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quinta-feira, 14 de maio de 2020

Especialistas alertam para consequências psicológicas pós-pandemia


Pesquisadores da MAPA Avaliações explicam nova onda de doenças mentais causadas pelos efeitos do novo coronavírus


Sem precedentes na história moderna, a crise instaurada em decorrência do novo coronavírus não deverá se restringir aos sintomas físicos. Apesar das milhares de vítimas fatais por todo o mundo, os especialistas em saúde mental já sinalizam para uma nova onda: as doenças psicológicas como ansiedade, depressão e síndrome de Burnout, que virão após a pandemia.

Pesquisadores da MAPA Avaliações, empresa que se dedica ao estudo e desenvolvimento de ferramentas e metodologias de avaliação psicológica, alertam que mesmo antes da pandemia, a Organização Mundial de Saúde (OMS) já colocava o Brasil como o país com o maior número de pessoas ansiosas do mundo, sendo 18,6 milhões de brasileiros, ou seja, 9,3% da população convivem com o transtorno.

“Infelizmente, o Brasil é o líder mundial na patologia, apresentando números três vezes maiores que a média mundial. O isolamento social, medo, incerteza com o futuro, mudança no ritmo das relações sociais, familiares e de trabalho, são fatores que podem elevar os números”, explica a psicóloga Nayara Teixeira, gerente técnica na MAPA Avaliações. 

A especialista, que é pós-graduada em Psicologia do Trabalho, adianta que o retorno à rotina de trabalho nas empresas, comércios e indústrias poderá gerar um outro choque de realidade. 

Com mais de 10 anos de experiência em Recursos Humanos, dedicados à implantação e realização de programas de qualidade de vida para colaboradores, recrutamento e seleção, Nayara revela que esse retorno ao ambiente antigo pode disparar gatilhos para as doenças.  

“Muitos sentem pânico relacionados à sensação de confinamento, gerando fobias e gatilhos em pessoas diagnosticadas e que já fazem tratamento para controle de patologias como a ansiedade. Ao retornar, eles poderão sofrer recaídas”. 

Um estudo da Sociedade Chinesa de Psicologia descobriu, em fevereiro, que 42,6% dos 18.000 cidadãos chineses testados apresentavam sintomas de ansiedade relacionada ao coronavírus. E 16,6% dos 14.000 examinados mostraram sinais de depressão em diferentes níveis de gravidade.

Uma pesquisa de especialistas da Universidade de Pequim, ainda não publicada, mas citada pela prestigiada revista Caixin e revelada pelo jornal El País, constatou que de 311 profissionais de saúde que trabalhavam na linha de frente da epidemia em Wuhan, um terço sofria de algum tipo de problema psicológico.
Além de transtornos depressivos e de ansiedade, os profissionais também podem desenvolver a síndrome de Burnout, muito comum nesses casos. Causada pelo esgotamento físico e emocional, é um distúrbio psíquico de caráter depressivo definido pelo psicólogo Herbert J. Freudenberger como “um estado de esgotamento físico e mental cuja causa está intimamente ligada à vida profissional”.


O papel do RH após o isolamento 

Além do impacto na vida das pessoas, doenças relacionadas à mente trazem preocupação e podem afetar o relacionamento com a liderança e colegas de trabalho. Os números revelam que os transtornos mentais ocasionados pela ansiedade já são a terceira razão de afastamentos do trabalho no Brasil, sendo que os gastos giram em torno de R$ 200 milhões em pagamentos de benefícios anuais, segundo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Após a pandemia, os gestores e toda a equipe de Recursos Humanos devem ficar atentos ao comportamento dos colabores, pois colaboradores com ansiedade e depressão, podem ter sintomas ou crises acentuadas. Quando colaborador está com problemas relacionados à saúde mental, a queda no ritmo de trabalho cai e, consequentemente, caem também os resultados, impactando diretamente no crescimento da empresa e do profissional. Isso, sem contar no quanto os relacionamentos no ambiente corporativo podem ser prejudicados”, ressalta a gerente.

Ao retornar para as empresas com ambientes fechados, como algumas indústrias e linhas de produção, alguns funcionários poderão sentir um certo desconforto, pois ainda terão o receio de locais com aglomeração devido a possibilidade de contágio do novo coronavírus. 

“Os cuidados com a saúde e o bem-estar devem estar em alta, sendo um tema abordado constantemente entre conversas e reuniões entre a equipe, na comunicação institucional, nos grupos e até mesmo nas redes sociais da empresa”, finaliza Nayara Teixeira.

Para o CEO da MAPA Avaliações, Luciano de Paula, mais do que a ação emergencial na instalação do modelo home office, os recursos humanos terão papel fundamental na jornada do trabalhador quando a pandemia passar. “Muitos trabalhadores tiveram suas vidas profundamente afetadas, pois tinham com o trabalho uma relação de razão de vida. Deles, foram tirados a fonte da motivação, sustento, prazer e realização pessoal”, explica. 

Segundo ele, para reduzir esses impactos, é necessário que haja um trabalho em conjunto, para mitigação dos reflexos em todos os aspectos. “Quem trabalha com saúde, trabalha feliz e, consequentemente, trabalha melhor”, conclui.


Gravidez e Coronavírus: Omint alerta sobre cuidados com gestantes e recém-nascidos durante o distanciamento social


O crescente número de casos confirmados de coronavírus no Brasil e a escassez de estudos amplos sobre a doença, que é muito recente e se espalha com velocidade, têm causado insegurança a gestantes e puérperas. Mais do que uma rede de apoio de amigos e familiares, é importante que a mulher tenha apoio de bons profissionais e fontes referenciadas.

Nesses momentos, a Omint assume seu protagonismo como gestora de saúde por meio da sua responsabilidade social de cuidar de pessoas. Por meio de frentes como o Programa Boa Hora,  a companhia disponibiliza uma enfermeira parceira à gestante ou puérpera, com uma proposta de orientação e acompanhamento que fica à disposição da mãe durante toda a gravidez e pós-parto.

“A Omint faz da excelência da gestão um dos seus principais pilares de atuação. Para que a gestante seja contemplada com toda a qualidade de uma operação de ponta a ponta, desde o atendimento sem papel até uma orientação médica por videoconferência, cerca de 200 profissionais garantem todo o planejamento e estrutura necessários para a simplicidade, segurança e conveniência para todas as partes. Essa característica é uma das assinaturas da qualidade Omint na gestão de saúde, e um dos pontos de prova da excelência de nossa operação”, explica Dr. Marcos Loreto, diretor Médico Técnico da Omint.

O executivo aponta que,  durante a pandemia, as orientações do Boa Hora são realizadas por telefone ou videoconferência na plataforma de preferência da cliente ou, caso a paciente ainda prefira a visita presencial da enfermeira, a Omint proporciona todos os equipamentos de proteção individuais (EPIs) necessários para essa aproximação. 

As mães ainda contam com o Dr. Omint e Dr. Omint Digital, caso a enfermeira do Boa Hora ou a própria paciente detecte a necessidade de orientação de um pediatra ou clínico geral. “Já em situações em que a cliente apresente uma questão pontual que requeira a intervenção de um especialista e isso seja detectado pela enfermeira do Boa Hora ou até mesmo no contato com Dr. Omint ou Dr. Omint Digital, ela é encaminhada para o programa Coaching da Saúde da Omint, em que ela contará com o apoio de um médico especialista conforme a queixa apresentada”, conclui o especialista.


Grávidas e coronavírus

Segundo o Dr. Lívio Dias, infectologista da Maternidade Pro Matre Paulista - um dos principais prestadores Omint - a Covid-19 na gravidez não é mais grave na gestante do que seria em outras pessoas na mesma faixa etária. No entanto, se ela desenvolver diabetes, hipertensão ou outros fatores durante a gestação, aí sim corre o risco de ter um quadro mais complicado. “Até o momento as grávidas têm o mesmo risco de uma outra pessoa da mesma faixa etária. No entanto, há levantamentos que afirmam que as gestantes estariam mais protegidas contra o novo coronavírus. Uma das hipóteses para esse comportamento é que as alterações hormonais na gravidez podem protegê-la um pouco, porém ainda são estudos preliminares”, explica.

O infectologista também alerta que as consultas de pré-natal não devem ser canceladas. “Ele pode ser feito de outra forma, os exames podem ser organizados de outra maneira, mas o pré-natal deve ser realizado. Cabe à gestante combinar com o médico a melhor forma de fazê-lo”, esclarece.

Quanto ao período mais delicado da gravidez no caso de contágio pelo novo coronavírus, o especialista alerta para atenção extra ao último trimestre, em especial às semanas que antecedem ao parto. “A maioria das gestantes evoluem de forma menos delicada, mas nas formas mais graves, principalmente com comprometimento pulmonar, pode haver uma antecipação do parto. Afinal, a grávida precisa oxigenar o corpo por ela e pelo bebê”, destaca.

“Já no pós-parto, se a paciente for caso confirmado de Covid-19 e se encontrar no período de transmissão da doença – que são duas semanas após os primeiros sintomas - é importante o cuidado para evitar a transmissão ao bebê e, por isso, é importante estabelecer protocolos. No caso da Pró Matre, na saída da maternidade orientamos as pacientes a ter alguma pessoa para ajuda-la com atividades como dar banho e trocar fraldas. E, caso a mãe contaminada tenha contato com o bebê, tem que usar máscara”, esclarece Dr. Lívio.

Quanto à amamentação, o especialista pondera que ela deve ser estimulada, e sempre com os devidos cuidados. “De forma alguma contraindicamos amamentação, inclusive recomendamos. No entanto, se a mãe está em fase de transmissão de novo coronavírus, ela deve higienizar as mãos, seios e usar máscaras durante a amamentação”.

Por fim, o especialista explica que a Covid-19, além de ser uma doença nova, é uma infecção dinâmica. Por isso, as informações mudam de forma rápida e constante, e requerem consulta sempre em fontes referenciadas e oficiais. “Inclusive, até o momento, não há evidências de transmissão  da Covid-19 pelo leite materno, e ainda há dúvidas se o vírus pode ser  transmitido ao feto na gestação. Além disso, o que sabemos até o momento é que não foram identificadas malformações fetais por conta da Covid-19”, finaliza.

Para saber mais detalhes e acessar o vídeo com os especialistas da Omint, clique aqui. Todo o conteúdo também está disponível no Facebook, Instagram e LinkedIn da companhia.

4 perguntas e respostas sobre endometriose e coronavírus


Saiba como lidar com a doença em tempos de quarentena e se endometriose aumenta o risco de infecção por coronavírus


O mundo todo em alerta por causa de uma doença, o novo Coronavírus, provoca reflexões sobre novas formas de lidar com as questões inerentes ao cotidiano de cada um. Para as mulheres com endometriose não é diferente, a patologia afeta cerca de 10 a 15% delas em idade fértil, no mundo.

Além das preocupações sobre como realizar tratamentos de outras doenças em tempos de distanciamento social, uma dúvida crescente entre as mulheres com endometriose é sobre a relação entre a esta doença e o novo coronavírus. É o que revela o Dr. Marcos Tcherniakovsky, ginecologista, especialista em endometriose e diretor de comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE): “tenho percebido aumento dessa dúvida entre pacientes e leitoras que me acompanham”.

A endometriose faz com que partes do endométrio, que é a camada interna que reveste o útero e descama mensalmente, faça um movimento reverso ao natural: em vez de ser eliminado totalmente na menstruação, migra para outros órgãos da pelve e cavidade abdominal. A dor ao menstrual (dismenorréia) é um dos principais sintomas e sua intensidade pode variar de baixa à incapacitante, de forma que a mulher não consiga exercer as atividades normais do dia a dia.

Para esclarecer sobre a relação entre coronavírus e endometriose, o Dr. Marcos responde as principais perguntas que tem recebido: 


1) Endometriose aumenta as chances de infecção por coronavírus?

Até o momento, não há estudos que comprovem a relação direta entre as duas doenças, maior risco de infecção ou complicações. Mediante avanço nas pesquisas sobre o novo vírus e com a divulgação dos resultados, todas as áreas da medicina estarão mais seguras sobre essa questão.



2) Um dos fatores de risco para a endometriose é a baixa imunidade. Ela também pode favorecer o coronavírus?

Entre os inúmeros fatores de risco para o desenvolvimento da endometriose, como hereditariedade, menarca precoce, produção de hormônios e estresse, está também a baixa imunidade local. Ela é uma condição de enfraquecimento das defesas do corpo contra doenças, portanto um paciente com baixa imunidade pode estar mais vulnerável ao coronavírus, como também para qualquer outra doença. Por isso que a indicação chave do tratamento clínico para a doença é a adoção de hábitos saudáveis.  


3) Como uma paciente com endometriose pode se proteger do coronavírus?

Os cuidados são os mesmos recomendados pelas autoridades de saúde, como usar máscaras, higienizar frequentemente as mãos e manter o distanciamento social recomendado, de cerca de 2 metros por pessoa.


4) Como realizar tratamento de endometriose em tempos de coronavírus?

A melhor conduta deve ser indicada pelo médico que acompanha. Para tratamento em casa, existem terapias medicamentosas e até indicações de alternativas para dor, como fisioterapia pélvica, atividade física e alimentação saudável. Se a condição da paciente for muito grave, é recomendado entrar em contato com o médico, sendo que o tratamento cirúrgico, neste período de pandemia, não está contraindicado. Mas, a conduta em geral é manter o tratamento que já havia sido iniciado antes da quarentena.

Para saber mais sobre a endometriose, acesse este vídeo que o Dr. Marcos criou: https://www.instagram.com/tv/Bzf9hFiHzn4/






Dr. Marcos Tcherniakovsky – Ginecologista e Obstetra – Especialista em Endometriose e Vídeoendoscopia Ginecológica (Histeroscopia e Laparoscopia). É Diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose. Médico Responsável pelo Setor de Vídeoendoscopia Ginecológica e Endometriose da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC. Médico Responsável na Clínica Ginelife. Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO. Diretor da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE).  Instagram: @dr.marcostcher    

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