, principalmente, o que deixar de fora da lista de compras é uma das principais medidas em prol do coração e da saúde como um todo. 

“Os estudos apontam mudanças benéficas na qualidade alimentar do brasileiro em alguns momentos na pandemia. Mas, em outros levantamentos, os dados são preocupantes”, reconhece a nutricionista e consultora da Jasmine Alimentos, Bruna Nogueira. O aspecto positivo na avaliação dela foi que, no período mais crítico da pandemia, as pessoas aproveitaram um tempo maior em casa para preparar suas refeições, fazendo escolhas saudáveis e equilibradas de alimentos. Também prestaram mais atenção aos rótulos, buscando incluir no dia a dia produtos, mesmo que industrializados, com ingredientes funcionais ou benéficos ao organismo. "O lado negativo foi que o uso de aplicativos de delivery de refeições e o consumo de doces, frituras, alimentos ultraprocessados e álcool também cresceram consideravelmente", lamenta.

Na visão do cardiologista Paulo Negreiros, do Hospital Marcelino Champagnat, de Curitiba (PR), esse comportamento equivocado de alimentar-se mal foi potencializado com o aumento do sedentarismo. “Infelizmente, com a pandemia, houve um crescimento expressivo do consumo de fast food e diminuição da prática dos exercícios físicos. Essa combinação é catastrófica para o coração”, alerta. 

Dados do periódico científico Nutrients (da University of South Australia) e da NutriNet Brasil sobre comportamento alimentar reforçam essa contradição. Pela amostra da NutriNet Brasil, vinculada à USP (Universidade de São Paulo), e que acompanha o comportamento alimentar dos brasileiros em todas as regiões, houve aumento de consumo de itens como frutas, hortaliças e feijão de 40,2% para 44,6% na pandemia. Contudo, o consumo de alimentos ultraprocessados passou de 77,9% - número que já é altíssimo na comparação com outros países - para 79,6%. Com outro recorte, o periódico Nutrients constatou aumento no consumo de frutas e hortaliças durante o distanciamento social por parte dos adolescentes em cinco países, inclusive o Brasil. Mas também identificou o crescimento da ingestão de doces e frituras entre os jovens.

De acordo com a nutricionista, um padrão alimentar saudável deve ser rico em vegetais, cereais integrais (como farelo de aveia, arroz integral, aveia em flocos, quinoa), azeite de oliva, sementes (linhaça, chia, semente de abóbora, por exemplo), leguminosas, frutas, peixes e castanhas (castanha-do-Brasil, amêndoas, nozes, pistache etc.). “Esses alimentos favorecem uma vida mais equilibrada e, ainda, atuam como cardioprotetores, já que são fontes de fibras, ômega-3, vitaminas, minerais e fitoativos, que são importantes nesse cuidado integrado”, esclarece. 

Segundo Bruna, a combinação ideal seria a da chamada “dieta do Mediterrâneo”, à base de carnes magras (em destaque, a de peixe), e rica em frutas, verduras, legumes e grãos, evitando-se embutidos e industrializados. Os hábitos alimentares saudáveis e equilibrados podem atuar na prevenção e no tratamento dos eventos cardiovasculares, e, também, na redução de alguns fatores de risco associados ao desencadeamento das doenças cardiovasculares e crônicas, como: dislipidemias (redução dos níveis de HDL-c e/ou aumento dos níveis de colesterol total, LDL-c e/ou triglicerídeos no sangue), aumento da glicemia, inflamação e estresse oxidativo. “Um corpo bem nutrido é capaz de exercer o seu melhor potencial de saúde”, completa Paulo Negreiros.


Fora da lista pró-coração

Alimentos e produtos com alto teor de gorduras trans e saturadas, além de carboidratos simples, com alto índice glicêmico (com capacidade de gerar picos de glicemia) e ricos em aditivos artificiais, como embutidos, frituras, bebidas adoçadas, biscoitos recheados, farinhas refinadas, salgadinhos industrializados não saudáveis, carnes vermelhas, entre outros, impactam negativamente os níveis de glicemia, colesterol e triglicerídeos séricos. 

Além de prejudicar a saúde do coração, eles podem levar ao ganho de peso, inflamação e estresse oxidativo, que também comprometem a performance física, reduzindo a vitalidade, a disposição e a qualidade de vida. 

“Os fatores genéticos são os maiores preditivos das doenças do colesterol (dislipidemias), no entanto, uma dieta saudável é crucial para que se atinjam níveis aceitáveis de colesterol para prevenção de doenças cardiovasculares, apesar de os fatores genéticos de alguns poderem levar a níveis elevados de colesterol”, explica o cardiologista. 

“Podemos dizer que a genética não é destino, isso porque o que irá determinar que um gene seja expressivo ou não, na maioria das vezes, é a interação do indivíduo com o ambiente e a nutrição”, acrescenta o especialista, que defende: "O trinômio 'alimentação, exercício físico e saúde mental' exercem maior influência do que o perfil genético e a idade isolados, além de reduzirem em 80% os riscos de doenças crônicas e cardiovasculares".


Dentro da lista pró-coração

De acordo com Bruna Nogueira, a indústria de alimentos saudáveis evoluiu muito e, atualmente, oferece produtos que substituem ingredientes refinados por opções integrais e menos processadas, como farinha de trigo integral, aveia, açúcar mascavo, açúcar demerara e mel. “A tecnologia tem ajudado no desenvolvimento de produtos altamente nutritivos, saborosos e com baixo ou nenhum risco à saúde. É possível encontrar nas prateleiras dos supermercados muitos produtos industrializados com alto poder nutritivo”, destaca. 

Confira quais são os alimentos considerados “cardioprotetores” e que devem ser presença constante na lista de compras: 


Farelo de aveia - Apresenta uma excelente concentração de fibras solúveis, principalmente beta-glucanas, além de avenantramidas, compostos bioativos com efeito anti-inflamatório e antioxidante. O consumo frequente contribui com a redução do colesterol total e do LDL-c de forma significativa, de acordo com diversos estudos recentes;


Frutas vermelhas e roxas - Morango, açaí, cranberry, goji berry são algumas das frutas ricas em polifenóis, como as antocianinas, procianidinas, quercetina, ácidos fenólicos e polissacarídeos, além de fibras, que estão associadas à melhora dos níveis de colesterol, e favorecem a saúde cardiovascular.


Sementes de chia e de linhaça - Ambas são fontes de ômega-3 e de fibras solúveis e insolúveis, que trazem benefícios para a saúde do coração e redução do colesterol ruim.


Castanhas - Nozes, castanha-do-Brasil, pistache, amêndoa, avelã e outras sementes são ricas em selênio, zinco, magnésio e compostos bioativos, que atuam em diferentes mecanismos para contribuir com a saúde cardiovascular.


Cereais integrais (arroz integral, quinoa) - Têm boa concentração de fibras que irão beneficiar a saúde do coração, uma vez que auxiliam desde a diminuição dos níveis de colesterol até a redução da inflamação.


Azeite de oliva - É considerado um grande cardioprotetor, por favorecer a redução dos níveis de colesterol LDL e total, e por estimular o aumento do HDL-c.

 


Jasmine Alimentos

www.jasminealimentos.com  


Trombose: conheça os principais sintomas e dicas para sua prevenção

Especialistas explicam como identificar possíveis casos da doença e alertam para cuidados especiais

Trombose: conheça os principais sintomas e dicas para sua prevenção
Divulgação

A pandemia do coronavírus, além de levar a vida de milhares de pessoas no Brasil e no mundo, trouxe um alerta importante sobre outra doença igualmente perigosa e relacionada à infecção: a trombose. Essa é uma obstrução causada por coágulos de sangue em veias ou artérias, que pode resultar em quadros graves, como AVC, infarto agudo do miocárdio, embolia pulmonar e até a morte.  

Estima-se que de 10% a 15% dos pacientes internados com infecção pelo coronavírus em enfermaria tenham apresentado algum evento trombótico. Em casos de pacientes na UTI, esse número pode chegar a 30% – taxas muito altas se comparadas ao período pré-pandemia. A infecção causada pelo SARS-COV-2 pode danificar a camada interna da parede dos vasos sanguíneos chamada de endotélio, como explica o Dr. Marcelo Melzer Teruchkin, cirurgião vascular do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) e da Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia (SBTH). “Essa é uma parte responsável por não permitir que o sangue coagule, então se o vírus danifica essa camada, a deixa mais propensa à formação de trombo”.  

É importante salientar que maioria dos quadros de trombose não estão associados à COVID. Especialistas alertam que os principais fatores de risco para trombose são idade acima de 60 anos, tabagismo, obesidade, imobilidade, cirurgias, infecções, gravidez e puerpério, uso de hormônios como anticoncepcionais, acidentes, câncer e doenças da coagulação, denominadas trombofilias. No caso das tromboses arteriais, ainda temos o diabetes, sedentarismo e elevação das taxas de gordura no sangue como fatores causais. Os sintomas podem ser variados de acordo com o sistema envolvido. Por isso, o Dr. Marcelo listou os quadros clínicos mais comuns. Confira: 


INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO 

A trombose das artérias do coração (coronárias) pode se apresentar com quadro clínico de dor torácica, de forte intensidade e aperto no peito que pode se irradiar para o braço esquerdo, ombro, região da mandíbula e até abdome. Essa pode estar associada à falta de ar, sensação de desmaio, palidez, náuseas, sudorese e palpitação. 


ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL 

Quadro de dor intensa na cabeça, convulsão, perda de consciência, confusão, tonturas associadas a náuseas e vômitos, perda de força ou formigamento em um lado do corpo, desvio da boca e dificuldades na fala podem estar associados ao quadro de trombose da circulação cerebral. 


EMBOLIA PULMONAR 

A obstrução da circulação pulmonar pode se apresentar com dor torácica em pontada ou aperto, falta de ar, palpitação, tosse, febre de baixo grau e cianose (face e extremidades do corpo arroxeadas). 


TROMBOSE VENOSA PROFUNDA 

A trombose do sistema venoso de uma das pernas ou braços pode ocasionar dor intensa, inchaço, enrijecimento muscular e mudança de coloração (avermelhado ou arroxeado). Geralmente acomete apenas uma das pernas ou um dos braços.  


OCLUSÃO ARTERIAL AGUDA DE EXTREMIDADES 

A obstrução aguda de uma artéria da perna ou do braço pode levar a dor intensa, palidez, formigamento, resfriamento, dificuldade de movimentação e ausência de pulsação.  


Como evitar? 

O primeiro e mais importante passo é se manter ativo fisicamente e conservar boas práticas de saúde. Para a Dra. Joyce Annichino-Bizzacchi, hematologista e professora do departamento de clínica médica da Unicamp, no caso de lesões em atividades físicas, é importante prestar atenção a sinais de inchaços ou dores desproporcionais nos dias seguintes.  

A especialista ainda indica que sempre que passar por um episódio que propicie o desenvolvimento de coágulos, procure um médico responsável. “Cirurgias, casos onde o paciente deverá ficar imobilizado, indicações de anticoncepcionais. Esses são alguns casos que vale levantar um questionamento ao médico quanto a esse risco”, finaliza Dra. Joyce. 


Estudo indica: covid-19 causa maior sarcopenia grave pós-internação

A perda de massa muscular em pacientes internados é maior comparada a outras doenças severas
 

·         Estudo brasileiro mostra impacto positivo da irisina

 

Pacientes submetidos à terapia intensiva por causa da COVID-19 grave podem apresentar perda muscular e diminuição da força muscular de forma acelerada (em apenas 10 dias de internação na UTI), conforme indica estudo (link aqui).

 

“A perda progressiva da massa muscular associada à perda da força muscular e redução do desempenho físico caracteriza a síndrome chamada sarcopenia. A perda de massa muscular em pacientes internados chega a 3,7% ao dia, maior que em outras doenças severas”, comenta Dra. Célia Regina Nogueira, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP).

 

A covid-19 é uma doença infecciosa que atinge múltiplos órgãos, caracterizada por um estado inflamatório grave e altamente catabólico. Com isso, acaba influenciando profundas mudanças na constituição corporal, especialmente na quantidade, estrutura e função dos músculos esqueléticos, o que leva ao desenvolvimento da Sarcopenia aguda. “Esse processo pode acarretar a deterioração funcional e física pós-covid”, explica Dra. Célia.

 

O paciente com covid-19 apresenta mialgia, anosmia (o que dificulta a alimentação e a reposição de proteínas adequadamente) e insuficiência renal (com perda de albumina). Esses sintomas, associados ao tempo de hospitalização e o uso de corticoides durante a internação, estão diretamente relacionados ao surgimento da sarcopenia.

 

“Sabe-se que o músculo esquelético expressa ACE2 (acetilcoenzima 2) utilizada no processo de reconhecimento/entrada do SARS-CoV-2 na célula sendo mais um fator para agravar a perda de massa muscular em pacientes com covid-19. E as medidas de força muscular, quantidade e desempenho físico devem ser incorporadas à prática clínica, considerando a possibilidade de sarcopenia aguda ao avaliar os riscos e benefícios do tratamento e instigar o tratamento multidisciplinar”, finaliza a endocrinologista.

 

O exercício físico, portanto, é fundamental para a recuperação da sarcopenia e associadamente foi reportado o impacto positivo da irisina.

 

Estudo conduzido por pesquisadores brasileiros (link aqui) sugere que a irisina, hormônio liberado durante o exercício físico, pode ter efeito terapêutico para a covid-19.

 

“Sabíamos quais eram os genes associados à maior replicação do vírus; então fomos verificar nos nossos resultados a relação da irisina com esses genes. Analisamos dados de expressão gênica de células adiposas e observamos que a irisina tem efeito modulador em genes associados à maior replicação do vírus.”, explica Dra. Célia Regina, coordenadora do estudo.

 

A partir de cruzamento de dados, verificou-se que o tratamento de células adiposas subcutâneas humanas colocadas em cultura e tratadas com irisina diminui a expressão de genes fundamentais para a replicação do vírus da covid em células humanas. Esses resultados foram publicados na revista Molecular and Cellular Endocrinology.

 

 


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Primavera desencadeia reações alérgicas nos olhos

 Um dos principais problemas é a conjuntivite alérgica ou primaveril, que ocorre com frequência nesta época do ano em função do pólen das flores

 

A primavera é a estação das flores e dos dias mais longos e quentes. Apesar de ser conhecida como a época mais bonita do ano, esta estação desencadeia muitos tipos de reações alérgicas, especialmente nos olhos. Um dos principais problemas é a conjuntivite alérgica ou primaveril, que ocorre com frequência nesta época do ano em função do pólen das flores. Além do pólen, a baixa umidade relativa do ar também traz queixas relacionadas a ardências oculares, olhos vermelhos, sensação de corpo estranho ou de areia nos olhos.

 

Os sintomas da conjuntivite primaveril são intensos e podem prejudicar a qualidade de vida do paciente. “Além de coceira frequente nos olhos, secreção na mucosa, produção de lágrimas em excesso, ardor e desconforto na presença de luz forte, os olhos ficam vermelhos e inchados”, explica o oftalmologista Francisco Porfírio, presidente da Sociedade Brasiliense de Oftalmologia (SBrO).

 

A boa notícia é que a conjuntivite primaveril tem aspecto alérgico e não é contagiosa. Por esse motivo, na maioria dos casos, não exige afastamento do trabalho ou de outras atividades do cotidiano. O tratamento da patologia é feito com colírio antialérgico, medicamentos tópicos ou orais e até injeções antialérgicas.

 

Neste período também é possível confundir alergia com olho seco, ou também outros problemas que simulam um quadro alérgico, como infecções oculares. Portanto, só o oftalmologista poderá fazer a indicação correta do tratamento, já que há uma grande variedade de medicações. Pacientes que buscam tratar os sintomas sem acompanhamento médico, costumam mascarar a infecção por um longo período, podendo resultar em problemas graves.

 

Para aqueles que já possuem algum tipo de alergia, Francisco Porfírio indica evitar ambientes ao ar livre entre 5h e 10h da manhã, quando a ação do pólen é mais intensa; usar pano molhado no lugar da vassoura, retirar as cortinas, tapetes e bichos de pelúcia e manter o local sempre arejado permitindo a entrada do sol.

 

“Quem utiliza lentes de contato deve ter cuidado redobrado, pois quando usadas em ambientes pouco umidificados podem ocasionar ceratite, uma inflamação passível de evolução até para úlceras e perfuração dos olhos”, explica o presidente da SBrO. 

Outra dica é evitar ao máximo o ato de coçar os olhos porque pode desenvolver uma doença chamada ceratocone. Ela acontece na córnea e é progressiva. Em alguns casos precisa de cirurgia, podendo trazer perdas irreversíveis da visão. Neste caso, o transplante da córnea é indicado. Coçar os olhos também pode causar o descolamento da retina.


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