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quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Mentiras políticas



Quando olhamos para o atual cenário político do Brasil, entre acusações e negações, malas de dinheiro, e os mais variados problemas hoje enfrentados, logo vem à cabeça de céticos e críticos do sistema, que veem a política como arte da dissimulação: “A política é uma grande mentira!”. E eles não estão longe da verdade, porque (ressalvadas algumas poucas exceções) governantes, políticos, dirigentes de partidos e demais envolvidos nesse meio, usam abusivamente desse expediente imaginando ser o povo ignorante e incapaz de perceber.

Mentem por interesse pessoal, para encobrir malfeitorias, para eximir-se de responsabilidades na tentativa de justificar erros e fracassos. Mentem por qualquer motivo, sem a menor preocupação. O que muitos não entendem é que a mentira desgasta, logo a verdade aparece e aprofunda o descrédito do mentiroso. Há casos de governadores que no período eleitoral apresentavam cenário excepcional em seus Estados e hoje enfrentam manifestações e protestos.

Há algum tempo, um governador teve o nome de um parente envolvido em irregularidades. Em vez de aceitar o fato e dizer que a apuração policial e a decisão judicial, em caso de culpa, deveriam ser cumpridas e respeitadas, preferiu negar. Dias depois as denúncias se confirmaram, o governante se viu em saia-justa e não mais pôde justificar o injustificável. E esse é um simples exemplo, de casos que são quase rotineiros na mídia.

O que os políticos deveriam entender, é que o recomendável é não mentir, e sim dizer a verdade com sinceridade e com isso agregar apoios nos momentos difíceis. Deveriam, também, lembrar-se do dito popular que afirma: “a mentira tem pernas curtas”. Tão curtas que para alguns ela é pega dias ou semanas depois, para outros perdura até a próxima eleição, que aliás está chegando. 







Luiz Carlos Borges da Silveira - empresário, médico e professor. Foi Ministro da Saúde e Deputado Federal. 





Ética, corrupção e alterofagia



Existem dois tipos de sociedades: as preponderantemente éticas (respeito ao outro) e as alterofágicas (destruição do outro). Na nossa formação histórica (formação coletiva) sempre predominou a segunda espécie. Alterofagia vem de “altero” (o outro, a outra, os outros, as outras coisas) e “fagia” (comer, devorar, destruir, dizimar, aniquilar, extinguir).

Pela violência, pela fraude, pelo clientelismo e pela corrupção as elites dirigentes (de esquerda, centro ou de direita) continuam devorando nosso projeto de nação. Continuamos sendo, depois de cinco séculos de existência, uma “sociedade condenada” (Ayn Rand).

Os colonizadores (portugueses, espanhóis, franceses, holandeses etc.) para cá vieram para evangelizar e se reproduzirem e, ao mesmo tempo, para se enriquecerem.

Mas para alcançar esse propósito adotaram o método de roubar, queimar, se apropriar, escravizar, corromper, matar, torturar, estuprar, espoliar, dizimar, pilhar, destruir, extinguir e extrativar. Em suma, queriam fazer riqueza e irem embora, destruindo (impunemente) gente, natureza e animais. Elites alterofágicas.

Muitos dos indígenas que aqui eles encontraram levavam a alterofagia à sua potência máxima, praticando o canibalismo (matavam e comiam o prisioneiro com a crença de que assim se apropriavam da sua energia, da sua força, da sua inteligência, das suas habilidades). Tivemos no Brasil o encontro de duas culturas atrasadas, bestiais, medievais e bárbaras.

O que falta nesse tipo de sociedade alterofágica e “condenada”? A ética. O que é a ética? É o respeito ao ser humano, à natureza, aos animais e ao bom uso das tecnologias. É o respeito às regras justas que procuram preservar o humano, a natureza, os animais e a boa tecnologia. É, em suma, fazer as coisas do jeito certo.

O resultado de uma sociedade ética é a obtenção “da arte de viver bem humanamente”, ou seja, a arte de conviver pacificamente (tanto quanto possível) com os demais humanos (Savater) e de criar um ambiente sustentável, que garanta a vida presente e futura de todas as gerações.

As sociedades alterofágicas se caracterizam pela destruição do outro, leia-se, do ser humano, da natureza, dos animais assim das oportunidades civilizatórias geradas pelas novas tecnologias.

A corrupção, no Brasil, alcançou o nível da alterofagia. O Brasil é muito mais que um país corrupto. É uma cleptocracia (cleptos = ladrão; cracia = governo, poder). Corruptos todos os países são. Até mesmo a Dinamarca e a Nova Zelândia, os dois primeiros colocados no ranking da Transparência Internacional (de 2016).

A nota desses dois países é 90. Mas 90 não é 100. Logo, também existe corrupção nessas nações. O Brasil, no entanto, é diferente. O que temos aqui é uma cleptocracia governada e dominada por ladrões de uma pequena elite (econômica, financeira, política, administrativa, midiática e intelectual) que sempre roubaram nossos sonhos de nação. Essas elites são de esquerda, de centro ou de direita.

Por meio da corrupção essas elites bandidas (de todas as cores ideológicas) drenam recursos públicos para seu enriquecimento particular, colocando nos cargos públicos pessoas completamente desqualificadas e, muitas vezes, despreparadas.

Para garantir sua impunidade criaram instituições precárias, frouxas, coniventes, que atuam normalmente como aparatos de proteção da cleptocracia.

A máquina pública funciona muito mal. Os serviços públicos são de péssima qualidade e o controle exercido sobre a corrupção é muito flácido. Por tudo isso é que se diz que, no Brasil, a corrupção mata.

As elites que nos governam corruptamente (aquelas que nos governam corruptamente, pouco importando se de esquerda, de centro ou de direta), do ponto de vista coletivo, não são “eros” (vida), são “tanatus” (morte).

Essas elites corruptas, bandidas e alterofágicas são as grandes responsáveis pelas mortes por bala perdida, pelas decaptações, atrocidades machistas, pelos hospitais sem remédios, pelo desvio do dinheiro da saúde e da educação para as eleições delas, pelas casas sem esgoto, pelas crianças analfabetas, pelas escolas que não educam, pelas estradas esburacadas, pelas obras não acabadas,  pelas licitações fraudadas, pelos subsídios favorecidos, pelos cargos trocados, pelas emendas “negociadas”, pelos subornos pagos, pelas decisões “compradas” dos tribunais e por aí vai (ao infinito). 





LUIZ FLÁVIO GOMES - jurista. Criador do movimento Quero Um Brasil Ético. Estou no f/luizflaviogomesoficial




Três dicas para ampliar as respostas positivas em seu cotidiano



Por muitas vezes, atingir os próprios objetivos depende de alguns fatores como potência, disciplina e foco. No entanto, viver em sociedade é ter que saber lidar com o outro, caso queira encontrar o sucesso. Para aqueles que estão cansados de ouvir sonoros "NÃO's", tanto na vida profissional quanto pessoal, chegou o momento de mudar algumas posturas para viver sem grandes frustrações e alcançar metas conjuntas. Confira dicas infalíveis para mudar de vida em 2018:

  1. 1. Exercite a empatia:
Se colocar no lugar da outra pessoa não é uma tarefa fácil, mas com esforço é possível chegar lá. Ouvir o outro é um dos primeiros passos para conseguir esse feito. Abra mão de julgamentos e faça perguntas que demonstram interesse, mas sem intimidar. Nesse caso, criar empatia é importante, pois sem ouvir o segundo interlocutor é impossível que ele lhe escute. Afinal, as relações são vias de mão dupla e só com um bom diálogo será possível encontrar um meio termo que favoreça ambos os lados. Uma boa dica para motivar a empatia é lembrar que compreender não é concordar.

  1. 2. Seja autêntico:
De acordo com a etimologia, ser autêntico quer dizer 'aquilo que coincide com você mesmo', ou seja, ser o que é. Quando agimos assim, passamos mais segurança para aqueles que estão ao nosso redor. Dentro do dia a dia, um exemplo comum é quando falamos uma verdade para alguém ou, até para nós mesmos, visando o crescimento e solução de problemas diante de um conflito.

  1. 3. Tenha persuasão:
Diferentemente do que se pensa, persuadir não é manipular. Mas sim, convencer alguém a fazer aquilo que se quer. Como se faz isso? Se mostrar o dono da razão com ideias rasas não é o melhor caminho. Vá preparado para o diálogo, tenha bons argumentos em mãos e apresente soluções que possam beneficiar a todos. Assim, fica mais fácil de conquistar respostas positivas dentro de diálogos passionais e construtivos. Boa sorte!






Alessandra Canuto - especialista em gestão estratégica de conflitos e negociação, facilitação e treinamento para potencializar negócios através do desenvolvimento de pessoas. É sócia e palestrante da AlleaoLado, empresa focada em palestras, treinamentos e consultoria.
alleaolado.com.br





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