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quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

5 dicas para começar um negócio



Seja fiel à sua identidade
Desde criança, aprendemos que precisamos ter uma personalidade forte e definida, pois essa é a nossa identidade, é a maneira como as pessoas nos reconhecem. No mundo dos negócios funciona exatamente igual. Sua identidade e cultura organizacionais precisam estar bem estabelecidas desde a abertura da empresa.

Às vezes, uma ação pode alavancar muito os negócios, mas vai na contramão de tudo o que a empresa acredita. Pergunte-se o preço que está disposto a pagar para crescer e lembre-se da sua identidade e motivos que o levaram a criar a empresa. O resultado vai definir se seus negócios irão crescer de acordo com seus princípios.

Alinhe o seu negócio

Agora que a cultura está bem estabelecida, é preciso colocá-la em prática. Tudo que sua empresa fizer ou falar precisa estar alinhado com o que acredita e com o que deseja representar. De que adianta possuir uma cultura riquíssima se ela não é posta em prática e os colaboradores da empresa não acreditam nela?

Por isso, é importante fazer um alinhamento corporativo – uma planilha composta por cinco itens: Visão, Valores, Métodos, Obstáculos e Mensuração. Na Salesforce, por exemplo, este documento é público e transparente, e cada área e funcionário da empresa têm sua própria planilha. Assim é possível analisar e conhecer as metas de cada um e perceber se o funcionário está inserido ou não na cultura da organização.


Aprenda a arte da prospecção

O grande desafio das empresas hoje é conseguir gerar uma receita previsível. Para alcançar este feito é preciso dividir as equipes da empresa e segmentar cada tarefa.

Ou seja: divida sua equipe em dois times, um focado em inbound (estratégia que visa atrair os clientes de maneira orgânica e espontânea), e outro em outbound (estratégia agressiva de marketing, usada pelo setor de vendas), já que são ciências totalmente distintas. Ainda que você só tenha um funcionário para esta tarefa, o ideal é que ele nunca faça as duas coisas ao mesmo tempo, mas divida seu horário entre as tarefas.

Também é preciso ter métricas claras e identificar seu território de vendas. Você precisa segmentar suas contas e não se preocupar somente com os números, mas com quem está comprando, pois não adianta vender muito se o cliente acaba te abandonando.


Foque no cliente

Ter uma estratégia focada no cliente é sempre a melhor opção. É preciso tratá-lo como seu parceiro, estando perto dele e entendendo suas necessidades.

Na Salesforce, por exemplo, criamos uma mídia social própria. Possuímos um canal pelo qual o cliente recebe informações e novidades sobre os produtos e também se conecta com outros usuários. Nessa rede, os clientes trocam informações sem intervenção da empresa. São clientes que trocam ideias entre si.

Também é interessante investir em informá-lo sobre a sua empresa, mas não se trata de dizer ao consumidor que a sua organização existe e o que ela oferece, e sim uma área de educação e treinamentos, em que seja possível contar ao cliente como vocês trabalham e qual a melhor maneira dele usar o seu produto ou serviço.


Prepare-se para uma grande jornada

Todo cliente tem uma jornada. Mas qual é, de fato, o caminho pelo qual você deseja que o seu cliente siga? Muito mais do que consumidores, seus clientes precisam ser verdadeiros porta-vozes da sua marca. É preciso que eles acreditem naquilo que consomem e que confiem na sua empresa.

Essas pessoas precisam ser como fãs, que compartilham os valores da empresa e que promovem sua marca ou empresa de maneira espontânea, simplesmente por gostarem daquilo que você proporciona.






Daniel Hoe - diretor de Marketing da Salesforce para América Latina e Caribe



SELVA CORPORATIVA



Lupus est homo homini lúpus, ou “o homem é o lobo do homem” já afirmava o brocardo popularizado por Thomas Hobbes, ao tentar racionalizar a necessidade de um governo (e, portanto, de regras estáveis) para permitir o convívio social, evitando que os indivíduos mutuamente se destruam na busca de seus próprios interesses.
           
A atividade econômica, como qualquer outra atividade humana, depende de cooperação, especialmente quando envolve grandes e complexas estruturas de investimento, razão pela qual a confiança e estabilidade são a base de todo funcionamento do mercado.
           
Entretanto, a despeito da existência de regras claras e a obviedade de tal conceito, os fatos denotam que estamos atravessando um momento de involução do comportamento institucional de diversas companhias brasileiras, alertando-se que corremos o risco de chegarmos ao um verdadeiro estágio de selvageria corporativa, todos contra todos.

As evidências são claras.

            O caso da Petrobrás, obrigada a indenizar seus investidores, no exterior, em aproximadamente 3 bilhões de dólares, em virtude de prejuízos derivados de atos de corrupção sistêmica, foi emblemático e denota um desprezo absoluto pelos mais básicos princípios de boa governança corporativa em muitas empresas nacionais, o que se torna ainda mais intolerável é o inverossímil discurso vitimista muitas vezes adotado.

            Foi apenas pela atuação de minoritários unidos, em ato de explicito ativismo societário, que se conseguiu fazer justiça, recorrendo-se ao Poder Judiciário norte americano, intransigente com este tipo de atuação (os acionistas que investiram no Brasil ainda esperam uma solução similar).

            A mesma necessidade de obtenção de medidas judiciais no exterior para a proteção dos acionistas locais se faz atualmente presente no caso envolvendo a recuperação judicial da Oi S.A. que, embora ocorra no Brasil, tem reflexos em diversos países e jurisdições e que, em paralelo ao episódio da Petrobras, envolve suspeita de irregularidades que podem incluir atos tão diversos como corrupção, favorecimento indevido de Administradores e a diluição indevida da participação dos atuais acionistas por meio da negociação de títulos no exterior, meio a patentes ilegalidades.

           O desrespeito patente pelas regras estatutárias, a violação dos dispositivos da Lei das Sociedades por Ações e o verdadeiro descaramento com que certos executivos defendem interesses indefensáveis, denota que estamos em clima de selvageria e descalabro.

Ocorre que não podemos, enquanto país, depender que jurisdições estrangeiras se comportem, de forma indireta, como garantidoras da observância de regras de mercado no Brasil, funcionando, na prática, como um anteparo de proteção nos casos em que as ilegalidades são tão evidentes e relevantes que seus efeitos chegam a afetar as regras básicas de outras jurisdições.

            A questão é premente e dela depende o futuro da ética empresarial brasileira.

            A solução, que implica em um salto civilizatório, passa pela conscientização dos acionistas em exigirem seus direitos, o desenvolvimento de uma postura mais ética e vinculada à boa gestão corporativa e, principalmente, a uma cultura jurídica (amparada pelo Poder Judiciário), que reconheça a importância da legalidade e da ética empresarial como fundamental para nossa evolução econômica.

            O hino a bandeira nacional, com razão, faz alusão ao verde sem par de nossas matas, mas isso não justifica, de maneira nenhuma, que nos comportemos como selvagens.

            O Brasil tem que mudar. Não podemos mais esperar.






André de Almeida Rodrigues - advogado e defende os acionistas minoritários da Petrobras e da Oi S.A. 


Brasil é segundo País com maior número de vítimas de cibercrime



Especialista da FGV comenta como as pessoas podem se proteger dos ataques on-line


O Brasil pulou da quarta para a segunda posição no ranking de países que mais sofreram crimes cibernéticos, aponta pesquisa da Norton Cyber Security Insights Report 2017, divulgada em 22 de janeiro. O País totalizou mais de 62 milhões de vítimas e um prejuízo acima de US$ 22 bilhões no último ano. Ficando atrás apenas da China, com débito de US$ 66,3 bilhões.

O excesso de confiança das pessoas no ambiente on-line está colaborando cada vez mais para o aumento de cibercrimes no mundo. De acordo com o relatório da Norton, em 2017 os crimes cometidos na internet somaram um prejuízo de US$ 172 bilhões e prejudicaram mais de 978 milhões de consumidores em 20 países. Conforme o professor e coordenador do MBA em Marketing Digital da Fundação Getúlio Vargas em todo o Brasil, Andre Miceli, já havia previsto, o número de cibercrimes continuou crescendo e isso vai se manter.

Atualmente 54% das residências brasileiras têm acesso à internet, e a conexão nos lares via dispositivos móveis dobrou nos últimos anos. O número de domicílios sem computadores, que acessam à web via aparelhos portáteis, na maioria smartphones, passou de 7% em 2014, para 14% em 2016, indica pesquisa da TIC Domicílios, divulgada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil em 2017. Esse aumento também impacta no crescimento de cibercrimes, já que muitos acreditarem estarem mais seguros utilizando aparelhos móveis.

O relatório da Norton aponta que 8 em 10 entrevistados utilizam dispositivos portáteis para efetuar compras online, e 72% acreditam que essa ação possui uma ameaça moderada. Para Miceli essa segurança dos usuários é a porta de entrada dos criminosos “xxxx”.  

O Brasil fechou 2017 com mais 236 milhões de celulares, uma média de 113,52 celulares/ 100 habitantes. Para se proteger, os usuários devem se atentar a alguns cuidados básicos quando acessam a rede via smartphone. “xxxxxx”, conta o professor da FGV.

A pesquisa da Norton Cyber Security ainda afirma que os consumidores que mais enfatizam a segurança cibernética, são os mais propícios a sofrerem um cibercrime. Normalmente as ações desses usuários no ambiente on-line, não condizem com o comportamento e eles ficam mais vulneráveis e comentem erros simples. O número recorde de ataques no último ano aponta que devemos ficar mais atentos quando se trata de informações pessoais no mundo virtual. A melhor maneira é se precaver para navegar de uma forma mais segura na web.




Andre Miceli - Mestre em Administração pelo Ibmec RJ, com MBA em Gestão de Negócios e Marketing pela mesma instituição. Coordenador do MBA e Pós-MBA em Marketing Digital da Fundação Getulio Vargas (FGV). Já ganhou mais de vinte prêmios de internet e tecnologia, incluindo o melhor aplicativo móvel desenvolvido no Brasil. Certificado no programa Advanced Executive Certificate in Management, Innovation & Technology do Massachusetts Institute of Technology (MIT).



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