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quinta-feira, 5 de novembro de 2020

QUAL O MAIOR DESAFIO ENFRENTADO PELOS JOVENS EM UMA ENTREVISTA DE ESTÁGIO?

Pesquisa revela os empecilhos responsáveis por atrapalhar o desempenho dos mais novos ao procurar uma colocação

 

Ser aprovado em processos seletivos é um obstáculo enfrentado por pessoas de todas as áreas, idades e posições na carreira. Para quem está atrás das primeiras experiências, isso não é diferente e, na verdade, pode gerar ainda mais incertezas. Para entender a realidade a fundo, o Nube - Núcleo Brasileiro de Estágios fez um estudo e perguntou: “qual seu maior desafio durante uma entrevista de estágio?”. O levantamento foi ao ar entre 28 de setembro e 9 de outubro e contou com a participação de 25.948 brasileiros, de 15 a 29 anos. 

A alternativa com mais votos (11.344 ou 43,7%) foi “explicar porquê a empresa deve contratá-lo”. Para a recrutadora do Nube, Jéssica Quione, muitos possuem essa dificuldade porque não conhecem suas capacidades ou não estão preparados o suficiente para a avaliação. “Seja por falta de estudo sobre a vaga, a organização ou até sobre si mesmo. É possível mudar esse cenário e conquistar o selecionador apresentando os seus diferenciais e os principais motivos para ser elegível à oportunidade”, orienta. 

Para 21,5% (ou 5.593) dos participantes, apontar seus próprios defeitos é o principal causador de insegurança. “O momento de explicar seus aspectos de melhoria pode ser bastante complicado, afinal, admitir suas dificuldades dentro do processo pode ser desconfortável para o candidato. Por isso, é necessário enxergar quais características aperfeiçoar para potencializar suas habilidades. Então, é importante sempre atribuir a falha com uma atitude positiva para ajudar a superar a adversidade”, explica Jéssica. Por isso, utilizar essa etapa da seleção para falar sobre a forma como aprendeu a lidar com esse aspecto e em quais situações conseguiu ultrapassá-lo pode ajudar a garantir bons resultados.  

Outros 13,8% (3.593) sofrem ao responder “quem é você?”. Para esses, a especialista garante: “o autoconhecimento é uma ferramenta essencial para entender os principais pontos fortes e de aprimoramento do indivíduo. Em conjunto com uma análise de trajetória, essa sabedoria possibilita termos consciência de nossas competências e qual a melhor maneira de demonstrá-las”. Para tanto, a selecionadora indica cursos sobre inteligência emocional, buscar feedbacks em entrevistas anteriores, de colegas ou professores, além de terapia e processos de coaching. 

Falar sobre qualificações de maneira natural é o impasse destacado por outros 13,7% (ou 3.557). Para esses, treinar as possíveis respostas para perguntas de quem irá fazer a análise de perfil pode auxiliar antes de participar de dinâmicas ou entrevistas. “Existem diversas formas de avaliação e cada profissional de RH ou líder tem uma maneira específica para realizar os seus questionamentos. Porém, quando o sujeito consegue antecipar e prever sobre questões mais genéricas, isso o auxilia a responder com mais naturalidade e segurança. Praticar o discurso sobre suas vivências, cursos, projetos extracurriculares, interesses na vaga e projetos é um ponto positivo. 

Já 7,2%, 1.861, tiveram problemas ao revelar objetivos para o futuro. “Muitos jovens estão iniciando a carreira e ainda não possuem uma visão clara sobre quais são seus principais escopos. A solução é buscar desenvolver novas sabedorias, realizar treinamentos e capacitações, dominar novas ferramentas. Todas essas questões são relevantes e são consideradas intenções importantes a serem alcançadas no âmbito corporativo”, compartilha Jéssica.  

A especialista ainda finaliza com dicas para quem quer se destacar: “seja você mesmo! A partir disso, é vital garantir ter um currículo atualizado, se preparar e conhecer todas as informações da chance ofertada e da companhia contratante. Seja pontual, atente-se à apresentação pessoal e postura. Também demonstre interesse com questionamentos sobre a oportunidade e valorize seus conhecimentos”, conclui. 

 



Fonte: Jéssica Quione, recrutadora do Nube

www.nube.com.br


HORÓSCOPO: Confira os detalhes da Lua Minguante em Leão e como ela influência o seu signo

Divulgação


Sara Zaad afirma: "durante essa semana devemos demonstrar muito entusiasmo pela vida, fazer as coisas com vontade, com gosto e de coração."


Salve sua Estrela!

Chegamos à Lua Minguante, desta vez no signo de Leão, signo da nossa criança interior. Nessa semana devemos demonstrar muito entusiasmo pela vida, fazer as coisas com vontade, com gosto e de coração. Será a esse mesmo coração que devemos perguntar se algo ou alguém deve permanecer no nosso caminho.

A lua leonina é ética, íntegra e tem os seus valores de moral muito bem colocados. Se estamos perto de pessoas que não agem com essa integridade, devemos nos afastar. A lua leonina está posicionada dentro do Mapa Geral da Lunação na Casa 7, que retrata nossas parcerias, sociedades, e o público no geral.

Já o Sol está na Casa 10, libriana, que rege assuntos voltados à carreira, da coisa pública. Libra é um signo que nos convida a ter bom senso, equilíbrio, ver sempre os dois lados de uma situação e agir com justiça e ética. Você está diante de alguma situação na carreira que você terá de atuar contra seus princípios de dignidade e integridade? Não faça isso, pois você irá se arrepender depois. A Lua Minguante nos convida a fazer escolhas de vida, e caso você esteja trabalhando em algum lugar que fere estes princípios, saia imediatamente!

 

ÁRIES

EIXO ATIVADO – CASA 5/CASA 8

Conecte-se mais a sua intuição nesta semana de Lua Minguante, pois ela estará aguçadíssima e pode te ajudar muito na hora de tomar decisões. Como você gosta muito de curtir os prazeres da vida, é necessário que você saiba se preservar, já que COVID-19 ainda está se disseminando. Ouça a sua intuição, ariano. Ela te mostrará os lugares onde você deve ir ou não. Também ajudará você a encerrar os ciclos necessários na sua vida, já que a lunação nos convida a fazer essa reflexão. Você estará com a energia um pouco fraca, como se estivesse desvitalizado, e precisa tomar cuidado com as pessoas que chegam ao seu lado e que podem ser tóxicas, sugando a sua energia. Você saberá discernir de quem deve se afastar, basta se ouvir e se perceber.

 

TOURO

EIXO ATIVADO – CASA 4/CASA 7

É importante respeitar a opinião das pessoas que moram com a gente, não é mesmo? Você costuma ser muito temperamental, e quer fazer tudo de acordo com a sua maneira de agir e pensar dentro de casa. Mas veja bem, a opinião do outro é importante, não é mesmo? Durante esta quarentena, muitas pessoas estão convivendo na mesma casa, então é importante estar em harmonia ter a melhor convivência. Que tal se sentar, nestes dias de Lua Minguante, e colocar os “pingos nos is” entre os membros da casa? Faça isso de forma equilibrada e com bom senso. O diálogo será sempre a melhor solução em todos os casos, e para uma boa convivência é muito importante.

 

GÊMEOS

EIXO ATIVADO – CASA 3/CASA 6

Quando estamos no trabalho é preciso entender que a convivência com as pessoas tem de ser a melhor possível. Muitos problemas são criados por intrigas e fofoquinhas. Isso é muito ruim e não te faz bem, pois você costuma falar demais, não é mesmo? Na dúvida, apenas observe. Tente ser o mais gentil possível e evite falar sobre assuntos polêmicos que podem gerar discussões desnecessárias. A mesma coisa se aplica no caso de você ter um negócio próprio, por exemplo. Qual o relacionamento que você tem com seus funcionários? Você permite que eles se manifestem ou age de maneira autoritária, impondo aquilo que você acha que é certo, sem nem ao menos ouvir o que eles têm a te dizer?

 

CÂNCER

EIXO ATIVADO CASA 2 E CASA 5

Muito cuidado com investimentos financeiros arriscados, pois você está muito propenso a gastar demais estes dias de Lua Minguante. Não devemos agir de forma imprudente com nosso dinheiro. Não sabemos como ficará a economia por conta da pandemia. Para aqueles que tem filhos pequenos, é bom colocá-los a par da situação e ensiná-los, desde cedo, o valor da poupança e da contenção de gastos. Procure formas criativas de se divertir em casa para não gastar tanto e mantenha suas emoções em equilíbrio, pois assim você não corre o risco de “estourar” o cartão de crédito. Busque formas criativas de ganhar dinheiro nesse período. Caso esteja desempregado, não fique preso somente em um modelo de renda ou um emprego de carteira assinada. Você sabe cozinhar bem? Tem algo que todo mundo elogia quando você cozinha? Aproveite este período de Lua Minguante e veja a possibilidade desse dom virar uma forma de renda.

 

LEÃO

EIXO ATIVADO – CASA 1 E CASA 4

Tenha cautela com a sua instabilidade emocional esta semana. Não desconte suas frustrações e ansiedade nas pessoas dentro de sua casa, principalmente nos seus filhos, marido, esposa, etc. Você tem uma personalidade muito forte, quer estar no centro das atenções, e às vezes tem dificuldade de ouvir as pessoas, mas isto é necessário. A casa pode te dar dor de cabeça com consertos que você terá de fazer de última hora, então é bom ter um dinheiro reservado para estas eventuais necessidades. É importante entender, leonino, que o seu brilho deve ser natural e não forçado. Cuide sempre da sua autoestima e do seu amor próprio. Quais são os comportamentos que você sente que tem de consertar e você, mas que vai sempre adiando, deixando para um outro momento? Aproveite a Lua Minguante e faça isso, pois o Sol escorpiano nos favorece nos mergulhos dentro de nossa alma. Que tal curar a sua criança interior que já vem ferida a muito tempo, liberar os antigos medos e mágoas e deixar para trás todos os sentimentos que te fazem travar o riso?

 

VIRGEM

EIXO ATIVADO – CASA 12/CASA 3

Durante a semana você poderá estar um pouco mais fechado do que o normal, não revelando seus sentimentos a ninguém e sofrendo calado. Só que é necessário pedir ajuda, virginiano, falar sobre aquilo que vai no nosso coração. Do contrário, sua carga fica muito pesada. É natural que de vez em quando nos isolemos dos barulhos da sociedade. Você é, naturalmente, uma pessoa reservada, mas se isolar demais pode fazer muito mal para sua saúde mental. Caso seja necessário, não tenha medo e procure um atendimento especializado com um terapeuta ou psicólogo.

 

LIBRA

EIXO ATIVADO CASA 11/CASA 2

Observe amizades falsas que podem trazer algum tipo de prejuízo financeiro. Nesta fase da lua você vai ter a oportunidade de conseguir muitos negócios, ou mesmo uma oportunidade de emprego, caso esteja desempregado ou buscando novas colocações, e até um aumento de salário, vendas, serviços etc. Por outro lado, pessoas que você acredita que estão ao seu lado e têm boas intenções, podem estar agindo de má-fé. Esse não é o momento de ser ingênuo e acreditar em todos que lhe cercam. Caso seja necessário, corte o mal pela raiz e deixe a amizade de lado, mas não deixe ninguém te prejudicar. Você não gosta de ter conflitos com ninguém, mas eles muitas vezes são necessários.

 

ESCORPIÃO

EIXO ATIVADO – CASA 10/CASA1

Você tem uma personalidade muito forte e marcante, uma pessoa poderosa, naturalmente. A imagem de poder pode causar muitos ciúmes no ambiente profissional esta semana.  O clima anda muito pesado e tudo é motivo de discussão, além de você ser uma pessoa que normalmente é o centro das atenções (mesmo que de uma forma reservada), é discreto, e sabe muito bem quando as pessoas se incomodam com o seu brilho.  Você estará em evidência esta semana, e talvez passe por situações dentro de seu ambiente profissional, onde há disputa de poder. Tenha real noção das pessoas que te cercam no ambiente de trabalho e em quem você pode ou não confiar.

 

SAGITÁRIO

EIXO ATIVADO – CASA 12/CASA 9

Na semana de Lua Minguante você pode estar se sentindo desvitalizado, sem energia, e deve tomar cuidado, pois pode estar transportando carga negativa das pessoas e do ambiente ao seu redor. Você estará muito mais conectado a sua espiritualidade, com a intuição funcionando a todo vapor, então será interessante colocar no papel aquilo que você deseja realizar para as próximas lunações. Às vezes você pensa muito longe, tem metas que são muito grandiosas, mas acaba se perdendo nos detalhes. Assuntos místicos e esotéricos terão destaque esta semana e você estará naturalmente mais retraído, com menos vontade de sair, o que não combina com sua personalidade porque você é naturalmente uma pessoa muito otimista e expansiva

 

CAPRICÓRNIO

EIXO ATIVADO – CASA 11/CASA 8

Os dias de Lua Minguante podem ser um grande teste para você que gosta de tudo bem organizado. De última hora você pode ter de mudar seus planos, então não conte com nada muito certo. Não espere muita coisa de amigos, principalmente se lhe prometeram auxílio financeiro para algum projeto, pois alguma situação externa pode fazer com que algo que tenham planejado não dê certo. Diversifique seus projetos e conte mais com o seu trabalho do que com o trabalho do outro. Enxugue gastos esta semana, priorizando aquilo que realmente é importante e cortando tudo o que for supérfluo. Aproveite também para finalizar tudo o que você queira que não continue nas próximas lunações, pois estes dias serão ótimos para que você finalize ciclos.

 

AQUÁRIO

EIXO ATIVADO – CASA 10/CASA 7

A semana de Lua Minguante pode ser de muita instabilidade e insegurança nas suas parcerias profissionais, ou mesmo com algum concorrente. É necessário que você não deixe a sua imagem ser arranhada perante o público. Você estará muito em evidência e qualquer falha por conta disso ganhará uma visibilidade muito maior, então tenha jogo de cintura para resolver qualquer mal-estar que possa acontecer, seja com algum sócio, concorrente comercial, com o cônjuge ou no trato com o público. Precisamos entender que não estamos sós nesta vida e dependemos das nossas relações interpessoais. Por isso, devemos ter muito cuidado na maneira como tratamos as pessoas. Alguns problemas legais podem acontecer com você, então tenha cuidado com burocracia e papéis. Caso tenha de entrar com algum processo na justiça ou em outro órgão, aproveite para revisar várias vezes para não ser pego em nenhum tipo de erro. Você pode ter que tomar alguma decisão de maneira rápida e não poderá ficar em cima do muro. Se mantenha firme nas suas opiniões, mas sem causar grandes polêmicas.

 

PEIXES

EIXO ATIVADO – CASA 9/CASA 6

Cuidado com o estresse no trabalho que pode fazer com que você fique vulnerável e com a saúde mais fragilizada. Você trabalha demais e nem sempre consegue cuidar da alimentação e do descanso como deveria, além de se preocupar com todo mundo e captar muitas influências negativas. No seu dia a dia no trabalho, procure se fortalecer e não se deixe contaminar pela negatividade ou o pessimismo de quem está a sua volta. Tenha prudência com o que come para não sofrer nenhum tipo de intoxicação alimentar. Você pode ter problemas com algum processo na justiça, que está demorando mais do que o esperado, e que continuará assim por algum tempinho. Tenha paciência!


CHEGAREMOS AO BIDÊ

Há quem acredite que o que pensa e faz é o padrão de pensar e fazer do mundo. Ao que não se encaixa no seu arquétipo, reage com estranheza ou desdém. São mentalidades primárias, limitadas aos costumes. O padrão nos limita a um cercadinho cheio de podes e não podes, ou de licenças e interditos. O ambiente vário é sempre mais valioso. A variedade cultural oferece opções e convida a experiências.


Atualmente, a maior parte dos cientistas sociais considera politicamente incorreto dizer que uma cultura é superior a outra. Podem-se reconhecer diferenças, não superioridades. Discrepo. Inadequado, é ignorar estágios culturais diversos e crer-se situado no topo do possível. Aliás, diversas culturas recebem ou mesmo buscam saberes novos para acrescentá-los aos seus ou até para substituí-los.


Há muitos modos de se entender uma sociedade. Observam-se costumes, tabus, rituais, comportamentos públicos e privados. O tratamento dispensado a crianças permite leituras, do mesmo modo que o relacionamento com a comida, o uso de adornos corporais ou os hábitos de higiene. Reflitamos sobre nós, sobre um costume generalizado nosso, mas que não me parece tão adequado assim.


Já contamos algumas gerações cultivando o salutar hábito de limpar a bunda após defecar. No início era o mato: ia-se ao mato, acocorava-se, evacuava-se e com mato se limpava. A bananeira foi uma evolução, a folha macia fez sucesso. O milho trouxe o sabugo. Limpar-se com sabugo predominou no tempo das latrinas, as casinhas no fundo do quintal, armadas sobre um buraco na terra, uma fossa.


Nesses cubículos, também ditos privadas, havia um assento de tábuas com um buraco ao centro, uma escavação no solo abaixo, um estoque de sabugos. As pessoas faziam o seu cocô, que se ia amontoando, fermentando e alimentando vermes. As galinhas comiam essa sopa vermicular, as pessoas comiam as galinhas. Domingo era dia de galinha. Ainda há latrinas, galinhas e domingos por aí.


Nos locais de trânsito, como restaurantes e hotéis de beira de estrada, e mesmo em ambientes urbanos, sofisticou-se o uso do sabugo. Amarrado a um barbante, ficava dentro de uma lata d'água. Era usado, sacudido na água e posto de molho para o próximo. Um sabugo de repetição. Porcos comiam o estrume. Após engordados, os porcos tornavam-se refeição. Foi assim até a chegada do papel de embrulho.


Trata-se de um papel pardo, espesso, usado para empacotar mercadorias nas vendas. Papel de embrulho e banheiro dentro de casa são da mesma época. O papel não descia pelo encanamento, então, havia um cesto para recepcioná-lo, onde ficava exposto, selado. Formigas e baratas gostavam disso, passeavam por ali e passeavam por outros lugares: pia, mesa, despensa, cama, toalha, roupa; até maquiagem.


Também teve sua importância, e ainda um pouco se o usa, o papel de jornal, posto à disposição em bares e restaurantes que ficaram no tempo. Mas importa dizer que vencemos o papel higiênico áspero e estamos na época do macio e hidrossolúvel. Contudo, mesmo ambientes sofisticados mantêm um cestinho para o papel. O papel hidrossolúvel, feito para ser jogado no vasoo, para ser levado com a descarga.


Pelos hábitos atuais, as pessoas usam o banheiro e, após aliviarem-se, tomam um pedaço de papel, esfregam o que sobrou para lá e para cá e saem faceiras. A menina vai, faz seu cocô, passa papel, põe a calcinha cravada e vai por aí. Isso esquenta, sua: um caldo de cultura para bactérias, fungos etc. Corrimento. O rapaz, nádegas grudadas, cueca suada; o cocô ali, não lavado, só esfregado. Fedor.


A maioria brasileira está nesse estágio, segura de que faz o mais apurado da civilização. Durante a Copa de Futebol, estrangeiros estranharam o cesto. Já é tempo. Merecemos ser apresentados à ducha higiênica ou ao bidê, baratinhos, nas boas casas do ramo. No futuro, quando a antropologia estudar nossos modos e costumes, dirá que evoluímos do sabugo, chegamos ao papel, mas faltou água e sabão.

 



Léo Rosa de Andrade

Doutor em Direito pela UFSC.

Psicanalista e Jornalista.


Saúde mental de professores durante pandemia gera preocupação

Pesquisas apontam aumento de ansiedade e outros transtornos entre educadores; especialistas sugerem soluções para amenizar o problema


Um levantamento feito pelo Instituto Ipsos em 16 países e divulgado em junho, aponta que os brasileiros são os que mais sofrem com a ansiedade provocada pela pandemia de Covid-19. Nada menos que 40% da população apresentam algum quadro de ansiedade. E, para os professores, que precisam lidar com suas próprias questões emocionais e também com as dos alunos, essa realidade pode ser ainda mais dura.

Uma outra pesquisa, conduzida pela Nova Escola e divulgada em agosto, revela que, durante a pandemia, 72% dos professores sentiram sua saúde mental ser afetada em algum grau.  Dos professores ouvidos em estudo da International School, com o apoio do Educational Development Centre, 91,7% dizem ter procurado auxílio psicológico para conseguir lidar melhor com a nova rotina. Como, então, ajudar esses profissionais a atravessarem um momento tão incerto?

De acordo com Vanessa Zanoncini, supervisora pedagógica do Sistema de Ensino Aprende Brasil, a resposta está no apoio e no acolhimento dos educadores. “É importante que as escolas e secretarias de Educação trabalhem com a ansiedade, estejam próximos dos educadores e das famílias. Eles precisam saber que não estão sozinhos neste trabalho árduo de tentar levar a Educação aos estudantes de formas nunca antes experimentadas. É necessário um movimento de toda a comunidade para aproximar, valorizar, respeitar e acalmar esses profissionais”, enfatiza. Proporcionar espaços - ainda que não sejam físicos - de troca de experiências tem sido uma estratégia do Sistema de Ensino Aprende Brasil, que está presente em mais de 200 municípios de todo o país, contribuindo para o desenvolvimento da Educação Básica na rede pública municipal de ensino.

A pediatra e professora do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), Ana Escobar, aponta uma série de alterações nos padrões de interação social que ajudam a agravar os quadros de estresse, ansiedade e depressão. “Somos seres sociais, aprendemos a ler no olho do outro um sentimento. Então é completamente diferente ter uma interação presencial, em que a olhamos o outro e vemos detalhes do rosto, do cabelo, das expressões corporais. Essa é uma situação de realidade palpável”, destaca. 

Para ela, neste momento em que o contato humano precisa se limitar às interações por meio de telas, as relações tornam-se muito menos acolhedoras do que tradicionalmente seriam. “Não ter as interações presenciais deixa nossas relações muito mais duras. Com os laços presenciais, aprendemos a experimentar os sentimentos de compaixão, compreensão, solidariedade, afeto e carinho. A presença real é essencial para nossa existência. Quando interagimos com uma tela, as outras pessoas deixam de nos conferir existência”, diz Ana. Ela explica que o excesso de telas impede o desenvolvimento de vínculos autênticos, o que, por sua vez, contribui para uma sensação constante de solidão.

A pediatra revela que o ser humano pode atuar em quatro frentes para reduzir os impactos da ansiedade na vida cotidiana: a primeira delas é física e diz respeito a questões como visitas regulares ao médico, alimentação correta, exercícios físicos e respeito às horas de sono diárias. A segunda é emocional. “Viva melhor seu tempo presente. Escolha uma atividade que te dê prazer, arrume um momento para você mesmo, valorize os pequenos prazeres do dia”, aconselha a médica. A terceira tem a ver com a organização do tempo. Planejar as atividades que é possível realizar ao longo do dia, não acumular tarefas e realizar essas atividades com calma. Por fim, o ser humano é um ser social, de modo que é fundamental exercitar a sociabilidade, mesmo em tempos de pandemia. “É essencial fortalecer os laços sociais com os amigos e a família seja por vídeo, seja criando microbolhas em que as pessoas possam se encontrar”, recomenda.

 



Sistema de Ensino Aprende Brasil

http://sistemaaprendebrasil.com.br/


Um dilema de muitos: saber quando o luto termina

Na semana em que comemoramos o Dia de Finados, nos deparamos com este tema que remete a melancolia e suscita lembranças que causam dor e muita saudade. Saudade de pessoas queridas que se foram e a dor por reviver na memória essa perda emocional. Mas você sabe quando o luto termina? Antes de tentarmos esclarecer essa dúvida, precisamos definir o luto e suas fases. Identificar qual importância ele tem em nossa vida e quais os benefícios podemos ter se aprendermos a construir internamente esse processo, de forma a minimizar a dor e equilibrar as emoções e os sentimentos.

O luto é uma experiência emocional profunda e individual que se define pela capacidade de lidar com as perdas. É o estado de recolhimento. E esse estado passa por algumas etapas, das quais naturalmente o ser humano vivencia conforme sua individualidade. Alguns com mais ou menos intensidade. Ou seja, a intensidade está ligada a estrutura emocional de cada um. O mais importante é não pular etapas. Se cada uma delas for bem elaborada o indivíduo poderá alcançar um equilíbrio emocional consciente, apesar de toda dor envolvida.

A primeira fase do luto é a negação, onde as pessoas negam a situação para combater as emoções que estão experimentando por causa de sua perda. A raiva é a segunda etapa, que ocorre quando os efeitos da negação começam a se desgastar. A raiva envolve uma efusão de emoções da pessoa que sofre, que pode sentir-se irritada com a pessoa que a deixou ou com o que possa ter perdido. Em seguida, temos a fase de negociação. Esta negociação, onde a pessoa de luto pode experimentar pensamentos do tipo “se apenas…”. Na quarta fase do luto temos a depressão, que surge quando as pessoas têm de enfrentar os aspectos práticos da sua perda. E por fim, temos a fase da aceitação, onde após externar sentimentos e angústias, inveja pelos vivos e sadios, raiva pelos que não são obrigados a enfrentar a morte, lamento pela perda iminente de pessoas e de lugares queridos, a tendência é que o paciente aceite sua condição e comece a elaborar estratégias pessoais de adaptação dentro de sua nova realidade. Mas resistir e pular etapas pode fazer com que o sofrimento seja prolongado e gere, assim, traumas emocionais. Por esse motivo, é importante vivenciar o luto, entregar-se à dor e chorar. Respeitando, claro, o tempo de cada um.

Mas quando falamos em luto, é normal que se faça associações equivocadas em relação a atmosfera que envolve esse tema. Fato é que não sabemos lidar com a morte e temos um compromisso cultural com a nossa própria felicidade e com a felicidade do outro. Agimos, instintivamente, na direção da eliminação da dor da perda de alguém ou da rápida recuperação de um amigo enlutado. E não estamos preparados para tratar disto. O que precisa ficar claro é que o luto não é doença, assim como a tristeza não é depressão. É um equívoco acreditar que existe um tempo cronológico para essa tristeza ou essa dor terminar. Somos seres individuais e cada um irá agir de uma maneira. O luto não se define por seu tempo de duração, mas sim pelo processo de elaboração sobre a morte. E desta forma podemos classificar o luto como prolongado ou complicado. A maneira como compreendemos o momento do luto pode ser crucial. Temos um tempo interno que se chama Kairós, ele sim irá designar o tempo correto em que essa dor será amenizada. Diferente do tempo Chronos, o tempo que mede os dias e as horas. 

Falar do luto é importante, já que, psicologicamente, não poder manifestar sua dor é uma agressão e pode alimentar outras dores e somatizar a angústia. Falar é o que vai ajudar a elaborar e a sair do luto mais rápido. É um recurso muito positivo e muito saudável. Falar e ouvir sua dor. E aqui, entra uma outra questão importante em todo esse processo: como é difícil aguentar ouvir a dor do outro e como não estamos preparamos ou não preparamos nossos filhos para essa atitude diante do sofrimento alheio. Nem sempre estamos preparados emocionalmente para esse ato empático.

Importante entendermos que não existe dor maior ou menor. Existe dor e cada um vive essa dor conforme sua própria bagagem de vida. Não existe fim do luto, existe fim do processo de sua elaboração. É exatamente o momento em que o enlutado começa a fazer planos sem a pessoa que morreu ou sem aquilo que perdeu ou teve fim (como um relacionamento amoroso, por exemplo). É quando o indivíduo se permite ser feliz sem culpas. Onde a maior constatação que temos é exatamente a de que essa elaboração leva o tempo interno que cada um necessita. A tolerância à frustração, a capacidade de adaptação e a resiliência são características muito humanas que podem facilitar o aceite dessa nova realidade. Sabemos que a vida não é um contínuo estático, vivemos em uma constante mudança e o ser humano, nesta perspectiva, pode ser capaz de seguir em frente nas situações mais adversas. O importante não é cair, mas voltar a se levantar. 

Portanto, superar o luto é fundamental. É igualmente importante que a perda não seja reprimida. Do contrário, pode se manifestar posteriormente como algum outro sintoma. O luto não é considerado uma condição patológica. E é comum que haja mudanças temporárias no estilo de vida, na diminuição do interesse pelo convívio social e pelas atividades do cotidiano. Além do surgimento de sentimentos como entorpecimento (estado de choque), perturbação, crises de choro e dor profunda. E também culpa, lembranças de momentos em que a pessoa poderia ter agido de maneira diferente, desespero, hostilidade, raiva e falta de interesse no mundo. Sensações e emoções normais que surgem neste período. Trabalhar a elaboração da perda é fundamental para o fortalecimento do paciente em sua dura tarefa de encontrar ferramentas para enfrentar as frustrações e dores causadas pela morte. Enfim, se esta elaboração está difícil, se sente que não está dando conta de toda essa dor, busque ajuda de um profissional de saúde mental para conseguir desenvolver uma visão mais realista do processo do luto. Certamente, poderá conseguirá eliminar o desespero e dar lugar a uma maior serenidade - através do enfrentamento consciente da saudade.

 

 


Dra. Andréa Ladislau - Doutora em Psicanálise * Membro da Academia Fluminense de Letras - cadeira de numero 15 de Ciências Sociais * Administradora Hospitalar e Gestão em Saúde * Pós Graduada em Psicopedagogia e Inclusão Social * Professora na Graduação em Psicanálise * Embaixadora e Diplomata In The World Academy of Human Sciences US Ambassador In Niterói * Professora Associada no Instituto Universitário de Pesquisa em Psicanálise da Universidade Católica de Sanctae Mariae do Congo. * Professora Associada do Departamento de Psicanálise du Saint Peter and Saint Paul Lutheran Institute au Canada, situado em souhaites.


O poder das cores na imagem pessoal

Cor é alegria, é vibração, é vida e é comunicação. Por meio dela traduzimos nossas emoções e se usada corretamente pode nos trazer confiança, prazer e sofisticação!

 

Ampliar possibilidades, se conhecer melhor, sentir-se bem e radiante, se gostar mais e gastar melhor, dentro das suas necessidades, com algo que realmente irá te enaltecer é possível com o estudo da sua coloração pessoal. 

A cor é o elemento que causa maior impacto no visual de uma pessoa, ela tem a função de exercer uma grande influência na nossa imagem podendo afetar a percepção que os outros têm de você. Ao mesmo tempo que ela traduz aspectos positivos, pode ocorrer ao contrario se usada erroneamente, por isso uma consultoria em análise de coloração pessoal é fundamental. 

E como funciona? Tendo como referência as quatro estações do ano – primavera, verão, outono e inverno a análise indica qual estação a pessoa pertence, baseado em estudos da cor de pele, olhos e cabelos. 

A analista de coloração pessoal Bia Salles, da Bia Salles Color, formada pelo método Domine, faz a consultoria tanto presencial como à distância. Na consultoria à distância ela faz o estudo do tom e subtom da pele, através de fotos, para conseguir descobrir qual a cartela de cores ideal para a pessoa, chamado de método sazonal. 

Já na análise presencial consegue aplicar o método sazonal expandido, por 

exemplo, se  no estudo online descobriu que a pessoa  é  VERÃO,  no presencial ainda consegue analisar se é verão suave, verão claro ou se é um verão puro mesmo, como  no  estudo  online.  

Bia Salles ressalta a importância em descobrir a sua cor: “fazer o estudo da coloração pessoal ajuda na praticidade para comprar novas roupas, maquiagens e acessórios, o armário fica mais enxuto, pois a cliente passa a comprar apenas aquilo que sabe que fica bem para ela, e, não mais por impulso, só porque a peça é bonita na loja”. 

Além disso, a análise ajuda você a valorizar seus pontos positivos, a fazer compras mais assertivas, ampliar as combinações dos looks do seu guarda-roupa e acaba fazendo muito mais economia. “A análise de coloração pessoal muda nas pessoas a autoestima, a autoconfiança, o autoconhecimento ao saber as cores que lhe caem bem, e também passam a ser mais conscientes na hora do consumo. Descobrir quais são suas melhores cores e aprender a usá-las no dia a dia é realmente algo transformador, afirma Bia Salles.

 

 

Bia Salles – Consultora de análise de coloração pessoal, formada pelo método DOMINE. Também é advogada, professora de Direito e engenheira civil.


Cinco dicas para melhorar a qualidade da imagem em lives e reuniões online

Coordenador do curso de Fotografia da Panamericana explica alguns cuidados para que as cenas fiquem mais harmoniosas e favoreçam a pessoa que se expõe


As lives e as reuniões online ganharam popularidade durante a pandemia por conta da necessidade de se utilizar novas ferramentas para o trabalho a distância. Apesar da facilidade e da praticidade na hora de reunir pessoas, as soluções em vídeo trouxeram uma nova preocupação: a qualidade da imagem reproduzida nos vídeos. “Assim como as fotos, a imagem em vídeo requer alguns cuidados para que a imagem fique e menos amadora”, revela Elcio Ohnuma, coordenador do curso de Fotografia da Panamericana Escola de Arte e Design.

Segundo ele, é possível produzir vídeos com imagens belas e agradáveis com ideias simples e sem recursos que demandem grandes investimentos. Ohnuma preparou cinco dicas para isso – que também funcionam perfeitamente para as fotos:

1 – Cuide da iluminação do ambiente

Para o coordenador, a luz natural é sempre interessante. Entretanto, é preciso prestar a atenção se ela é suficiente ou se é necessário acrescentar um recurso extra. “Lembre-se de que, ao longo do dia, a luz vai diminuindo e você pode ficar no escuro sem perceber”, avisa o Ohnuma. Para caprichar na iluminação, é possível utilizar a ring light, um tipo de anel de luz acoplado ao celular, disponível em diversos tamanhos e conexões – das mais simples até as mais elaboradas, equipados com tripé. “Estes anéis iluminam muito bem sem deixar sombras”, explica ele.

Pra quem não quer investir, basta uma luminária ou um abajur posicionado para uma parede branca, proporcionando um retorno de luz rebatida. “Isso evita que a iluminação seja feita diretamente no rosto, resultando no efeito chapado”.



2 – Dê atenção ao enquadramento

Você já ouviu falar na regra dos terços? Trata-se de um tipo de composição na qual elementos importantes de uma fotografia são colocados ao longo de uma grade de 3 × 3 (um jogo da velha), que divide igualmente a imagem em nove partes. Ou seja, o foco de interesse deve estar na interseção das linhas que dividem o quadro em terços, que são distribuídos de cima para baixo da esquerda para a direita. Basta dividir o retângulo do fotograma em três partes iguais na vertical e horizontal.

“Quando trabalhamos nestes cantos – ou terços - eles atraem mais a atenção”, esclarece Ohnuma, explicando que é por isso que nem sempre a melhor composição seja colocar-se bem ao centro do quadro.  Segundo ele, o ideal é jogar a composição no terço direito ou no esquerdo, garantindo uma imagem mais atraente. “Um bom exemplo são os repórteres de TV, que normalmente são posicionados levemente à esquerda ou à direita”, diz ele. Ele lembra ainda que, para acertar na regra, observe o fundo para se certificar de que não há nenhum objeto que chame a atenção atrás de você.

O coordenador da Panamericana indica também dois bons livros para quem deseja aprender mais sobre enquadramento. São eles Sintaxe da linguagem visual, de Donis A. Dondis, e Arte & Percepção Visual, de Rudolf Arnheim.



3 – Harmonize fundo e roupa


Não há uma regra, mas sabe-se que o xadrez e as listras são estampas que podem atrapalhar na captação das imagens; logo, recomenda-se evitá-las. “O importante é que você se sinta bem na hora de gravar ou de tirar uma selfie”, afirma Ohnuma. Aposte nas cores opostas para obter destaque: um fundo frio evidencia uma roupa de cor quente. E as roupas neutras são ideais para quem não deseja chama a atenção.



4 – Posicione adequadamente o celular


Os celulares possuem câmeras angulares, por isso a imagem fica distorcida ao ser posicionada de baixo para cima. “Você pode ficar com um uma papada enorme, uma bochecha desproporcional ou evidenciar partes do corpo que não são interessantes, como as narinas”, avisa o coordenador. De cima para baixo, a câmera mostra mais a testa e os olhos e, por isso, a imagem fica melhor. Em lives e reuniões online, ideal é posicionar o celular paralelo ao rosto, para evitar as distorções e obter um efeito mais harmônico.


A câmera angular do celular também desfavorece quem fica próximo aos cantos, dando a impressão de uns quilinhos a mais. Por isso, Ohnuma recomenda posicionar-se ao centro, para evitar as distorções.



5 – Crie um cenário com profundidade

Ao ficar perto da parede, a imagem fica com o efeito “chapado”; logo, o recomendável é trabalhar a profundidade do ambiente, mas sempre considerando a luz. “Por exemplo, em uma sala, você pode estar próximo a uma mesa e, ao fundo ter quadros ou estruturas que tragam profundidade”. Ele conta que é interessante, ao fazer uma live, manter as luzes de led iluminando o fundo e o cenário atrás, deixando a cena mais descolada e confortável. “O efeito fica belo e ainda traz um ar moderno”, finaliza Ohnuma.



Panamericana

Aos 50 ( e poucos)

Vivo naquele tempo no qual sabemos que, salvo raríssimas exceções, já tenho mais passado que futuro. Uma consequência dessa constatação é a vontade de desacelerar tudo, apreciar quadro a quadro cada coisa que aparece na minha frente, cada cheiro, som, gosto. É fato que o tempo no qual vivemos dá poucas chances para isso e, por isso, vivo no intenso dilema de produzir muito ou entregar-me aos prazeres inúteis. Entre o ócio e o negócio. Vou equilibrando-me entre os segundos rápidos e as horas lentas, entre os dias cheios e os meses largos, entre as decisões necessárias e as procrastinações prazerosas. E, ao pensar sobre essa dialética do existir/viver, vou percebendo como o tempo, esse algoz sem rosto, é nosso interlocutor mais presente, nosso mais caro fiel depositário do passado, nosso confidente dos mais loucos desejos de futuro.

 

Hannah Arendt, minha autora favorita, afirma que "todo fato tem causas, mas nem toda causa tem consequência". De tantas coisas que ela disse e que me impressionam, essa frase sempre me põe em um alerta inexplicável. Isso porque sou professor de História e, ao longo das linhas de tempo que traço nos quadros verdes, há sempre uma certeza sobre o "isso ocorreu e então...". Mas somente os fatos cristalizados na História é que são capazes de iluminar os seus passados. O fato, em si, não anuncia nada e não é o encaixe de nada que o antecede. Ou, não necessariamente. Somos o evento e suas contingências. Apesar de nosso desejo de maktub. Apesar de nossa vontade de vislumbre, de dizer: "não te falei?".

 

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Uma das coisas mais constrangedoras dos tempos atuais é a busca por eufemismos para esconder a idade das pessoas. O pior de todos, sem dúvida, é o que ouvimos nas farmácias e nos aeroportos: “as pessoas da melhor idade”. Como se fosse uma escolha ou um prêmio. Como se abrisse um corredor de jovens com os rostos corados e olhos úmidos aplaudindo as pessoas com suas idades ótimas, excelentes. Desde que, em tempos imemoriais, descobrimos que morreríamos inevitavelmente, cada dia que passa não nos leva para um lugar melhor, porque não pode haver “melhor” quando não há uma opção. O stalinismo já devia ter nos ensinado isso há muito tempo.

 

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Aos 50, lembramos de mais coisas do que deveríamos para viver no tempo presente. Um tempo de notícias muito rápidas e fluidas. Mas nossas lembranças são insistentes! No início do ano, uma menina, angustiada, ao lado da coleguinha, perguntou-me: "professor, Tancredo morreu em 1984 ou 1985?” E lá veio tudo o que aconteceu naquele fatídico domingo, 21 de abril de 1985, dez e tanto da noite, quando o secretário de imprensa (Antônio Britto) iniciou a nota dizendo: "Lamento informar...". Mas aí a menina já estava longe. A “angústia" que ela desejava debelar era menos intensa. A história não era para ela, nem dela. E fiquei eu, ali, catando os restos dessa lembrança pelo corredor, antes que os demais alunos, desajeitados, pisassem sobre o olhar de dor do secretário de imprensa..

 

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Lendo Clément Rosset, reflito sobre o paradoxo de crer sem crer, viver sem uma eira nem beira racional, amar para ter certeza, sabendo da evanescência do amar. Aos 50, acreditamos - infantilmente - estarmos só uma pouco além da metade da vida. Mas - batam na madeira - nada impede que seja o último dia. Não há nada real que garanta esta conta, por mais que acreditemos nela. E então adiamos projetos para os 60. Viver tranqüilo, ok, depois dos 70. Mas, chegaremos lá? Não importa. Mesmo que não exista nada certo além do minuto agora. Só que não é nada fácil encarar essa evidência. Como lembra Clément: "se a incerteza é cruel, é que a necessidade de certeza é premente e a aparentemente inextirpável na maioria dos homens".

 



Daniel Medeiros - doutor em Educação Histórica e professor no Curso Positivo.


Pós-Covid: estudo prevê que as consequências na saúde mental durem mais que a própria pandemia


Futurologista conta como o coronavírus deve impactar o setor da saúde e como a tecnologia pode ajudar


Com o fim da pandemia, surgirá uma nova maneira de viver e o mundo, com certeza, será muito diferente. Tendo em vista antecipar algumas mudanças que moldarão essa nova realidade, a Allianz Partners, líder em assistência 24 horas e seguro viagem, produziu, em parceria com o Futurologista Ray Hammond, o relatório "Life after COVID-19".

Na área da saúde, a tecnologia digital será padrão, incluindo a telemedicina e incentivando a rápida adoção de tecnologias vestíveis, que são dispositivos inteligentes utilizados como um acessório (relógios, pulseiras ou até mesmo óculos de realidade virtual).


Após a Covid-19, as sociedades estarão mais sábias e muito mais preparadas para lidar com qualquer novo risco à saúde. A opinião pública exigirá mais gastos com hospitais e clínicas especializadas por parte dos governos, e os países estarão mais atentos aos suprimentos médicos para garantir acesso rápido a medicamentos e equipamentos.


Médicos e pacientes continuarão, na medida do possível, a realizar consultas de rotina remotas e online, pois a entrega digital de serviços e informações médicas tem o potencial de aliviar as imensas filas dos sistemas de saúde. Durante a pandemia, além de permitir consultas e apoio aos pacientes, a telemedicina também ajudou a impedir a propagação do vírus, reduzindo o número de pessoas que precisavam sair de casa.


Com a chegada do surto e o isolamento social, o número de pacientes que relataram problemas de saúde mental, como tristeza, aumento da ansiedade e depressão, cresceu drasticamente. Prevê-se que as consequências do impacto no equilíbrio das funções mentais durem mais que a própria pandemia. Além disso, é muito provável que os profissionais continuem a usar as consultas por vídeo em sua combinação de métodos de tratamento no futuro, o que permite um melhor acompanhamento a longo prazo.


O relatório completo está disponível para leitura aqui: http://www.allianz-partners.com/en_US/press-and-media/reports/life-after-covid.html




Ray Hammond - tem quase 40 anos de experiência escrevendo e falando sobre as tendências que moldarão o futuro. Ele foi premiado com a Medalha de Ouro das Nações Unidas em Serviços para Futurologia em 2010. O longo histórico de previsão precisa de Hammond é único na Europa e ele agora vive no futuro que descreveu há quase 40 anos. O futurologista oferece discursos, palestras e workshops para empresas, governos e universidades em todo o mundo. Ele ministrou palestras na Oxford-Martin School da Universidade de Oxford, na CASS Business School e na Lund University. Hammond também é membro eleito da Royal Society of Arts (FRSA).

 

Allianz Partners


Como lidar com pessoas do grupo de risco durante as festas de fim de ano?

Flora Victoria, mestre em psicologia positiva, ressalta a importância da comunicação sincera para uma boa reaproximação

 

Em tempos de pandemia, o distanciamento social se tornou comum para a maioria das famílias do mundo. Filhos, que já não moram mais com os pais passaram a evitar visitas por medidas de segurança e o mesmo se deu com avós que moram em cidades distantes e outros casos.

A internet se tornou uma aliada para aqueles que sentem saudades de seus entes queridos e amigos que não se encontram há meses. Mas, é possível que com a diminuição dos casos de covid-19, as reuniões voltem a acontecer. Será que as relações e hábitos antigos continuarão os mesmos ou haverá impactos significativos nas relações interpessoais? Para responder estas e outras perguntas, a mestre em psicologia positiva aplicada pela Universidade da Pensilvânia, Flora Victória comenta sobre o tema.

“Sem dúvida, há uma mudança de comportamento. É comum vermos pessoas se cumprimentarem com as mãos ou até mesmo a distância, sem a presença do toque como antigamente. Até em nosso lar muitas vezes temos estas ações sem ao menos perceber. É natural para a situação atual em que vivemos”, explica Flora.

E o cenário deve ser est durante as festas de final de ano. Muitos ainda estão estranhando, principalmente os brasileiros, acostumados a recepções calorosas com beijos e abraços. Esse tipo de cumprimento tem gerado a sensação de distanciamento. “Mudanças de paradigmas sempre geram certa resistência, estávamos num momento cercado por medos e pensamentos negativos em razão da impossibilidade de convivência e agora estamos nos readaptando, mas tampouco é a situação que vivíamos pré-pandemia”, comenta a mestre em psicologia positiva.

Um dos aspectos muito importante desta volta gradual da socialização é a volta da convivência com os idosos. Segundo pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), foram constatadas 36.247 mortes por covid-19 de pessoas com mais de 60 anos. Para muitos idosos, o sentimento de se enquadrar no chamado grupo de risco causou prejuízos e perdas mentais significativos. Outro agravante foi o sentimento de solidão, que pode levar à depressão.

“É muito importante que, quando os encontros presenciais voltarem a acontecer, familiares tenham atenção redobrada com os idosos, mas carinho, atenção são fundamentais para estimular sentimentos de felicidade e sensações positivas. A mente é muito poderosa e controla todo o restante do nosso corpo. É uma reação em cadeia. Se uma pessoa se sente feliz, logo a saúde se torna ainda mais forte, ao passo que o sentimento de tristeza está relacionado de forma direta a problemas cardíacos e respiratórios”, ressalta Flora.


E quando as pessoas de grupo de risco não querem se aproximar das outras?

Em datas comemorativas, como o Natal e o Ano Novo, que estão se aproximando, as pessoas tendem a trocar laços afetivos como abraços e beijos. Mesmo com a redução gradual no número de contaminados, muitos dos que pertencem ao grupo de risco ainda não se sentem à vontade para participar destas festividades e tendem a se isolar por medo ou insegurança de contrair a doença.

Nestes casos, importante optar pelo caminho de uma conversa tranquila, relembrar lembranças felizes que passaram juntos e arrancar boas risadas - estes são os segundos passos para que a mente gere a vontade de querer estar perto e reviver estes momentos. Mas, vale lembrar que é importante que os mais velhos se sintam livres para tomar a decisão que acreditarem ser a mais adequada, caso estejam inseguros.

A paciência também é outro fator que estará presente na hora das reaproximações. É muito importante que a família se sinta confortável para que os encontros e afetos aconteçam, mas depois de meses longe das pessoas queridas, o estranhamento tende a acontecer por questões naturais e mecânicas pré-definidas pelo cérebro.

“As relações interpessoais vão variar de acordo com cada pessoa. O ser humano é único, logo, os pensamentos também são. Alguns terão reações agradáveis e receptivas, outros nem tanto, e isto é totalmente normal. Tudo é questão de reciprocidade em compreender e respeitar o espaço do outro. O maior segredo para uma boa reaproximação com nossos parentes e amigos é mentalizar pensamentos bons. Automaticamente, liberamos endorfina, dopamina, serotonina e ocitocina, que são, na verdade, a composição química dos hormônios da felicidade plena – que é tudo o que esperamos para as festas de final de ano”, finaliza Flora Victoria.  


Quer superar o fim de um relacionamento amoroso? A psicóloga Amanda Fitas dá 5 dicas para virar essa página

Acompanhar a vida da pessoa, por exemplo, pode atrapalhar esse processo de superação

 

Terminar um relacionamento amoroso nunca é fácil. Momentos bons e ruins ficam, muitas vezes acompanhados de mágoas e ressentimentos. Mas para quem precisa virar a página e superar isso, a psicóloga Amanda Fitas, especialista em relacionamentos e com mais de 1,5 milhão de seguidores nas redes sociais, elencou 5 dicas para seguir a vida e esquecer o seu( sua) ex. 

 

1-Não fique acompanhando a vida da pessoa

Não fique acompanhando páginas de redes sociais ou fazendo questão de estar no mesmo lugar que esse alguém. Por vezes, isso pode fazer com que você veja algo que não queira e atrapalhar todo o seu processo de superação. Lembre-se de que: quem sofre com tudo isso é você. Então, é necessário abrir mão de algumas coisas para alcançar a sua paz. 

 

2-Não fique competindo mentalmente com a pessoa

Não fique se inferiorizando, nem medindo forças ou tentando mostrar que está melhor/por cima. Deixe a comparação de lado, pois é possível que os dois fiquem bem e felizes após um rompimento, não é preciso só um.

 

3-Não ache que essa pessoa possui dívidas abertas de reparação com você

Não fique aguardando um pedido de desculpas, que ela se redima e reconheça o quanto você era incrível ou algo do tipo, pois isso poderá te travar e você ficará esperando por algo que, possivelmente, nem venha a acontecer. 

 

4-Não fique criando histórias na sua cabeça

Não crie ilusão de que seria tudo perfeito e nem perca tempo imaginando como teria sido se vocês tivessem continuados juntos. Se tudo fosse realmente perfeito, como às vezes ficamos imaginando, com certeza o relacionamento não chegaria ao fim. Ficar pensando muito no passado ou no futuro te impedirá de viver o que realmente importa no momento: o presente. 

 

5-Não se force a superar em um tempo recorde e nem deixe com que você fique por muito tempo nisso

Cada pessoa tem seu tempo de superação e está tudo bem. Se você forçar uma superação rápida, provavelmente não terá superado de verdade e se você passar muito tempo remoendo a separação, estará perdendo tempo e oportunidade de ser feliz.


Hipnoterapeuta explica efeitos do excesso de pornografia na quarentena

Estudos recentes mostraram que a pornografia pode ser a causa de diversas disfunções sexuais e o consumo exagerado deste conteúdo durante o confinamento na quarentena começa a mostrar seus efeitos com vários terapeutas sexuais afirmando que suas agendas estão mais disputadas do que antes.

A pornografia existe desde sempre, e é registrada ao longo da história, obviamente evoluindo a cada meio de comunicação que é inserido na nossa cultura. Temos como exemplo, centenas de afrescos e esculturas mais ousadas que foram encontradas em ruínas do Monte Vesúvio de Pompéia.

Mas a questão atual é que o uso da pornografia tem crescido de forma gigantesca com o advento da internet. O site Pornhub, maior referência na área, recebe 120 milhões de visitas diárias e essas estatísticas chegaram a ser quase 20% maiores no período de confinamento.

Mas, quais as repercussões neurológicas podem acontecer ao consumir todas essas pérolas cinematográficas nas quais um simples problema de encanamento ou entrega de pizza pode virar uma orgia?

O hipnoterapeuta Guilherme Alves é especialista em sexualidade afirma que o excesso de pornografia pode ser a causa de diversas disfunções, problemas emocionais e psicológicos. "Em excesso, a pornografia pode criar disfunções sexuais, especialmente quanto à incapacidade de alcançar a ereção ou o orgasmo com um parceiro da vida real. A qualidade de uma relação amorosa e o compromisso com o parceiro romântico também podem ficar comprometidos." afirma.

De forma mais técnica, o hipnoterapeuta explica que o cérebro está ligado para responder à estimulação sexual com picos de dopamina que é um neurotransmissor, mais frequentemente associado à antecipação de recompensas e que também age para programar suas memórias e informações no cérebro. Esta adaptação significa que quando o corpo necessita de algo que gere prazer, o cérebro se lembra de onde voltar para experimentar aquela sensação.

"Só que, ao invés de buscar um parceiro para satisfação sexual, os usuários muito acostumados com os vídeos, por instinto, vão correr pros telefones ou laptops pois sabem que lá existirá a recompensa. Além disso, recompensa e prazer que são muito fortes costumam gerar um grau de costume mais intenso no cérebro da mesma forma que uma droga age gerando vício" afirma.

De acordo com Guilherme, cenas pornográficas, assim como algumas drogas, são hiper-estimulantes que levam a níveis elevados de secreção de dopamina e isto pode danificar o sistema de recompensa do neurotransmissor e deixá-lo sem responder a fontes naturais de prazer. É por isso que os usuários começam a sentir dificuldade em conseguir excitação com um parceiro físico.

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