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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

POR NÃO SE PREVINIREM, HOMENS TÊM MAIS SEQUELAS E MENOS CHANCES DE CURA AO ADOECEREM


No ano passado, dos 100 mil pacientes atendidos na MedicMais, apenas 25% eram homens. A especialidade mais procurada por eles é a de Urologia, mas, em 75% dos casos, os pacientes já chegam no consultório com algum tipo de problema ou mesmo com uma doença em estágio mais avançado, o que dificulta a cura


Segundo o Ministério da Saúde, em 2017, as mulheres realizaram 80 milhões de consultas médicas a mais do que os homens. O número é preocupante, já que a melhor forma de prevenir doenças é exatamente realizar consultas e exames de rotina.

A cultura masculina de não se prevenir pode ser conferida na rotina de clínicas médicas populares. Na MedicMais, por exemplo, no ano passado apenas 25 mil homens passaram em uma das 40 unidades da marca. Número muito pequeno quando comparado ao de mulheres – 80 mil somente em 2018. De acordo com o sócio-fundador da MedicMais, Tiago Alves, o problema está enraizado na cultura brasileira. "A falta de interesse do homem em procurar um médico para cuidar da saúde é algo cultural. Além do preconceito com algumas especialidades específicas, o homem coloca a saúde como algo secundário", afirma.

Segundo o profissional, a maioria dos homens que chegam as clínicas já necessitam de algum tipo de interferência médica. "75% dos pacientes quando nos procuram já estão com algum problema. A parcela de quem faz consultas e exames de rotina é muito pequena e normalmente são homens com idade mais avançada", comenta. Tiago afirma que esse problema é ainda mais sério em determinadas regiões do país, como o Norte e Nordeste. "Além da cultura de 'que homem não precisa de médico', nestes locais as pessoas ainda precisam enfrentar maiores problemas com a falta de estrutura e a situação econômica não favorável", afirma.


:: Mulheres impulsionam setor da saúde

Outro dado interessante – e alarmante – é o da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC). De acordo com a instituição, quatro em cada dez homens afirmam não realizar nenhum exame preventivo contra o câncer. No caso das mulheres, apenas uma em cada dez não realizam os testes necessários. Na MedicMais, elas já representam 85% de todo o faturamento da rede e investem, sempre que vão ao médico, cerca de R$ 300,00 entre consultas e exames. "O exame mais solicitado por elas é o de mamografia. As mulheres entendem que a doença é real e pode acontecer com qualquer pessoa, então praticam a prevenção para não ter surpresas desagradáveis no futuro", afirma Tiago. A rede de clínica médica popular realiza cerca de 5 mil mamografias por mês; o exame já representa 5% do faturamento da rede. 

Número bastante considerável se levarmos em conta a quantidade de exames que a MedicMais oferece – são mais de 1 mil.

Para quebrar essa barreira que os homens possuem quando o assunto é médico, a MedicMais promove diversas campanhas e promoções ao longo do ano, como pacotes especiais de checkup e conscientização durante o Novembro Azul. 

"Nesta época do ano conseguimos aumentar o número de consultas no Urologista e de realização de exames como o PSA, que ajuda a identificar o câncer de próstata", conta o sócio-fundador da rede. "O acompanhamento médico e o exame anual é extremamente necessário para o diagnóstico precoce da doença. Mas além do preconceito que existe em torno do exame de toque, muitos homens não possuem plano de saúde e não têm acesso a esse tipo de consulta no SUS, por isso, tentamos facilitar ao máximo os valores e condições 
de pagamento", finaliza.




Endometriose também pode acometer o intestino


 Doença exige atenção aos sintomas para que se tenha um diagnóstico correto e tratamento adequado
 

Já bastante conhecida, principalmente entre as mulheres, a endometriose se caracteriza pela presença do endométrio (camada mais interna do útero que descama durante a menstruação) em outras regiões do corpo, fora da cavidade uterina. Implantes de endométrio podem ser observados na cavidade pélvica, ovários, e, o que muitos não sabem é que esse tecido endometrial pode aderir também ao intestino e a apêndice cecal, provocando sintomas específicos.

"A endometriose intestinal é uma doença benigna e tem tratamento. É uma complicação da endometriose profunda e obtemos o seu diagnóstico através de exames de imagem, como a ressonância magnética, a ultrassonografia pélvica transvaginal com preparo intestinal e outros exames específicos que podem ser indicados durante a avaliação individual. O diagnóstico preciso, no entanto, ocorre por meio da realização da videolaparoscopia, onde conseguimos avaliar a quantidade de implantes e a localização exata das lesões de endometriose", explica a médica Adriana Agnelli, especialista em cirurgia do aparelho digestivo, cirurgia bariátrica e coloproctologia. 

De acordo com Dra. Adriana, os principais sintomas da endometriose intestinal são: dor abdominal intensa durante a menstruação, dor pélvica que melhora após evacuação e dor pélvica durante as relações sexuais. A especialista ressalta que "algumas mulheres podem apresentar alguns desses sintomas ou todos, mas muitas vezes consideram ser normal do período menstrual, levando muitos anos para procurar um especialista e fazer o diagnóstico de endometriose profunda, com acometimento intestinal". E afirma que, em decorrência da endometriose no intestino, também podem ocorrer sangramento anal durante a menstruação, sensação de distensão abdominal e de evacuação incompleta. 

Para o tratamento da doença - quando a paciente apresenta sintomas ou quadro de infertilidade - a cirurgia é a melhor opção, como detalha a médica: "muitas vezes o tratamento cirúrgico se impõe e nosso objetivo é retirar todos os focos de endometriose, incluindo o tecido endometrial no intestino, aliviando ou mesmo abolindo os sintomas causados pela doença, evitando complicações futuras e devolvendo à mulher a sua fertilidade natural. Geralmente, nos focos intestinais utilizamos a ressecção segmentar do reto e/ou do cólon sigmoide por videolaparoscopia. Já para as lesões intestinais menores, a ressecção em disco, com a retirada somente da área acometida, é mais indicada." 

Dentre as particularidades do tratamento da endometriose intestinal, a especialista reforça a importância do trabalho de uma equipe multidisciplinar, com ginecologista e cirurgião atuando juntos, com uma minuciosa avaliação pré-operatória, levando-se em conta as expectativas da paciente com a cirurgia. Vale lembrar que, apesar do tratamento cirúrgico ser o mais efetivo, a mulher deve realizar avaliações médicas periódicas para monitorar e prevenir a possível formação de novos focos da doença.

 

Infertilidade e impotência não têm relação direta, explica urologista


 Condições devem ser investigadas e tratadas de maneira específica


A infertilidade, caracterizada pela dificuldade de se reproduzir, e a impotência sexual, distúrbio que consiste na complicação em alcançar e manter a ereção do órgão sexual masculino, são condições muito confundidas pela população brasileira e mundial. Pensando nisso, o urologista e fundador da Lifemen®, rede de clínicas que reúne serviços especializados na área de saúde sexual masculina, Dr. Emilio Sebe Filho, separou uma série de dicas para esclarecer a relação entre infertilidade e impotência.

“Ser infértil não é o mesmo que ser impotente, pois um homem que apresenta dificuldade em manter a ereção, pode, sim, ter fabricação de esperma regular e normal”, explica. O especialista pontua, ainda, que a confusão acontece porque para que ocorra uma gestação é necessária a transferência de espermatozoides para o útero. Portanto, é normal que em alguns relacionamentos nos quais o homem sofre de impotência sexual, também haja dificuldade da parceira engravidar.

O médico ressalta, ainda, que a Lifemen®, apoia e disponibiliza tratamentos para diferentes problemas sexuais, como a impotência e a infertilidade. “Existem outras maneiras de possibilitar a gravidez, caso essa seja uma vontade do casal, como a inserção do espermatozoide por meio de inseminação artificial. É importante explicar que apesar de tal técnica proporcionar a gestação, ela não cura a impotência, que pode ser tratada através de aparelhos específicos, reposição hormonal, remédios, entre outros”, pontua.

Entenda mais sobre impotência e infertilidade:


Infertilidade

O mal é descrito como o impedimento total ou parcial de se procriar, podendo ser causado por fatores como baixa produção de testosterona; distúrbio da tireoide; produção acima da média do hormônio prolactina; varicocele (aumento dentro dos vasos sanguíneos dos testículos); infecções no aparelho reprodutor; tumores na hipófise; uso de remédios; problemas genéticos e outras disfunções que afetam a ejaculação, como a ejaculação retrógrada.

Dr. Filho reforça que o tratamento da infertilidade deve ocorrer a partir de um acompanhamento médico que possa investigar a verdadeira causa do problema e indicar o procedimento mais adequado.


Disfunção erétil ou impotência sexual

Conhecida mais popularmente como impotência sexual, a disfunção erétil consiste na dificuldade em alcançar e manter a ereção do pênis, devido à quantidade insuficiente de sangue na região. O transtorno pode ocorrer por diversos fatores, como o uso exacerbado de álcool e drogas; obesidade; utilização de certos medicamentos e problemas psicológicos, como depressão e ansiedade.

Dr. Emilio explica que a disfunção erétil pode ser tratada de diferentes maneiras, que incluem o uso de remédios, terapia de reposição de hormônios, uso de aparelhos especializados e até mesmo cirurgia. Em alguns casos, o urologista recomenda também consulta conjunta com um psicólogo ou psiquiatra e terapia de casal. “Esse tipo de acompanhamento pode tratar outras questões, como depressão, medos e inseguranças que podem contribuir para o problema”, explica.

 “Mostrar a diferença dessas complicações é muito importante para encorajar a busca por um médico de confiança e para um tratamento adequado”, finaliza o urologista.







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