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segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Justiça e sociedade unem forças para proteger as crianças


No mês em que se comemora o Dia das Crianças (12/10), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) inaugurou os trabalhos do Observatório dos Direitos Humanos do Poder Judiciário. O objetivo é aproximar o Judiciário da sociedade, para poder propor ações de combate às violações de direitos humanos contra minorias e vulneráveis, entre elas, as crianças.

 

Assassinato, violência sexual, física, moral, abandono e evasão escolar atingem meninos e meninas, em todo o país, especialmente nos últimos meses, em razão da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Pesquisa do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, aponta que 56% das violações de direitos de crianças e adolescentes ocorreram, em 2019, na casa da vítima. Em quase 70% desses registros, foram relatadas violações diárias.

 

Esse ano, o número de registros foi menor. Mas, acreditam os especialistas, o motivo não está na redução da violência, mas na falta da presença dos professores e colegas. “Temos crianças vivendo em situações de muita vulnerabilidade, em casas de apenas um cômodo, convivendo com adultos agressores. E, dentro de casa, eles estão ainda mais suscetíveis. São muitos desafios simultaneamente”, afirma Cláudia Costin, diretora do Centro de Políticas Públicas em Educação da Fundação Getúlio Vargas, e uma das especialistas convidadas a participar do Observatório.

 

Abandono escolar

 

Na casa da baiana Mariene Costa da Silva, moradora de um bairro rural na cidade de Santo Antônio do Descoberto (GO), a 42 km de Brasília, ela e os dois filhos dividem a casa, de dois cômodos, com o avô e um tio. A mãe empresta seu telefone à caçula, de 9 anos, para que acompanhe as aulas virtuais que a rede pública do DF tem disponibilizado.

 

Não tem sido fácil para a menina acompanhar o ritmo. “Quando estou em casa, ela pode estudar por meio do meu celular. Mas quando saio pra trabalhar, levo ele comigo e ela fica sem aula”, conta Mariene, que não pode deixar de trabalhar presencialmente, pois é diarista.

 

Sem trabalhar, não há quem bote comida na mesa. O filho, de 17 anos, reclama da má qualidade do celular, da Internet sempre oscilante e do barulho que os parentes fazem. Assim como muitos adolescentes, Thiago luta com a falta de concentração e com as difíceis condições materiais para estudar on-line.

 

“Eu fico triste por eles, mas não consigo ajudar. Tentei ensinar, mas não consigo. Tenho pouco estudo. Meu medo é eles quererem largar os estudos, que nem eu fiz”, preocupa-se a mãe, revelando um medo bem real para os padrões brasileiros. Pesquisa recente feita pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) em parceria com a Conselho Nacional de Juventude revelou que jovens de 15 a 29 anos cogitam não continuar os estudos quando a pandemia da Covid-19 acabar.

 

Na primeira reunião do Observatório de Direitos Humanos, realizada na última terça-feira (6/10), o presidente do CNJ, ministro Luiz Fux, abordou a relação da pobreza e da desigualdade de renda como fatores responsáveis pelas elevadas taxas de abandono e atraso escolar entre os jovens de 15 a 17 anos.

 

Fux citou pesquisa do IBGE, com dados de 2018 sobre o índice de abandono à escola. Enquanto 12% dos jovens pobres de 15 a 17 anos não concluíram o ensino médio, entre os jovens mais ricos esse percentual era de apenas 1,4%. “Apesar dos significativos avanços, os indicadores mostram que há ainda muito por fazer para que os direitos preconizados no Estatuto da Criança e do Adolescente sejam uma realidade para todas as crianças e adolescentes.”

 

Para Cláudia Costin, que também participou da reunião on-line, o abandono escolar pode ser uma das piores consequências da pandemia. “Não concluir o ensino médio é reduzir a chance de um bom emprego. É um preço muito alto a se pagar”, afirma a educadora. Ela cita um outro ponto fundamental da ida dos estudantes à escola: o acesso à rede de proteção social que os colégios públicos ativam, quando necessário. “Bons educadores reconhecem quando uma criança está em sofrimento. E, quando eles deixam a escola, ficam mais vulneráveis às violências externas.”

 

Trabalho Infantil

 

A especialista acredita no poder de ressonância do Observatório, ao repercutir casos e ajudar a propor saídas. “A sociedade precisa sair da apatia. É nosso dever criar, gerir, acompanhar a aplicação de políticas públicas sérias e urgentes, para que o impacto da pandemia não comprometa o futuro desses jovens e de todo o país. O combate à erradicação do trabalho infantil, por exemplo, é um dos pontos fundamentais desse trabalho. Dados oficiais revelam que há quase um milhão de crianças em condições de trabalho infantil.”

 

A erradicação do trabalho infantil é um compromisso assinado voluntariamente pelo governo brasileiro com as Nações Unidas e tem prazo para terminar: 2025. Esse também é um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU.

 

O Observatório é um órgão consultivo, que conta com lideranças da sociedade civil e magistrados, com experiência na área de combate às violações de direitos. Ele promove a articulação do Poder Judiciário com instituições nacionais e internacionais que atuem na defesa dos direitos humanos, estabelecendo parcerias para intercâmbio de informações, experiências e projetos. Essa cooperação busca gerar propostas de medidas concretas para o aprimoramento da ação do Poder Judiciário.

 

Regina Bandeira

Agência CNJ de Notícias

Ferramentas do processo de mentoring permitem alavancar a carreira de forma eficaz

É preciso reconhecer que o coaching é um programa muito conhecido e difundido no meio empresarial, pois visa o desenvolvimento da capacidade e da habilidade do coachee. Mas o coach não precisa necessariamente conhecer a área do cliente. Já o Mentoring, apresenta ferramentas e soluções mais completas. Por atuar na mesma área do mentee, esse profissional é mais experiente e qualificado, portanto possui mais condições de auxiliar o mentorado a obter melhores resultados, seja na carreira ou em algum projeto que envolva retorno financeiro.

De forma generalizada, o Mentoring Profissional tem o objetivo de estimular o desenvolvimento e o aprendizado com foco na carreira, como uma espécie de tutoria que prepara o profissional para crescer na sua área de atuação ou na empresa, e dominar conhecimento e valor de conteúdo, com o propósito de levá-lo a identificar seus objetivos.

Isso tudo se dá a partir de uma estratégia ágil, eficiente, assertiva e inteligente que conduz o mentee a conquistar suas metas, evidenciando e estimulando as competências dele.  É, sobretudo, um processo em que o mentor se coloca à disposição para encontrar soluções em parceria o mentorado, que por sua vez, necessita descobrir e aprender novidades.

Uma ótima mentoria é aquela em que o mentor está de olho nas inovações e conhece a fundo o mercado e o modelo de negócio em que atua. Mas para que o processo de certo, é preciso que ele se coloque no lugar do mentorado, tenha empatia pelo seu aluno e o estimule a questionar e buscar soluções.

Quando há uma relação de apoio e suporte social bem-aplicados, o mentoring dá visibilidade ao mentorado, logo é correto afirmar que a mentoria é uma poderosa ferramenta de crescimento individual e organizacional. Mas vale lembrar, tudo se trata de orientações e não conselhos.

Os motivos que levam um profissional a buscar a mentoria podem variar. No entanto, normalmente é relacionado a aumentar as chances de entrar no mercado, ou mesmo quando ocorre uma insatisfação com a atual carreira, vontade de mudar de área,  transição de cargos, posições de lideranças à vista, iminência de grandes projetos, desejo de desenvolver habilidades ou até mesmo como expandir uma empresa em nível internacional.


Mentoring também é uma opção de carreira

Qualquer pessoa, desde que tenha experiência e qualificação para desenvolver e conduzir metodologias e técnicas de mentoria, pode apostar nessa carreira.  Mas caso tenha apenas domínio de algumas dessas habilidades, prepare-se para fracassar. Para que isso seja evitado, é necessário que o mentor seja um profissional que saiba desenvolver o potencial do cliente, descobrir as habilidades que precisam ser trabalhadas, mapear e transformar limitadores

E isso tudo envolve reuniões, metas, acompanhamentos, metodologias e avaliações com seriedade, comprometimento e dedicação.

Mesmo que o Mentor seja de qualquer área de formação e atuação ou especializado em um nicho, ele precisa sempre buscar formação, para aprimorar seus conhecimentos, especialização (participações em cursos de desenvolvimento pessoal em sua área de formação), participar de eventos e, sobretudo, ter método. Sem isso, é quase impossível atingir os objetivos do mentorado.

Existe um recurso no Linkedin que atua como uma espécie de Mentoria, conhecido como “Aconselhamento Profissional”. A plataforma conecta pessoa a profissionais experientes que estejam em cargos nos quais ela queira se especializar ou estabelecer contato na respectiva área de atuação dela. 

Logo, é possível afirmar que o aprendizado e o desenvolvimento do Mentee ocorrem por meio de vários estímulos, até mesmo através de redes sociais e conteúdos simples.

 


Claudio Brito - mentor de mentores e CEO Global Mentoring Group,  um grupo internacional focado na alta performance de mentores, baseado nos Estados Unidos. Especializado em Marketing Digital pela Fecap-SP e em Dinâmica dos Grupos pela SBDG, tem 21 anos de experiência e treinou com mestres como Alexander Osterwalder, Steve Blank e Eric Ries. Além disso, é frequentador assíduo de treinamentos de alto impacto em Babson, Harvard e MIT – Massachusetts Institute of Technology. Para saber mais, acesse https://globalmentoringgroup.com/ ou pelo @ claudiombrito ou @globalmentoringgroup


UM SULCO ABERTO NA ROCHA

O Parlamento Europeu aprovou, no dia 7 de outubro, uma emenda opondo-se à ratificação do acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul. Votava-se na ocasião um relatório sobre a política comercial comum entre os dois blocos relativamente ao ano de 2018. A votação abriu uma janela para o plenário fazer coro ao desejo dos produtores rurais europeus que jamais concordaram com a presença de produtos da nossa região no mercado que querem ter cativo para si.


Essa é uma história antiga, que vai contra a conveniência dos consumidores e dos governos europeus, interessados respectivamente em gastar menos com alimentos e com subsídios. De onde surge essa mobilização, estribada em alegadas razões ambientais, contra o acordo comercial com o Mercosul? Quem é brasileiro sabe que apenas nos últimos dois anos “queimadas” e “desmatamento” no Brasil passaram a arrancar rugidos de indignação nos países do Atlântico Norte.

É inequívoco que esse escarcéu faz parte dos objetivos buscados pela operação de desgaste desencadeada após a vitória eleitoral de Bolsonaro na eleição presidencial de 2018. A nação tem acompanhado o sistemático ataque da mídia militante local contra o novo governo e tem observado a aparentemente bem intencionada defesa que essa mídia faz do meio ambiente. E percebe o quanto ela serve à formação de um ruidoso consenso mundial sobre ser, o Brasil, um grande e fumacento fogão a espantar girafas e coelhos.

O viés político e ideológico dessa histeria se esclarece perante fatos que a história e a memória registram: nem queimadas nem desmatamentos são novidades aqui ou alhures.  Nunca antes foram transformados em arma política contra os governos anteriores e, menos ainda, serviram para instigar reações de nossos parceiros comerciais. Jamais antes algum brasileiro foi tão impatriota quanto Paulo Coelho para pedir boicote europeu aos produtos brasileiros. Os primeiros passos nessa direção foram dados já no processo de impeachment de Dilma Rousseff com as persistentes coletivas aos parceiros da mídia militante do exterior e apelos a folclóricos tribunais internacionais. Na etapa seguinte, estudantes nossos no exterior passaram a engrossar as manifestações contra seu próprio país e líderes políticos brasileiros a insuflar lá a animosidade internacional contra o governo daqui, pondo foco na questão ambiental e, a despeito de sua chocante docilidade,  numa suposta tirania do novo governo brasileiro.

São duas atitudes diferentes, antagônicas. De um lado estão aqueles que querem do governo ações repressivas e preventivas contra crimes ambientais, como a operação Verde Brasil 2 que o Exército empreende na Amazônia. De outro, aqueles que sequer as mencionam, ou pior, tratam de questioná-las junto ao sempre disponível STF.  A democracia exige atuação oposicionista, mas não creio que o bem do povo brasileiro possa ser sequestrado como parte desse jogo.

 


Percival Puggina (75), membro da Academia Rio-Grandense de Letras e Cidadão de Porto Alegre, é arquiteto, empresário, escritor e titular do site Conservadores e Liberais (Puggina.org); colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil pelos maus brasileiros.Membro da ADCE. Integrante do grupo Pensar+.


Conheça os carros e motos mais roubados em 2020

Dados fornecidos pela empresa dr. localiza são referentes ao primeiro semestre em São Paulo


Para quem acha que a pandemia mudou o apetite dos criminosos para o roubo, está muito enganado até junho deste ano, mais de 16 mil veículos foram roubados no estado de São Paulo, segundo a Secretaria de Segurança Pública. 

Para entender e traçar um perfil do que a criminalidade procura, falamos com uma especialista em rastreamento e recuperação veicular. 

Com uma base dessas e mais de 36 mil clientes ativos, o dr.localiza fez um levantamento dos veículos mais roubados no primeiro semestre de 2020. 

Confira o ranking por categoria.


Motocicletas

1º lugar: Honda CG 160

2º lugar: Honda XRE 300/ 300 ABS/Flex
3º lugar: Honda CB Twister/Flexone 250CC
4º lugar: Honda CG 150 FAN ESDI/Flex
5º lugar: Honda CB 300R/ 300R Flex

 

Carros

1º lugar: GM Chevrolet Onix
2º lugar:
Fiat Uno Mille
3º lugar:
Hyundai - HB20
4º lugar:
Volkswagen Gol (modelo novo)

5º lugar: Volkswagen Vogaye

 

Utilitários

1º lugar: Fiat Fiorino Furgão
2º lugar:
Fiat Ducato
3º lugar: Ford Ecosport
4º lugar:
Fiat Toro Freedom

5º lugar: Renault Master Furgão

 


dr.localiza

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Ministério da Saúde investe em carteira de vacinação digital e na identificação por CPF

Melhorias no aplicativo Conecte SUS Cidadão vão permitir que a pasta monitore as doses da vacina contra o coronavírus e garanta maior segurança à população imunizada

 

Para garantir a segurança da população, a agilidade no atendimento e a eficiência dos serviços prestados durante a campanha de vacinação contra a Covid-19, o Ministério da Saúde está investindo na modernização do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI). Em coletiva de imprensa realizada na última quinta-feira (8), o diretor do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), Jacson Venâncio de Barros, anunciou duas frentes de atuação da pasta: a identificação por meio do CPF do cidadão e do registro na carteira de vacinação digital.

“É importante que todos contribuam com essas informações. Hoje, nós temos uma, duas, três vacinas possíveis a serem aplicadas. E quando tiver três, quatro ou 10? Se nós não tivermos o controle, o paciente pode tomar a vacina de uma dose tipo A e nós temos que evitar que ele tome uma segunda dose da vacina B”, explicou Jacson.

Cada dose será identificada na carteira digital de vacinação do paciente, o que vai gerar mais controle, evitando que uma mesma pessoa tome vacinas de laboratórios diferentes. Além disso, o sistema permitirá o monitoramento caso a caso de reações adversas na população.

A estratégia contará com o suporte dos estabelecimentos de saúde informatizados, onde os profissionais de saúde identificarão o cidadão por meio do CPF ou do Cartão Nacional de Saúde (CNS). Caso o paciente ainda não esteja cadastrado nas bases do Ministério da Saúde (MS), o profissional poderá registrá-lo no momento do atendimento.


Carteira Nacional Digital de Vacinação – Além de conectar sistemas de notificação e rastrear diversas plataformas tecnológicas, a modernização do SI-PNI vai contribuir para aprimorar o sistema de saúde pública. Uma das novas funcionalidades do Conecte SUS Cidadão é a Carteira Nacional Digital de Vacinação.

“O registro identificado permitirá a tão sonhada Carteira Nacional Digital de Vacinação”, ressalta Jacson Barros.

O DATASUS atua na criação de um certificado de vacinação em formato PDF e com QRCode de validação para manter a garantia de segurança do documento emitido. O cidadão poderá acessar a carteira de vacinação por meio do aplicativo do Conecte SUS ou de qualquer computador com acesso à internet.

 


Luiza Barufi
Ministério da Saúde

 

Pandemia pode dificultar o tratamento da esquizofrenia

 Isolamento social pode comprometer o diagnóstico precoce e a adesão ao tratamento dos pacientes


Embora o tema saúde mental venha ganhando notoriedade nos últimos anos, a esquizofrenia ainda é um assunto pouco abordado, o que acaba acentuando o estigma e contribuindo para que haja demora na busca por um diagnóstico ou tratamento corretos. Estudo mostra que a chegada da Covid-19 tende a piorar o cenário da doença. Além da dificuldade do diagnóstico, potencializada pelo isolamento social, a pandemia pode aumentar o risco de recaídas em pacientes com esquizofrenia, pois o estresse e restrições resultantes da quarentena podem acarretar a piora dos sintomas psiquiátricos que, quando não estabilizados, têm mais chances de resultar em novos surtos[i].

Dados de uma pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS)[ii], em 130 países, mostra que a pandemia de Covid-19 interrompeu os serviços essenciais de saúde mental em 93% dos países em todo o mundo. Mais de 60% relataram interrupções nos serviços de saúde mental para pessoas vulneráveis (incluindo crianças e adolescentes, adultos mais velhos e mulheres que precisam de serviços pré-natais ou pós-natais). Cerca de 67% alegaram interrupções no aconselhamento e psicoterapia, e cerca de 30% relataram interrupções no acesso a medicamentos para transtornos mentais e neurológicos.

Um dos principais obstáculos para tratar a esquizofrenia é a adesão ao tratamento. Segundo especialistas, cerca de 2/3 dos pacientes com transtornos psicóticos não tomam a medicação corretamente[iii]. Em um período de cinco anos, aproximadamente 80% dos indivíduos apresentam recaídas após o primeiro episódio da doença[iv]. As recaídas múltiplas culminam em uma perda progressiva da funcionalidade. Dessa forma, evitar recaídas desde o princípio da doença é uma prioridade no tratamento, e um potencial fator modificador da doença[v].

"Pessoas com essa condição, desde que diagnosticadas e tratadas corretamente, podem levar uma vida socialmente ativa, trabalhar, estudar, casar, ter filhos e serem independentes como qualquer outra. A questão é que em alguns casos, por preconceito, medo ou falta de conhecimento, as pessoas acabam não buscando ajuda médica especializada, o que pode dificultar o diagnóstico e comprometer o tratamento", alerta o Dr. Cristiano Noto, médico psiquiatra da Escola Paulista de Medicina/Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Ainda de acordo com a pesquisa da OMS, 70% dos países alegaram ter adotado a telemedicina ou teleterapia como opções para contornar as interrupções nos serviços presenciais durante a pandemia. Há, no entanto, disparidades significativas na aceitação dessas intervenções, já que 80% dos países que relataram a implantação do serviço são de alta renda; países de baixa renda representam menos de 50%. Essa lacuna de cuidado representa um desafio importante, já que são justamente estes os países que mais precisam fortalecer seus sistemas de saúde e os cuidados em saúde mental.

Segundo o Dr. Rodrigo Bressan, médico psiquiatra e professor da UNIFESP, apesar da dificuldade de tratamento, houve grande avanço nos medicamentos para o transtorno nos últimos anos e, atualmente, existem opções no mercado capazes de controlar as diversas fases da esquizofrenia e prevenir possíveis recaídas, com efeitos colaterais mínimos. Para facilitar a adesão às terapias, em alguns casos, são recomendados medicamentos de longa duração, capazes de controlar o quadro com aplicações mensais ou até mesmo trimestrais.

A esquizofrenia é uma condição crônica ainda muito estigmatizada que afeta cerca de 1% da população mundial. No Brasil, a enfermidade atinge cerca de 1.6 milhões de pessoas[vi]. Consiste em um transtorno mental complexo caracterizado por distorções no pensamento, percepção, emoções, linguagem, comportamento e consciência do "eu". Os sintomas podem incluir alucinações (ouvir, ver ou sentir coisas que não existem) e delírios (falsas crenças mantidas mesmo quando há provas que mostram o contrário)[vii].

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a enfermidade é considerada a terceira doença que mais afeta a qualidade de vida entre a população de 15 a 45 anos de idade[viii]. A patologia geralmente tem início entre o fim da adolescência e o começo da vida adulta.

Janssen

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Referências:
[i] Druss BG. Jama Psychiatry. Published on line April 3, 2020
[ii] WHO. COVID-19 disrupting mental health services in most countries, WHO survey. Acessado em 05/10/2020. Disponível em: http://www.who.int/news-room/detail/05-10-2020-covid-19-disrupting-mental-health-services-in-most-countries-who-survey
[iii] Adaptado de Oehl M, et al. Acta Psychiatr Scand 2000; 407:83-6
[iv] D Robinson, MG Woerner, JM Alvir, et al. Predictors of relapse following response from a first episode of schizophrenia or schizoaffective disorder Arch Gen Psychiatry, 56 (1999).
[v] McGorry et al. JAMA Psychiatry, 70(9), 2013.; Nasrallah, HA. Current Psychiatry. 2017;8:4-7
[vi] Revista Brasileira de Psiquiatria. Schizophrenia, the forgotten disorder: the scenario in Brazil. Acessado em 20/08/2019. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462015000400001#B08
[vii] Organização Pan-americana da Saúde (OPAS). Transtornos Mentais. Acessado em 29/09/2020. Disponível em: http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5652:folha-informativa-transtornos-mentais&Itemid=839
[viii] WHO. Burden of Mental and Behavioural Disorders. Acessado em 26/09/2020. Disponível em: http://www.who.int/whr/2001/chapter2/en/index4.html


Amamentação é importante aliada na prevenção do câncer de mama

Movimento Outubro Rosa chama atenção aos cuidados com a saúde da mulher e prevenção de doenças. O simples ato de amamentar também ajuda na prevenção do câncer de mama

 

Além de ser a maneira mais completa de alimentar um bebê, a amamentação é uma aliada importante para ajudar a prevenir o câncer de mama. O tema foi um dos destaques da cerimônia de lançamento da campanha de 2020 do Outubro Rosa, realizada nesta quarta-feira (8), pelo Ministério da Saúde. O movimento internacional reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença.

“As mulheres que amamentam têm uma redução do risco do câncer de mama. Há uma proteção no ato, por isso, o Ministério da Saúde incentiva o aleitamento materno precoce iniciado na primeira hora de vida, a chamada hora de ouro”, afirmou o diretor Departamento de Ações Programáticas Estratégicas (DAPES) da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS) do Ministério da Saúde, Antônio Braga, durante a solenidade.

Estima-se que o risco de desenvolver câncer de mama diminui de 4,3% a 6% a cada 12 meses de duração da amamentação, de acordo com a Lancet – uma reconhecida publicação científica britânica. Além disso, os atuais índices globais de aleitamento materno previnem quase 20 mil mortes por câncer de mama ao ano. “O mais interessante é que essa proteção independe da idade da mulher, da sua etnia, de quantos filhos já tem, e da presença ou não de menopausa”, afirmou a Coordenadora de Saúde da Criança e Aleitamento Materno da SAPS, Janini Selva Ginani.

BENEFÍCIOS

A amamentação promove três tipos de mecanismos no corpo da mulher que colaboram com a diminuição de risco. O primeiro está relacionado à exposição hormonal. “No período da amamentação, por um processo natural, a mulher está menos exposta aos hormônios femininos que estão associados ao risco de câncer de mama”, explicou o médico Ronaldo Corrêa, oncologista do Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Já o segundo mecanismo acontece quando o bebê suga o leite da mãe e o líquido passa pelos ductos mamários. Essa ação elimina células que sofreram alguma alteração na sua estrutura e que poderiam levar ao aparecimento futuro do câncer de mama. Nesse contexto existe um processo natural de substituição das células mamárias ao final da amamentação, que pode eliminar células modificadas ou com mutações que poderiam levar ao surgimento da doença.

O aumento de proteção causado pela amamentação dura a vida toda mulher. “É muito importante que a gente apoie, promova e proteja o aleitamento materno para que toda mulher amamente até os dois anos ou mais, sendo de forma exclusiva até os seis meses da criança”, pontuou Janini. 

Além da amamentação, outras medidas também diminuem os riscos, como praticar atividade física pelo menos duas vezes na semana, alimentar-se de forma saudável, manter o peso corporal adequado, e evitar o consumo de bebidas alcoólicas. Saiba mais sobre como prevenir o câncer de mama em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama

Para incentivar a causa, o Ministério da Saúde, entre diversas outras medidas, realiza uma campanha anual de incentivo à amamentação, com ações mais intensas durante o mês de agosto. Além disso, a pasta mantém uma política de aleitamento materno, na qual capacita os profissionais em todos os âmbitos do Sistema Único de Saúde (SUS) para que a população receba uma assistência de qualidade em amamentação. 

CONHEÇA OS SINTOMAS DO CÂNCER DE MAMA

O câncer de mama pode ser percebido em fases iniciais, na maioria dos casos, por meio dos seguintes sinais e sintomas: 

- Nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor - presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher; 

- Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; 

- Alterações no mamilo; 

- Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço; 

- Saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos. 

ATENDIMENTO

O SUS oferta atenção integral à prevenção e ao tratamento do câncer de mama. O controle passa pelo diagnóstico precoce na Atenção Primária à Saúde (posto de saúde) e pelo rastreio mamográfico, quando indicado pelo médico. 

É recomendado que mulheres sem sintomas ou sinais de doença com idade entre 50 a 69 anos façam o exame de mamografia a cada dois anos. Ao ser atendida na Unidade Básica de Saúde (UBS), independentemente do motivo da procura, toda mulher nessa faixa etária será abordada para realização da mamografia. 

AÇÕES NA PANDEMIA 

O Ministério da Saúde elaborou uma nota técnica atualizando orientações sobre o rastreamento do câncer de mama durante a pandemia da Covid-19. Também foram recomendadas ações para a preservação de pacientes, familiares e profissionais, viabilizando os atendimentos de urgência e a manutenção da assistência com segurança àqueles que estão em tratamento. 

O Ministério da Saúde também tem reforçado a assistência oncológica na rede pública de saúde por meio do Plano de Expansão da Radioterapia no Sistema Único de Saúde (PERSUS) - maior programa público do mundo de entrega de equipamentos de radioterapia. A iniciativa tem objetivo de ampliar e criar novos serviços de radioterapia em hospitais pelo Brasil. 

Com o investimento federal de R$ 700 milhões, já foram implantados 24 aceleradores lineares pelo PERSUS. Mais 24 espaços de radioterapia estão previstos para serem concluídos em 2020, além da assinatura de 20 novas ordens de serviços para início de obras. Outros 13 convênios para aquisição de aceleradores estão sendo executados. 

 


Larissa Lima

Agência Saúde 


Onda de calor: confira medidas simples para cuidar da saúde

Otorrinolaringologista explica como evitar complicações em decorrência das altas temperaturas e da baixa umidade


O começo de outubro foi marcado por temperaturas elevadas na capital federal. O DF atingiu o recorde de calor do ano, com termômetros marcando mais de 36 graus e umidade do ar em torno de 9%. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) chegou a emitir alerta de "grande perigo", afirmando que há risco de morte por hipertermia — quando a temperatura corporal sobe além dos 40ºC.

Jefferson Pitteli Fonseca, médico otorrinolaringologista do Hospital Anchieta de Brasília, explica que a onda de calor, associada à baixa umidade, é extremamente prejudicial ao corpo e lembra que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), níveis aceitáveis de umidade do ar devem girar em torno de 60%.

"Com o calor e a seca, nós começamos a perder água pelas mucosas (olhos, boca e nariz), fazendo com que os mecanismos de defesa dessas regiões fiquem prejudicados. Dessa forma, ficamos suscetíveis a agentes externos que podem causar desde simples alergias até infecções graves", afirma. "Por isso, muito comuns nessa época do ano são as alergias respiratórias e oculares e infecções virais e bacterianas como sinusites, amigdalites e bronquites, além de sangramento nasal, tosse e irritação em garganta", complementa.

Para evitar complicações em decorrência da onda de calor, há algumas medidas simples que podem ser tomadas no dia a dia. De acordo com o especialista é preciso "beber muita água, lavar o nariz e os olhos com soro fisiológico, utilizar roupas leves e espalhar panos úmidos pela casa". O otorrinolaringologista orienta, também, evitar atividades físicas ao ar livre entre 10h e 16h e manter o uso das máscaras para diminuir os riscos de contaminação pela covid-19. "Se persistirem os sintomas mesmo com essas medidas, é importante procurar atendimento médico",
conclui.


13/10 - Dia Mundial da Trombose: saiba quais são os riscos e os tratamentos para o paciente oncológico que enfrenta a condição

Data tem por objetivo conscientizar e reforçar o alerta para a população sobre os perigos e formas de prevenção da doença, que se desenvolve na corrente sanguínea e pode contribuir para a piora da sobrevida de pessoas com câncer


Se enfrentar um tratamento oncológico pode ser um desafio, outros problemas acarretados pela doença aumentam ainda mais os anseios e as dúvidas dos pacientes. No caso da trombose, por exemplo, que é o nível elevado de coagulação do sangue, é um risco comum entre pessoas com câncer que pode resultar em um impacto negativo na sobrevida.

No entanto, a informação e o acompanhamento multidisciplinar durante o tratamento oncológico (que cada vez mais vem priorizando o olhar individual sobre o paciente) são essenciais para a cura e melhora do quadro de quem está passando pelo câncer e enfrentando a trombose.

De acordo com a cardio-oncologista Marina Bond, do CPO Oncoclínicas, a associação clínica entre neoplasias e hipercoagulabilidade é conhecida há mais de um século, e um em cada cinco pacientes com neoplasia apresentará Tromboembolismo Venoso (TEV) durante a evolução natural da doença. "A magnitude dessa complicação é tamanha que se estima que pacientes oncológicos que desenvolvem TEV apresentem 94% de probabilidade de morte nos seis meses seguintes ao episódio, sendo assim, considerado um fator negativo em seus prognósticos", explica.

Segundo a Dra. Marina, o TEV inclui um espectro de quadros clínicos que vai desde trombose venosa profunda (TVP) e superficial até embolia pulmonar (EP). "É a segunda causa de morte em pacientes com neoplasias, entre os quais um em cada sete tem o óbito relacionado a complicações, especialmente durante o período de internação hospitalar. Desses pacientes, 60% têm câncer em sítio único ou doença metastática limitada. Os tipos de câncer mais prevalentes entre pacientes com TEV são os de mama, colorretal e de pulmão", diz. 



Sintomas e tratamento

Não é somente a presença do tumor maligno que pode ser considerado um fator de risco para a trombose. Outras razões como o estado de imobilização, determinadas quimioterapias, pós-operatório e implante de cateter de longa duração, também aumentam as chances do desenvolvimento da TEV. Por isso, é essencial ter atenção aos sintomas, que variam desde inchaço e dor no membro afetado, principalmente nas pernas, até quadros graves de falta de ar intensa e súbita, associado a palpitação, dessaturação e até dor torácica. Se o paciente oncológico apresentar tais manifestações, deve procurar imediatamente a emergência e contatar seu médico. Após diagnosticado, o tratamento em geral se baseia em uso de anticoagulante e nesse cenário, pessoas com câncer têm suas peculiaridades.

"Até pouco tempo atrás, o tratamento era feito somente com uso de heparina de baixo peso molecular (anticoagulante injetável), uma vez que os anticoagulantes orais clássicos, como a Varfarina, apresentavam eficácia inferior para os pacientes oncológicos - logo, restavam o uso de enoxaparina e dalteparina, que precisavam ser aplicadas uma ou duas vezes por dia pelo subcutâneo. A partir de 2018, começaram a sair os resultados de estudos científicos que compararam as heparinas de baixo peso com os novos anticoagulantes orais (NOACs), como edoxaban, rivaroxabana e apixabana. Esses estudos mostraram que essas novas medicações não são inferiores às heparinas, o que tem facilitado desde então o tratamento e trouxe mais qualidade de vida a esses pacientes, sem perder eficácia e segurança", explica Dra. Marina.

Para a prescrição o NOAC, no entanto, é obrigatório que o médico olhe as interações do medicamento com o tratamento oncológico (quimioterapia), que pode ser excessiva. Nesses casos, deve-se optar por um NOAC que não tenha interação ou a heparina de baixo peso.

Outro alerta é para o caso específico dos tumores gastrointestinais, que comprovadamente apresentam maior risco de sangramento com NOAC. "Nessas situações, é essencial que a decisão seja individualizada. Nem todos os trombos têm comprovação para uso de NOACs, como por exemplo trombo intracardíaco, muito comum em pacientes portadores de cateter de longa duração", finaliza Dra. Marina.


Realizar mamografia regularmente é fundamental para o diagnóstico precoce do câncer de mama

Outubro é o mês do movimento conhecido como Outubro Rosa. O nome remete à cor do laço rosa que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama. Este movimento começou nos Estados Unidos e chegou ao Brasil no ano de 2002, quando o monumento Mausoléu do Soldado Constitucionalista (mais conhecido como o Obelisco do Ibirapuera), em São Paulo, foi iluminado de cor de rosa.

O câncer de mama atualmente é o tipo mais comum de câncer feminino e, quanto antes detectado, maiores as chances de cura. Para o diagnóstico, a principal ferramenta é a mamografia, por isso é tão importante visitar o ginecologista com regularidade.


Como é o exame

A mamografia é um exame de raio-x para visualizar o tecido mamário. Através da análise dos seus resultados, o médico poderá identificar e avaliar o prognóstico das lesões existentes. Deve ser realizado em todas as mulheres com idade igual ou superior a 40 anos. 

“Considerando que o câncer de mama é o tipo o mais comum de câncer feminino, a realização da mamografia é de extrema importância para as mulheres”, alerta o ginecologista prof. Dr. Marcelo Steiner, da Clínica Stockli de São Paulo/SP. “Normalmente, e principalmente nos estágios iniciais, o câncer de mama é assintomático, ou seja, não apresenta nenhum sintoma, então os exames de rotina são necessários para a detecção precoce”, explica o especialista.

De acordo com Dr. Marcelo Steiner, alguns casos podem apresentar sintomas como descarga papilar, que é uma secreção do mamilo, de coloração escura ou mesmo hemorrágica, alteração da coloração e textura da pele e até processos inflamatórios, em estágios mais avançados. Há mulheres que percebem a presença de linfonodos (ínguas) axilares aumentados e dolorosos. “Ao notar algum sintoma, a mulher deve consultar o médico para o diagnóstico correto, seja para descartar uma eventual doença, seja para detectar algum problema o quanto antes, o que possibilita definir o melhor procedimento para cada caso”, orienta Dr. Marcelo.

Em geral, a mamografia é indicada pelo médico, após o exame clínico. “O autoexame também é muito importante, mas nem todos os casos de câncer de mama apresentam nódulos que podem ser sentidos pela mulher. Normalmente o nódulo só será palpável após apresentar 1,0 cm de diâmetro, por isso a indicação da mamografia é importante, pois permite uma análise mais detalhada do tecido mamário”, explica Steiner, professor do setor de Ginecologia Endócrina, Planejamento Familiar e Climatério da Faculdade de Medicina do ABC. 


12 DE OUTUBRO, DIA DE NOSSA SENHORA APARECIDA, A PADROEIRA DO BRASIL

Maria, a mãe de Jesus Cristo, é considerada pela Igreja Católica como a maior santa de todos os santos, chamada de Nossa Senhora. Ela foi denominada assim devido ao fato de que foi digna de carregar Jesus em seu ventre, uma vez que Jesus Cristo, para os católicos, é Deus encarnado – Homem – Deus.  

Em determinados momentos da história, há relatos de que Maria aparece para algumas pessoas em diversos lugares. Algumas dessas aparições foram reconhecidas pelo Vaticano e assim surgiram as diversas denominações de Maria, como Nossa Senhora do Carmo, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora de Lourdes, Nossa Senhora das Graças, Nossa Senhora de Guadalupe, dentre outras. 

Outras aparições são consideradas pelos devotos como milagrosas, como a Nossa Senhora Aparecida, por exemplo, que surgiu no Vale do Paraíba (o vale passa pelos estados de São Paulo e Rio de Janeiro) e passou a ser venerada. Mas todas elas são de uma única pessoa, que é a mãe de Jesus, Maria. A Igreja Católica reconhece as diversas aparições como uma forma de Nossa Senhora se manifestar nas diversas culturas, para os mais diversos povos, identificando-se com eles — como com o povo brasileiro por exemplo, em que se destaca a Nossa Senhora Aparecida, padroeira do país. Padroeira, por sua vez, significa “aquela que defende e protege”.

A história de Nossa Senhora Aparecida tem início no ano de 1719, na região hoje denominada Vale do Paraíba, em Guaratinguetá, no Rio Paraíba do Sul, quando três pescadores, sem êxito em sua pescaria naquele dia, encontraram a imagem — primeiro o corpo e depois a cabeça — e após isso, suas redes se encheram de peixes 

A imagem foi conservada na casa de um dos pescadores por muitos anos, onde foi construído um oratório com um altar. De acordo com Cordeiro e João Rangel, no local, “todos os sábados se ajuntava a vizinhança a cantar o terço e mais devoções”. E nessas ocasiões começaram a ocorrer fatos considerados como milagres e relatados por algumas pessoas. Como não podia haver celebrações como missas na casa do pescador, foi então construída uma primeira capela em 1945, que deu “lugar a uma construção maior” a partir de 1846, com longas interrupções, inaugurada em 1888 — esta que hoje se chama Basílica Velha. 

Por conta do aumento das peregrinações e romarias, em 1917 inicia-se a ideia de se construir uma basílica maior em Aparecida. Porém somente em 1952 tiveram início as primeiras obras de terraplanagem. Sua construção durou décadas devido à falta de recursos e à necessidade de construir aos poucos todas as naves do local.  O projeto inicial da basílica foi feito para que ela fosse a segunda maior do mundo, sendo a de São Pedro, no Vaticano, a maior. 

Em 1970 a imagem de Aparecida foi quebrada em 165 pequenos pedaços. Em uma atitude violenta, uma pessoa tentou retirar a imagem do seu nicho e a quebrou. Maria Helena Chartuni, que era restauradora do Museu de Artes de São Paulo (Masp) naquela época, teve a honra de restaurar a imagem.  

Hoje, a cidade de Aparecida recebe de 11 a 13 milhões de romeiros por ano, pessoas de todas as idades, de todas as regiões e dos lugares mais distantes do Brasil e do mundo. Na Basílica há a “Sala dos Milagres”, onde pode-se encontrar uma infinidade de fotos, objetos de todos os tipos de pessoas que relataram ter recebido milagres em suas vidas, ou por ocasião de uma doença ou de um acidente ou de qualquer outra situação em que os recursos humanos desenganaram. Existe também a “Capela das Velas”, onde as pessoas vão fazer suas promessas. 

A Igreja Católica Apostólica Romana e os padres administradores, reitores da basílica e também presidentes das celebrações do santuário, buscam sempre colocar Jesus Cristo no centro das celebrações e assim ensinar sempre que Nossa Senhora é, como Mãe de Jesus, intercessora e protetora do povo brasileiro, mas a Trindade é o único Deus. Conforme a crença católica, Maria é medianeira de graças por ser mãe de Jesus, mas só Jesus é o Salvador, o que não impede os católicos de terem Maria como intercessora. 

A Igreja ensina ainda que não é adoração, e sim veneração pela santidade e maternidade dela em gerar Jesus em seu seio, sendo Ele filho de Deus e o próprio Deus para os católicos. Por isso o santuário é tão importante para os devotos e a imagem de Nossa Senhora Aparecida é tão venerada. Também não se pode esquecer daquilo que escreve Rodrigo Portella em “Mirar Maria”: que Aparecida aparece “a pescadores pobres, toma a cor negra dos escravos e seu primeiro milagre foi feito a um escravo”.




Arlene Denise Bacarji - doutora em Teologia e professora do Centro Universitário Internacional Uninter.

 

Escritor distribui livros de presente no dia das crianças; “O presente que as crianças precisam receber, é uma melhor educação.


Fabiano de Abreu pontua 7 comportamentos necessários para uma melhor educação infantil e que este seria o melhor presente que poderíamos dar aos filhos no dia das crianças, uma melhor educação.

 

O escritor Fabiano de Abreu, estudioso da mente humana com formações em neurociência, neuropsicologia, psicanálise, filosofia e especialização em psicopedagogia, utiliza de sua sensibilidade e conhecimento do comportamento humano, para relacionar o subjetivo com a ordem prática para promover a saúde mental das pessoas, dedicou parte do seu tempo num projeto que ele chama ‘Conhecimento para todos’ onde escreveu 5 livros para distribuir gratuitamente pensando em como aumentar os limites cognitivos dos interessados no tema.

“Quando o vírus chegou na Europa, articulei meu pensamento, no que compreendo como óbvio, leitura e conhecimento.

 

Alcançar o Brasil seu país de origem, é seu maior objetivo. “O país é considerado o mais ansioso do mundo segundo a OMS, logo, é um dos mais estressados, todos os reflexos de uma pandemia afetam pessoas neste quadro potencializando e tornando-se doença. Sem contar a imunidade de pessoas estressadas que é mais afetada devido ao alto nível de cortisol para combater o estresse. Por isso dediquei parte do meu tempo a escrever. Os livros são sobre comportamentos, hábitos para uma melhor saúde mental. Sem contar que a leitura aciona a plasticidade cerebral que melhora o humor.”  

 

Abreu reforça a importância do seu quarto livro, ‘Filosofia da Educação Infantil’ onde os adultos poderão avaliar melhores maneiras e o motivo de uma necessidade de mudança na forma com que educamos as crianças seja na escola, pais ou adultos cuidadores em geral. Depositar toda a responsabilidade sobre a educação dos pequenos nas escolas é uma temeridade. “Com o cotidiano atribulado e o excesso de metas pelo vício da dopamina (hormônio da recompensa), na busca de conquistas contínuas, as nuances desta ansiedade afetam a racionalidade e faz prevalecer a emoção, esquecendo assim a maneira correta de criar os filhos. A escola não cria, ela educa, nós criamos. As crianças precisam dos nossos limites, como aprendizagem, saber o que é certo e errado, ouvir o “não”, conquistar por merecimento o “sim”,  precisam de atenção, serem observados, precisam ser educados.” 

 

Educação na escola encontra-se defasada.

 

“A escola é uma prestadora de serviço para o conhecimento e as suas estratégias estão paradas no tempo. Estamos na era do selfie, do usuário, do perfil, a educação não pode ser mais plural, tem que ser singular. Educar o aluno de acordo com a sua personalidade e saber lidar com pessoas especiais ou com transtornos que hoje são comuns em crianças.” 

 

Controle parental 

 

“Os pais devem interferir no conteúdo das crianças. YouTubers que passam uma mensagem errada aos filhos, fácil acesso a pornografia, ao crime, a depressão, ao vício, a conteúdos que não interessam a faixa etária e só atrapalham no desenvolvimento."

 

Limites na internet 

 

“A internet está deixando as crianças menos inteligentes e está causando vício e dependência prematura de dopamina, que aciona o sistema de recompensa do cérebro. Cada conquista nos jogos, likes, comentários, interação, resposta satisfatória rápida na dinâmica internet, está criando um hábito na necessidade deste hormônio da recompensa desde cedo. Isso pode influenciar em adultos depressivos. Esta dinâmica eleva a ansiedade e a criança não se aprofunda no conteúdo adaptando-se no que é superficial e isso cria uma cultura e uma fadiga de querer entender todo o conteúdo. Temos que regular o uso da internet.” 

 

Nossos filhos são dependentes, é genético. 

 

“Nós temos um código genético, uma memória primitiva que é conduzida desde o espermatozóide até o nascimento. O ser humano é um animal frágil, dependente, as crianças dependem desta atenção e educação paterna/materna/fraterna já determinado por este código de memória primitiva."

 

Adaptação ao conhecimento 

 

“Precisamos desde cedo adaptar as crianças à leitura, à necessidade de absorção de conhecimento, estimular a curiosidade e para isso, é necessário a nossa atenção. Dedicar um pouco de cada dia é muito menos tempo do que consertar depois erros relacionados a má educação. Sem contar os transtornos que poderão causar devido a esta ausência. Um tempinho nosso agora, equivale a uma melhor paz no futuro.” 

 

Autonomia demais aos jovens

 

“Damos voz e liberdade demais aos jovens. O cérebro só termina sua formação aos 24 anos de idade, até lá, ainda formam-se neurônios. Os jovens não têm a mesma lógica que os adultos devido a isso e pela falta de experiência e inteligência cognitiva que advém desta experiência.” 

 

No livro, são muitas idéias e estratégias baseadas em conceitos próprios e estudos científicos. A necessidade de mudarmos a maneira com que lidamos com as crianças, é urgente, diz o autor, ou o futuro será de pessoas sós e depressivas afetando o desenvolvimento e o bem estar do país. “Se queremos melhorar um país, temos que começar pela base, pelas crianças, elas serão o futuro e o melhor presente que podemos dar a elas, é esta atenção e ação de praticar o que é correto para uma melhor educação.”

 

Ainda este mês, Fabiano de Abreu lançará o último livro da série, ‘Filosofia da Resiliência Humana’, para distribuição gratuita completando o seu quinto livro escrito no confinamento. 

 

Para receber os livros, basta enviar um direct ou mensagem no Instagram ou Facebook do autor no endereço @fabianodeabreuoficial 

 

 

Foto: Mesa Filosófica 


Joana Freitas


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