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terça-feira, 13 de outubro de 2020

Cidades brasileiras ainda não estão preparadas para a longevidade da população, aponta Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL)

A segunda edição do IDL cresceu e mostrou que São Caetano do Sul, em São Paulo, é a melhor cidade para se viver quando o assunto é preparo para a longevidade


Mais da metade dos 876 municípios, onde vivem 160 milhões de brasileiros analisados pela segunda edição do Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL) não estão adequados para a longevidade de suas populações. Essa constatação é muito importante para o desenvolvimento econômico e social do país, visto que o Brasil está em um processo de envelhecimento acelerado da sua população, o que traz para já a urgência no preparo e na adaptação de todas as nossas cidades para esse desafio.

A edição de 2020 do IDL aponta a cidade de São Caetano do Sul (SP), estreante na lista, como a cidade do país mais bem preparada para se viver mais e melhor. Isso não significa que o município não tenha desafios a enfrentar, ou que não possa melhorar ainda mais os pontos em que teve bom desempenho.

De acordo com a análise, o município destaca-se nas variáveis Bem-estar, Finanças e Habitação. Vale ressaltar o bom desempenho no indicador de estabelecimentos para o condicionamento físico do município e baixa incidência de população de baixa renda. "Embora ocupe o primeiro lugar da lista, um ponto de atenção para a cidade é a alta concentração de renda", explica Henrique Noya, diretor-executivo do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon.

O IDL, uma iniciativa inédita na América Latina, é um estudo elaborado pelo Instituto de Longevidade Mongeral Aegon e com metodologia da Fundação Getúlio Vargas que traz de forma objetiva os pontos positivos e negativos das cidades avaliadas para dar conhecimento e servir de embasamento de ações efetivas para a promoção da longevidade com qualidade de vida nestas localidades.

No IDL 2020, foram analisados 50 indicadores divididos em sete variáveis: Cuidados de Saúde; Bem-Estar; Finanças; Habitação; Cultura e Engajamento; Educação e Trabalho; e Indicadores Gerais.

"O papel do IDL é muito além de ser um ranking. Ele é uma ferramenta prática que contribui diretamente para que os gestores públicos desenvolvam políticas que melhorem a qualidade de vida nas cidades, e para que os empresários identifiquem oportunidades de ofertas de produtos e serviços que atendam essa mesma demanda. Da mesma forma, é um importante aliado para que a sociedade conheça de forma objetiva a realidade de seus municípios e, com isso, possa escolher melhor os seus próximos representantes, principalmente em um ano de eleição municipal", completa Noya.


Os destaques nas dez grandes cidades mais bem colocadas

Dos dez municípios mais bem colocados na edição 2020 do Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL), seis são do estado de São Paulo.


1º lugar - São Caetano do Sul, São Paulo

Estreante no IDL, a cidade é 1º lugar na variável bem-estar, com destaque à proporção de estabelecimentos de atividade de condicionamento físico. O município também está bem ranqueado quando o indicador é a proporção de fisioterapeutas, ocupando o 3º lugar. Do ponto de vista de quantidade de acessos à internet, São Caetano do Sul fica na 2ª posição da lista que analisa 280 municípios classificados como grandes por terem populações superiores a 100 mil habitantes.


2º lugar - Santos, São Paulo

Primeira colocada na edição 2017 do IDL, Santos permanece em posição de destaque, desta vez, em 2º lugar. A cidade, que tem mais de 430 mil habitantes, teve bom desempenho nas variáveis Habitação e Cultura e Engajamento. No entanto, vale ressaltar como ponto de atenção a elevada frequência de suicídios.


3º lugar - Porto Alegre, Rio Grande do Sul

Porto Alegre manteve a posição do estudo realizado em 2017, o 3º lugar. A cidade se destaca por ser a segunda melhor na variável Habitação. No quesito Cuidados de Saúde, a terra do churrasco conta com a 6a maior quantidade de profissionais de enfermagem a cada mil habitantes. Outro ponto relevante é que o município apresenta um dos melhores níveis de renda entre idosos . Como ponto de melhoria está, por exemplo, o índice de homicídios por armas de fogo.


4º lugar - São Paulo, SP

De 19º em 2017 ao 4º lugar do ranking em 2020, a maior cidade do Brasil teve um crescimento significativo na lista. No primeiro lugar na variável Finanças, São Paulo tem a maior renda de população idosa do país. Ainda relacionado a este quesito, a terra da garoa ocupa o segundo lugar no indicador carga tributária, que analisa o percentual da receita de origem tributária. Vale ressaltar a importância de melhorar a quantidade de psicólogos e enfermeiros na cidade.


5º lugar - Florianópolis, SC

A Ilha da Magia é uma das 10 cidades analisadas pelo IDL com o menor percentual de população de baixa renda. Florianópolis também se destaca na variável Bem-estar pela boa oferta de estabelecimentos de condicionamento físico e casas de chá, suco e lanchonetes, o que favorece, respectivamente, a saúde do corpo e a socialização. É a cidade do país como mais elevado número de acesso à internet por habitante.


6º lugar - Niterói, RJ

Niterói continua bem posicionada e figurando entre as 10 melhores cidades do ranking. A cidade fluminense se destaca pelo bom desempenho em indicadores relacionados às variáveis Cultura e Engajamento e Bem-estar. No primeiro aspecto, é muito positivo o indicador Acesso à internet Fixa e, no segundo, destaca-se a alta taxa de idosos protegidos pela saúde suplementar. A cidade, no entanto, destaca-se negativamente pela alta concentração de renda.


7º lugar - Rio de Janeiro, RJ

A cidade maravilhosa ocupa o 7º lugar do IDL em neste ano. O município é o segundo melhor do país na variável Finanças, tendo como destaque indicadores como receita tributária e rendimento da população entre 60-69 anos. É uma das cidades com maior número de pessoas idosas com acesso a planos de saúde. A cidade, no entanto, ocupa o 246º lugar na variável Cuidados de Saúde.


8º lugar - Atibaia, SP

Outra estreante no ranking, a cidade de Atibaia já figura entre os dez melhores municípios, com destaque à quantidade de hospitais com unidades de neurocirurgia, baixa frequência de violência sexual, doméstica e tortura; e pelo bom número de locais de atividade de condicionamento físico. Também vale destacar que é a cidade com melhor desempenho na variável Habitação. Já nos pontos de melhoria, é preciso atentar-se, por exemplo, para a taxa de investimento do município e quantidade de leitos do SUS.


9º lugar - Catanduva, SP

Também nova no IDL, Catanduva tem como principais destaques o bom percentual de docentes com curso superior na Educação de Jovens e Adultos, , e a baixa taxa de desocupação de sua população. A cidade encontra na variável Bem-Estar um potencial de melhoria com relação à qualidade de vida de seus habitantes.


10º lugar - Americana, SP

A cidade de Americana, no estado de São Paulo, se destaca na educação pelo Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal, além do bom número de psicólogos e estabelecimentos de atividade física. Também vale ressaltar o elevado acessos de internet fixa. Como ponto de melhoria é importante destacar a frequência elevada de acidentes com animais peçonhentos.


Os destaques nas dez cidades pequenas mais bem colocadas

Dos dez municípios mais bem colocados na edição 2020 do Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL), nove são do estado de São Paulo.


1º lugar - Adamantina, SP

Conhecida como a Joia da Alta Paulista, a cidade de Adamantina é a primeira colocada na lista das cidades pequenas. O município de mais de 33 mil habitantes destaca-se pela elevada quantidade de profissionais de enfermagem e de psicologia na rede de saúde. É uma das dez cidades com menor frequência de homicídios por armas de fogo na lista dos 596 municípios pequenos.


2º lugar - Vinhedo, SP

A cidade é detentora de um dos maiores PIBs da região metropolitana de Campinas. Um dos destaques da variável Bem-Estar é que é uma das cidades com menor frequência de diversos tipos de violência, como sexual, doméstica e tortura. Conectado, é um dos municípios com maior número de acessos à internet fixa por habitante.


3º lugar - Lins, SP

As variáveis Finanças e Habitação são destaques da cidade de Lins. Oferece uma boa rede de serviços financeiros e dispõe de condomínios voltados para idosos. Outro ponto de destaque é que é o segundo município com maior número de hospitais com unidade de neurocirurgia de emergência.


4º lugar - São João da Boa Vista, SP

O município localizado no pé da Serra da Mantiqueira é o segundo melhor na variável Finanças e destaca-se pelo bom desempenho em Bem-Estar. Vale ressaltar a 11ª colocação no indicador que mede o nível de renda da população idosa.


5º lugar - Itapira, SP

A cidade de Itapira, com pouco mais de 72 mil habitantes, tem como destaque a variável Cuidados de Saúde, ocasionado por sua liderança na quantidade de leitos, seja no SUS quanto na rede particular.


6º lugar - Tupã, SP

O destaque positivo de Tupã deve-se principalmente às variáveis Finanças e Cuidados de Saúde. Na primeira, o destaque fica por conta do Índice de envelhecimento municipal, e na segunda, o número de leitos disponíveis.


7º lugar - Fernandópolis, SP
A cidade de Fernandópolis é uma das 15 com menor população de baixa renda e apresenta um bom índice de desenvolvimento social do município. Também merece ressalva por ser uma das cinco cidades com menor proporção de homicídios por arma de fogo. 


A cidade de Fernandópolis é uma das 15 com menor população de baixa renda e apresenta um bom índice de desenvolvimento social do município. Também merece ressalva por ser uma das cinco cidades com menor proporção de homicídios por arma de fogo.


8º lugar - Votuporanga, SP

Votuporanga é a cidade mais bem avaliada na variável Educação e Trabalho, tendo como exemplo o bom desempenho no indicador distorção idade-série. O município ainda possui uma das cinco maiores ofertas de profissionais de enfermagem entre as cidades pequenas. 



9º lugar - Dracena, SP

Dracena estreia no IDL já figurando nas 10+. Merece destaque nos indicadores de índice de desenvolvimento municipal em educação e oferta de profissionais de psicologia, das variáveis Educação e Trabalho e Cuidados de Saúde, respectivamente.



10º lugar - Esteio, RS

Com 83 mil habitantes, Esteio encerra a lista das dez cidades pequenas mais bem preparadas para a longevidade com o segundo lugar na variável Habitação. Também vale destacar o bom desempenho em Cultura e Engajamento.

 


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Entenda: Filho de um dos assassinos da família Richthofen pede anulação da paternidade na justiça

Advogada especialista em Direito de Família explica como funciona ação

 

Em 2002, Cristian Cravinhos participou do brutal assassinato de Marísia e Manfred Von Richthofen em São Paulo. Quando o fato aconteceu, seu filho tinha apenas três anos e agora, aos 21, busca na Justiça o fim de qualquer vínculo legal que ainda tem com o pai.

De acordo com a advogada Debora Ghelman, especialista em Direito de Família, a anulação do reconhecimento de paternidade na maior parte dos casos é pleiteada pelo pai, quando, por exemplo, o homem que registra o filho e depois descobre não ser biologicamente seu. No entanto, há casos em que os próprios filhos realizam tal requerimento, principalmente, quando ocorre o abandono afetivo.

Em 2009 ele conseguiu mudar seu sobrenome por decisão judicial, mas agora deseja mais do que retirar os dados do pai de todos os seus documentos, ele também quer revogar qualquer dever jurídico da relação pai-filho como o direito de receber pensão ou eventual herança.

Na ação, que corre em segredo de Justiça, o jovem relata ter vergonha e de se sentir constrangido por possuir nos documentos o nome de um dos responsáveis pelo crime de maior repercussão do país devido à tamanha crueldade dos assassinatos.

"Esse é um típico exemplo de caso em que possuir qualquer vínculo com o pai causa um enorme sofrimento e constrangimento ao filho, sendo absolutamente compreensível o filho de Cristian Cravinhos ajuizar essa ação", diz a especialista.

De acordo com ele, mesmo antes do crime seu pai nunca lhe havia oferecido nenhum amparo afetivo ou material e que o convívio dos dois se resume a quatro meses após o nascimento, no dia do seu primeiro aniversário e por cinco meses entre 2000 e 2001, quando seus pais reataram. A última vez que se encontraram foi há mais de dez anos quando visitou o pai no presídio de Tremembé, em São Paulo, em 2010.

"Infelizmente, não são poucos os casos em que pais abandonam material e afetivamente seus filhos. E a conta um dia chega. Por isso, eu sempre aconselho os pais a serem cada vez mais presentes nas vidas de seus filhos e, caso a mãe prejudique de alguma forma esse convívio, poderá se configurar uma alienação parental, a qual deve imediatamente ser denunciada. Os pais não podem permanecer passivos diante dessa situação, sob pena de no futuro serem acusados de abandono afetivo por seus próprios filhos", finaliza a advogada.




Debora Ghelman - advogada especializada em Direito Humanizado nas áreas de Família e Sucessões, atuando na mediação de conflitos familiares a partir da Teoria dos Jogos.


Outubro, um mês para promover a longevidade ativa


Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), o dia 1º de outubro comemorou o Dia Internacional do Idoso. Esta parcela significativa da população mundial vem crescendo ano após ano, e outubro tornou-se o mês para discutir o significado da longevidade ativa.

Conceito que a Organização Mundial da Saúde (OMS) se refere ao processo de desenvolvimento e manutenção da capacidade funcional que permite o bem-estar em idade avançada.

Países como Itália, Grécia, Finlândia, Portugal e Japão, já apresentam em sua estrutura social mais cidadãos idosos do que jovens. Atualmente, 28 milhões de brasileiros estão nesta faixa etária, segundo a projeção da população, divulgada em 2018 pelo IBGE.

O número de paulistas com mais de 60 anos ultrapassa os 15% da população, somando 6,8 milhões de pessoas, de acordo com dados da Fundação SEADE, publicados em 2020. Este número tende a triplicar até 2050. Os dados também apontam que a expectativa de vida de uma pessoa que nasça no Estado ultrapasse os 73 anos.

Neste sentido, o Governo do Estado de São Paulo, lançou o Projeto Longevidade. Uma iniciativa para a população 50+, com o objetivo de amplificar o significado de viver de forma sustentável, por meio de ações que asseguram a mobilidade social, inclusão produtiva e digital, oportunidades de aprendizados constantes, e contribuem para a saúde e bem-estar.

Impulsionado pela valorização à vida e embasado por dados socioterritoriais, este projeto responde a uma tendência mundial, promovendo uma mudança de mentalidade em relação às pessoas longevas.

Assim, propomos uma política pública capaz de responder às demandas contemporâneas da sociedade, reforçada pelo olhar, também, preocupado do nosso governador, João Doria, em promover ações que garantam a longevidade ativa e independente.

 

 

 

Célia Parnes - Secretária de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo.


Ser professor no Brasil

Opinião

 

Somos em torno de 2,5 milhões de professores, atuando desde o fundamental até o ensino superior. Nem todos temos formação adequada e muitos poucos de nós consegue ter uma educação continuada. Nossa média salarial é uma das mais baixas entre as nações com economias desenvolvidas. Se considerarmos os países da OCDE, que conta com 38 membros efetivos e 8 convidados (que é o caso do Brasil), recebemos metade da média deles. Se considerarmos internamente, com outros profissionais com o nível de escolaridade que é exigido de nós, recebemos 71% da média desses profissionais. Para resumir: em média, recebemos um pouco mais da metade do auxílio moradia de um juiz federal. Aliás, lembram quando o governo federal ofereceu 10 mil reais para os médicos do programa Mais Médicos e quase ninguém quis ir? Era quatro vezes o valor médio do salário de um professor no Brasil.

Mas salário é apenas a ponta do iceberg da situação do professor no Brasil. Os cursos de formação são, na sua grande maioria, muito precários e distantes da realidade. Dificilmente um professor formado sabe o que fazer em sala de aula quando deixa a faculdade. A lição dos países que se destacam na Educação começou por aí: o fechamento dos cursos de formação, que eram sofríveis. Redução drástica da oferta de vagas e inspeção rigorosa e constante nos cursos remanescentes, para garantir a qualidade na formação. E, obviamente, aumento de salários. Essas duas medidas começaram a atrair jovens para a licenciatura. Hoje, no Brasil, cerca de 2% dos jovens que estão no Ensino Médio desejam ser professores. Recentemente, o Ministro da Educação disse, sem rubor nas faces, que “ser professor é ter quase que uma declaração de que a pessoa não conseguiu fazer outra coisa”. Os números revelam que, basicamente, é isso mesmo. Jovens com potencial de aprendizado buscam áreas com maior possibilidade de remuneração e de reconhecimento social. O magistério não oferece nem uma coisa e nem outra.

Reformar profundamente os currículos e diminuir drasticamente a oferta de vagas, além de melhorar substancialmente os salários, com a implantação de uma quadro de carreira baseado no aperfeiçoamento continuado e no resultado da aprendizagem, seria um bom começo. Quanto ao reconhecimento social, provavelmente virá como consequência dessas transformações. Imagine que jovens comemorem a aprovação em um curso de Física ou Letras com a mesma alegria que demonstram com a aprovação em Medicina e Direito? E os pais, orgulhosos, colocando faixas em frente de casa com os dizeres: “Nosso filho foi aprovado em Filosofia!”

Ser professor no Brasil é alimentar, diariamente, a ilusão de uma dignidade que nos é negada e, com isso, um futuro que é negado às crianças e jovens. A dor de não ter condições adequadas de trabalho, obrigando-nos a jornadas extenuantes, às vezes de três turnos, sem tempo para a devida preparação das aulas, compra de livros e frequência em cursos, é a de saber que o resultado do nosso trabalho não está à altura do que merecem as crianças e jovens do país, do próprio país. E a ideia de um “futuro melhor” vai ficando restrita apenas a uma camada cada vez mais estreita dos que podem contar com escolas de qualidade, oásis em meio ao deserto de falta de investimentos e gestão de qualidade. E a desigualdade, essa chaga mortal da nossa sociedade, mãe da violência social e dos voos de galinha da economia, vai se normalizando, como se fosse um destino ao qual devemos todos nos conformar.

Tenho o privilégio de ser um profissional de ensino bem remunerado e cercado das condições materiais e pedagógicas mais avançadas para exercer o meu ofício. Pude chegar ao último estágio da minha formação acadêmica - o doutorado - e usar meu aprendizado para melhorar meu trabalho em sala de aula. Leciono em uma única empresa e minha carga horária permite que eu possa estudar e preparar minhas aulas adequadamente. Com o que ganho, consigo comprar livros, assistir filmes, viajar e conhecer outras culturas e realidades.

Sou um privilegiado? Não deveria ser. Sou um professor e isso deveria ser suficiente para justificar essas condições profissionais. Mas sim, sou um privilegiado e meus alunos e alunas também, na medida em que têm a oportunidade de ingressar nas mais importantes universidades e, com isso, alcançar os postos de trabalho mais bem remunerados e reconhecidos. Essa condição deveria ser um direito de todos. Um direito pelo qual não deveríamos descansar até efetivá-lo. E quem sabe um dia, assim como ocorre no Japão, o chefe da Nação curve a cabeça ao nos ver passar. Por respeito e não por indiferença.

 


Daniel Medeiros - doutor em Educação Histórica e professor no Curso Positivo

danielmedeiros.articulista@gmail.com

 

Novo imposto sobre transações digitais enfrenta resistência

Divulgação

Setor produtivo, parlamentares, analistas e consultores veem com preocupação novo imposto. Para Lucas Ribeiro, da ROIT, indefinição prejudica planejamento das empresas

 

A criação de um novo tributo para compensar a desoneração da folha de pagamento enfrenta resistência entre parlamentares e setor produtivo, e é vista com críticas por analistas e consultores. A desoneração, em vigor desde 2011 e que termina em dezembro deste ano, atualmente beneficia 17 atividades econômicas.

O governo federal, por meio de declarações do presidente Jair Bolsonaro, do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do líder da bancada governista na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), tem condicionado a prorrogação da desoneração da folha de pagamento ao estabelecimento de um novo instrumento arrecadatório. Um imposto sobre transações digitais é a mais recente ideia.

A criação do imposto viria na segunda parte da reforma tributária proposta pelo governo. A primeira parte foi apresentada em julho, por meio do projeto de lei 3887/2020, que se resume a criar a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), substituindo o PIS/Cofins.

Esse imposto sobre transações digitais teria uma alíquota de 0,2% sobre operações de débitos e créditos. A proposta tem repercutido mal por duas razões centrais: a primeira, porque, ao contrário do que vem prometendo o próprio governo, trata-se do estabelecimento de mais um tributo; a segunda, por se tratar de imposto que incide sobre o consumo.


CRÍTICAS

Uma das maiores críticas ao sistema tributário brasileiro é, além da sobreposição de taxações, a excessiva carga tributária sobre o consumo e sobre o setor produtivo. Na avaliação do consultor Lucas Ribeiro, sócio-diretor da ROIT, accountech de Curitiba, o que o Brasil precisa é de uma reforma tributária que corrija de vez essas distorções, em vez de atenuá-las ou, pior, mantê-las.

O consultor questiona, ainda, a metodologia adotada pelo governo de apresentar a reforma tributária de maneira “fatiada”. “O sistema tributário atual é insustentável. Mas o que precisamos é de uma proposta abrangente, consistente, em vez de modificações pontuais e compensatórias”, argumenta Lucas Ribeiro, lembrando que há propostas de emendas constitucionais (PECs) tramitando no Congresso Nacional que precisam ser inseridas nos debates.

“Há duas em tramitação desde o ano passado, a PEC 45/2019 e a PEC 110/2019; e uma terceira, apresentada neste ano, a PEC 7/2020. A PEC 110/2019, por exemplo, é fruto de anos de debates com vários setores; implanta modificações profundas, com período de transição do atual para o novo modelo que traz segurança jurídica e econômica às empresas”, compara.


INSEGURANÇA

Lucas Ribeiro vê na indefinição sobre a desoneração da folha de pagamento mais um fator que contribui para a insegurança das empresas. Justo neste período do ano em que as organizações consolidam planejamentos para o exercício seguinte, elas estão impossibilitadas de realizar planificações financeiras e tributárias por conta dessa incerteza.

A prorrogação da desoneração da folha de pagamento tinha sido vetada pelo presidente Jair Bolsonaro. No último dia 30 de setembro, ocorreria uma sessão do Congresso Nacional para avaliar esse e outros 27 vetos, sobre assuntos diversos. Inesperadamente, a sessão foi cancelada, sem que tenha sido remarcada, reforçando indícios de que a matéria só será apreciada quando o governo apresentar projeto de criação de compensação arrecadatória.


REPERCUSSÃO POLÍTICA

O cancelamento, sem previsão de nova data, estabelece um “vácuo que provoca insegurança jurídica”, assinalou o senador Álvaro Dias (Podemos-PR), em entrevista à Agência Senado. “A questão da desoneração da folha é fundamental, uma vez que são seis milhões de interessados. Empresas estarão comprometidas na geração de emprego”, assevera.

Outro que se manifestou contrário à indefinição, defendendo a prorrogação da desoneração da folha, foi o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). “Ela é fundamental para preservar os empregos no Brasil. São inúmeros setores que demitirão [caso a desoneração não seja estendida]”, pontua.

Em linhas gerais, de acordo com a Receita Federal, a desoneração da folha de pagamentos consiste na substituição da Contribuição Previdenciária Patronal (CPP) de 20% que incide sobre a folha de pagamento dos empregados (ou sócios e autônomos) por uma contribuição sobre a receita bruta da empresa.

 

Dia do Consumo Consciente: saiba como mudanças simples fazem a diferença na forma de consumir

 Os famosos conselhos e macetes caseiros "da vovó" nunca foram tão necessários


Sustentabilidade é um tema que está na moda, mas deve ser mais do que isso. O assunto deve fazer parte da rotina e da vida de todos. Por isso, em 15 de outubro, em que se comemora o Dia do Consumo Consciente, que tal repensar algumas de suas atitudes?

O consumo desenfreado e a busca incansável por novos produtos (comprados, muitas vezes antes mesmo até de chegar às prateleiras) são atitudes que precisam ser repensadas, e com urgência. Consumir de forma inteligente faz bem para o bolso e para o planeta - e seus filhos, sobrinhos, enteados... agradecem.

Quer um exemplo do quanto estamos no ‘modo automático’ do consumo?

Os dentistas recomendam a troca da escova de dentes a cada três meses. Ou seja, são pelo menos quatro unidades por ano. Se pensarmos que a criança começa a usar a escova tradicional a partir de um ano, ao completar seu 50º aniversário, essa pessoa já utilizou 196 escovas de dente.

Todo o plástico acumulado dessas escovas demora aproximadamente 450 anos para se decompor e mesmo assim, se transforma em um microplástico - um dos principais poluentes dos oceanos. É um lixo que pode e deve ser evitado.

Mas, o que fazer nesse caso, já que precisamos escovar os dentes e trocar as escovas regularmente? A resposta é simples: escolha um produto que tem um ciclo completo de vida, como a escova de bambu da Mapeei.


O ciclo da vida



Essa escova é feita de bambu, ou seja, é 100% biodegradável. Suas cerdas são de nylon e possuem bom valor de reciclagem quando acumuladas, enquanto o cabo pode ser compostado ou usado como tag nas plantas em jardins e hortas.

É um ciclo completo de vida: a escova "nasce" ao ser fabricada, vive ao ser utilizada e, ao morrer, em vez de ir para o lixo, pode voltar para a terra (diretamente ou na composteira) e, ainda, renascer em outro formato.

A escova de bambu reduz o impacto ambiental, principalmente por diminuir a produção da matéria prima do plástico, proveniente da extração de petróleo.

Adote um novo hábito: esse tipo de escolha inteligente ao fazer uma compra, optando por um produto que tem um ciclo completo de vida, começa com apenas um item, como a escova de dentes. E a ideia é que se torne um hábito, para ser levado para a vida mesmo.

Da época da vovó



Se pararmos para pensar, o consumo consciente não é (ou não deveria ser) uma modinha. Ele existe desde os tempos das nossas avós e bisavós. Elas eram as rainhas das escolhas corretas. Sempre optavam por reaproveitar algo que não servia mais para seu propósito original, e usavam o item até ficar... inutilizável de verdade.

Quer alguns exemplos?

Os famosos jogos de porcelana das vovós, com xícaras, pires, bules e pratos. Se uma peça quebrava, já virava um vaso ou pratinho para plantas. Quebrou novamente? Os pedaços podem virar parte de um artesanato!

Uma panela, ao perder o cabo, vira assadeira, balde para ajudar na limpeza de casa, bacia para a lavanderia. Se furasse, seria perfeito para abrigar a mais nova mudinha de planta da família.

Uma calça rasgada pode ganhar um remendo ou virar uma bermuda. A bermuda, por sua vez, se transforma em um short ou em paninhos de limpeza. Tudo ganha uma nova oportunidade, uma nova chance de (re)viver e ser reutilizado!

Pensando nisso, hoje a Mapeei - uma vida sem plástico, te convida a repensar seu consumo. Antes de comprar, se pergunte: você realmente precisa desse novo produto, só porque é um lançamento, ou porque é bonito, ou ainda por que está em um ótimo preço?

Se a resposta for não, a escolha certa é evitar a compra, que muitas vezes é até feita por impulso. Você já está, inclusive, economizando uma graninha. Se a resposta for sim¸ e você realmente precisar desse produto, escolha de forma correta e consciente.

Procure por produtos sustentáveis, que possam ser reutilizados, reciclados, ganhar nova vida, novos usos, em um ciclo completo de vida.

Um dos produtos que mais se destacam na vida de quem está entrando no mundo da sustentabilidade é uma ecobag, por ser uma escolha prática, de baixo custo e fácil de incorporar ao dia a dia, até se tornar um hábito. Conheça a sugestão:


Ecobag dupla Mapeei 1VSP


Essa sacola retornável é confeccionada para substituir o uso de sacolas plásticas em feiras, supermercados, sacolões etc. Ela tem costura reforçada, ideal para as compras, além de uma divisória que facilita muito para separar os alimentos sensíveis, carregar garrafas de azeite ou do seu vinho preferido. É muita praticidade! Feita 100% de algodão, para a limpeza, basta lavar, utilizar sabão neutro e deixar secar. Produto biodegradável, compostável e com durabilidade indefinida, de acordo com a sua utilização.

Link para compra: http://www.umavidasemplastico.com.br/products/ecobag-dupla-listras-cru-mapeei

Quais são os reais impactos da nova nota de 200 reais anunciada pelo BC?

 Freepik

Muita gente deve estar se perguntando qual o motivo para a criação de uma nova cédula de 200 reais, ainda mais neste momento. Anunciada no final de julho, muitos questionamentos e inseguranças surgiram, afinal, realmente existe essa necessidade de uma nova cédula?

A crise fez com que o valor em circulação e notas emitidas disparasse. Para que se tenha uma ideia, a atual quantia é de R$342 bilhões, sendo que a média histórica até então, era de R$300 bilhões. E devido a este comportamento, a autoridade monetária ficou em alerta pela possível falta de dinheiro em circulação, caso seja um comportamento contínuo, e com a nova cédula, será possível carregar um maior valor com menor emissão de papel.

Mas para a população mais madura que já vivenciou situações parecidas em outras décadas, a notícia causou um grande susto, isso porque remete a um passado já vivido de notas de valores altos como as cédulas de Cruzeiro e Cruzado, porque dá a entender que podemos viver novamente em um cenário de maior desvalorização no real.

Entesouramento e Auxílio Emergencial

De acordo com o Banco Central, uma das razões para a decisão é porque a pandemia impulsionou uma demanda maior por papel-moeda no Brasil. Com a população preocupada em fazer uma reserva em casa para garantir a segurança de sua renda, esse “entesouramento” gerou uma quantidade de saques acima do que se podia mensurar. Esse tipo de comportamento é gerado pelo pensamento de que ter o dinheiro na mão é uma certeza de que ele não será tomado pelo banco.

Além disso, também foi alegado que o pagamento em espécie de R$600 aos beneficiários do auxílio emergencial alterou a forma do brasileiro lidar com a moeda, utilizando mais papel e menos as transações virtuais. Mas vale saber também que o entesouramento não é novidade da pandemia, segundo  o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até o final de 2019, o Brasil tinha uma média de 45 milhões de pessoas que não movimentam a conta bancária há mais de seis meses ou que optaram por não ter conta em banco.

Com o começo de sua produção durante o mês de agosto, é estimado que ao longo do ano já estejam circulando cerca de 450 milhões de unidades da nova cédula. Mas alguns economistas defendem que o ideal era fazer um teste de circulação para avaliar a demanda e a popularidade que elas podem ter, pois para que a nova nota circule, haverá uma redução na produção das cédulas de R$2, R$5, R$10 e R$20 para minimizar os impactos no orçamento, segundo o Banco Central em matéria feita pelo site O Antagonista.

Troco para R$200 e favorecimento da corrupção  

Outro fator que preocupa é a dificuldade para troco. Se atualmente conseguir troco para uma nota de R$100 já é uma tarefa difícil, imagine só, para uma nota de R$200? Apesar de facilitar a distribuição logística, já que menos cédulas precisarão ser carregadas, por outro lado, dificultará o troco para transações de baixo valor. Um exemplo: quem recebe o auxílio emergencial, ao invés de sacar 6 notas de R$ 100, o saque poderá ser de 3 notas de R$ 200, mas ao fazerem transações de valor baixo, precisará de um grande volume de notas menores para receber o troco.

Atualmente, com a escassez de moedas em circulação, o troco já é muito dificultoso, embora uma pesquisa de 2018 do Banco Central, mostre que 60% das pessoas ainda utilizam o dinheiro em espécie como forma de pagamento de maior frequência.

De outro lado, temos um outro grande problema no Brasil: a corrupção. A emissão de cédulas de maior valor pode impactar negativamente o combate a esse mal por necessitar um volume menor de dinheiro em espécie e assim facilitar a ocultação de recursos.

E para finalizar, no que diz respeito à economia, a maioria dos economistas e especialistas da área financeira dizem que a relação da nota de R$200 não deve gerar impacto expressivo na base monetária e nos investimentos, e alguns afirmam, inclusive, que a medida pode ser um tanto quanto precipitada.

 



Dora Ramos - consultora contábil com mais de 30 anos de experiência. Empreendedora desde os 21 anos, é CEO da Fharos Contabilidade e Gestão Empresarial.

 

Planos de saúde avaliam a incorporação de medicamentos para o tratamento de doenças graves e sociedade pode opinar


A população e os profissionais de saúde têm 45 dias para se manifestar pela cobertura de diversos tratamentos que melhoram e prolongam a vida dos pacientes

 

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), agência reguladora do mercado de planos privados de saúde, iniciou em 08 de outubro a etapa de consulta pública para atualizar a cobertura mínima obrigatória que os planos de saúde devem oferecer aos seus beneficiários, chamada Rol da ANS. A atualização é feita apenas a cada 2 anos e a previsão de vigência da nova lista de cobertura, que contemplará os tratamentos recomendados positivamente a partir da consulta pública, é março de 2021.

A incorporação de medicamentos para o tratamento de diversas doenças será avaliada. Entre elas, há terapias para doenças graves como enxaqueca (ou migrânea), urticária crônica espontânea (UCE), asma alérgica e psoríase. A lista segue com tratamentos para diversos cânceres e doenças hematológicas, como câncer de mama metastático, câncer de pele melanoma, leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC) e policitemia vera (PV). São doenças graves, que, com a inclusão de medicamentos mais inovadores para essas enfermidades pelos planos de saúde, os pacientes terão acesso a medicamentos que promovem maior qualidade na vida de milhares de pacientes.

“Honrando o nosso compromisso em buscar constantemente soluções para apoiar os pacientes em todas as esferas, a Novartis está trabalhando para que a incorporação dos medicamentos mais modernos para diversas doenças se torne uma realidade”, afirma Renato Carvalho, Presidente da Novartis no Brasil. “Por serem doenças graves e que exigem um senso de urgência para seus tratamentos, a necessidade de acesso ao tratamento mais eficaz para cada caso é essencial”, complementa.

Hoje, os planos de saúde não custeiam alguns medicamentos indicados para o tratamento dessas doenças. Isso faz com que muitos beneficiários acabem precisando optar por outro tipo de terapia, por vezes menos eficaz, ou que arquem com os custos do próprio bolso. Para mudar esse cenário e permitir o acesso às terapias mais modernas, toda sociedade pode contribuir com a consulta pública nº 81.

“Melhorar os recursos terapêuticos para essas doenças está nas mãos de todos e, em especial, dos profissionais de saúde, pois suas contribuições têm um grande peso para a ANS. Apesar de muitos não conhecerem, as consultas públicas são uma importante ferramenta para ampliar o acesso de tratamentos”, afirma Dr. André Abrahão, Diretor Médico da Novartis Oncologia.

Para o Dr. Abrahão, a inclusão desses medicamentos fará uma enorme diferença para milhares de pessoas. “Vale lembrar que os medicamentos em questão são administrados via oral e, especialmente durante a pandemia, poder tomar seus medicamentos em casa, traz muito mais segurança e conforto aos pacientes”, reforça.

As consultas públicas têm como objetivo promover a participação da sociedade nos processos de tomada de decisões do governo sobre políticas públicas de saúde. Esta consulta está aberta até 21 de novembro de 2020. Para o envio de contribuições, é necessário acessar o site http://www.ans.gov.br/participacao-da-sociedade/consultas-e-participacoes-publicas – e seguir as instruções.


Como participar da consulta pública do rol de atualização da ANS:

1.   A consulta pública começou em 08 de outubro. Esta consulta, em particular, terá duração de 45 dias. Qualquer pessoa pode participar.

2.   A votação estará disponível no portal http://www.ans.gov.br/participacao-da-sociedade/consultas-e-participacoes-publicas.

3.   O recebimento das contribuições ocorrerá no período de 08 de outubro a 21 de novembro, exclusivamente por meio desta plataforma.

4.   Os interessados em participar devem preencher o formulário eletrônico com suas recomendações sobre as propostas de inclusão no portal da ANS.


 

Novartis

https://www.novartis.com


Brechó de luxo cresce 30% e aposta no consumo consciente pós-pandemia


@cansei_vendi vai na contramão da retração do mercado mundial de luxo e investe em produtos sustentáveis para complementar acervo de seminovos de grife


O consumo consciente ganhou força durante a pandemia; é uma consequência positiva e que vai permanecer no "novo normal". Inserido na tendência de economia circular, o brechó de luxo @cansei_vendi ( www.canseivendi.com.br) registrou um crescimento de 30% de abril a julho em comparação ao mesmo período do ano passado e expande o acervo de seminovos com a criação da seção New But Sustainable, que traz produtos sustentáveis novos para complementar o portfólio.

"Essa temporada de isolamento consolidou a mudança de mindset das pessoas. O cliente não quer apenas uma bolsa bacana, quer aquela que também está atrelada a uma prática consciente e à redução do impacto ao meio-ambiente. É um pensamento que veio pra ficar", afirma Leilane Sabatini, CEO da empresa. Recente pesquisa do Instituto Locomotiva comprova a análise, ao mostrar que 42% dos entrevistados confirmaram uma maior preocupação com as marcas em si.

Enquanto as vendas globais do mercado de luxo tiveram uma queda estimada de 25% no primeiro trimestre e devem somar um encolhimento entre 20% e 35% em 2020 - segundo a consultoria Bain & Company -, o @cansei_vendi registrou um aumento expressivo nas transações e atingiu recorde de faturamento mensal em agosto. "As pessoas não estão viajando, por conta das restrições para conter o coronavírus, e a alta do dólar tornou os importados inviáveis", analisa Leilane.

Para compensar o prejuízo durante a crise, grifes como Chanel e Louis Vuitton aumentaram os preços mundialmente. E o reflexo foi sentido na plataforma brasileira, em que as bolsas lideraram as saídas nos últimos meses - especialmente as dessas duas marcas -, seguidas por relógios e joias.


Brechó de luxo aposta em sustentabilidade e consumo consciente pós-pandemia 


Mais exigente, o consumidor mudou os hábitos de compras e leva em conta fatores ambientais e sociais em suas escolhas. O New But Sustainable contempla peças de moda sustentável e produtos naturais e artesanais. "Somos pioneiros em fomentar a moda circular. Estávamos focados em seminovos de alta-costura, por conta da qualidade e durabilidade, e decidimos ampliar para abranger o conceito como um todo", conta Leilane, que criou o @cansei_vendi em 2013.

Enquanto os itens do segmento second hand passam por minuciosa curadoria e controle de autenticidade - tanto da equipe interna quanto da empresa americana Real Authentication, que é especializada em artigos de luxo - para evitar falsificações, a nova categoria tem marcas locais também selecionadas a dedo, para garantir que a origem das matérias-primas e os processos de fabricação sejam coerentes com a proposta eco-friendly.

O marketplace tem mais de quatro mil peças seminovas de mais de 120 grifes, distribuídas nas seções de vestiário feminino, masculino, infantil e home & decor, com valores até 80% menores aos das lojas. "A moda é cíclica, os produtos invariavelmente voltam a ficar em alta. E o futuro do consumo é a economia circular. É um caminho sem volta, uma consequência positiva desse momento em que passamos", diz Leilane.

 


@cansei_vendi
www.canseivendi.com.br

 

Pesquisa de taxa de juros do Procon-SP

Levantamento constata que, em outubro as taxas não tiveram alteração


Pesquisa de taxa de juros realizada pelo Núcleo de Inteligência e Pesquisas da Escola de Proteção e Defesa do Consumidor do Procon-SP, constatou que, em outubro, a taxa média do empréstimo pessoal e a do cheque especial se mantiveram iguais a setembro.

O levantamento, realizado em 5 de outubro, envolveu os seguintes bancos: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú, Safra e Santander.

Empréstimo Pessoal: a taxa média dos bancos pesquisados foi de 6,08% a.m., igual à do mês anterior.

Cheque Especial: a taxa média dos bancos pesquisados foi de 7,91% a.m., igual à do mês anterior.

Nenhuma instituição alterou as taxas de empréstimo pessoal e de cheque especial.

Importante ressaltar que, o Banco Central do Brasil, por meio da Resolução nº 4.765, de 27 de novembro de 2019, limitou a cobrança da taxa de juros do cheque especial para pessoa física em 8% (oito por cento) ao mês. A Resolução passou a vigorar em 06 de janeiro de 2020.

Apesar das taxas não terem apresentado alteração neste mês, os especialistas do Procon-SP recomendam que é essencial o consumidor entender a sua realidade financeira para planejar seu orçamento e verificar se realmente há necessidade de contratar empréstimos. Caso não seja possível escapar da contratação, é importante avaliar as várias modalidades de crédito, considerando a possibilidade de contratar no menor prazo, pois os juros tendem a ser menores



Procon-SP

Quais são os principais crimes eleitorais?

Começou a campanha eleitoral! Pelo menos por um período, acredito eu, diminuirão outros tipos de notícias. Agora só campanha e informações sobre candidatos e suas propostas para nossos Municípios.

Os candidatos devem prestar a atenção em determinadas condutas proibidas pela lei eleitoral, sob pena de cometer um crime cuja consequência pode chegar até a perda do mandato, se eleito.

O principal fiscalizador das eleições é o cidadão eleitor, pois esta é por muitas vezes o alvo das condutas delitivas. Assim, torna-se importante conhecer quais são os principais crimes previstos.


1) Compra de Votos

Consiste no oferecimento de dinheiro, bens, promessas, cargos, em troca de um voto. Esta previsto no Art. 41a da Lei 9504/97, transcrito abaixo. Podem ser punidos o aliciador, o candidato e o eleitor.

Art. 41-A. Ressalvado o disposto no art. 26 e seus incisos, constitui captação de sufrágio, vedada por esta Lei, o candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição, inclusive, sob pena de multa de mil a cinqüenta mil Ufir, e cassação do registro ou do diploma, observado o procedimento previsto no art. 22 da Lei Complementar no 64, de 18 de maio de 1990.


2) Boca de Urna

O dia da eleição é um momento sagrado para a nação, no qual são escolhidos os representantes do povo para administrar nosso país. O eleitor deve ter livre acesso ao local de eleição, sem importunação, nem incômodos.


3) Derrame e Chuva de Santinhos

Outra conduta vedada pela lei eleitoral é a derrama ou chuva de santinhos. Agir assim, polue e perturba os eleitores, além de deixar o custo da limpeza para a cidade.


4) Uso da Máquina Pública

Os candidatos que se utilizam da administração pública, seja ela qual for, desde repartições até empresas, cometem crime eleitoral.


5) Inscrição Fraudulenta

Crime cometido pelo eleitor. Configura-se quando é constatada a inscrição em dois Municípios.


6) Fraude do Voto

O eleitor que tentar votar duas vezes comete a fraude no voto, cuja pena pode chegar a três anos de reclusão.


7) Coação ou Ameaça

Caso um candidato ameace o eleitor para conseguir seus voto, incorre na conduta de ameaça, punível com reclusão.

De forma muito sintética e resumida, enumerei  os principais crimes eleitorais, para que nós, cidadãos votantes, denunciemos as condutas criminosa cometidas durante um momento tão importante para nossa nação.

 


Dr. Marcelo Campelo - Advogado especialista em direito criminal

www.marcelocampelo.adv.br

Rua. Francisco Rocha, 62, Cj 1903, Batel, Curitiba.


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