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sábado, 25 de maio de 2019

Tratamento personalizado oferece qualidade de vida para paciente com câncer de tireoide


 Especialista explica a importância das características individuais para determinar o tratamento


No dia 25 de maio é comemorado o Dia Internacional da Tireoide, a data chama atenção para os cuidados com a glândula. O câncer da tireoide é o que mais cresce no mundo. Em 2020, estima-se que será o terceiro câncer mais comum em mulheres. O Inca (Instituto Nacional do Câncer) estima 9.610 novos casos em 2019, sendo 8.040 em mulheres e 1.570 homens. Em 2016, os consensos estabelecidos pela Associação Americana de Tireoide promoveram uma mudança na forma de se tratar os pacientes com nódulos malignos. Desta forma, médicos do mundo todo deixaram de adotar uma conduta padrão e generalizada, para olhar para as especificidades de cada paciente.

"Para identificar o tratamento individualizado necessário passamos a considerar o tamanho do nódulo, a sua localização, e sua vascularização, entre outros fatores", explica o Dr. Erivelto Volpi, cirurgião de cabeça e pescoço do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Além das características individuais citadas pelo médico, a escolha do tratamento ideal para cada paciente inclui o reestadiamento dinâmico, uma análise atenta para a resposta do paciente ao tratamento inicial. Após a cirurgia, o médico acompanha a reação do organismo do paciente, a fim de identificar a eficácia e se há a necessidade de outros procedimentos complementares como a iodoterapia. Essa nova postura evitou que o tratamento com iodo radioativo e a tireoidectomia total (retirada total da glândula) fossem prescritos para todos os pacientes com câncer de tireoide.

"Com essas mudanças na conduta, em alguns casos conseguimos prosseguir com cirurgias menores e em certos casos não realizamos cirurgia, quando o nódulo é pequeno e com uma situação favorável", acrescenta o cirurgião.

A dose de hormônio recebida pelos pacientes com câncer no período pós-cirúrgico sofreu uma redução, com intuito de prevenir complicações ou quadros adversos. A ingestão em doses elevadas de hormônios tireoidianos por longos períodos pode causar efeitos adversos no organismo especialmente sobre os ossos e coração.

As novas condutas que norteiam as decisões médicas oferecem um desfecho semelhante ao que havia com o tratamento padronizado. No entanto, trazem mais qualidade de vida do paciente.


Nódulos Benignos

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia estima que 60% da população brasileira tenha nódulos na tireoide. Porém, estes podem ser tanto benignos, como malignos. Os avanços nos tratamentos permitem que nódulos benignos possam ser tratados com técnicas minimamente invasivas.

Dentre essas técnicas está a ablação com radiofrequência, consiste na introdução de uma fina agulha no nódulo, guiada por ultrassonografia, destruindo-os por meio das ondas de calor. Desenvolvida na Coreia do Sul, a ablação por radiofrequência deve ser utilizada somente em nódulos comprovadamente benignos e maiores do que 2 centímetros. "O procedimento é minimamente invasivo e ambulatorial, tem duração aproximada de 20 minutos e apresenta menor risco de complicações, preservando a função da glândula", explica o especialista.


Disfunções da tireoide

Além dos nódulos, problemas na função da tireoide podem fazer com que a glândula produza os hormônios T3 e T4 em excesso ou em quantidade insuficiente para o bom funcionamento do organismo, provocando, respectivamente, hipertireoidismo ou hipotireoidismo. Essas são as duas doenças mais comuns da glândula.

Prevalente em mulheres, o hipotireoidismo ocorre quando a glândula funciona menos do que deveria, provocando sonolência excessiva, ganho de peso, perda da força muscular, fadiga, pele seca, intestino preso, sensação de frio constante, alterações no ciclo menstrual e depressão. Já o hipertireoidismo é caracterizado pela produção excessiva dos hormônios tireoidianos que geralmente provoca emagrecimento, queda de cabelo, aceleração dos batimentos cardíacos, agitação, insônia, além de calor e sudorese em excesso.

Alguns cuidados como a ingestão de micronutrientes como iodo e selênio corroboraram para a produção correta dos hormônios, explica o Dr. Erivelto Volpi. "No nosso país, a maior fonte de iodo é o sal, iodado artificialmente, contendo a quantidade necessária para o bom funcionamento da glândula, que é o único órgão que utiliza o iodo". O selênio pode ser obtido ao consumir oleaginosas, como a Castanha do Pará.


Como fazer o autoexame da tireoide

Segure um espelho e procure no pescoço o pomo de Adão (gogó). É nesta região que está localizada a tireoide;

Com a cabeça para trás focalize a área do pomo de Adão com o espelho;

Com a cabeça estendida para trás beba um gole de água. Ao engolir é importante observar se há elevação ou saliência na região. Caso seja necessário, realize o teste mais de uma vez.





Hospital Alemão Oswaldo Cruz 

PESQUISAS MOSTRAM OS IMPACTOS DA MENSTRUAÇÃO NA VIDA DAS MULHERES


 SEMPRE LIVRE® e Plan International contribuem com as discussões sobre o tema com dados que reforçam a importância de falarmos mais abertamente sobre menstruação.


Tendo em vista o Dia Internacional da Higiene Menstrual (28 de maio) e a importância de conscientizar cada vez mais pessoas sobre a necessidade de se falar mais abertamente sobre menstruação , SEMPRE LIVRE® e Plan International se uniram para levar informações a 6 mil meninas e meninos, colaborando para que elas se sintam mais confortáveis com o seu próprio corpo e progridam na vida.
Desde maio de 2018, quando lançou o seu novo posicionamento de marca, SEMPRE LIVRE® vem trabalhando para incentivar debates e contribuir para a naturalização das conversas sobre menstruação por meio de estratégias diversas para oferecer mais informações e quebrar os estigmas em torno do assunto. Um exemplo é o site Só Delas, um hub que oferece conteúdos diversos sobre saúde da mulher, higiene íntima feminina e lifestyle.
Este ano, a marca vai trazer ações para o seu discurso e movimento por meio da campanha Sempre Juntas pelo Progresso, doando 30.000 absorventes e R$ 155.000,00 para a ONG Plan International para financiar projetos de educação voltados para meninas em situação de vulnerabilidade no Piauí e no Maranhão.
“A relação das meninas e mulheres com o seu próprio corpo é um reflexo dos muitos parâmetros sociais que ainda são carregados de preconceitos. Se nos educarmos para parar de ver o corpo da mulher como um objeto, passaremos a enxergá-las como pessoas, e isso é parte da desconstrução que precisamos trabalhar, principalmente sobre temas como a menstruação”, diz Viviana Santiago, Gerente de Gênero e Incidência Política na Plan International.
E não faltam dados para endossar a necessidade de levar informações sobre menstruação e temas relacionados a mais pessoas e incentivar essas conversas: no ano passado, SEMPRE LIVRE® e KYRA Pesquisa & Consultoria fizeram uma pesquisa com 1500 mulheres de cinco países diferentes para falar sobre os principais estigmas da menstruação. Os resultados mostraram que 54% das entrevistadas sabiam muito pouco ou nada sobre menstruação antes da menarca e que 56% se sentiam incomodadas durante o período em que estavam menstruadas. Além disso, 33% não saíam de casa e 49% costumavam perder aulas por causa da menstruação.
Além de dados globais, a pesquisa também proporcionou recortes locais mostrando aspectos da cultura de cada país que ainda influenciam na relação das mulheres com a menstruação e refletem até mesmo no seu papel social. No Brasil, por exemplo, 43% das entrevistadas não andam descalças quando estão menstruadas. Sem as informações corretas, meninas e mulheres mudam os seus hábitos simplesmente por não compreenderem totalmente o que está se passando com o seu corpo durante o ciclo menstrual.
Um grupo de pesquisas realizado pela Plan International com 23 meninas em situação de vulnerabilidade e atendidas pelos projetos da ONG no Maranhão também ajudou a trazer insumos para a discussão. Dados colhidos nas conversas com as entrevistadas mostram que 43,48% das participantes já deixaram de fazer alguma coisa porque estavam menstruadas. Algumas meninas disseram que deixavam de comer algo, de nadar ou ir à praia ou piscina. Os motivos vão desde a vergonha e interdições sociais a limitações físicas relacionadas com sintomas associados à menstruação.
A maioria das meninas e mulheres que responderam à pesquisa dizem que se sentem sujas e doentes quando estão menstruadas. Ao mesmo tempo, apesar dos sintomas associados à menstruação, a procura dessas meninas pelo serviço de saúde para tratarem esses sintomas ainda é baixa. Em uma das escolas, 65,22% das participantes que disseram nunca terem procurado o serviço de saúde para tratarem do tema.
A forma como a sociedade ainda enxerga e trata a menstruação também gera um grande impacto na relação das meninas com o seu próprio corpo e nos seus hábitos que acabam mudando simplesmente por estarem menstruadas. 65,22% das participantes da pesquisa sentiram que as pessoas passaram a tratá-la de forma diferente depois da menstruação. Durante as discussões nos grupos, as meninas afirmaram que a família disse que elas viraram “mocinhas”, e por isso atribuíram mais responsabilidades a elas, principalmente atividades domésticas. Além disso, elas deixavam de brincar com as outras crianças que ainda não tinham menstruado.
A higiene menstrual é um cuidado muito importante na rotina de muitas pessoas que se identificam como mulheres. No entanto, ainda existem muitos estigmas em torno do tema, gerando não só inseguranças até a menopausa, mas também infecções devido ao uso de materiais inapropriados e não higiênicos durante os dias da menstruação. Precisamos dar visibilidade ao tema, como também quebrar os tabus e medos que ainda impedem muitas mulheres de se sentirem mais confortáveis para expor suas dúvidas e mais confiantes em si mesmas e na sua feminilidade.
“Enquanto marca pioneira da categoria, SEMPRE LIVRE® acredita que sua principal contribuição dentro desse cenário é promover essas discussões em prática e ajudar a conscientizar mais pessoas sobre uma realidade em que milhares de mulheres ainda são afetadas pela falta de informações sobre higiene menstrual e menstruação” afirma Cristina Santiago, diretora de Marketing de Essentials e Self Care da Johnson & Johnson Consumo.


Dados adicionais sobre as pesquisas de SEMPRE LIVRE e da Plan International
A pesquisa de SEMPRE LIVRE® com a KYRA Pesquisa & Consultoria, perguntou a 1500 mulheres de diferentes países e faixas etárias sobre como se sentem quando estão menstruadas, e se a menstruação atrapalha as suas vidas de alguma forma. Foram mulheres do Brasil, Argentina, Índia, África do Sul e Filipinas.
·         79% das entrevistadas sentem-se confortáveis em falar sobre menstruação com pessoal com quem têm intimidade, como sua mãe e amigas, mas evitam falar com homens (pais, irmãos, amigos, professores, e até mesmo seus parceiros);
·         54% das entrevistadas afirmam mudarem seus hábitos quando estão menstruadas. Dentre as atividades que mais evitam fazer estão: entrar na piscina, praticar esportes, ir à praia, dormir fora de casa, e até mesmo sair de casa ou ir viajar;
·         39% das entrevistadas nos cinco países sentem vergonha quando precisam pedir um absorvente emprestado – no Brasil o número sobe para 46%;
·         Algumas das principais sensações/sentimentos que as mulheres relatam sobre quando estão menstruadas são: desconforto, ansiedade, fragilidade, preocupação, inchaço, mal odor e não se sentem atraentes.
Uma roda de conversas, realizada pela Plan International sobre higiene menstrual e acesso à informação sobre o tema, entrevistou 23 meninas em situação de vulnerabilidade social, atendidas pelos projetos da ONG no Maranhão, e levantou alguns insights relevantes sobre a questão;
·         O perfil das meninas participantes da pesquisa conta com 78,27% são negras (pretas e pardas). 78,26% das garotas estudam; 73,91% não trabalham; 86,96% menstruam e a maioria possui o ensino médio incompleto;
·         65,22% das participantes da pesquisa sentiram que as pessoas passaram a tratá-la de forma diferente depois da menstruação. Durante as discussões nos grupos, as meninas afirmaram que a família disse que elas viraram “mocinhas”, e por isso atribuíram mais responsabilidades a elas, principalmente as atividades domésticas. Além disso, elas deixavam de brincar com as outras crianças que ainda não tinham menstruado. Também disseram que o fato de terem menstruado era exposto para várias pessoas da comunidade onde viviam;
·         68,87% das participantes da pesquisa não se sentem confortáveis com a estrutura dos banheiros que utilizam nas escolas. Todas concordaram que mobilizar mais meninas e jovens em torno da discussão sobre saúde menstrual é uma boa oportunidade de realizar uma sensibilização sobre o tema da falta de higiene e de estrutura nos banheiros;
·         78,26% das participantes da pesquisa disseram que a menstruação é um período normal na vida das mulheres e apenas 4,35% disseram que é uma coisa boa;
·         Nas rodas de diálogo as meninas falaram muito sobre os sintomas associados à menstruação (dores, náuseas, alterações de humor e inchaço) e como isso afeta negativamente a relação delas com a menstruação;
·         Também foram pontuados os aspectos da vergonha, da limitação de poder sair ou fazer determinadas coisas, e de ter restrições alimentares. A maioria desses aspectos estava relacionada com o tabu da menstruação;
·         91,3% das participantes da pesquisa usa absorvente externo durante a menstruação e as demais usam absorvente interno;
·         A maioria das meninas e mulheres que responderam à pesquisa disse que se sentem sujas e doentes quando estão menstruadas;
·         Os estereótipos estavam presentes na sujeira, vergonha, fragilidade, doença, mal-estar e isolamento;





Johnson & Johnson Consumo do Brasil

Biopsia cerebral: quando e por que fazer?



O nosso cérebro é uma caixa de surpresas, envolta em um sistema complexo que quando apresenta sinais de alguma disfunção, requer investigação precisa para auxiliar em seus achados e somar para a adoção de condutas de tratamento adequadas. 

Uma destas investigações se dá pela biópsia cerebral estereotáxica, especialmente indicada quando uma determinada lesão no interior do encéfalo, composto por tronco cerebral, cerebelo e cérebro, gera dúvidas quanto ao diagnóstico de uma doença e os caminhos a seguir a partir daí. É especialmente útil na identificação de tumores para indicações de ressecção, radioterapia ou mesmo um tratamento clínico.

“Na presença de uma lesão intracerebral vários exames poderão contribuir para o diagnóstico: se o paciente for imunodeprimido, poderá investigar a possibilidade de infecção por germes. Se a suspeita é de uma lesão metastática a partir de câncer em outros órgãos, como com mama, pulmão e intestino, a técnica poderá esclarecer as lesões encefálicas.”, explica o neurocirurgião funcional dr. Claudio Fernandes Corrêa

Em alguns casos a biopsia faz parte do próprio tratamento, como quando atua na aspiração de cistos, no implante de um cateter no interior de um tumor cístico ou sólido para braquiterapia (radioterapia intersticial), forma muito eficaz em tratamento de tumores do encéfalo. 

Para a sua realização, é instalado um aparelho de fixação, chamado arco estereotáxico, que permite o cruzamento de imagens obtidas com tomografia e ou ressonância magnética para cálculos de coordenadas cartesianas indicando o acesso à área que será biopsiada.

No Centro Cirúrgico, sob anestesia local ou geral, e com coordenadas devidamente captadas, é realizada uma pequena incisão no crânio do paciente, seguida de abertura de 1 cm. Uma pinça de biópsia e inserida para a coleta do material a ser analisado.

“Apesar de os procedimentos no crânio gerarem receio, trata-se de um procedimento relativamente simples, com riscos mínimos, realizado em média de 40 a 45 minutos”, explica doutor Claudio.

Além das investigações acerca de tumores, a técnica estereotáxica é usada para investigação de doenças neurodegenerativas e seus tratamentos, como a doença de Parkinson, dores neuropáticas, entre outras.

O procedimento está inserido dentro do rol da ANS para coberturas dos planos de saúde, sendo um investimento inteligente para a descoberta e tratamento precoce de doenças, com aumento das chances de cura e ou qualidade de vida dos pacientes.




Dr. Claudio Fernandes Corrêa - Com mais de 30 anos de atuação profissional, Dr. Claudio Fernandes Corrêa possui mestrado e doutorado em neurocirurgia pela Escola Paulista de Medicina/UNIFESP. Especializou-se em neurocirurgia funcional abrangendo áreas dos movimentos involuntários, dor, espasticidade, tumores do sistema nervoso e na psicocirurgia e se tornou uma das principais referências no Brasil e também no Exterior. É também o idealizador e coordenador do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho, serviço que reúne especialistas de diversas especialidades para o tratamento multidisciplinar e integrado aos seus pacientes. 
Currículo Lattes: http://bit.ly/2UvnCRg

A importância da alimentação na prevenção do câncer


De acordo com o cirurgião oncológico do HCor, uma dieta rica em gordura animal, carnes processadas e baixa ingestão de fibras, frutas frescas e vegetais pode impulsionar o surgimento da doença, principalmente no aparelho digestivo


A alimentação inadequada é responsável por cerca de 20% dos casos de câncer no país, segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer). De acordo com a instituição, um em cada três casos poderia ser evitado com a adoção de dieta saudável, controle de peso e prática de atividade física. "Principalmente os casos de colorretal ou do intestino grosso", ressalta Dr. Ulysses Ribeiro, cirurgião oncológico do aparelho digestivo e coordenador do Serviço de Cirurgia Oncológica do HCor. "É o tumor maligno mais frequente que acomete o aparelho digestivo. Corresponde a 8% de todas as mortes por câncer no país e está no 3º lugar em incidência no mundo", afirma.

Com prevalência maior nas regiões Sudeste e Sul, o câncer de intestino atingiu em São Paulo, de 28 a 36 homens por 100 mil habitantes e 25 a 33 mulheres por 100 mil habitantes. Embora as estatísticas sejam preocupantes, a boa notícia é que há como prevenir a doença, na grande maioria dos casos. "A prevenção primária se baseia numa dieta rica em fibras, composta de alimentos como frutas frescas, cereais (preferencialmente os integrais), verduras, legumes, grãos e sementes, além da prática de atividade física regular e diminuição da obesidade. Além disso, deve-se parar de fumar, evitar ou diminuir o consumo de bebidas alcoólicas, de carnes processadas e de quantidades acima de 300 gramas de carne vermelha por semana", explica o cirurgião oncológico.
Já a prevenção secundária ocorre por meio da busca ativa dos pólipos e tumores pequenos, como o teste de sangue oculto nas fezes e a colonoscopia que é o exame endoscópico do intestino grosso. Este método permite além do diagnóstico, o tratamento com a retirada dos pólipos e/ou tumores pequenos e não profundos.


Prevenção e diagnóstico precoce:

Inicialmente, este tipo de câncer pode não apresentar sintomas, fase denominada assintomática. Muitas vezes as pessoas já podem apresentar pequenas lesões na parede interna do intestino, que se parecem com elevações ou verrugas, chamadas de pólipos, e não tem quaisquer queixas. Na maior parte dos indivíduos, os tumores ocorrem a partir destes pólipos. "Se retirarmos os pólipos, o risco de evolução para tumor diminui. Quando os tumores progridem e invadem os tecidos podem ocasionar alterações do hábito intestinal, sangramento ou dor abdominal", alerta Dr. Ribeiro.


Rastreamento e métodos minimamente invasivos:

O rastreamento na fase assintomática deve começar a partir dos 50 anos para a população geral. O procedimento cirúrgico ainda é o principal recurso para os tumores do intestino e pode ser indicado no início do tratamento, pós-quimioterapia, ou pós-radio/quimioterapia. O método laparoscópico veio trazer as vantagens da cirurgia minimamente invasiva ao tratamento, incluindo-se menores incisões abdominais, menor tempo de recuperação, menor dor pós-operatória, maior rapidez de início da quimioterapia para pacientes que precisam e retorno mais rápido ao trabalho. "Faça os exames de rastreamento para o câncer do intestino de acordo com as orientações de seu médico. O tumor de intestino é passível de prevenção, não tenham medo", orienta o cirurgião oncológico do HCor.

Dor de cabeça repentina e vômito podem ser sinais de alerta para a saúde infantil


 Além desses, cansaço, apatia e alterações de humor também podem alertar sobre um possível tumor cerebral, que mesmo raro, acomete principalmente as crianças, adolescentes e adultos jovens 


É um dia comum: seu filho acorda, faz as mesmas atividades, mas, de repente, sente uma dor de cabeça repentina, e, sem ter náuseas, passa mal com vômito que não tem razão aparente e não cessa. Estes e outros sintomas podem indicar um tumor cerebral chamado craniofaringioma, uma doença grave mais comum em crianças quando comparada aos adultos.


O que é o craniofaringioma?

De acordo com o neurocirurgião Dr. Mariano Ebram Fiore, é um tumor benigno que acontece no sistema nervoso central e que se desenvolve ao redor ou na sela turca (lugar em que está a hipófise). Eles podem ocorrer em qualquer idade, sendo que na infância representam até 13% dos tumores intracranianos. “Os craniofaringiomas não são descobertos até que comprimam estruturas cerebrais importantes, por isso, quando detectados, infelizmente, já estão grandes demais”, alega.



Distribuição pelo mundo 

Estima-se que por se tratar de uma doença incomum, seus números são de até 2,5 casos novos por ano em um milhão de habitantes, e em crianças apresenta-se com cinco novos casos por ano em um milhão de habitantes. Porém, pode variar em porcentagem na Geografia Mundial, atingindo seus maiores percentuais na China e menores índices na Austrália.



Ele pode se manifestar como?

Além da cefaleia e das alterações visuais, que podem atingir 80% das crianças e adultos, outros sinais podem aparecer como vômitos, alteração de crescimento (em crianças), atraso de puberdade, alteração na pressão arterial, ganho de peso, diabetes insipidus, alterações de humor, alterações do ciclo menstrual, entre outros. Segundo Fiore, o quanto antes esses sinais forem percebidos, melhores serão as chances de tratamento. “É preciso ficar atento a estes sinais para um diagnóstico antecipado e o correto tratamento para cada caso. A cefaleia, por exemplo, que aparece na maioria dos casos, pode acontecer devido ao aumento da pressão intracraniana e acompanhada por vômitos”, destaca.


Tratamento

Os tumores podem ser tratados separadamente ou de forma combinada entre cirurgia, radioterapia e, dependendo do caso, combinando com a quimioterapia. Quando feita a remoção cirúrgica, procura-se preservar as funções da hipófise. “Devemos sempre respeitar a individualidade da doença, ou seja, optamos pela melhor conduta naquele indivíduo”, diz Fiore.
Sobre as técnicas cirúrgicas atuais, podemos destacar a grande contribuição que tivemos nas últimas duas décadas com o desenvolvimento da cirurgia endoscópica da base do crânio, que fortaleceu nosso armamentário de combate a este tipo de tumor.





Dr. Mariano Ebram Fiore - neurocirurgião, Membro Titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), com Fellowship em Cirurgia Craniana Minimamente Invasiva pela Ohio State University, atua em alguns dos principais hospitais de São Paulo, como o Hospital Sírio Libanês, Hospital São Luiz - Unidade Jabaquara, Beneficência Portuguesa de São Paulo, Hospital Oswaldo Cruz e também no Vale do Paraíba, responsável pelo grupo de cirurgia da base de crânio e hipófise do Hospital Municipal do José de Carvalho Florence, em São José dos Campos.

Glaucoma é uma das principais causas de cegueira irreversível



O glaucoma é uma doença multifatorial que danifica o nervo óptico e, se não tratada, pode causar perda de visão. A doença é assintomática, ou seja, ocorre sem a manifestação de sintomas perceptíveis. “Daí a necessidade de realizar exames oftalmológicos periodicamente, já que o problema pode piorar com o passar do tempo”, esclarece a médica oftalmologista Dra. Heloisa Russ, especialista em glaucoma.

A doença é causada principalmente pela elevação da pressão intraocular, que ocorre quando há acúmulo de fluido no olho (cuja função é carregar nutrientes para o cristalino e para a córnea e manter a tensão ocular), seja pelo aumento da produção ou diminuição da drenagem. “Se não for tratada adequadamente, pode levar à perda da visão, alerta Dra. Heloisa.

O problema é considerado a principal causa de cegueira irreversível no mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são registrados 2,4 milhões de novos casos de glaucoma anualmente, o que totaliza 60 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de glaucoma, a doença atinge 2% dos brasileiros acima dos 40 anos, resultando em cerca de um milhão de pessoas. “O problema não atinge somente os adultos, crianças também podem ser acometidas pela doença, porém os casos são mais raros, enfatiza a médica.


Diagnóstico


Para identificar o glaucoma é necessário examinar o interior do olho, observando através da pupila. Dra. Heloisa conta que é realizada a averiguação da pressão intraocular (por meio da tonometria) e a avaliação do nervo óptico no exame de fundo de olho. Além disso, outros exames devem ser feitos para que o oftalmologista possa ter certeza que o paciente é portador de glaucoma e como este pode ser tratado. Os principais exames são: acuidade visual, avaliação do nervo óptico, campimetria, exame com lâmpada de fenda, gonioscopia (uso de lentes especiais para verificar os canais de circulação do ângulo), imagens do nervo óptico, tomografia do nervo óptico, resposta do reflexo da pupila e tonometria para medir a pressão ocular. “Após esses exames podemos confirmar o diagnóstico do paciente”, complementa a especialista.


Tratamento

Pode ser realizado por meio de colírios, laser ou cirurgia. O objetivo do tratamento consiste em reduzir a pressão intraocular. “Quando os colírios ou o laser não são suficientes para alcançar o controle da pressão ocular, o médico pode sugerir a realização de cirurgia”, ressalta a especialista.


Fatores de risco associados ao glaucoma:



- miopia elevada;

- pressão intraocular elevada;

- idade acima de 40 anos;

- negros são mais propensos a desenvolver glaucoma do que pessoas caucasianas, asiáticas e latinas;

- histórico familiar de glaucoma pode elevar as chances de um indivíduo desenvolver a doença também;

- doenças no olho, como alguns tumores, descolamento de retina e inflamações, aumentam o risco de glaucoma;

- fazer uso por muito tempo de medicamentos à base de corticosteroides;

- espessura corneana fina.

Além disso, entre os principais fatores de risco que podem levar à doença estão diabetes, problemas cardíacos, distúrbios vasculares (hipertensão e hipotensão arterial), hipertireoidismo e apneia do sono. “Estudos apontam que pessoas portadoras de diabetes e hipertensão arterial estão mais propensas ao glaucoma”, destaca Dra. Heloisa. 





Dra. Heloisa Russ - Possui uma densa formação acadêmica, é graduada em Medicina pela UFPR, fez Residência Médica em Oftalmologia pela Unicamp, onde também realizou Mestrado e Sub-especialização em Glaucoma. Em seguida, se tornou Doutora pela USP e Pós-Doutora pela Unifesp.  A médica oftalmologista é membro de diversos Conselhos e Associações, dentre os quais estão o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, a Sociedade Latino-Americana de Glaucoma, a ARVO (The Association for Research in Vision and Ophthalmology) e a Sociedade Brasileira de Glaucoma. Dra. Heloisa Russ é também autora de artigos científicos e capítulos de livros na área de Glaucoma e Oftalmologia Social. Além disso, é professora associada da pós-graduação da UFPR e da Unifesp.

Tabagismo causa degeneração dos ossos e coloca em risco a saúde feminina


O ato de fumar antecipa a menopausa e o processo de desgaste dos ossos relacionado a ela, podendo resultar em osteoporose e fraturas por fragilidade óssea


Em decorrência do Dia Internacional de Luta Pela Saúde da Mulher, que acontece anualmente em 28 de maio, torna-se necessário realizar um alerta à população sobre a prevenção de doenças majoritariamente femininas, como a osteoporose. A doença, que afeta cerca de 200 milhões de mulheres no mundo[1], possui um gap em relação a diagnóstico. Por ser uma doença silenciosa, muitos pacientes só descobrem que sofrem com ela após a ocorrência de uma fratura[2], que acontece já em estágio avançado. Este fato contribui para um cenário alarmante, pois aproximadamente 24% dos pacientes que sofrem uma fratura osteoporótica de quadril (a mais grave e incapacitante das fraturas por fragilidade) vão a óbito durante o primeiro ano após a alta[3] [4].

Apesar de representarem mais da metade da população brasileira[5], ainda há uma grande parcela de mulheres que acabam negligenciando a própria saúde em função da jornada dupla de trabalho. “Muitas mulheres deixam os exames preventivos de lado por focarem toda sua atenção na família ou na vida profissional”, afirma Ben-Hur Albergaria, ginecologista e vice-presidente da Comissão Nacional de Osteoporose da FEBRASGO.

No caso da osteoporose, um dos principais fatores de risco que podem agravar seriamente o desenvolvimento da doença é o tabagismo. Isto acontece porque algumas substâncias presentes no cigarro inibem a produção dos osteoblastos, agentes responsáveis pelos processos de sintetização do cálcio e remodelação do osso[6]. Os resultados desses fenômenos são ossos com menor densidade mineral, ou seja, mais porosos e frágeis.

Este cenário se intensifica em mulheres que estão na fase da menopausa: nesse momento da vida, ocorre, naturalmente, a perda de massa óssea por conta da diminuição do hormônio estrogênio. No caso das mulheres tabagistas, o ato de fumar pode antecipar esse acontecimento de 2[7] a 5[8] anos por conta da quantidade de nicotina e monóxido de carbono existentes no cigarro, o que compromete a saúde dos ossos antes do envelhecimento habitual do corpo humano[9].

A evidência mais forte dos efeitos negativos do tabagismo na saúde esquelética das mulheres vem de um estudo que concluiu que uma em cada oito fraturas de quadril – a mais grave e incapacitante das fraturas osteoporóticas – ocorre em decorrência do fumo[10]. O estudo mostrou que as fumantes perdem massa óssea em taxas mais rápidas do que as não-fumantes e isso acarreta em uma menor densidade mineral óssea e maior risco de fratura à medida que se envelhece.

O avanço da idade e a menopausa também fazem parte dos principais agravantes da osteoporose. A maior consequência da enfermidade são as fraturas osteoporóticas, que impactam negativamente na vida dos pacientes e possuem alto índice de morbidade e mortalidade. O risco de fratura de quadril entre fumantes, em comparação com não-fumantes, mostrou-se maior em todas as idades, aumentando para 71% aos 80 anos[11]. “A melhor coisa que as fumantes podem fazer para proteger seus ossos é parar de fumar. Em qualquer idade, isso ajudará a limitar a perda óssea relacionada ao tabagismo e reduzir o risco de fraturas”, comenta Dr. Ben-Hur.

Um estudo feito no Brasil demonstrou que mulheres na pós-menopausa subestimam o risco das fraturas osteoporóticas; cerca de 80% das mulheres diagnosticadas com alto risco de fraturas pelo teste FRAX – ferramenta online que permite o cálculo de uma probabilidade de fratura em 10 anos – se consideravam como pacientes de baixo risco[12].

“As mulheres que fazem parte de algum grupo de risco devem estar atentas à realização de exames periódicos para viabilizar a detecção da osteoporose, para que seja possível identificar a terapia mais adequada para cada caso e prevenir as fraturas por fragilidade óssea de forma eficaz”, completa o especialista. Além disso, a adoção de um estilo de vida equilibrada é fundamental para a saúde dos ossos, a partir de uma dieta rica em cálcio e vitamina D; realização de exercícios físicos de forma regular; e evitando a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas.




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[1] Kanis JA) WHO Technical Report, University of Sheffield, UK: 66.
[2] Siqueira FV, Facchini LA, Hallal PC (2005) The burden of fractures in Brazil: a population-based study. Bone 37:261.
[3] Cooper C, Atkinson EJ, Jacobsen SJ, et al. (1993) Population-based study of survival after osteoporotic fractures. Am J Epidemiol 137:1001.
[4] Leibson CL, Tosteson AN, Gabriel SE, et al. (2002) Mortality, disability, and nursing home use for persons with and without hip fracture: a population-based study. J Am Geriatr Soc 50:1644.
[5] IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
[6] Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into)
[7] Kaufman OW, Slone O, Rosenberg L, Miettinen OS, Shapiros P. Cigarette smoking and age at natural menopause. Am J Public Health 1980; 70:420-2
[8] Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP
[9] Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into)
[10] Law MR, Hackshaw AK. A meta-analysis of cigarette smoking, bone mineral density and risk of hip fracture: recognition of a major effect. BMJ 1997; 315:841-6.
[11] Law MR, Hackshaw AK. A meta-analysis of cigarette smoking, bone mineral density and risk of hip fracture: recognition of a major effect. BMJ 1997; 315:841-6
[12] Clark P, Lavielle P (2015) Risk perception and knowledge about osteoporosis: well in for med but not aware? Across-sectional study. J Community Health 40(2):245–250

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