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quarta-feira, 5 de junho de 2019

Guerra entre facções criminosas está relacionada a alto número de homicídios no Norte e Nordeste, sugere estudo


Levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (5), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)


O patamar de 31,6 homicídios por 100 mil habitantes, registrado nos últimos dois anos no Brasil, pode ser explicado – principalmente nas regiões Norte e Nordeste – pela guerra entre facções criminosas.

A constatação vem do Atlas da Violência, divulgado nesta quarta-feira (5), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

O coordenador de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia do Ipea, Hélder Ferreira, analisa que esse agravo de homicídios por conta de facções nas regiões Norte e Nordeste pode ser notado por conta dos massacres que ocorridos em presídios.

“Isso faz com que trabalhamos com a hipótese de que uma das principais explicações para o homicídio no Norte e Nordeste está relacionada a essa guerra de facções criminosas.”, confirma Ferreira.

O atlas mostra que o número de pessoas assassinadas com armas de fogo cresceu 6,8% no país, entre 2016 e 2017. Em 2017, 65 mil mil pessoas foram mortas no Brasil, sendo que 47,5 mil (72,4%) foram vitimadas por tiros.

Segundo Ferreira, o estudo indica que o Estatuto do Desarmamento teve uma importância para contenção ainda maior das taxas de homicídio. “Um outro estudo de um dos participantes indicou que uma maior prevalência da arma de fogo leva um aumento de homicídios”, completa.

Já o número de armas em posse de civis só aumenta desde 2017. Até abril de 2019 houve alta de 10% em relação a 2018 nos registros para a posse de armas concedidos pela Polícia Federal.


Estados

O levantamento aponta um crescimento nos índices de assassinatos em sete estados: Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Espírito Santo, Acre, Amazonas .

O destaque vai para o Ceará e para o Acre, com alta de 48,2% e 39,9%, respectivamente.

O atlas registrou uma diminuição em 15 Unidades da Federação, como Rondônia e no Distrito Federal – que tiveram baixas de 22% e 21,4%.

Os motivos dos crimes explicados por Ferreira são a posse de arma de fogo, o uso e tráfico de drogas ilícitas e resolução violenta dos conflitos interpessoais.
Já no Acre, mais de 10 rotas do tráfico de drogas vindas do Peru e da Bolívia determinariam o rumo tomado pelas mortes – a maioria ligada ao rastro violento deixado pela disputa de poder entre traficantes.

Para Ferreira, há a necessidade de uma estruturação de políticas do estado para diminuir as taxas de homicídios, com ações preventivas focadas na infância e juventude, em territórios mais vulneráveis.

"Cada vez mais as informações têm avançado no sentido de permitir identificar, nas cidades que tem mais taxas de homicídios, quais são os bairros que os homicídios têm acorrido em montante maior. [É preciso] Investir em políticas que envolvam questões de mediação de conflito, o aumento do trabalho de inteligência policial. Acho que isso é importante para gente conseguir mudar essa realidade”, explica.


Violência com pessoas LGBTI+

O Atlas também traz pela primeira vez uma análise para mostrar a violência contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais (LGBTI+).
No último ano, houve crescimento de 127% de denúncias de homicídio contra a população LGBTI+.

O levantamento foi feito com base em dados do Disque 100, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, e dos registros administrativos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde. O Disque 100 analisa e encaminha denúncias de violações de direitos humanos desde 2011.





No Dia Mundial do Meio Ambiente, CFMV lança cartilha de gestão de resíduos de serviços de saúde animal


Para marcar o Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, o Conselho Federal de Medicina Veterinária lança a cartilha sobre o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde Animal Simplificado (PRGSSA) para registrar o comprometimento da Medicina Veterinária com o desenvolvimento sustentável e a responsabilidade ambiental. O objetivo da publicação é orientar os médicos-veterinários sobre a legislação ambiental relacionada à Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) e as boas práticas de manejo de resíduos nos estabelecimentos prestadores de serviços em saúde animal.

“Como profissionais da área de saúde, os médicos-veterinários geram resíduos no exercício de suas atividades, em especial nos serviços de atendimento em saúde animal. Nosso objetivo com esse documento é informar e orientar os profissionais sobre os requisitos legais para e fornecer uma ferramenta de trabalho simplificada para que possam elaborar e colocar em prática o Plano de Gerenciamento de Resíduos nos estabelecimentos”, explica a médica-veterinária Elma Polegato, da Comissão Nacional de Meio Ambiente (CNMA/CFMV) e uma das idealizadoras do conteúdo da cartilha.

De forma bem didática, a publicação explica como acondicionar cinco tipos de resíduos e ainda dá exemplos de itens em cada grupo: infectantes, químicos, radioativo, comum e perfurocortante. Também fornece as planilhas do Plano de Gerenciamento Simplificado que servem para auxiliar o responsável técnico dos serviços de saúde animal a identificar os resíduos e a fazer o controle da destinação adequada e orienta sobre a segurança e a saúde do trabalhador envolvido na gestão dos resíduos e ainda. 

“Com o uso do Plano, o manejo nos estabelecimentos veterinários será simplificado, mantendo a geração de resíduos em níveis mínimos praticáveis de volume, reduzindo os riscos de exposição a agentes perigosos, bem como os custos para o gerenciamento dos resíduos”, garante Polegato.

De acordo com a médica-veterinária, os resíduos gerados nos serviços de saúde necessitam de atenção especial em todas as suas fases de manejo, uma vez que seus componentes químicos, biológicos e radioativos podem oferecer riscos graves e impactos imediatos à saúde ocupacional daqueles que os manipulam na assistência médico-veterinária ou no setor de limpeza; e também ao meio ambiente, em razão da destinação inadequada.

O conteúdo foi produzido pela Comissão de Saúde Ambiental, do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV/SP), e adaptada para utilização em nível Federal pela atual CNMA do CFMV. Ao final, a cartilha traz as referências nacionais, mas os profissionais também devem ficar atentos à legislação estadual e municipal de onde atuam.


5 de junho

Em 1972, no primeiro dia da Conferência de Estocolmo sobre o Ambiente Humano, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) designou essa data como Dia Mundial do Meio Ambiente. Nessa mesma data foi criada a ONU Meio Ambiente.

Só dois anos depois foi comemorado o primeiro Dia do Meio Ambiente com o mote “Apenas Uma Terra”. Desde então, há cinco décadas, a ONU celebra a data propondo ações e reflexões sobre um determinado tema. Em 2019, a proposta é “Combater a Poluição do Ar”, uma questão crítica que atinge a saúde de todos: do homem, do meio ambiente e dos animais. 

Para explicar como cada um pode contribuir para melhorar a qualidade do ar ao seu redor, a médica-veterinária, Elma Polegato, produziu um material com base na campanha da ONU deste ano. Confira!

Sociedade Brasileira de Dermatologia alerta sobre riscos de brincadeiras com fogo durante época de festa junina

Entidade dá dicas para evitar queimaduras acidentais e de ações de primeiros socorros


Junho é o mês das festas juninas, uma tradição folclórica marcada por muitas comidas típicas, brincadeiras, quadrilhas e roupas caipiras ou quadriculadas. Para muitas pessoas a festa também é marcada por estalinhos (brinquedos com pólvora), fogueiras, balões e fogos de artifício. Por isso, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) aproveita a época e pede que a população fique bem atenta aos riscos de queimaduras decorrentes de brincadeiras com fogo.

As fogueiras são um símbolo das festas juninas, mas é preciso ter muito cuidado com a aproximação do fogo, principalmente, com crianças pequenas que não conseguem ter dimensão do perigo. Os fogos de artifício, se manuseados de forma incorreta, podem causas queimaduras, além de mutilações nos dedos, machucados nos olhos e até a surdez. Os inocentes estalinhos, feitos de pólvoras, também são perigosos, podendo causar grandes acidentes. Já o ato de fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas, áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano, além de proibido, é considerado crime ambiental e pode causar sérios riscos à saúde. 

É válido lembrar que queimaduras são lesões na pele provocadas geralmente pelo calor, mas também podem ser provocadas pelo frio, pela eletricidade, por certos produtos químicos, por radiações e até fricções. Segundo Samuel Mandelbaum, Médico Dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia, “a pele pode ser destruída parcialmente ou totalmente, atingindo desde pelos até músculos e ossos. Os tipos de queimaduras são: 1º grau - quando atinge a camada mais superficial da pele, lesão é vermelha, quente e dolorosa; 2º grau superficial - que gera bolhas e muita dor; 2º grau profunda - quando é menos dolorosa, a base da bolha é branca e seca; e 3º grau - que é indolor, acomete todas as camadas da pele e pode chegar até aos ossos e gerar sérias deformidades”, alerta Dr. Samuel.

Quando o cuidado não for o suficiente e a o acidente com o fogo acontecer, a SBD recomenda algumas ações de primeiros socorros. Coloque a área queimada debaixo da água fria ou coloque compressas limpas e frias sobre a queimadura até que a dor desapareça. Este é o melhor tratamento de urgência da queimadura até que se procure atendimento médico. Para as queimaduras de 1º grau, é importante manter a área de queimadura hidratada, usando óleo mineral ou vaselina líquida. Já no caso de formação de bolhas, as mesmas não devem ser retiradas, pois elas servem de curativo biológico. Deve-se procurar um médico, e após a cicatrização, é necessário usar filtro solar para evitar o surgimento de manchas.

A SBD também alerta que tratamentos caseiros de queimaduras podem causar infecções na ferida e alergias. Não é recomendado usar pasta de dente, clara de ovo, manteiga ou outras receitas indicadas por amigos ou buscadas na internet. Os tratamentos dependerão do tipo de cada queimadura e extensão e podem ser indicados por um médico dermatologista. Para mais informações, acesse www.sbd.org.br e procure uma médico associado à SBD.


Busque atendimento médico imediato se:

- A queimadura for considerada de segundo ou terceiro graus.

- A área queimada for grande, mesmo que a queimadura não pareça grave, ou sempre que a queimadura parecer cobrir mais de 15 a 20% do corpo.

- A queimadura for provocada por fogo, corrente elétrica ou substância química.

- A queimadura for no rosto, couro cabeludo, articulações ou genitais.

- A queimadura parece estar infectada (inchada, com pus, cada vez mais roxa ou com linhas roxas na pele que rodeia a ferida).


6 mitos sobre vendas e um brinde



1. “Eu não gosto de vendas”

Você já escutou isso? Provavelmente você mesmo já falou isso uma vez, não?
Mas, saiba duas coisas importantes: primeiro, se você “não gosta” de vendas é porque provavelmente tem uma imagem negativa na sua cabeça. Por exemplo: a vendedora na loja que tenta empurrar produtos para você ou aquele vendedor chato que fica ligando tentando vender algo que você não precisa e, muitas vezes, nem tem dinheiro para comprar. Porém, esses são casos extremos.

É preciso entender que tudo na vida e na sociedade em que vivemos envolve vendas. A todo momento há a relação entre vendedor e comprador. Quando você vai a escola e quer fazer amigos, qual ação tomar? Se vender. Ou melhor, vender a sua imagem. As provas na escola ou na faculdade e um namoro também contam com a habilidade em vendas. Para arrumar emprego e mantê-lo é preciso se vender todos os dias.


2. Vendas são uma ferramenta e não o objetivo

Para alcançar seus objetivos, lembre-se de que é preciso alavancar o seu poder, isso requer melhorar sua habilidade de vender. Para quase todas as atividades, é preciso dinheiro e a melhor forma de obtê-lo rapidamente é no ramo de vendas. Mas, se você é um prestador de serviços, as vendas aparecem como ferramenta para divulgar o seu trabalho e, consequentemente, melhorar o lucro.  Entenda que o mercado precisa de vendedores e vai pagar muito para aqueles que são bons nessa função.

Quando saí do exército,  falei para mim mesmo: “vou trabalhar em tudo, menos com vendas, detesto!”. Tive todos os preconceitos possíveis em relação a essa área, até que um dia um amigo me ligou dizendo que tinha uma proposta para eu ganhar bastante dinheiro. Ele explicou que tudo que eu precisava saber na vida era vender. A partir disso, entendi que para alcançar meus objetivos é preciso saber vender e, para isso, preciso tirar meus preconceitos sobre o assunto e me transformar na pessoa com a qual eu gostaria de comprar!


3. Ser um bom vendedor não significa ser chato ou vender qualquer coisa para qualquer um

Uma das lições que aprendi no mercado de vendas é que você só vai ganhar o que merece. Em outras palavras: você ganhará conforme o valor que agrega para o mercado! Ou seja, para ganhar mais, agregue mais valor ao mercado.
O que você tem a oferecer para o benefício do mundo? Por que alguém tem que comprar o seu produto e não o dos outros? Por que alguém tem que lhe contratar? Por que alguém gostaria de estar perto de você, ter contato profissional ou pessoal contigo?

Pode ser que você tenha um produto medíocre, ou um produto comum no mercado, mas entenda: quando você colocar as necessidades do seu cliente antes do desejo de ganhar dinheiro, fará fortunas!

Isso eu falo com mais detalhes no meu livro O segredo da prosperidade judaica.


4. O bom vendedor nunca fala “NÃO” para o cliente

A coisa que mais detesto quando ligo para um atendimento ao cliente, estou em uma loja ou tentando contratar algum serviço, é quando respondem “não” para algo que é possível.

Ao falar não para um possível cliente você, além de perdê-lo, acabou com as chances de indicações de um consumidor satisfeito que poderia trazer outros tantos.  Quando você fala “não”, cria uma onda negativa que provavelmente estragará a venda e até um relacionamento futuro.

Independente da dificuldade para conseguir o que o cliente quer, evite o “não” e troque por: “olha, deixa eu ver o que posso fazer para te ajudar. Caso não consiga, posso indicar um parceiro que poderá auxiliar da melhor forma”. Quando perceber que não consegue atender o desejo do cliente, indique alguém que consiga. É importante fazer parcerias com profissionais que podem contribuir para a sua clientela! 


5. Vendedor profissional ou profissional de vendas

Quando entramos em uma loja de eletrodomésticos ou concessionária de carros, logo aparece um vendedor e pergunta se precisamos de ajuda. Basta falar “sim” e o que está procurando para que ele comece a divulgar os melhores produtos e os mais caros, afinal, ele ganha comissão.

Eu faço apenas uma pergunta: “Meu amigo, você tem esse produto em casa?”. Se a resposta for “não”, então ele é um profissional de vendas que quer vender um produto porque irá ganhar comissão.

Mas, se ele responde para você que tem o mesmo carro em casa que está tentando vender, ele vive o que está falando, ou seja, não está apenas procurando vender, mas ter um parceiro que usufruirá da mesma experiência que ele vive! Esse é um vendedor profissional, não aquele que procura ganhar comissão, mas que vive o produto, vende a experiência e procura uma parceria e relacionamento com o cliente.


6. Como vender tudo para todos!

O sonho de todo vendedor, independente do ramo, é conseguir vender o seu produto para qualquer cliente. Isso só é possível se seguir os cinco passos anteriores. Mas, existe um segredo para conseguir vender o seu produto para qualquer pessoa: coloque o cliente antes do seu produto.

O que significa isso? Vou te mostrar por meio de um exemplo que apresento nas palestras e apresentações sobre o meu livro O segredo da prosperidade judaica.

Quando finalizo o evento, pergunto à plateia se alguém está interessado em comprar a obra e chamo para vir à frente. Pergunto: quanto você acredita que custa o livro? Quanto vale para você alcançar sua cura verdadeira e o equilíbrio físico e emocional? Tem algum valor? Quanto vale para você saber como quitar suas dívidas e alcançar a liberdade financeira? Tem algum valor? E, para finalizar, quanto vale, para você, descobrir sua missão na vida, o seu propósito para cumprir nesse mundo? Tem algum valor?! Agora, se eu falar para você que o livro vale R$ 1000,00, podendo parcelar dez vezes, valerá para você? Mas, não esquenta, custa R$ 49,90!

Nesse momento, a pessoa já esta com o livro pago. Pelo simples motivo de que mostrei o valor do meu produto. Sempre coloque o benefício do cliente antes da sua vontade de ganhar dinheiro.

E a última dica que fará fortunas: sempre dê mais para o cliente do que ele espera. BE LARGE (SEJA GRANDE)!





R. Dor Leon Attar - Nascido em  Israel, R. Dor Leon Attar é sargento da reserva da Força de Defesa Israelense, é empresário investidor em várias áreas de atuação. É também escritor, além de formado em acupuntura Coreana e medicina chinesa. Dor Leon é um palestrante transformador, pois realiza diversos eventos em todo Brasil tendo como assunto central temas unicamente relativos ao judaísmo e Mentalidade Positiva Judaica, assuntos nos quais R. Dor Leon é treinador especialista e tem ajudado milhares de pessoas em todo o Brasil a conhecerem profundamente o verdadeiro judaísmo e a transformarem suas vidas. Residente no Brasil há mais de dez anos, tendo já obtido a cidadania brasileira, é supervisor na Empresa Herbalife, e fundador da Associação Judaísmo em Ação, que tem por finalidade de promover a verdade sobre o judaísmo e a sabedoria milenar judaica.


A MP da Liberdade Econômica e sua repercussão no Direito Tributário


A Medida Provisória nº 881/19 de 30 de abril instituiu, principalmente, a Declaração de Direitos de Liberdade Econômica, além de medidas de proteção à livre iniciativa e exercício de atividade econômica.


Em seu bojo, trouxe alterações que impactam diretamente o Direito Tributário, em especial em relação à desconsideração da personalidade jurídica, com determinação específica dos conceitos de desvio de finalidade e confusão patrimonial, que anteriormente ficavam a cargo de interpretações das partes ou do judiciário, vide as alterações no artigo 50 do Código Civil promovidas pela MP 881/19.

Essa importante mudança faz com que haja maior precisão acerca das hipóteses em que sócios ou administradores de empresas acabem por responder com seus bens em caso de dívidas da empresa, inclusive tributárias. Pela nova redação, apenas administradores ou sócios que tenham se beneficiado direta ou indiretamente com o abuso da personalidade jurídica (por desvio de finalidade ou confusão patrimonial) é que poderão responder com seus bens particulares.
Outro ponto de grande impacto se relaciona à uma possível maior segurança jurídica no Direito Tributário, decorrente das importantes alterações que o artigo 14 da MP faz na Lei Federal de nº 10.522/200, que regulamenta o Cadastro Informativo de créditos não quitados do setor público federal (Cadin).

Com a inclusão do artigo 18-A em seu teor, fixou-se a competência de regulamentar atos da Fazenda Nacional através de um comitê formado por integrantes do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil do Ministério da Economia e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. Esse ente editará enunciados de súmulas da administração tributária federal, uniformizando o entendimento e estabelecendo a vinculação de atos ordinários (regulamentos, portarias etc.) a essas súmulas.

Mais, a alteração do artigo 19 da mesma lei, trouxe a obrigatoriedade da Fazenda Nacional em não contestar, oferecer contrarrazões ou interpor recursos quando, através de parecer do Procurador-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) ou do Advogado-Geral da União, estes concluam no mesmo sentido em que o contribuinte, da mesma forma, quando houver súmula de tribunal.

Há, no mesmo artigo, a faculdade da Fazenda Nacional de desistir dos recursos já interpostos, o que favorece muitos contribuintes, claro que isso se dará quando não houver qualquer outro fundamento para o prosseguimento das ações. Nesse sentido, no dia 03 de junho, foi anunciado termo de acordo firmado entre o Superior Tribunal de Justiça e a PGFN para que esta peticione pela desistência nos processos com créditos de “baixa recuperabilidade”, ou seja, com pouca chance de serem efetivamente recebidos.

Além disso, com a inclusão do artigo 19-A na Lei do Cadin, os auditores fiscais da Receita Federal não poderão constituir créditos tributários nas hipóteses previstas no artigo 19, isto é, havendo parecer favorável ao contribuinte, vinculará todos os atos da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, no que diz respeito a créditos tributários.

Além disso, pela redação dada ao artigo 19-C, ainda em se tratando da Lei Federal nº10.522/2002, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional poderá deixar de ajuizar, contestar ou interpor recursos em ações que, em razão do ínfimo benefício patrimonial, não atender aos critérios de racionalidade, de economicidade e de eficiência. Questões relativas a créditos de pequena monta poderão deixar de ser cobradas pelo ente estatal. Tanto que no dia 29 de maio foi publicada a Portaria PGFN nº 520/2019 para autorizar a suspensão de execuções fiscais cujo valor consolidado seja igual ou inferior a um milhão de reais ou cujos débitos sejam considerados irrecuperáveis ou de baixa perspectiva de recuperação, desde que não constem dos autos informações de bens e direitos úteis à satisfação, integral ou parcial, do crédito executado.

Podem parecer poucas e de pouco impacto essas alterações, mas para os profissionais do Direito Tributário, elas podem ser a diferença quando da defesa do contribuinte perante a Fazenda Nacional, uma vez que existindo a possibilidade de extensão de interpretações entre atos regulatórios, o contribuinte poderá vir a ser efetivamente beneficiado e ter maior segurança jurídica nos seus pleitos nas esferas administrativas e judiciais.




Letícia Mary Fernandes do Amaral - advogada tributarista, sócia da Amaral, Yazbek Advogados e vice-presidente do IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação.


Dia do Meio Ambiente: veículos são os principais culpados pela poluição do ar em centros urbanos


Ações de melhoria da mobilidade urbana podem trazer benefícios para o meio ambiente e para a saúde


Hoje, dia 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente que tem como tema a poluição do ar, escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) alerta que a questão no Brasil é um desafio. 

Isso porque as principais fontes de emissão de poluentes nas regiões metropolitanas são móveis: carros, ônibus, caminhões e motos. Somando-se a isso, nem todo brasileiro pode saber o que respira, já que apenas 12 unidades da federação têm alguma informação acerca da qualidade do ar.

Atualmente, sete poluentes são regulados no país por seus reconhecidos danos à saúde, ou seja, devem ser acompanhados pelo poder público: fumaça, partículas totais em suspensão (PTS), partículas inaláveis (MP10), partículas inaláveis finas (MP2,5), dióxido de enxofre (SO2), dióxido de nitrogênio (NO2), monóxido de carbono (CO) e ozônio (O3). “A diminuição da poluição é um desafio em centros urbanizados devido ao grande volume de carros. Principalmente para alguns poluentes que sua formação é complexa, como o material particulado e o ozônio”, alerta Beatriz Sayuri Oyama, pesquisadora do IEMA.

Os governos estaduais e distritais são responsáveis pelo monitoramento da qualidade do ar e, das 27 unidades da federação, ele é feito pelo: Distrito Federal, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Goiás, Bahia, Mato Grosso do Sul e Sergipe -  sendo que não há informação sobre a continuidade do monitoramento realizado por esses dois últimos estados. Vale ressaltar que as maiores redes de monitoramento se concentram na Região Sudeste do país, e as regiões metropolitanas dos demais estados que possuem monitoramento dificilmente aparentam ter uma cobertura adequada para acompanhamento da qualidade do ar. Assim, parte da população segue sem saber o que respira.

A falta de conhecimento sobre as fontes poluidoras também é outro desafio. Os dados sobre quais são as fontes, os poluentes e suas quantidades emitidas; quando essas emissões ocorrem são informações essenciais para qualquer medida de gestão do problema de poluição. Esses dados são compilados e apresentados em Inventários de Fontes Poluidoras do Ar, contudo há pouca informação disponibilizada.


Quem emite tanta poluição

As emissões veiculares são comuns em regiões densamente povoadas, uma vez que o aumento da quantidade de veículos está relacionado ao aumento da população. E o que fazer para controlar uma frota de veículos. Para evitar esse tipo de emissão, medidas focando principalmente na melhoria de tecnologias e na promoção do uso de combustíveis mais limpos têm sido tomadas por meio do Programa de Controle de Emissões Veiculares (PROCONVE).


Dividido em etapas, o programa foi desenhado em 1986 e até hoje tem suas fases atualizadas pelo CONAMA. Em lugares em que o monitoramento da qualidade do ar é suficiente para acompanhar medidas para redução de poluentes, como é o caso da cidade de São Paulo, a diminuição de alguns poluentes, tais como CO e NO2, está associada às melhorias trazidas pelo PROCONVE.

Porém, a queda na concentração de alguns poluentes não é notada, como no caso do material particulado e do ozônio. O material particulado é emitido pelo processo de queima dos combustíveis, também pelo desgaste dos componentes do carro como pneus e freios e da própria pista, além de sofrer processos na atmosfera que alteram sua composição química. Já o ozônio se forma por meio de reações químicas de outros poluentes lançados na atmosfera na presença da luz do sol. “Neste caso, a melhoria de tecnologias e combustíveis, embora extremamente necessária, parece atingir um limite no impacto da melhoria da qualidade do ar”, conta Oyama.


O que os olhos não veem, o corpo sente

Os efeitos à saúde dos chamados poluentes atmosféricos estão relacionados ao agravamento de doenças respiratórias, cardiovasculares e neurológicas, especialmente em crianças e idosos. Estudos indicam a correlação entre a exposição a alguns poluentes e a ocorrência de diferentes tipos de câncer.


A poluição atmosférica também afeta os ecossistemas. A deposição dos poluentes nas plantas pode levar à redução da sua capacidade de fotossíntese provocando, por exemplo, queda da produtividade agrícola. A acidificação das águas da chuva e a contaminação dos recursos hídricos, dos biomas aquáticos e do solo também são consequências.


Como enfrentar o problema

Uma das maneiras de se combater a poluição do ar é investindo em transporte público de qualidade, eficiente e que use combustíveis mais limpos. Na cidade de São Paulo, por exemplo, em 2013 foram implementadas faixas exclusivas de ônibus que permitiram que estes trafegassem a maiores velocidades. Assim, o tempo de viagem foi reduziu e, consequentemente, os poluentes originados da emissão veicular também diminuíram. Afinal, velocidades médias mais elevadas fazem com que os veículos consumam menos combustível e emitam menos poluentes. Reduzir o uso de automóveis e promover e usar o transporte ativo como praticar a caminhada, andar de bicicleta ou patinete também são maneiras de se evitar a poluição do ar. Ar mais limpo pode ser sinônimo de qualidade de vida.


Empréstimo de nome é responsável por 24% dos casos de inadimplência, mostra pesquisa CNDL/SPC Brasil


32% dos entrevistados emprestaram nome sem saber a quantia que seria usada; 53% tiveram de arcar sozinhos com a dívida e em 94% dos casos, amizade ficou abalada após episódio


O empréstimo de nome é uma das principais causas da inadimplência no país. Um levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que, entre os brasileiros que limparam o nome nos últimos 12 meses, 24% haviam entrado para a lista de inadimplentes porque emprestaram o próprio nome a terceiros. Mais da metade (51%) dessas pessoas emprestaram o nome com a intenção de ajudar quem fez o pedido, enquanto 16% ficaram com vergonha de dizer não.

De acordo com a pesquisa, a proximidade é algo que acaba facilitando esse tipo de abordagem. Em 27% dos casos o pedido de nome emprestado partiu de amigos. Em seguida aparecem os pais (14%), filhos (14%) e cônjuges (13%). Os colegas de trabalho ficaram em quarto lugar na lista, com 12% de citações.

Na avaliação do educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, emprestar o nome para amigos ou conhecidos é uma atitude solidária, mas que pode causar prejuízos. “A pessoa que pede esse tipo de favor, geralmente, já tem o próprio nome com restrição ou está com a vida financeira desorganizada, então o risco de não receber o valor gasto é alto. Não se deve emprestar o nome sem antes refletir sobre as consequências dessa decisão. Do ponto de vista legal, quem emprestou o nome é sempre o responsável pela dívida feita”, alerta o educador.

Apesar dos transtornos financeiros gerados pela atitude, 45% dos entrevistados voltaram a emprestar o nome a outras pessoas, principalmente pelo pedido ter vindo de alguém muito próximo (22%) ou por não querer prejudicar o relacionamento com a outra pessoa (10%).


Cartão de crédito é o tipo mais comum de empréstimo de nome; 32% não sabiam o valor que seria gasto por terceiro

Na maior parte dos casos, o empréstimo de nome se deu por meio do cartão de crédito (35%). O cartão de loja (20%) é o segundo meio mais comum nesse tipo de prática, seguido dos financiamentos (17%) e dos empréstimos pessoais (14%).

A pesquisa ainda revela que nem sempre há transparência entre as partes no que diz respeito às condições em que o empréstimo é feito. Quase um terço (32%) dos entrevistados reconhece que emprestou o nome sem nem ao menos ter conhecimento do valor que seria gasto. Outro 26% até acordaram uma quantia, mas o combinado não foi cumprido e a pessoa acabou gastando mais do que deveria.

Os produtos eletrônicos, como computadores, celulares e TVs (22%) despontam como o principal tipo de aquisição feita em nome de terceiros. Depois aparecem eletrodomésticos (19%), materiais de construção (11%) e móveis para casa (10%). Outra constatação é que 32% dos entrevistados não sabiam o que seria adquirido com a compra feita em seu nome.

“Quem empresta o nome precisa entender a real necessidade do outro lado. Muitas vezes, a melhor ajuda é orientar esse amigo ou familiar a dar prioridade para o pagamento de dívidas em vez de estimular que a pessoa assuma mais compromissos, sem saber se ela terá condições de arcar com o pagamento mais para frente”, explica Vignoli.


53% tiveram de arcar sozinhos pela dívida contraída em seu nome; 30% não cobraram pelo dinheiro não recebido

Exemplo de que o empréstimo de nome raramente termina bem é que 53% dos entrevistados estão arcando sozinhos pelo pagamento da dívida feito por terceiros. Em apenas 32% dos casos, a pessoa que pediu o nome emprestado assumiu inteiramente o compromisso de quitar a pendência e 14% estão pagando a dívida conjuntamente.

Para conseguir recuperar o crédito na praça, 90% dos que arcaram com o valor do empréstimo de terceiros tiveram que mudar algum hábito, como economizar e cortar gastos no orçamento (37%), fazer um bico (23%) ou até mesmo contrair um empréstimo ou pedir dinheiro emprestado a terceiros (23%).

Além de emprestar o nome para outra pessoa e ter que arcar com a dívida, a pesquisa identificou que 30% desses entrevistados nem mesmo cobraram o amigo ou familiar pelo dinheiro não devolvido. Entre os 68% que fizeram a cobrança da dívida, mas não obtiveram o pagamento, a maior parte (48%) ouviu que a pessoa não teria dinheiro para pagar ou então que pagaria quando tivesse condições (38%). Há ainda 8% dos casos em que a pessoa que devia desapareceu sem dar satisfações.

Apenas 12% dos entrevistados conseguiram receber o valor integral da dívida paga após a cobrança e 94% garantem que o relacionamento ficou abalado após o episódio, sendo que para 32%, a amizade foi rompida. “O recomendável é nunca emprestar ou pedir o nome emprestado, mesmo que seja para algum parente próximo ou amigo íntimo. Negar esse tipo de pedido pode até abalar a amizade, mas se a pessoa aceita sem pensar nas consequências do ato, corre o risco de perder não somente o amigo, mas também dinheiro e entrar para a lista de inadimplentes. Transparência entre as partes é fundamental nesse tipo de relação”, alerta Vignoli.


Metodologia


Foram entrevistados 537 consumidores que estiveram com o nome sujo e quitaram suas dívidas nos 12 meses anteriores à pesquisa, sendo que continuaram a ser entrevistados somente os consumidores que disseram terem sido negativados devido ao empréstimo de nome para terceiros – o que corresponde a 24% da amostra inicial. A margem de erro da amostra total é de 4,2 pontos percentuais para uma confiança de 95%.






Não subestime o impacto emocional que um líder pode provocar



Você já parou para pensar no poder do “ARE”, expressão que o ex-vice-presidente do Walt Disney World Resort, Lee Cockerell, explica tão bem em seu livro denominado Criando Magia? Apreço, Reconhecimento, Estímulo, as três iniciais dessas palestras formam o ARE, algo que pode impactar a vida de um integrante da sua equipe. Você tem utilizado esses 3 quesitos para motivar e impulsionar os resultados da sua organização?

“Não é com mágica que se faz um bom trabalho, é com um bom trabalho que se faz mágica”. Com essas palavras de Lee Cockerell é possível entender como um grande líder pode revolucionar um departamento, uma empresa e até um mercado. Uma liderança excelente, inspira colaboradores que encantam clientes e, por sua vez, gera resultados extraordinários.

Um concorrente pode copiar um produto ou um serviço que você faz, mas, se a sua vantagem competitiva for o atendimento encantador, aí será muito mais difícil alguém copiar. O líder pode ser um grande protagonista nessa tarefa de inspirar, engajar e transformar a vida das pessoas.

Cockerell apresenta no livro algumas estratégias desenvolvidas ao longo de uma vida na Disney. Destaco três delas a seguir:

1- Todos são importantes: mostre a importância que cada um tem no resultado. Saber o que faz e o impacto que isso tem lá na ponta se for feito com entusiasmo e assertividade. O líder deve cumprimentar e chamar pelo nome os componentes do time. E o fato de cada integrante se sentir escutado e ainda premiado por uma grande ideia apresentada e aplicada, é outra prática louvável numa liderança de alta performance. 


2- Faça da sua equipe sua marca registrada: um gesto vale mais do que mil palavras. Me lembro de uma ocasião, depois de ter completado os primeiros 30 dias quando trabalhava numa grande empresa de bebidas, entrei na sala do meu diretor e relatei que o pagamento não havia sido creditado na minha conta bancária e eu precisava pagar algumas contas. Ele me surpreendeu: abriu a carteira, fez um cheque e me disse que eu poderia devolver quando recebesse da empresa. Pude perceber não só a preocupação dele com os meus compromissos financeiros, mas, sobretudo, o apreço dele comigo. Nunca me esqueci dessa atitude e suei a camisa até o último dia nessa empresa. E todos na equipe o admiravam e entregavam o seu melhor sob o comando desse grande líder.


3- Use combustível grátis: estímulo a custo zero. Lee conta que, certa vez, enquanto trabalhava numa grande rede hoteleira, enviou uma carta para um colaborador que atuava na gestão de alimentos e bebidas do hotel. O conteúdo enfatizava a competência e importância dele para a organização e ressaltava que, se algum dia ele pensasse em deixar a empresa, que falasse antes com o líder. Depois de um tempo, Lee foi jantar na casa desse funcionário e viu a carta moldura na parede. Então ele percebeu como um gesto simples, de reconhecimento, que foi grátis e não levou nem 5 minutos para ser realizado, fez tanta diferença na vida de uma pessoa.

Outro dia, recebi um vídeo-depoimento de um ex-funcionário, relatando o quanto foi importante o momento em que eu entreguei a ele uma placa de vendedor revelação do ano. Isso foi em 2002 e, em 2019, ele ainda lembra e guarda com todo esmero. Ele era um vendedor iniciante e espetacular. Hoje, se tornou um líder empreendedor competente e respeitado no ramo da fotografia. 





Para encerrar, Cockerell conta que, certa vez, recebeu uma carta de um cliente Disney que dizia: “Eu estava procurando a magia nos brinquedos. E descobri que sua equipe é a magia”.





Erik Penna - palestrante, especialista em vendas e motivação, autor de 5 livros e mais de 1.000 palestras realizadas. Saiba mais sobre motivação e vendas em: www.erikpenna.com.br.

 

Cuidar do meio ambiente, cuidar do futuro


Comemoramos o Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, participando de discussões essenciais para garantir o futuro do planeta. A convite da República Federal da Alemanha, viajei até o país para participar da semana de debates "Proteção do clima e o papel do parlamento". Defendendo o nosso Brasil e apresentando as características positivas da nossa matriz energética limpa e renovável, tentando assim, fazer com que informações errôneas não comprometam a imagem do nosso País.

Este evento que trata de temas urgentes como energia renovável, agricultura sustentável, tratamento de resíduos e biocombustíveis. Nosso objetivo é aprofundar relações e trocar informações e experiências entre Brasil e Alemanha que promovam estratégias em torno do meio ambiente.
São ideias alinhadas com importantes setores como geração de energia, transporte, economia e formatação de políticas públicas e desenvolvimento social. Brasil e Alemanha são parceiros há anos na área de proteção ambiental e do clima.
Além de conversas no Ministério das Relações Externas, também nos reunimos com a secretária-geral do Mercator Research Institute on Global Commons and Climate Change (MCC), Brigitte Knopf e com a chefe do grupo de trabalho gestão dos recursos sustentáveis e mudança global do MCC, Sabine Fuss.
O MCC conduz pesquisas e promove o diálogo sobre como os bens comuns globais, como a atmosfera e os oceanos, podem ser usados e compartilhados por muitos, mas ainda assim protegidos.
Pudemos levar a bandeira da sustentabilidade brasileira também ao Ministério Federal do Meio Ambiente, da Proteção da Natureza e Segurança Nuclear (BMU), em Berlim, onde tivemos reunião com o Chefe do Departamento Internacional do BMU, Norbert Gorißen. Essas reuniões foram fundamentais para conhecer o trabalho que o governo alemão desenvolve para promover a sustentabilidade no país.
No Instituto de Pesquisa e Economia Ecológica (IÖW), tivemos a oportunidade de apresentar o nosso trabalho no setor de biocombustível, como o nosso Etanol, o RenovaBio e o programa Rota 2030 e falar do fortalecimento desses setores.
Sempre entendi que a sustentabilidade veio para ficar. Além disso energias renováveis são importantes fontes de geração de empregos e agregação de renda. Desde o início, indo além de modismo, compreendendo que, afora mudança cultural e comportamental, precisamos buscar a sustentação econômica para isto! Daí meu compromisso com energia renovável.
Precisamos da efetiva implantação do que está previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), da qual sou autor, para, por exemplo, darmos fim aos "lixões" espalhados pelo Brasil. A solução inclui otimizar a reciclagem desses resíduos e seu uso na geração de biogás - que já vem sendo projetado para abastecer cidades paulistas.
É preciso ainda que, nesta semana dedicada ao meio ambiente e em todas as outras, avancemos no pagamento por serviços ambientais. É necessário destravar judicialmente o Programa de Regularização Ambiental (PRA) para solidificarmos essa economia verde.
Todo este trabalho não terá resultado se não investirmos no futuro, mas no futuro humano, das pessoas que farão nosso planeta daqui para frente. É imprescindível implantarmos uma boa educação ambiental para crianças e adolescentes, com uma grade escolar com sustentabilidade como matéria obrigatória, campanhas esclarecedoras e incentivo ao jovem amigo do meio ambiente.
Na Câmara dos Deputados, tenho atuado na Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético para alavancar a cana-de-açúcar como geradora de energia limpa e renovável. Uma atuação que continua na Frente Parlamentar da Economia Verde, onde nós parlamentares temos como objetivo colocar de vez o Brasil na era da produção sustentável, da proteção aos recursos naturais e da consciência ambiental plena.
Cuidar do meio ambiente é cuidar do futuro! Exceções precisam se tornar regras, pois a sustentabilidade precisa ser uma política perene e de Estado!
"Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida, pelo compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, a intensificação da luta pela justiça e pela paz, e a alegre celebração da vida." (Carta da Terra)





Arnaldo Jardim - Deputado Federal - Cidadania/SP

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