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quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Casos de febre amarela alertam para o desmatamento; região Sul já investe em prevenção



Autoridades, Ministério da Saúde e Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo e Minas Gerais estão vigilantes. Não é para menos, já foram registradas 38 mortes de febre amarela silvestre no Brasil. A doença é causada por um vírus inoculado no nosso corpo proveniente da picada de um mosquito, e que pode levar a morte.

As causas desse fenômeno epidemiológico podem estar diretamente relacionadas ao avanço urbano para as áreas de mata e regiões agrícolas, como muitos especialistas já vêm alertando. Com o meio ambiente em desequilíbrio, muitas formas de doenças antes erradicadas ou que não se manifestavam mais podem voltar a surgir, comprometendo a saúde pública e levando a uma série de impactos no equilíbrio do planeta.

Na região Sul, vêm ocorrendo algumas ações de prevenção. No Rio Grande do Sul, por exemplo, que não registra casos há 10 anos, a prevenção é intensa. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado, a cobertura atinge cerca de 70% da população.

No Paraná, o único registro de contágio da febre amarela foi em Laranjal, no interior, em 2008. Mesmo assim, pessoas que têm viagem marcada para regiões afetadas estão procurando os postos de saúde para tomar a vacina.

Em Santa Catarina, o último caso registrado foi em 1966, mas a Secretaria recomenda a imunização em 162 cidades do estado.

Estamos vivendo uma epidemia ou são apenas casos isolados da doença? Quais são os sintomas? As pessoas ainda têm muitas dúvidas.

O vírus que causa a febre amarela urbana e a silvestre é o mesmo, o que significa que os sinais, os sintomas e a evolução da doença são exatamente os mesmos. A diferença está nos mosquitos transmissores e na forma de contágio.

Os transmissores da febre amarela silvestre são os mosquitos Haemagogus e o Sabethes, que vivem em matas e beira de rios. Eles picam macacos contaminados e,depois, as pessoas. Por isso, há casos de muitas mortes de macacos em regiões acometidas pela doença. Já a febre amarela urbana é transmitida pelo conhecido aedes aegypti, e não são registrados casos no Brasil desde 1942.

A vacinação é muito importante. Trata-se de um mecanismo de prevenção essencial, porém, o cuidado que se deve ter daqui para frente é para que a febre amarela silvestre não se torne urbana, uma vez que  as regiões onde ocorreram as mortes de macacos ficam a menos de 30 km do centro de São Paulo, por exemplo.

As autoridades públicas dos órgãos de Saúde correm para que os casos não se alastrem. Mas, se pensarmos um pouco, a verdadeira prevenção deve começar na promoção de políticas ambientais que proíbam o desmatamento descontrolado. Caso contrário, cada vez mais teremos o ressurgimento de doenças antes erradicadas.





Rodrigo Berté - diretor da Escola Superior de Saúde, Biociências, Meio Ambiente e Humanidades do Centro Universitário Internacional UNINTER.





Janeiro Verde: 90% dos casos de câncer de colo do útero estão relacionados à incidência de HPV entre mulheres



Especialista do Centro Paulista de Oncologia (CPO) alerta sobre o aumento preocupante de tumores de colo do útero, neoplasia que mata anualmente cinco mil brasileiras; Diagnóstico precoce pode evitar em 80% dos casos os riscos de metástases e outras complicações pela doença


De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o tumor de colo do útero atinge 16 mil mulheres no Brasil por ano, o que já faz dele o terceiro tipo de câncer mais prevalente entre a população feminina. A doença é silenciosa e, por isso, em cerca de 35% dos casos acaba levando à morte. A preocupação acerca dos crescentes índices da doença aumenta quando analisado o principal causador da condição: o contágio pelo chamado papilomavírus humano – conhecido como HPV.

Mais comum tipo de infecção sexualmente trasmissível em todo o mundo, o vírus HPV atinge de forma massiva a população feminina. Segundo o Ministério da Saúde, 75% das brasileiras sexualmente ativas entrarão em contato com o HPV ao longo da vida, sendo que o ápice da transmissão do vírus se dá na faixa dos 25 anos. Após o contágio, ao menos 5% dessas brasileiras irá desenvolver câncer de colo do útero em um prazo de dois a dez anos, uma taxa que preocupa os especialistas.

"Atualmente possuímos uma alta incidência deste tipo de câncer no Brasil, sendo ele hoje considerado a quarta maior causa de morte entre as mulheres. Quando tomamos conhecimento do agente causador da doença, os dados são ainda mais alarmantes, pois 90% das mulheres acometidas com câncer de colo do útero têm o vírus HPV", revela o Dr. Daniel Gimenes, oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO) – Grupo Oncoclínicas.

Segundo o médico, esse tipo de infecção genital é muito frequente, o que pode ocasionar alterações celulares no corpo da mulher, evoluindo para um tumor maligno. "A neoplasia é considerada um problema de saúde pública e o Ministério da Saúde desempenha um importante papel no controle dentro de seu Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) no Brasil, o que inclui a vacinação contra o HPV", complementa.

Para ele, a prevenção é um dos principais aliados no combate ao câncer de colo do útero. "A prevenção primária está diretamente relacionada à diminuição do risco de contágio pelo HPV, ou seja, para impedir o desenvolvimento do vírus é importante o uso da camisinha durante a relação sexual, além da vacina contra o vírus, que também é considerado um método efetivo de prevenção contra o câncer de colo do útero e outras infecções. A vacina é recomendada geralmente para mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual".

Em complemento à prevenção primária, o médico destaca os exames periódicos para detecção da doença. "Quando diagnosticado precocemente é possível que haja uma redução de até 80% de mortalidade por este câncer. Falar de diagnóstico precoce é sempre importante, pois considerando que o tumor de colo do útero é uma doença com sintomas silenciosos, muitas vezes as mulheres perdem a chance de descobrir a condição ainda na fase inicial. O não diagnóstico precoce dificulta a eficácia do tratamento, por isso sempre aconselho as mulheres a realizarem os exames como o Papanicolau periodicamente", explica Dr. Daniel. 


Fique atento aos primeiros sinais

O tumor ocorre quando as células que compõem o colo uterino sofrem agressões causadas pelo HPV. Os primeiros sinais aparecem por meio de sangramento vaginal, seguido de corrimento e dor na pelve.

Quando a doença já se encontra em um estágio mais avançado, a mulher pode apresentar um quadro de anemia devido à perda de sangue, além de dores nas pernas, nas costas, problemas urinários ou intestinais e até perda de peso sem intenção. "Os sangramentos podem ocorrer durante a relação sexual, fora do período menstrual e em mulheres que já estão no período da menopausa", diz o oncologista.

Quando detectado, os procedimentos para o tratamento do câncer são cirurgia, radioterapia e/ou quimioterapia. "A cirurgia consiste na retirada do tumor e, em alguns casos, na retirada do útero, o que pode impossibilitar a mulher de engravidar. Os tratamentos de radioterapia e quimioterapia são indicados em estágios mais avançados da doença", finaliza o Dr. Daniel.






Centro Paulista de Oncologia (CPO) - Grupo Oncoclínicas




 

“Papai ai que calor… ”






Uma das cenas que mais marcantes do cinema é da atriz Marilyn Monroe em O pecado Mora ao lado, quando ela se delicia com o vento que sai de um duto do metrô de Manhattan e levanta o vestido branco eternizado.

Trinta anos depois, a atriz Kelly LeBrock, em a Dama de Vermelho, também aproveitou o vento que entrava por baixo do lindo vestido vermelho. 

Que mulher não deu uma sacudida na saia num dia de forte calor?

O forte calor aumenta a temperatura do órgão genital feminino que é a região mais quente do corpo e provoca suor e odor. Segundo a Dra. Marisa Patriarca ginecologista e professora da pós-graduação da UNIFESP, é também nessa época que a mulher deve ter mais atenção com higiene e cuidados com a saúde íntima.

As praias e as piscinas ficam mais cheias e que delícia ficar com o biquini molhado. Segundo a Dra Marisa Patriarca, isso é um perigo à saúde genital feminina porque a calcinha molhada é um local propício a proliferação de leveduras, como a candidíase, que podem determinar corrimento e coceiras.

A vagina é um local naturalmente quente e úmido do corpo, assim, quando a temperatura e umidade aumentam são fatores que influenciam no aparecimento de infecções constantes.

O corpo funciona em equilíbrio, e na vagina não é diferente. Aliás, a região vulvovaginal é uma das regiões do corpo mais propensas a desequilíbrios, que causam desconforto e coceira.


DICAS DA DRA. MARISA PARA CURTIR O CALOR SEM COMPROMETER A SAÚDE VAGINAL.

1. Atente-se ao tempo utilizando o mesmo biquíni molhado. Quanto mais exposta à umidade excessiva, mais a vagina está propensa a proliferação dos fungos. O uso de secador nas roupas de banho úmidas é uma ótima opção.

2. Prefira o uso de calcinhas de algodão, elas permitem maior fluxo de transpiração. As calcinhas de lycra dificultam a troca de umidade e devem ser evitadas. Procure dormir sem calcinha para diminuir a proliferação de bactérias que não gostam de oxigênio.

3. Fique atenta quanto ao uso de sabonetes íntimos. Muitas mulheres se dão bem, para outras, o sabonete íntimo não funciona bem e pode agravar o caso. De qualquer forma, seu uso excessivo pode alterar o pH vaginal e a barreira cutânea da genitália externa. Nessas situações, dê preferência aos sabonetes neutros, de glicerina.

4. A depilação da zona genital está liberada, mas preste atenção aos limites do seu corpo. A sensibilidade cutânea é diferente em cada mulher, não há regras, o importante é não se expor à riscos. Fique atenta a higiêne do local onde você realiza depilação com cera e não faça se a cera é reutilizável que pode levar a contaminação.

5. Coceiras, corrimento e odor desagradável, diferente do habitual, podem indicar alteração da flora vaginal e o exame e as orientações do ginecologista nortearão o tratamento ideal para cada mulher.


E, se depois desses cuidados, o calor pertubar, Dra. Marisa aconselha as mulheres “sacuda a saia com vontade e deixe o ventinho arejar. “





Dra. Marisa Teresinha Patriarca - ginecologista e obstetra. Professora de ginecologia do curso de pós-graduação da Unifesp. Tem mestrado e doutorado pela Unifesp. É médica assistente, doutora e coordenadora do Setor Multidisciplinar de Pesquisa em Patologia da pele feminina do Departamento de Ginecologia da Unifesp. Chefe do Setor de Climatério do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (IAMSPE)


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