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terça-feira, 13 de outubro de 2020

Falta um pouco mais de um mês para a Black Friday; ainda dá tempo de começar a vender online

Especialista apresenta três alternativas para empreendedores começarem a vender online


Não é novidade que a Black Friday é uma das mais importantes e consolidadas datas do varejo nacional. Realizada sempre na última sexta-feira de novembro, este ano ela será no dia 27. Com o crescimento do e-commerce em 2020 em disparada - no primeiro semestre de 2020, o setor já faturou 47% a mais do que no mesmo espaço de tempo 12 meses antes, segundo dados da E-bit Nielsen - neste, as vendas online podem bater recordes em comparação com os períodos anteriores.

De acordo com uma pesquisa de intenção de compra realizada pela Méliuz, 58% dos que pretendem comprar na Black Friday, farão isso em lojas online. Apesar da alta digitalização nos últimos meses, alguns varejistas e empreendedores ainda não adaptaram suas vendas para o mundo digital. Por isso, Thiago Santos, CEO e fundador da e-thinkers , empresa de gestão de e-commerce, aborda abaixo algumas alternativas para os varejistas não ficarem fora de uma das melhores datas do varejo.


• Vender em um marketplace

Marketplaces como Mercado Livre, Amazon e Enjoei, são boas opções para quem deseja vender um único produto ou para quem não quer investir na construção do próprio site. Estes são canais de vendas já estabelecidos, que contam com um bom tráfego e são populares. Há, no entanto, algumas desvantagens, como taxas e percentuais cobrados sobre as vendas realizadas na plataforma.


• Criar seu próprio site

Pode parecer que em menos de 60 dias é difícil ter seu próprio site personalizado no ar. Mas atualmente existem algumas empresas que conseguem entregar o projeto pré-pronto para que o cliente personalize o layout e consiga fazer as vendas online. A e-thinkers, por exemplo, oferece o projeto DIY, onde o cliente tem acesso a uma plataforma acessível e de fácil usabilidade, templates e funcionalidades originais. Além disso, a e-thinkers oferece treinamento por vídeos gravados com conteúdos segmentados por áreas.


• Use as redes sociais

As redes sociais são fortes aliadas para as vendas online. Thiago Santos, CEO e fundador da e-thinkers, explica que para seus clientes, o Instagram é a melhor ferramenta de divulgação e a plataforma que mais gera vendas digitais, sendo responsável por aproximadamente 16% das vendas, entre postagens orgânicas e patrocinadas. "Para criar sua lojinha dentro da plataforma você precisa ter uma conta comercial e uma página do negócio no Facebook. Em seguida, basta vincular o perfil do Instagram ao seu catálogo do Marketplace ou do Gerenciador de Negócios e fazer a marcação dos produtos nos posts", explica Santos.

O especialista destaca que independente da maneira que você começar a vender o mais importante é garantir excelência pós-venda. "A entrega precisa chegar na casa do cliente no prazo combinado, se possível em um prazo até menor para que ele seja positivamente impactado, assim você poderá conquistar novos clientes fiéis", finaliza.

 

Ecossistemas de inovação: entenda por que são fundamentais para o desenvolvimento da sociedade

 Freepik 

Especialista explica a importância do papel de ecossistemas de inovação para estimular a interação e cooperação.

 

As transformações tecnológicas, econômicas e de mercado estão impactando diversos segmentos e pessoas ao redor do mundo. Ao observarmos países desenvolvidos, notamos que rotineiramente surgem empresas, produtos e serviços, novas tecnologias e riqueza de forma consistente e permanente. Algo que podemos ter certeza é de que isso não acontece por acaso.

De acordo com o especialista em marketing, sócio-proprietário da Nexia Branding, D.J. Castro, o desenvolvimento de grandes países é um fruto da interação de diversas forças e atores interconectados e atuando em sincronia com um objetivo em comum. “Unir governos, iniciativa privada, universidades, instituições de ensino, empreendedores e o ambiente criativo da cidade, influencia no desenvolvimento dos países, garantindo um desenvolvimento sustentável a longo prazo. O nome dessa complexa interação é Ecossistema de Inovação, que tem um papel importante para tornar uma ideia algo de impacto transformador e em escala”, aponta.

Castro explica que Ecossistemas de Inovação são conjuntos de fatores que estimulam a interação e cooperação. Exemplos disso são os parques tecnológicos, incubadoras e associações. Ecossistemas de Inovação podem operar em múltiplos níveis, por exemplo: local, regional, nacional, dentro de vários setores distintos, como tecnologia da informação, educação, agricultura, saúde entre outros.


 
Os exemplos vem de fora
 
Diariamente acompanhamos casos de sucesso no desenvolvimento de novas empresas e tecnologias, novos produtos lançados no mercado, serviços que atendem demandas latentes e resolvem problemas para as pessoas, gerando negócios e criando oportunidades onde antes não havia. E de acordo com Castro, para isso acontecer de forma constante é imprescindível que exista um ecossistema saudável de inovação.

“Há uma correlação forte entre os grandes casos de sucesso no desenvolvimento de novas indústrias e/ou plataformas tecnológicas, como, por exemplo, circuito integrado, microprocessador, computador pessoal, smartphones, redes sociais, games entre outros. O maior exemplo de todos é o Vale do Silício em que o investimento governamental após a II Guerra Mundial catalisou todos os atores necessários, com a implantação de universidades, empresas de tecnologia e entidades governamentais das mais diversas áreas, inclusive militares. Essa região se tornou epicentro do desenvolvimento de novas tecnologias justamente por concentrar todas essas condições de forma única no mundo”, informa D.J. Castro.



Ecossistema de Inovação em Santa Catarina

Desafios cada vez maiores se apresentam para as empresas estabelecidas no estado de Santa Catarina (SC) e de acordo com pesquisas, SC vem se mostrando um dos estados brasileiros com maior capacidade de sobreviver aos grandes problemas atuais, um exemplo, é a pandemia do Coronavírus.

“O estado apresenta um excelente desempenho em diversas áreas e normalmente está à frente nos indicadores econômicos, sociais e empresariais. E para manter esses indicadores, é importante que além das empresas, sejam desenvolvidos os ecossistemas de inovação. Com eles o conhecimento é compartilhado e a partir da troca de experiências e interação entre as pessoas surgem as oportunidades de negócios, soluções, parcerias e, em consequência da evolução conjunta dos stakeholders, a aceleração no desempenho da região como um todo”, aponta o especialista.

Com o intuito de fomentar esse processo, o Governo do Estado de SC iniciou a construção de uma rede de Centros de Inovação. “O processo está mais lento do que o esperado, mas bons resultados já começaram a surgir com o início das operações nas cidades de Lages, Jaraguá do Sul e Joinville. Porém, não é apenas esta ação que torna o ecossistema de inovação uma realidade e, sim, a ativação das partes interessadas, unindo poder público, academia e iniciativa privada em torno de um mesmo propósito”, destaca.

Outro exemplo são os núcleos de inovação como agentes de integração.  As Associações Empresariais de SC criaram núcleos de inovação regionais para fomentar a integração das pessoas e acelerar o desenvolvimento dos ecossistemas. “Os núcleos atraem empresas dos mais diversos segmentos em busca de informação, troca de ideias e novos negócios”, comenta Castro.  
 
“Assim, podemos notar que Santa Catarina está se integrando cada vez mais para aumentar a capacidade de inovação de todos os participantes do ecossistema e acelerar o desenvolvimento econômico do estado. Ecossistemas integrados, pessoas mais capacitadas e ideias inovadoras são os grandes impulsionadores da geração de riqueza do futuro”, destaca.

 

Eleições 2020: como o modelo sustentável do cooperativismo pode influenciar na construção de um novo processo político?

Este é um ano eleitoral, marcado não somente pela escolha de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, como também, por mudanças significativas na democracia e acessibilidade em todo País. Os eleitores de cada município devem eleger aqueles que estejam mais engajados com o desenvolvimento regional e as necessidades da população. Neste sentido, as cooperativas têm papel fundamental no processo político, já que estão fortemente presentes nas cidades, influenciando no crescimento econômico e social, gerando trabalho, emprego, renda e bem-estar.

A principal característica do cooperativismo é o trabalho mútuo em face da deficiência do Estado, seja na prestação de serviços ou na solução dos problemas sociais. Por meio das cooperativas, unem-se aqueles que visam superar os efeitos da crise e contribuir para a redução da desigualdade e sua própria evolução. Atualmente, são quase 7 mil cooperativas, que atuam em prol da melhoria da qualidade de vida no Brasil, enfrentando o desafio ganhar espaço nas políticas públicas de cada região e segmento.

 

Cenário Político

A representatividade da FRECOOP – Frente Parlamentar do Cooperativismo é um avanço conquistado desde 1986, e funciona como uma estratégia de sensibilização que hoje conta com 279 membros, entre deputados e senadores. Mas, apesar de ser uma das bancadas suprapartidárias mais influentes do Congresso Nacional, o cooperativismo ainda enfrenta muitos percalços. Como estratégia para eleger candidatos que tenham o compromisso de valorizar a ação cooperativista na sociedade, colocando em pauta o empreendedorismo coletivo, a OCEPAR – Organização das Cooperativas do Paraná criou um programa de educação política.

No último pleito, participamos decisivamente da eleição de 15 parlamentares”, declara José Roberto Ricken, presidente da OCEPAR. “Nós trabalhamos essa rede e usamos esses contatos para fazer a devolutiva. Então, acompanhamos depois cada projeto para ver se o que foi prometido pelo candidato será de fato trabalhado. Apoiamos os que nos defendem”.

Por meio do aplicativo WhatApp, pelo menos 50% dos cooperativistas trocaram informações, debateram e escolheram os seus representantes. Uma experiência que deu certo, que será repetida este ano, e pela qual, os associados às mais de 220 cooperativas do estado do Paraná se prepararão para as eleições de 2022. Hoje, cerca de 2 milhões e 500 mil paranaenses fazem parte do cooperativismo.

A atuação articulada no Congresso tem incentivado a criação de frentes parlamentares também nas Assembleias Legislativas e Câmara dos Vereadores de todo o Brasil. Diante disso, as eleições municipais deste ano deverão ser influenciadas pela força do setor cooperativista, que busca nas sessões plenárias pautas de interesse do sistema que envolvam todos os ramos: Agropecuário; Crédito; Transporte, Produção de Bens e Serviços; Saúde; Consumo e Infraestrutura.

 

Habitação

Em 2020, as cooperativas habitacionais passaram a integrar o ramo de infraestrutura, uma reestruturação proposta pela OCB – Organização das Cooperativas do Brasil para assegurar a intercolaboração entre os setores e realizar ações ainda mais assertivas. Em um País onde mais de 7 milhões de famílias estão desabrigadas e a superpopulação das favelas tem constante crescimento, o combate ao déficit habitacional é um grande desafio e deve ser um dos principais compromissos das próximas gestões.

Em São Paulo, a CICOM, cooperativa habitacional que há anos luta para reduzir os impactos dos problemas habitacionais no País, seja pela falta ou regularização de moradias, propõe um diálogo aberto com as lideranças para que pautas deste interesse sejam incluídas nos programas de governo. “É muito restrito hoje o apoio e o incentivo ao cooperativismo habitacional, com poucos projetos de lei voltados ao setor. Para conseguir reduzir o déficit de moradias e o número de habitações inadequadas, que somam 4,35 milhões no País, precisamos minimamente de linhas de créditos, hoje inexistentes”, analisa Carlos Massini, diretor executivo da CICOM.

A implantação de políticas públicas para a habitação depende de estudos e consciência territorial, e a efetivação dos projetos está justificada na real necessidade da sociedade. É com esse foco que a CICOM tem se orientado no processo de escolha dos candidatos, apropriando-se de uma ótica que foca naqueles que assumem seus compromissos baseados nos desajustes sociais e no desamparo da população sobre a causa, propondo soluções viáveis para a elevação da qualidade de vida.

 

Cooperativismo em números

De acordo com o anuário 2019 do Sistema OCB – Organização das Cooperativas do Brasil, as cooperativas geram para a economia do País movimento de:

 

·         R$ 351,4 bilhões em ativos totais. Esse valor representa o conjunto de bens e de recursos administrados pelo cooperativismo, capazes — portanto — de gerar mais recursos para a nossa economia.

·         R$ 259,9 bilhões em receita bruta acumulada pelas coops em 2018. Esse valor é superior ao PIB anual de 20 dos 26 estados brasileiros e, também, do DF.

·         R$ 9 bilhões injetados pelas coops na economia, apenas com o pagamento de salários e outros benefícios destinados a colaboradores (em 2018).

·         R$ 7 bilhões em tributos pagos, apenas no ano passado.

 



CICOM

www.cooperativacicom.com.br.

 

Não comece a operar Day Trade e Opções antes de ler esse artigo

A cada dia que passa, vejo mais e mais pessoas se aventurando em day trade e opções. Na maioria dos casos eles tem uma característica em comum: eles não entendem nada ou quase nada sobre esses ativos e se expõem ao risco da ruína.

Semana passada tive a triste experiência de ver dois amigos quebrarem no day trade, mesmo após repetidos avisos de que o day trade é um “esporte de alto desempenho” e apenas “atletas de ponta” realmente se destacam nesse “esporte”.

No final da semana, não satisfeito com o fracasso no day trade, um deles me perguntou o que eu achava de uma operação de opções que ele viu na internet, quanto ele poderia ganhar e quanto poderia perder – Para quem não sabe, opções são ativos altamente voláteis, que tem data certa de vencimento e, portanto, deixam de existir após essa data, ou seja, seu dinheiro pode virar pó. São popularmente conhecidos como “o cemitério de malandro”, pois muitas pessoas entram buscando ganhos elevados, num curto espaço de tempo. Mas o que a minha experiência mostra é que o apelido tem muito fundamento.

Respondi a ele com a seguinte frase “Se você não entende como o preço de um ativo se comporta ou os fatores que influenciam na sua precificação, não invista nele, invista no seu próprio conhecimento e volte apenas quando souber”. Espero do fundo do coração que esse meu amigo siga meu conselho e invista no aprimoramento pessoal, antes de se aventurar no mundo das opções ou decidir voltar ao day trade.

No mundo dos investimentos não existe dinheiro fácil. Sem disciplina e paciência, você dificilmente alcançará o que almeja. O mercado é implacável e cobra caro daqueles que se expõem de forma imprudente.

Se você quer começar já e não possui conhecimento, peça ajuda a um assessor de investimentos, ele é um especialista que pode te mostrar as melhores opções, de acordo com os seus objetivos e seu perfil. Em paralelo, dedique-se a aprender. Estude com afinco, para que quando você decida operar em day trade ou opções, isso não seja uma aventura, mas sim, uma jornada rumo aos seus objetivos.

Para terminar com um cliché: “investir em conhecimento sempre rende os melhores juros” (Benjamin Franklin).

 

Daniel Funabashi - mestre em Finanças pela Cass Business School de Londres e sócio da iHub Investimentos, um escritório de assessoria de investimentos credenciado à XP Investimentos, a maior plataforma de investimentos da América Latina.

 

 

Como empreender no momento atual

A oportunidade para mudar de vida e conquistar seus sonhos pode estar a um ‘sim’ de distância.

 

O momento que estamos passamos vem favorecendo o surgimento de diversas questões e discussões sobre felicidade, realização pessoal, profissional, especialmente diante das incertezas sobre o amanhã. Muitas coisas não voltarão a ser como antes e, talvez para muitos, encontrar uma nova forma de produzir, seja uma oportunidade. "Todo momento é oportuno para empreender, entretanto, em uma situação de crise econômica as pessoas precisam buscar alternativas e, nelas, inclui-se o empreendedorismo. Sempre em tempos de crise surgem grandes oportunidades", afirma Kadú Pimentel, advogado e empresário de sucesso há quase uma década. 

Enquanto algumas empresas reduzem seus quadros de funcionários ou, literalmente, fecham as portas, outras conseguem se reinventar e crescem assustadoramente. "Empreender neste momento, desde que em um segmento que não seja diretamente impactado pela crise e que também continuará atrativo pós-crise, pode ser uma excelente alternativa a toda e qualquer pessoa com o mínimo de atitude e determinação", explica.

O momento exige compaixão, um olhar humano, de doação, de amor e compreensão do desafio, menciona Kadú, mas também é preciso atitude, pois ficar parado não levará ninguém a lugar nenhum. "Reinvenção e posterior ação, pois a crise está aí e ficar parado não vai ajudar. Sem dúvidas faz-se necessária uma adaptação. Um negócio hoje em dia precisa ser flexível. Um exemplo tradicional é o varejista que não tinha um canal de vendas online, ou um restaurante que não possuía estrutura de delivery ou uma empresa que não possibilita a opção do home office a seus funcionários. Estes, ou ficaram pelo caminho, ou tiveram que correr contra o tempo e se adaptar diante do novo cenário", comenta o empresário.

Ser um entre vários que não voltarão aos seus trabalhos normais quando a crise passar, é mais um motivo atraente para pensar em empreender. "Todo empreendedor precisa superar muitos desafios. Mesmo desempregado e com o dinheiro contado, se você deseja empreender você deve começar agora! Não há tempo a perder. Você pode começar mesmo sem capital, é pra isso que existem sócios, investidores ou crédito bancário, por exemplo". 

Kadú descobriu no empreendedorismo sua verdadeira vocação e quando perguntamos pra ele se voltaria atrás a resposta foi: "Jamais! Empreender é minha vida, é onde meu coração bate mais forte, é onde me sinto útil para o mundo, onde tenho o poder de realização e de grandes conquistas, mas também é onde sou constantemente desafiado a evoluir. Empreender me possibilitou explorar todo o meu potencial, descobrir meu verdadeiro valor", conta ele. 

Ser empreendedor não é tarefa fácil, mas requer em primeiro lugar um propósito. "Ouso dizer que empreender é um dos processos produtivos e criativos mais difíceis que existem. O que vai fazer com que você se mantenha em pé diante dos desafios será o seu propósito, seu sonho, o seu objetivo principal. A sua fome por vencer. Você vai errar, fracassar, pode até falir alguns negócios, mas vai se reerguer por um único motivo: o de nunca desistir do seu objetivo", afirma Kadú.

Para empreender não basta abrir um negócio. É importante compreender que mudar a mentalidade e sua forma de agir serão também cruciais. "Por exemplo, um novo empreendedor terá que desenvolver um alto nível de equilíbrio emocional, compreender e respeitar o longo prazo, tornar-se um solucionador de problemas e não aquele que só reclama, vai ter que abolir a vitimização e a preguiça da sua vida, vai ter que trabalhar muito mais do que antes, sacrificar diversos momentos de prazer em prol do seu empreendimento, entre tantas outras imprescindíveis decisões e evoluções. Mas, se você busca ganhos que nunca conseguiu obter em seu trabalho formal, a resposta está no empreendedorismo", conta Kadú.

O empresário que alcança os melhores resultados é aquele que tem uma visão clara do que busca e aquele que supera cada desafio. "Com muita coragem. Empreender traz consigo riscos e é impossível evitar isso. Então, você vai ter que lidar com isso com coragem, agindo apesar do medo, sem se acomodar. E quando surgirem as dúvidas, o único remédio pra elas chama-se conhecimento", afirma.

Por fim, ele deixa três dicas para quem deseja empreender. São elas: 


·         Você precisa se interessar e se identificar pelo segmento que pretende empreender.  Só ir em busca de dinheiro pode ser útil no curto prazo, mas não sustentará seu negócio no longo prazo porque a tendência é que você perca o ritmo e o prazer por aquilo;


·         Ao escolher um segmento, estude-o profundamente, entenda o mercado, analise a concorrência (benchmarking), faça um plano de negócios. Se preciso, contrate uma consultoria (o SEBRAE pode ser útil);


·         Colocar em prática, para saber se vai funcionar. Isso é empreender. O mercado é abundante e se o seu produto ou serviço forem bons, e realmente entregar valor ao consumidor, se você fizer um bom trabalho, haverá sempre uma demanda para ser atendida.






Kadú Pimentel - Empresário no segmento de Marketing de Relacionamento, palestrante e investidor, desde 2012, Kadú Pimentel, nasceu em Amparo, interior do estado de São Paulo. Formado em Direito pela Universidade Estadual de Londrina, descobriu anos mais tarde sua verdadeira vocação no empreendedorismo e conquistou o seu primeiro milhão de reais aos trinta anos. Possui a expertise de mais de cem mil pessoas treinadas em suas palestras sobre de empreendedorismo, vendas e liderança. Atualmente, lidera 5.000 empreendedores ativos de uma rede internacional de distribuição de produtos de antienvelhecimento, que já faturou quase meio bilhão de reais.  

 

Cidades brasileiras ainda não estão preparadas para a longevidade da população, aponta Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL)

A segunda edição do IDL cresceu e mostrou que São Caetano do Sul, em São Paulo, é a melhor cidade para se viver quando o assunto é preparo para a longevidade


Mais da metade dos 876 municípios, onde vivem 160 milhões de brasileiros analisados pela segunda edição do Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL) não estão adequados para a longevidade de suas populações. Essa constatação é muito importante para o desenvolvimento econômico e social do país, visto que o Brasil está em um processo de envelhecimento acelerado da sua população, o que traz para já a urgência no preparo e na adaptação de todas as nossas cidades para esse desafio.

A edição de 2020 do IDL aponta a cidade de São Caetano do Sul (SP), estreante na lista, como a cidade do país mais bem preparada para se viver mais e melhor. Isso não significa que o município não tenha desafios a enfrentar, ou que não possa melhorar ainda mais os pontos em que teve bom desempenho.

De acordo com a análise, o município destaca-se nas variáveis Bem-estar, Finanças e Habitação. Vale ressaltar o bom desempenho no indicador de estabelecimentos para o condicionamento físico do município e baixa incidência de população de baixa renda. "Embora ocupe o primeiro lugar da lista, um ponto de atenção para a cidade é a alta concentração de renda", explica Henrique Noya, diretor-executivo do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon.

O IDL, uma iniciativa inédita na América Latina, é um estudo elaborado pelo Instituto de Longevidade Mongeral Aegon e com metodologia da Fundação Getúlio Vargas que traz de forma objetiva os pontos positivos e negativos das cidades avaliadas para dar conhecimento e servir de embasamento de ações efetivas para a promoção da longevidade com qualidade de vida nestas localidades.

No IDL 2020, foram analisados 50 indicadores divididos em sete variáveis: Cuidados de Saúde; Bem-Estar; Finanças; Habitação; Cultura e Engajamento; Educação e Trabalho; e Indicadores Gerais.

"O papel do IDL é muito além de ser um ranking. Ele é uma ferramenta prática que contribui diretamente para que os gestores públicos desenvolvam políticas que melhorem a qualidade de vida nas cidades, e para que os empresários identifiquem oportunidades de ofertas de produtos e serviços que atendam essa mesma demanda. Da mesma forma, é um importante aliado para que a sociedade conheça de forma objetiva a realidade de seus municípios e, com isso, possa escolher melhor os seus próximos representantes, principalmente em um ano de eleição municipal", completa Noya.


Os destaques nas dez grandes cidades mais bem colocadas

Dos dez municípios mais bem colocados na edição 2020 do Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL), seis são do estado de São Paulo.


1º lugar - São Caetano do Sul, São Paulo

Estreante no IDL, a cidade é 1º lugar na variável bem-estar, com destaque à proporção de estabelecimentos de atividade de condicionamento físico. O município também está bem ranqueado quando o indicador é a proporção de fisioterapeutas, ocupando o 3º lugar. Do ponto de vista de quantidade de acessos à internet, São Caetano do Sul fica na 2ª posição da lista que analisa 280 municípios classificados como grandes por terem populações superiores a 100 mil habitantes.


2º lugar - Santos, São Paulo

Primeira colocada na edição 2017 do IDL, Santos permanece em posição de destaque, desta vez, em 2º lugar. A cidade, que tem mais de 430 mil habitantes, teve bom desempenho nas variáveis Habitação e Cultura e Engajamento. No entanto, vale ressaltar como ponto de atenção a elevada frequência de suicídios.


3º lugar - Porto Alegre, Rio Grande do Sul

Porto Alegre manteve a posição do estudo realizado em 2017, o 3º lugar. A cidade se destaca por ser a segunda melhor na variável Habitação. No quesito Cuidados de Saúde, a terra do churrasco conta com a 6a maior quantidade de profissionais de enfermagem a cada mil habitantes. Outro ponto relevante é que o município apresenta um dos melhores níveis de renda entre idosos . Como ponto de melhoria está, por exemplo, o índice de homicídios por armas de fogo.


4º lugar - São Paulo, SP

De 19º em 2017 ao 4º lugar do ranking em 2020, a maior cidade do Brasil teve um crescimento significativo na lista. No primeiro lugar na variável Finanças, São Paulo tem a maior renda de população idosa do país. Ainda relacionado a este quesito, a terra da garoa ocupa o segundo lugar no indicador carga tributária, que analisa o percentual da receita de origem tributária. Vale ressaltar a importância de melhorar a quantidade de psicólogos e enfermeiros na cidade.


5º lugar - Florianópolis, SC

A Ilha da Magia é uma das 10 cidades analisadas pelo IDL com o menor percentual de população de baixa renda. Florianópolis também se destaca na variável Bem-estar pela boa oferta de estabelecimentos de condicionamento físico e casas de chá, suco e lanchonetes, o que favorece, respectivamente, a saúde do corpo e a socialização. É a cidade do país como mais elevado número de acesso à internet por habitante.


6º lugar - Niterói, RJ

Niterói continua bem posicionada e figurando entre as 10 melhores cidades do ranking. A cidade fluminense se destaca pelo bom desempenho em indicadores relacionados às variáveis Cultura e Engajamento e Bem-estar. No primeiro aspecto, é muito positivo o indicador Acesso à internet Fixa e, no segundo, destaca-se a alta taxa de idosos protegidos pela saúde suplementar. A cidade, no entanto, destaca-se negativamente pela alta concentração de renda.


7º lugar - Rio de Janeiro, RJ

A cidade maravilhosa ocupa o 7º lugar do IDL em neste ano. O município é o segundo melhor do país na variável Finanças, tendo como destaque indicadores como receita tributária e rendimento da população entre 60-69 anos. É uma das cidades com maior número de pessoas idosas com acesso a planos de saúde. A cidade, no entanto, ocupa o 246º lugar na variável Cuidados de Saúde.


8º lugar - Atibaia, SP

Outra estreante no ranking, a cidade de Atibaia já figura entre os dez melhores municípios, com destaque à quantidade de hospitais com unidades de neurocirurgia, baixa frequência de violência sexual, doméstica e tortura; e pelo bom número de locais de atividade de condicionamento físico. Também vale destacar que é a cidade com melhor desempenho na variável Habitação. Já nos pontos de melhoria, é preciso atentar-se, por exemplo, para a taxa de investimento do município e quantidade de leitos do SUS.


9º lugar - Catanduva, SP

Também nova no IDL, Catanduva tem como principais destaques o bom percentual de docentes com curso superior na Educação de Jovens e Adultos, , e a baixa taxa de desocupação de sua população. A cidade encontra na variável Bem-Estar um potencial de melhoria com relação à qualidade de vida de seus habitantes.


10º lugar - Americana, SP

A cidade de Americana, no estado de São Paulo, se destaca na educação pelo Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal, além do bom número de psicólogos e estabelecimentos de atividade física. Também vale ressaltar o elevado acessos de internet fixa. Como ponto de melhoria é importante destacar a frequência elevada de acidentes com animais peçonhentos.


Os destaques nas dez cidades pequenas mais bem colocadas

Dos dez municípios mais bem colocados na edição 2020 do Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL), nove são do estado de São Paulo.


1º lugar - Adamantina, SP

Conhecida como a Joia da Alta Paulista, a cidade de Adamantina é a primeira colocada na lista das cidades pequenas. O município de mais de 33 mil habitantes destaca-se pela elevada quantidade de profissionais de enfermagem e de psicologia na rede de saúde. É uma das dez cidades com menor frequência de homicídios por armas de fogo na lista dos 596 municípios pequenos.


2º lugar - Vinhedo, SP

A cidade é detentora de um dos maiores PIBs da região metropolitana de Campinas. Um dos destaques da variável Bem-Estar é que é uma das cidades com menor frequência de diversos tipos de violência, como sexual, doméstica e tortura. Conectado, é um dos municípios com maior número de acessos à internet fixa por habitante.


3º lugar - Lins, SP

As variáveis Finanças e Habitação são destaques da cidade de Lins. Oferece uma boa rede de serviços financeiros e dispõe de condomínios voltados para idosos. Outro ponto de destaque é que é o segundo município com maior número de hospitais com unidade de neurocirurgia de emergência.


4º lugar - São João da Boa Vista, SP

O município localizado no pé da Serra da Mantiqueira é o segundo melhor na variável Finanças e destaca-se pelo bom desempenho em Bem-Estar. Vale ressaltar a 11ª colocação no indicador que mede o nível de renda da população idosa.


5º lugar - Itapira, SP

A cidade de Itapira, com pouco mais de 72 mil habitantes, tem como destaque a variável Cuidados de Saúde, ocasionado por sua liderança na quantidade de leitos, seja no SUS quanto na rede particular.


6º lugar - Tupã, SP

O destaque positivo de Tupã deve-se principalmente às variáveis Finanças e Cuidados de Saúde. Na primeira, o destaque fica por conta do Índice de envelhecimento municipal, e na segunda, o número de leitos disponíveis.


7º lugar - Fernandópolis, SP
A cidade de Fernandópolis é uma das 15 com menor população de baixa renda e apresenta um bom índice de desenvolvimento social do município. Também merece ressalva por ser uma das cinco cidades com menor proporção de homicídios por arma de fogo. 


A cidade de Fernandópolis é uma das 15 com menor população de baixa renda e apresenta um bom índice de desenvolvimento social do município. Também merece ressalva por ser uma das cinco cidades com menor proporção de homicídios por arma de fogo.


8º lugar - Votuporanga, SP

Votuporanga é a cidade mais bem avaliada na variável Educação e Trabalho, tendo como exemplo o bom desempenho no indicador distorção idade-série. O município ainda possui uma das cinco maiores ofertas de profissionais de enfermagem entre as cidades pequenas. 



9º lugar - Dracena, SP

Dracena estreia no IDL já figurando nas 10+. Merece destaque nos indicadores de índice de desenvolvimento municipal em educação e oferta de profissionais de psicologia, das variáveis Educação e Trabalho e Cuidados de Saúde, respectivamente.



10º lugar - Esteio, RS

Com 83 mil habitantes, Esteio encerra a lista das dez cidades pequenas mais bem preparadas para a longevidade com o segundo lugar na variável Habitação. Também vale destacar o bom desempenho em Cultura e Engajamento.

 


MAG Seguros

 

Entenda: Filho de um dos assassinos da família Richthofen pede anulação da paternidade na justiça

Advogada especialista em Direito de Família explica como funciona ação

 

Em 2002, Cristian Cravinhos participou do brutal assassinato de Marísia e Manfred Von Richthofen em São Paulo. Quando o fato aconteceu, seu filho tinha apenas três anos e agora, aos 21, busca na Justiça o fim de qualquer vínculo legal que ainda tem com o pai.

De acordo com a advogada Debora Ghelman, especialista em Direito de Família, a anulação do reconhecimento de paternidade na maior parte dos casos é pleiteada pelo pai, quando, por exemplo, o homem que registra o filho e depois descobre não ser biologicamente seu. No entanto, há casos em que os próprios filhos realizam tal requerimento, principalmente, quando ocorre o abandono afetivo.

Em 2009 ele conseguiu mudar seu sobrenome por decisão judicial, mas agora deseja mais do que retirar os dados do pai de todos os seus documentos, ele também quer revogar qualquer dever jurídico da relação pai-filho como o direito de receber pensão ou eventual herança.

Na ação, que corre em segredo de Justiça, o jovem relata ter vergonha e de se sentir constrangido por possuir nos documentos o nome de um dos responsáveis pelo crime de maior repercussão do país devido à tamanha crueldade dos assassinatos.

"Esse é um típico exemplo de caso em que possuir qualquer vínculo com o pai causa um enorme sofrimento e constrangimento ao filho, sendo absolutamente compreensível o filho de Cristian Cravinhos ajuizar essa ação", diz a especialista.

De acordo com ele, mesmo antes do crime seu pai nunca lhe havia oferecido nenhum amparo afetivo ou material e que o convívio dos dois se resume a quatro meses após o nascimento, no dia do seu primeiro aniversário e por cinco meses entre 2000 e 2001, quando seus pais reataram. A última vez que se encontraram foi há mais de dez anos quando visitou o pai no presídio de Tremembé, em São Paulo, em 2010.

"Infelizmente, não são poucos os casos em que pais abandonam material e afetivamente seus filhos. E a conta um dia chega. Por isso, eu sempre aconselho os pais a serem cada vez mais presentes nas vidas de seus filhos e, caso a mãe prejudique de alguma forma esse convívio, poderá se configurar uma alienação parental, a qual deve imediatamente ser denunciada. Os pais não podem permanecer passivos diante dessa situação, sob pena de no futuro serem acusados de abandono afetivo por seus próprios filhos", finaliza a advogada.




Debora Ghelman - advogada especializada em Direito Humanizado nas áreas de Família e Sucessões, atuando na mediação de conflitos familiares a partir da Teoria dos Jogos.


Outubro, um mês para promover a longevidade ativa


Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), o dia 1º de outubro comemorou o Dia Internacional do Idoso. Esta parcela significativa da população mundial vem crescendo ano após ano, e outubro tornou-se o mês para discutir o significado da longevidade ativa.

Conceito que a Organização Mundial da Saúde (OMS) se refere ao processo de desenvolvimento e manutenção da capacidade funcional que permite o bem-estar em idade avançada.

Países como Itália, Grécia, Finlândia, Portugal e Japão, já apresentam em sua estrutura social mais cidadãos idosos do que jovens. Atualmente, 28 milhões de brasileiros estão nesta faixa etária, segundo a projeção da população, divulgada em 2018 pelo IBGE.

O número de paulistas com mais de 60 anos ultrapassa os 15% da população, somando 6,8 milhões de pessoas, de acordo com dados da Fundação SEADE, publicados em 2020. Este número tende a triplicar até 2050. Os dados também apontam que a expectativa de vida de uma pessoa que nasça no Estado ultrapasse os 73 anos.

Neste sentido, o Governo do Estado de São Paulo, lançou o Projeto Longevidade. Uma iniciativa para a população 50+, com o objetivo de amplificar o significado de viver de forma sustentável, por meio de ações que asseguram a mobilidade social, inclusão produtiva e digital, oportunidades de aprendizados constantes, e contribuem para a saúde e bem-estar.

Impulsionado pela valorização à vida e embasado por dados socioterritoriais, este projeto responde a uma tendência mundial, promovendo uma mudança de mentalidade em relação às pessoas longevas.

Assim, propomos uma política pública capaz de responder às demandas contemporâneas da sociedade, reforçada pelo olhar, também, preocupado do nosso governador, João Doria, em promover ações que garantam a longevidade ativa e independente.

 

 

 

Célia Parnes - Secretária de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo.


Ser professor no Brasil

Opinião

 

Somos em torno de 2,5 milhões de professores, atuando desde o fundamental até o ensino superior. Nem todos temos formação adequada e muitos poucos de nós consegue ter uma educação continuada. Nossa média salarial é uma das mais baixas entre as nações com economias desenvolvidas. Se considerarmos os países da OCDE, que conta com 38 membros efetivos e 8 convidados (que é o caso do Brasil), recebemos metade da média deles. Se considerarmos internamente, com outros profissionais com o nível de escolaridade que é exigido de nós, recebemos 71% da média desses profissionais. Para resumir: em média, recebemos um pouco mais da metade do auxílio moradia de um juiz federal. Aliás, lembram quando o governo federal ofereceu 10 mil reais para os médicos do programa Mais Médicos e quase ninguém quis ir? Era quatro vezes o valor médio do salário de um professor no Brasil.

Mas salário é apenas a ponta do iceberg da situação do professor no Brasil. Os cursos de formação são, na sua grande maioria, muito precários e distantes da realidade. Dificilmente um professor formado sabe o que fazer em sala de aula quando deixa a faculdade. A lição dos países que se destacam na Educação começou por aí: o fechamento dos cursos de formação, que eram sofríveis. Redução drástica da oferta de vagas e inspeção rigorosa e constante nos cursos remanescentes, para garantir a qualidade na formação. E, obviamente, aumento de salários. Essas duas medidas começaram a atrair jovens para a licenciatura. Hoje, no Brasil, cerca de 2% dos jovens que estão no Ensino Médio desejam ser professores. Recentemente, o Ministro da Educação disse, sem rubor nas faces, que “ser professor é ter quase que uma declaração de que a pessoa não conseguiu fazer outra coisa”. Os números revelam que, basicamente, é isso mesmo. Jovens com potencial de aprendizado buscam áreas com maior possibilidade de remuneração e de reconhecimento social. O magistério não oferece nem uma coisa e nem outra.

Reformar profundamente os currículos e diminuir drasticamente a oferta de vagas, além de melhorar substancialmente os salários, com a implantação de uma quadro de carreira baseado no aperfeiçoamento continuado e no resultado da aprendizagem, seria um bom começo. Quanto ao reconhecimento social, provavelmente virá como consequência dessas transformações. Imagine que jovens comemorem a aprovação em um curso de Física ou Letras com a mesma alegria que demonstram com a aprovação em Medicina e Direito? E os pais, orgulhosos, colocando faixas em frente de casa com os dizeres: “Nosso filho foi aprovado em Filosofia!”

Ser professor no Brasil é alimentar, diariamente, a ilusão de uma dignidade que nos é negada e, com isso, um futuro que é negado às crianças e jovens. A dor de não ter condições adequadas de trabalho, obrigando-nos a jornadas extenuantes, às vezes de três turnos, sem tempo para a devida preparação das aulas, compra de livros e frequência em cursos, é a de saber que o resultado do nosso trabalho não está à altura do que merecem as crianças e jovens do país, do próprio país. E a ideia de um “futuro melhor” vai ficando restrita apenas a uma camada cada vez mais estreita dos que podem contar com escolas de qualidade, oásis em meio ao deserto de falta de investimentos e gestão de qualidade. E a desigualdade, essa chaga mortal da nossa sociedade, mãe da violência social e dos voos de galinha da economia, vai se normalizando, como se fosse um destino ao qual devemos todos nos conformar.

Tenho o privilégio de ser um profissional de ensino bem remunerado e cercado das condições materiais e pedagógicas mais avançadas para exercer o meu ofício. Pude chegar ao último estágio da minha formação acadêmica - o doutorado - e usar meu aprendizado para melhorar meu trabalho em sala de aula. Leciono em uma única empresa e minha carga horária permite que eu possa estudar e preparar minhas aulas adequadamente. Com o que ganho, consigo comprar livros, assistir filmes, viajar e conhecer outras culturas e realidades.

Sou um privilegiado? Não deveria ser. Sou um professor e isso deveria ser suficiente para justificar essas condições profissionais. Mas sim, sou um privilegiado e meus alunos e alunas também, na medida em que têm a oportunidade de ingressar nas mais importantes universidades e, com isso, alcançar os postos de trabalho mais bem remunerados e reconhecidos. Essa condição deveria ser um direito de todos. Um direito pelo qual não deveríamos descansar até efetivá-lo. E quem sabe um dia, assim como ocorre no Japão, o chefe da Nação curve a cabeça ao nos ver passar. Por respeito e não por indiferença.

 


Daniel Medeiros - doutor em Educação Histórica e professor no Curso Positivo

danielmedeiros.articulista@gmail.com

 

Novo imposto sobre transações digitais enfrenta resistência

Divulgação

Setor produtivo, parlamentares, analistas e consultores veem com preocupação novo imposto. Para Lucas Ribeiro, da ROIT, indefinição prejudica planejamento das empresas

 

A criação de um novo tributo para compensar a desoneração da folha de pagamento enfrenta resistência entre parlamentares e setor produtivo, e é vista com críticas por analistas e consultores. A desoneração, em vigor desde 2011 e que termina em dezembro deste ano, atualmente beneficia 17 atividades econômicas.

O governo federal, por meio de declarações do presidente Jair Bolsonaro, do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do líder da bancada governista na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), tem condicionado a prorrogação da desoneração da folha de pagamento ao estabelecimento de um novo instrumento arrecadatório. Um imposto sobre transações digitais é a mais recente ideia.

A criação do imposto viria na segunda parte da reforma tributária proposta pelo governo. A primeira parte foi apresentada em julho, por meio do projeto de lei 3887/2020, que se resume a criar a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), substituindo o PIS/Cofins.

Esse imposto sobre transações digitais teria uma alíquota de 0,2% sobre operações de débitos e créditos. A proposta tem repercutido mal por duas razões centrais: a primeira, porque, ao contrário do que vem prometendo o próprio governo, trata-se do estabelecimento de mais um tributo; a segunda, por se tratar de imposto que incide sobre o consumo.


CRÍTICAS

Uma das maiores críticas ao sistema tributário brasileiro é, além da sobreposição de taxações, a excessiva carga tributária sobre o consumo e sobre o setor produtivo. Na avaliação do consultor Lucas Ribeiro, sócio-diretor da ROIT, accountech de Curitiba, o que o Brasil precisa é de uma reforma tributária que corrija de vez essas distorções, em vez de atenuá-las ou, pior, mantê-las.

O consultor questiona, ainda, a metodologia adotada pelo governo de apresentar a reforma tributária de maneira “fatiada”. “O sistema tributário atual é insustentável. Mas o que precisamos é de uma proposta abrangente, consistente, em vez de modificações pontuais e compensatórias”, argumenta Lucas Ribeiro, lembrando que há propostas de emendas constitucionais (PECs) tramitando no Congresso Nacional que precisam ser inseridas nos debates.

“Há duas em tramitação desde o ano passado, a PEC 45/2019 e a PEC 110/2019; e uma terceira, apresentada neste ano, a PEC 7/2020. A PEC 110/2019, por exemplo, é fruto de anos de debates com vários setores; implanta modificações profundas, com período de transição do atual para o novo modelo que traz segurança jurídica e econômica às empresas”, compara.


INSEGURANÇA

Lucas Ribeiro vê na indefinição sobre a desoneração da folha de pagamento mais um fator que contribui para a insegurança das empresas. Justo neste período do ano em que as organizações consolidam planejamentos para o exercício seguinte, elas estão impossibilitadas de realizar planificações financeiras e tributárias por conta dessa incerteza.

A prorrogação da desoneração da folha de pagamento tinha sido vetada pelo presidente Jair Bolsonaro. No último dia 30 de setembro, ocorreria uma sessão do Congresso Nacional para avaliar esse e outros 27 vetos, sobre assuntos diversos. Inesperadamente, a sessão foi cancelada, sem que tenha sido remarcada, reforçando indícios de que a matéria só será apreciada quando o governo apresentar projeto de criação de compensação arrecadatória.


REPERCUSSÃO POLÍTICA

O cancelamento, sem previsão de nova data, estabelece um “vácuo que provoca insegurança jurídica”, assinalou o senador Álvaro Dias (Podemos-PR), em entrevista à Agência Senado. “A questão da desoneração da folha é fundamental, uma vez que são seis milhões de interessados. Empresas estarão comprometidas na geração de emprego”, assevera.

Outro que se manifestou contrário à indefinição, defendendo a prorrogação da desoneração da folha, foi o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). “Ela é fundamental para preservar os empregos no Brasil. São inúmeros setores que demitirão [caso a desoneração não seja estendida]”, pontua.

Em linhas gerais, de acordo com a Receita Federal, a desoneração da folha de pagamentos consiste na substituição da Contribuição Previdenciária Patronal (CPP) de 20% que incide sobre a folha de pagamento dos empregados (ou sócios e autônomos) por uma contribuição sobre a receita bruta da empresa.

 

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