O tumor de pele é um
dos tipos de cânceres que mais atinge a população brasileira
Crédito internet
O
câncer de pele é um dos tipos de cânceres mais detectados no Brasil, somente em
2016 foram registrados 181.430 novos casos. Esse número, bastante alarmante,
muitas vezes é causado pela falta de cuidados com a pele durante a exposição
aos raios solares. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), os
tumores de pele correspondem a 30% dos casos registrados anualmente em nosso
País.
Para
enfatizar o que é a doença e qual a importância da prevenção, a Sociedade
Brasileira de Dermatologia (SBD) criou o “Dezembro Laranja”. A campanha
existe desde 2014 e tem sido uma das principais responsáveis por discutir o
assunto.
“A
pele é o maior órgão do nosso corpo e muitos não possuem consciência do quanto
é importante protegê-la diariamente. O
câncer de pele é um dos mais comuns no Brasil e muitos brasileiros não tem o
hábito de usar protetor solar”, comenta Hilda Soares, médica da Clínica
Fares.
A
médica afirma ainda que existem duas categorias de câncer de pele: Os
não-melanoma, originados por células basais ou escamosas e os melanomas,
resultantes dos melanócitos, que são as células responsáveis pela produção de
melanina.
Tipos
Os
cânceres não-melanoma são responsáveis por 95% dos diagnósticos de câncer de
pele. Os tipos mais comuns são o Carcinoma basocelular (CBC) ou Carcinoma de
espinocelular (CEC).
O
basocelular é o mais diagnosticado e representa até 75% dos casos. Ele é comum
em pessoas a partir dos 50 anos ou idosos, porém tem sido cada vez mais
recorrente em jovens pelo excesso da exposição ao sol sem os devidos cuidados.
Esse tipo de câncer se desenvolve lentamente e atinge áreas do copo mais
expostas ao sol, como orelhas, rosto, couro cabeludo e pescoço.
Ele
possui baixa letalidade e o tipo mais encontrado é o
nódulo-ulcerativo, que possui características como: Pápula vermelha, brilhosa,
com uma crosta central, que sangra facilmente.
O
CBC exige acompanhamento permanente com um especialista mesmo após o
tratamento, pois em média de 35% a 50% das pessoas que tiveram esse câncer
apresentaram novo quadro após cinco anos do primeiro diagnóstico.
O segundo tipo de câncer, o
Carcinoma espinocelular é o segundo tipo mais comum, representando 20% dos
casos. Ele também se manifesta nas áreas mais expostas ao sol, atingindo
principalmente homens e idosos. Ao contrário do basocelular, sua evolução é
agressiva e pode atingir outras partes do corpo como o tecido gorduroso,
gânglios linfáticos e outros órgãos.
O CEC é encontrado onde a pele
apresenta mais sinais de dano solar, como enrugamento,
mudanças na pigmentação ou perda de elasticidade. Ele pode ser confundido com
machucado ou ferida que não cicatriza e sangra ocasionalmente. Há casos em que
sua aparência também pode confundida com algum tipo de
verruga.
Além
desses dois, existem outros cânceres como o melanoma. Esse tipo possui o maior índice de mortalidade,
porém quando detectado precocemente possibilita chances de até 90% de cura.
O
melanoma pode ser confundido com uma lesão na pele com relevo. Essa lesão pode
ter aparência brilhante, translucida avermelhada, entre outras cores, e sangra
facilmente.
De
acordo com a dermatologista, existem casos da doença relacionados a feridas
crônicas ou cicatrizes na pele, anti-rejeição de órgãos transplantados e
exposição a alguns agentes químicos ou à radiação.
“O
melanoma é tipo de câncer que atinge principalmente pessoas de pele clara, mas
também pode manifestar-se ainda que raramente em pessoas com fototipos de pele
mais alto”.
Além
de manchas e lesões, os melanomas metastáticos podem apresentar outros sintomas
que variam com a área onde o câncer avançou. Nódulos na pele, inchaço nos
gânglios linfáticos, falta de ar ou tosse, dores abominais e de cabeça podem
ser considerados os principais sinais do avanço da doença.
Tratamento:
Hoje
a medicina disponibiliza diversos tipos de tratamentos que são indicados
conforme for o tipo e estágio da doença.
O
tratamento pode ser feito com cirurgia a laser ou bisturi, curetagem,
criocirugia (congelamento do tumor) ou terapia fotodinâmica (PDT).
Nos casos mais graves, como o melanoma, o tratamento irá depender do grau do câncer, extensão, localidade e extensão e agressividade da doença.
“Os pacientes devem passar por alguns exames genéticos que identifiquem quais mutações o tumor gerou. Os exames são fundamentais para a indicação do tratamento mais efetivo. Em situações que o paciente possui melanoma avançado é comum a indicação de quimioterapia, radioterapia ou imunoterapia”.
A médica conclui dizendo que
dependendo do estágio avançado, é comum fazer mais de um tipo de tratamento ao
mesmo tempo.
Métodos preventivos indicados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia:
- Usar chapéus, camisetas e protetores solares.
- Evitar a exposição solar e permanecer na sombra entre 10 e 16h (horário de verão).
- Na praia ou na piscina, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV ultrapassam o material.
- Usar filtros solares diariamente, e não somente em horários de lazer ou diversão.
- Utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo. Reaplicar o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre. Ao utilizar o produto no dia-a-dia, aplicar uma boa quantidade pela manhã e reaplicar antes de sair para o almoço.
- Não utilizar câmaras de bronzeamento
- Observar regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas.
- Consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo.
- Manter bebês e crianças protegidos do sol. Filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses.
Clínica Fares
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