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sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Quando tudo podemos, o que queremos?



A feminilidade atual convive com o tempo e não é obscurecida pela maturidade, ao invés, resplandece, iluminada por uma luz que transcende os modelos do passado.

As mulheres modernas intensificam sua posição e escolhem: votar ou ser votada, patroa ou funcionária, empresária, sócia ou parceira, cientista ou militar: exército, marinha, aeronáutica abrem-se como possibilidades para as mulheres. A feminização do magistério evidencia ainda que a educação da juventude é comandada por mulheres e tantos organismos nacionais e internacionais demonstram interessar-se pelo tema.

A isto chamamos poder!

Se é verdade que querer é poder, abre-se para as mulheres do século XXI o poder de querer. Finalmente tudo é possível e não nos convém blefar contra o nosso potencial, agora livre para andar e talvez, voar.

Ainda incrédulas, em alguns momentos retrocedemos às princesas e aos príncipes, e tomadas por repentina nostalgia chamamos nossas meninas ao nascer de “princesas” e as adornamos com “coroinhas”, invocando aquele tempo em não éramos livres.

Considerando a liberdade como irmã gêmea da responsabilidade, nossos projetos podem hoje sair do papel com vigor e alegria.

A escolha é pessoal: neste momento, quando tudo podemos, o que queremos as mulheres no Século XXI?




 Alice Schuch - escritora, palestrante, doutora e pesquisadora do universo feminino




Traumas que abalam os nervos



Os nervos periféricos, com milhares de fibras nervosas, formam uma das estruturas que contribuem para o funcionamento do nosso organismo. Fazendo a conexão do cérebro e da medula espinhal com músculos e órgãos, controlam movimentos e sensações e são fundamentais, entre outras funções, para o coração bater e para conseguirmos andar. Mas eles podem ser lesionados, seja por um trauma causado por uma queda ou um acidente de trânsito, ou por um tumor, resultando em lesões que prejudicam as atividades do corpo humano.

“Chama-se de neuropatia periférica traumática a lesão de um ou mais nervos periféricos resultado dos efeitos diretos ou indiretos (secundários) de traumatismos”, explica o neurologista Francisco Gondim, coordenador do Departamento Científico de Neuropatias Periféricas da Academia Brasileira de Neurologia (ABN).

O trauma é o motivo mais comum de lesão. Do tipo súbito, causado por acidente automobilístico, queda ou atividades esportivas, pode comprimir, romper ou provocar o estiramento do nervo.

No entanto, lesões menos traumáticas também podem causar danos. Um exemplo são os microtraumas decorrentes de atividades esportivas, que, por consequência, podem levar à compressão dos nervos adjacentes. “As consequências do trauma são variadas, podendo resultar em múltiplos mecanismos, principalmente acidentes diversos”, informa Gondim.

O problema pode ser diagnosticado por exames neurológicos e por eletroneuromiografia, que avalia a função do sistema nervoso periférico e muscular por meio do registro de respostas elétricas. “O diagnóstico ocorre mediante a suspeita clínica de lesão nervosa, resultante de queixas de acometimento de fibras nervosas sensitivas, motoras e autonômicas de um ou mais nervos e confirmada por exames”, indica o neurologista.

Os sintomas dependem da distribuição dos nervos acometidos. “Em muitas ocasiões pode haver acometimento dos plexos, que é o  entrelaçamento dos filamentos e vasos sanguíneos e nervos, e/ou raízes nervosas, que se originam na medula espinhal e estão associadas a quadros mais graves. As manifestações clínicas vão depender do nervo acometido. Dessa forma, o repertório de movimentos executados por um nervo, ou nervos, será perdido completamente ou parcialmente, bem como alterações da sensibilidade no território de inervação do nervo e alterações do controle vasomotor”, esclarece Gondim.

Dependendo do tipo e características do trauma, o neurologista informa que podem ser realizadas descompressões dos nervos afetados para a prevenção de lesões continuadas e repetidas. “Nas lesões extensas do plexo braquial (braço) com prognóstico ruim pode ser tentada a realização de enxertos nervosos. O tratamento também inclui controle da dor neuropática com antidepressivos e anticonvulsivantes, bem como reabilitação da região afetada com fisioterapia”, ressalta.

Gondim explica também que a descompressão pode ter efeito curativo ou, pelo menos, controlar a progressão da neuropatia. A reabilitação funcional com tratamento da dor e fisioterapia pode contribuir para a restituição da função comprometida nesses casos.



23 de novembro: Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil



        Celebrado em 23 de novembro, o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infanto-juvenil marca a importância do diagnóstico precoce, tratamento e acompanhamento adequado desses pacientes. A Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) alerta para os números da doença: atualmente, o câncer representa, no Brasil, a segunda principal causa de morte entre crianças e adolescentes, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), atrás apenas de causas externas, como acidentes e violência.

Entre os tipos de câncer mais comuns, as leucemias lideram as estatísticas (26%), seguidas pelos linfomas (14%) e tumores do sistema nervoso central (13%); além desses, também acometem as crianças o neuroblastoma (mais frequente no abdome), tumor de Wilms (renal), retinoblatoma (retina) tumores germinativos TCG (ovários e testículos), sarcomas de partes moles e tumores ósseos (osteossarcomas), dentre outros.

Apesar dos tratamentos terem mostrado um notável progresso nos últimos anos, muitas crianças ainda chegam aos hospitais com a doença em estágio avançado e as chances de cura, nesses casos, acabam diminuindo expressivamente.

        A dificuldade no diagnóstico evidencia o quão importante é estar sempre alerta aos sinais. “Os sintomas são inespecíficos e se assemelham com os de outras doenças, o que pode, muitas vezes, confundir os pais. Por isso é necessário ter um pediatra de confiança que trate da criança periodicamente, já que o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura”, afirma Sonia Maria Rossi Vianna, médica oncologista e vice-presidente da SOBOPE.

        Ela explica que é preciso levar em conta o histórico clínico do paciente e a recorrência de sintomas que, em muitos casos, se assemelham ao de outras doenças comuns na infância. Exames são importantes instrumentos de diagnóstico e o conhecimento sobre câncer do médico de confiança da família também é um fator relevante.

        Outro ponto discutido na data é a importância de uma maior capacitação dos profissionais da saúde, para que os principais sintomas relacionados à patologia possam ser identificados e tratados com segurança e qualidade.

“O Brasil apresenta chances de cura menores em comparação a outros países mais desenvolvidos e há, ainda, uma discrepância significativa no acesso à saúde e na qualidade dos atendimentos em diversos lugares do País”, lamenta Sonia Maria Vianna.
Durante todo o mês, uma série de ações descentralizadas deve ocorrer por todo o Brasil, encabeçadas pelos profissionais da saúde associados à SOBOPE que atuam em hospitais e centros de saúde em todas as regiões do País. Para centralizar toda essa agenda de ações, a campanha da Sociedade traz a hashtag #combateaocancerSOBOPE.

“A ideia é dar visibilidade a todas as inúmeras ações que acontecem durante todo o mês em diversas partes do Brasil. Mais do que isso, usaremos a campanha para divulgar informações de forma centralizada à população, como os sintomas inespecíficos da doença, como inchaços, manchas roxas em lugares incomuns, aumento do fígado e baço e dores ósseas que não melhoram com medicação e de cabeça acompanhadas por vômitos, entre outros”, finaliza a vice-presidente.





Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE)
Fundada em 1981, a SOBOPE tem como objetivo disseminar o conhecimento referente ao câncer infantojuvenil e seu tratamento para todas as regiões do País e uniformizar métodos de diagnóstico e tratamento. Atua no desenvolvimento e divulgação de protocolos terapêuticos e na representação dos oncologistas pediátricos brasileiros junto aos órgãos governamentais. Promove o ensino da oncologia pediátrica, visando à divulgação e troca de conhecimento científico da área em âmbito multiprofissional.



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