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quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Dezembro Laranja alerta sobre a importância da prevenção do câncer de pele



 O tumor de pele é um dos tipos de cânceres que mais atinge a população brasileira

 Crédito internet 


O câncer de pele é um dos tipos de cânceres mais detectados no Brasil, somente em 2016 foram registrados 181.430 novos casos. Esse número, bastante alarmante, muitas vezes é causado pela falta de cuidados com a pele durante a exposição aos raios solares. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), os tumores de pele correspondem a 30% dos casos registrados anualmente em nosso País.  

Para enfatizar o que é a doença e qual a importância da prevenção, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) criou o “Dezembro Laranja”.  A campanha existe desde 2014 e tem sido uma das principais responsáveis por discutir o assunto.

“A pele é o maior órgão do nosso corpo e muitos não possuem consciência do quanto é importante protegê-la diariamente. O câncer de pele é um dos mais comuns no Brasil e muitos brasileiros não tem o hábito de usar protetor solar”, comenta Hilda Soares, médica da Clínica Fares.  
A médica afirma ainda que existem duas categorias de câncer de pele: Os não-melanoma, originados por células basais ou escamosas e os melanomas, resultantes dos melanócitos, que são as células responsáveis pela produção de melanina.

Tipos
Os cânceres não-melanoma são responsáveis por 95% dos diagnósticos de câncer de pele. Os tipos mais comuns são o Carcinoma basocelular (CBC) ou Carcinoma de espinocelular (CEC).
O basocelular é o mais diagnosticado e representa até 75% dos casos. Ele é comum em pessoas a partir dos 50 anos ou idosos, porém tem sido cada vez mais recorrente em jovens pelo excesso da exposição ao sol sem os devidos cuidados. Esse tipo de câncer se desenvolve lentamente e atinge áreas do copo mais expostas ao sol, como orelhas, rosto, couro cabeludo e pescoço.
Ele possui baixa letalidade e o tipo mais encontrado é o nódulo-ulcerativo, que possui características como: Pápula vermelha, brilhosa, com uma crosta central, que sangra facilmente.
O CBC exige acompanhamento permanente com um especialista mesmo após o tratamento, pois em média de 35% a 50% das pessoas que tiveram esse câncer apresentaram novo quadro após cinco anos do primeiro diagnóstico.
O segundo tipo de câncer, o Carcinoma espinocelular é o segundo tipo mais comum, representando 20% dos casos. Ele também se manifesta nas áreas mais expostas ao sol, atingindo principalmente homens e idosos. Ao contrário do basocelular, sua evolução é agressiva e pode atingir outras partes do corpo como o tecido gorduroso, gânglios linfáticos e outros órgãos.

O CEC é encontrado onde a pele apresenta mais sinais de dano solar, como enrugamento, mudanças na pigmentação ou perda de elasticidade. Ele pode ser confundido com machucado ou ferida que não cicatriza e sangra ocasionalmente. Há casos em que sua aparência também pode confundida com algum tipo de verruga.    

Além desses dois, existem outros cânceres como o melanoma. Esse tipo possui o maior índice de mortalidade, porém quando detectado precocemente possibilita chances de até 90% de cura.
O melanoma pode ser confundido com uma lesão na pele com relevo. Essa lesão pode ter aparência brilhante, translucida avermelhada, entre outras cores, e sangra facilmente.
De acordo com a dermatologista, existem casos da doença relacionados a feridas crônicas ou cicatrizes na pele, anti-rejeição de órgãos transplantados e exposição a alguns agentes químicos ou à radiação.
O melanoma é tipo de câncer que atinge principalmente pessoas de pele clara, mas também pode manifestar-se ainda que raramente em pessoas com fototipos de pele mais alto”.
Além de manchas e lesões, os melanomas metastáticos podem apresentar outros sintomas que variam com a área onde o câncer avançou. Nódulos na pele, inchaço nos gânglios linfáticos, falta de ar ou tosse, dores abominais e de cabeça podem ser considerados os principais sinais do avanço da doença.

Tratamento:
Hoje a medicina disponibiliza diversos tipos de tratamentos que são indicados conforme for o tipo e estágio da doença.

O tratamento pode ser feito com cirurgia a laser ou bisturi, curetagem, criocirugia (congelamento do tumor) ou terapia fotodinâmica (PDT).

 

Nos casos mais graves, como o melanoma, o tratamento irá depender do grau do câncer, extensão, localidade e extensão e agressividade da doença.


“Os pacientes devem passar por alguns exames genéticos que identifiquem quais mutações o tumor gerou. Os exames são fundamentais para a indicação do tratamento mais efetivo. Em situações que o paciente possui melanoma avançado é comum a indicação de quimioterapia, radioterapia ou imunoterapia”
.  
A médica conclui dizendo que dependendo do estágio avançado, é comum fazer mais de um tipo de tratamento ao mesmo tempo. 

Métodos preventivos indicados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia:
  • Usar chapéus, camisetas e protetores solares.
  • Evitar a exposição solar e permanecer na sombra entre 10 e 16h (horário de verão).
  • Na praia ou na piscina, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV ultrapassam o material.
  • Usar filtros solares diariamente, e não somente em horários de lazer ou diversão.
  • Utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo.  Reaplicar o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre. Ao utilizar o produto no dia-a-dia, aplicar uma boa quantidade pela manhã e reaplicar antes de sair para o almoço.
  • Não utilizar câmaras de bronzeamento
  • Observar regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas.
  • Consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo.
  • Manter bebês e crianças protegidos do sol. Filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses.





Clínica Fares 





Mulheres com acromegalia compartilham suas histórias e destacam a importância da autoestima



Aos cuidados do maquiador Anderson Bueno, pacientes de doença rara contam como é conviver com a condição e se emocionam com o poder transformador da maquiagem


Estima-se que, anualmente, três a cada um milhão de habitantes sejam diagnosticados com acromegalia, uma condição rara causada pela superprodução do hormônio do crescimento (GH) pela glândula hipófise em indivíduos adultos - quando a superprodução do GH ocorre na infância, antes do fechamento da cartilagem de conjugação, a condição é classificada como gigantismo. Progressiva, a doença pode ocasionar mudanças na aparência física – crescimento de mãos e pés, alargamento da região frontal e da testa e espaçamento entre os dentes –, além de impactar o funcionamento de alguns órgãos, como pulmão, coração e sistema gastrointestinal.

De acordo com a Dra. Mônica Gadelha, Professora de Endocrinologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Membro Titular da Academia Nacional de Medicina, a acromegalia leva entre 6 e 10 anos para ser diagnosticada: "A doença tem como característica o desenvolvimento lento e cada paciente tende a apresentar uma combinação diferente de sintomas, geralmente comuns a outras enfermidades, o que torna o diagnóstico tardio. Por isso a importância de se prestar atenção aos sinais próprios da acromegalia, como aumento da dimensão das mãos e dos pés, de nariz, queixo, orelhas e mandíbula; além de dor de cabeça, formigamento nas mãos e pés, diabetes ou problemas de visão". 

A especialista reforça, também, que quanto antes o tratamento for iniciado - cirurgia para retirada do tumor, radioterapia e/ou medicação -, melhor o prognóstico. "Iniciar o tratamento adequado precocemente oferece mais chances ao paciente de amenizar os sintomas da doença. Quando já existem sequelas da produção excessiva de hormônios, é fundamental que o paciente aprenda a conviver com essas características físicas, fortalecendo sua autoestima", completa.

Nesse sentido, as mulheres, em especial, podem encontrar na maquiagem uma aliada. Anderson Bueno, um dos principais designers de maquiagem do Brasil, conheceu duas mulheres com acromegalia e foi convidado a ensiná-las alguns truques de beleza. "A maquiagem é importante para qualquer mulher e acaba se tornando um recurso poderoso em momentos sensíveis, como quando se enfrenta uma depressão ou uma doença, por exemplo. Nesses casos, resgatar a autoestima dessa mulher é fundamental para que outros aspectos da sua vida, inclusive sua saúde, possam melhorar. Não se trata de uma simples pintura no rosto, mas sim de mostrar a elas que a beleza continua ali", comenta Anderson. 

Ele explica ainda que, no caso da acromegalia, truques simples podem ser utilizados para suavizar os efeitos da doença e reforçar qualidades naturais. "Em alguns casos, a acromegalia ocasiona a dilatação dos lábios, mas com a maquiagem adequada isso é algo que pode ser usado de forma positiva. Já no caso do queixo proeminente, é possível disfarçá-lo usando o conhecido jogo de luz e sombra. Existem muitos produtos e truques que podem transformar o visual de uma mulher e deixá-la mais confiante, feliz consigo mesma", completa o maquiador.

Confira o vídeo que traz as histórias de Natasha e Fátima e destaca a importância da autoestima para pessoas com acromegalia a partir dos tutoriais de maquiagem de Anderson Bueno: 

"É muito importante se valorizar. Se você não vê valor em si mesmo, é difícil que os outros vejam. Se você não se achar bonita, quem vai achar?"

Fátima, 43 anos, descobriu, por acaso, que tem acromegalia. Em 2011, foi ao hospital acompanhar o namorado e uma médica notou os traços característicos da doença, pedindo exames que confirmaram o diagnóstico. Na época, ela já enfrentava bastante dificuldade ao comprar sapatos e não usava anéis por conta do aumento nas extremidades. "Eu sentia muito formigamento da mão. Muita dor. Minha aparência já estava bem diferente, até minha pele ficou muito grossa". A vendedora, que hoje trabalha normalmente, reforça a importância de se conversar sobre acromegalia e de superar os obstáculos: "É importante que as pessoas não tenham medo de falar da doença, porque assim você vai poder ajudar outras pessoas. Quando você compartilha, ajuda tanto você quanto os outros. Depois de todas essas dificuldades, acredito que aprendi o valor da vida. A agradecer todos os dias! O importante é isso: viver!"

"Muitos nos olham com dó. Mas temos que nos sentir bem por nós mesmas"

Natasha desenvolveu gigantismo ainda quando criança e, hoje – aos 25 anos – tem 2,08m de altura. Aos 9 ela já era a mais alta da turma e relembra ser muito difícil encontrar sapato e roupa que lhe servissem, problema que enfrenta até hoje. Morando na periferia de São Paulo e tendo que conviver com os desafios do sistema público de saúde, ela obteve o diagnóstico apenas com 19 anos. A jovem, que frequenta os encontros do Instituto Vidas Raras, relata a importância de ter contato com outros pacientes para enfrentar os impactos da doença na sua qualidade de vida e autoestima. "Muitos não falam tudo o que sentem porque tem vergonha das perguntas. 'Ah, porque você tem esse tamanho todo? Por que tem a mão grande? E esse corpo diferente?' 
Antigamente eu tinha vergonha de sair de casa, porque muitos olhavam", desabafa. Hoje, Natasha voltou a sair, gosta de se arrumar e compartilha da mesma opinião da maioria das mulheres quando o assunto é maquiagem: "Sem maquiagem a pessoa fica meia desgostosa da vida, né?".


Sobre Acromegalia

Estima-se que a incidência anual da doença seja em torno de três pessoas por milhão – por ser uma doença rara, pouco conhecida e que apresenta curso insidioso seu diagnóstico é bastante complexo e pode levar de 6 a 10 anos. A produção excessiva do hormônio de crescimento na vida adulta, quando as cartilagens já se encontram fechadas e inativas, causam aumento das mãos e dos pés; além de estar relacionada à projeção da mandíbula, alargamento do nariz e espaçamento exagerado dos dentes, aumento da língua, dores nas articulações, formigamentos nas mãos, cansaço excessivo, alterações na visão, diabetes, pressão alta, apneia do sono e aumento da tireoide. Se a doença se manifestar na infância ou na adolescência, quando as placas de crescimento dos ossos ainda estão abertas, acontecerá o gigantismo. Estudos mostram que pacientes com acromegalia têm qualidade de vida significativamente mais baixa em comparação à população em geral ou a pacientes com outras condições crônicas, como artrite, doença pulmonar crônica e hipertensão, e qualidade de vida semelhante a pacientes com condições como câncer e Aids – o que reforça a importância de tratamentos que mantenham a doença sob controle e promovam qualidade de vida. Acromegalia é uma doença rara e acomete homens e mulheres indistintamente.





Novartis





Modernizar cartórios é inadiável, diz Noronha aos corregedores



“Inovações tecnológicas” em cartórios foi um dos principais temas debatidos no I Encontro de Corregedores do Serviço do Extrajudicial, no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), em Brasília.

O Corregedor Nacional de Justiça, João Otávio de Noronha, que abriu o evento, na manhã desta quarta-feira (7/12), afirmou ser "inadiável modernização dos serviços cartorários". 

O excesso de recursos, ritos judiciais e aumento de ações são causas da demora nos despachos judiciais. "Nesse cenário, o direito brasileiro avança no movimento da desjudicialização."

Noronha disse que acordos firmados em cartórios têm contribuído para reduzir a busca por serviços judiciais.  "As serventias extrajudiciais passam a ter relevante papel, ao prevenir litígios, e, por consequência, diminuir o ingresso de ações no Judiciário. Todavia, os procedimentos não devem ser estimulados apenas pela edição de normas”. O esforço, segundo Noronha, deve aliar medidas de segurança, digitalização e integração.

Normas editadas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela Corregedoria procuram promover   esses avanços tecnológicos.

"A eficácia desses normativos só será alcançada mediante o trabalho das corregedorias estaduais. A elas cabe identificar, preventivamente, gargalos à produtividade."

Melhorar a atuação dos cartórios exige, por isso, suporte das corregedorias locais. "A corregedoria não deve ser vista como mero órgão sensor, mas como parceira. A proposta é que ela e serventia construam canais de comunicação e empreendam, com proatividade, as mudanças necessárias à inserção no mundo virtual", afirmou o ministro.





Isaías Monteiro
Agência CNJ de Notícias




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