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quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Guia completo ensina a montar um home office funcional e prático

A arquiteta Júlia Guadix, à frente do escritório Liv’n Arquitetura, reúne dicas infalíveis para deixar seu trabalho em casa mais agradável


O home office merece uma atenção redobrada para que fique funcional e confortável |Projeto: Liv’n Arquitetura |Foto: Guilherme Pucci


Em 2020, se tem um ambiente de casa que precisou aparecer para valer foi o home office, que para muitos, de temporário passou para definitivo. Com a necessidade de trabalhar longe do escritório, os moradores precisaram reservar cantinhos que ajudassem tanto na concentração, quanto no conforto e na produtividade. Por isso, montar esse espaço exige uma atenção redobrada, afinal, tornou-se o local destinado a passar a maior parte do dia.

Antes de qualquer coisa, para criar um home office prático e funcional é preciso se conectar com as suas necessidades. E como começar? O ponto de partida é responder algumas perguntas básicas: Como é o seu dia de trabalho? Você precisa de dois monitores grandes ou apenas um laptop? Consulta muitos arquivos impressos? Precisa analisar papéis em grandes formatos? Necessita de muita ou pouca área de armazenamento para itens de escritório?

Depois de elencar esses tópicos, dá-se início a escolha do ambiente ideal e dos móveis que irão compor. Para ajudar nessa tarefa, a arquiteta Júlia Guadix, à frente do escritório Liv’n Arquitetura, reuniu cinco dicas principais. Confira a seguir:


1) Definindo o ambiente: 

“É muito comum termos o home office integrado à sala, varanda, quarto. Com esse desenho, considero importante manter uma separação das atividades. A decoração nos auxilia a separar os momentos: hora de trabalhar e hora de relaxar”, explica a arquiteta. Nesse sentido, o espaço eleito deve proporcionar concentração para as horas de trabalho. Portanto, distrações como televisão, sons externos, circulação de pessoas, precisam ser evitados, na medida do possível.

Nesse quarto, o home office foi colocado atrás da divisória com chapa de aço recortada para fazer uma separação sutil, sem perder a iluminação e ventilação natural. Essa disposição impede que os moradores tenham visão do ambiente de trabalho quando estão na cama, o que torna tudo mais aconchegante e, acima de tudo, funcional |Projeto: Liv’n Arquitetura| Foto: Guilherme Pucci


Fuja daquela vontade de trabalhar na cama ou no sofá da sala. Isso, além de prejudicar a coluna, dificulta a separação dos lugares reservados para o emprego e o relaxamento.


2) Móveis para o home office: 

O mobiliário destinado para este ambiente precisa ser adequado para evitar dores nas costas e problemas futuros na coluna. “Para as horas de trabalho ficarem mais agradáveis, é importante que a bancada, a cadeira e a tela do computador permitam uma posição correta”, alerta Júlia Guadix. Quanto à bancada, a profissional recomenda que ela tenha, no mínimo, 60 cm de profundidade e 80 cm de largura. Além disso, uma altura aproximada de 75 cm é o ideal.

Bancada, cadeira e computador devem estar nas posições corretas para evitar dores nas costas | Projeto: Liv’n Arquitetura | Foto: Guilherme Pucci


Outro item fundamental é uma cadeira com boa ergonomia. Peças com rodinhas e regulagem da altura são adicionais que facilitam o dia a dia. A fim de contribuir para uma melhor circulação no ambiente, o ideal é que haja uma distância de 70 cm entre a escrivaninha e outro móvel atrás dela, permitindo que você entre e saia da cadeira sem esbarrar em nada. “Se for preciso, utilize um suporte para elevar a tela do laptop e use teclado e mouse apoiados na mesa”, indica a arquiteta.

Uma cadeira com boa ergonomia possibilita horas de trabalho mais tranquilas | Projeto: Liv’n Arquitetura | Foto: Guilherme Pucci


3) Iluminação adequada: 

A iluminação é um elemento essencial para garantir um home office mais funcional. Se usada de forma correta, terá um papel fundamental na qualidade do trabalho e no seu bem-estar. Assim, Júlia Guadix aconselha um ambiente com luz geral ampla, além de uma fonte de luz homogênea sobre a bancada e que não ofusque a visão. Ela pode vir de um pendente, um abajur, arandela ou fita de LED embutida no forro ou na marcenaria, dependendo do projeto e do espaço. “Escolha sempre as lâmpadas mais amareladas entre 3000K e 2700K, que se assemelham à luz do sol e criam uma atmosfera mais aconchegante”, afirma.

Estar em um local com uma janela dará profundidade de visão, sendo possível descansar o olhar de tempos em tempos. Esse movimento também trará mais disposição e alegria durante o expediente.

Nesse home office, a janela permite a entrada de luz natural, aumentando a sensação de aconchego. Nos dias muito ensolarados, a persiana romana oferece conforto visual | Projeto: Liv’n Arquitetura | Foto: Guilherme Pucci


4) Organização é fundamental: 

Para um home office perfeito é essencial manter a organização. Portanto, o melhor é restringir os itens de trabalho ao escritório, evitando de espalhá-los pela casa: assim, a área fica bem demarcada em relação aos demais cômodos. Já dentro do ambiente, invista em nichos, prateleiras e gaveteiros para deixar tudo no seu devido lugar. “Colocar na mesa apenas o que, de fato, será utilizado e, ao final do expediente, organizar tudo, arquivar papeis e jogar lixo no lixo para tudo ficar visualmente agradável”, reitera a arquiteta.

Nesse ambiente, o nicho aéreo guarda os itens que não estão sendo usados no momento. Uma gaveta organiza os documentos que ficam na altura da mão. A presença da luz natural garante o bem-estar dos moradores | Projeto: Liv’n Arquitetura | Foto: Guilherme Pucci


Usar bandejas em cima da bancada também contribui para organizar os objetos em conjunto. Nos gaveteiros, distribuir os compartimentos em categorias com etiquetas impede o acúmulo de documentos desencontrados. Pastas de cores diferentes e cestos auxiliam a manter a ordem nos armários e nichos.


5) Personalize o seu home office: 

Pense no seguinte: você passará boas horas do seu dia nesse espaço. Então, personalize! Se a intenção for transformar o home office em um local convidativo, aposte em quadros, vasos de plantas, esculturas, ou seja, itens que contribuam para momentos mais prazerosos. Sem esquecer a organização, é claro! Por isso, o legal é escolher objetos pequenos que não ocupem os preciosos centímetros.

Organizados em uma bandeja, a arquiteta resolveu colocar alguns objetos que personalizaram ainda mais o seu home office. “Reservei um cantinho para colocar a minha Nossa Senhora das Graças que minha madrinha me deu, umas velinhas e o quadro que meu avô pintou”, conta | Projeto: Liv’n Arquitetura | Foto: Guilherme Pucci


Se a sua vontade for apostar em mudanças maiores, as paredes são perfeitas para isso. E as possibilidades são inúmeras: papel de parede, texturas, adesivos vinílicos! Vale até mudar a cor e o revestimento do escritório. Além de lindo, isso colabora na diferenciação entre os cômodos.

Quanto às tonalidades, o ideal é investir em tons que tragam tranquilidade, disposição e foco. O amarelo e o verde, por exemplo, estimulam a criatividade e o otimismo. O azul, por sua vez, acalma, promove a confiança, comunicação e eficiência. “Usar tons muito vibrantes em grandes planos pode nos cansar e deixar ansiosos. Por isso, aconselho optar por cores mais neutras ou, até mesmo, misturá-las, contrapondo os estímulos”, declara a arquiteta.

 


Liv’n Arquitetura

Av. Dr. Cardoso de Melo, 291, São Paulo – SP

(11) 94537 – 0101

www.livn.arq.br

Instagram: @livn.arq


Conheça as 10 matérias-primas que são sucesso entre perfumistas ao redor do mundo

Em comemoração aos seus 100 anos, a Takasago reuniu 10 profissionais para elegerem suas matérias-primas prediletas para a produção de fragrâncias

Em comemoração ao centenário de sua fundação, celebrado em 2020, a Takasago – uma das cinco maiores empresas de aromas e fragrâncias do mundo, com operação em 26 países, incluindo o Brasil – reuniu dez perfumistas de cinco países diferentes para elegerem suas matérias-primas favoritas na hora de criar um perfume.

Encantadora e árdua ao mesmo tempo, a profissão exige um olfato apurado, capaz de distinguir inúmeras fragrâncias, uma vez que pode ser necessário o uso de, pelo menos, 300 ingredientes em um único produto. Especialistas precisam, além da graduação em química ou em farmacêutica, ter em mente aproximadamente dois mil elementos que integrarão futuras essências.

A perfumaria surgiu há milênios de anos. Seu nome vem do latim “pro fumum”, que significa “através da fumaça”, fazendo alusão aos rituais primitivos de incensar plantas aromáticas em homenagem aos deuses. Foram os egípcios antigos quem desenvolveram as técnicas de maceração de plantas, as transformando em óleos perfumados. Anualmente, o mercado de fragrâncias movimenta cerca de 50 bilhões de dólares, segundo pesquisa da Euromotor Internacional, publicada pela Forbes neste ano. Deste montante, quase US$ 7 bilhões estão no mercado interno brasileiro. Confira abaixo as preferências dos perfumistas da Takasago:


Alfredo León

País: México

“Especiarias são, sem dúvida, a minha matéria-prima favorita. Uma maneira magnífica pela qual se pode contar histórias de sensualidade e lugares distantes. Símbolo da feminilidade e da masculinidade, elas apresentam uma característica que envolve você em uma experiência completa e inigualável”.


Ana Flora Marcon

País: México

“Eu amo todas as matérias-primas. O que importa na criação é a intenção por trás do seu uso. Como as cores primárias para um pintor, elas são naturalmente belas e possuem sua própria singularidade, mas uma vez combinadas, elas se tornam uma cor inteiramente nova, revelando nuances inusitadas e se abrindo para infinitas possibilidades criativas”.


Catherine Selig

País: França

“A sálvia é a minha matéria-prima favorita. Uma das notas mais espirituais que eu já experimentei. Uma nota multicultural que evoca um contraste meditativo e urbano”.


Eliseo Monzón

País: México

“Eu amo o simbolismo desses dois ingredientes combinados: âmbar e almíscar. A combinação dos dois proporciona uma profundidade nas notas do perfume, além de um certo requinte que parece viciante”.


Junko Nagano

País: Japão

“As flores de cerejeira são as minhas favoritas. Essas flores delicadas proporcionam uma impressão luxuosa do Japão, ainda que pareçam naturais quando experimentadas”.


Takashi Nishida

País: Japão

“Eu amo o esplendor que a pera asiática empresta para a nota de saída... O contraste perfeito entre um conforto renovado e a naturalidade”.


Tetsuya Nagasawa

País: Japão

“Um dos meus ingredientes favoritos é o saquê japonês. Ele é rico, com uma bela nuance cítrica, que passa a impressão de suavidade e luminosidade de imediato”.


Sachiko Okajima

País: Japão

“Eu amo a mistura perfeita das rosas com a madeira oud. Ela expressa a beleza japonesa e uma feminilidade confiante”.


Steven Claisse

País: Estados Unidos

“Uma das especiarias mais preciosas e requintadas, as pimentas da índia são como uma lembrança dos meus primeiros anos como perfumista”.


Sandra Casagrande

País: Brasil

“Quente, doce e brilhante, adoro o perfume muito delicado das flores de macadâmia, o contraste perfeito entre notas cítricas e uma confortável impressão de mel”.


 Imagem de 955169 por Pixabay


Cinco endereços on-line para manter contato das crianças com a natureza

Mesmo em isolamento social, brincar com elementos da natureza é importante para o desenvolvimento e a saúde dos pequenos

 

Manter as crianças ocupadas, com atividades saudáveis, enriquecedoras e acessíveis, é uma tarefa difícil no dia a dia dos milhões de pais brasileiros, mesmo em situações normais. Em meio a uma pandemia a dificuldade tem aumentado significativamente. 

Em isolamento social, muitas crianças - principalmente aquelas que vivem em apartamentos e, portanto, longe de jardins e quintais - não têm a possibilidade de estar em contato com a natureza. Estudos comprovam que brincar com a terra, com a água, com as plantas e outros elementos é fundamental para que as crianças se desenvolvam adequadamente, conscientes do seu papel junto ao meio ambiente.

Por isso, desde o início das medidas de distanciamento social necessárias para combater a pandemia do novo coronavírus, foi preciso repensar o brincar, de modo que as experiências junto à natureza não fossem eliminadas do cotidiano dos pequenos. Estes são alguns materiais – disponíveis gratuitamente e on-line – para preservar esse contato.


1)  Aprende em casa Brasil

E-book Aprende em casa Brasil trabalha o contato com os cinco elementos da natureza 

Divulgação

 

Pensando em como ajudar pais e professores, o Sistema de Ensino Aprende Brasil preparou uma seleção de atividades lúdicas e pedagógicas que permitem a interação com as crianças de forma instrututiva e divertida, que incentiva o contato com a natureza pela descoberta dos elementos e podem ser realizadas em qualquer lar. As brincadeiras, experimentos, dicas, entre outros, são encontrados no e-book Aprende em casa Brasil - Descobertas em tempos de quarentena, o segundo da série "Ser curioso é nota 1.000!". Para acessar o e-book basta preencher algumas informações no link https://bit.ly/33qjhBr. O conteúdo é indicado para uso com crianças que estão na Educação Infantil. 


2) Caderno de propostas Pela Janela

O projeto Ser Criança é Natural, que promove a relação entre as família e a natureza por meio de oficinas, lançou um caderno de propostas online para que essa relação continue se desenvolvendo durante a quarentena. O material propõe uma série de atividades que podem ser realizadas por meio da observação das janelas de casa. Também há ideias de reflexão sobre o que está do lado de dentro dessas janelas, ou seja, em casa. O caderno também pode ser impresso, de modo que as crianças possam sortear uma atividade por vez. Este é o link para acessar o conteúdo completo: https://bit.ly/36izXhg 


3) Canal Natureza de Criança

Incentivar a conexão de crianças de todas as idades com a natureza e os ambientes naturais é a missão do programa Natureza de Criança. No entanto, durante a pandemia, foi preciso reorganizar a forma de trabalhar essa conexão. Por isso, a idealizadora do programa, Isabela Abreu, passou a compartilhar em um canal do Youtube histórias infantis que falam sobre a natureza. São livros selecionados para estimular o interesse das crianças pelo meio ambiente mesmo em tempos de quarentena. Acesse o canal aqui: https://bit.ly/36eTT4x 


4) GPS da Natureza

Com uma curadoria especialmente importante para quem está em isolamento social, o GPS da Natureza, do programa Criança e Natureza, aponta ambientes naturais próximos de onde você está. É possível fazer a busca pelo CEP, por exemplo, mas também pelo tipo de atividade que se quer desenvolver. Outra vantagem é poder filtrar essas atividades pelo tempo disponível, quantidade de pessoas, faixa etária das crianças e até mesmo pelo clima. Assim, dá para conhecer novos lugares e continuar próximo da natureza enquanto durar a pandemia do novo coronavírus. Faça sua busca aqui: https://bit.ly/3jciLgV 


5) Que Língua Você Fala?

Se as redes sociais têm um importante papel para manter o contato entre amigos e familiares durante o período de distanciamento social, não é diferente quando o assunto é natureza. A fonoaudióloga infantil Mariana Bertalot usa a página no Instagram para estimular experiências com a natureza e histórias infantis. Por lá, é possível encontrar dicas para estar com a natureza, contação de histórias, ideias de brincadeiras que utilizam elementos naturais, entre outros. Tudo disponível neste link: https://bit.ly/30jyyn0


17 de outubro Dia Nacional da Vacinação

No próximo sábado (17) é comemorado o Dia Nacional da Vacinação, data criada pelo Ministério da Saúde para alertar sobre a importância das vacinas no controle e prevenção de epidemias.   

 

Para a médica e professora da disciplina de Família e Comunidade da Universidade Santo Amaro (Unisa), Fernanda Galvão, as vacinas são necessárias para imunizar a população contra doenças importantes. “Em tempos de pandemia, é mais do que necessário e fundamental que todos estejam com as vacinas em dia para se protegerem de futuras doenças. ”, ressalta Fernanda.  

 

Com o objetivo de imunizar mais de 11,2 milhões de pessoas, o governo federal lançou no início deste mês a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação, com foco na atualização das cadernetas de crianças e adolescentes e para vacinação de crianças contra a Poliomielite. A mobilização, que começou no dia 5/10, vai até 30 de outubro. No sábado (17), a vacinação será reforçada com o Dia de Mobilização Nacional.  

Esclerose múltipla: está aberta a consulta pública para atualização do rol da ANS

Toda a sociedade pode contribuir sobre o que deverá ser incorporado na listagem mínima de procedimentos do sistema privado de saúde[1]

 

A Biogen Brasil Produtos Farmacêuticos Ltda. (Biogen), empresa de biotecnologia com foco em neurociência, informa que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em seu relatório preliminar, recomendou a cobertura da betainterferona 1A por operadoras e seguradoras da saúde suplementar, mas deu parecer negativo para ampliação de uso do natalizumabe na Diretriz de Utilização (DUT) para o tratamento de pacientes com esclerose múltipla remitente-recorrente altamente ativa. Entre 8 de outubro e 21 de novembro, gestores de saúde, usuários, médicos, associações de pacientes, operadoras, profissionais da área, prestadores de serviços de saúde e a sociedade de maneira geral poderão participar da consulta pública (CP) Nº 81[2] e opinar sobre as recomendações preliminares da Agência.

"Na última atualização do rol, os pacientes com esclerose múltipla tiveram uma conquista importante: a inclusão do natalizumabe, o primeiro medicamento incorporado na lista de cobertura mínima obrigatória para o tratamento da Esclerose Múltipla na rede de saúde privada. Neste momento, o parecer favorável da ANS para incorporação do betainterferona 1a no rol é um avanço para a comunidade que contará com mais uma opção terapêutica disponível no sistema privado" explica Christiano Silva, gerente geral da Biogen no Brasil. "Porém precisamos continuar avançando e a ampliação de uso do natalizumabe para pacientes com EM altamente ativa é mais uma forma de garantir que os pacientes e médicos tenham acesso a tratamentos mais eficazes durante a janela terapêutica apropriada", conclui Silva.

O aspecto clínico da esclerose múltipla (EM) varia de paciente para paciente. E por se manifestar de formas diversas, a doença exige cuidado individualizado. "O tratamento adequado pode prevenir surtos e retardar a progressão nos pacientes com doença altamente ativa. A Academia Brasileira de Neurologia (ABN), propôs inúmeras inclusões de procedimentos no rol da ANS, entre elas, a ampliação da indicação do natalizumabe, contemplando o tratamento de pacientes com esclerose múltipla remitente-recorrente altamente ativa e a incorporação do betainterferona 1ª, que julgamos pertinentes. A participação social na consulta pública da ANS é fundamental para melhor definição das diretrizes clínicas no tratamento da esclerose múltipla", pondera Dr. Felipe Von Glehn, da ABN. O protocolo formal da ABN foi submetido em 4 de maio de 2019[3].

Após o encerramento da consulta pública, a ANS irá avaliar as contribuições e elaborar uma proposta final, que deverá ser publicada ainda em 2020. A previsão é que os novos procedimentos, eventos e tecnologias em saúde passem a ser de cobertura obrigatória pela saúde suplementar a partir de março de 2021.


Saiba mais sobre a esclerose múltipla[4][5][6]: É uma doença autoimune, na qual o sistema imunológico ataca o sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal). A EM é caracterizada por um processo de inflamação crônica que pode causar desde problemas momentâneos de visão, falta de equilíbrio até sintomas mais graves, como cegueira e paralisia completa dos membros. A esclerose múltipla está relacionada à destruição da mielina - membrana que envolve as fibras nervosas responsáveis pela condução dos impulsos elétricos do cérebro, medula espinhal e nervos ópticos. A perda da mielina pode dificultar e até mesmo interromper a transmissão de impulsos nervosos. A inflamação pode atingir diferentes partes do sistema nervoso, provocando sintomas distintos, que podem ser leves ou severos, sem hora certa para aparecer. A doença geralmente surge sob a forma de surtos recorrentes, sintomas neurológicos que duram ao menos um dia. A maioria dos pacientes diagnosticados são jovens, entre 20 e 40 anos, o que resulta em um impacto pessoal, social e econômico considerável por ser uma fase extremamente ativa do ser humano. É uma doença degenerativa, que progride quando não tratada. É senso comum entre a classe médica que para controlar os sintomas e reduzir a progressão da doença, o diagnóstico e o tratamento precoce são essenciais.



[1] Disponível em http://www.ans.gov.br/participacao-da-sociedade/atualizacao-do-rol-de-procedimentos/como-e-atualizado-o-rol-de-procedimentos
[2] Consulta Pública nº 81 - Atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde - Ciclo 2019/2020. Disponível em http://www.ans.gov.br/participacao-da-sociedade/consultas-e-participacoes-publicas/consulta-publica-n-81-atualizacao-do-rol-de-procedimentos-e-eventos-em-saude-ciclo-2019-2020
[3] Disponível em http://www.abneuro.org.br/post/abn-apresenta-sugest%C3%B5es-para-rol-da-ans
[4] Neeta Garg1 & Thomas W. Smith2. An update on immunopathogenesis, diagnosis, and treatment of multiple sclerosis. Barin and Behavior. Brain and Behavior, 2015; 5(9)
[5] Noseworthy JH, Lucchinetti C, Rodriguez M, Weinshenker BG. Multiple sclerosis. N Engl J Med. 2000;343(13):938-52.
[6] Cristiano E, Rojas J, Romano M, Frider N, Machnicki G, Giunta D, et al. The epidemiology of multiple sclerosis in Latin America and the Caribbean: a systematic review. Mult Scler. 2013;19(7):844-54.

Campanha Outubro Rosa reforça a importância da prevenção contra uma doença que pode atingir até 66 mil mulheres em 2020

Ginecologista e parceira da Care Plus dá dicas de prevenção e comenta sobre como as mulheres podem identificar os primeiros sintomas

 

Fundado na década de 1990 como um movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama, o Outubro Rosa tem o objetivo de compartilhar informações, promover a conscientização sobre a doença, proporcionar acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir, consequentemente, com a redução da taxa de mortalidade. Em 2020, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) lança o movimento de conscientização "Quanto antes melhor". A ideia é chamar a atenção das mulheres para a adoção de um estilo de vida saudável no dia a dia, com a prática de atividades físicas e boa alimentação para evitar doenças, como o câncer de mama. 

Segundo o Ministério da Saúde, o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo. Estatísticas como essa reforçam como o cuidado com a saúde feminina deve ser olhado com atenção, principalmente neste momento em que o rastreamento e tratamento foram prejudicados pela pandemia de Covid-19. 

“De acordo com o Inca, são estimados 66.280 novos casos de câncer de mama para cada ano do triênio. Por isso, a importância do diagnóstico precoce diminui a redução da mortalidade e contribui com cirurgias mais conservadoras. O diagnóstico precoce do câncer de colo uterino, por exemplo, nos permite encontrar tumores iniciais e possibilita maior chance de cura, além de preservação da fertilidade em mulheres jovens”, explica Daniele Esteban, ginecologista do Instituto Paulista da Mulher e parceira da Care Plus. 

O aumento desses índices revela ainda que, apesar de existir maior disposição ao desenvolvimento da doença entre mulheres com mais de 50 anos, no Brasil, há uma tendência de aumento da mortalidade por câncer de mama em mulheres de 20 a 49 anos.  

“É importante que as mulheres estejam sempre atentas aos principais sintomas. Nódulo endurecido, fixo; pele avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações do mamilo; nódulo axilar; e saída de secreção papilar sanguinolenta estão entre os principais indícios. O fato de ser mulher, em si, já é um fator de risco para o câncer de mama. Além disso, raça branca, residir próxima a regiões industrializadas, primariedade após 30 anos, menarca precoce, menopausa tardia, nuliparidade, obesidade pós-menopausa, terapia hormonal prolongada e não controlada, antecedente pessoal e consumo de álcool. Em relação ao câncer uterino, está relacionado ao início precoce da atividade sexual e tabagismo”, complementa a doutora. 

Como parte do processo de prevenção, Daniela recomenda o autoexame nas mamas, que deve ser realizado a partir dos 20 anos, de preferência no período pré-menstrual. “Para mulheres que não menstruam, a frequência ideal é uma vez ao mês. Já a mamografia pode ser realizada em diversas situações. A diagnóstica, quando se tem suspeita clínica, e a de rastreamento, que reduz a mortalidade entre 25 e 30% e deve ser iniciada aos 40 anos. Para o câncer de colo uterino, a prevenção primária está no uso de preservativo durante o ato sexual, prevenindo o contágio de HPV (tipos oncogênicos. A vacinação do HPV e a realização de exames preventivos (Papanicolau) também são um complemento desse processo”, finaliza. 

O resultado que a campanha Outubro Rosa apresenta ao redor do mundo é um aliado das pesquisas científicas que, simultaneamente, buscam métodos menos invasivos para as modalidades de tratamento, assim como eficácia no tratamento local e sistêmico. Para que isso continue acontecendo, a doutora reforça a importância do tratamento precoce.

“O que eu recomendo a todas as mulheres é que não tenham medo de fazer a mamografia. O diagnóstico e tratamento precoce proporcionam cirurgias menos invasivas e aumentam muito a chance de cura”.


Mastectomia com e sem esvaziamento, qual a diferença?

A importância de todos os meses no diagnóstico do câncer de mama


Mais de 66 mil casos são esperados no Brasil até o fim do ano. As chances de cura dependem do estágio da doença no momento do diagnóstico

 

O Outubro Rosa chegou para avisar que o autoexame e a rotina clínica não podem parar. Todos os anos, a sociedade médica se dedica para alertar sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, que é o mais incidente entre as mulheres do mundo todo. São mais de 2 milhões de casos por ano. Estima-se que no Brasil serão diagnosticados 66.280 casos novos em 2020. 

Entre as brasileiras, o câncer de mama é a neoplasia que mais mata. Dados recentes apontam uma taxa de mortalidade de 13,84 óbitos por 100 mil mulheres. As regiões Sul e Sudeste apresentam os maiores números, com 14,64 e 14,76 óbitos por 100 mil, respectivamente. 

O Centro de Oncologia do Paraná segue alertando para os riscos às mulheres, mas, com agilidade e precisão nos tratamentos, comemora a vida a quem a trajetória deixou marcas de uma batalha árdua, mas vencida. 

Com o diagnóstico em mãos, Paola logo iniciou o tratamento. O medo fez parte do processo, principalmente porque à época seu filho não tinha dois anos completos. Mas com o apoio dos pais e do marido, ela enfrentou com esperança as 20 sessões de quimioterapia anteriores à cirurgia. 

“Confesso que senti um alívio quando fiz a cirurgia, a parte doente de mim foi embora. As cicatrizes que tenho hoje levo como símbolo da minha vitória”, disse Paola. Ela fez também imunoterapia e radioterapia e continua com a terapia hormonal, prevista por cinco anos. 

A mastectomia radical a que foi submetida ainda traz algumas angústias, principalmente no período dos exames de controle, mas ela segue bem e saudável. A paciente garante que o acolhimento médico é remédio durante todo o processo. “Grande parte da minha confiança no tratamento foi pela segurança que os médicos me passaram”. 

Sandra Machado é outra paciente que compartilha a sua história. Ela, que chegou a criar um blog para ajudar outras mulheres na mesma condição, apegou-se a fé e enfrentou tudo com grande otimismo. “Pensei que o que tivesse que ser feito eu faria e o resto colocaria nas mãos de Deus. Em nenhum momento pensei que morreria ou deixaria minha família”, contou. 

Diagnosticada aos 44 anos, ela descobriu o câncer devido a sintomas característicos de mastite, o que ela já havia experimentado 17 anos antes, à época da amamentação. Mama pesada, volume aumentado e pele avermelhada. Mas, após a biópsia, veio a informação: câncer em estágio avançado. 

A primeira pessoa a saber foi a sua filha e depois todos do seu convívio. E este é o conselho que ela dá a todas as mulheres que passam por este momento: “Procure contar com sua família, seus amigos. Não tenha vergonha de pedir ajudar, de falar que está frágil. A ajuda vem das formas mais inesperadas”. 

A mastectomia radical feita em novembro de 2018 continua sem reconstrução. Após a cirurgia, a paciente tem um período de 5 anos para fazer o implante, mas não é o que Sandra planeja. Ela assegura que se sente confortável com o corpo assim.

 

Causas

O câncer de mama pode ser desencadeado por diversos fatores (ambientais, hormonais e comportamentais), sendo somente de 5% a 10% dos casos genéticos ou hereditários.  

Embora pouco falado, o câncer de mama não é exclusivo de mulheres. Os homens representam 1% do total da incidência anual. O Atlas de Mortalidade por Câncer de 2018 mostra que das 17.763 pessoas que não venceram a doença, 189 eram homens.

 

Prevenção

Cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis, tais como: a prática de atividades físicas, alimentação saudável, controle do peso, o não-consumo de bebidas alcoólicas e o não-uso de hormônios sintéticos, como anticoncepcionais e terapias de reposição hormonal.

 


Centro de Oncologia do Paraná


Síndrome da respiração bucal prejudica vários aspectos da saúde infantil

Cerca de 30% das crianças brasileiras respiram pela boca e apresentam a chamada “síndrome da respiração bucal”. O problema é que o ar que entra pela boca é mais agressivo ao organismo, pois chega ao pulmão com as impurezas do ambiente. “O ser humano nasceu para respirar pelo nariz, e não pela boca, pois o nariz funciona como uma barreira: filtra, umedece e aquece o ar”, explica a Dra. Kamila Godoy, dentista, membro da Associação Brasileira de Ortodontia e pesquisadora da Faculdade de Odontologia da USP.

Segundo a dentista, quem tem uma respiração oral por mais de quatro meses apresenta narinas entupidas, desconforto na garganta e voz anasalada. “A boca não precisa estar escancarada, bastam os lábios e dentes ficarem entreabertos. Pode-se tornar um problema sério, prejudicando a saúde, a qualidade de vida e o desenvolvimento das crianças”, frisa Kamila Godoy.

 

Principais causas e consequências

O diagnóstico nem sempre é fácil. As causas mais comuns são as rinites alérgicas e o aumento das amígdalas (localizadas na garganta) e adenoides (também conhecidas como "carne esponjosa"). De acordo com a especialista, quando estas últimas ficam grandes demais, o ar não passa. Outras causas são as inflamatórias (sinusite), infecciosas (rinofaringites) e alterações anatômicas (desvio de septo). 

Ao longo do tempo, o hábito de respirar pela boca provoca flacidez dos músculos faciais, dos lábios e língua, alterações na postura corporal, deformidades faciais, insuficiência respiratória, má oclusão dentária, cansaço frequente, boca seca, mau hálito, falta de apetite e noites mal dormidas. 

“Por causa da flacidez na boca e na língua, o processo de mastigação e deglutição também fica comprometido. Resultado: a criança não tem uma alimentação adequada, já que é impossível triturar a comida e respirar ao mesmo tempo. Ela acaba comendo rápido, mastigando pouco e utiliza líquidos para auxiliar na hora de engolir. Com isso, passa a preferir alimentos pastosos”, afirma a dentista. 

Da mesma forma, a fala, o sono e a concentração sofrem danos. Pode ainda ocorrer uma menor oxigenação cerebral quando se respira pela boca, o que prejudica o aprendizado e faz com que a criança acorde cansada. Também apresenta episódios de apneias noturnas, que irão causar diversos despertares, atrapalhando o sono.

“Pelo fato da respiração bucal ocasionar diferentes patologias, o ideal é buscar, inicialmente, ajuda pediátrica. Dependendo da complexidade do quadro, a criança será orientada a um tratamento que pode envolver várias especialidades médicas, como otorrino, dentista, fonoaudiólogo, nutricionista e até apoio psicopedagógico”, finaliza Kamila Godoy.


Brasil avança no combate à hepatite C

Ministério da Saúde distribuiu mais de 61 mil tratamentos para hepatite C entre janeiro de 2019 e setembro de 2020, com mais de 130 mil pessoas curadas com novos antivirais no SUS

 

Mais de 130 mil brasileiros já se recuperaram da hepatite C com os novos Antivirais de Ação Direta (DAA), desde a incorporação dos medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS), em 2015. Entre janeiro 2019 e setembro de 2020, o Ministério da Saúde já distribuiu 61.439 tratamentos para a doença. O total de pacientes que receberam o medicamento (130.969) representa 23% da meta pretendida para a eliminação da infecção no país até 2030. Além disso, cerca de 40% dos tratamentos realizados com DAA no Brasil ocorreram entre 2019 e 2020, evidenciando os grandes avanços das políticas de combate à hepatite C.

Atualmente, o maior desafio para o cumprimento das metas para a eliminação do HCV (vírus da hepatite C), está no diagnóstico precoce da doença, ou seja, identificar os pacientes que estão com a infecção, mas desconhecem sua situação de saúde. Hoje, cerca de 450 mil pessoas precisam ser diagnosticadas e tratadas no Brasil. O fato de ser uma doença silenciosa, que não apresenta sintomas em sua fase inicial, dificulta o diagnóstico, principalmente em pessoas acima dos 40 anos de idade. 

O Brasil é um dos poucos países ao redor do mundo que oferta o tratamento de forma universal e gratuita por meio de um sistema público de saúde. Em 2019, o Ministério da Saúde reestruturou o modelo de aquisição, programação e distribuição dos medicamentos para hepatites virais. Os preços obtidos pelo SUS estão entre os menores do mundo, quando comparados a países que adquirem os mesmos produtos e possuem regras semelhantes às do Brasil em relação aos direitos patentários e legislação para aquisições pública. 

O resultado do sucesso das estratégias foi o fim da espera pelos medicamentos na rede pública de saúde. Entre 2019 e 2020 o Ministério da Saúde realizou a compra de aproximadamente 100 mil tratamentos e tem condições de realizar outras aquisições, visando garantir o acesso a todos os pacientes diagnosticados futuramente.

Desde agosto de 2019 o envio dos medicamentos deixou de ser realizado trimestralmente, passando a ser feito mensalmente. A medida possibilita maior agilidade para atendimento dos pacientes. Com maior controle, também é possível o envio do estoque de segurança, que corresponde a 20% do consumo apresentado pelos estados. 

As distribuições de medicamentos, bem como o número de pacientes efetivamente tratados para as hepatites B e C podem ser acompanhados por meio do Painel Informativo sobre tratamento das hepatites virais, lançado este ano, visando maior visibilidade e transparência às informações.

HEPATITE C REPRESENTA MAIS DE 75% DO NÚMERO DE ÓBITOS POR HEPATITES 

Nos últimos 20 anos foram registrados 673.389 casos de hepatites, ocasionadas pelos vírus A (25%), B (36,8%), C (37,6%) e D (0,6%). Em relação aos óbitos, no mesmo período (2000 a 2018), foram identificados no Brasil 74.864 mortes por causas básicas e associadas às hepatites virais. Destas, 1,6% (1.189) foi associada à hepatite viral A; 21,3% (15.912) à hepatite B; 76,02% (57.023) à hepatite C e 1,0% (740) à hepatite D.

Embora represente o maior número de óbitos, a hepatite C vem apresentando queda no coeficiente de mortalidade e no número de óbitos, desde 2015. Em 2014, foram registrados 2.087 óbitos relacionados a hepatite C, já em 2018 foram 1.491 mortes, restando uma queda de 25% no número de óbitos por hepatite C, neste período, o que pode guardar relação com o início da oferta de tratamentos altamente eficazes, que curam mais de 95% dos casos.

A maioria das pessoas que possui a infecção pelo vírus da hepatite C não tem conhecimento, pois a doença não apresenta sintomas na maioria dos casos. Quando os sintomas começam a aparecer, geralmente a doença já está em estágio mais avançado, ou seja, o paciente pode ter convivido com o vírus por décadas sem qualquer manifestação. O descobrimento tardio pode ser feito em virtude do aparecimento de fibrose hepática, cirrose, câncer hepático, que podem levar à morte.

OFERTA DE TESTES RÁPIDOS NO SUS

Todas as pessoas com 40 anos ou mais precisam fazer o teste da hepatite C, pelo menos uma vez na vida. Pessoas com diabetes, doenças cardiovasculares, hipertensão, doença renal crônica, com distúrbios psiquiátricos, submetidas a transplantes, que vivem com HIV, que fizeram transfusão de sangue antes de 1993, que passaram por procedimentos médicos ou estéticos (manicure, tatuagens) sem a observação dos parâmetros de segurança, detém um fator de risco para infecção pelo HCV e também precisam ser testadas, independentemente da idade.

O teste rápido é disponibilizado pelo SUS e pode ser solicitado por qualquer pessoa nas unidades básicas de saúde. O resultado sai em menos de 30 minutos. O Ministério da Saúde já distribuiu, aproximadamente, 12,9 milhões de testes para hepatite C entre 2019 e maio de 2020. A identificação de novos pacientes, atualmente, é a principal barreira para o alcance da eliminação da doença, como problema de saúde pública, até 2030. 

ACESSO A MEDICAMENTOS

Pacientes em tratamento de hepatites virais agora possuem acesso facilitado aos medicamentos. Antes, o processo para solicitação e retirada durava mais de 11 meses, em alguns lugares. O Ministério da Saúde, em acordo com estados e municípios, conseguiu reduzir este processo para, aproximadamente, dois meses, a partir da reorganização da periodicidade de distribuição. Contudo, o objetivo é que no próximo ano, com o aumento do número de farmácias fazendo a dispensação dos medicamentos para hepatites virais, os pacientes possam ter acesso imediato ao tratamento na maioria das situações.

 


Nicole Beraldo

com informações do Nucom SVS


Médica alerta para a importância de cuidar da hidratação dos idosos diante da onda de calor

Com as altas temperaturas registradas nas últimas semanas no país, é preciso redobrar os cuidados com a hidratação dos idosos. O alerta é da médica geriatra do Residencial Club Leger, entidade dedicada ao acolhimento de pessoas da terceira idade, Simone Henriques. Ela explica essa faixa etária é mais suscetível à desidratação, pois a capacidade do organismo para conservar a água é reduzida e o senso de sede torna-se menos aguçado

- Por isso, mesmo que a pessoa não reclame de sede ou sinta algum desconforto, é necessário beber água. O corpo necessita estar com a temperatura equilibrada - destaca Simone.

Ela também ressalta a importância de umidificar o ar, como forma de reduzir qualquer problema respiratório. Dessa forma, acrescenta a médica, é possível evitar ou minimizar casos de renite alérgicas. No caso do Residencial Club Leger, houve aumento de oferta de água e um cuidado ainda maior em manter os ambientes arejados e ventilados.

- Essa é uma preocupação constante que devemos ter. Com o aumento da temperatura, devemos estar mais atentos aos efeitos que pode gerar na saúde dos idosos - conclui Simone.


ESTRESSE PODE CAUSAR DOENÇAS NO CORPO

90% da população mundial é estressada; médicas explicam diferentes ações da doença no corpo


É impossível negar que a pandemia do novo coronavírus mexeu com os nervos das pessoas. As mudanças provocadas pelo estado de calamidade provocaram crises profundas de estresse. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a condição atinge mais de 90% da população mundial. 

De acordo com a gastroenterologista do Hospital Brasília Zuleica Barrio, o estresse emocional pode contribuir para desencadear ou piorar sintomas de doenças gastrointestinais como a gastrite e a síndrome do intestino irritável. “Muitas pessoas apresentam dores abdominais e diarreia quando submetidas a situações estressantes”, relata. 

Queda de cabelo, dermatites e descamações também são algumas das doenças dermatológicas mais conhecidas, que também podem ser causadas por altos níveis de estresse. Segundo a dermatologista do hospital Águas Claras Clarissa Araújo Borges, o vitiligo e a psoríase também podem ser desencadeadas ou piorar num momento de estresse.  

De acordo com o Ministério da Saúde, existem dois níveis de estresse: o agudo e o crônico. O estresse agudo é mais intenso e curto, desencadeado por situações passageiras ou traumáticas, como a pandemia. Já o estresse crônico afeta a maioria das pessoas, é mais suave, porém constante no dia a dia.

 

Diagnóstico e tratamento 

Conhecido como o hormônio do estresse, o cortisol pode ser medido por meio de exame laboratorial. Entretanto, não é possível associá-lo ao episódio de estresse, como explica a endocrinologista do Laboratório Exame/Dasa Fernanda Lopes. 

“Observamos nos pacientes que, ao serem submetidos a situações de estresse, o nível de cortisol pode aumentar, entretanto não é base para diagnóstico, especialmente se não é agudo. Também não é possível utilizar o cortisol como ferramenta diagnóstica para o estresse psicológico”, esclarece. 

O tratamento dermatológico deve ser específico para a condição apresentada devido ao estresse, incluindo desde xampus, loções, pomadas até o uso de medicamentos orais. “Além dos tratamentos fármacos, o controle do estresse é muito importante para ajuda a conter novos surtos da doença. Uma abordagem multidisciplinar, com diversos profissionais também é fundamental”, destaca a dermatologista Clarissa Araújo. 

A médica ainda frisou a importância de investigar outras doenças. O estresse pode causar anemias, alterações tireoidianas e até deficiências vitamínicas. Esses distúrbios devem ser corrigidos e tratados por cada especialista em sua área. 

Zuleica Barrio reforça a importância de aprender a lidar com o estresse. “Psicoterapia, exercícios físicos, melhor qualidade de vida e de alimentação, associados a medicamentos quando necessário, podem diminuir os sintomas” conclui.

 

Hospital Brasília


Outubro Rosa: a saúde da mulher além dos exames ginecológicos


Prevenção e diagnóstico precoce são essenciais para obter sucesso no tratamento e reduzir o número de mortes


Câncer é um diagnóstico difícil de digerir, uma palavra difícil de ser dita, e muitas pessoas evitam até pronunciá-la. É uma doença silenciosa, e que afeta milhares de pessoas no mundo, considerada uma epidemia global, infelizmente tende a aumentar nos próximos anos.  Atualmente, 7,6 milhões de pessoas morrem em decorrência da doença a cada ano; deste valor, 4 milhões têm entre 30 e 69 anos.

No Dia Mundial do Câncer (4 de fevereiro), o INCA (Instituto Nacional de Câncer) lançou a publicação “Estimativa 2020: Incidência de Câncer do Brasil”, criada para alertar, e conscientizar sobre a importância da disseminação de informações de qualidade e desenvolver estratégia para lidar com a doença. A previsão para 2025 é assustadora e preocupante: a estimativa é de 6 milhões de mortes prematuras por ano, sendo que 1,5 milhão de óbitos poderiam ser evitados com medidas adequadas. Segundo a publicação, os cânceres mais incidentes no Brasil são os de pele não melanoma, mama, próstata, cólon e reto, pulmão e estômago.

A pesquisa realizada pela IARC (Agência Internacional de Pesquisa em Câncer) mostra que o câncer de mama é um dos três tipos de câncer com maior incidência, junto com o de pulmão e o colorretal, e é o que mais acomete as mulheres em 154 países dos 185 analisados.  Segundo o INCA, representa a primeira causa de mortes por câncer em mulheres brasileiras, e as regiões que apresentam as maiores taxas de mortalidade são o Sul e Sudeste, que tiveram 15,56 e 14,56 óbitos/100 mil mulheres em 2015. O estudo aponta que uma a cada quatro mulheres que têm um caso diagnosticado tem câncer de mama, representando 24,2% do total.

“A melhor maneira de conter a doença é investir em prevenção, acompanhamento e rastreamento para que o câncer seja descoberto cada vez mais precocemente. Todas mulheres devem realizar um check-up ginecológico todos os anos. Se houver casos de câncer na família, esse cuidado deve ser intensificado. Casos descobertos logo no início têm mais chances de serem tratados. É importante assumir as rédeas, ter atitudes para valorizar a saúde e a vida, como, por exemplo, ter uma alimentação saudável, manter o peso corporal, praticar atividade física regularmente, não ingerir bebida alcoólica e não fumar, são ações que ajudam a reduzir 28% o risco de desenvolver câncer de mama.”, alerta Alberto Guimarães, ginecologista e consultor de saúde da MetaLife Pilates.

A combinação de dieta e peso corporal saudáveis, juntamente com os níveis recomendados de atividade física, pode reduzir significativamente o risco de desenvolver câncer. O peso corporal excessivo é responsável por uma grande proporção dos casos de câncer, entre eles esôfago, rim, endométrio, mama, cólon e reto

O sedentarismo é responsável por uma proporção significativa dos casos de câncer de cólon – aproximadamente 15% no Brasil. Os dados são alarmantes: anualmente, são cerca de 600 mil novos casos, e o câncer é a segunda causa de morte entre a população brasileira, atingindo mais de 25 mil pessoas. A estimativa é que, “até os 75 anos de idade, um em cada cinco brasileiros desenvolva algum tipo de câncer”, alerta o Atlas do Câncer, publicação que teve sua primeira versão traduzida para o português em parceria com o Hospital de Amor (Barretos), instituição de prestígio internacional na área da saúde.

A educadora física Adriana Cardoso, 50 anos, ativa, adepta de alimentação saudável, sempre teve uma vida regrada. Durante um check-up anual de rotina, em outubro de 2019, foi surpreendida com o diagnóstico de câncer de mama.

“Ao realizar os exames de rotina ultrassom e mamografia, foi identificado uma calcificação atípica. O ginecologista, então, solicitou uma mamotomia (biopsia), que confirmou o resultado da mamografia. Ao procurar o mastologista, recomendou-me realizar uma cirurgia.

Foi retirado um fragmento da mama (menor que um quadrante), e uma parte do material retirado foi avaliada na sala de cirurgia e a outra parte foi enviada para o laboratório. Quinze dias após o procedimento, foi detectado um carcinoma in sito grau 2 (o tipo mais comum de câncer entre as mulheres).

Não é fácil receber este tipo de diagnóstico, assusta, preocupa, é como se o tempo parasse por alguns minutos.  Recuperada do susto, decidi partir para a parte prática, não sou mulher de ficar parada, esperando a vida acontecer, gosto de ação e solução.

Com esse resultado, era preciso retirar mais uma parte da mama e ficaria com uma diferença grande. Minha decisão foi retirar toda a mama e realizar a reconstrução no mesmo dia. Então, veio a pandemia e mudou todos os planos. A cirurgia foi adiada. Neste período, para inibir a evolução do câncer, fiz hormônio terapia, tratamento que vai durar cinco anos para evitar que a doença afete a outro mama.”

O caso da educadora física mostra a importância do diagnóstico precoce e a importância de ter uma vida saudável com exercícios e alimentação balanceada. A atividade física melhora a imunidade, aperfeiçoa as funções do corpo, tornando a recuperação mais rápida. Adriana não precisou realizar quimioterapia ou radioterapia. Prevenção é a palavra-chave para o tratamento do câncer ou de qualquer outro tipo de doença.

Nunca é tarde para sair do sedentarismo e iniciar a vida fitness. O Pilates é uma excelente opção para dar os primeiros passos no mundo da atividade física. A modalidade trabalha a parte física e mental, ajuda a amenizar sintomas de ansiedade, ensina a controlar a respiração, é uma maneira eficaz de reabilitação, aumenta a resistência física, corrige problemas posturais, tonifica a musculatura, potencializa a flexibilidade, promove menos atrito nas articulações, melhora a respiração e proporciona noites de sono melhores.

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