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quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Relatório da Check Point sobre Phishing de Marca

 Microsoft foi a marca mais imitada para realizar ataques de phishing por e-mail


Pesquisadores da Check Point divulgam nova edição do relatório Brand Phishing referente ao terceiro trimestre de 2020, no qual destacam a migração para o home office como uma das principais razões para os atacantes direcionarem e-mails falsos aos funcionários solicitando redefinição de suas credenciais do Microsoft Office 365

 

A Check Point® Software Technologies Ltd. (NASDAQ: CHKP), uma fornecedora global líder em soluções de cibersegurança, acaba de publicar a nova edição de seu relatório Brand Phishing referente ao terceiro trimestre de 2020. O relatório identifica as marcas que, no período entre julho a setembro deste ano, foram mais utilizadas por cibercriminosos com o objetivo de roubar informações pessoais ou credenciais de pagamento por meio de ataques de phishing por e-mail. O termo "phishing de marca" refere-se aos ataques em que um cibercriminoso imita um site oficial de uma marca conhecida usando um domínio ou uma URL semelhante. Para fazer isso, eles usam vários métodos para enviar links para sites fraudulentos ou redirecionar usuários para essas páginas maliciosas para o roubo de informações.

No terceiro trimestre deste ano, a Microsoft foi a marca mais frequentemente imitada nas tentativas de ataques de phishing pelos cibercriminosos. Em comparação com o relatório do trimestre anterior (abril a junho), no qual esta marca protagonizou apenas 7% das tentativas de ataque por phishing a nível global, entre esses dois trimestres, a Microsoft passou do quinto para o primeiro lugar. Com os cibercriminosos buscando capitalizar o grande número de funcionários que, dada a pandemia da COVID-19, foram obrigados a trabalhar remotamente, 19% de todas as tentativas de ataques de phishing tiveram como destaque a marca deste gigante da tecnologia. Em segundo lugar surgiu a DHL, que entrou pela primeira vez em 2020 no Top 10 de marcas adotadas para este propósito, com 9% de tentativas de phishing associadas à marca.

O setor do mercado mais atacado pelo chamado Brand Phishing foi o da tecnologia, seguido do setor bancário e, em terceiro lugar, pelas redes sociais. Esta realidade tem a ver com os setores mais requeridos e conhecidos pelos consumidores, especialmente durante a pandemia do Coronavírus, quando as pessoas em geral foram obrigadas a migrar para o trabalho remoto ou home office, bem como às possíveis mudanças nas finanças pessoais e pelo uso cada vez maior das mídias sociais.

"No trimestre passado, assistimos a um grande crescimento de ataques de phishing via e-mail em comparação com o segundo trimestre, sendo a Microsoft a marca imitada com mais frequência. Esta é uma tendência conduzida por atacantes que procuraram tirar vantagens da migração em massa para o teletrabalho, dada a pandemia por COVID-19, direcionando e-mails falsos aos funcionários, nos quais lhes era pedido para redefinir as suas credenciais do Microsoft Office 365", explica Maya Horowitz, diretora de Inteligência de Ameaças & Pesquisa e Produtos da Check Point. "Como sempre, orientamos os usuários a serem cautelosos quando divulgam dados pessoais e credenciais de aplicações corporativas e, além disto, a pensarem duas vezes antes de abrir anexos de e-mail ou links, especialmente de e-mails aparentemente recebidos de empresas, como a Microsoft ou a Google, marcas mais propícias à imitação", alerta a diretora.

Exemplo: Microsoft Phishing E-mail visa roubar credenciais

Em meados de agosto, os pesquisadores da Check Point identificaram um e-mail de phishing malicioso tentando roubar credenciais de contas da Microsoft. O atacante tentava fazer com que a vítima clicasse em um link malicioso que redireciona o usuário para uma página de login fraudulenta da Microsoft:

 


Num ataque por phishing, os cibercriminosos tentam imitar o site oficial de uma marca reconhecida utilizando um nome de domínio ou URL semelhante e um design da página muito similar ao do site legítimo. O link do site falso pode ser enviado às pessoas por e-mail ou mensagem de texto, podendo ainda o usuário ser redirecionado para o mesmo durante uma simples navegação pela web ou, até, por meio de aplicações móveis fraudulentas. É frequente o site falso conter formulários que visam roubar credenciais, dados bancários ou outras informações pessoais.


Top 10 de marcas adotadas para ataques de phishing durante o terceiro trimestre de 2020

A lista de marcas é elencada pelo seu aparecimento geral em todas as tentativas de ataque por phishing:

• Microsoft (utilizada para 19% de todas as tentativas de phishing a nível global)

• DHL (9%)

• Google (9%)

• PayPal (6%)

• Netflix (6%)

• Facebook (5%)

• Apple (5%)

• WhatsApp (5%)

• Amazon (4%)

• Instagram (4%)

Listas de plataformas utilizadas para ataques de phishing

Durante o terceiro trimestre de 2020, o e-mail foi o meio mais comum através do qual se disseminou este tipo de ataque, contando com uma recorrência de 44%, seguido pelo phishing via web, que ocupou o segundo lugar da lista de plataformas de ataque, contrariando a tendência do segundo trimestre, no qual ocupou a primeira posição. Entre as marcas mais utilizadas para ataques de phishing destacam-se a Microsoft, a DHL e a Apple, por essa ordem.

E-mail (44% de todos os ataques por phishing durante o terceiro trimestre)

• Microsoft

• DHL

• Apple

Web (43% de todos os ataques por phishing durante o terceiro trimestre)

• Microsoft

• Google

• PayPal

Mobile (12% de todos os ataques por phishing durante o terceiro trimestre)

• WhatsApp

• PayPal

• Facebook


Principais dicas de proteção contra essas ciberameaças

Cientes de que o uso desse tipo de ciberataque continuará aumentando, os especialistas da Check Point reforçam as três principais dicas sobre como permanecer protegido:

• Verificar se as compras online de produtos são de uma fonte confiável e autêntica. Uma maneira de fazer isso é NÃO clicar em links promocionais em e-mails e, em vez disso, procurar no Google a loja online desejada e clicar no link na página de resultados do Google.

• Desconfiar e ter cuidado com as ofertas "especiais" como "Uma cura exclusiva para o Coronavírus por US 150", geralmente, não é uma oportunidade de compra confiável. Não há cura definitiva no momento (vacinas ainda estão sendo testadas) para o novo Coronavírus e, mesmo que houvesse, isto definitivamente não seria oferecido por e-mail.

• Ter cuidado e analisar minuciosamente domínios semelhantes, erros de ortografia em e-mails ou sites e remetentes de e-mail desconhecidos.

O Brand Phishing Report da Check Point é suportado pela Check Point ThreatCloud Intelligence, a maior rede colaborativa para combater o cibercrime no mundo, que fornece dados de ameaças e tendências de ataques de uma rede global de sensores de ameaças. A base de dados da ThreatCloud inspeciona mais de 2,5 bilhões de sites e 500 milhões de arquivos por dia e identifica mais de 250 milhões de atividades de malware diariamente.

Para mais detalhes sobre os resultados do relatório Brand Phishing, acesse o blog Check Point: https://blog.checkpoint.com/2020/10/19/microsoft-is-most-imitated-brand-for-phishing-attempts-in-q3-2020/



 

Check Point Software Technologies Ltd.

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Contas públicas: esforço deve ir além de aumentar impostos e reduzir despesas, afirmam economistas

Há risco de aumento da desigualdade social e empobrecimento da estrutura produtiva. Veja principais apontamentos do novo estudo da Análise Econômica Consultoria

 

Analisando a atual situação das contas públicas brasileiras, é indispensável conter o avanço das despesas obrigatórias, sobretudo daquelas cujo suposto retorno para a população é extremamente duvidoso, como os chamados gastos tributários, benefícios fiscais e financeiros-fiscais concedidos a empresas (cujo ganho para a sociedade é, na maioria das vezes, desconhecido).

Essa é uma das conclusões da equipe de economistas da Análise Econômica Consultoria (www.analiseeconomica.com.br). Veja abaixo os principais apontamentos do novo estudo sobre contas públicas. Caso queira conversar com os economistas da equipe, estamos à disposição.

  • O Brasil iniciou 2020 com uma dívida bruta do governo geral (DGBB) em torno de 75,8% do PIB e deve encerrar o ano com um percentual próximo aos 96% do PIB;
  • Apesar da clara tendência de aumento da dívida pública líquida e bruta, os movimentos foram amplamente suavizados pela entrada de recursos extraordinários;
  • Antes mesmo da pandemia já havia uma tendência de aumento da dívida e a previsão era de que um resultado primário positivo só seria possível a partir de 2026;
  • Levando em conta os efeitos da pandemia sobre as contas públicas, as estimativas foram alteradas para um resultado positivo apenas na próxima década;
  • Para 2021, o governo terá que trabalhar para entregar um programa melhor e maior que o Programa Bolsa Família (PBF) e dizer de onde virão esses recursos;
  • Sem o dinamismo da atividade econômica, o que se ganha ao aumentar tributos, ou o que se deixa de “perder” quando diminuem despesas, é insuficiente para criar uma solução mais duradoura para o problema fiscal brasileiro;
  • A emenda constitucional nº 95/2016 não mitigou os gastos com despesas correntes, mas reduziu o volume de recursos que o Estado destina para investimentos;
  • É indispensável conter o avanço das despesas obrigatórias, sobretudo aquelas cujo chamado “retorno” para a população é extremamente duvidoso, como os chamados gastos tributários, benefícios fiscais e financeiros-fiscais concedidos a empresas cujo ganho para a sociedade é, na maioria das vezes, desconhecido;
  • Em 2019, os gastos tributários foram 443% maiores que os gastos da União com investimentos. Lembrando que estamos falando apenas da esfera federal. Em volume, trata-se do maior registro da série histórica, R$ 307,1 bilhões;
  • Os rombos fiscais deixados por cada nova crise exigirão mais e mais cortes de despesas por parte do Estado, gerando um ciclo vicioso com alto potencial de aumento da desigualdade social, empobrecimento da nossa estrutura produtiva e impotência do Estado Brasileiro.

 


Análise Econômica Consultoria

www.analiseeconomica.com.br  

 

Na pandemia, Black Friday exige ampliação emergencial da armazenagem

Com o crescimento do comércio digital, para atender as expectativas dos consumidores durante a ação, segmentos como a indústria da chamada linha branca vão precisar manter os produtos armazenados nas fábricas e centros de distribuição


Conhecida mundialmente pelos super descontos e promoções especiais em milhares de produtos, a primeira Black Friday após o início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) promete ser uma das maiores de todos os tempos no Brasil. Apesar da crise gerada pelas políticas de distanciamento social e interrupção de atividades econômicas, a expectativa tem como base o crescimento exponencial do mercado varejista após meses de incertezas. Além disso, a digitalização e a mudança no comportamento de compra dos clientes também são fatores que criam um ambiente de perspectivas mais otimistas.

Segundo os últimos dados da Pesquisa Mensal de Comércio, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, as vendas no varejo cresceram 5,2% em julho em comparação ao mês anterior - terceira alta seguida em 2020 e que só reforça as expectativas. Contudo, o cenário instável deixou muitos negócios com o planejamento comercial e logístico comprometido, principalmente, no que diz respeito ao armazenamento de cargas e produtos.

Com as projeções positivas para a Black Friday, decisões precisam ser tomadas com urgência. "Um dos setores mais procurados durante a ação, a indústria da chamada linha branca - que abrange eletrodomésticos de maior porte como geladeira, fogão, microondas e freezer - vai precisar de galpões flexíveis para se adaptar à nova realidade imposta pela pandemia", afirma Silvia Ayala, gerente Comercial da Tópico, líder no segmento de infraestrutura flexível para armazenagem e cobertura, com mais de 2,5 milhões de m² instalados no país.

Será uma Black Friday digital, que exigirá das indústrias um desempenho melhor, pois as lojas estarão com funcionamento restrito para evitar aglomerações. “Isso vai provocar o crescimento do comércio eletrônico, maior quantidade de produtos armazenados nas fábricas e centros de distribuição para atender os pedidos e se mantendo a expectativa de entrega para atender os clientes. Os galpões flexíveis e temporários são essenciais para que esses processos sejam eficientes”, explica Silvia.


Vantagens - "Estamos a pouco mais de um mês para a data, as empresas precisam buscar soluções o quanto antes. Ampliar a capacidade com uma construção em alvenaria é oneroso e não há mais tempo hábil. Para aumentar de forma rápida os estoques, a locação de galpões lonados ou de zinco é a alternativa mais acertada e com melhor relação custo-benefício. São estruturas que também podem ser utilizadas para agregar novas áreas em centros de distribuição", destaca Sergio Gallucci, diretor Comercial e de Marketing da Tópico

Outra vantagem, segundo Gallucci, é o fato dos projetos modulares serem mais dinâmicos: se adaptam a qualquer tipo de piso, são projetados de acordo com a necessidade de cada empreendimento, podem ter o layout facilmente alterado e não geram ativo ocioso. “Montamos o galpão no tamanho desejado e ele permanece disponível no período de atendimento da sazonalidade do cliente, não mais que isso. Além disso, tudo é pensado para se adaptar ao que vai ser armazenado", conclui.

 


TÓPICO

 

Uma pandemia ...

O ano de 2020 será sempre lembrado como o ano triste da COVID-19, do distanciamento social, das lives, da recessão global, do álcool gel,da calamidade, das milhares de vidas perdidas e tantos outros fatos gerados por um vírus que tomou o mundo, se tornou uma pandemia e nos apresentou um cenário de insegurança e indefinição sobre o futuro. São em momentos como esse, que a realidade se apresenta como ela é, e enxergamos sem filtro o nível de preparo e estrutura que cada País tinha para enfrentar uma situação inédita como a que estamos passando. 

Em períodos normais, a urgência e o desenvolvimento de ações consideradas de médio e longo prazos tendem a ser encaradas respectivamente como “menos urgentes” e por vezes mais longas do que deveriam durar. O cenário muda, quando somos provocados por situações que nos tiram da zona de conforto, como no caso da crise gerada pela pandemia, demandando da coletividade, e em especial das autoridades constituídas, empatia e um trabalho conjunto e alinhado na busca das melhores soluções. 

No caso do Brasil, observo que mesmo conhecendo os problemas estruturais, a enorme desigualdade social e os entraves econômicos que tanto prejudicam nosso desenvolvimento, a pandemia da COVID-19 escancarou essas fragilidades e ineficiências e mostrou a necessidade de um olhar para os mais pobres, acelerando o debate sobre temas/áreas a meu ver fundamentais de serem definidos, como no caso da continuidade das reformas estruturantes, a melhoria dos sistemas de educação e saúde, a geração de empregos, a proteção do meio ambiente, a relação comercial entre os países, entre outros.     

Do ponto de vista estrutural, se pensarmos no Brasil como uma casa a beira mar, exposta ao desgaste da maresia, do vento e do sol, e sem qualquer manutenção, a pandemia foi um furacão que quase derrubou essa casa, deixando milhões de brasileiros na praia, desprovidos de saneamento básico, moradia, emprego, saúde e educação minimamente adequados para o enfrentamento da crise e a continuidade das atividades cotidianas. Tudo fruto de décadas de má gestão nos três níveis. 

Não existe solução fácil para problema complexo, de forma que, para cada área mencionada acima, as medidas a serem adotadas demandam das autoridades públicas em todas as suas esferas e do Congresso Nacional, muita cooperação e comunhão de esforços, visando atender a cada brasileiro e corrigindo as deficiências estruturais acumuladas ao longo de anos, em questão de meses. Dentre as ações potencializadas pela pandemia, destaco:

 

REFORMAS TRIBUTÁRIA E ADMINISTRATIVA

Há décadas, o Brasil vem apresentando um aumento gradativo da sua carga tributária, sendo um dos países com a maior carga do mundo com uma média de 33% de impostos cobradas pela União, Estados e Municípios das empresas e contribuintes pessoas físicas. Se por um lado o peso dos tributos reduz a competividade das empresas instaladas no país, de outro,  o aumento dos gastos públicos, do custo da máquina pública e a má alocação dos recursos em benefício da população impedem que tal carga possa ser menor, mais justa, segura e atrativa para quem deseja investir no Brasil. 

O Brasil precisa de uma reforma tributária eficiente. Também é imprescindível trabalhar uma reforma administrativa para a contenção dos gastos públicos, estabelecendo-se assim o equilíbrio das contas públicas. 

 

SANEAMENTO BÁSICO

Com a pandemia, a tão necessária universalização do acesso a água e esgoto tratados se tornou urgente. A necessidade de avançarmos com mais agilidade nos investimentos em serviços de abastecimento público e esgotamento sanitário ganhou relevância e impulsionou o debate para a aprovação do Novo Marco Legal do Saneamento Básico. Hoje, aproximadamente metade da população não tem serviço de esgoto sanitário e 40 milhões não têm água tratada com rede de abastecimento. Nesse cenário, o simples ato de lavar as mãos com água e sabão não é possível. 

 

GÁS NATURAL

Outra frente que ganhou celeridade foi a proposta de abertura do Mercado de Gás Natural , com a votação da Nova Lei de Gás. Mais uma vez um passo importante para trazer mais segurança jurídica e investimentos para um setor de grande relevância para um país que tem o potencial do pré-sal e que se utiliza do gás natural para a produção de uma gama extensa de produtos e em serviços.

 

5G E ESTÍMULO À INOVAÇÃO

A transformação digital das empresas brasileiras depende de acesso a uma rede de internet robusta e confiável, sendo um dos caminhos que temos para garantir a produtividade e competitividade necessárias, assegurando nossa inserção nas cadeias globais de valor. A conectividade confiável é a base para tornar viável essa transformação, já que a implantação dos conceitos e tecnologias associadas à Indústria 4.0 e demais aplicações envolvendo o IoT depende de sua existência e disponibilidade.

Essas são apenas algumas das propostas que ganharam relevância na crise e que  aprovadas, certamente auxiliarão na retomada econômica. Que venham as boas notícias. 

A ABIMAQ, além de atuar nas questões de crédito, manutenção dos empregos, ferramentas para a retomada da economia, também prioriza as questões citadas acima.

 



Rafael Bellini - Bacharel em Direito e Chefe de Gabinete na Presidência da ABIMAQ/SINDIMAQ

 

Faturamento do turismo já encolheu 33,6% em 2020, mostra pesquisa

Para FecomercioSP, crescimento da demanda por pacotes para 2021 e busca por destinos domésticos são indícios otimistas ao setor


 

Um dos setores mais afetados pelo isolamento social decorrente da pandemia de covid-19, o turismo nacional já acumula uma redução de 33,6% no faturamento real acumulado de janeiro a agosto deste ano.
 
Levantamento do Conselho de Turismo da FecomercioSP a partir dos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o resultado negativo até agora foi puxado principalmente pelas viagens aéreas (retração de 68,8%) e por serviços de hospedagem e alimentação (-43,2%).
 
No período analisado, o setor de turismo faturou pouco mais de R$ 70,4 bilhões – em 2019, as receitas já estavam em R$ 106,1 bilhões nesta época do ano, o que representa um prejuízo de R$ 35,7 bilhões.

 



A redução no faturamento atinge cinco das seis áreas analisadas pelo levantamento: depois do transporte aéreo e dos serviços de hospedagem e alimentação, o pior resultado foi o de atividades culturais, recreativas e esportivas, que registra queda acumulada de 33,3% em 2020. A única área que se mantém com saldo positivo no ano é a de transporte aquaviário – menor em comparação às demais –, que registrou alta de 10,7% entre janeiro e agosto.
 
Considerando o acumulado dos últimos 12 meses, o recuo no faturamento do turismo brasileiro é de 21,1%, sendo maior entre as empresas de transporte aéreo: -29,8%. Em seguida estão os serviços de hospedagem e alimentação, com queda de 25,6% entre agosto de 2019 e o mesmo mês deste ano.

 

 

 



Apesar disso, o setor tem motivos para ficar mais otimista com os próximos meses: além da saída gradativa do isolamento, como se viu nos feriados nacionais de setembro e outubro, muitas operadoras de turismo brasileiras já têm pacotes fechados para o primeiro semestre de 2021.
 
Com a retomada de medidas de isolamento em países mais visitados da Europa, como França, Itália e Espanha, a Federação observa potencial na demanda doméstica.
 
No entanto, ressalta que os players do setor devem ser transparentes com seus clientes sobre as condições das viagens: informando sobre operações de restaurantes, comércio e serviços, assim como sobre a estrutura médica disponível em cada destino. Além disso, a queda no emprego qualificado entre as operadoras aumenta ainda mais a necessidade de manter um bom atendimento aos consumidores.


 
PRINCIPAIS NÚMEROS DO LEVANTAMENTO
 
Faturamento real do turismo brasileiro (janeiro a agosto de 2020):
R$ 70.456.499
 
Faturamento real do turismo brasileiro (janeiro a agosto de 2019):
R$ 106.151.534
 
Variação de faturamento (comparação entre mesmo período de 2019 e de 2020):
-33,6% (R$ 35,7 bilhões)
 
Faturamento acumulado nos 12 meses entre agosto de 2019 e agosto de 2020:
-21,1%

 


Nota metodológica

O estudo é baseado nas informações da Pesquisa Anual de Serviços com dados atualizados com as variações da Pesquisa Mensal de Serviços, ambas do IBGE. Os números são atualizados mensalmente pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e foram escolhidas as atividades que tem relação total ou parcial com o turismo. Para as que têm relação parcial, foram utilizados dados de emprego ou de entidades específicas para realizar uma aproximação da participação do turismo no total.


Trabalho híbrido pós-pandemia vai mudar dinâmica nas cidades, diz report A Casa e a Cidade, elaborado pelo A Vida no Centro

Quando a pandemia de Covid-19 chegou ao Brasil, em março de 2020, deixou milhares de pessoas em casa, transformando profundamente o modo de vida das grandes cidades. O que se seguiu foram meses de intensa transformação no modo de vida urbana, bastante visíveis em uma metrópole como São Paulo. Agora, que a vida fora de casa vem retornando, aos poucos, que mudanças vieram para ficar? Para responder a essa questão, o Núcleo de Inteligência do A Vida no Centro elaborou o report A Casa e a Cidade - impactos da pandemia na vida urbana, tendências e insights.

Uma das principais tendências que vieram para ficar no pós-pandemia é o trabalho híbrido. Milhares de empresas se viram obrigadas, da noite para o dia, a mandar suas equipes para casa, de onde tiveram que continuam trabalhando, de forma remota.

Quer ver o relatório completo? Clique aqui.

Em muitos casos, deu tão certo que as empresas nem pensam em voltar ao sistema anterior, de escritórios abarrotados, cada um no seu computador lado a lado, todos os dia das semana. Alguns adotarão o trabalho remoto de forma permanente, outros terão uma mistura, com alguns dias na sede e outros na casa do funcionário. E isso vale tanto para funções de renda mais alta, como escritórios de advocacia, quanto para outras de menor renda, como equipes de call center.

E qual será a consequência disso? “Uma parte das pessoas deixará de se deslocar diariamente, nos horários de pico, dos bairros residenciais, para regiões que concentram escritórios, aliviando um pouco o trânsito e, com mais gente nos bairros, começar a desenvolver o comércio local”, diz Denize Bacoccina, uma das diretoras do A Vida no Centro e responsável pelo estudo, junto com Clayton Melo. “O report A Casa e Cidade foi feito o objetivo de colaborar com o maior entendimento sobre o impacto da pandemia nas grandes cidades brasileiras, como São Paulo. Isso porque as transformações verificadas no isolamento estão longe de se esgotar com a reabertura da economia”, afirma Clayton Melo.


Metodologia

O trabalho, realizado durante três meses, traz uma pesquisa quantitativa, feita em parceria com o Observatório de Turismo e Eventos (OTE) da São Paulo Turismo, por meio de questionário online com 1.521 respondentes; entrevistas em profundidade com dezenas de especialistas e trendsetters das mais variadas áreas e origens – artistas, produtores culturais, poder público e empreendedores, entre outros; desk research e conteúdo especial da plataforma A Vida no Centro.

A descentralização do trabalho, por exemplo, deve provocar mudanças na dinâmica espacial da cidade, com uma maior liberdade de escolha sobre onde morar, por exemplo. E a maior permanência em casa também leva a mudanças no espaço doméstico e no comportamento na interação com ele.


RESUMO DOS PRINCIPAIS INSIGHTS E TENDÊNCIAS

O relatório está estruturado em dois grandes capítulos: no primeiro, procuramos mapear as mudanças e as tendências na vida dentro de casa, enquanto no segundo o foco foi a vida fora de casa. Veja um resumo dos principais insights do estudo.

10 insights e tendências do Report A Casa e a Cidade

1 - Casa, o novo hub

Uma das grandes tendências geradas pela pandemia  é a transformação da casa no hub da vida, ou seja, a casa se tornou o lugar de tudo: vida familiar, profissional e social. É o lugar para morar, trabalhar, empreender, se divertir, estudar e se exercitar. É a casa como potência.


2 - Home office híbrido

A experiência de trabalhar em casa agradou trabalhadores e empresas, o que sinaliza que essa modalidade vai se tornar uma realidade permanente para muitas pessoas, em especial com a adoção do modelo híbrido (alguns dias em casa, outros na empresa).


3 - Um novo morar

A consolidação do home office gerou a necessidade de repensar o espaço doméstico. O trabalho remoto demanda uma nova casa, despertando o desejo (mais do que a necessidade) de cuidar do ambiente, adaptar cômodos e tornar os espaços mais acolhedores e também funcionais, de modo que permitam a realização das várias atividades no dia a dia.


4 - Home fitness

A casa também é o local para atividades físicas. Aos poucos, o hábito de se exercitar em casa vai entrando na rotina, abrindo espaço para o surgimento de plataformas que oferecem aulas online, assim como a criação de serviços digitais por grandes redes de academia.


5 - A redescoberta da cozinha

Com os restaurantes fechados – e agora, com as restrições e os riscos– muita gente foi para a cozinha. E gostou. Pesquisa A Vida no Centro/SP Turis mostra que 67% passaram a cozinhar mais em casa, sendo que 7,2% aprenderam a cozinhar neste período. E 76% pretendem continuar comendo em casa mesmo com a reabertura dos restaurantes. Além disso, no setor de alimentação houve uma migração do comércio físico para o online. A pandemia fez o brasileiro perceber que não necessariamente precisa ir a um restaurante para comer bem. Pode cozinhar. Ou pedir comida.


6 - Transformação digital da cultura

“A cultura agora será híbrida”. Essa frase de Hugo Possolo, secretário municipal de Cultura de São Paulo, sintetiza a transformação do setor cultural, que agora experimenta novas linguagens, produtos e sistemas de distribuição pela internet. Um símbolo da transformação digital do setor é “A Arte de Encarar o Medo”, espetáculo online pioneiro lançado pela Cia de Teatro Os Satyros. Criado e encenado remotamente pelo Zoom, o modelo de teatro digital criado em São Paulo foi exportado para uma produção internacional, com artistas de vários continentes. Além disso, várias instituições passaram a promover lives e exibir atrações online, entre elas Itaú Cultural, Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e Theatro Municipal.


7 - Valorização do local

Uma das mudanças aceleradas pela pandemia é o fortalecimento do local, da vizinhança, o que também deve favorecer o comércio de bairro. Essa tendência, chamada de Local Love por bureaus de pesquisa nacionais e internacionais, já tinha sido mapeada havia alguns anos, mas com a Covid-19 ela vem para o primeiro plano e assim deve permanecer no pós-pandemia.


8 - Senso de comunidade

Passar mais tempo em casa serviu para reconectar as pessoas com o bairro onde moram, incluindo a maior interação entre vizinhos e criação de redes de solidariedade.  Esse movimento foi captado, por exemplo, pela pesquisa Viver em São Paulo – Especial Pandemia, realizada pela Rede Nossa São Paulo, Ibope Inteligência e Sesc. Quando perguntados sobre as principais mudanças causadas pela pandemia e pelo isolamento social na relação com o bairro, 46% disseram que passaram a dar mais valor ao comércio e aos prestadores de serviços locais.


9 - Nova relação com o espaço público

O uso dos espaços públicos pelas pessoas já era uma tendência nas grandes metrópoles brasileiras e mundiais antes da pandemia. Com a reabertura gradual das atividades nas cidades, esse desejo de ir para rua continuará forte, mas agora com algumas mudanças. A pesquisa A Vida no Centro/SP Turis indica que as pessoas terão receio de frequentar eventos com grandes aglomerações. Por outro lado, a procura por locais abertos na vizinhança, como parques, praças e locais para caminhar e passear – desde que não reúnam grandes massas de pessoas –, deve ser uma tendência nos próximos meses, o que pode resultar numa maior reivindicação por qualidade do espaço público, como as calçadas.


10 - Descentralização

Com o home office como um dos vetores de fortalecimento da vizinhança, do senso de comunidade e do comércio de bairro, pode haver um maior desenvolvimento regional na cidade. Para exemplificar, um possível efeito disso é o fortalecimento da economia de bairros que antes só serviam de moradia. Trabalhando em casa, a pessoa fica mais tempo no bairro, consumindo ali, e não no local onde a fica a empresa.


A pandemia não acabou, mas é preciso reagir e organizar o seu negócio

Estamos há mais de sete meses em um processo de limitação, restrição e sem expectativa de retorno ao convívio social, esperando o momento de viver sem a preocupação de contágio e com liberdade de ir e vir para nossos compromissos e lazer.

Nossas famílias, funcionários e colaboradores dependem de nossa estrutura para manter seus compromissos.

Como organizar nosso trabalho, negócio e empresa após este processo longo e sem previsão de acabar?

A primeira questão é entender sua postura diante da nova realidade e o que é necessário organizar em seu negócio ou trabalho para conquistar o que foi perdido ou “crescer” em nossa nova forma de comunicação e venda.

A linguagem ficou mais próxima e transparente, as pessoas estão buscando empresas, marcas e pessoas que passem a “verdade” em seus conteúdos e produtos.

O engajamento da proposta se vale da sua verdade, da maneira como você quer mostrar sua qualidade e visão para o mercado e seus consumidores.

Entenda quem é você no mercado, reorganize sua estrutura e estoque, defina como será sua condução e posicionamento daqui em diante.

Todos nós fomos afetados por esta pandemia, uns mais outros menos e alguns poucos tiveram grandes ganhos com seus serviços e produtos.

Mas e agora? Como conduzir minha realidade daqui para frente?

Se você está no grupo que precisa se reinventar, utilize todos os recursos disponíveis e consulte um profissional que lhe acompanhe nesta retomada organizando suas necessidades e fazendo sua retomada de forma orgânica revitalizando seus clientes e novos seguidores.

Ou ainda, se sua empresa foi muito próspera e superou muito bem suas expectativas, então é o momento de criar novas oportunidades e realizações dentro do mercado, abrindo novas frentes para futuros sucessos.

Organize suas necessidades e se renove a cada dia, o mercado está sedento de novidades e produtos que tenham uma identidade clara e objetiva mostrando aos seus consumidores sua proposta.

Reaja, se movimente e não permita que a estagnação impeça sua evolução e seu crescimento, organize e faça um novo planejamento para todos os seus negócios.

Vamos em frente!

 


Conceiyção Montserrat - CEO da Montserrat Consultoria

  

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