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quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Insulina apenas uma vez na semana: em fase de testes, tecnologia promete facilitar a vida de pessoas com diabetes

Pacientes com o tipo 2 da doença podem participar do estudo de forma voluntária


No ano em que a descoberta da insulina completa 100 anos, um novo estudo em andamento promete revolucionar a forma com que esse medicamento é aplicado em pacientes com diabetes. A pedagoga Eva de Matos é uma das mais de 12 milhões de pessoas que têm diabetes no Brasil. Diagnosticada com a doença do tipo 2 aos 39 anos de idade, ela recebe 4 injeções diárias de insulina. O médico endocrinologista e presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes do Paraná (SBDPR), André Vianna, explica que ter uma insulina semanal à disposição dos pacientes significa que Eva terá uma redução de 300 picadas ao ano.

"Os benefícios de uma insulina de aplicação semanal são muitos. Primeiro o conforto que traz para os pacientes. Diabetes é uma doença que tem que ser monitorada e controlada por toda a vida, mas tem formas de amenizar e facilitar o dia a dia dessas pessoas. Aplicar insulina uma vez na semana ao invés de uma ou duas por dia já é um avanço enorme, sem falar que ajuda a controlar a glicemia de forma mais efetiva, podendo ser usado tanto por pacientes com diabetes tipo 1, como tipo 2 ", afirma.

Para Eva, a expectativa é que esse novo medicamento diminua o medo que muitas pessoas com diabetes têm: esquecer de aplicar a insulina. "Eu estou esperando ansiosamente para experimentar essa insulina que vai ser de aplicação semanal. Vai ser de uma grande valia para nós que somos diabéticos, porque tomar insulina quatro vezes ao dia não é fácil. E eu sei que às vezes, na correria do dia a dia, a gente acaba esquecendo de aplicar uma ou outra dose. É um medo constante de esquecer e a glicemia subir. Podendo aplicar apenas uma vez na semana, vai ser um ganho muito grande para todos nós", diz Eva.



Estudo em fase 3 de testes


A previsão é que a insulina de aplicação semanal chegue às farmácias em 2023, mas, para isso, ainda há um processo a ser seguido. O endocrinologista André Vianna também é o responsável por coordenar o estudo no Centro de Diabetes de Curitiba. Ele explica que os testes em humanos estão na fase 3 e tudo indica que o medicamento deve ser concluído com sucesso.

"Estamos na terceira e última fase de testes em humanos, onde avaliamos a eficácia e segurança do medicamento em um grande número de pessoas. Agora, a insulina de ação semanal é comparada com a melhor insulina que temos hoje no mercado, que é a de aplicação diária. Uma vez que o estudo seja concluído, o medicamento vai para aprovação da ANVISA e, em seguida, já poderá ser comercializado nas farmácias", diz o endocrinologista.



Recrutamento de voluntários


Centenas de pessoas participam da pesquisa realizada aqui no Brasil, mas existem outros estudos, também em fase 3, sendo desenvolvidos em outros países, totalizando milhares de pacientes com diabetes tipo 2 que recebem a insulina de aplicação semanal em fase de teste. No Centro de Diabetes de Curitiba estão sendo recrutadas pessoas com diabetes tipo 2 para participar do estudo e receber as doses de insulina de ação semanal como voluntários. Os requisitos necessários são:
- Ter diabetes do tipo 2
- Nunca ter utilizado insulina, apenas medicações por via oral
- Estar com o diabetes descontrolado

As pessoas que tiverem interesse em fazer parte da pesquisa podem se voluntariar pelo telefone (41) 3023-1252


Como corrigir doenças da infância no quadril e garantir qualidade de vida na fase adulta?

Patologias raras que surgem nos primeiros anos de vida e na pré-adolescência podem trazer sequelas e complicações graves em pacientes adultos. Ortopedista Dr. David Gusmão explica como cirurgias de colocação de próteses podem devolver mobilidade na locomoção

 

Duas doenças originadas ainda na infância, se não tratadas, podem resultar em desconfortos e má qualidade de vida para o paciente ao longo da fase adulta. Tratam-se da Legg Perthes Calvé e da Epifisiólise (que ocorre na pré-adolescência), doenças que alteram o formato do fêmur e que resultam em dificuldades de locomoção, desgastes da estrutura e além de dor na região na idade adulta.

 

Para o médico ortopedista Dr. David Gusmão, especialista em cirurgias no quadril, quando as doenças deixam essas sequelas no corpo do paciente, é possível — e recomendado — que se faça cirurgias corretivas que possam devolver a mobilidade do indivíduo.

 

“As duas doenças são raras e se manifestam na infância e adolescência, entre 4 a 8 anos e 10 a 16 anos,  Legg Perthes Calvé e da Epifisiólise, respectivamente. As sequelas são sentidas anos mais tarde, por volta dos 30 anos, quando há dificuldade para caminhar e movimentar a perna”, detalha. “Com a avaliação e diagnóstico, pode-se fazer cirurgias corretivas ou até mesmo cirurgias de substituição da cabeça do fêmur por uma prótese, além de intervenções na musculatura da perna e quadril”, completa.

 

Segundo o especialista, cada caso é individual, por isso, cada paciente requer um tratamento específico, podendo ser indicada a cirurgia nas duas pernas ou apenas em uma delas, entretanto, ainda segundo ele, o ideal é fazer a correção logo se constate a patologia.

 

“Muitas pessoas acreditam que cirurgias ósseas, colocação de próteses devam ser feitas quando o paciente estiver mais velho, porém, nesses casos, a dor e o desconforto impactam diretamente na qualidade de vida da pessoa, impedindo-a de realizar atividades simples e de ter uma vida normal, já que todo o processo resulta em desgaste da cartilagem, o que causa muita dor”, afirma.  

 

Por fim, o médico garante que após a cirurgia e acompanhamento com fisioterapia, em pouco tempo o paciente já está apto a realizar atividades costumeiras, como praticar esportes, caminhar normalmente, dançar, etc. “O ideal é quando a pessoa se esquece que fez a cirurgia e que se sinta com quadril natural”, completa.


Estudo inédito revela os impactos da cegueira associada aos distúrbios da retina

Dia mundial da retina marca necessidade de políticas públicas para as doenças da visão ; Os custos anuais do sistema de saúde com pacientes que apresentaram deficiência visual severa ou cegueira


Neste 25 de setembro acontece o Dia Mundial da Retina, marcado sempre no último sábado do mês. No entanto, os pacientes que convivem com distúrbios na retina ainda têm pouco o que comemorar. Um estudo[i], que contou com 146 pacientes de 17 estados do Brasil, revelou que os custos anuais do sistema de saúde com os pacientes que apresentavam deficiência visual severa ou cegueira foi de cerca de R$679 mil, o equivalente a quase R$4.700 por pessoa.

Além disso, os custos médicos totalizaram cerca de R$614 mil, dos quais 61.7% foram gastos em consultas ambulatoriais. A análise também trouxe os impactos da perda de produtividade ao longo da vida que somam um valor que ultrapassa os R$10 milhões.

Além dos impactos financeiros, que afetam a sustentabilidade do sistema de saúde brasileiro e o PIB do país, a cegueira afetou negativamente a qualidade de vida relacionada à saúde geral e específica à visão. Metade dos pacientes apresentou algum nível de ansiedade e depressão; destes, cerca de 50% com sintomas moderados ou graves. Um terço dos indivíduos (34,2%) relatou pelo menos uma queda nos 12 meses anteriores devido aos problemas de visão; destes pacientes, 14% relataram fraturas. Visitas de emergência e hospitalização foram relatadas por cerca de 25% e 5% dos participantes, respectivamente.

Estes dados podem ser ainda maiores uma vez que, recentemente, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) estimou que 1,5 milhão de brasileiros são cegos, o que representa aproximadamente 0,75% da população total em 2018[ii]. Envelhecimento populacional e ambiental e mudanças no estilo de vida aumentam o número de pessoas com Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), glaucoma e retinopatia diabética (DR) que são consideradas causas importantes de deficiência visual severa e cegueira[iii].

No Brasil, isso é particularmente relevante por causa do processo acelerado de envelhecimento populacional observado nos últimos anos[iv]. Os distúrbios da retina, além da catarata, foram as principais causas de deficiência visual e cegueira em idosos participantes de estudos conduzidos no final da primeira década dos anos 2000[v],[vi].

Como um dos médicos participantes do estudo, Dr. Arnaldo Furman Bordon destaca que “o acesso ao tratamento e um PCDT estabelecido são imprescindíveis para diminuir o impacto da retinopatia diabética na qualidade de vida dos pacientes e nos cofres públicos”. Existe uma falsa economia em não se tratar adequadamente esses pacientes, pois os custos diretos e indiretos da perda da visão são maiores, não só na perda de renda da família, como, em última análise, na diminuição da arrecadação de impostos gerados pelo trabalho dessas pessoas.

Isso porque ainda não há um Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas (PCDT) publicado, mesmo após aprovação pelo órgão competente em maio deste ano. Este cenário impede a melhora da prevenção, dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos de pessoas com diabetes e retinopatia diabética.

O diabetes está associado a diversas complicações como a disfunção e falência dos rins, do sistema nervoso, do coração e dos vasos sanguíneos. Mas, além desses, o olho é um dos principais órgãos impactados pela doença e, entre as comorbidades oculares, a retinopatia diabética (RD) é a complicação microvascular mais comum do diabetes, sendo a principal causa de cegueira em adultos de 20 a 74 anos de idade[vii],[viii]. A RD afeta os pequenos vasos da retina, região do olho responsável pela formação das imagens enviadas ao cérebro.

Segundo o Dr. Arnaldo Furman Bordon, Chefe do Setor de Retina e Vítreo do Hospital Oftalmológico de Sorocaba e Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo, “O aparecimento da retinopatia diabética está relacionado principalmente ao tempo de duração do diabetes e ao descontrole da glicemia. A hiperglicemia desencadeia várias alterações no organismo que, entre outros danos, levam à disfunção dos vasos da retina e, quando não tratada corretamente, leva à cegueira com diversos outros impactos na vida do paciente”.  Vale a pena frisar que a prevenção também é peça chave na diminuição do impacto que a retinopatia traz. Nas fases iniciais da doença, não há praticamente sintomas e essa é a melhor hora de se fazer o diagnóstico por meio de exames precoces e regulares.

Por isso, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, a Sociedade Brasileira de Diabetes, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia Metabologia, a Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo, ADJ Diabetes Brasil, a Associação Nacional de Atenção ao Diabetes, a Federação Nacional das Associações e Entidades de Diabetes, a Fundação Dorina Nowill, e a Retina Brasil, realizaram um manifesto que pede, com urgência, a publicação do Protocolo de Retinopatia Diabética e em seguida, a disponibilização dos medicamentos, para evitar a cegueira em milhares de brasileiros, que por sua vez impactarão diretamente a Previdência Social com aposentadorias precoces por invalidez.

 

 


[i] Humanistic and Economic Burden of Blindness Associated with Retinal Disorders in a Brazilian Sample: A Cross-Sectional Study. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs12325-021-01672-3

[ii] Ottaiano  JAA,  A´ vila  MP,  Umbelino  CC,  Taleb  AC. As  condições  da  saúde  ocular  no  Brasil  2019.  Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).  1a edição. 2019. https://www.sbop.com.br/2019/09/02/censo- cbo-as-condicoes-de-saude-ocular-no-brasil-2019/.

[iii] World Health Organization. (2019). World report on vision. World Health Organization. https://apps. who.int/iris/handle/10665/328717.

[iv]IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Projeções   da   população   do   Brasil.   2018.   https:// www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/ 9109-projecao-da-populacao.html?=&t=o-que-e.

[v] Salomão SR,  Mitsuhiro  MRKH,  Belfort  R  Jr.  Visual impairment and blindness: an overview of preva- lence and causes in Brazil. An Acad Bras Cienc. 2009;81(3):539–49.

[vi] Arieta CEL, Fornazari de Oliveira D, de Carvalho Lupinacci AP, et al. Cataract remains an important cause of blindness in Campinas, Brazil. Ophthalmic Epidemiol. 2009;16(1):58–63.

[vii] World Journal of Diabetes. Ocular complications of diabetes mellitus. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4317321/.

[viii] NIH- National Eye Institute. Diabetic retinopathy – what should I know. Disponível em: https://nei.nih.gov/sites/default/files/health-pdfs/diabeticretino.pdf.


Covid em crianças: quais os cuidados a serem tomados?

A vacinação contra a Covid-19 já está em fase avançada em diversos países, dentre grande parte das faixas etárias. As crianças, contudo, ainda não se enquadram entre as que podem receber qualquer uma das doses disponíveis em diversas regiões, uma vez que o tema que vem sendo amplamente discutido ao redor do mundo. Enquanto ainda caminhamos nesse processo de imunização, os cuidados com os pequenos devem ser constantes, mesmo nos sintomas mais inocentes perceptíveis.

Em uma análise de todos os casos registrados da doença nos jovens, os sintomas podem variar conforme cada faixa etária. Até os cinco anos, sintomas respiratórios como coriza, tosse e febre baixa são os mais comuns. Para crianças acima de dez anos, que se enquadram dentre as que mais apresentam casos graves, podemos notar frequentemente dores abdominais, cefaleia e prostração, principalmente. Mesmo sem sequelas vistas na grande maioria, a falta de atenção e cuidado pode levar a consequências sérias.

Segundo dados do Sistema de Informação de Vigilância da Gripe, compilados pelo jornal O Estado de S. Paulo, o Brasil é o segundo país com mais mortes de crianças por Covid-19 até os nove anos – atrás apenas do Peru. Por mais que grande parte dos casos registrados tenham apresentado sintomas leves, o isolamento para os pequenos também se torna uma das melhores medidas contra a doença, junto com o tratamento adequado, recomendado pelo pediatra. Mas para tranquilidade dos pais, a mortalidade pela Covid-19 ainda é baixa na faixa etária abaixo de 18 anos, quando comparada às outras – mesmo com a variante Delta. Até a metade desse ano, inclusive, o número de mortes caiu em relação à 2020.

O uso de máscaras também é recomendado, mas apenas para os maiores de dois anos. Crianças menores a essa faixa etária se encontram em uma intensa fase oral, com salivação constante, o que pode prejudicar tal eficácia. Ainda, existe o risco de asfixia pela anatomia da via aérea própria da idade. A partir dos dois anos, vale ir apresentando de forma lúdica, pois nessa fase eles costumam ainda levar muito a mão ao rosto, perdendo a eficácia da proteção.  Já a partir dos cinco anos, a máscara deve ser utilizada, escolhendo uma que fique confortável no rosto. É importante apresentá-la de forma lúdica para uma melhor adaptação, especialmente a partir dos cinco anos, quando já conseguem ter um melhor entendimento sobre sua importância.

No ambiente escolar, seu uso é ainda mais importante. Por mais que muitos pais ainda estejam inseguros em permitir que seus filhos retornem às aulas presenciais, a grande maioria das instituições está preparada para recebê-los com a infraestrutura adequada para garantir sua máxima proteção e, com uma equipe adequadamente treinada para utilização de máscara e medidas de higiene. O impacto da ausência da escola na vida das crianças foi grande, e isso terá que ser bem acompanhado ao longo dos próximos anos.

Se tem algo que aprendemos com essa pandemia é que um corpo saudável apresenta um melhor desfecho. Então, mais uma vez, temos que olhar a qualidade da alimentação dos nosso pequenos, dando preferência sempre aos alimentos in natura e evitando os ultraprocessados. Vários estudos estão sendo publicados, relacionando uma alimentação mais saudável com uma melhor evolução frente à infecção pela Covid-19. Mantenha as rotinas dos seus filhos com o pediatra e os exames deles em dia.

Ainda temos muito o que descobrir sobre a Covid-19 e seus danos à saúde, tanto nas crianças quanto nos adultos. Por isso, os pais devem ficar constantemente alertas a qualquer sintoma diferente que a criança tenha e, não apenas aos mais característicos e comuns da doença. O melhor tratamento ainda é a prevenção: evite aglomerações, use máscaras e priorize a vacinação dos grupos adequados, a fim de proteger também os que não podem ser vacinados. Em qualquer suspeita, entre em contato com seu pediatra para que ele oriente a conduta e acompanhe o desenvolvimento dos sintomas.

 


Dra. Patrícia Consorte - pediatra e especialista em nutrição materno-infantil.

https://www.drapatriciaconsorte.com.br/

 

Saiba os cuidados necessários após a remoção do dente do siso

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Consultora da GUM indica como realizar a rotina de higiene bucal durante o período de recuperação


Popularmente conhecido como dente do juízo, os sisos são os últimos molares, que, usualmente, rompem na cavidade oral na faixa dos 17 a 25 anos. Entretanto, é bem comum que eles nasçam com alguma anomalia, o que dificulta a sua erupção, podendo até impactar na saúde dos demais dentes. Nesses casos, é necessário que sejam extraídos.

Apesar de ser um procedimento simples, a dor e o desconforto fazem parte do processo, especialmente quando termina o efeito da anestesia. Portanto, como qualquer outra cirurgia, é comum que se tenham receios e muitas dúvidas, em especial quanto ao processo de higienização da cavidade oral. Queren Azevedo, consultora da GUM , marca americana de saúde bucal, afirma que alguns cuidados precisam ser adotados para garantir uma boa cicatrização dos tecidos. "Depois da extração, provavelmente o paciente apresentará dor e inchaço. Também pode ocorrer um pouco de sangramento. Então, enquanto a boca estiver se recuperando, é preciso ter muita cautela para não deslocar o coágulo sanguíneo ou lesionar a gengiva em cicatrização", ressalta.

Queren comenta que o tempo de recuperação dos dentes do siso é de três a quatro dias - podendo durar até uma semana. A duração do período de recuperação depende muito de quanto os dentes estavam impactados e de como ocorria sua erupção, além da saúde geral do paciente. Segundo a especialista, não se é recomendado a ingestão de alimentos sólidos, álcool, café, refrigerantes ou bebidas quentes nos primeiros dias após o procedimento. Além disso, não é indicado escovar os dentes durante o primeiro dia de recuperação. "A partir do segundo dia, a escovação precisa ocorrer bem suavemente, com uma escova específica de cerdas ultra macias, para que não bata com a escova na região. Os pontos podem reter alimentos e bactérias que podem causar infecções. Por isso a importância de manter a boca devidamente higienizada", destaca.

Para enxaguar a cavidade oral após a escovação, a consultora sugere que se movimente a água com bastante delicadeza, sempre procurando poupar a região que foi operada. As garrafas de água que exigem sucção devem ser evitadas, assim como os canudos. "Essa contração da face provoca uma espécie de vácuo na cavidade bucal, que pode favorecer sangramentos e causar dor", informa.

A profissional indica compressas frias, por aproximadamente 20 minutos, para amenizar a dor do pós-operatório, pois auxiliam a minimizar a reação inflamatória, retraindo os vasos sanguíneos e trazendo mais conforto. "Proteja a pele com um tecido e use gelo ou uma bolsa térmica fria. Isso poderá ser feito diversas vezes ao dia", diz. Além disso, analgésicos e anti-inflamatórios também podem ser sugeridos pelo cirurgião-dentista.


Tempo seco e calor extremo no Estado: como evitar lesões nos lábios e na pele

Pele pode ressecar ainda mais com a combinação tempo seco e ar-condicionado


Com umidade muito baixa, Estado de São Paulo entra na nova estação com máximas entre 36°C e 41°C. Especialista alerta que combinação do clima com uso de ar-condicionado constante pode causar e agravar ressecamento da pele e dos lábios


Ficar sem ar-condicionado em qualquer ambiente fechado tem sido difícil, mas nos próximos dias pode ser ainda mais complicado. A onda de calor que chegou ao Estado de São Paulo no último fim de semana trouxe previsão de máximas de até 41°C e sensações térmicas ainda maiores com a umidade relativa do ar podendo ficar abaixo das encontradas em regiões desérticas. Além dos problemas respiratórios, a condição climática pode provocar muito depressa lesões dolorosas nos lábios e na pele por conta do ressecamento do ar e da desidratação. Esses efeitos podem ser amenizados e até evitados com cuidados simples, de acordo com a médica Flávia Villela, especialista em Dermatologia.

A médica alerta que nessa situação climática, o uso de aparelhos de ar-condicionado alivia a sensação térmica, mas pode agravar os riscos para saúde por desumidificar ainda mais o ar. A especialista explica ainda que, além da hidratação com água e muitos líquidos, é preciso aplicar os produtos corretos para evitar o desgaste de pele e rachaduras em locais sensíveis do corpo, como lábios, rosto, cotovelos, pés e mãos. “O protetor solar no rosto, braços e mãos diariamente protege contra a incidência solar forte do nosso país e ajuda também como barreira para desidratação”, afirma a especialista.

Para a boca, ela sugere os protetores solares específicos. “Pessoas mais sensíveis podem também passar ao longo do dia, como complemento, produtos labiais à base de manteiga ou de dexpantenol, que são hidratantes potentes”, diz a Dra. Flávia Villela.


Ar condicionado não é vilão

A médica Flávia Villela destaca que o ar-condicionado pode ser um aliado em dias quentes se integrado com a outras práticas que garantam o bem estar em caso de baixa umidade relativa do ar.

É essencial manter o aparelho de ar-condicionado sempre limpo. Se o clima estiver quente e seco e não for possível evitar longas horas sob o ar-condicionado, a pessoa pode umidificar o ambiente com toalhas molhadas ou aparelhos específicos. Essa rotina deve ser associada à hidratação da pele e do corpo pela ingestão de líquidos, segundo a médica.


Calor demais também é risco para pele

Em ambientes quentes, o corpo transpira mais para equilibrar a temperatura corporal. O excesso de suor causado por um clima aquecido, entretanto, pode gerar transtornos para a pele. A preocupação maior é com a velocidade da desidratação. As rachaduras nos lábios e regiões de pele sensível podem ser porta de entrada para bactérias nocivas, causando infecções além de dor. O suor no corpo pode ainda provocar assaduras e irritações.

Trocar de roupa ao longo do dia e tomar banhos curtos e em temperatura amena pode ajudar. A médica alerta, entretanto, que não se deve exagerar no uso do sabonete nesses banhos extras. “A pele tem uma proteção natural, o sabonete usado muitas vezes ao dia pode remover essa oleosidade que protege e aumentar o ressecamento”, afirma Dra. Flávia Villela.


Muda a estação, clima seco permanece

A Primavera começou no último dia 21, mas desde o fim de semana anterior o Estado de São Paulo vem tendo altas consideráveis de temperatura. A Defsa Civil estadual emitiu alerta laranja para os próximos dias.

No último domingo, 19, a umidade relativa do ar variou entre 12% e 20%, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). No Deserto do Saara, maior deserto quente do mundo, a umidade do ar varia de 14% a 20%. O Centro de Previsão e Estudos Climáticos (CPTEC), do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), indica que as temperaturas da próxima semana continuarão altas, ficando entre 20°C e 36°C. Não há previsão de chuva significativa nesse período.


Dicas para manter lábios e pele longe do ressecamento

- Usar protetor solar no rosto, braços, mãos e um específico para os lábios;

- Não lavar excessivamente a pele;

- Usar hidratante de manhã e de noite;

- Borrifar água na pele;

- Usar hidratantes potentes à base de manteiga ou de dexpantenol;

- Beber água (2 litros por dia para adultos em doses pequenas, de 250 ml a 300 ml por vez).

- Comer frutas e legumes;

- Beber sucos naturais, mas sem abusar dos cítricos como laranja e limão;

- Manter o ambiente umidificado na hora de dormir e depois de longos períodos com ar-condicionado ligado.

 

Sequelas neurológicas de amplo espectro são observadas em pacientes infectados por Covid-19

 O sistema nervoso pode ser comprometido de forma direta ou secundária, que vão de dores musculares a um AVC


Muito tempo passou desde que a pandemia da Covid-19 se tornou uma realidade, mudando hábitos individuais e coletivos em todo o mundo. O comportamento do coronavírus, entretanto, continua surpreendendo a comunidade científica. O que se sabe até o momento é que, além dos sintomas iniciais e do comprometimento dos pulmões, a infecção pelo coronavírus pode deixar sequelas neurológicas importantes, que variam de leves a graves. É o que explica o neurologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, Fernando Freua.

No início da pandemia, alguns sintomas chamaram atenção por serem inusitados, como a anosmia (perda do olfato), que foi rapidamente associada à infecção por coronavírus. Mas em algumas pessoas esse sintoma pode perdurar por meses. Segundo Freua, há algumas teorias, ainda em discussão, sobre o motivo pelo qual o coronavírus afeta a capacidade olfativa, mas algumas pessoas precisam de reabilitação – feita com treinamento olfatório - para recuperar a capacidade de sentir odores. 

As manifestações neurológicas resultantes da Covid-19 são as mais prevalentes, depois das respiratórias. Elas podem ser o surgimento ou agravamento de enxaquecas, dores musculares persistentes, crises convulsivas, perda de memória recente, dificuldade de concentração e confusão mental. “A confusão mental pode ser provocada por uma resposta inflamatória do organismo à infecção ou pela encefalopatia provocada pelo vírus. Um estudo francês, realizado com imagem funcional, que avalia o metabolismo cerebral, verificou certo declínio cognitivo em pacientes pós-Covid. Mas há relatos inclusive de pacientes que desenvolveram síndrome parkinsoniana também e isso é, provavelmente, por ação direta do vírus no Sistema Nervoso Central. Então, o espectro das sequelas neurológicas do paciente infectado por Covid-19 é muito amplo”, afirma o médico. 

Outra complicação que pode ocorrer é a síndrome de Guillain-Barré, que é a inflamação das raízes nervosas, que pode gerar perda de sensibilidade, perda de força e, se não tratado da maneira correta, pode levar o paciente à deficiência respiratória grave. Existem alguns casos de Guillain-Barré Atípico, também, que afeta o Sistema Nervoso Autônomo e pode levar a oscilações da frequência cardíaca e da pressão arterial. 

O quadro conhecido como “despertar difícil”, segundo Freua, se tornou frequente em pacientes com quadro mais grave da doença e que ficaram internados e sedados por muito tempo. “Nesses casos, quando se retira a sedação, o paciente demora um pouco mais do que o normal para acordar ou voltar a um sistema neurológico de alerta”, comenta.


Oclusão vascular 

Mas o neurologista acredita que a complicação neurológica mais preocupante da infecção por Covid-19 está ligada a obstruções vasculares. “Para mim o sintoma mais preocupante da doença ocorre por uma ação indireta do vírus em pacientes que têm o que a gente chama de tempestade citotóxica, uma resposta inflamatória muito exacerbada à infecção. Esses pacientes ficam com sangue pró-coagulante, o sangue fica com uma facilidade maior de coagular. Nesse caso, veias ou artérias cerebrais podem ser ocluídas e o dano pode ser fatal.”

As oclusões vasculares provocadas pela resposta infecções por Covid-19 constituem outro espectro amplo de desdobramentos perigosos da doença, conforme explica Freua: “No começo da pandemia nós vimos pacientes jovens, na terceira ou quarta década de vida, com Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemisférico, perdendo metade de um hemisfério cerebral por conta de uma oclusão de vasos cerebrais. Houve relatos de pacientes que tiveram oclusão na chamada artéria espinal anterior, que resultou em infarto na medula e ficaram paraplégicos por conta dessas complicações vasculares”.

O neurologista explica que ainda é difícil predizer qual paciente infectado por Covid-19 está mais propenso a desenvolver esses incidentes secundários ou ficar com sequelas. ”Cada caso deve ser observado atentamente, sob diversos aspectos, já que, com exceção dos casos em que o paciente já tem um histórico tromboembólico, a infecção pode tomar rumos muito diferentes”, explica Freua.

 


BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo 

 

Setembro Vermelho: dificuldades com ereção podem indicar problemas cardiovasculares

Homens com disfunção erétil têm aproximadamente duas vezes mais chances de sofrer um ataque cardíaco

 

Setembro Vermelho é um movimento que chama a atenção para as doenças do coração. E o que pouca gente sabe é que a disfunção erétil, que atinge cerca de metade dos homens com mais de 40 anos no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, pode ser um indicativo de problemas cardiovasculares. A estimativa é que homens com problemas de ereção têm cerca de duas vezes mais chances de terem um ataque cardíaco, segundo a American Heart Association.

"Os homens precisam entender que, mais do que afetar a atividade sexual, a disfunção erétil pode ser um alerta para outras doenças. A partir do momento que o pênis não consegue sustentar uma ereção, significa que pode haver algum problema de circulação e isso pode desencadear algo mais grave", alerta o Dr. Carlos Bautzer, urologista que atua no núcleo de Medicina Sexual do Hospital Sírio-Libanês e é médico-assistente da disciplina de Urologia da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC).

O médico reforça que isso aumenta ainda mais a importância do acompanhamento da saúde do homem. "É importante que, ao menor sinal da disfunção, o homem procure ajuda de um urologista para decidir qual o melhor tratamento a seguir, inclusive em conjunto com um cardiologista, garantindo com isso prevenção e tratamento no tempo certo, antes que algo mais grave aconteça".

Caracterizada pela incapacidade permanente de se obter uma ereção peniana de qualidade suficiente para a prática sexual, a disfunção erétil pode ser desencadeada por diversos fatores: psicológicos, vasculares, farmacológicos, neurológicos, hormonais, anatômicos e até mesmo traumáticos, quando há uma lesão peniana.

E apesar de se manifestar em uma parcela tão significativa da população, ainda é tratada como um tabu. "Isso faz com que muitos pacientes acabem se automedicando e não buscando orientação profissional. O que é uma pena, pois a disfunção erétil afeta diversos aspectos da vida do homem e existem tratamentos bastante eficazes, que inclusive solucionam essa condição de maneira definitiva", esclarece Bautzer.

 

Pesquisa do Datafolha revela: brasileiros desconhecem e têm preconceito com relação à dermatite atópica, doença que afeta milhões de pessoas

 Dados são divulgados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) no dia 23 de setembro, data dedicada à conscientização sobre esse problema de saúde da pele


Três em cada dez brasileiros acreditam que a dermatite atópica, uma doença caracterizada por pele seca, lesões avermelhadas e coceira intensa, é um problema de saúde contagioso, ou seja, que pode ser transmitido pelo contato direto. Essa visão equivocada indica o preconceito com respeito a esse quadro que afeta de 15% a 25% das crianças e cerca de 7% dos adultos. A conclusão aparece em pesquisa, divulgada nesta quinta-feira (23) pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). O trabalho foi realizado pelo Instituto Datafolha, com apoio institucional da biofarmacêutica AbbVie.

Nesta data (23/09), quando se comemora o Dia da Conscientização da Dermatite Atópica, a SBD revela que na percepção de 47% da população, essa enfermidade é causada por maus hábitos de higiene; 46% acreditam, erroneamente, que o paciente não poderia ter contato com crianças; e 36% entendem que pessoas com manifestações visíveis não deveriam sair de casa, ir à escola ou ao trabalho. No entendimento de 33%, elas não poderiam até mesmo usar o transporte público.

"É preciso combater o preconceito contra pessoas que apresentam a dermatite atópica. Trata-se de um problema de saúde que causa desconforto, mas pode ser tratado com a ajuda de médicos dermatologistas, com o apoio de outros profissionais da saúde. Neste processo, os pacientes devem ser respeitados em sua individualidade, evitando-se posturas agressivas ou restritivas contra eles", ressaltou Mauro Enokihara, presidente da SBD, que neste mês promove uma campanha de conscientização sobre o tema.


Percepção - O preconceito é mais um sintoma visível da dermatite atópica, conforme demonstra o estudo que ajuda a compreender um pouco sobre a percepção que cerca esse problema de saúde. Os dados demonstram que, apesar de relativamente comum em diferentes faixas etárias, a dermatite atópica (DA) ainda é desconhecida por boa parte dos brasileiros. A pesquisa mostra que menos da metade da população (37%) a reconhece, e mesmo entre este público o conhecimento ainda é parcial.

A falta de informação leva apenas 4% dos entrevistados que conhecem a doença a afirmarem corretamente que dermatite atópica e eczema atópico são sinônimos. Para 21% deles, trata-se de uma reação alérgica e outros 21% a veem apenas como uma doença de pele. No entanto, entre os que ouviram falar sobre eczema atópico, 58% não sabem o que é a enfermidade.

Embora 59% dos brasileiros tenham apresentado pelo menos um dos sintomas característicos da dermatite atópica, o diagnóstico para esta doença ocorreu em apenas 1% dos casos. Outros 2% foram diagnosticados como alergia. Para o vice-presidente da SBD, Heitor de Sá Gonçalves, esse resultado revela duas situações.

"Em primeiro lugar, muitas pessoas não procuram a ajuda dos médicos para tratarem o desconforto causado pelas lesões e coceiras. Além disso, sabemos que há dificuldade de os próprios médicos reconhecerem os quadros que indicam a presença deste problema de saúde na população, o que impede o diagnóstico correto", disse.


Sintomas - Os dados confirmam este entendimento. A pesquisa revelou que cerca de metade dos adultos que apresentaram três ou mais sintomas de dermatite atópica não procurou um médico (53%). Entre os que procuraram ajuda especializada, 33% dos pacientes e 67% dos cuidadores (ou responsáveis por crianças até 15 anos) precisaram ir em dois ou mais médicos diferentes em busca do tratamento adequado.

Tanto entre os adultos (32%) quanto entre as crianças (46%), o principal diagnóstico foi "alergia". Por fim, ainda que apresentassem vários sinais, 34% dos adultos e 23% das crianças saíram das consultas sem diagnóstico, ainda que 44% dos pacientes e 54% dos cuidadores tenham alegado que a intensidade dos sinais e sintomas é moderada ou grave.

De acordo com o relato dos entrevistados, entre os pacientes adultos, 50% apresentam pelo menos quatro dos cinco sintomas da enfermidade como coceira (87%), pele seca (86%), pele irritada com vermelhidão (73%), descamação (55%) e ‘pequenas bolhas que se rompem e minam água’ (37%). Dentre eles, embora 28% relatem a presença de sintomas desde a infância, apenas 36% foram diagnosticados.

Entre os entrevistados com até dois sintomas, sete em cada dez não procuraram um médico (69%). Dos que buscaram, 26% dos adultos e 56% das crianças foram diagnosticados como alergia e 40% dos adultos e 52% das crianças não receberam nenhum diagnóstico, apenas recomendações e medicamentos.


Dermatologia - Com relação à especialidade da medicina indicada para tratar a dermatite atópica, os entrevistados reconhecem na dermatologia a mais preparada. Entre os brasileiros sem sinais da doença, 69% disseram que procurariam um dermatologista, 13% buscariam um clínico geral e 2% um alergista/imunologista.

"A percepção dos entrevistados sobre a dermatologia como sendo a área mais preparada para diagnosticar e tratar a dermatite atópica serve de estimulo aos nossos especialistas para que continuem a se qualificar para o oferecer aos pacientes e seus familiares o melhor atendimento", finalizou o presidente da SBD.

A pesquisa do Datafolha ouviu 1.001 pessoas de todas as regiões do país, por telefone, entre 9 e 23 de outubro de 2020. A margem de erro máxima para o total da amostra é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%. Com idade média de 43 anos, esse grupo foi composto por 52% de mulheres, com idade média de 43 anos e 49% com renda familiar de até dois salários mínimos. Deste universo, 67% são economicamente ativos, sendo 19% assalariados registrados e 12%, trabalhadores temporários.



360° Comunicação Integrada


Sanofi apoia projeto nacional que alerta sobre prevenção da saúde do coração dos brasileiros

Promovido pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e pela Secretaria da Cultura, e com realização cultural da Malagueta Brand Live, o “Movidos pelo Coração” traz iniciativas que destacam a importância da prevenção de doenças cardiovasculares

 

Educação em prol da saúde é um dos pilares sociais da Sanofi e, pelo quinto ano consecutivo, a farmacêutica apoia o maior evento nacional com o propósito de conscientizar a população sobre a importância da prevenção de doenças cardiovasculares. Junto com o Ministério do Turismo e a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), realizado pela Malagueta Live Brand por meio da Lei Federa de Incentivo à Cultura, o projeto Movidos pelo Coração (www.movidospelocoracao.com) foi iniciado no último dia quatro e segue por todo o mês de setembro.

Totalmente on-line nesta edição, com transmissão em canal do YouTube (https://www.youtube.com/channel/UCuDAnCJWecPWgS8d0LtxivA), a programação cultural interativa contará com a realização de oficinas para crianças e apresentações artísticas.

 “Valorizamos como missão gerar impacto positivo na sociedade por meio de iniciativas de educação em prol da saúde, conscientizando e empoderando a população. Uma das ambições que temos na Sanofi é reverter o curso da epidemia de doenças crônicas até 2030, transformando inovação científica em soluções de cuidados com a saúde”, afirma Luciana Miranda, diretora de Comunicação e Responsabilidade Corporativa da Sanofi.

A iniciativa da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) tem o objetivo de valorizar as ações dedicadas à saúde do coração e contribuir para a diminuição dos casos de infartos, derrames e outras complicações cardiovasculares, que ainda são uma das maiores causas de morte no Brasil e no mundo (1,2,3). Em quatro anos, a iniciativa já percorreu diferentes cidades do país, como Fortaleza (CE), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Campinas (SP), levando informação e conscientização por meio de cultura a diferentes públicos.


As doenças cardiovasculares no Brasil

O “Movidos pelo Coração” é motivado pela alta prevalência das doenças cardiovasculares no Brasil. Até o final deste ano, o Cardiômetro (www.cardiometro.com.br), indicador da SBC que contabiliza o número de mortes causadas pelas doenças do coração no país, deve registrar mais de 400 mil óbitos¹. As mortes causadas por doenças cardiovasculares representam o dobro das causadas por todos os tipos de câncer juntos, são 2,3 vezes mais que as por causas externas (acidentes e violência), 3 vezes mais que as mortes por doenças respiratórias e 6,5 vezes mais que todas as causadas por infecções, incluindo a AIDS¹. Segundo o Ministério da Saúde, 34 pessoas morrem por hora em decorrência de doenças cardiovasculares no país, que são a principal causa de mortalidade no Brasil e no mundo1.

 

Sanofi

 


Referências:

  1. Cardiômetro. Disponível em:  https://www.cardiometro.com.br/. Acesso em: 17 Ago.2021
  2. WHO Global Health Observatory (GHO) data. The top 10 causes of death. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/the-top-10-causes-of-death; Acesso em: 17Ago.2021
  3. Roth GA, Mensah GA, Johnson COet al. Global Burden of Cardiovascular Diseases and Risk Factors, 1990-2019: Update From the GBD 2019 Study. J Am Coll Cardiol. 2020 Dec 22;76(25):2982-3021. doi: 10.1016/j.jacc.2020.11.010. PMID: 33309175; PMCID: PMC7755038.

 

Dia Mundial do Pulmão: ECMO é um tratamento aliado na cura de doenças respiratórias graves

Vera Cruz Hospital oferece a intervenção, em evidência pela pandemia de Covid-19

 

Os reflexos da pandemia de Covid-19, além de sentidos diariamente pela população, também já fazem parte das estatísticas. No ano passado, segundo levantamento feito pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen), com dados do Portal da Transparência, as mortes causadas por doenças respiratórias cresceram 27,5% em relação a 2019, passando de 3.353 para 4.275 no país. A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) está entre as enfermidades que mais registraram aumento: 522%.

Dentre as patologias que causam a SRAG, estão as decorrentes de agressões agudas por vírus ou bactérias, entre elas o novo coronavírus. Há também as patologias pulmonares crônicas, tais como enfisema, bronquite, doenças imunomediadas, neoplasia e cardiopatias graves, que também podem comprometer o pulmão.

Os dados chamam a atenção para o Dia Mundial do Pulmão, no próximo sábado (25), data cujo propósito é promover a conscientização sobre o combate e a prevenção das doenças que afetam os órgãos. No olhar do médico Maurício Marson, um dos responsáveis pelo serviço de ECMO (Oxigenação por Membrana Extracorpórea) do Vera Cruz Hospital, a terapia, em evidência atualmente após inúmeras internações decorrentes de casos graves de Covid, tem sido uma grande aliada para recuperar pacientes com quadros graves.

O especialista explica que há critérios clínicos rigorosos que envolvem as características da doença e da pessoa, o tempo de acometimento e sua chance de reversibilidade, para se aprovar este tipo de intervenção. "Usamos parâmetros do respirador artificial, gasometrias - que são análises dos gases no sangue -, imagens de radiologia, tomografia e ecocardiograma. São feitos cálculos fisiológicos e utilizamos alguns escores para tomar a decisão", pontua.

A ECMO drena o sangue venoso por uma cânula inserida em uma veia, e a passagem do sangue através de uma membrana faz a função do pulmão, devolvendo oxigênio ao paciente com baixos níveis de gás carbônico. Uma bomba impulsiona o sangue nesse processo e o uso de anticoagulante é necessário. "Não há um tempo fixo para a recuperação do órgão e duração do suporte. O que sabemos é que algumas patologias demandam mais tempo e isso ditará o período necessário de suporte", destaca o médico.

O analista de logística Paulo Sérgio Smizmaul, de 53 anos, por exemplo, foi uma das 23 pessoas tratadas pelo Vera Cruz Hospital com a ECMO, sendo o segundo em razão do novo coronavírus. Foram necessários 73 dias de internação, dos quais 43 foram conectados ao pulmão artificial para vencer a batalha. "Eu precisava descansar, me sentia muito mal, com falta de ar", relata. Em julho, outro paciente ficou ligado ao aparelho por dois meses e, após 99 dias, teve alta.

Marson esclarece que o pulmão artificial já era usado para restabelecer outras pessoas, de outras enfermidades, antes da pandemia. "Nosso grupo foi o primeiro centro do ELSO ["Extracorporeal Life Support Organization" traduzido do inglês como Organização Extracorpórea de Suporte à Vida] do Brasil, sociedade que regulamenta a prática da ECMO no mundo, e nossos cirurgiões ocupam cargos de destaque na sessão latino-americana da entidade. Atuamos com suporte circulatório e pulmonar desde o final dos anos 90 e fomos aprimorando a técnica com maior conhecimento e disponibilidade de materiais adequados. No Vera Cruz Hospital, utilizamos o método há vários anos e, apenas nos últimos cinco anos, 23 pacientes foram beneficiados. A taxa de sucesso é superior a 60% de alta hospitalar. São números comparáveis aos principais centros do mundo", orgulha-se.

Segundo o médico, doenças irreversíveis e crônicas graves, com acometimento multiorgânico, não são boas candidatas ao suporte. Ele salienta que o tratamento serve para dar tempo necessário ao pulmão para se recuperar da agressão e voltar a assumir suas funções. "Indicamos para enfermidades que decorrem de alterações pulmonares reversíveis: agudas, com grande chance de serem tratadas, ou crônicas agravadas e não-terminais. Neste cenário, as infecções virais, bacterianas, as doenças imunomediadas controladas, pós-operatórias, que se manifestam com a SRAG, são as principais", conclui.

 


Vera Cruz Hospital


Infiltração de coluna traz redução da dor e melhora da função

O procedimento identifica a causa e o exato local da dor, diminui o processo inflamatório, é simples e rápido, podendo ser realizado em Hospital Dia

 

Dores na coluna, que insistem permanecer, mesmo quando o paciente segue o plano terapêutico, podem ser aliviadas com as infiltrações. Em muitos casos, esse procedimento pode trazer melhora definitiva da movimentação da coluna. Além disso, ajuda o médico a identificar a estrutura exata responsável pela dor, quando o exame clínico e as imagens deixam dúvidas. “Desta forma, cirurgias mais agressivas podem ser evitadas e, com a identificação da estrutura causadora da dor, novos bloqueios podem ser direcionados para esta região, ou outros procedimentos minimamente invasivos podem ser indicados”, explica o médico neurocirurgião Dr. Marcelo Amato.

Outro benefício é a possibilidade de reduzir ou mesmo suspender os medicamentos ingeridos, que muitas vezes causam desconforto, além de efeitos colaterais gástricos, renais, entre outros. Além disso, as infiltrações superficiais podem ser realizadas em consultório médico. “Geralmente estão indicadas quando há dor muscular ou miofascial e a infiltração é realizada em um ou mais pontos específicos, geralmente, denominados pontos de gatilho”, relata Dr. Amato.

Já as infiltrações mais profundas são realizadas no centro cirúrgico ambulatorial, com auxílio da fluoroscopia (aparelho que mostra imagem da coluna em tempo real), para localizar pontos específicos profundos na coluna. Dr. Amato explica que deve ser discutido com o médico o melhor momento para fazer esse procedimento, pois o bloqueio de forma isolada terá efeito temporário caso os tratamentos clínico e físico não forem corretamente instituídos.

O paciente que se submeter à infiltração pode ficar tranquilo: é bem segura e raramente observam-se efeitos colaterais. Não existe corte, dura cerca de 30 minutos e a maioria já consegue trabalhar no dia seguinte. “Alguns ainda persistem com algum desconforto e dor na região da infiltração, então será recomendado repouso por 1 ou 2 dias. O sucesso do procedimento varia de acordo com a causa da dor e com características individuais”, relata Dr. Amato.

A infiltração pode ser realizada em quase todas as pessoas, existindo apenas algumas contraindicações: problemas de coagulação, diabetes sem controle, doenças cardíacas descompensadas, gravidez e glaucoma. Pacientes que apresentam, além da dor, comprometimento neurológico, como perda de força ou perda grave de sensibilidade, precisam ter indicação de um neurocirurgião ou cirurgião de coluna.




Dr. Marcelo Amato - Graduado pela USP Ribeirão Preto e doutor pela USP São Paulo, o médico neurocirurgião Marcelo Amato é especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva de crânio e coluna. Doutor em neurocirurgia pela Universidade de São Paulo (FMRP-USP). Especialista em neurocirurgia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e pela Associação Médica Brasileira (AMB). Neurocirurgião referência do Hospital de Força Aérea de São Paulo (HFASP) desde 2010. Possui publicações nacionais e internacionais sobre endoscopia de coluna, neurocirurgia pediátrica, tumores cerebrais, cavernomas, cistos cerebrais, técnicas minimamente invasivas, entre outros. É diretor do Centro Cirúrgico do Amato – Hospital Dia.

www.neurocirurgia.com

https://www.instagram.com/dr.marceloamato/

http://bit.ly/MarceloAmato

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