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segunda-feira, 4 de maio de 2020

É permitido não gostar ou não dar conta de fazer tudo na quarentena


Aumenta o número de pessoas com queixas relacionadas à pressão para seguirem - ou cumprir - as preciosas dicas de atividades que surgem, a cada minuto,  durante a quarentena. 

Uma verdadeira maratona de lives, cursos on line, aplicativos com tarefas planejadas para adultos ou crianças, listas enormes com sugestões de livros, filmes, séries e afins. Tudo com o objetivo de preencher as 24 horas do isolamento social.  

Percebemos uma histeria coletiva para que o indivíduo consiga conciliar o suposto "excesso" de tempo com a grande oferta de ocupações.  Muitas vezes impedindo a sua capacidade de admitir que não se é tão mega produtivo e conectado assim. O bombardeio, em um tempo carregado de incertezas, que não ajudam a relaxar, acrescido da sensação de impotência ou da incapacidade de se cumprir o que foi proposto ou imposto a si mesmo, pode manifestar sensações de estresse, ansiedade e muita, muita tensão.  É o que chamamos de exaustão emocional. 

A ideia da improdutividade negativa em alguns casos ganha força quando nos incomodamos ao ver que o outro está realizando inúmeras atividades ao mesmo tempo: é assíduo no acompanhamento das milhares de lives ofertadas; está concluindo vários cursos oferecidos por plataformas on line; praticando dança,  atividades físicas,  culinária, artesanato, enfim... É um exímio conhecedor e praticante dos mais variados aplicativos.

Entenda que cada um tem seu ritmo e seu tempo de resposta aos estímulos externos. Não se sucumbir a essa pressão também faz parte. E sim, você é normal quando não dá conta de tudo ou não se sente motivado a acompanhar ou fazer tudo o que está sendo oferecido. Não é um crime não acompanhar todas as lives, fazer os cursos ou estar em conexão direta todo momento. 

Não precisamos corresponder às expectativas do mundo sempre. Tenha essa consciência e sua saúde mental agradecerá. Cada um de nós é um ser único e em nossa individualidade trazemos uma essência singular - essência essa que irá determinar o nosso ritmo. Compreender a sua velocidade, dominar suas emoções, reconhecer suas reais necessidades, desejos e falhas é sinônimo de autoconhecimento.  Portanto, não acelere  e não negligencie seu "tempo interior" simplesmente para dizer ao mundo que sua quarentena está sendo produtiva. 

Cobrar e culpar-se por tudo, sem respeitar seus limites e seus anseios, sem dúvida alguma só irá aumentar a sua angústia.  É muito importante ouvir seu próprio chamado interno. Fazer as coisas ao seu tempo. Lembrando sempre que o prazer na realização das atividades deve estar acima da sua autocobrança de TER QUE...Não se sinta exaurido e nem obrigado a nada. Tudo o que gera desconforto, foge da normalidade. 

Portanto,  não faça nada por obrigação,  sem vontade, apenas para atender ao apelo do bombardeio de sugestões de ocupação em tempos de pandemia. Seja honesto e genuíno com sua essência e seu ritmo. Não force uma motivação.  O desejo em realizar qualquer coisa  deve surgir naturalmente; para agregar, conciliando benefício e prazer. Quando o incômodo se instala, é possível que o equilíbrio emocional seja ferido e que ocorra o acionamento do gatilho para um processo de transtorno de ansiedade generalizada, até de depressão. Não alimente a neurose da produtividade que os tempos atuais têm trazido. Se todo excesso reflete uma falta, tenha cautela para não provocar uma exaustão mental, pincelada por culpas e cobranças,  através de uma pressão insana. Viva um dia de cada vez sendo fiel ao seu ritmo e aos seus desejos.




 


Dra Andrea Ladislau -  Doutora em Psicanálise * Membro da Academia Fluminense de Letras - cadeira de numero 15 de Ciências Sociais * Administradora Hospitalar e Gestão em Saúde * Pós Graduada em Psicopedagogia e Inclusão Social * Professora na Graduação em Psicanálise * Embaixadora e Diplomata In The World Academy of Human Sciences US Ambassador In Niterói * Membro do Conselho de Comissão de Ética e Acompanhamento Profissional do Instituto Miesperanza * Professora Associada no Instituto Universitário de Pesquisa emPsicanálise da Universidade Católica de Sanctae Mariae do Congo. * Professora Associada do Departamento de Psicanálise du Saint Peter and Saint Paul Lutheran Institute au Canada, situado em souhaites. 


O ambiente de trabalho pós-quarentena


A psicóloga Valeska Bassan comenta quais os cuidados e atitudes que os colaboradores e gestores devem ter ao retornar as atividades


Pouco mais de um mês e meio após o início da quarentena, o governo começa a estudar um possível relaxamento do confinamento com a reabertura parcial das empresas. Mas você já parou para pensar no impacto psicológico que o retorno ao trabalho irá causar?  São muitas as dúvidas que pairam sobre o pensamento de grande parte da população sobre os mais diversos aspectos, sendo a maioria voltada ao impacto econômico e sanitário deste momento.

Muitas empresas optaram por manter as atividades home office, mas essas mudanças abruptas trazem muito desconforto e insegurança a curto e médio prazo. “Está sendo uma transformação significativa para todos. Trabalhar de casa não é uma tarefa fácil, exige disciplina, organização, espaço físico adequado. A situação se agrava para quem tem filhos ou que mora com muita gente no mesmo local”, comenta a psicóloga Valeska Bassan.

A especialista alerta ainda que esse estresse causado pela pandemia cause ansiedade além do comum, num ambiente em que as pessoas estão rodeadas de insegurança sobre o amanhã, e podem trabalhar além da conta, sem perceber, tendo o que chamamos de Síndrome de Burnout, um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante.

Segundo levantamento feito pela International Stress Management Association (Isma-BR) estima-se que 32% dos trabalhadores brasileiros sofram com esse tipo de stress. De oito países analisados, estamos à frente da China e dos Estados Unidos – e perdemos apenas para o Japão, onde 70% da população apresenta os sintomas do burnout, segundo ranking elaborado pela Isma-BR.

Para Valeska, é importante que empresas e colaboradores entendam que é completamente normal apresentarem distúrbios emocionais após esse período. E como a prevenção é sempre o melhor remédio, não espere que colegas e colaboradores estejam apresentando os sintomas para buscar ajuda. Faça isso antes, preventivamente. Assim, além de manter a equipe mais tranquila e motivada, haverá um ponto de apoio profissional.

Se você lidera uma equipe, vale a pena buscar um profissional da psicologia para acompanhar esse retorno de uma forma mais leve. E se você é um colaborador, que tal conversar com os superiores e levar esta ideia?

Neste momento, a volta ao trabalho vai muito além de compartilhar um espaço físico e entregar resultados. Será um momento de novos aprendizados e um esforço comum na busca de motivação e positividade.

Não há como afirmar que tudo voltará ao normal, pois talvez surja um “novo normal” por meio da adaptabilidade incrível que o ser humano tem. Para isso, vale a pena refletir sobre o assunto desde já, para que a nova rotina seja mais leve e não gere nenhum trauma ou cause distúrbios emocionais. Será um momento onde todos precisarão ter empatia com o próximo e respeitar os medos e as emoções alheias.



6 passos para usar a tecnologia a seu favor nesta quarentena


  Modificarmos nossas rotinas para melhorar a nossa qualidade de vida
 
O isolamento social trouxe novos desafios. Esta semana a maioria dos governos estaduais prorrogaram até o dia 10 de maio a quarentena. Estima-se que o consumo da internet cresceu 70% pelos brasileiros e que o engajamento (compartilhamento, curtidas, conteúdo, e etc) cresceu 61%, segundo a Kantar, empresa de pesquisas. Os dados foram divulgados em Março e mostram a mudança dos hábitos dos brasileiros diante do isolamento social.
"Antes vivíamos no automático, agora que temos todo esse tempo livre não sabemos o que fazer! Temos o grande dilema do que fazer com as horas de deslocamento, por exemplo. O isolamento nos impôs a tomada de decisão,do que vamos fazer no dia, e isso requer disciplina. Não é uma tarefa fácil", afirma Augusto Jimenez , Diretor e psicólogo educacional da Minds Idiomas .
Segundo ele, aliar a tecnologia e usar ela a nosso favor, pode ser a saída para organizarmos esse tempo " livre". Veja 6 dicas do que fazer nesta quarentena com o uso da tecnologia, segundo o especialista:
 
Manutenção da saúde mental e física
Cuidar da saúde física e mental é muito importante com ou sem o isolamento. Agora com tempo livre dedique-se a você! Há aplicativos como o Medita (IOS) e o 5 minutos (IOS e Android) que são apps para meditação guiada. Além de ser possível fazer terapia (psicólogo e psicanalista) online.
Para a saúde física, o FitNotes é bom para fazer exercícios em casa e é gratuito.
Há ainda empresas que alugam equipamentos como bicicletas e esteiras. A economia compartilhada favorece o compartilhamento de equipamentos para se exercitar gratuitamente.
 
• Se especialize e tenha uma vaga no mercado de trabalho
Agora é o momento ideal para fazer cursos online. Melhorar o inglês, espanhol, e/ou fazer cursos de aperfeiçoamento na própria área de trabalho.
Há áreas como logística, desenvolvedor de aplicativos e na área de saúde que tiveram aumento na demanda por profissionais. Fazer um curso nessas áreas combinado com o inglês é um bom caminho para as portas se abrirem no mercado de trabalho durante e após a pandemia. Na Minds Idiomas temos o curso 100% online, regular flex, com duração de 18 meses. Além do curso Learn To Travel gratuito por 30 dias. 

• Ler mais - conhecendo os autores
A #juntospelolivro disseminada no instagram foi aderida por diferentes editoras que estão disponibilizando livros gratuitos, live com os autores, bate papos virtuais entre os leitores, entre outras ações. Outra tag é a #FiqueEmCasaLeiaMais da editora Harper Collins no Brasil. Por meio dessa #, várias lives, descontos em e-book, e outras ações tem sido feita neste mês de Abril.
 
• Cozinhar com apps
Seja você vegetariano e/ou fanático por doces, cozinhar é terapêutico. E há muitos aplicativos que podem ajudar nas receitas e o melhor de graça!
O APP Tastemate mostra o passo a passo das receitas por vídeos. O Facebook tem grupos de veganos e vegetarianos com receitas nutritivas e que aumentam a imunidade. E muitos outros! Comece seguindo uma página que as próprias redes sociais irão te sugerir novas páginas para seguir sobre culinária!
 
• Estreitar laços com os amigos e familiares
A tecnologia nos aproxima em uma fase como a atual. É importante manter contato principalmente com os idosos! Que são do grupo de risco e não podem receber os filhos e netos em casa! Aqui vale a ligação, whatsapp, chamada de vídeo, skype, zoom, tudo para ficar próximo dos nossos.
Vale jogos como stop e até imagem e ação com os amigos! Isso faz passar o tempo com diversão.
 
• Filmes e games
Plataformas como HBO e FOX liberaram, em alguns locais, os seus canais de forma gratuita. Além do famoso Netflix temos os games. Playstation, Nintendo, entre outros. É bom para a mente desde que usado com uma quantidade de horas limitada. Desenvolve a capacidade lógica das crianças e adultos, e aumenta o vínculo entre pais e filhos.

 

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